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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA MARIANA DE SOUZA MOREIRA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

MARIANA DE SOUZA MOREIRA

REFUGIADOS E O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Niterói-RJ

2021

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MARIANA DE SOUZA MOREIRA

REFUGIADOS E O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aprovação no curso.

Orientador: Prof. Dr. AUDREY VIDAL PEREIRA Coorientadora: Dra. JULIANA VIDAL VIEIRA GUERRA

Niterói -RJ

2021

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MARIANA DE SOUZA MOREIRA

REFUGIADOS E O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aprovação no curso.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Audrey Vidal Pereira (Presidente)

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Profª. Dra. Bianca Dargam Gomes Vieira (1º Examinador) Universidade Federal Fluminense (UFF)

Profª. Dra. Juliana Vidal Vieira Guerra (2° Examinador) Universidade Federal Fluminense (UFF)

Niterói, RJ

2021

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, pois sem ele nada seria. Em seguida, aos meus pais, Arthur e Juciara, que foram minha base, meu exemplo e força, para que não desistisse nos momentos difíceis. Agradeço também, aos meus familiares, por todos os conselhos e amparo, em especial a minha tia Almerinda Moreira, por ser um exemplo de dedicação a profissão. Obrigado ao meu namorado Matheus, por todo encorajamento durante o curso e por compreender meu estresse durante a caminhada.

Agradeço aos amigos que conquistei ao longo da graduação, Gabrielle minha eterna dupla, Monique meu exemplo de guerreira, Manuella e Marcele que começaram comigo. Aqueles que chegaram no meio do caminho e ficaram, Alessandra, Eduarda e Paula. Sem o suporte de vocês, a caminhada teria sido muito mais difícil.

Gratidão a todos os professores da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, que fizeram parte de todo meu crescimento acadêmico, primordialmente aos meus queridos orientadores Audrey Vidal Pereira e Juliana Vidal Pereira Guerra, por toda paciência, incentivo e acolhimento para comigo.

Por fim, agradeço aos meus melhores amigos, Mariana, Vinicius e Thamires, que foram a minha distração em momentos de desespero e apoio, não faltaram palavras de conforto e carinho.

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RESUMO

A Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados, são refugiados as pessoas que se encontram fora do seu país, de forma obrigada, por causa de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, violência generalizada e violação acentuada dos direitos humanos. Os migrantes escolhem se deslocar voluntariamente e não por causa de uma ameaça direta de perseguição ou morte, mas principalmente para melhorar sua vida em busca de trabalho ou educação, por reunião familiar ou por outras razões. Para um refugiado, as condições econômicas no país de acolhida são menos importantes do que a segurança, podendo voltar com segurança a seu país de origem se assim desejarem. Tendo como objetivo identificar e analisar, a partir da revisão de literatura, como ocorre o acesso de refugiados aos serviços públicos de saúde em países que oportunizam o assentamento. Para tal delimitou-se como problema de pesquisa: Para os refugiados reassentados como se dá o acesso aos serviços de saúde no mundo, a partir de uma revisão integrativa da literatura? Método de revisão integrativa. A primeira etapa consistiu na identificação do tema e seleção da questão de pesquisa, que se desenvolveu a partir da temática acesso a saúde por refugiados, com isso, foi elaborada a pergunta norteadora. Utilizando o Decs: Serviços de Saúde; Refugiados e Acesso aos Serviços de Saúde. Foram combinados nas seguintes formas: “Serviços de saúde AND Refugiados”; “Acesso aos serviços de saúde AND Refugiados”; “Refugiados AND Serviços de saúde AND Acesso aos serviços de saúde”. Disponíveis nas bases de dados LILACS, Scielo e MedLine, disponíveis integralmente, em inglês, português e espanhol, publicados entre 2017 e 2020, disponíveis no período de agosto a setembro de 2020. A análise se deu na modalidade de análise temática. Resultados relatam que migrantes e refugiados necessitam de atenção especial, pois carregam diferentes culturas, idioma, falta de documentação e histórico médico, bem como racismo e xenofobia, o que comprometem o acesso à saúde. Quanto maior a diferença cultural entre o profissional e o usuário do serviço, maiores as chances de erros de comunicação, o que dificulta mais ainda a avaliação diagnóstica e inserção no sistema de saúde.

Palavras chaves: Refugiados. Acesso aos serviços de saúde. Migrantes.

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ABSTRACT

The 1951 Convention relating to the Status of Refugees, persons who are outside their country are obliged to be refugees because of a well-founded fear of persecution on grounds of race, religion, nationality, political opinion or participation in social groups, widespread violence and marked violation of human rights. Migrants choose to move voluntarily and not because of a direct threat of persecution or death, but mainly to improve their lives in search of work or education, family reunions or other reasons.

For a refugee, economic conditions in the host country are less important than security, and they can safely return to their country of origin if they so wish. Aiming to identify and analyze, from the literature review, how refugees have access to public health services in countries that provide settlement opportunities. To this end, it was delimited as a research problem: For resettled refugees, how does access to health services in the world occur, based on an integrative literature review? Integrative review method.

The first stage consisted of identifying the theme and selecting the research question, which was developed from the theme of access to health by refugees, with this, the guiding question was elaborated. Using Decs: Health Services; Refugees and Access to Health Services. They were combined in the following ways: “Health Services AND Refugees”;

“Access to health services AND Refugees”; “Refugees AND Health services AND Access to health services”. Available in the LILACS, Scielo and MedLine databases, available in full, in English, Portuguese and Spanish, published between 2017 and 2020, available from August to September 2020. The analysis took place in the form of thematic analysis. Results report that migrants and refugees need special attention, as they carry different cultures, language, lack of documentation and medical history, as well as racism and xenophobia, which compromise access to health. The greater the cultural difference between the professional and the service user, the greater the chances of communication errors, which further complicates the diagnostic evaluation and insertion in the health system.

Keywords: Refugees. Access to health services. Migrants.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACNUR Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados CONARE Comitê Nacional para Refugiados

OMS Organização Mundial da Saúde ONG Organização Não Governamental ONU Organização das Nações Unidas

OIM Organização Internacional para a Migração PSM Programa de Saúde Migratória

SUS Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

CAPITULO 1: INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS, p. 10 1.2 QUESTÃO NORTEADORA, p.12 1.3 OBJETIVO, p. 12

1.4 JUSTIFICATIVA, p. 12 1.5 RELEVÂNCIA, p. 13

CAPITULO 2: ESTADO DA ARTE 2.1 REFUGIADOS, p. 14

2.2 ACESSO DE REFUGIADOS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE, p.14 CAPÍTULO 3: CAMINHO METODOLÓGICO

3.1 MÉTODO, p. 16

CAPÍTULO 4: RESULTADOS

4.1 SÍNTESE DOS RESULTADOS, p. 18 4.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS, p. 26 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 29

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 30 APÊNDICES

1 CRONOGRAMA DE PESQUISA 2 TABELA EXTRAÇÃO DE DADOS

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CAPÍTULO 1

1.1 Considerações Iniciais

A Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados foi formalmente adotada em 28 de julho de 1951 para definir a situação dos refugiados na Europa após a Segunda Guerra Mundial1. Esse tratado global define quem vem a ser um refugiado e esclarece os direitos e deveres entre os refugiados e os países que os acolhem.

O relatório anual, intitulado Global Trends, publicado pela Agência da ONU para os Refugiados, no dia Internacional do Refugiado, onde são apresentadas as tendências da população refugiadas, de 2020, divulgou que o deslocamento forçado afeta mais de 1% da humanidade, uma em cada 97 pessoas. O crescimento anual é resultado dos preocupantes novos deslocamentos que ocorreram em 2019, particularmente na República Democrática do Congo, na região do Sahel, no Iêmen e na Síria. O relatório também observa que são cada vez mais reduzidas as perspectivas que os refugiados têm de encontrar soluções para a difícil situação na qual se encontram. Nos anos 1990, em média 1,5 milhão de refugiados conseguia voltar para casa anualmente. Na última década, essa média caiu para cerca de 390 mil pessoas, demonstrando que o crescimento no deslocamento forçado supera as capacidades de solução. No ano de 2019, O CONARE identificou no Brasil, um total de 28.133 processos de solicitação de reconhecimento da condição de refugiado de pessoas de nacionalidade venezuelana. (UNHCR, 2020).

De acordo com a Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados, são refugiados as pessoas que se encontram fora do seu país, de forma obrigada, por causa de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, violência generalizada e violação acentuada dos direitos humanos, onde a sua situação é tão perigosa e intolerável que devem cruzar fronteiras internacionais para buscar segurança nos países mais próximos, onde passam a ser consideradas um refugiado, reconhecido internacionalmente, com acesso à assistência dos Estados, do Alto Comissariado das

1 Adotada em 28 de julho de 1951 pela Conferência das Nações Unidas de Plenipotenciários sobre o Estatuto dos Refugiados e Apátridas, convocada pela Resolução n. 429 (V) da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 14 de dezembro de 1950. Entrou em vigor em 22 de abril de 1954, de acordo com o artigo 43.

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Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e auxílio de outras organizações não- governamentais (ACNUR, 2019.a)

Os Refugiados que buscam novos países para se assentarem porque possuem temores contra sua integridade, e estes temores podem estar relacionados a questões de raça/etnia, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados (ONU, 2015).

A Organização Mundial para a Migração (OIM) define um migrante como qualquer pessoa que esteja se locomovendo ou atravessou uma fronteira internacional ou dentro de um Estado longe de seu local habitual de residência, independentemente do status legal da pessoa; se o movimento é voluntário ou involuntário; quais são as causas do movimento; ou qual a duração da estadia. Geralmente o deslocamento de migrantes ocorre de forma espontânea, em busca de uma vida melhor, diferentemente dos refugiados que são obrigados a se deslocarem de modo obrigatório (OIM, 2011).

Na prática, a distinção pode ser muito difícil de estabelecer, mas ela é fundamental: um migrante goza da proteção do governo do seu país; um refugiado, não. À diferença dos refugiados, que não podem voltar ao seu país, os migrantes continuam recebendo a proteção do seu governo (EDWARDS, 2015). É necessário que se considere que os refugiados não querem sair de seu país, foram forçados a deixar suas casas, familiares, emprego e entre outras costumes para proteção e garantia contra a devolução, devido a fundadas ameaças a integridade (ACNUR, 2015). Tanto no Brasil quanto no cenário internacional o fenômeno do refúgio é uma realidade pela expressiva dimensão de seus fluxos, pelo desrespeito à dignidade humana e pela crescente violência na sua contenção, apesar da sua condição de extrema vulnerabilidade (SILVA, 2017).

A população em condições de refúgio fica exposta a condições de saúde precárias, em virtude do deslocamento humano e enfrentam dificuldades para acessar o serviço de saúde nos países de acolhimento (ACHOTEGUI, 2009). O refúgio é uma proteção legal e fundamental de direitos humanos oferecida para cidadãos de outros países, concedendo ao indivíduo o direito as oportunidades oferecidas pelo país protetor (CONARE, 2019).

No campo da saúde global, a saúde dos refugiados tem sido, até hoje, um tema negligenciado (HORTON, 2015). Em 2008, uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde determinou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) atribuísse maior

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importância à saúde dos migrantes no âmbito da ação sanitária internacional. A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu no ano de 1948, saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Direito social, inerente à condição de cidadania, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um valor coletivo, um bem de todos (OMS, 2008).

No Brasil a Constituição de 1988 considera a saúde direito de todos e dever do Estado. Para garantir esse direito, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), que se baseia em três pilares: universalidade, igualdade de acesso e integralidade no atendimento. A criação do SUS foi indiscutivelmente uma grande conquista democrática. Antes dele, apenas pessoas com vínculo formal de emprego ou que estavam vinculadas à previdência social poderiam dispor dos serviços públicos de saúde. Hoje mesmo enfrentando problemas financeiros, políticos e administrativos, o SUS continua sendo destinado a todos e muitas políticas públicas evoluem a partir dessa visão (BRASIL, 1990).

Tanto os brasileiros quanto pessoas provenientes de outros países podem utilizar os serviços de saúde pública no país, sendo que as condições de acesso têm sido atravessadas por dificuldades para toda a população. No entanto, nem todos os países têm sistemas universais de acesso a saúde, o que pode tornar mais difícil as condições de acesso aos serviços e cuidados de saúde dessas pessoas. Deste modo, surge o interesse de verificar a partir de publicações atualizadas como tem se dado o acesso por refugiados no Brasil e em outros países do mundo.

1.2 Questão Norteadora

Para os refugiados reassentados como se dá o acesso aos serviços de saúde no mundo, a partir de uma revisão integrativa da literatura?

1.3 Objetivo

Analisar, a partir da revisão de literatura, como ocorre o acesso de refugiados aos serviços públicos de saúde em países que oportunizam o assentamento.

1.4 Justificativa

Considerando que, a questão dos refugiados é um tema atual ao momento, devido ao crescente número de refugiados em diversos países. É importante o conhecimento do tema que apresenta alta relevância em virtude do momento histórico onde são

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observados poucos estudos que abrangem a temática do acesso aos serviços de saúde por refugiados e que a demanda por refugiados no Brasil cresce a questão o engrandece necessidade de estudo.

Apenas alguns países participam do programa de reassentamento do ACNUR.

Nos últimos anos, os Estados Unidos tem sido o principal país que mais recebe solicitação de refúgios, ou seja, para reassentamento do mundo. O Canadá, a Austrália, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia também reassentam um número considerável de pessoas por ano. No Brasil vem crescendo a população refugiada e reassentada, em consequência da crise da Venezuela (ACNUR, 2019.b).

O Brasil reconheceu em 2019, um total de 21.515 refugiados de diversas nacionalidades. Com isso, o país atinge a marca de 31.966 pessoas reconhecidas como refugiadas pelo Estado brasileiro. O estado de Roraima concentrou o maior volume de solicitações de refúgio, 56,72%, seguido por Amazonas, 23,38% (ACNUR, 2020).

Logo, estudos como o proposto, tem uma justificativa para contribuições futuras de novos estudos na área temática, já que é uma questão de saúde pública o acesso aos serviços de saúde, em especial quando na situação de refúgio.

1.5 Relevância

O estudo torna-se relevante a partir da ampliação do conhecimento na área da saúde, que a partir da revisão de literatura, possibilita identificar publicações atualizadas sobre as condições de acesso aos serviços de saúde por população em vulnerabilidade, neste caso os refugiados; fragilizados, jurídica ou politicamente, na promoção, proteção ou garantia de seus direitos de cidadania, sobretudo a saúde.

Cerca de 68,5 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a sair de casa, entre elas estão quase 25,4 milhões de refugiados, mais de metade dos quais são menores de 18 anos (ACNUR, 2018).

Pensar na atenção às necessidades particulares dessa parcela da população é um desafio para os profissionais de saúde, na busca de oferecer não apenas cuidados técnicos, mas assistência que configure em real possibilidade de promover transformações (PESSINI, BARTALOTTI, 2014).

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CAPITULO 2: Estado da arte 2.1 Refugiados

São pessoas que estão fora de seus países de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um terminado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados.

A Síria foi o país que mais gerou refugiados no mundo. Cerca de 824.400 pessoas foram forçadas a fugir dos conflitos que assolam o país. As crises na África subsaariana também levaram a novos deslocamentos. Os 5,5 milhões de sírios que foram forçados a fugir constituem o maior grupo de refugiados do mundo. Os refugiados do Afeganistão aparecem em segundo lugar se considerado o país de origem (ONU, 2019).

A Turquia recebeu o maior número de refugiados – um total de 2,9 milhões, vindos principalmente da Síria. O país também abriga cerca de 30.400 refugiados do Iraque.

O Paquistão acolheu a segunda maior população de refugiados no final de 2016: 1,4 milhão de pessoas vindas principalmente do Afeganistão. O número de refugiados também aumentou na Etiópia, Jordânia e República Democrática do Congo. Na Alemanha, a população de refugiados mais do que duplicou em 2016 e chegou a 669.500 pessoas. O principal motivo para esse aumento foi o reconhecimento de solicitações de refúgio apresentadas em 2015 principalmente por sírios (ONU, 2019).

2.2 Acesso de refugiados aos Serviços de Saúde

O sistema de saúde pública está sobrecarregado devido ao alto fluxo de refugiados nos campos e luta para atender até as necessidades básicas, incluindo água e saneamento. Portanto, muitos se envolvem no trabalho em setores ilegais e informais para garantir a vida. Estudos mostram que a maioria dos refugiados vivem em comunidades anfitriãs dispersas, e um terço dos refugiados vivem em campos.

Muitos estudos caracterizam a natureza dos problemas de saúde enfrentados pelos refugiados sírio, os principais desafios em saúde entre os refugiados sírios na Jordânia e no Líbano incluem doenças de pele, doenças do sistema digestivo, doenças respiratórias, sintomas de trauma / doença mental, desnutrição e doenças infecciosas. Os cuidados médicos são prestados gratuitamente por várias organizações voluntárias, como os Médicos sem Fronteiras, mas isso é amplamente atribuído ao acesso à assistência médica gratuita por unidades de saúde financiadas

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por ONG localizadas nos campos (Giuliano Soares, Karine; Bezerra de Souza, Francisca, 2018).

Os obstáculos para acessar os serviços de atenção primária, são relacionados a diferenças de idioma e cultura, alfabetização limitada do sistema de saúde e desvantagem socioeconômica, os direitos restritos à saúde em diferentes países podem limitar o acesso aos serviços, levando a cuidados inadequados.

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CAPÍTULO 3

3.1 Caminho metodológico

Para a elaboração do estudo foi utilizada o método de revisão integrativa, que segundo Robin Whittemore,e Kathleen Knafl, 2015, é considerada uma estratégia na identificação de evidências, de maneira sistemática, ordenada e abrangente com o objetivo de fundamentar uma prática de saúde nas diversas especialidades. Para elaborar a revisão integrativa são realizadas seis etapas diferentes e: 1- identificação do tema e seleção da questão norteadora; 2- estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos e busca na literatura pertinente; 3- definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; 4- avaliação minuciosa dos estudos incluídos na revisão integrativa; 5-interpretação dos resultados; 6- apresentação da revisão/síntese do conhecimento.

A primeira etapa consistiu na identificação do tema e seleção da questão de pesquisa, que se desenvolveu a partir da temática acesso a saúde por refugiados, com isso, foi elaborada a pergunta norteadora: “Para os refugiados reassentados como se dá o acesso ao serviço de saúde pública no mundo, a partir de uma revisão integrativa da literatura?”.

Na etapa seguinte, foram consultados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Serviços de Saúde; Refugiados e Acesso aos Serviços de Saúde. Foram combinados nas seguintes formas: “Serviços de saúde AND Refugiados”; “Acesso aos serviços de saúde AND Refugiados”; “Refugiados AND Serviços de saúde AND Acesso aos serviços de saúde”.

Ainda nesta etapa foram delimitadas as bases de dados e os critérios de busca na literatura a partir da seleção dos estudos organizados no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na base de dados LILACS, Scielo e MedLine, de estudos que abordassem os descritores no título ou resumo, onde os sujeitos da investigação fossem refugiados, disponíveis em livre acesso e integralmente, em inglês, português e espanhol, publicados entre janeiro de 2017 e agosto de 2020. As buscas foram realizadas agosto e setembro de 2020.

Os estudos foram selecionados considerando o rigor metodológico dos autores, com leitura integral dos estudos e discussão destes entre o time de pesquisadores.

Ainda nesta etapa, os estudos sofreram extração de dados a partir da utilização de um instrumento de extração elaborado pelos autores desta revisão que continha

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dados como: título, autores, idioma da publicação, ano de publicação, país onde foi conduzido o estudo e população do estudo.

A análise se deu na etapa seguinte com a modalidade de análise temática. Após leitura integral e extração dos dados, o time de revisão debateu sobre os principais apontamentos dos estudos selecionados e realizaram análise temática dos mesmos.

Emergiram na análise temática X categoria: sendo o tema o acesso ao serviço de saúde e a categoria os obstáculos enfrentados.

Critérios de Inclusão e exclusão

Estudos primários, que apresentam no título ou no resumo o descritor acesso a saúde, que estejam disponíveis na íntegra e com livre acesso, em idiomas: inglês ou português ou espanhol e que tenham sido publicados entre 01 de janeiro de 2017 e 31 de agosto de 2020.

Fluxograma prisma

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18

CAPÍTULO 4: Resultados 4.1 Síntese dos resultados

Identificação Autor Idioma Ano de Publicaçã o

País onde foi

conduzido o Estudo

População do estudo

Salud integral

y migración:

abordaje transcultural del Proceso Enfermero en un caso clínico del Programa de Salud Migratoria de Ginebra, Suiza

Katia Marina

espanhol 2017 Genebra, Suíça

Migrantes e

refugiados

Objetivo

Por meio do Modelo Transcultural da Assistência de Enfermagem, destacar aspectos relevantes da atenção à saúde dos solicitantes de asilo.

Método

Um estudo descritivo transversal e baseia-se no Processo de Enfermagem de um caso clínico.

Resultados

Através do plano de cuidados implementado no caso clínico, foi possível verificar a incidência da abordagem transcultural em sua elaboração e assim atingir o objetivo proposto para este trabalho. Na verdade, o respeito pelas características culturais e socioeconómicas do usuário, guiou o processo de enfermagem e permitiu a sua reestruturação com base em um compromisso entre ambas as partes.

Conclusão

A missão é cumprida por meio da decisão política de considerar a saúde migratória como uma questão pública e a consequente implementação de estratégias que garantam dotação adequada de recursos humanos e materiais e assegurem a acessibilidade da população-alvo aos serviços da população. O nível de competência dos médicos e profissionais de enfermagem, formação em saúde são as ferramentas que apoiam a continuidade e consistência do acesso aos serviços de saúde.

Essas ações conjuntas geram um impacto positivo na qualidade da atenção à saúde dos migrantes e são um elo essencial em seu processo de adaptação e integração social.

(19)

19

Identificação Autor Idioma Ano

de Publicação

País onde foi conduzido

o Estudo

População do estudo

Understanding experiences of the Swedish health care system from the perspective of newly arrived refugees.

MANGRIO, E.;

CARLSON, E.;

ZDRAVKOVIC, S.

Inglês

2018 Suécia Refugiados

Objetivo Expor as experiências do sistema de saúde sueco a partir da perspectiva dos refugiados recém-chegados.

Método O estudo é baseado na análise de dois conjuntos de dados com base em diferentes abordagens de pesquisa. Um estudo quantitativo e um qualitativo foram realizados visando questões de saúde no processo de estabelecimento de assentamento na região de Scania, Suécia. Os critérios de inclusão para o estudo foram que os participantes deveriam ser refugiados recém-chegados com autorização de residência temporária ou permanente e participar do programa de integração pública obrigatória.

Resultados Mais de 70% dos refugiados recém-chegados ao condado de Scania precisavam de cuidados durante os últimos 3 meses de 2015-2016. Eles não procuraram atendimento na mesma medida que a população em geral. Os principais motivos foram explicados como custos muito elevados, longos tempos de espera e dificuldades linguísticas.

Conclusão A consciência cultural pode ser vista como um fator crítico e um componente essencial para fornecer serviços de saúde relevantes, eficazes e culturalmente responsivos a uma população cada vez mais diversificada em todo o mundo. Para que os profissionais de saúde estejam culturalmente conscientes, esforços genuínos são necessários para abordar as barreiras culturais por meio do envolvimento na comunidade, bem como trabalhando em estreita colaboração com os membros da comunidade a fim de abordar as barreiras.

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20

Identificação Autor Idioma Ano de publicação

País onde foi

conduzido o Estudo

População do estudo

Famílias refugiadas africanas:

qualidade de vida,

expectativas e

necessidades em relação à saúde.

Ana Lucia de Moraes Horta,

Maria Goreti Cruz,

Gabriela Carvalho

Português

2019 Brasil Refugiados Africanos

Objetivo Mensurar a qualidade de vida e compreender as expectativas e necessidades em relação à saúde de famílias africanas no Brasil, o que pode contribuir de forma positiva para a melhoria de vida, prevenção de doenças e adaptação ao sistema de saúde brasileiro.

Método estudo de natureza descritiva, realizado em dois momentos:

quantitativo e qualitativo. Para a coleta de dados, foi utilizado o tipo de amostragem denominado snowball. Na fase qualitativa, foi realizado um recorte aleatório da amostra central. Os dados obtidos na fase quantitativa foram analisados de acordo com uma ferramenta desenvolvida no software Microsoft Excel e direcionados para o cálculo dos escores e estatística descritiva do questionário.

Resultados Em suas falas os participantes relataram expectativas iniciais em relação ao serviço, afirmando ter uma percepção do serviço muito diferente de como é ele de fato, como descobriram ao se tornarem usuários dele. A demora no atendimento nos serviços de saúde interfere na qualidade de vida, visto que perdem tempo em filas e demoram muito para agendar consultas e exames nos serviços de saúde.

Conclusão Os dados reunidos apontam para a necessidade de investir na melhoria da qualidade de vida desses participantes, bem como de elaborar propostas efetivas de convivência e de maior compreensão dos fatores psicossocioculturais e de saúde, atendendo as necessidades de forma colaborativa. para que possa promover uma atenção centrada no paciente e em sua família, levando em consideração sua história, experiências de vida, aspectos culturais e sociais, oferecendo, assim, um cuidado digno.

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21

Identificação Autor Idioma Ano

de Publicação

País onde foi conduzido

o Estudo

População do estudo

Supporting

access to healthcare

for refugees and migrants in European

countries under particular migratory pressure.

Chiarenza A ; Dauvrin

M ; Chiesa V;

Baatout S ; Verrept H ;

Inglês 2019 Europa Refugiados e Imigrantes

Objetivo Informar o desenvolvimento de um 'Pacote de Recursos' para suporte de saúde autoridades, tanto a nível nacional e local, melhorando o acesso aos apropriados de saúde de cuidados de serviços para refugiados e migrantes.

Método Foi adotada uma abordagem de método misto: i) entrevistas e grupos de foco foram realizados para coletar informações atualizadas sobre os desafios que os diferentes profissionais de saúde enfrentavam em relação à crise dos refugiados; ii) foi realizada uma revisão da literatura para coletar as evidências disponíveis sobre as barreiras e soluções relacionadas ao acesso aos cuidados de saúde para refugiados e migrantes.

Resultados Os diferentes atores da atenção à saúde de refugiados e migrantes enfrentaram desafios relacionados às fases da trajetória migratória:

chegada, trânsito e destino. Esses desafios impactaram na acessibilidade dos serviços de saúde devido a barreiras legislativas, financeiras e administrativas; falta de serviços de interpretação e mediação cultural; falta de informações confiáveis sobre a doença e histórico de saúde de pacientes migrantes; falta de conhecimento dos direitos e serviços disponíveis; falta de organização e coordenação entre os serviços.

Conclusão Os resultados deste estudo mostram que as soluções que visam apenas responder a emergências conduzem frequentemente a intervenções fragmentadas e caóticas, devolvendo a atenção à necessidade de desenvolver mudanças estruturais nos sistemas de saúde da União Europeia.

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22

Identificação Autor Idioma Ano

de Publicação

País onde foi conduzido

o Estudo

População do estudo

Integrated Health

Care and

mHealth: A Model of Care for Refugees with Complex Health Conditions.

Loomis

AM ; Berthold SM Buckley T;

Wagner J ; Kuoch T

Inglês

2019 Estados Unidos

Refugiados

Objetivo Examinar e descrever os riscos à saúde e as barreiras ao tratamento para populações de refugiados, conscientizar sobre a importância de modelos de saúde integrados com populações de refugiados e ilustrar como os modelos que usam tecnologias de saúde móvel podem facilitar cuidados de saúde integrados

Método Organizadas de acordo com a estrutura descrita por Mirza et al.

exploração qualitativa

Resultados Barreiras de idioma e comunicação dentro do ambiente de saúde representam riscos de segurança para os refugiados. Os profissionais de saúde podem não compreender os sintomas ou interpretar erroneamente as declarações dos pacientes.

Conclusão Devem ser exploradas intervenções que identifiquem a viabilidade de tecnologias de saúde móvel com refugiados com necessidades de saúde complexas e a integração de aplicativos de saúde móvel para abrir a comunicação entre refugiados e diferentes provedores de saúde.

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23

Identificação Autor Idioma Ano

de Publicação

País onde foi conduzido

o Estudo

População do estudo

Access to primary health care for asylum seekers and refugees: a qualitative study of service user experiences in the UK.

Kang C ; Tomkow L ; Farrington R.

Inglês 2019 Reino Unido

Requerentes de asilo e refugiados

Objetivo Examinar as experiências de requerentes de asilo e refugiados no acesso à atenção primária à saúde no Reino Unido em 2018.

Método Entrevistas semiestruturadas gravadas face a face discutindo o acesso à atenção primária. As transcrições foram submetidas à análise temática por três pesquisadores usando a teoria de acesso modificada de Penchansky e Thomas.

Resultados Os dados qualitativos mostram que os participantes acharam os serviços de atenção primária difíceis de navegar e negociar. Os temas dominantes incluíam barreiras linguísticas e serviços de interpretação inadequados; falta de conhecimento da estrutura e função do SUS; dificuldade em arcar com os custos de atendimento odontológico, taxas de prescrição e transporte para consultas; e a percepção de discriminação relacionada a raça, religião e status de imigração.

Conclusão As consequências negativas do acesso precário à saúde, que este artigo pede que se considere como o acesso à atenção primária no Reino Unido pode ser aprimorado para indivíduos frequentemente marginalizados com necessidades complexas.

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Identificação Autor Idioma Ano

de Publicação

País onde foi conduzido

o Estudo

População do estudo

Evaluating the Provision of

Health Services and Barriers to Treatment for Chronic Diseases among Syrian Refugees in Turkey: A Review of Literature and Stakeholder Interviews.

ALAWA, J.;

ZAREI, P.;

KHOSHNOOD, K.

Inglês

2019 Turquia Refugiados e Imigrantes

Objetivo Avaliar a prestação de serviços de saúde e barreiras ao tratamento de doenças crônicas entre refugiados sírios na Turquia.

Método Revisão da literatura, entrevistas e materiais não publicados adquiridos das partes interessadas fornecem informações significativas para elucidar a situação atual do acesso aos serviços de saúde entre os refugiados sírios na Turquia, especialmente no que se refere à prestação de serviços de saúde para doenças crônicas.

Resultados Embora o acesso ao tratamento para os deslocados sírios tenha melhorado nos últimos cinco anos, cinco barreiras primárias persistem: regulamentos de procedimento de registro, navegação para um novo sistema de saúde, barreiras linguísticas, medo de tratamento adverso e custo.

Conclusão Pouca informação está disponível na literatura existente para avaliar os desafios crônicos de saúde que os sírios deslocados enfrentam, bem como os desafios enfrentados pelo sistema de saúde turco na prestação de cuidados de saúde para doenças crônicas. Esse estudo adiciona à escassa literatura sobre este importante tópico e fornecem recomendações viáveis para as partes interessadas turcas envolvidas na prestação de cuidados de saúde aos refugiados sírios com doenças crônicas.

(25)

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Identificação Autor Idioma Ano

de Publicação

País onde foi conduzido

o Estudo

População do estudo

Acesso de migrantes haitianos à saúde

pública: uma questão bioética.

Anna Silvia Penteado Setti da Rocha,Thiago Rocha

da Cunha,Sandra Guiotoku,

Simone Tetu Moysés

Português 2020 Brasil Migrantes haitianos

Objetivo Avaliar a percepção de imigrantes haitianos em Curitiba/PR a respeito do acesso à saúde

Método Os dados de pesquisa foram coletados em grupo focal com 10 haitianos adultos, de ambos os sexos, residentes na cidade de Curitiba/PR. As falas foram gravadas em áudio e posteriormente transcritas, interpretadas e categorizadas. A análise de conteúdo fundamentada em Bardin foi utilizada como referência, e os dados foram tratados no software Atlas.ti.

Resultados A dificuldade com o idioma, principal vulnerabilidade, é relatada em outros trabalhos. A incompreensão limita o atendimento, gerando dificuldades também para profissionais. O conflito aqui surge do etnocentrismo, que não reconhece outras culturas e ignora o valor universal da saúde, reportando-se ao mesmo tempo a particularidades históricas e culturais. Não se justifica, contudo, a pretensão de que os conceitos de determinada sociedade sejam os únicos válidos.

Conclusão Segundo os migrantes e refugiados haitianos, não compreender o idioma é a maior dificuldade para ter acesso a saúde. No entanto, há ainda outras barreiras, econômicas e culturais, que geram vulnerabilidade. Identificá-las é importante para renovar as práticas de saúde coletiva com base na consciência de que o cuidado às pessoas é responsabilidade de toda a sociedade. Para isso, é preciso sensibilizar profissionais de saúde quanto a diferenças culturais, conscientizá-los quanto à situação dos migrantes e combater a xenofobia e o racismo.

Emergiu da análise temática a categoria obstáculos ao acesso aos serviços de saúde, após a exploração de todos os estudos selecionados para esta revisão, apresentarem em sua maioria um imenso descontentamento com as barreiras enfrentadas pelos refugiados ou requerentes de asilo em países de reassentamento.

(26)

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4.2 Discussão dos resultados Obstáculos ao acesso à saúde

Anna Silva, Thiago Cunha, Sandra Guiotoku e Simone Tetu, relatam que migrantes e refugiados necessitam de atenção especial, pois carregam diferentes culturas, idioma, falta de documentação e histórico médico, bem como racismo e xenofobia, o que comprometem o acesso à saúde. Essas vulnerabilidades se relacionam com determinantes sociais e aspectos estruturais, sociais e culturais complexos (Silva, Anna; Cunha, Thiago; Guiotoku, Sandra; Tetu, Simone. 2020).

Alawa e Zarei, evidenciaram que mesmo com a distribuição de carteiras de identidade Turca, não garante que as populações vulneráveis tenham acesso a serviços de saúde. Barreiras e desafios permanecem, especialmente na prestação de serviços de saúde para população de migrantes e refugiados, na navegação de um novo sistema de saúde, idioma, medo de tratamento adverso e custo. Ainda é necessária uma abordagem multifacetada para melhorar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde, antes refugiados não tinham acesso aos cuidados de saúde (Alawa, J; Zarei, P; Khoshnood, K. 2019).

O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, atende a imigrantes, refugiados e solicitantes de refúgio, embora não sejam encontrados estudos específicos sobre o atendimento a essa população. O planejamento das ações deveria levar em conta a influência da cultura na expressão dos sintomas, na experiência da doença, na evolução e progressão dos quadros clínicos. Aplicar os mesmos protocolos, diagnósticos e tratamentos para uma população culturalmente diferente implica não reconhecer a validade cultural das ações de saúde.

Katia Marina refere que o departamento de Medicina Comunitária, Atenção Primária e Emergência de Genebra, faz parte da Rede de Saúde para Todos e acolhe qualquer pessoa relacionada com o processo de refúgio, migração e asilo. Tendo como missão garantir a qualidade e segurança do atendimento, levando em consideração as barreiras linguísticas, socioeconômicas e culturais que pode limitar a acessibilidade da população-alvo, ao sistema de saúde (Marina, Katia 2017).

Segundo Karine e Francisca, a problemática aumenta quando as adversidades sociais se tornam evidentes, ou seja, quando a discriminação, a sensação de negação do sentimento de pertencimento ao lugar em que fez morada ganha destaque, fatores que podem gerar conflitos sociais e emocionais, adoecimento, dentre outras questões de saúde (Soares,Karine; Souza, Francisca. 2019).

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Ana Horta, Maria Cruz e Gabriela Carvalho, relataram que o Brasil foi o primeiro país da América Latina a ter uma lei específica sobre refugiados. Ainda assim é imprescindível preparar as equipes de saúde que recebem esse público a fim de que possam acolher de forma holística, livre de julgamentos e levando em consideração que este é um cenário que só tende a crescer (Horta, Ana Lucia; Cruz, Maria;

Carvalho, Gabriela. 2019).

Kang e Tomkow identificaram também, barreiras de idioma e interpretação inadequada na atenção primária. Consequências da falta de fornecer uma prestação de serviço, chamando atenção para a importância fundamental de uma comunicação eficaz em consultas. Os participantes relataram discriminação relacionadas à raça, religião e status de imigração. Racismo foi mostrado para prejudicar o acesso à saúde de cuidados. Apesar da atenção primária à saúde ser gratuita, os relatos dos participantes demonstram como a pobreza pode agir como uma barreira secundária de acesso (Kang, C; Tomkow, L; Farrington, R. 2019).

Já podem ser identificados alguns avanços alcançados nos processos de inclusão desses grupos, por exemplo, a contratação de agentes comunitários de Saúde, vindo dos grupos de imigrantes, no contexto da atenção básica em saúde e também o incremento de políticas específicas para os imigrantes, tanto em âmbito como em âmbito nacional - Lei Nacional da Migração (Brasil, 2017), que constituem a expressão de um importante avanço no plano legislativo direcionando à implantação de políticas inclusivas, ainda que a lei nacional tenha sido alterada por vetos presidenciais. Os desdobramentos por meio das ações derivadas a partir disso se constituem como importantes indutores ao desenvolvimento dos processos de inclusão de imigrantes trabalhadores, seus familiares e seus descendentes.

Antonio Chiarenza, Marie Dauvrin, Valentina Chiesa, Sonia Baatout discorrem que refugiados e migrantes enfrentam persistentemente barreiras para ter acesso a serviços de saúde adequados. Certas barreiras ao acesso à saúde, são identificadas, como barreiras linguísticas e culturais, falta de informações sobre onde e como obter atendimento, barreiras econômicas e falta de competência cultural entre os provedores de saúde (Chiarenza, A; Dauvrin, M; Chiesa, V; Baatout, S; Verrept, H.

2019).

Alysse Loomis et al. observaram barreiras de linguagem e comunicação como um desafio para o acesso à saúde para imigrantes e refugiados. Essas barreiras de comunicação incluem alfabetização em saúde entre os refugiados, bem como a falta

(28)

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de experiência, treinamento intercultural especializado e motivação entre os provedores no uso de intérpretes e outras acomodações linguísticas, bem como sistemas de serviços de saúde e refugiados que não estão preparados para responder adequadamente a necessidades de idioma dos refugiados (Loomis, A; Berthold, T;

Wagner, J; Kuoch, T. 2019).

Magrio et al. mesmo que os refugiados tenham uma maior necessidade de cuidados de saúde em comparação com outros, eles enfrentam barreiras substanciais no que diz respeito ao acesso aos cuidados de saúde, devido às dificuldades linguísticas e aos aspectos económicos e culturais. Ainda enfrentam desafios em relação ao sistema de saúde sueco, são atendidos por profissionais de saúde que apresentam mau comportamento, têm que esperar algum tempo por encaminhamentos e consultas e são negados os cuidados de saúde de que precisam (Mangrio, E; Carlson, E; Zdravkovic, S. 2018).

Marcia Moreno e Modesto Leite dizem que junto às dificuldades na efetivação do acesso à saúde, as populações de refugiados sofrem com violências e violações diretas desse direito. Além do comprometimento da obtenção de informação, esses grupos podem transfigurar o direito de acesso à saúde, passando a entendê-lo como um privilégio pouco acessível aos socioeconomicamente mais vulneráveis. Relatos de violência, violações de direitos e de disparidades raciais são presentes, de maneira que os grupos de refugiados muitas vezes dependem de ONGs para acessar cuidados médicos (Moreno, Marcia; Leite, Moreno. 2019).

Nessa circunstância, apostamos na contribuição do conceito estratégico da humildade cultural e das metodologias participativas para o aprimoramento do modelo de competência cultural. Esse novo enfoque poderia ser implementado por meio da inclusão do conceito de humildade cultural nos currículos de formação dos profissionais da saúde, e nas atividades de educação permanente oferecidas aos trabalhadores já atuantes no SUS.

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5 Considerações Finais

A partir de todo o caminho metodológico até a finalização deste trabalho, foi possível observar diversos problemas que a população refugiada enfrenta no país que concedeu o reassentamento. A principal barreira para conseguir o acesso aos serviços de saúde é a dificuldade com o idioma do local de reassentamento, seguida de diferença cultural e religiosa.

A migração forçada traz consequências para a população que é obrigada a deslocar, também para a que recebe. As pessoas na condição de refúgio estão em constante movimento, não apenas de ambiente, mas encorajados pelos desafios que enfrentam.

Por todos os aspectos expostos e dificuldades enfrentadas pelos refugidos, o acesso aos serviços de saúde ocorre de forma prejudicada. Refugiados enfrentam obstáculos à sua integração social, diferenças culturais, étnicas e econômicas, dificuldades com o idioma, perda de relações familiares e sociais, restrições ao reconhecimento da formação acadêmica, violência relacionada às circunstâncias que forçaram o deslocamento. Quanto maior a diferença cultural entre o profissional e o usuário do serviço, dificuldades de compreensão entre usuários e profissionais da assistência, o que dificulta mais ainda a avaliação diagnóstica e inserção no sistema de saúde.

Um diferencial do Brasil, é ter o SUS, que garante acesso aos serviços de saúde pela população refugiada ou não, tendo em seus princípios a universalidade. A qual representa uma conquista democrática ao Brasil, o conceito de universalidade transformou a saúde em um direito de todos e um dever do Estado, determinando que todos os cidadãos brasileiros e não brasileiros, têm direito ao acesso à saúde, sem qualquer tipo de discriminação.

Tendo em vista os fatos abordados, trago com contribuições para a saúde, o incentivo para a investir em profissionais atualizados, que tenham uma segunda língua fluente e promover cursos que abordem temáticas atuais, fornecendo educação permanente em todas as esferas profissionais. É um desafio a tarefa de formação de uma equipe multidisciplinar culturalmente sensível, além de demandar muito tempo, pode implicar um longo processo de mudanças da práxis clínica e de valores.

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6 Referências bibliográficas

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Acesso em: 8 abril 2020

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APÊNDICES

1 Cronograma da pesquisa

Atividades 2019.1 2019.2 2020.1 2020.2 Elaboração do

estado da arte

X

Busca de descritores X

Buscas em bases de dados

Triagem e seleção dos estudos

Síntese e discussão dos estudos

Qualificação do TCC

Defesa do TCC

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34

2 Tabela de extração de dados

Identificação Autor Idioma Ano de Publicação

País onde foi conduzido

o Estudo

População do estudo

Objetivo

Método

Resultados

Conclusão

Referências

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