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Cad. Saúde Pública vol.20 número6

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Academic year: 2018

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1764

Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(6):1762-1764, nov-dez, 2004 CARTAS LETTERS

Puricelli RCB et al. respondem Puricelli RCB et al. respond Rubens Carlos Bassani Puricelli 1,2 Emil Kupek 2

Rita de Cássia C. Bertoncini 3

1Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.

2Núcleo de Pesquisas e Estudos em Epidemiologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.

3Laboratório Central de Saúde Pública, Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.

Correspondência

R. C. B. Puricelli

Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Rua Rui Barbosa 544, Florianópolis, SC 88025-301, Brasil. puricellirubens@hotmail.com

Senhor Editor,

O artigo Controle de Surto de Meningite Meningocóci-ca do Sorogrupo C no Município de Corupá, Santa Ca-tarina, Brasil, com Ações Rápidas e Efetivas de Vigilân-cia Epidemiológica e Imunização1, publicado no vo-lume 20, número 4, teve como objetivo descrever as principais características epidemiológicas relaciona-das ao evento e avaliar os efeitos da vacinação no comportamento da doença naquele município.

Essa vacinação, realizada prontamente, consti-tuiu diferencial em relação às intervenções vacinais até então realizadas no Estado, normalmente tardias. Na contextualização do artigo incluiu-se registros, disponíveis na literatura nacional, sobre intervenções tardias ocorridas também no país. Um desses regis-tros, cujos autores foram devidamente identificados (Rodrigues & Alves Filho, 1989, apudAmato Neto et al. 2), afirma que a vacinação desencadeada no Brasil no ano de 1975, foi realizada “...somente após o início do declínio da incidência da doença” 1(p. 966).

Essa afirmação mereceu reparos da Dra. Rita Bar-radas Barata, manifestada em carta aos editores des-sa revista. Apedes-sar de concordar que a vacinação foi desencadeada tardiamente, a autora contesta a sua utilização somente após o declínio da incidência, apresentando como justificativa, dados interessantes e esclarecedores do Município de São Paulo.

Sem querer nos atribuir a defesa daquela afirma-ção e reconhecendo a importância proporcional dos números do Município de São Paulo em relação ao montante do país, entendemos que dados de âmbito nacional, referentes à evolução da doença no

mo-mento da vacinação, contribuiriam de forma definiti-va para esse esclarecimento. Vale lembrar no entanto que, mesmo para o Município de São Paulo, o agente isolado na epidemia em 1971 foi o meningococo do sorogrupo C e “no início de 1974, quando tudo levava a crer que a epidemia estava próxima do fim, sur-preendentemente ela recrudesceu. Os casos eram então devidos ao meningococo do sorogrupo A, tendo havi-do, pois, o embricamento de duas epidemias” 3(p. 247), sugerindo que, pelo menos em relação ao soro-grupo C, aquela afirmação possa ser verdadeira.

Entendemos, portanto, que a inclusão daquela afirmativa em questão, não implica necessariamente em erro de análise, mesmo porque a revisão daqueles dados da década de 1970 não fazia parte dos objeti-vos do artigo. Baseamo-nos, nesse caso, no que está disponível na bibliografia especializada, podendo es-tes ser considerados, em princípio, como verdadei-ros. Nesse sentido, outros autores consultados (Gue-des JS, 1976, apudOliveira 4) 5confirmam aquela in-formação.

Finalizando, queremos manifestar nossa satisfa-ção pelo fato do artigo ter despertado o interesse de reconhecida estudiosa do assunto e pela menção de se tratar de relato interessante de um surto descrito de maneira correta.

1. Puricelli RCB, Kupek E, Bertoncini RCC. Controle de surto de meningite meningocócica do soro-grupo C no Município de Corupá, Santa Catarina, Brasil, com ações rápidas e efetivas de vigilância epidemiológica e imunização. Cad Saúde Pública 2004; 20:959-67.

2. Amato Neto V, Baldy JLS, Silva LJ. Imunizações. São Paulo: Editora Sarvier; 1991.

3. Farhat CK. Fundamentos e prática das imuniza-ções em clínica médica e pediatria. Rio de Janei-ro: Editora Atheneu; 1989.

4. Oliveira NM. Campanha de vacinação contra a

meningite meningocócica – contribuição a seu estudo [Tese de Doutorado]. Ribeirão Preto: Fa-culdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 1985.

5. Gama SGN. A doença meningocócica e sua

evo-lução no Município do Rio de Janeiro, 1976-1994 [Dissertação de Mestrado]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; 1995.

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