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RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO AEJAC ÍNDICE

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Academic year: 2021

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ... 5

I. METODOLOGIA ... 7

1. Processo e referenciais de avaliação ... 7

2. Estratégias e instrumentos de recolha de informação ... 12

2.1 Questionários ... 12

2.2 Painéis ... 13

II. LIDERANÇA E GESTÃO ... 15

1. Visão e estratégia ... 15

1.1 Visão estratégica orientada para a qualidade das aprendizagens e documentos orientadores da escola ... 15

2. Liderança ... 16

2.1 Mobilização da comunidade educativa e desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções que promovam a qualidade das aprendizagens ... 16

3. Gestão ... 18

3.1 Práticas de gestão e organização das crianças e dos alunos ... 18

3.2 Ambiente escolar... 19

3.3 Organização, afetação e formação dos recursos humanos ... 21

3.4 Organização e afetação dos recursos materiais ... 21

3.5 Comunicação interna e externa ... 22

SÍNTESE LIDERANÇA E GESTÃO ... 24

III. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO ... 26

1. Desenvolvimento pessoal e bem-estar das crianças e dos alunos ... 26

1.1 Desenvolvimento pessoal e emocional das crianças e dos alunos ... 26

1.2 Apoio ao bem-estar das crianças e alunos ... 27

2. Oferta educativa e gestão curricular ... 28

2.1 Oferta educativa ... 28

2.2 Inovação curricular e pedagógica ... 29

2.3 Articulação curricular ... 29

3. Ensino/ Aprendizagem/ Avaliação ... 30

3.1 Estratégias de ensino e aprendizagem orientadas para o sucesso ... 30

3.2 Promoção da equidade e inclusão de todas as crianças e de todos os alunos ... 31

3.3 Avaliação para e das aprendizagens ... 33

3.4 Recursos educativos ... 33

3.5 Envolvimento das famílias na vida escolar ... 34

4. Planificação e acompanhamento das práticas educativa e letiva ... 35

4.1 Mecanismos de autorregulação ... 35

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4.3 Mecanismos de regulação pelas lideranças ... 36

SÍNTESE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO ... 37

IV. Resultados ... 39

1. Resultados Académicos ... 39

1.1 Resultados do ensino básico geral ... 39

1.2 Resultados do ensino secundário científico-humanístico... 40

1.3 Resultados do ensino secundário profissional ... 41

1.4 Resultados de outras ofertas formativas ... 42

1.5 Resultados para a equidade, inclusão e excelência ... 43

2. Resultados Sociais ... 46

2.1 Participação na vida da Escola e assunção de responsabilidades ... 46

2.2 Cumprimento das regras e disciplina... 47

2.3 Solidariedade e Cidadania ... 49

2.4 Impacto da escolaridade no percurso dos alunos ... 49

3. Reconhecimento da Comunidade ... 50

3.1 Grau de satisfação da comunidade educativa ... 50

3.2 Valorização dos sucessos dos alunos ... 50

3.3 Contributo da escola para o desenvolvimento da comunidade envolvente ... 51

SÍNTESE RESULTADOS ... 52

V Pontos fortes e fracos ... 54

1. Pontos fortes ... 54

2. Pontos Fracos ... 54

VI. Propostas de melhoria ... 55

Anexos ... 57

Anexo A – Equipa de Autoavaliação ... 57

Anexo B – Regimento da Equipa de Autoavaliação ... 58

Anexo C - Cronograma de Ação da Equipa de Autoavaliação 2019/20 ... 62

Anexo D – Divulgação do processo de autoavaliação ... 65

Anexo E – Documentos orientadores ... 66

Anexo F – Gráficos dos questionários ... 68

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ÍNDICE DE SIGLAS E ACRÓNIMOS

1.º CEB – 1.º Ciclo do Ensino Básico 2.º CEB – 2.º Ciclo do Ensino Básico 3.º CEB – 3.º Ciclo do Ensino Básico

ACIR - Associação Comercial e Industrial dos Concelhos do Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio

AE – Agrupamento de Escolas

AEJAC – Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia ALCO – Atividades Lúdicas e Culturais Orientadas

ARDAD - Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes CAD – Coordenador de Área Disciplinar

CAT – Coordenador de Ação TEIP CD – Coordenador de Departamento CE – Coordenador de Estabelecimento CE ALAGOAS – Centro Escolar das Alagoas CE ALAMEDA – Centro Escolar da Alameda

CFAE VR – Centro de Formação da Associação de Escolas de Vila Real CIM - Comunidade Intermunicipal

CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens CRI – Centro de Recursos para a Inclusão

DAC – Domínio de Autonomia Curricular DGE – Direção-Geral da Educação

DGEEC - Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência EB 2/3 – Escola Básica com 2.º e 3.º ciclos

EECE - Estratégia de Educação para a Cidadania de Escola EMAEI - Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva

EQAVET – European Quality Assurance Reference Framework for Vocational Education and Training (Quadro de Garantia da Qualidade para o Ensino e a Formação Profissionais) ERTE- Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas

ES – Ensino Secundário

ESJAC – Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia GAAF – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família

GMC – Gabinete de Mediação de Conflitos IGEC - Inspeção-Geral da Educação e Ciência PAA – Plano Anual de Atividades

PASEO – Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória PE – Projeto Educativo

PEC – Plano Experimental das Ciências

PIICIE - Plano Inovador e Integrado de Combate ao Insucesso Escolar PIT - Plano Individual de Transição

PTIC - Plano Tecnologias de Informação e Comunicação RI – Regulamento Interno

SA – Serviços Administrativos

SCMPR – Santa Casa da Misericórdia de Peso da Régua TEIP – Território Educativo de Intervenção Prioritária USF PR - Unidade de Saúde Familiar de Peso da Régua

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INTRODUÇÃO

As escolas são organizações às quais está confiada uma missão de serviço público. Ao procurar dotar os seus alunos de competências capazes de potenciar a inserção na vida ativa como cidadãos interventivos, críticos e aptos a dar um contributo válido para a vida económica, social e cultural do país, torna-se imperioso uma reflexão sobre as suas dinâmicas organizacionais. Deste exercício deve resultar o conhecimento dos pontos fortes e fracos, bem como dos constrangimentos da organização com vista a priorizar a elaboração de planos de melhoria que consubstanciem uma visão estratégica norteada para modelos de reconhecimento, valorização, incentivo e dinamização educativa.

Nesse sentido, e dando cumprimento ao regulamentado na Lei n.º 31/2002 de 20 de dezembro e no Despacho normativo n.º 20/2012, constituiu-se a presente equipa de autoavaliação do Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia (AE), integrando oito docentes de diferentes níveis de ensino, com diferentes funções e responsabilidades no Agrupamento, um representante do pessoal não docente, um representante dos alunos, dois representantes das Associações de Pais e Encarregados de Educação e a perita externa associada ao TEIP (Anexo A). Definida a sua constituição, duração e âmbito de ação em Regimento próprio (Anexo B), a equipa de autoavaliação elaborou um cronograma com as etapas do processo (Anexo C) dado a conhecer através dos circuitos normais de comunicação, com enfoque no Conselho Geral, Conselho Pedagógico, Departamento Curricular e respetivas áreas disciplinares. Foram também divulgados nas redes sociais e afixados em locais de estilo cartazes da ação da equipa de autoavaliação (Anexo D).

O presente documento espelha o processo desenvolvido, ressalvando-se que as opções por um relatório tão abrangente decorrem de alguns constrangimentos sentidos na área da autoavaliação do Agrupamento nos últimos anos, sendo expectável que em anos vindouros a ação da equipa se foque em parâmetros específicos de acordo com os resultados que a seguir se explanam. A ideia de base foi a de, numa primeira fase, alargar o âmbito da autoavaliação para detetar pontos críticos e, posteriormente, delinear um plano de ação para analisar com mais profundidade os problemas e definir as estratégias de melhoria, com os intervenientes diretos, procurando que o processo de autoavaliação os implique e envolva significativamente e, desta forma, possa ter papel transformador, construtor de conhecimento e empoderamento dos diversos atores educativos, numa lógica de participação democrática e desenvolvimento organizacional.

Relativamente à estrutura do relatório, este apresenta-se dividido em cinco secções. Na secção I explicita-se a metodologia adotada, nomeadamente, os critérios subjacentes às opções tomadas na definição dos referenciais e na recolha e tratamento de dados. Na secção II, analisa-se o domínio da “Liderança e Gestão”, com enfoque na visão estratégica e nas práticas gestionárias; na secção III, a análise foca-se na “Prestação do Serviço Educativo”, mais concretamente no desenvolvimento pessoal e bem-estar das crianças, na oferta educativa e gestão curricular, nas

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práticas de ensino-aprendizagem e avaliação e na planificação e acompanhamento das práticas educativas; na secção IV, apresentam-se e analisam-se os “Resultados” académicos e sociais e o reconhecimento da comunidade. Na secção V, sugerem-se “Propostas de Melhoria” face aos constrangimentos ou aspetos menos positivos identificados pelo processo avaliativo implementado no presente ano letivo. Os “Anexos” incluem a documentação que serviu de suporte ao processo de autoavaliação, nomeadamente a constituição da equipa, o cronograma de ação, as formas de divulgação, os questionários utilizados e a constituição dos painéis.

Como o processo de autoavaliação se debruçou sobre um número significativo de referenciais, o relatório apresenta uma extensão considerável, razão pela qual se optou por divulgar conjuntamente o powerpoint de apresentação, permitindo uma leitura mais rápida com enfoque nos pontos principais e nas conclusões.

A equipa agradece a colaboração de todos os elementos da comunidade educativa, fulcrais para os resultados que integram este documento, salientando, mais uma vez, que o grande objetivo é contribuir para uma reflexão consciente de todos os agentes educativos, conducente à melhoria das políticas e práticas educativas vigentes neste Agrupamento.

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I.

METODOLOGIA

1. Processo e referenciais de avaliação

Considerando as recomendações do último relatório de avaliação externa (2016/17), que refere «a inexistência de um processo estruturado de autoavaliação» e propõe, como área de melhoria a sua implementação enquanto fator «potenciador de uma cultura de monitorização e de melhoria contínua, com impacto no planeamento, na organização e nas práticas profissionais», a presente equipa decidiu-se por um processo de avaliação aberto, participado e potenciado pela experiência profissional. A opção por uma ação mais abrangente é norteada pelos novos referenciais de avaliação seguidos pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC). Esta decisão pretendeu, por um lado, ir ao encontro das propostas de melhoria da IGEC elencadas no referido relatório, funcionando como ponto de partida e de comparação relativamente aos resultados que vierem a ser apurados, comprovando ou não a eficácia do trabalho realizado nesse período (Plano de Melhoria da IGEC 2017 e Plano Plurianual de Melhoria TEIP 18’21); e, por outro lado, para garantir coerência aos processos avaliativos internos e externos. Por fim, essa amplitude está também relacionada com a necessidade de ir além dos processos de monitorização implementados para as ações de melhoria propostas em sede do PPM 18’21 que, sendo importantes para a prestação de contas no âmbito do Programa TEIP, não traduzem todas as dimensões do funcionamento do Agrupamento de Escolas.

A ação de autoavaliação debruça-se essencialmente sobre os anos letivos 2017/2018 e 2018/2019, focando-se em três áreas principais - Liderança e Gestão, Prestação do Serviço Educativo e Resultados - que resultam da articulação entre os termos de análise do artigo 6.º da Lei n.º 31/2012, de 20 de dezembro, e os domínios do quadro de referência da IGEC, relativo ao terceiro ciclo de avaliação externa das Escolas. Deste quadro e domínios, foram selecionados os doze campos de análise, explicitados por um conjunto de referentes e indicadores adaptados ao contexto local e que se apresentam nas tabelas infra.

A - L ID E R A N Ç A E G E S TÃ O Campos de

análise Referentes Indicadores

1.Visão e estratégia Visão estratégica orientada para a qualidade das aprendizagens

- Definição clara da visão que sustenta a ação da escola com vista à consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

- Visão partilhada pelos diferentes atores educativos e mobilizadora da sua ação

Documentos orientadores da

escola

- Clareza e coerência entre os documentos orientadores da ação da escola

- Clareza e coerência dos objetivos, metas e estratégias definidos no projeto educativo

- Relevância das opções curriculares constantes dos documentos da escola para o desenvolvimento de todas as áreas de competências consideradas no Perfil dos

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2. Liderança

Mobilização da comunidade educativa

- Orientação da ação para o cumprimento das metas e objetivos educacionais - Motivação das pessoas, desenvolvimento profissional e gestão de conflitos - Incentivo à participação na escola dos diferentes atores educativos

- Valorização dos diferentes níveis de liderança, nomeadamente as lideranças intermédias Desenvolvi- mento de projetos, parcerias e soluções que promovam a qualidade das aprendizagens

- Parcerias com outras instituições e agentes da comunidade que mobilizem recursos e promovam, assim, a qualidade das aprendizagens

- Incentivo ao desenvolvimento de projetos e soluções inovadoras - Avaliação da eficácia dos projetos, parcerias e soluções

- Parcerias com outras instituições e agentes da comunidade que mobilizem recursos e promovam, assim, a qualidade das aprendizagens

3. Gestão Práticas de gestão e organização das crianças e dos alunos

- Existência de critérios pedagógicos na constituição e gestão dos grupos e turmas - Flexibilidade na gestão do trabalho com os grupos e turmas

- Existência, consistência e divulgação na comunidade educativa de critérios na aplicação de medidas disciplinares aos alunos

- Envolvimento dos alunos na vida da escola

Ambiente escolar

- Promoção de um ambiente escolar desafiador da aprendizagem - Promoção de um ambiente escolar seguro, saudável e ecológico

- Promoção de um ambiente escolar socialmente acolhedor, inclusivo e cordial

Organização, afetação e formação dos

recursos humanos

- Distribuição e gestão dos recursos humanos de acordo com as necessidades das crianças e alunos

- Gestão dos recursos que valorize as pessoas, o seu desenvolvimento profissional e bem-estar

- Gestão dos recursos humanos que impulsione a autonomia e a diversidade organizativa

- Práticas de formação contínua dos profissionais, por iniciativa da escola, adequadas às necessidades identificadas e às suas prioridades pedagógicas

Organização e afetação dos

recursos materiais

- Opções tomadas com impactos positivos na qualidade das aprendizagens - Opções tomadas tendo em conta as necessidades e expectativas

de todas as crianças e alunos

- Opções monitorizadas e ajustadas quando necessário

Comunicação interna e

externa

- Diversidade e eficácia dos circuitos de comunicação interna e externa - Rigor no reporte de dados às entidades competentes

- Adequação da informação ao público-alvo

- Acesso à informação da escola pela comunidade educativa

- Divulgação da informação respeitando princípios éticos e deontológicos

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B P R E S TA Ç Ã O D O S E R V IÇ O E D U C A TIVO Campos de

análise Referentes Indicadores

1.Desenvolvi-mento pessoal e bem-estar das crianças e dos alunos Desenvolvi- mento pessoal e emocional das crianças e dos alunos

- Promoção da autonomia e responsabilidade individual - Promoção da participação e envolvimento na comunidade - Promoção de uma atitude de resiliência

- Promoção da assiduidade e pontualidade Apoio ao

bem-estar das crianças e

alunos

- Atividades de apoio ao bem-estar pessoal e social

- Medidas de prevenção e proteção de comportamentos de risco - Reconhecimento e respeito pela diversidade

- Medidas de orientação escolar e profissional

2.Oferta educativa e gestão curricular Oferta educativa

- Respostas educativas adaptadas às necessidades de formação dos alunos com vista ao desenvolvimento do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória - Valorização da dimensão lúdica no desenvolvimento das atividades de enriquecimento curricular/atividades de animação e de apoio à família

- Adequação da oferta educativa aos interesses dos alunos e às necessidades de formação da comunidade envolvente

- Práticas de organização e gestão do currículo e da aprendizagem para uma educação inclusiva

- Integração curricular de atividades culturais, científicas, artísticas e desportivas Inovação

curricular e pedagógica

- Iniciativas de inovação curricular - Iniciativas de inovação pedagógica

- Definição de medidas de suporte à aprendizagens e à inclusão que promovam a igualdade de oportunidades de acesso ao currículo

Articulação curricular

- Articulação curricular vertical e horizontal a nível da planificação e desenvolvimento curricular

- Articulação com as atividades de enriquecimento curricular/ atividades de animação e de apoio à família

- Projetos transversais no âmbito da estratégia de educação para a cidadania

3.Ensino/ Aprendizagem/ Avaliação Estratégias de ensino e aprendizagem orientadas para o sucesso

- Estratégias diversificadas de ensino e aprendizagem com vista à melhoria das aprendizagens, incluindo o desenvolvimento do espírito crítico, a resolução de problemas e o trabalho em equipa.

- Recurso privilegiado à metodologia de projeto e a atividades experimentais - Estratégias para a manutenção de ambientes de sala de aula propícios à aprendizagem Promoção da equidade e inclusão de todas as crianças e de todos os alunos

- Medidas universais, seletivas e adicionais de inclusão das crianças e dos alunos - Ações para a melhoria dos resultados das crianças e alunos em grupos de risco, como os oriundos de contextos socioeconómicos desfavorecidos

- Práticas de promoção da excelência escolar

- Medidas de prevenção da retenção, abandono e desistência

Avaliação para e das aprendizagens

- Diversidade de práticas e instrumentos de avaliação nas diferentes modalidades - Aferição de critérios e instrumentos de avaliação

- Qualidade e regularidade da informação devolvida às crianças, aos alunos e às famílias

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Recursos educativos

- Utilização de recursos educativos diversificados (TIC, biblioteca escolar, centro de recursos educativos)

- Adequação dos recursos educativos às características das crianças e dos alunos - Rentabilização do centro de apoio à aprendizagem

Envolvimento das famílias na

vida escolar

- Diversidade de formas de participação das famílias na escola

- Eficácia das medidas adotadas pela escola para envolver os pais e encarregados de educação no acompanhamento do percurso escolar dos seus educandos - Participação dos pais na equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva

4. Planificação e acompanhamen to das práticas educativa e letiva Mecanismos de autorregulação

- Consistência das práticas de autorregulação no desenvolvimento do currículo - Contribuição da autorregulação para a melhoria da prática educativa

Mecanismos de regulação por pares e trabalho colaborativo

- Consistência das práticas de regulação por pares

- Formas de colaboração sistemática nos diferentes níveis da planificação e desenvolvimento da atividade letiva

- Partilha de práticas científico-pedagógicas relevantes

- Reflexão sobre a eficácia das diferentes metodologias de ensino e aprendizagem aplicadas

- Contribuição da regulação por pares para a melhoria da prática educativa

Mecanismos de regulação

pelas lideranças

- Consistência das práticas de regulação pelas lideranças

- Contribuição da regulação pelas lideranças para a melhoria da prática letiva

Tabela 2 - Domínio da Prestação do Serviço Educativo

C R E S U LT A D O S Campos de

análise Referentes Indicadores

1.Resultados

académicos1

Resultados do ensino básico

geral

- Percentagem dos alunos da escola que conclui o 1.º ciclo até quatro anos após a entrada no 1.º ano

- Percentagem dos alunos da escola que conclui o 2.º ciclo até dois anos após a entrada no 5.º ano

- Percentagem dos alunos da escola com percursos diretos de sucesso no 3.º ciclo Resultados do

ensino secundário

científico- humanístico

- Percentagem dos alunos da escola com percursos diretos de sucesso no ensino científico-humanístico

Resultados do ensino secundário profissional

- Percentagem dos alunos da escola que conclui o ensino secundário profissional até três anos após ingressar na oferta, entre os que vieram diretamente do 3.º ciclo

1 Estes indicadores são avaliados por comparação com as médias nacionais para alunos em contextos socioeconómicos semelhantes

ou com desempenhos escolares semelhantes, sempre que possível. Atende-se igualmente à evolução dos últimos 2 anos destes indicadores.

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Resultados de outras ofertas

formativas

- Taxas de conclusão da oferta dentro do número de anos previsto

Resultados para a equidade, inclusão e excelência

- Resultados dos alunos oriundos de contextos socioeconómicos desfavorecidos, de origem imigrante e de grupos culturalmente diferenciados

- Resultados dos alunos com relatório técnico-pedagógico, programa educativo individual e/ou com plano individual de transição

- Resultados de desenvolvimento e valorização dos alunos de excelência - Assimetrias internas de resultados

2. Resultados sociais Participação na vida da escola e assunção de responsabilida des

- Atividades desenvolvidas na escola da iniciativa das crianças e dos alunos - Participação das crianças e alunos nas iniciativas da escola para a formação pessoal e cidadania

- Participação dos alunos em diferentes estruturas e órgãos da escola - Percentagem de alunos retidos por faltas

Cumprimento das regras e disciplina

- Percentagem das ocorrências em que foram aplicadas medidas disciplinares sancionatórias

- Normas e código de conduta

- Formas de tratamento dos incidentes disciplinares Solidariedade

e cidadania

- Trabalho voluntário - Ações de solidariedade - Ações de apoio à inclusão - Ações de participação democrática Impacto da

escolaridade no percurso dos

alunos

- Inserção académica dos alunos - Inserção profissional dos alunos

- Inserção dos alunos com plano individual de transição na vida pós-escolar

3. Reconheci-mento da comunidade Grau de satisfação da comunidade educativa

- Perceção dos alunos acerca da escola

- Perceção dos encarregados de educação acerca da escola - Perceção de outras entidades da comunidade têm da escola

Valorização dos sucessos dos

alunos

- Iniciativas destinadas a valorizar os resultados académicos - Iniciativas destinadas a valorizar os resultados sociais

Contributo da escola para o desenvolvimen to da comunidade envolvente

- Reconhecimento por parte da sociedade local e nacional - Envolvimento da escola em iniciativas locais

- Disponibilização dos espaços e equipamentos da escola para atividades da comunidade

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2. Estratégias e instrumentos de recolha de informação

A recolha de informação assenta sobretudo na consulta e análise de documentos, na aplicação de questionários, na realização de painéis de discussão/debate e no tratamento dos dados produzidos pelo Programa Alunos JPM ou dados de monitorização internos relativos aos anos 2017/2018 e 2018/2019, nomeadamente com recurso ao Infoescolas – Estatísticas do Ensino Básico e Secundário e à plataforma MISI (Sistema de Informação do Ministério da Educação).

2.1 Questionários

Os questionários (Anexo F) foram adaptados a partir dos que a IGEC usou em ciclos de avaliação externa anteriores, acrescentando-se questões para os novos referenciais e outras relacionadas com a recolha de informação relativa a alguns dos indicadores globais TEIP que têm de ser obrigatoriamente monitorizados no âmbito do nosso contrato com aquele programa. A sua aplicação foi feita por amostragem a partir de formulários em suporte digital (Google Forms) para o pessoal docente, não docente, pais e encarregados de educação e alunos, de acordo com o procedimento a seguir descrito.

De um universo de 1388 alunos, preencheram o questionário 122 alunos do 4.º ano do 1.º CEB (62 do CE Alameda e 60 do CE Alagoas), 282 do 2.º CEB, 88 do 3.º CEB e 277 do Ensino Secundário, num total de 769 alunos (55,4%); de 209 docentes e 12 educadoras de infância, obtiveram-se 159 respostas (71,9%); de 98 não docentes, 47 (47,9%); e do universo de 1879 Pais/EE, responderam 151 (8%).

a) Alunos

O questionário foi aplicado entre os dias 2 e 14 de março. No 1.º CEB, os alunos do 4.º ano preencheram o questionário com o/a professor(a) titular. De referir que as questões para este ciclo foram simplificadas e ajustadas à sua especificidade. No 2.º e 3º CEB, aplicou-se o questionário nas aulas de Tecnologias da Informação ou Educação Tecnológica. No Ensino Secundário, cada Diretor de Turma enviou o link para os alunos da sua turma.

b) Corpo docente

Através do e-mail da Direção foi enviado o link para todos os professores do Agrupamento com o prazo de uma semana para o seu preenchimento.

c) Corpo não docente

Além do envio do link para todo o pessoal não docente, foi apresentado 1 horário em todos os estabelecimentos do Agrupamento, onde os assistentes puderam efetuar o preenchimento do questionário em sala própria.

d) Pais/Encarregados de Educação

Relativamente aos Pais/EE, divulgou-se o questionário via e-mail pelos endereços facultados pelos Diretores de Turma. Inicialmente, disponibilizou-se um calendário (durante as reuniões de

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entrega das avaliações do 2.º período) para os que não possuíam e-mail poderem realizar o seu preenchimento, todavia, fruto das medidas de contingência e do confinamento, não foi possível implementar. De referir que os questionários tinham links diferentes para cada estabelecimento de ensino. Optou-se por um intervalo de uma semana entre a data de envio do link e a data de fecho do preenchimento. A taxa de adesão situa-se nos valores da tabela infra.

ESTABELECIMENTO CORPO UNIVERSO N.º DE RESPOSTAS TAXA DE

ADESÃO % JI Galafura CE Alameda Docente/Educadoras 24 21 87,5 Não Docente 12 6 50 Pais/EE 320 45 14 Alunos 4.º ano - 66 62 92,5 JI Loureiro CE Alagoas Docente/Educadoras 29 23 79,3 Não Docente 15 12 80 Pais/EE 262 38 14,5 Alunos 4.º ano - 68 60 88,2 EB 2/3 Docente 49 35 71,4 Não Docente 26 5 19,2 Pais/EE 396 25 6,3 Alunos 396 282 71,2 Escola Secundária Docente 119 80 67,2 Não Docente 45 24 53,3 Pais/EE 858 84 9,8 Alunos 858 365 42,5

Tabela 4 - Universo e taxa de adesão da aplicação dos questionários

2.2 Painéis

Relativamente aos painéis, convidaram-se os participantes ou por inerência dos cargos ocupados ou por sorteio (Anexo G). As sessões com a duração média de 1 hora foram gravadas em suporte áudio e decorreram entre os dias 22 e 25 de junho (datas atualizadas face ao cronograma fruto do Plano de Contingência – COVID-19).

Os guiões tiveram como ponto de partida os resultados dos questionários e a informação recolhida até à data pela análise documental. Os painéis foram dinamizados por elementos da equipa de autoavaliação e procuraram ouvir alunos, pais e encarregados de educação, docentes sem cargos, docentes titulares de turma e diretores de turma, as lideranças intermédias, pessoal não docente e parceiros. Os painéis tinham a seguinte constituição: alunos (2 delegados de turma por ciclo, a presidente da Associação de Estudantes e a representante dos alunos no Conselho Geral), pais e encarregados de educação (2 representantes de turma por ciclo e os presidentes das

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intermédias, pessoal não docente (2 por estabelecimento). A Chefe dos Serviços Administrativos foi convidada separadamente pelo facto de a Encarregada dos Assistentes Operacionais integrar a equipa de autoavaliação e apenas haver mais um Encarregado. Relativamente aos parceiros, selecionaram-se aqueles com maior proximidade funcional, quer pela presença no Conselho Geral quer pela celebração de protocolos de forma consistente, a saber: a Câmara Municipal, a Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes (ARDAD), o Museu do Douro, a Associação Comercial e Industrial dos concelhos de Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio (ACIR), o Centro de Saúde de Peso da Régua, a Escola Segura e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Peso da Régua.

A equipa de autoavaliação apresentou o Relatório ao Presidente do Conselho Geral e ao Diretor do Agrupamento no dia 21 de julho.

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II.

LIDERANÇA E GESTÃO

Neste domínio, pretendeu-se aferir o desempenho dos órgãos de administração e gestão do Agrupamento, abrangendo o funcionamento das estruturas escolares de gestão e de orientação educativa, o funcionamento administrativo, a gestão de recursos e a visão inerente à ação educativa, enquanto projeto e plano de atuação.

1. Visão e estratégia

1.1 Visão estratégica orientada para a qualidade das aprendizagens e documentos orientadores da escola

No que respeita aos DOCUMENTOS ORIENTADORES, 84,3% dos professores, 59,6% dos Pais/EE e 55,4% dos não docentes consideram que os documentos orientadores da política educativa do Agrupamento – Projeto Educativo (PE), Plano Plurianual de Melhoria TEIP (PPM), Plano Anual de Atividades (PAA), Contrato de Autonomia - são claros e de fácil consulta e acesso.

No portal do Agrupamento está disponível o PE (2015-2019), ainda que sem a adenda relativa às opções curriculares estruturantes, aprovada em 16 de dezembro de 2019, e que dá resposta aos Decretos-Leis n.º 54/2018 e n.º 55/2018 de 6 de julho. O PPM apresenta os eixos prioritários de intervenção e respetivas ações de melhoria com vista à evolução global do Agrupamento, em geral, e aos resultados dos alunos, em particular, atendendo às áreas de competências consideradas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Da mesma forma, o PAA é elaborado em função dos referidos eixos – 1. Cultura de Escola e Lideranças Pedagógicas; 2. Gestão Curricular; 3. Parcerias e Comunidade. O contrato de autonomia, em vigor desde 2013/2014, e prorrogado até aos dias de hoje, não foi apropriado pela escola, valorizando-se apenas o crédito horário disponibilizado. Entretanto, muitas das ações estratégicas aí previstas acabaram por ser implementadas no AE com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 55/2018. O Regulamento Interno não está datado; determinou-se que foi aprovado em sede de Conselho Geral em 29 de novembro de 2012. Foi acrescentado com um Regulamento Disciplinar, aprovado em sede do Conselho Geral a 13 de fevereiro de 2014.

Em painel, os docentes referem o envio dos documentos por e-mail, o que nem sempre permite uma verdadeira apropriação da política educativa e da estratégica global que norteiam o AE. Relativamente ao PE, sabem que está no portal, mas desconhecem o período de vigência e se está atualizado face aos novos normativos. No mesmo sentido, ainda que conheçam as ações do PPM, revelam algum desconhecimento sobre os recursos que este proporciona. Salientam o papel do PAA como documento orientador, ainda que discordem quanto à sua estrutura (uns defendem

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contrapõem, argumentando que o PAA, na sua redação atual, fica mais enriquecido e é mais representativo das dinâmicas escolares). Propõem que as opções estratégicas constantes nestes documentos orientadores fossem apresentadas no início do ano letivo, não esquecendo os professores que são colocados tardiamente.

Na DEFINIÇÃO DE PONTOS FORTES E FRACOS, 66% dos docentes considera que o AE analisa de forma sistemática os pontos fortes e os pontos fracos internos, visando a definição de ações de melhoria da prática educativa. Esta análise ocorre sobretudo nos momentos que antecedem a elaboração de documentos estruturantes como o PPM ou o PAA, durante a análise dos resultados (nas diferentes áreas disciplinares ou departamentos) ou da monitorização das ações TEIP.

Sobre os INDICADORES norteadores da ação educativa, 80,3% dos docentes crê que os indicadores fornecidos pela Direção para medir, de forma sistemática e objetiva, o desempenho e a evolução do Agrupamento, são os corretos. Neste sentido, assumem destaque os indicadores TEIP para cada um dos eixos de intervenção com as respetivas metas gerais, onde se incluem, por exemplo, a análise de resultados no âmbito da avaliação interna e externa, do absentismo e abandono, bem como da indisciplina. Em articulação com estas metas estão definidos indicadores e metas por ano de escolaridade/disciplina pelas diferentes áreas disciplinares/departamentos e, ainda, indicadores e metas específicas para cada ação TEIP, potenciando a mobilização dos diversos atores educativos.

Genericamente, o AE é reconhecido como uma instituição de referência como se comprova pelas auscultações em painel, onde os docentes referem que, apesar de cada escola ter a sua identidade e especificidade, há um sentimento de pertença. Acrescentam que o AE projeta uma imagem coesa em consequência da oferta educativa, da ação integradora e inovadora da Biblioteca e, sobretudo, do ambiente inclusivo, sendo equiparada a uma escola de referência para alunos surdos. Em painel de pais/EE, estes reconhecem que a Escola é valorizada pela comunidade, apesar do posicionamento no ranking não ser o mais favorável, mesmo comparando com outras escolas do distrito. Os parceiros reconhecem o impacto positivo das ações e projetos do AE na vida sociocultural da comunidade envolvente. Os alunos consideram que frequentam uma boa escola, valorizando, sobretudo, os professores, os espaços escolares, os clubes e a biblioteca.

2. Liderança

2.1 Mobilização da comunidade educativa e desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções que promovam a qualidade das aprendizagens

Relativamente à PARTICIPAÇÃO E CONTRIBUTO DA COMUNIDADE EDUCATIVA, 72,8% dos docentes, 70,8% dos Pais/EE e 63,8% dos não docentes consideram que a Direção valoriza a participação e o contributo da comunidade educativa para a definição de uma estratégia global do

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Agrupamento. Regista-se a colaboração regular com entidades externas, por exemplo, na Equipa de Inovação, no Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) ou na Equipa de Saúde Escolar, que contam com a cooperação da Associação de Pais/Encarregados de Educação, Câmara Municipal, Unidade de Saúde Familiar (USF), Escola Segura, ou Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). Desta colaboração salienta-se, também, o papel do Plano Inovador e Integrado de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE) e o Programa Escolhas D´Ouro - E7G, ambos da Autarquia, no âmbito dos Planos de Promoção do Sucesso Educativo. Relativamente aos documentos orientadores, a comunidade educativa interveio na sua aprovação em sede do Conselho Geral.

Já 76,2% dos professores são de opinião que a Direção incentiva o envolvimento da comunidade na melhoria da qualidade dos serviços através de protocolos e parcerias com diferentes entidades, salientando-se a Câmara Municipal de Peso da Régua, as Juntas de Freguesia, a Santa Casa da Misericórdia do Peso da Régua, a Associação da Região do Douro para Apoio a Deficientes (ARDAD), a Associação Comercial e Industrial dos Concelhos do Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio (ACIR), o Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) Douro, a Microrrede TEIP Douro (que engloba, além do AEJAC, o Agrupamento de Escolas de Murça e o Agrupamento de Escolas Diogo Cão) e o Museu do Douro, todos com impacto visível na prestação do serviço educativo, colaborando em projetos de natureza científica, cultural, artística, desportiva, de solidariedade social ou no reconhecimento do mérito académico dos alunos. É, ainda, de registar a ação destas entidades na formação em contexto de trabalho dos cursos profissionais e na transição para a vida pós-escolar dos alunos com planos individuais de transição. 51,7% dos Pais/EE partilham desta opinião. No painel com os parceiros, estes consideram que as parcerias poderiam ter uma maior abrangência além da estabelecida no âmbito da formação já referida. Neste sentido, advogam uma maior proximidade com o Agrupamento, contribuindo para a construção de planos de melhoria a médio e a longo prazo.

Questionados sobre se a Direção disponibiliza incentivos logísticos (espaços, tempos, recursos) para o desenvolvimento de projetos inovadores, 72,7% dos docentes, 64,2% dos Pais/EE e 100% (CE Alameda e CE Alagoas), 80,1% (EB 2/3), 65,9% (3.º CEB) e 48% (ES) dos alunos concordam com a afirmação. Ouvidos em painel, os alunos referiram não ter conhecimento da existência de projetos inovadores, alvitrando a insuficiente divulgação dos mesmos como uma causa para esse desconhecimento. Sugerem que essa divulgação seja realizada pelos professores da turma na sala de aula.

No tocante à AUSCULTAÇÃO DAS NECESSIDADES E SATISFAÇÃO, 56,5% dos professores, 43,7% dos Pais/EE e 29,8% do corpo não docente consideram que a Direção agenda reuniões para análise e debate das questões associadas à gestão e prestação do serviço educativo do AE. 51% dos professores, 43,7% dos Pais/EE e 29,8% dos não docentes pensam que a Direção cria mecanismos que permitem avaliar as suas necessidades e satisfação. 46,8% dos não docentes

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discordam da afirmação. Em relação aos alunos, 62,4% (EB 2/3), 31,8% (3.º CEB) e 28,9% (ES) concordam com a afirmação.

Apenas 49% dos professores e 29,8% dos não docentes pensam que a Direção cria mecanismos de auscultação e de avaliação da eficácia das lideranças do AE. Em painel, as lideranças intermédias admitem que houve um progresso, sendo evidente uma envolvência maior. Consideravam útil ter mais reuniões de articulação com a Direção, embora reconheçam que o contacto é fácil, através do telefone, por exemplo. Referem que, por vezes, os professores se lamentam que não são envolvidos, mas têm a perceção de que estes nem sempre são pró-ativos na construção ou procura desse envolvimento. No painel dos Diretores de Turma, os docentes pensam que as reflexões e contributos das equipas pedagógicas expressas nas atas não têm seguimento, só um contacto direto se pode traduzir numa ação concreta. Acrescentam que falta feedback por parte da Direção às propostas apresentadas. Os assistentes/técnicos ouvidos em painel afirmam que reúnem no início do ano letivo com a Direção (com exceção da EB 2/3 que reúne mais regularmente com a CE), mas que deviam reunir pelo menos mais uma vez. Assinalaram, porém, que, em ocasiões específicas, foram promovidas outras reuniões pelo diretor. Referiram que não conhecem os seus representantes no Conselho Geral. Os Pais/EE, também em painel, afirmam que conseguem ser ouvidos pela Direção, mas de forma inconsequente, isto é, as propostas que apresentam não são implementadas, exemplificam com a comunicação e a constituição de turmas.

3. Gestão

3.1 Práticas de gestãoe organização das crianças e dos alunos

Relativamente à CONSTITUIÇÃO DE TURMAS, 51,7% dos professores e 45% dos Pais/EE pensam que a Direção define os critérios de constituição das turmas com base no perfil e percurso escolar dos alunos. Os critérios de constituição de turmas, elencados em adenda no Regulamento Interno, apontam como determinantes a continuidade do grupo, a língua estrangeira e o parecer do Conselho de Turma do ano transato, nomeadamente a partir do 2.º CEB.

Em painel de Diretores de Turma, estes são de opinião que é notório um desequilíbrio, originando turmas com resultados francamente positivos e outras negativos. Afirmam que, na generalidade, há um desconhecimento dos critérios de constituição de turmas, apontando a falta de divulgação e o momento em que são aprovados, posição corroborada em painel de Pais/EE, que acrescentam não se sentirem ouvidos quando sugerem alterações na constituição das turmas.

No que concerne à DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO E HORÁRIOS, 67,4% dos docentes crê que a Direção distribui o serviço e define os horários com base em critérios claros e objetivos. Sendo um facto que os critérios são propostos pelo Conselho Pedagógico, aprovados em Conselho Geral e divulgados junto de todos os docentes, os 23,1% que não manifestam opinião podem decorrer de

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professores colocados posteriormente e que não tiveram acesso à informação. 57,5% dos não docentes concorda com a afirmação.

Relativamente à organização da carga curricular em AULAS de 90 minutos e questionados sobre se a duração do tempo letivo é a mais adequada ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, no corpo docente, 41,2% (ESJAC) e 57,2% (EB 2/3) concordam com a afirmação, opondo-se a 45% (ESJAC) e 34,3% (EB 2/3) que discordam. 52% (EB 2/3), 50% (ESJAC) dos pais/EE concordam, opondo-se a 36% (EB 2/3) e 39,3% (ESJAC) que discordam. Por parte dos alunos, 44,4% (3.ºCEB) e 57,1% (ES) não consideram a aula de 90 minutos adequada. Em painel, os alunos explicam que depende das disciplinas, as de caráter mais prático adequam-se aos 90 minutos, enquanto outras já é mais difícil manter a concentração, o que também depende da faixa etária.

54,1% dos alunos do ES pensam que os seus horários não permitem tempo suficiente para estudar e realizar as atividades propostas pelos professores. Apenas 22,4% considera que tem tempo suficiente, podendo corresponder a alunos do 12.º ano que apenas têm as manhãs ocupadas com atividades letivas.

Em painel de Pais/EE, as opiniões divergem, uns pensam que é adequado, particularmente para algumas disciplinas e para algumas faixas etárias, outros consideram os 90 minutos demasiado tempo, quer pela capacidade de concentração quer pela questão da indisciplina. Acrescentam que não se justifica o intervalo de almoço ter 2 horas para algumas turmas, por exemplo do 11.º ano, prolongando o horário para o fim do turno da tarde (facto decorrente da organização das aulas em 90 minutos que não permitem o aproveitamento do último tempo de 45 minutos).

Por fim, referir que, de acordo com os docentes e alunos ouvidos em painel, a Escola promove algumas práticas de gestão flexível do trabalho das turmas, dando como exemplos o desdobramento por turnos e as opções de bienais do ensino secundário tradicionalmente fora do curso escolhido; por outro lado, práticas de flexibilidade nas turmas definidas pelas equipas pedagógicas é ainda incipiente.

3.2 Ambiente escolar

No tocante à PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, os resultados dos questionários revelam que há uma valorização dos diversos serviços prestados pelos estabelecimentos. Os valores mais baixos situam-se no Refeitório do CE Alameda (crítica sustentada por 36,3% de registos nos comentários), na Reprografia/Papelaria da EB 2/3, no Bar/Bufete e nos Serviços Administrativos da Escola Secundária. Nos comentários opcionais sobressaem as reclamações associadas à duração das aulas, à alimentação, à limpeza e higiene ou à pouca diversificação de atividades extracurriculares; no CE Alameda e na Escola Secundária lamenta-se a ausência de espaços cobertos, bancos ou

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cadeiras que permitam passar os intervalos quando chove. Em painel de alunos, estes referem que, nos intervalos, os serviços de Papelaria/Reprografia e Bar/Bufete deveriam ter um reforço de pessoal para evitar os aglomerados que se registam atualmente. Os alunos do ensino secundário sugerem a implementação de um sistema de gestão de filas de espera no bar e de um controlo eletrónico das entradas e saídas da escola.

É de salientar que em todas as escolas do Agrupamento se encontram disponíveis caixas de sugestão/reclamação com vista à melhoria do serviço prestado, todavia os procedimentos de leitura e sua avaliação carecem de tratamento e feedback aos alunos.

Questionados os docentes sobre se os ESPAÇOS de trabalho e de lazer da escola são suficientes e adequados, 76,2% (CE Alameda), 73,9% (CE Alagoas), 61,3% (ESJAC) e 57,1% (EB 2/3) concordam. Os Pais/EE também são da mesma opinião: 84% (EB 2/3), 83,4% (ESJAC), 71,2% (CE Alameda). Em painel referiram a necessidade de um espaço coberto no CE da Alameda. No CE das Alagoas apenas 57,9% dos Pais/EE concordam. Quanto aos alunos, 96,8 (CE Alameda), 96,6% (CE Alagoas), 68,1% (2.º CEB), 70,4% (3.º CEB) e 66,8% (ES) consideram que os espaços de recreio da escola são suficientes e adequados. Face à questão se a Escola tem espaços de estudo/ de trabalho suficientes e adequados, 75,8% (EB 2/3), 73,8% (3.º CEB) e 64,3% (ES) respondem afirmativamente. Em painel, os alunos valorizam os espaços envolventes, reconhecem o potencial da sala de convívio da Escola Secundária, ainda que considerem não estarem aproveitadas todas as suas potencialidades.

A Escola mantém as instalações em bom estado de CONSERVAÇÃO, HIGIENE E SEGURANÇA é a opinião de 80% (EB 2/3), 81,3% (ESJAC), 95,7% (CE Alagoas),100% (CE Alameda) dos docentes. Os pais/EE partilham a concordância com 95,5% (CE Alameda), 92,1% (CE Alagoas), 80% (EB 2/3), 76,1% (ESJAC). Também os não docentes concordam: 100% (CE Alameda e CE Alagoas), 80% (EB 2/3) e 79,1% (ESJAC). Quanto aos alunos apenas 48,3 (EB 2/3), 45,5% (3.º CEB) e 49,9% (ES) concordam, registando-se elevadas percentagens de discordância. Já no 1.º CEB 96,6% e 95,1% (CE Alagoas e CE Alameda, respetivamente) aceitam a afirmação. Em painel de alunos, estes apontam a falta de civismo de alguns colegas, relativamente ao espaço envolvente, resultando na degradação do espaço e dos equipamentos da escola.

Sobre a SEGURANÇA e ACOMPANHAMENTO, 91,3% (CE Alagoas), 81% (CE Alameda), 74,3% (EB 2/3) e 75,0% (ESJAC) dos docentes, 68,2% dos Pais/EE, 61,7% dos não docentes e 65% dos alunos do ES são de opinião que a escola garante a segurança e um bom acompanhamento de toda a comunidade escolar. Percentagens mais elevadas registam-se no CE Alagoas e CE Alameda (98,3% e 96,7%, respetivamente) e na opinião dos alunos do 3.º CEB da ESJAC (71,6%). Os Pais/EE, ouvidos em painel, consideram que a escola é, na generalidade, segura, reconhecendo alguns pontos problemáticos, mas, essencialmente, nos espaços exteriores. Esta posição é corroborada pelo painel dos não docentes, que gostariam de ver a Escola Segura nos espaços adjacentes, pelo menos nas horas de entrada, de saída e nos intervalos.

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3.3 Organização, afetação e formação dos recursos humanos

Em relação à FORMAÇÃO, 72,1% dos professores são de opinião que a Direção define um plano de formação de acordo com as necessidades diagnosticadas e estabelece as parcerias necessárias para a sua execução. Neste âmbito, o AE elabora um plano de capacitação TEIP, para operacionalização do PPM, cujas ações integram o Plano de Formação do Agrupamento, que inclui iniciativas de formação dinamizadas pelo Departamento de Educação Especial, ou outras em parceria com a Equipa de Saúde Escolar da USF e com o CFAE VR. Ainda relativamente ao Plano de Formação, ouvido o painel das lideranças intermédias, resultam as ideias de que há necessidade de uma auscultação periódica (pelo menos anual) por forma a garantir a atualização e desenvolvimento profissional dos docentes de cada área curricular; de que a formação deve ser mais regular, mesmo em formatos de workshops ou ações de curta duração; de que a articulação entre a Coordenadora do Plano de Formação e os Coordenadores de Departamento Curricular e a Direção deve ser mais consistente, garantindo que a informação chega aos professores; por fim, de que é fundamental mobilizar os formadores internos para garantir uma formação mais direcionada para a capacitação dos docentes.

No corpo não docente apenas 40,4% concorda com a afirmação. Em painel, referem que, na ficha de autoavaliação, elencam as necessidades de formação e as ações frequentadas (embora este não seja um parâmetro em avaliação), mas não há oferta posterior nem um plano criado com base nas necessidades específicas do AE. Desta forma, cada assistente procura o que lhe interessa e frequenta ações promovidas pelos Sindicatos ou Associações locais de formação. No caso dos assistentes técnicos, procuram formação mais especializada e têm-na obtido autonomamente.

Também no painel, e relativamente à distribuição do serviço e horários, consideram que estes são atribuídos com critérios claros e objetivos, de acordo com as necessidades.

3.4 Organização e afetação dos recursos materiais

63,2% dos professores e 53% dos Pais/EE acreditam que a escola disponibiliza RECURSOS suficientes e facilitadores da implementação de práticas diversificadas e inovadoras. 51% dos não docentes pensam que a escola disponibiliza recursos suficientes e facilitadores da prestação de serviços de qualidade. As escolas do Agrupamento foram intervencionadas pela Parque Escolar ou CMPR, estando dotadas dos recursos essenciais. No domínio tecnológico, detetam-se lacunas, fruto do número insuficiente e rápido desgaste dos materiais, sendo que as práticas inovadoras estão muitas vezes associadas a este campo. Acresce que a evolução tecnológica torna rapidamente obsoletos hardware e software, não existindo um inventário atualizado do material informático ou um plano de substituição gradual dos materiais. A Equipa PTIC é altamente

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esteja condicionada pela aquisição de materiais, como lâmpadas de projetores, cujo custo inviabiliza a rápida substituição. Ao nível dos Centros Escolares, a manutenção está a cargo da autarquia.

3.5 Comunicação interna e externa

72,1% dos docentes, 60,3% dos Pais/EE e 48,9% dos não docentes consideram que os CIRCUITOS DE COMUNICAÇÃO funcionam de forma adequada. A informação é, essencialmente, transmitida em cadeia hierárquica, através das lideranças intermédias, e divulgada por e-mail ou em reuniões presenciais.

Em painel, os docentes referem que a utilização do e-mail é prático e é uma mais-valia, mas não substitui as reuniões, onde a participação e a colaboração são mais eficazes. Reiteram que a tecnologia é muito boa, mas tem limitações, pois são poucos os que refletem e dão feedback. As reuniões por videoconferência revelaram-se funcionais, potenciando o trabalho colaborativo regular, sem os constrangimentos das reuniões presenciais. Os parceiros, em painel, são de opinião que a informação essencial circula de forma adequada e eficaz. No caso dos não docentes, também ouvidos em painel, na generalidade, consideram que os circuitos de comunicação funcionam bem e que os meios usados - a afixação em placards próprios ou o e-mail – são adequados. Acrescentam que quando precisam de comunicar têm fácil acesso às estruturas que os ouvem. Quanto aos Serviços Administrativos, elencaram-se alguns constrangimentos na circulação da informação, já que nem sempre se recebe a informação atempada ou diretamente, estando publicada primeiro no portal sem ser do conhecimento dos Serviços. No tocante aos alunos do ES, 47,3% consideram que os seus representantes transmitem as informações provenientes dos órgãos da escola.

71,4% dos docentes, 60,3% dos Pais/EE, 59,5% dos não docentes, 64,8% (EB 2/3), 52,3% (3.º CEB) e 31,4% (ES) dos alunos pensam que a DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO através do portal do Agrupamento é suficiente e atualizada. Será de levar em conta que 24,5% dos Pais/EE, 25% dos alunos do 3.º CEB e 28,1% dos alunos do ES discordam, sendo de ressalvar elevadas percentagens de alunos que respondem “Não concordo nem discordo” e “Não sei”. Em painel, os Pais/EE apontam a divulgação da informação como a maior lacuna do AE, concretizando com vários exemplos, como o início do ano letivo. Consideram o portal desatualizado e a informação que recebem vem sobretudo das Associações de Pais, via redes sociais. Na mesma linha, os parceiros ouvidos em painel são de opinião que deveria haver um maior investimento nas novas tecnologias, rentabilizando as potencialidades de diferentes plataformas na promoção e divulgação das dinâmicas do Agrupamento.

Os alunos do 1.º CEB pensam que o blogue da escola apresenta informação adequada (95,1% no CE Alameda e 91,6% no CE Alagoas). Por outro lado, 100% (CE Alameda), 98,4% (CE Alagoas), 74,8% (EB 2/3), 58% (3.º CEB) e 56% (ES) dos alunos consideram que, na escola, a informação é divulgada de forma adequada. Questionados sobre o caso concreto de informação sobre os diferentes percursos escolares, 71,6% (EB 2/3), 58% (3.º CEB) e 49,5% (ES) pensam que

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a Escola disponibiliza informação suficiente. Por outro lado, face à questão se os representantes dos alunos transmitem as informações provenientes dos órgãos da escola, apenas 47,3% dos alunos (ES) aceita a afirmação. Na mesma linha, em resposta à questão se o Agrupamento disponibiliza informação suficiente e promove a orientação vocacional adequada, 65,2% (EB 2/3) e 36,1% (ES) concordam, o que se justificará pela ação de orientação vocacional dinamizada pelos SPO só ocorrer no 9.º ano de escolaridade.

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SÍNTESE LIDERANÇA E GESTÃO

Os documentos orientadores traduzem uma visão estratégica clara patente nos diversos documentos de ação educativa com enfoque para o Projeto Educativo e o Plano Plurianual de Melhoria 18’21, ainda que seja necessário proceder a uma nova articulação entre estes dois documentos, resultante da atualização do último e do prazo de expiração do primeiro.

Para a construção desta visão estratégica, concorre sobretudo a análise sistemática dos pontos fracos e fortes internos, aquando da elaboração dos planos de melhoria TEIP e os processos de acompanhamento e monitorização das ações, já que, nos últimos anos, por constrangimentos vários, não foi implementado outro processo de autoavaliação.

O AE mantém uma colaboração regular e consolidada com várias entidades da comunidade, incentivando a sua participação aquando da elaboração dos documentos orientadores, nos órgãos colegiais e nas diversas estruturas que integram ou com quem trabalham regularmente, destacando-se, ainda, as parcerias em projetos de natureza científica, cultural, artística, desportiva, de solidariedade social ou no reconhecimento do mérito académico dos alunos.

As lideranças intermédias e membros da comunidade escolar registam um progresso ao nível do seu envolvimento nas tomadas de decisão.

Para a mobilização e a responsabilização das diferentes lideranças e atores na realização de atividades de promoção da qualidade do processo de ensino e de aprendizagem contribui a existência de um bom clima de escola e o contacto fácil e direto com o Diretor.

As lideranças intermédias desempenham um papel de relevo e contribuem decisivamente para a promoção do trabalho colaborativo e interdisciplinar.

A nível interno, a informação é transmitida eficazmente do topo para base e em sentido inverso, particularmente pelas estruturas intermédias. A nível externo, verificam-se alguns constrangimentos fruto de um portal desatualizado e pouco funcional, incapaz de dar resposta à procura de informação pela comunidade educativa, sobretudo pelos pais/EE. Acresce a falta de um feedback às propostas e solicitações apresentadas à Direção pelos diversos elementos da comunidade.

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Com as escolas intervencionadas há pouco tempo, o AE dispõe de espaços e recursos facilitadores da implementação de práticas diversificadas e inovadoras, ainda que seja necessário apostar na atualização dos dispositivos tecnológicos.

Os diversos serviços prestados nos estabelecimentos escolares e as condições de higiene e segurança são valorizados pela comunidade em geral.

A elaboração dos horários e a definição de critérios de constituição de turmas são claros, embora estes últimos não estejam suficientemente divulgados, pois uma parte significativa da comunidade educativa desconhece-os.

A duração do tempo letivo de 90 minutos é apontada como um fator de desconcentração e de indisciplina, sobretudo em disciplinas de caráter mais teórico, lecionadas de forma tradicional.

No campo da formação do corpo docente e não docente, destaca-se a importância de os auscultar regularmente sobre as suas necessidades, rentabilizando os recursos internos para disponibilizar mais formação.

A monitorização regular da ação estratégica está implementada a vários níveis, tendo sido ultrapassada a lacuna da autoavaliação. Importa não só produzir planos de melhoria, mas, essencialmente divulgá-los e envolver os agentes na mudança aí preconizada.

O AE é reconhecido como uma instituição de referência, projetando uma imagem positiva em consequência da oferta educativa, da ação integradora e inovadora da Biblioteca e, sobretudo, do ambiente inclusivo, sendo valorizado pelo impacto positivo na vida sociocultural da comunidade educativa.

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III. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

Neste domínio, pretendeu-se aferir, por um lado, o grau de concretização do Projeto Educativo e o modo como se prepara e concretiza a educação, o ensino e as aprendizagens das crianças e alunos, tendo em conta as suas características específicas, e, por outro lado, o nível de execução de atividades proporcionadoras de climas e ambientes educativos capazes de gerarem as condições afetivas e emocionais de vivência escolar propícia à interação, à integração social, às aprendizagens e ao desenvolvimento integral da personalidade das crianças e alunos.

1. Desenvolvimento pessoal e bem-estar das crianças e dos alunos

1.1 Desenvolvimento pessoal e emocional das crianças e dos alunos

No que diz respeito aos valores de CIDADANIA E INCLUSÃO, 85% dos docentes, 74,9% dos Pais/EE, 63,8% dos não docentes e 100% (CE Alameda), 95% (CE Alagoas), 71% (EB 2/3), 73,9% (3.º CEB) e 66,4% (ES) dos alunos consideram que o Agrupamento promove junto da comunidade educativa os valores da cidadania e inclusão. Os alunos do 1.º CEB pensam que a escola trata os alunos da mesma forma (95,2% - CE Alameda e 93,3% - CE Alagoas), que o professor ajuda os alunos com mais dificuldades (100%, CE Alagoas e 98,4% CE Alameda) e que a psicóloga da escola ajuda os alunos que apresentam mais dificuldades (92% CE Alameda, 90%, CE Alagoas). Esta perceção decorre dos projetos dinamizados pela Escola, propostos no PAA e desenvolvidos no âmbito da Estratégia de Educação para a Cidadania de Escola (EECE) e da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, destacando-se atividades no âmbito da promoção do bem-estar e da saúde, preservação do ambiente e desenvolvimento sustentável, Direitos Humanos, entre outros domínios. Relativamente à inclusão, destaca-se a ação da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) em articulação com os educadores, professores titulares e diretores de turma na definição das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. O Agrupamento é equiparado a uma escola de referência no apoio aos alunos surdos, desenvolvendo várias atividades promotoras da aprendizagem da língua gestual para alunos e professores ouvintes. Em painel, os docentes consideram que o Decreto-Lei n.º 54/2018 está apropriado pela generalidade dos profissionais, consubstanciando-se na mudança de algumas práticas como o facto dos alunos estarem mais tempo integrados na sala de aula. Também os parceiros acreditam que o AE promove um ensino de base humanista e cooperativo, estabelecendo como prioridade o acompanhamento de todos os alunos e a garantia da equidade no acesso à educação, assim como a promoção dos valores da inclusão e da cidadania.

No tocante ao RELACIONAMENTO INTERPESSOAL, as elevadas percentagens de concordância com as afirmações deste indicador atestam a existência de uma boa relação interpessoal entre os elementos presentes na escola diariamente.

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Em questionário, os docentes concordam com as afirmações “Os alunos relacionam-se bem com os assistentes operacionais e técnicos (100% no CE Alagoas; 95,3% no CE Alameda; 80% na EB 2/3 e ESJAC) e “As relações entre os alunos e professores são boas” (100% no CE Alagoas, 95,2% no CE Alameda, 90,1% na ESJAC e 88,6% na EB 2/3). Na mesma linha situa-se a opinião dos Pais/EE: 97,4% (CE Alagoas); 93,3% (CE Alameda); 84% (EB 2/3 e ESJAC) relativamente à primeira afirmação e 94,8% (CE Alagoas), 88,9% (CE Alameda), 70,3% (ESJAC) e 80% (EB 2/3), relativamente à segunda. Também o corpo não docente concorda com as duas afirmações com as mesmas percentagens: 80% (EB 2/3) e 100% (CE Alameda e CE Alagoas). Na ESJAC, 83,4% concordam com a primeira e 45,8% com a segunda, ainda que nesta questão 50% responda “Não concordo nem discordo” e “Não sei”. Por fim, os alunos corroboram com 96,7% (CE Alagoas), 91,9% (CE Alameda), 59,2% (EB 2/3), 60,2% (3.º CEB) e 79,4% (ES) para a primeira e 98,4% (CE Alameda), 98,3% (CE Alagoas), 64,9% (EB 2/3), 55,7% (3.º CEB) e 69% (ES) para a segunda.

1.2 Apoio ao bem-estar das crianças e alunos

Relativamente à PREVENÇÃO DE COMPORTAMENTOS DE RISCO, 73,5% dos docentes, 62,2% dos Pais/EE e 95,2% (CE Alameda), 88,3% (CE Alagoas), 59,9% (EB 2/3), 53,4% (3.º CEB) e 39,3% (ES) dos alunos consideram que o Agrupamento desenvolve ações para prevenir comportamentos de risco. 38,3% dos não docentes concordam, opondo-se a 36,2% que discordam da afirmação. Ouvidos em painel, justificaram estes resultados pelo sentimento de desproteção, particularmente nos CE e EB 2/3, onde a presença esporádica da Escola Segura não é suficiente para resolver os problemas de conflito. Neste campo é de assinalar a ação do GAAF, em articulação com os Serviços de Psicologia e Orientação, bem como as parcerias com a Escola Segura ou a CPCJ. No tocante ao acompanhamento pelos SPO, o facto de 58,1% (EB 2/3), 21,5% (3.º CEB) e 27,8% (ES) responder que os SPO resolvem de forma eficaz às necessidades diagnosticadas poderá indiciar o número daqueles que (não) usufruem deste serviço, confirmado, por exemplo, pelos 68,2% de alunos do 3.º CEB que respondem “Não concordo nem discordo” e “Não sei”.

Como resultado da auscultação em painel, é de referir que, apesar do Plano de Melhoria TEIP integrar uma ação de transformação do GAAF, prevendo uma série de medidas com vista a melhorar procedimentos no tocante ao absentismo (por exemplo, a referenciação antes do número limite de faltas injustificadas ser atingido) e à indisciplina (destacando-se a informatização de procedimentos ou a mudança da equipa, garantindo formação para os seus elementos e atribuição de papéis de acordo com o perfil, medida que poderia evitar reincidências), esta não foi implementada, mantendo-se os moldes de funcionamento dos anos anteriores. Ainda em painel, elencaram-se algumas dificuldades de atuação do GAAF, por exemplo, ao nível do circuito de comunicação com a CPCJ, desde que a referenciação passou a ser realizada através dos SA e o feedback deixou de ser comunicado ao GAAF ou a qualquer outra estrutura da escola. Os Diretores de Turma não têm conhecimento do seguimento dos casos, uma reivindicação antiga.

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Acrescem algumas ações de inclusão das minorias étnicas e de prevenção da violência, em 2017/2018 e 2018/2019, em parceria com o Alto Comissariado para as Migrações e com o Instituto de Apoio à Vítima. Por outro lado, é, ainda, de salientar o papel dos espaços dedicados a Atividades Lúdicas e Culturais Orientadas (ALCO) na prevenção de conflitos nos recreios. Todavia, relativamente à questão sobre se as atividades previstas na ausência do professor funcionam bem neste espaço, apenas 35% (ESJAC) e 34,3% (EB 2/3) dos docentes concordam. Os pais/EE manifestam concordância em 56% (EB 2/3) e 41,7% (ESJAC). Já os alunos concordam 55,7% (EB 2/3) e 37,5% (ESJAC). Em painel, os docentes apontam a falta de recursos materiais e a desmotivação como explicações para estes resultados. Os não docentes referem que os alunos mostram muita resistência em ir para o ALCO, por falta de atividades e de qualquer envolvimento com os professores aí alocados.

No pressuposto de que a ocupação plena dos alunos potencia o enriquecimento curricular e inviabiliza situações de conflito, o AE disponibiliza diversas atividades extracurriculares, como Atividades Física e Desportiva, Artes e Ensino do Inglês (1.º CEB) ou o programa Erasmus+, Desporto Escolar, Oficinas e Clubes nos restantes ciclos. Todavia, questionados sobre se “as atividades extracurriculares vão ao encontro dos interesses dos alunos”, estes concordam em apenas 43,2% (3.º CEB) e 38,3% (ES), opondo-se a 70,9% (EB 2/3), 95% (CE Alagoas) e 100% (CE Alameda) dos alunos que as consideram interessantes. Em painel, os alunos afirmam gostar da atividade física e desportiva, mas sugerem a oferta no campo das artes, mais concretamente da música. Apontam, ainda, falhas na divulgação de algumas atividades, sugerindo as redes sociais como o veículo privilegiado e pelos docentes em contexto sala de aula.

2. Oferta educativa e gestão curricular

2.1 Oferta educativa

A oferta educativa de base corresponde às matrizes curriculares em vigor. A diversificação da oferta faz-se, sobretudo, ao nível das disciplinas de opção dos cursos científico-humanísticos e dos cursos profissionais do Ensino Secundário. A junção de diferentes cursos na mesma turma tem viabilizado esta diversificação, bem como a permanência dos alunos no AE. Por vezes, recorre-se à criação de Cursos de Educação e Formação ou Percursos Curriculares Alternativos para grupos de alunos específicos. Registe-se que, em complemento ao processo de orientação vocacional e profissional, a Direção procede à auscultação dos alunos sobre os seus interesses e expectativas relativamente às opções para o ensino secundário. Todavia, o AE encontra-se limitado ao nível da oferta pelas regras da constituição da rede definida ao nível da CIM Douro. Em painel de lideranças intermédias, destacou-se que nem sempre há harmonia entre as necessidades laborais locais e as preferências vocacionais dos alunos. Ainda que a Direção ofereça numa fase inicial cursos em consonância com os setores económicos preponderantes na região, acaba por ceder às escolhas

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dos alunos. O painel elenca os cursos de geriatria e turismo como estando ajustados às necessidades locais, enquanto nos restantes a taxa de empregabilidade ou possibilidade de formação são menores. Apontam o curso de instalações elétricas como um dos solicitados pelo meio, mas os alunos não aderem por o considerarem mais trabalhoso. Deste desencontro resulta que os estágios nem sempre são na área do curso. Os docentes referem, ainda, que a oferta educativa acaba por ser variada, mas assinalam a falta de recursos materiais, sobretudo nos cursos de multimédia, eletrónica e informática.

Ouvidos em painel, os parceiros atestam a opinião supra referida, afirmando que consideram a oferta educativa redutora, não respondendo às necessidades do mercado de trabalho local. Referem ainda que, face à atual incapacidade do tecido empresarial em absorver os profissionais desses cursos, a oferta deve ser repensada e a articulação entre o Agrupamento e os parceiros reforçada para a definição de um plano que pondere as saídas profissionais locais e garanta um maior equilíbrio entre a oferta e a procura.

2.2 Inovação curricular e pedagógica

Relativamente a PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIVERSIFICADAS E AO TRABALHO AUTÓNOMO, 84,4% (CE Alameda), 84,2% (CE Alagoas), 68% (EB 2/3), 52,4% (ESJAC) dos Pais/EE são de opinião que os professores utilizam práticas pedagógicas diversificadas e estimulam os alunos para uma aprendizagem autónoma e de qualidade. Em painel de Pais/EE, é referido que as práticas estão implementadas em algumas disciplinas. De salientar que, na Escola Secundária, 32,2% responde “Não concordo nem discordo” e “Não sei”. No tocante aos alunos, 73,1% (EB 2/3), 61,3% (3.º CEB) e apenas 48% (ES) dos discentes concordam. 35,3% (ES) responde “Não concordo nem discordo” e “Não sei”. Os alunos do 1.º CEB acreditam que os professores valorizam o trabalho de grupo (100% CE Alameda e 98,4%, CE Alagoas) e que estimulam o trabalho autónomo (98,4%, CE Alameda, 96,6%, CE Alagoas).

2.3 Articulação curricular

Questionados sobre a ARTICULAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL, 76,1% dos professores acredita que o AE implementa ações de articulação curricular vertical e horizontal para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. A articulação horizontal é promovida superiormente, com tempos próprios e comuns no horário, mas apenas em algumas áreas disciplinares. Neste domínio, e, mais concretamente, a partir dos Decretos-Leis n.º 54/2018 e n.º 55/2018, de 6 de julho, esta articulação foi reforçada com projetos interdisciplinares no âmbito da flexibilidade e autonomia curricular e da educação para a cidadania. A Intervisitação é uma ação prevista no Plano Plurianual de Melhoria, de base voluntária, ainda que sem o caráter generalizado desejável. Neste sentido, a

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