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Informativo mensal nº38. Jan./2017 Fev./2017

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Informativo mensal nº38 Jan./2017 – Fev./2017

AMÉRICA/EUROPA OCIDENTAL

FARC: DESARMAMENTO E INÍCIO DE CONVERSAÇÕES COM O ELN Dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estariam se unindo a outros grupos ligados ao narcotráfico como o Exército de Libertação Nacional (ELN) ou sendo recrutados por grupos criminosos estrangeiros como o brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC) para prestar treinamento militar e/ou para expandir os negócios dessas organizações. Já os filhos dos guerrilheiros das FARC contarão com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF) para a reinserção dos menores combatentes à sociedade e ao sistema educativo. Além disso, foi aprovado o ato legislativo que permite que as FARC se tornem um partido político depois da desmobilização. A anistia aos guerrilheiros apenas se aplicará a delitos apontados pela lei, desde que tenham sido cometidos antes do acordo final entrar em vigência.

Foi anunciado o início de negociações do governo da Colômbia com o ELN, inicialmente abordando temas da participação da guerrilha na sociedade e assuntos humanitários. Enquanto isso, a organização internacional Anistia Internacional, em seu informe anual, destacou que ainda ocorrem homicídios de defensores dos direitos humanos.

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ÁSIA/LESTE EUROPEU

GOVERNO DE MIANMAR COMETE LIMPEZA ÉTNICA CONTRA MINORIA ROHINGYA

As ofensivas do governo birmanês já causaram centenas de mortes. Bangladesh já recebeu mais de 70 mil refugiados do grupo Rohingya, que vive como num apartheid no Mianmar, tendo a cidadania negada. O exército opera contra essa minoria desde outubro de 2016 e, com a denúncia de países vizinhos, agora os atos são condenados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A justificativa das autoridades birmanesas é que supostamente grupos rebeldes da minoria seriam responsáveis por ataques a postos fronteiriços. Além de assassinatos, relatos indicam que soldados birmaneses tenham cometido crimes de estupro e tortura. Só no estado de Shan, na fronteira com a China, pelo menos 160 pessoas morreram em três meses de confrontos entre forças do governo e grupos étnicos armados. Nos últimos dias de fevereiro, oito grupos armados afirmaram em um comunicado que nunca aceitarão o acordo de cessar-fogo apoiado pelo governo.

ESTADOS UNIDOS IRÃO IMPOR RESTRIÇÕES LEGAIS A ALGUNS INDIVÍDUOS E ENTIDADES DO IRÃ

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sanções contra 13 pessoas e 12 entidades ligadas ao Irã devido ao recente teste de míssil iraniano. O Irã criticou as novas sanções e disse que vai impor restrições legais a entidades e indivíduos estadunidenses que estariam auxiliando grupos terroristas regionais. O governo iraniano disse que testou novo míssil balístico, mas que não violou um acordo nuclear alcançado com seis grandes potências em 2015 ou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que endossou o acordo. Em fins de fevereiro, especialistas da AIEA afirmaram que o país possui 101 kg do material, o que está bem abaixo do limite estabelecido, de 300 quilos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Bahram Qasemi, também rejeitou a afirmação de Trump de que as ambições nucleares de Teerã são um grande risco de segurança e disse que Israel é a maior ameaça à paz global por possuir

“centenas de ogivas nucleares em seu arsenal”. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali

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Khamenei, pediu que palestinos buscassem um levante contra Israel, sugerindo que o governo israelense deve ser confrontado até a libertação completa de palestinos.

EUA REFORÇA ALIANÇA COM JAPÃO

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tratou o Primeiro Ministro do Japão, Shinzo Abe, como seu principal aliado na Ásia Oriental e prometeu reforçar a aliança militar ante as ameaças da China e da Coreia do Norte. Trump reiterou a importância do investimento de ambos os países na defesa e disse considerar a aliança entre Estados Unidos e Japão como “pilar da paz e da estabilidade” no Pacífico. O Japão, por sua vez, pretende acelerar seu programa de construção de navios de guerra em meio à disputa de ilhas no Mar do Leste da China. As ilhas são disputadas entre os dois países, sendo no Japão conhecidas como Senkakus, e na China como ilhas Diaoyu.

ORIENTE MÉDIO

SÍRIA

Embora ainda ocorram grandes conflitos em Alepo, as discussões começam a se voltar para a reconstrução da maior cidade da Síria. Sem um acordo de paz abrangente para a guerra civil, é improvável que as nações ocidentais deem fundos ao governo sírio, que continua sob sanções. Foram estimados danos de, até agora, US$ 350 bilhões no país.

Os representantes da Rússia, Irã e Turquia finalizaram quase todos os aspectos dos mecanismos de controle do cessar-fogo na Síria, durante uma reunião técnica em Astana, capital do Cazaquistão. Em relação aos níveis de violência durante os conflitos em questão, o regime sírio teria enforcado até 13 mil opositores em uma prisão nos primeiros cinco anos de guerra, segundo um relato da Anistia Internacional. Ainda outros milhares teriam morrido por consequência de torturas ou fome durante o mesmo período. O regime de Bashar al-Assad negou a veracidade do relato. Por fim, segundo um relatório da Comissão Internacional das Nações Unidas sobre a Síria, todas as partes envolvidas na batalha de Aleppo - sírios, russos, rebeldes, entre outros - teriam cometido crimes de guerra, matando inocentes e usando armas químicas proibidas.

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ISRAEL: CONFLITOS ENVOLVENDO GRUPOS TERRORISTAS CONTINUAM

O sistema de interceptação de mísseis conhecido como “Redoma de Ferro”, que intercepta mísseis e morteiros vindos de Gaza contra áreas povoadas no território israelense, impediu três mísseis vindos do Monte Sinai, no Egito, com destino a Eilat, cidade israelense. Em outro momento, as Forças de Defesa Israelenses (IDF) apreenderam 15 veículos e prenderam 20 palestinos em varreduras em toda a Cisjordânia, alegando que os palestinos participaram de demonstrações violentas. Um dos detidos seria supostamente um ativista do grupo Hamas. Israel advertiu o Hezbollah, depois que o líder do grupo ameaçou atacar seu reator nuclear na cidade de Dimona.

INTERVENÇÕES SAUDITAS E ESTADUNIDENSES INTENSIFICAM CONFLITOS NO IÊMEN

A Human Rights Watch (HRW) disse que os Estados Unidos devem compensar as famílias dos mortos ou feridos durante um ataque a civis no Iêmen. Um soldado estadunidense foi morto e outros quatro ficaram feridos na operação, enquanto pelo menos 17 homens suspeitos de disparar contra as forças estadunidenses morreram.

EUA e Arábia Saudita bombardearam o distrito de Wusab-al-Safel, o que faz com que o Exército iemenita e os comitês populares continuassem enfrentando os mercenários sauditas em várias áreas. Intensificando ainda mais o conflito, um míssil disparado pelos rebeldes xiitas do Iêmen matou o vice-chefe de gabinete das Forças Armadas do país, em uma ação contra a coalizão apoiada por sauditas e estadunidenses.

IRAQUE

Diversos comandantes do Estado Islâmico (IE) foram mortos em um ataque do Exército iraquiano contra um reunião na qual participava o líder do grupo Abu Bakr al-Baghdadi.

Além disso, com o apoio da coalizão internacional dos EUA, as forças militares do país têm conseguido uma série de avanços chegando a uma base militar fora de Mosul, a terceira maior cidade do Iraque.

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ÁFRICA

MOÇAMBIQUE RUMO À PAZ

O governo moçambicano e o partido de oposição RENAMO concordaram em um cessar-fogo de 60 dias que termina no dia 4 de março. Este já é o segundo acordo e teve poucas violações. O chefe da delegação da RENAMO no processo de paz declarou que a trégua deve permanecer desde que o Presidente moçambicano faça sua parte.

SUDÃO DO SUL

Soldados sul-sudaneses estão sendo acusados de cometer crimes sem receio de qualquer punição, uma vez que o Presidente do país protege os pertencentes à sua etnia.

Alguns comandantes que supervisionavam tribunais militares deixaram os seus cargos, indignados com a situação. Diante de toda a situação, a Uganda descartou uma possível intervenção militar no Sudão do Sul, alegando que tentar impor um governo sob tutela externa para tentar encerrar conflito só fará com que a situação no país piore ainda mais.

Rebeldes sul-sudaneses acusaram o Egito de lançar bombas contra seu território e alertaram a capital para uma possível guerra regional, embora os governos de ambos os países tenham negado acusações. Os rebeldes também afirmaram que repeliram vários ataques do governo que deixaram muitos mortos, acusando-o de intensificar o conflito.

Como tentativa para acalmar a população civil e os ânimos internacionais, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, disse que os soldados acusados de cometerem estupros com bases étnicas devem ser mortos.

TUNÍSIA ESTENDE ESTADO DE EMERGÊNCIA

Autoridades tunisianas estenderam por três meses o estado de emergência no país, devido à persistente ameaça de violência extremista vinda da Líbia, país vizinho, e de outros lugares. O Ministro da Defesa da Tunísia disse que enquanto a Líbia não tiver um governo que controle a situação, a ameaça sobre seu país continuará a existir.

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SOMÁLIA E AL SHABAAB

Um ataque do Al Shabaab próximo ao palácio presidencial da Somália, durante uma cerimônia para o novo presidente, matou dois civis. Em outra ação, foram executados publicamente quatro homens acusados de espionagem para os governos da Somália, Estados Unidos e Quênia. Paralelamente, Mohamed Abdullahi Farmajo, ex-Primeiro Ministro, foi eleito Presidente da Somália por votação na Assembleia Nacional. Por questão de segurança, a votação se deu no Aeroporto de Mogadíscio, capital somali, local onde estão as instalações da Organização das Nações Unidas (ONU) e outros órgãos internacionais. O Al Shabaab realizou diversos ataques para tentar impedir e dificultar a consolidação das eleições, mas não obteve sucesso. A eleição presidencial havia sido adiada cinco vezes devido aos conflitos por disputa de poder, corrupção e problemas de segurança.

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

A República Democrática do Congo (RDC) também enfrenta a necessidade de investigações acerca de atrocidades cometidas em seu território, incluindo execuções por parte das forças armadas. Mais de 280 assassinatos teriam ocorrido no país desde julho de 2016, nos embates entre o governo e a milícia Kamuina Nsapu. A Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu relatórios apontando que ao menos 101 pessoas foram mortas somente nas duas primeiras semanas do mês de fevereiro. Paralelamente, confrontos entre a polícia e milícias continuam constantes no país. Os grupos opositores possuem divergências em suas bases étnica, religiosa e política. Tanto as milícias quanto os protestos são reprimidos fortemente pela polícia da RDC, resultando em mais mortes de civis.

REPÚBLICA CENTRO AFRICANA

Embates entre a União para a Paz (UPC) e a Frente Popular para o Renascimento da República Centro-Africana (FPRC) estão se tornando constantes, o que demonstra um crecimento das milícias em meio à limitada autoridade estatal. Tanto o FPRC como a UPC são formadas por ex-membros da aliança de rebeldes Seleka, de maioria muçulmana, que se uniram para expulsar o então Presidente François Bozize em 2013.

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Contudo, os dois grupos começaram uma competição por território e pelo controle das receitas fiscais. O governo nomeou um promotor de justiça para um tribunal especial, apoiado pela ONU, criado para investigar crimes de guerra e contra a humanidade, sendo esse um possível primeiro passo para levar os líderes rebeldes à justiça.

BURUNDI: INSTABILIDADE NO PAÍS DEIXA MILHARES DE REFUGIADOS Cidadãos do Burundi estão deixando suas casas e indo para a Tanzânia, República Democrática do Congo e Ruanda devido à contínua instabilidade do país. As negociações de paz estão estagnadas e a ajuda humanitária está comprometida, uma vez que faltam terrenos para a construção de novos acampamentos nos países que recebem os refugiados. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) está discutindo com os governos dos países a possibilidade do aumento das áreas disponíveis. Quase 600 burundianos estão cruzando por dia a fronteira com a Tanzânia.

De abril de 2015 a fevereiro de 2017, 386 mil pessoas deixaram o país.

UNIÃO EUROPEIA CRIA PLANO PARA CONTER TRÁFICO DE MIGRANTES DA LÍBIA

Líderes da União Europeia se reuniram e organizaram um plano para tentar acabar com o tráfico de milhares de imigrantes do norte da África por meio do Mediterrâneo em direção à Europa. O plano pretende evitar milhares de mortes em náufragos de barcos partindo da Líbia. Contudo, surge a preocupação de que o plano deixe milhares de pessoas em condições desumanas naquele país. O sucesso do plano depende da ajuda europeia para a Líbia controlar seu litoral e evitar contrabandistas na região.

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ONU

ATUAÇÃO DA ONU SE INTENSIFICA NO CONTINENTE AFRICANO A ONU permanece com forte atuação no continente africano. A Organização Internacional para Migrações (OIM) suspendeu suas operações humanitárias no Sudão do Sul devido ao aumento da violência. Paralelamente, a ONU considerou a República Centro-Africana (RCA) como o ambiente mais perigoso para os trabalhadores humanitários. De todos os incidentes envolvendo funcionários de ONGs, mais de 30%

ocorreram dentro do território da RCA. O Subsecretário para as Operações de Paz afirmou ao Conselho de Segurança a grande possibilidade do cumprimento de um envio de 2,2 milhões de dólares para as operações na região, sendo a maior parte deste valor destinada a questões alimentares. No Quênia, três especialistas em Direitos Humanos solicitaram que o governo do cessasse as perseguições sobre a sociedade civil, que se intensificaram muito no período pré-eleitoral pelo qual passa o país. As eleições para o governo queniano estão agendadas para agosto de 2017 e o próprio governo vem atacando grupos de ONGs, alegando que as mesmas não estão legalizadas e que influenciam negativamente na segurança do país, podendo financiar a ascensão de grupos terroristas. Especialistas da ONU defendem um fim rápido dessas ações, possibilitando a legitimação das eleições e a criação de um ambiente seguro e adequado para que estas ocorram.

Referências

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