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QUESTÃO PROPOSTA INTERPRETAÇÃO DA QUESTÃO

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Academic year: 2021

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QUESTÃO PROPOSTA

Estudar o atual conflito da Síria em seus aspectos econômicos, sociais e políticos destacando a importância daquela região para o equilíbrio na distribuição do poder no mundo atual.

INTERPRETAÇÃO DA QUESTÃO Assunto: Geografia

Ásia – Guerra Civil na Síria.

Servidões: Estudar consiste em decompor o todo em partes, refletir sobre cada parte e, por dedução, chegar a conclusão lógica e

coerente que contribua com a solução que está sendo apresentada.

Destacar- por em relevo.

Pedidos: Estudar o atual conflito da Síria.

Aspectos econômicos, políticos e sociais.

Destacar a importância da região para o equilíbrio na distribuição do poder no mundo atual.

Condicionantes: Espaço: Síria.

Tempo: a partir de 2011.

Conclusão: Trata-se de uma questão que exige introdução, desenvolvimento e conclusão onde serão estudados, separadamente, os aspectos políticos, econômicos e sociais da Guerra Civil na Síria. Ao final será destacada a importância da região para o equilíbrio na distribuição no mundo atual.

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SOLUÇÃO

Observação: a presente solução está inteiramente baseada em informações contidas no Almanaque Abril edição de 2015, internet e publicações do Clube Militar.

INTRODUÇÃO

A Síria é um pais asiático ocupando o coração do Oriente Médio e o centro do espaço geográfico que une os três continentes, África, Ásia e Europa.

Uma pequena parte do seu território é banhada pelo Mar Mediterrâneo.

Fazem fronteira com seu território a Arábia Saudita, o Irã, o Iraque, a Turquia, o Líbano e Israel.

Desde 2011 a Síria vive uma Guerra Civil que mobiliza os países que lhe são vizinhos, a comunidade internacional e atinge seu povo de uma maneira desumana e o seu futuro como nação, além de determinar consequências imediatas nos aspectos políticos, econômicos e sociais.

É o que pretendemos apresentar a seguir, no desenvolvimento da resposta.

DESENVOLVIMENTO

A Guerra Civil na Síria, uma verdadeira luta pelo poder, vem sendo a revolta do povo sírio contra seu presidente Bashar al- Assad, no governo há 10 anos, substituindo seu pai Hafiz al- Assad que governou o país por 30 anos.

Os combates, de natureza sectária e religiosa, têm mostrado as tropas de Assad em ações desumanas que extrapolam o limite do tolerável, caracterizando crimes de guerra e contra a humanidade. Do outro lado, a

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oposição integrada pelo Exército Livre Sírio, o Comitê Nacional de Coordenação para Mudança Democrática e o Estado Islâmico (EI), este executando ações isoladas a partir de 2014. O Conselho Nacional Sírio uniu essas três facções da oposição em um só elemento.

Esse conflito alcançou a alcança domínios internacionais, colocando alguns países ao lado do governo de Assad, outros ao lado da oposição.

Destaque-se nestas alianças a Rússia e a China apoiando Assad e os EUA ao lado da oposição, exigindo, minimamente, a saída de Assad do governo.

A Guerra Civil Síria tem na Primavera Árabe, a razão principal para sua eclosão.

São causas principais:

 Autoritarismo

 Exemplo na queda dos ditadores na Tunísia, no Egito e na Líbia (Primavera Árabe)

 Família Assad no poder desde 1970

 80% da população sunita. Minoria alauita no governo

 Falta de democracia

 Falta de direitos

 Falta de liberdades

 Governos autocratas (concentração de poder nas mãos de um único partido ou uma pessoa)

 Eleições com fraudes

 Forças de segurança implicáveis que garantem a permanência do dirigente máximo

 Pobreza

ASPECTOS POLÍTICOS

Emprego de armas químicas por parte do governo Assad.

Em mais de uma vez o governo de Assad empregou armas químicas. A última, já em abril de 2017, provocou o repúdio internacional.

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Em agosto de 2013 Assad fez uso de armas químicas na província de Rif Dimashq. Segundos informes não confirmadas o ataque causou entre 600 e 1500 mortos.

A oposição, governos ocidentais e a Rússia pediram que o Conselho de Segurança da ONU investigasse o ocorrido. Os EUA com o apoio da França, Reino Unido e de outros países ameaçaram usar força militar contra o regime de Assad. A Rússia, a China e o Irã repudiaram a possibilidade desse ataque a Síria.

Após semanas de negociações os governos russo e americano firmaram um acordo para pressionar o governo sírio aprestar informações sobre seu arsenal de armas químicas.

Com resultado houve um acordo feito entre a Síria e o Governos Ocidentais para destruir o arsenal químico do país, evitando uma intervenção militar estrangeira.

Da mesma forma que a comunidade internacional impediu o emprego de artefatos atômicos em combate, tenta impedir o emprego de armas químicas pelo governo sírio.

O conselho de segurança da ONU

A Rússia e a China, declaradamente, são aliadas de Síria. E isso se faz sentir, também, nas votações do Conselho de Segurança de ONU:

 Em outubro de 2011 a Rússia e a China usaram o poder de veto para bloquear uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o governo sírio.

 Em julho de 2012, com a escaladada violência na Síria o Conselho de Segurança da ONU, uma vez mais, votou uma resolução contra o governo de Assad. A Rússia e a China, novamente, votaram contra.

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Ação da imprensa

O 1º ministro da Inglaterra David Cameron condenou o ataque de tropas do governo Assad que resultou na morte 2 jornalistas estrangeiros (um francês e uma americana) em 2012.

Renúncias e deserções

Renúncias e deserções no alto escalão das forças do governo sírio, enfraquecem politicamente Assad.

 Em 2012 a renúncia de um General de Brigada de Guarda Republicana foi o mais duro golpe contra Assad.

 Em setembro de 2012 um parente do presidente Assad, oficial da Força Aérea Síria, desertou.

 Em novembro de 2012, seis generais sírios declararam que estavam passando para a oposição.

 Em dezembro de 2012 um major general, chefe da Polícia e Militar sírio, desertou.

A nova Constituição.

Em fevereiro de 2012, face a protestos internos e pressões internacionais o governo sírio anunciou uma nova Constituição, admitindo o pluripartidarismo. Essa Constituição foi aprovada em um referendo considerado falso pela oposição e pelos países ocidentais.

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O Curdistão

É uma região habitada pelos curdos com cerca de 500.000 km, estendendo-se pela Turquia, pela Síria, pelo Iraque e pelo Irã.

São cerca de 30 milhões de pessoas que constituem a mais numerosa nação sem Estado do mundo.

Há muito tempo os curdos lutam pela sua independência para terem um território, a exemplo de Israel, que lhes permitaexercer uma autonomia soberana com um espaço delimitado geograficamente.

A Guerra na Síria, pelos menos em território sírio, lhes tem permitido isso.

As ações do Exército curdo na Guerra Síria têm sido apoiadas pelos EUA.

EUA X RÚSSIA. Um cenário diferente e os mesmos atores.

Na Síria, em uma fração do Oriente Médio e no coração da charneira que une três continentes, os EUA de um lado e a Rússia ombreadapela China no outro, disputam a hegemonia mundial, participando, direta e indiretamente no conflito da Síria.

 Em 2011 a Rússia deslocou seus navios de guerra para as águas territoriais sírias.

 Em 2014 os EUA, apoiados por várias nações árabes, lançaram ataques aéreos e navais contra diversos alvos do Estado Islâmico dentro de Síria.

 Em setembro 2015 ações russas marcaram o primeiro envolvimento militar direto da Rússia em território sírio: o término

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da construção de uma base militar e a ação contraalvos do Estado Islâmico e dos rebeldes que se opõe a Assad.

 A Rússia condenou o ataque aéreoamericano ocontra a Síria, classificando o bombardeio como uma agressão contra uma nação soberana.

 Os EUA na era Obama exigiam a renúncia de Assad.

 A Rússia apoia a permanência de Assad no poder.

O Estado Islâmico

O Estado Islâmico (EI) é uma organização jihadista(lutadora guerreira) do Oriente Médio, que teve um califado (governo) proclamado em 29 de junho de 2014 em Raqqa, na Síria.

Um califado é um estado governado de acordo com a lei islâmica conhecida como Sharia.

O EI é notório por sua brutalidade, incluindo assassinatos em massa, sequestros e decapitações.Cria pânico nos países por onde passa.

No início da Guerra da Síria, em 2011, o EI uniu-se à oposição ao governo de Assad. A partir de 2014 e atuando sozinho o EI aumentou suas ações contra Assad e, agora, contra os demais integrantes da oposição.

Temendo a fortalecimento do Estado Islâmico, os EUA e mais dez países, aí incluindo Austrália, Reino Unido e Canadá formaram uma coalizão para se opor aos extremistas.

O acordo de cessar fogo de 2016 não incluiu qualquer ação contra o EI.

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Países a favor e contra o Governo Assad.

Contra o governo:

 EUA

 França

 Reino Unido

 Turquia

 Arábia Saudita

 Líbia

 Catar

A favor do governo

 Rússia – maior aliada. Visa manter um porto no Mediterrâneo, e uma base armada na Síria.

 China

 Irã

Reações diplomáticas

No dia 9 de janeiro de 2013 o governo brasileiro retirou o seu embaixador em protesto contra o regime sírio.

No dia 16 de junho de 2013 o governo egípcio também rompeu relações em o país.

Cessar – fogo: a resolução 2268

Em 2016, na cidade de Genebra, representantes das partes envolvidas na Guerra Civil da Síria começaram a negociar o cessar-fogo.

A Resolução 2268 exigia que todos os lados aceitassem o acordo russo/americano.

A cessar fogo iniciou-se, oficialmente, em 27 de fevereiro de 2016.

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Tal acordo não impediu ações contra o EI.

O acordo do cessar fogo pouco adiantou:

 Em agosto a Turquia envolveu-se diretamente na guerra ao enviar tropa para a fronteira.

 No fim de 2016 o regime de Assad retomou a cidade de Alepo.

 No início de 2017 continuaram os combates acirrados.

Emprego direto de ações internacionais em território sírio.

A Rússia, enviando navios de guerra para as águas territoriais sírias, mantendo um porto no Mediterrâneo sírio e uma base militar caracteriza uma ação direta na Guerra Civil Síria.

Os EUA já atuam diretamente em território sírio ao empregar seus aviões de combate em ação na Síria.

A 1º intervenção estrangeira direta no conflito atribui-se à Turquia em revide aos tiros de artilharia síria que atingiram a cidade de Arçabe, na Turquia.

As ações turcas continuaram no final de 2016 e no início de 2017.

ASPECTOS SOCIAS

A Guerra Civil Síria tem sido extremamente cruel com sua população.

Cidades arrasadas, casas destruídas, famílias sem ter para onde ir, separadas com seus filhos desaparecidos ou mortos pois são presos fáceis de ações sem escrúpulo, esse é o resultado da Guerra Civil na Síria onde a crueldade das operações contra a população é lugar comum.

Fome miséria, assassinatos, mortes dolorosas por ação de gás.

Hospitais bombardeados ainda com doentes sendo atendidos.

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Caos total, tudo perdido: a casa, os móveis, os pertences, a roupa, os documentos, as crianças, a mãe dona de casa e o pai, tudo sob os encontros inamovíveis.

Os dados não confirmados são estarrecedores:

Metade da população (cerca de 8 milhões) integra a massa migratória de deslocados e refugiados na fuga da guerra, das perseguições e das condições precárias de vida.

Destaque-se o Líbano, no recebimento desses refugiados a onda migratória para a Europa.

Já são mais de 470 mortos.

Ao final de tudo tem o Estado Islâmico que, na tentativa de criar um califado espalha ódio e terror por onde possa.

ASPECTOS ECONÔMICOS

A Síria era considerada um país em desenvolvimento, com uma economia diversificada, baseada na agricultura, na indústria e na produção de energia (gás e petróleo) e no turismo.

Devido ao desgaste da guerra civil que assola o país, a economia síria sofreu sérios danos, registrando um encolhimento de 45% desde o começo das hostilidades. O desemprego, que já era alto, atingiu níveis históricos e a moeda síria se desvalorizou quase que completamente e o setor público perdeu mais de 15 bilhões de dólares. A infraestrutura do país também se deteriorou consideravelmente por causa dos combates.Em 2014, o regime sírio estimou em US$ 31 bilhões de dólares as perdas que o país sofrera com o conflito até aquele momento.

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CONCLUSÃO

O EQUILÍBRIO DA DISTRIBUIÇÃO DO PODER NO MUNDO.

Segundo a Wikipédia dá-se o nome de equilíbrio do poder a uma situação, nas relações internacionais, de competição entre diversas potências, mais ou menos iguais em poder.

Após a II Guerra Mundial o mundo viveu a competição entre a Rússia e os EUA na Guerra fria. O cenário era a Europa onde se digladiavam o OTAN de um lado e o Pacto de Varsóvia, de outro.

Atualmente o cenário é a Ásia, protagonista do século XXI, no caso em estudo, o Oriente Médio.

O tema é a Síria e os atores, novamente, os EUA e a Rússia tendo como ator coadjuvante a China, hoje a procura de uma hegemonia mundial.

Referências

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