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Uma Abordagem Multicritério para Seleção de Ferramenta de Business Intelligence

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM

ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

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Uma Abordagem Multicritério

para Seleção de Ferramenta de

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“UMA ABORDAGEM MULTICRITÉRIO PARA SELEÇÃO DE FERRAMENTA DE BUSINESS INTELLIGENCE”

BERNARDO BARBOSA CHAVES WOITOWICZ

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Administração.

Área de Concentração: Administração Geral

ORIENTADOR: Prof. Dr. Luiz Flávio Autran Monteiro Gomes

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“UMA ABORDAGEM MULTICRITÉRIO PARA SELEÇÃO DE FERRAMENTA DE BUSINESS INTELLIGENCE”

BERNARDO BARBOSA CHAVES WOITOWICZ

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Administração como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Administração.

Área de Concentração: Administração Geral

Avaliação:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________ Professor Dr. Luiz Flávio Autran Monteiro Gomes (orientador) Instituição: Faculdades IBMEC – IBMEC RJ

_____________________________________________________ Professor Dr. Valter de Assis Moreno Junior

Instituição: Faculdades IBMEC – IBMEC RJ

_____________________________________________________ Professor Dr. Hugo Fuks

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FICHA CATALOGRÁFICA

658.4035 W847

Woitowicz, Bernardo Barbosa Chaves.

Uma abordagem multicritério para seleção de ferramenta de Business Intelligence / Bernardo Barbosa Chaves Woitowicz - Rio de Janeiro: Faculdades Ibmec, 2009.

Dissertação de Mestrado Profissionalizante apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração das Faculdades Ibmec, como requisito parcial necessário para a obtenção do título de Mestre em Administração.

Área de concentração: Administração geral.

1. Administração – Tomada de decisão - Técnicas. 2. Apoio à decisão – Teoria da Utilidade Multiatributo (MAUT). 3. Análise multicritério (Método Swing Weighting). 4. Negócios

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

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RESUMO

Esta dissertação tem como objetivo demonstrar a aplicação da Teoria da Utilidade Multiatributo (MAUT) em um processo de seleção de ferramenta para um projeto de Business Intelligence em uma empresa multinacional diversificada nos seguintes ramos: seguros, previdência privada, capitalização, fundos de pensão e gestão de recursos financeiros. Com a aplicação do método fica evidenciada a importância de um procedimento formal para ajudar os decisores nas escolhas, contribuindo com uma maior clareza e um alto aprendizado em todo o processo. O processo de definição dos pesos foi embasado na técnica Swing Weighting, a qual necessita de uma forte interação com os decisores para a correta atribuição dos pesos em todos os critérios a serem analisados.

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ABSTRACT

This thesis aims to demonstrate the application of the Theory of Utility Multiattribute (MAUT) in a process of selection of BI tool for a project in a diversified multinational company in the following areas: insurance, private provident, capitalization, pension funds and management of financial resources. With the application of the method is highlighted the importance of a formal procedure to assist decision makers in choices, contributing to greater clarity and a high learning in the process. The process of defining the weights was based on technical Swing Weighting, which needs a strong interaction with the decision to correct the allocation of weights in all criteria to be analyzed

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Métodos da Família Electre (GOMES, ARAYA e CARIGNANO, 2004)... 19

Tabela 2 – Resumo dos Métodos Prométhée (MORAIS e ALMEIDA, 2006) ... 19

Tabela 3 – Exemplo de Aplicação da Técnica SMART ... 31

Tabela 4 – Exemplo de Aplicação da Técnica SMARTER ... 31

Tabela 5 – Exemplo de Aplicação da Técnica Swing Weighting ... 33

Tabela 6 – Critérios para Avaliação... 36

Tabela 7 – Notas do Critério 4 – Relatórios e Gráficos - Sub-Critério 4.1 – Funções ... 39

Tabela 8 – Notas e Pesos do Sub-Critério 4.8 - Dashboards ... 41

Tabela 9 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 1 - Plataforma ... 41

Tabela 10 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 2 – Características Básicas ... 42

Tabela 11 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 3 – Funcionalidades Web ... 42

Tabela 12 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 4 – Relatórios e Gráficos ... 42

Tabela 13 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 5 – Mineração de Dados ... 43

Tabela 14 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 6 – Simulação de Cenários... 43

Tabela 15 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 7 – Política de Segurança ... 43

Tabela 16 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 8 – Capacity Planning ... 43

Tabela 17 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 9 – Plano de Recovery ... 43

Tabela 18 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 10 – Ferramentas de Planejamento 44 Tabela 19 – Notas e Pesos de Todos os Critérios ... 44

Tabela 20 – Notas do Critério 6 – Simulação de Cenários ... 45

Tabela 21 – Pesos dos Sub-Critérios do Critério 6 – Simulação de Cenários... 45

Tabela 22 – Nota de Todos os Fornecedores para o Critério 6 – Simulação de Cenários ... 46

Tabela 23 – Notas Calculadas a partir dos Sub-Critérios de Todos os Fornecedores ... 46

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LISTA DE ABREVIATURAS

AHP Analytic Hierarchy Process ANP Analytic Network Process BI Business Intelligence

Electre Elimination et Choix Traduisant la Réalité ERP Enterprise Resource Planning

MACBETH Measuring Attractiveness by Categorical Based Evolution Technique MAUT Teoria da Utilidade Multiatributo (Multiattribute Utility Theory) ORCLASS Ordinal Classification

PACOM Paired Compensation

Prométhée Preference Ranking Organization Method for Enrichment Evaluations RFI Request for Information

SMART Simple Multi-Attribute Rating Technique

SMARTER Simple Multi-Attribute Rating Technique Exploiting Ranks TI Tecnologia da Informação

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 1 1.1 Business Intelligence ... 1 1.2 Objetivo do Estudo ... 4 1.3 Relevância do Tema ... 6 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 9 2.1 Introdução ... 9 2.2 Problemas Multicritério ...14

2.3 Métodos da Escola Americana ...15

2.4 Métodos da Escola Francesa ...18

2.5 Outros Métodos Multicritério ...20

2.6 Justificativa da Escolha do Método ...22

2.7 Método MAUT ...24

2.8 Técnicas de Atribuição de Pesos...30

3 METODOLOGIA ... 34

3.1 Introdução ...34

3.2 Tratamento dos Dados ...38

3.3 Atribuição dos Pesos ...39

3.4 Aplicação do Método ...44

3.5 Análise de Sensibilidade ...49

4 LIMITAÇÃO ... 52

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6 CONCLUSÃO ... 56

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 59

8 APÊNDICE A ... 70

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1 Introdução

1.1 Business Intelligence

A internet é um conjunto poderoso de ferramentas que podem ser utilizadas em praticamente todas as indústrias e como parte de praticamente qualquer estratégia (PORTER, 2001).

Dentre as diversas vantagens trazidas pela Internet, uma das principais é a facilidade na obtenção de informações. Graças à rede, as empresas coletam milhares de dados relacionados aos seus negócios. No entanto, essa avalanche de dados causou um problema: como extrair dessa pilha de dados, as informações realmente úteis para o desenvolvimento do negócio e como analisá-las. Segundo LOSHIN (2003), no últimos anos a habilidade para criar, coletar e armazenar informação ultrapassou a nossa capacidade de fazer uso significativo destas informações.

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Essa crescente inundação de informações dificulta o processo de tomada de decisão, na medida em que a alta e média gerência se sentem impotentes no processo de busca e recuperação de informações (BARBIERI, 2001).

Os mercados atuais são mais competitivos e dinâmicos. O sucesso ou fracasso das empresas depende da velocidade e sofisticação de seus Sistemas de Informação e de sua habilidade em analisar e sintetizar informações (SINGH, 2001). Nos dias atuais, o grande diferencial está na qualidade e na velocidade com que as informações chegam às mãos dos profissionais que decidem (SERRA, 2002).

Surgindo como solução para este problema contextualizado, aonde se obtém com extrema facilidade dados mas não informação relevante e de forma eficaz, os sistemas de Business Intelligence (BI) se apresentam como alternativa.

BI é um grupo de aplicações projetado para organizar e estruturar os dados de transação de uma empresa, de forma que possam ser analisados a fim de beneficiar as operações e o suporte às decisões da empresa (KALAKOTA e ROBINSON, 2002). SHARIAT e HIGHTOWER (2007) complementam esta afirmação dizendo que o objetivo do BI é fornecer suporte estratégico, tático e operacional necessário ao processo de tomada de decisão.

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Portanto, o conceito de Business Intelligence pode ser entendido, em uma de suas vertentes, como diretamente relacionado ao apoio e subsídio aos processos de tomada de decisão (COOPER et al., 2000) baseado em dados trabalhados especificamente para a busca de vantagem competitiva (BARBIERI, 2001). Segundo PORTER (2001), as soluções de TI permitem às empresas a obtenção de vantagem competitiva.

Com o apoio dos profissionais de TI e consultores externos, as empresas deveriam utilizar a tecnologia de forma estratégica para reforçar o serviço, aumentar a eficiência e alavancar os pontos fortes existentes (PORTER, 2001). A TI altera suas operações, seus produtos e serviços, seus relacionamentos com parceiros, mercados e concorrentes (SERRA, 2002).

Outros autores defendem esta visão da tecnologia da informação voltada mais para a estratégia da empresa. HENDERSON e VENKATRAMAN (1999) afirmaram que em vários países e mercados, a área de TI estava deixando de ser uma área de back-office e cada vez mais assumindo um papel estratégico, não só para dar suporte as estratégias de negócio, mas também para moldar as estratégias nas empresas. LAURINDO e ROTONDARO (2008) corroboram esta afirmação, dizendo que a TI evoluiu de uma orientação operacional de suporte administrativo para um papel mais estratégico dentro da organização

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promissores, melhora na qualidade dos produtos e processos empresariais, além é claro, de permitir avanço contínuo nos lucros.

Em resumo, Business Intelligence (BI) é uma arquitetura com capacidade de extrair e integrar informações de diferentes bancos de dados, possibilitando a interpretação de forma contextualizada, trabalha com hipóteses e procura relações de causa e efeito, transformando os dados brutos em informações estratégicas (SERRA, 2002), fundamenta o processo decisório da organização e disponibiliza conteúdo relevante para atuação da empresa. Além de ser flexível o suficiente para propiciar isso, a todos os profissionais da empresa.

1.2 Objetivo do Estudo

A Wicz é uma empresa multinacional que atua em diversos ramos: seguros de vida, previdência privada, títulos de capitalização, administração de recursos e fundos de pensão. A empresa foi criada em 1991, sendo a primeira seguradora especializada em seguros de vida e planos de previdência complementar no Brasil. Somente em 1995 a empresa entrou no mercado de títulos de capitalização. Em 1996 ocorreu a fusão com um grupo americano, permitindo maior visibilidade e confiabilidade para a então multinacional Wicz. Atualmente a empresa está entre as dez maiores seguradoras do mercado.

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Cada área de negócio de empresa possui uma arquitetura proprietária, dificultando a consolidação das informações. A inexistência de um sistema integrado impacta na geração de relatórios analíticos, prejudicando as análises dos gestores, por não terem as informações ou por não estarem disponíveis no tempo necessário. Existe também o impacto na área de Tecnologia da Informação com a sobrecarga de trabalho devido ao excesso de demanda de relatórios provenientes das áreas usuárias.

Com este contexto totalmente desfavorável em relação à quantidade e confiabilidade das informações disponíveis, a empresa optou pela contratação de uma consultoria especializada em BI, para fazer o levantamento das necessidades da Wicz e conduzir o processo de escolha da ferramenta de Business Intelligence a ser adquirida pela organização.

Por determinação da empresa só serão avaliadas as principais ferramentas de Business Intelligence do mercado. Após uma análise do comitê responsável pelo processo de seleção, determinou-se que somente as ferramentas da Business Objects, Cognos, Oracle BI Enterprise Edition, Oracle Discoverer e MicroStrategy seriam avaliadas.

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1.3 Relevância do Tema

A atividade de tomada de decisão é extremamente importante para nossa vida pessoal e para o sucesso das organizações (BROWN, 2005). O processo de tomada de decisão nas organizações é complexo e envolve uma análise sob diferentes aspectos (CLEMEN e REILLY, 2001; ZOPOUNIDIS e DOUMPOS, 2002). Frequentemente no processo decisório, segundo ROY (2005), se torna necessário levar em consideração diferentes pontos de vista, por exemplo, finanças, recursos humanos, aspectos ambientais, atrasos, segurança, qualidade, ética e etc.

Estudos decorrentes da teoria da decisão sugerem que más decisões muitas vezes ocorrem devido ao fato das alternativas não estarem claramente definidas, a informação correta não estar disponível ou os custos e benefícios não estarem adequadamente ponderados, além das distorções no processo cognitivo inerentes aos seres humanos (HAMMOND, KEENEY e RAIFFA, 1998). Embora se possa pensar que as decisões sejam tomadas de forma racional, não é sempre assim (BROWN, 2005).

Por tudo isso, a abordagem da análise de decisão pode beneficiar importantes avaliações sob incertezas (ROWE e LUECKE, 2006), já que a intuição humana é pobre em processar probabilidades e lidar com detalhes (SCHUYLER, 2001).

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sensível à mudança em um parâmetro ou a utilização de diferentes perspectivas pode levar a conclusões diversas (CLEMEN e REILLY, 2001).

Além disso, segundo BROWN (2005), não existem decisores que sejam completamente racionais, que façam ótimas escolhas sem auxílio, baseadas exclusivamente no que eles conheçam e sintam, que cheguem sozinhos às mesmas conclusões que chegariam seguindo uma lógica rigorosa. E vários são os critérios que podem se tornar necessários para uma escolha final entre diferentes alternativas, o que exige o desenvolvimento e a aplicação de metodologias que permitam ao decisor ponderar com eficiência os diferentes critérios usados na tomada de decisão (GOMES, ARAYA e CARIGNANO, 2004).

A motivação para perseguirmos uma tomada de decisão racional envolve: a melhoria na qualidade da decisão, a transparência do processo como um todo e sua disponibilidade para posterior análise que, se tornada pública, desencoraja a tomada de decisão sob condições suspeitas (BROWN, 2005). Essa prática fornece uma base sólida para se formar melhores agentes de decisão, por conter elementos de entendimento comum as pessoas que decidem tais como objetivos, conseqüências e barganhas, incluindo procedimentos que facilitam a implementação desses conceitos de uma forma lógica transparente e organizada (KEENEY, 2004).

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Outra contribuição se deve ao caráter intuitivo proporcionado pela aplicação do método e a apresentação formal com exemplos práticos, permitindo maior familiarização dos métodos de apoio multicritério aos decisores em geral. FIGUEIRA et al. (2005) afirmam que existe um vínculo muito forte e vital entre teóricos e desenvolvimentos metodológicos, por um lado, e as aplicações reais em outro. Assim segundo este autor, a validade dos desenvolvimentos teóricos e metodológicos só pode ser medida em função da utilização prática no mundo real.

Segundo GOMES, ARAYA e CARIGNANO (2004) a aplicação dos métodos de apoio multicritério de maneira natural, desmistificam qualquer complexidade que possa existir na visão do usuário final quanto à aplicação prática destas metodologias.

Outra importante contribuição deste trabalho são as referências bibliográficas adquiridas no estudo exaustivo de livros e artigos científicos. Ao utilizar estas referências o autor permite que outros trabalhos possam ser produzidos a partir desta dissertação, recomendando autores consagrados e indicando possíveis fontes para aprofundamentos teóricos.

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2 Referencial Teórico

2.1 Introdução

A partir de década de 70, começaram a surgir os primeiros métodos de apoio ou auxílio multicritério à decisão, com o intuito de enfrentar situações específicas, nas quais um decisor, atuando com racionalidade, deveria resolver um problema em que vários eram os objetivos a serem alcançados de forma simultânea (GOMES, ARAYA e CARIGNANO, 2004). Estes fazem parte de uma disciplina que engloba vários métodos, técnicas e atitudes no sentido de orientar o processo de tomada de decisão sob incerteza (NEWENDORP e SCHUYLER, 2000).

MALCZEWSKI (1999) afirma que as decisões são necessárias quando uma oportunidade ou problema existe, ou quando algo não é o que deveria ser ou ainda quando existe uma oportunidade de melhoria. As decisões estão presentes quando se seleciona um candidato para trabalhar em uma empresa, quando se opta pela compra de um carro novo, ou ainda a escolha de um curso ou de uma faculdade.

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preferência das ações consideradas, depois minimizar ou maximizar este objetivo (FIGUEIRA et al., 2005). Diferentemente de uma análise em que se busca a maximização ou minimização de um único parâmetro, como ocorre na pesquisa operacional tradicional, o apoio multicritério à decisão visa uma solução de compromisso, onde deve prevalecer o consenso entre as partes envolvidas (GOMES, GOMES e ALMEIDA, 2006).

Em síntese, os métodos de apoio à decisão visam estruturar o problema, permitindo a compreensão precisa de sua natureza, geram cursos alternativos de ação e identificam objetivos importantes e critérios de compensações, propiciando recomendações consistentes em todo o processo decisório (CLEMEN e REILLY, 2001).

Os componentes básicos dos métodos de apoio à decisão são: um conjunto finito ou infinito de ações (alternativas, soluções, cursos de ação e etc), pelo menos dois critérios, e, obviamente, pelo menos um decisor (FIGUEIRA et al., 2005).

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dimensões das alternativas, ou seja, uma forma julgar uma escolha ou ação melhor do que outra (BELTON e STEWART, 2002).

ROY e BOUYSSOU (1993) definem o apoio multicritério à decisão como sendo a atividade do analista de decisão que, calcado em modelos claramente explicitados, mas não necessariamente formalizados, ajuda na obtenção de elementos de resposta às questões de um agente de decisão ao longo do processo decisório.

Portanto, o apoio multicritério à decisão é uma abordagem prescritiva projetada para pessoas com inteligência normal pensarem de forma sistemática sobre problemas reais e é composta por um conjunto de axiomas e procedimentos sistemáticos, de modo a tratar de forma responsável a complexidade embutida nos problemas de decisão (KEENEY e RAIFFA, 1999). Os métodos de apoio à decisão visam organizar e estruturar o processo decisório, aumentando a coerência entre os valores subjacentes aos objetivos e metas, e a decisão final ROY (2005). E estes contribuem para a tomada de decisão, sobretudo em termos de escolha, classificação ou triagem de alternativas (FIGUEIRA et al., 2005).

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CLEMEN e REILLY (2001) afirmam que a análise nas decisões provê estrutura e orientação para o pensamento sistemático sobre as decisões e sugerem sete passos para o processo de tomada de decisão, conforme apresentado no fluxo abaixo:

Figura 1 – Fluxo da Tomada de Decisão, adaptado de CLEMEN e REILLY (2001)

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De acordo com BOUYSSOU (1993), com uma abordagem multicritério em um processo de tomada de decisão complexo, obtém-se as seguintes vantagens: a constituição de uma base para o diálogo entre os diferentes agentes de decisão (interventores), a possibilidade concreta de se trabalhar com subjetividades e incorporar incertezas e imprecisões, além da visualização de cada solução potencial satisfatória como compromisso entre os diferentes pontos de vista em conflito.

NEWENDORP e SCHUYLER (2000) citam outras vantagens do método de análise de decisão: permitir que se considerem explicitamente os possíveis resultados, possibilitar o realce dos fatores chave, facilitar a comparação de projetos com riscos diferentes, explicitar os julgamentos sobre risco e tomar decisões que envolvam investimentos complexos.

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2.2 Problemas Multicritério

De acordo com ROY (2005), existem quatro tipos de problemas de apoio à decisão, estes não são independentes, pois um problema de ordenação de alternativas (Pγ) pode servir como base para a resolução de problemas de seleção da melhor alternativa (Pα):

• Problema Pα: o objetivo é selecionar uma única alternativa em um pequeno grupo de boas alternativas ou selecionar um pequeno grupo de alternativas satisfatórias;

• Problema Pβ: o objetivo é aceitar alternativas que parecem boas e descartar as que parecem ruins, ou seja, realizar uma classificação das alternativas. A atribuição de uma categoria (i, ii, iii ou iv) para cada alternativa, permite a distinção entre ações plenamente justificáveis (i), aconselhadas após pequenas modificações (ii), aconselhadas após alterações importantes (iii) ou desaconselháveis (iv);

• Problema Pγ: o objetivo é gerar uma ordenação completa ou parcial das alternativas;

• Problema Pδ: o objetivo é realizar uma descrição das alternativas;

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2.3 Métodos da Escola Americana

A escola Americana é definida como critério único de síntese e exclui o estado de incomparabilidade (DIAS, COSTA e CLÍMACO, 1996), sendo possível a indicação do posicionamento global de cada alternativa (GOMES, GOMES e ALMEIDA, 2006). A escola assume que todos os estados são comparáveis e que existe a transitividade nas relações de preferência (KEENEY e RAIFFA, 1999).

Portanto, os métodos desta escola não permitem que as alternativas sejam incomparáveis e se A é preferível a B e B é preferível a C, então A é preferível a C. Os principais métodos desta escola são: AHP, MACBETH e MAUT (FIGUEIRA et al., 2005).

O método AHP (Analytic Hierarchy Process), desenvolvido por SAATY (1991), foi um dos primeiros métodos voltados para o ambiente de decisão multicritério e talvez o mais utilizado hoje em todo o mundo (MACHADO, GOMES e CHAUVEL, 2003).

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O método ANP (Analytic Network Process) é uma generalização das hierarquias para redes com dependência e feedback, sua estrutura básica é composta por redes e as prioridades são estabelecidas através da comparação par a par e do julgamento, assim como no método AHP (SAATY, 2005). O ANP identifica o resultado da dependência e do feedback dentro e entre os agrupamentos de elementos (FIGUEIRA et al., 2005).

Outro método da escola Americana é o MACBETH (Measuring Attrativeness by a Categorical Based Evaluation Technique), este foi criado pelo pesquisador lusitano Carlos António Bana e Costa, com o apoio do seu colega belga Jean-Claude Vansnick (BANA e COSTA E VANSNICK, 2000), sendo posteriormente agregado à equipe Jean-Marie De Corte (BANA e COSTA et al., 2003). Este método é baseado no modelo de utilidade aditiva (FIGUEIRA et al., 2005).

O MACBETH é uma abordagem que necessita somente de julgamentos qualitativos sobre as diferenças de valor e ajuda o decisor (pode ser indivíduo ou grupo de indivíduos) a quantificar a atratividade relativa entre as opções (BANA e COSTA et al., 2005).

Em síntese, o método MACBETH visa construir uma escala de intervalos de preferência sobre um conjunto de ações, sem a necessidade de representação numérica destas preferências (FIGUEIRA et al., 2005), ou seja, através do julgamento qualitativo mede-se a diferença de atratividade entre as alternativas (BANA e COSTA et al., 2005).

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problemas com múltiplos objetivos (GOMES, GOMES e ALMEIDA, 2006; ZOPOUNIDIS e

DOUMPOS, 2002).

O método MAUT é a abordagem mais utilizada para resolução de problemas de alternativas discretas (WALLENIUS et al., 2008). Sua forte fundamentação teórica tem sido um dos pilares do desenvolvimento dos métodos multicritério e suas aplicações práticas

(ZOPOUNIDIS e DOUMPOS, 2002).

De acordo com BELTON e STEWART (2002), a intenção deste método analítico é a associação de um valor a cada alternativa, produzindo-se uma ordem de preferência entre as alternativas de modo consistente com os julgamentos de valor do decisor. Estes julgamentos são representados em uma função de utilidade (ZOPOUNIDIS e DOUMPOS, 2002).

Em síntese, o método MAUT consiste em calcular uma utilidade, expressa por uma nota ou pontuação, para cada objetivo (ou critério) e depois essas utilidades são somadas, em particular no caso em que se emprega a modelagem pela função de utilidade aditiva, ponderando apropriadamente os critérios, de acordo com sua respectiva importância em relação aos demais (CLEMEN e REILLY, 2001; MUSTAJOKI, HAMALAINEN e LINDSTEDT, 2006).

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2.4 Métodos da Escola Francesa

A escola Francesa é composta por métodos que se baseiam na comparação par a par e na relação binária de superação entre as alternativas, onde A supera B, se e somente se, A é pelo menos tão boa quanto B (FIGUEIRA et al., 2005; ZOPOUNIDIS e DOUMPOS, 2002).

Ao contrário da escola Americana, a escola Francesa aceita a incomparabilidade entre alternativas (DIAS, COSTA e CLÍMACO, 1996), permitindo ao decisor confrontar-se com uma das quatro situações abaixo (ROY e BOUYSSOU, 1993):

• Uma alternativa é preferida a outra com preferência forte;

• Uma alternativa é preferida a outra com preferência fraca;

• Uma alternativa é indiferente a outra;

• Uma alternativa é incomparável a outra;

Portanto, os métodos da escola Francesa utilizam comparações paritárias e pressupõem subordinação entre as alternativas, ou seja, estes métodos baseiam-se na relação de superação ou dominância. Os principais métodos desta escola são: Electre e Prométhée (FIGUEIRA et al., 2005).

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Os métodos Electre são compostos pela relação de superação (outranking) entre as alternativas e o procedimento de exploração, sendo este utilizado para fazer recomendações (dependendo da problemática) a partir dos resultados obtidos na primeira fase (FIGUEIRA, 2005). A tabela a seguir apresenta resumidamente os métodos da família Electre e os tipos de problemas adequados a cada um.

Versão Autor Ano Tipo de

Problema

Tipo de Critério

Utilização de Pesos

I Roy 1968 Seleção Simples Sim II Roy e Bertier 1973 Ordenação Simples Sim III Roy 1978 Ordenação Pseudo Sim IV Roy e Hugonard 1982 Ordenação Pseudo Não IS Roy e Skalka 1985 Seleção Pseudo Sim TRI Yu Wei 1992 Classificação Pseudo Sim Tabela 1 – Métodos da Família Electre (GOMES, ARAYA e CARIGNANO, 2004)

Os métodos Prométhée (Preference Ranking Organization Method for Enrichment Evaluations) se baseiam na comparação paritária e levam em consideração os desvios nas avaliações entre as alternativas, podendo o decisor especificar uma preferência pequena ou grande de acordo com os desvios (BRANS e MARESCHAL, 2005). Uma análise de concordância ou discordância, baseada no parâmetro de veto, é realizada para avaliar a relação de superação entre as alternativas (MARTEL e MATARAZZO, 2005). A tabela a seguir apresenta os objetivos de cada método Prométhée.

Método Objetivos

Prométhée I Ordenação Parcial – Problemática da Escolha Prométhée II Ordenação Completa – Problemática da Ordenação

Prométhée III Ordenação Completa – Ampliação da Noção de Indiferença Prométhée IV Classificação Completa – Conjunto Contínuo de Soluções

Prométhée V Classificação Completa – Restrições de Segmentos Prométhée VI Classificação Completa – Graus de Dificuldade com Pesos

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2.5 Outros Métodos Multicritério

O método TODIM (Tomada de Decisão Interativa Multicritério) tem como base a escola Francesa e Americana, pois combina aspectos provenientes da teoria da utilidade multiatributo do método AHP e dos métodos Electre (ROY e BOUYSSOU, 1993). O método está fundamentado na avaliação de alternativas em relação a um conjunto de critérios de decisão, sendo estes avaliados em uma escala ordinal (TROTTA et al., 1999).

O TODIM é fundamentado na Teoria dos Prospectos (KAHNEMAN e TVERSKY, 1979), esta teoria conclui que a maneira como as pessoas decidem em uma determinada situação de risco decorre do contexto em que esta está inserida, ou seja, nas situações que envolvem ganhos, a tendência do ser humano é ser mais conservador, enquanto que em situações envolvendo perdas as pessoas se mostram mais propensas ao risco (GOMES, ARAYA e CARIGNANO, 2004).

O método de Análise Verbal de Decisões (VDA) tem como principal objetivo apoiar o processo de tomada de decisão partindo diretamente da representação verbal (LARICHEV e OLSON, 2001; LARICHEV e MOSHKOVICH, 1995) e foi proposto para resolução de problemas desestruturados (MOSHKOVICH, MECHITOV e OLSON, 2005).

(34)

pretendem utilizar operações e procedimentos simples, claros e compreensíveis pelos decisores (ASHIKHMIN e FUREMS, 2005).

O método ZAPROS-LM é baseado nos princípios do VDA, foi criado para solucionar problemas de ordenação e visa a construção de uma escala ordinal para todos os critérios (MOSHKOVICH, MECHITOV e OLSON, 2005), de forma que todas as alternativas sejam ordenadas a partir das preferências declaradas do decisor (MOSHKOVICH, MECHITOV e OLSON, 2002). Este é recomendado para problemas decisórios com muitas alternativas a serem avaliadas, uma vez que o seu objetivo é estabelecer um ranking – no mínimo parcial – das alternativas selecionadas (LARICHEV e MOSHKOVICH, 1995).

Outro método que se baseia nos princípios da VDA é o ORCLASS (Ordinal Classification), este foi criado para solucionar problemas de classificação, ou seja, agrupar as alternativas de forma a se obter diferentes classes de decisão (MOSHKOVICH, MECHITOV e OLSON, 2005).

(35)

2.6 Justificativa da Escolha do Método

Estudos comparativos entre os diferentes métodos de apoio à decisão multicritério, mostram que não existem metodologias que podem ser apontadas como melhores em relação às outras em qualquer situação (LARICHEV e OLSON, 2001; ROY, 2005). Os métodos de apoio à decisão podem representar diferentes respostas para o mesmo problema de decisão (OZERNOY, 1992; TRIANTAPHYLLOU, 2000), por isso é muito importante identificar qual o método é mais adequado ao processo de tomada de decisão, considerando o contexto e o tipo de problema a ser resolvido.

Escolher um método multicritério envolve vários fatores, dentre os quais se destacam as características: do problema analisado, do contexto considerado, da estrutura de preferências do decisor e da problemática (GOMES, GOMES e ALMEIDA, 2006). Para BOUYSSOU et al. (2000) esta escolha é resultado de uma avaliação dos parâmetros escolhidos, do tipo e da precisão dos dados, da forma de pensar do decisor e do seu conhecimento sobre o problema.

(36)

o tipo de função (de utilidade) usada na agregação da utilidade unitária de cada critério (LARICHEV e OLSON, 2001).

Outra vantagem do método MAUT apresentada por LARICHEV e OLSON (2001) é que o envolvimento do decisor é necessário para elaborar a função utilidade, porém após esta definição é possível comparar várias alternativas, já existentes e/ou novas. LINKOV et al. (2006) afirmam que o método MAUT permite comparar alternativas com maior facilidade, pois as pontuações globais são expressas em números. LARICHEV e OLSON (2001) argumentam ainda, que quando existem alternativas baseadas em preferências subjetivas ou quando o número de alternativas é grande, novas alternativas podem ser geradas a partir das originais.

O processo de seleção de ferramentas de BI envolve um conjunto finito de opções, com objetivos simultâneos a serem alcançados, onde devemos quantificar os trade-offs (compensações) entre as alternativas, por isso pode-se trabalhar com o método MAUT (KEENEY e RAIFFA, 1999).

(37)

2.7 Método MAUT

A formalização da teoria da utilidade efetuada por NEUMANN e MORGENSTERN (1947), posteriormente refinada por FISHBURN (1970) e KEENEY e RAIFFA (1976; 1999), serviu de base para a formulação de uma teoria de preferência para escolhas envolvendo riscos (DYER, 2005).

KEENEY e RAIFFA (1999) introduziram o conceito de se medir a utilidade de cada uma das alternativas candidatas à resolução de um problema decisório, na presença de múltiplos atributos, através da construção de uma função matemática. Ao estimar a função de utilidade, constrói-se um modelo matemático de representação de preferências (CLEMEN e REILLY, 2001).

De acordo com GOMES, GOMES e ALMEIDA (2006), o decisor deve obedecer aos seis axiomas relacionados a seguir, de modo que sua função de utilidade possa ser perfeitamente definida.

• Axioma da Ordenabilidade: dadas as consequências A e B, pode-se dizer que A é preferível a B, ou A é indiferente a B ou B é preferível a A;

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• Axioma da Continuidade: se A é preferível a B e B é preferível a C, então existe uma probabilidade p, 0 < p < 1, tal que B seja indiferente a uma loteria com probabilidade p de ocorrer A e p-1 de ocorrer C;

• Axioma da Substitutabilidade: é possível substituir um evento incerto com consequência A por outro evento equivalente mais complexo B, ou seja, é o inverso do axioma da redutibilidade;

• Axioma da Redutibilidade: é possível reduzir um evento complexo com consequência A por outro evento equivalente menos complexo B, sem afetar as preferências do decisor.

• Axioma da Monotonicidade: caso existam duas consequências equivalentes, o decisor prefere aquela com maior probabilidade de alcançar o resultado desejado.

(39)

BELTON e STEWART (2002) adotam a nomenclatura “Teoria de Valor Multiatributo – MAVT (Multiattribute Value Theory)” e consideram que a teoria da utilidade pode ser vista como uma extensão da teoria de valor aplicada às situações de incerteza. DYER (2005) corrobora esta afirmação definindo uma função de representação de preferência, sob condições de certeza, como função valor (v) e uma função de representação de preferência, sob condições de risco, como função utilidade (u).

De acordo com DYER (2005) a teoria da utilidade multiatributo é baseada em rigorosos axiomas que caracterizam o comportamento de escolha dos indivíduos e são essenciais para o estabelecimento de funções de representação de preferências, se constituindo na base lógica para a análise quantitativa de preferências. A seguir são apresentados estes axiomas sugeridos pelo autor:

• Preferência Assimétrica: assume que o decisor está apto para escolher sem contradição entre duas alternativas, ou seja, não pode haver preferência estrita de x em relação a y e de y em relação a x simultaneamente;

• Transitividade Negativa: se x é preferível estritamente a y e qualquer outro elemento z em X, então ou x é preferível estritamente a z ou z é preferível estritamente a y ou ambos;

(40)

• Se uma relação de preferência é uma ordenação fraca, então as relações de indiferença e preferência fraca associadas são bem comportadas;

Portanto, um indivíduo cuja preferência estrita possa ser representada por uma ordenação fraca pode ranquear todas as alternativas em uma ordenação única e, se a preferência estrita em X é uma ordenação fraca e X é finito, então, existe uma representação numérica de preferência representada por uma função de valor real em X (DYER, 2005), tal que x é preferível a y se, e somente se, o resultado da função de valor v(x) é maior do que o resultado da função de valor v(y), para todo x e y em X (FISHBURN, 1970).

Existem duas formas predominantes de análise de alternativas para o método MAUT: a aditiva e a multiplicativa (KEENEY e RAIFFA, 1999). A mais simples e amplamente utilizada forma de função de utilidade é o modelo aditivo (BELTON e STEWART, 2002; DYER, 2005). A Função multiatributo aditiva é a agregação, por adição, constituindo uma média ponderada das utilidades segundo cada atributo (CLEMEN e REILLY, 2001).

Em síntese, na função de utilidade aditiva, calcula-se a utilidade multiatributo, expressa por uma nota ou uma pontuação, para cada objetivo (ou critério), e depois essas utilidades são somadas, ponderando-se apropriadamente os critérios de acordo com suas importâncias relativas aos demais (CLEMEN e REILLY, 2001).

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RAIFFA, 2006). Segundo CLEMEN e REILLY (2001), um critério y é dito independente do ponto de vista das preferências com relação a x, se as preferências pelas conseqüências específicas de y não dependerem da variação do nível do critério x.

BELTON e STEWART (2002) esclarecem que a função de valor aditiva pode ser expressa pela fórmula a seguir:

eq. (1)

Na qual v(a) é o valor que se deseja obter para uma alternativa a, vi(a) é um valor

específico de a para um critério i, i variando de 1 a m, e wi é o peso dado para o critério i.

De acordo com CLEMEN e REILLY (2001), caso se identifique a dependência entre os critérios, recomenda-se que a família de critérios seja repensada e transformada, eventualmente por meio de agrupamentos ou mesmo de redefinições.

(42)

A fórmula apresentada a seguir é a representação matemática da função de valor multiplicativa sugerida por DYER (2005):

eq. (2)

Onde vi é a função de valor de atributo único de xi, escalado entre 0 e 1, λi são

constantes de escala positiva e λ é uma constante de escala adicional. Caso a constante de escala adicional λ seja igual a zero, a eq.(2) pode ser reduzida para a forma aditiva:

eq. (3)

Onde , ou seja, o somatório das constantes de escala positiva é igual a 1.

(43)

2.8 Técnicas de Atribuição de Pesos

A definição dos pesos de cada critério reflete a importância de cada um destes para o decisor no problema a ser solucionado (GOODWIN e WRIGHT, 2000), por isso é extremamente importante conhecer as técnicas de atribuição de pesos para escolher a mais adequada ao contexto. Para TRIANTAPHYLLOU (2000) ao atribuir pesos aos critérios no processo decisório, o decisor deve procurar fazê-lo de modo a representar a verdadeira importância de cada critério.

No método Trade-off Weighting (KEENEY e RAIFFA, 1999), o decisor compara duas alternativas que se diferenciam por apenas dois atributos com os outros atributos mantidos fixos. É realizado um ajuste em um dos atributos até que as alternativas contenham igualdade de preferências.

O método SMART é amplamente utilizado por causa da sua simplicidade nas respostas necessárias do decisor e na maneira pela qual estas respostas são analisadas (GOODWIN e WRIGHT, 2000). Neste método as alternativas são ordenadas de forma decrescente, sendo que o valor 10 é atribuído para a alternativa de menor importância (MUSTAJOKI, HAMALAINEN e SALO, 2005). As demais são avaliadas em relação a esta alternativa e os valores atribuídos devem ser maiores do que 10 e proporcionais a preferência na comparação entre elas.

(44)

parte dos decisores, pois ao determinar o valor 10 para o atributo de menor importância, o decisor pode ser influenciado a pontuar os demais atributos com múltiplos de 10.

Os pesos são calculados a partir da normalização da pontuação em relação ao total de pontos atribuídos (MUSTAJOKI, HAMALAINEN e SALO, 2005). A tabela a seguir exemplifica a aplicação da técnica SMART para cinco atributos:

1ª. Etapa: Ordenação 2ª. Etapa: Pontuação 3ª. Etapa: Normalização

Atributo 1 (Mais Importante) 100 0,425532 Atributo 2 70 0,297872 Atributo 3 30 0,127660 Atributo 4 25 0,106383 Atributo 5 (Menos Importante) 10 0,042553

Tabela 3 – Exemplo de Aplicação da Técnica SMART

O método SMARTER é uma simplificação do SMART, a função de valor é linear e o processo de comparação é mais simples: o decisor ordena as trocas por importância (GOODWIN e WRIGHT, 2000). Os pesos são calculados utilizando o Rank Centroid Method (BARRON e BARRET, 1996) que converte o ranking em um conjunto aproximado de pesos, conforme exemplificado na tabela a seguir:

1ª. Etapa:

Classificação 2ª. Etapa: Fórmula

3ª. Etapa: Peso 1 1/5 * (1/1 + 1/2 + 1/3 + 1/4 + 1/5) 0,456667 2 1/5 * (1/2 + 1/3 + 1/4 + 1/5) 0,256667 3 1/5 * (1/3 + 1/4 + 1/5) 0,156667 4 1/5 * (1/4 + 1/5) 0,090000 5 1/5 * (1/5) 0,040000

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A técnica de ponderação Direct Rating é utilizada quando um critério é difícil de ser quantificado, por exemplo, imagem ou conforto, o decisor é convidado a ordenar de maneira decrescente as alternativas (GOODWIN e WRIGHT, 2000). É atribuído o valor 100 para a mais preferida e 0 para última do ranking, as demais são posicionadas pelo decisor entre estas duas alternativas. Os valores relativos ao posicionamento de cada alternativa representam a quantificação das alternativas segundo um determinado critério.

No método Swing Weighting (WINTERFIELD e EDWARDS, 1986), o decisor é convidado a considerar a situação hipotética de uma alternativa que possui a menor pontuação em todos os critérios envolvidos no processo de decisão (GOODWIN e WRIGHT, 2000; MUSTAJOKI, HAMALAINEN e SALO, 2005). Com isso é criada uma situação de benchmark (referência), caracterizada pelo pior cenário.

O decisor atribui 100 pontos para o critério que decide elevar à maior pontuação possível. Após atribuir 100 pontos para esse critério, elimina-o do processo. O decisor consulta os critérios restantes e novamente escolhe o critério que gostaria de elevar e atribui um valor inferior a 100 pontos e assim sucessivamente (GOODWIN e WRIGHT, 2000; MUSTAJOKI, HAMALAINEN e LINDSTEDT, 2006). Portanto, o decisor atribui uma pontuação para cada critério partindo do mais relevante até o critério com pouca relevância.

(46)

Segue abaixo uma tabela com o exemplo de ponderação utilizando a técnica interativa Swing Weighting, onde o peso do critério é igual a nota do critério divida pela soma de todas as notas:

Critérios Ranking Nota Peso Benchmark 3 0 -

Critério I 1 100 0,76923 Critério II 2 30 0,23076 Tabela 5 – Exemplo de Aplicação da Técnica Swing Weighting

No método Interval SMART / Swing Weighting, o atributo de referência pode ser qualquer atributo, não precisa ser necessariamente o mais importante ou o de menor importância, permitindo que o decisor utilize intervalos de julgamento na ponderação e avalie as alternativas considerando a imprecisão (MUSTAJOKI, HAMALAINEN e SALO, 2005). Portanto, segundo estes próprios autores, o método apresentado permite a modelagem de imprecisão sem a perda significativa da facilidade já constatada pelos métodos SMART e Swing Weighting no processo de ponderação dos critérios.

(47)

3 Metodologia

3.1 Introdução

A Teoria da utilidade multiatributo foi aplicada na empresa Wicz no processo de seleção de ferramenta de Business Intelligence. A empresa determinou um comitê responsável pelo processo de seleção da ferramenta, este é composto por dois profissionais da área de controladoria, um da área de marketing (pesquisa), dois da área de TI e um consultor externo especializado em BI. Outra determinação importante da empresa foi que somente os principais fornecedores de soluções de BI participariam de todo o processo de seleção.

(48)

Foi determinado também que os critérios de avaliação das ferramentas seriam apresentados pelo consultor especializado e submetidos à aprovação do comitê do processo de seleção. Após várias reuniões para ajuste dos critérios e dos sub-critérios apresentados pelo consultor especializado, o comitê responsável pelo processo definiu como relevante para o processo de seleção e adequado para as necessidades da empresa Wicz, 10 critérios e 36 sub-critérios apresentados na tabela abaixo:

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8 – Capacity Planning 8.1 - Capacidade 8.2 - Performance 8.3 - Servidores em Cluster 9 – Plano de Recovery 9.1 - Banco de Dados 9.2 - Metadados 10 – Ferramentas de Planejamento 10.1 - Ferramentas Integradas 10.2 - Nível de Integração

Tabela 6 – Critérios para Avaliação

Os critérios foram avaliados seguindo uma consolidação dos fatores sugeridos por ROY (2005) e KEENEY e RAIFFA (1999):

• Completude: todos os critérios relevantes foram contemplados;

• Operacionalidade: os critérios são suficientemente específicos nos níveis mais baixos da hierarquia;

• Decomponibilidade: pode-se avaliar o desempenho de uma alternativa em relação a um critério, independente do seu desempenho em relação a outros critérios;

• Ausência de Redundância: um critério não pode representar a mesma realidade que outro, mesmo que seja parcialmente;

• Tamanho Mínimo: deve-se assegurar que os critérios não sejam decompostos além do nível em que podem ser avaliados;

• Legibilidade: o que cada critério mede ou representa deve ser compreensível para todos os envolvidos nos processo decisório;

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• Comparabilidade: a hierarquia de critérios estabelecida deve possibilitar, de forma legítima, a comparação de subgrupos de critérios;

Elaborou-se um questionário que abordasse todos os critérios listados acima com o intuito de levantar junto aos fornecedores as informações pertinentes ao processo de seleção de ferramenta de BI. Este questionário (Apêndice A), denominado RFI, foi elaborado em conjunto com o consultor especializado e aprovado pelo comitê gestor do processo.

Após a aprovação do questionário, este foi enviado aos fornecedores para o devido preenchimento das respostas. À medida que os fornecedores foram enviando os questionários respondidos, o consultor especializado em BI verificava a necessidade ou não de maiores esclarecimentos junto ao respectivo fornecedor. Caso fosse necessário, o consultor especializado entrava em contato com o fornecedor com o intuito de esclarecer as dúvidas apresentadas.

Apesar do interesse apresentado pelos fornecedores em suprir à empresa Wicz com todas as informações possíveis sobre as ferramentas de BI, existia um claro interesse em omitir ou não apresentar deficiências ou falhas inerentes a qualquer ferramenta, já que o processo de seleção resultará em um contrato de licenciamento e suporte com o fornecedor escolhido.

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pronto-atendimento de alguns fornecedores e delimitava possíveis atrasos com intuito de omissão por parte de outros fornecedores.

3.2 Tratamento dos Dados

O comitê responsável pelo processo de seleção da ferramenta de Business Intelligence determinou que a pontuação para cada item das respostas apresentadas pelos fornecedores na RFI será entre 0 e 1. Os itens serão julgados pelo comitê da seguinte forma:

Nota 0,00 (zero) quando o fornecedor não respondeu o item ou a empresa Wicz não conseguiu obter a informação;

Nota 0,25 quando a resposta do item for considerada abaixo do esperado pelo comitê responsável pelo processo;

Nota 0,50 quando a resposta do item for considerada dentro do esperado pelo comitê responsável pelo processo;

Nota 0,75 quando a resposta do item for considerada acima do esperado pelo comitê responsável pelo processo;

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Segue abaixo uma tabela com as notas de todas as ferramentas de BI para o critério 4 – Relatórios e Gráficos e sub-critério 4.1 – Funções, para exemplificar a forma de pontuação:

Critérios Ferramentas Oracle BI EE Cognos Business Objects Microstrategy Oracle Discoverer 4 - Relatórios e Gráficos 4.1 - Funções Visualização de query 0 0,5 0,5 0,5 0,5 Possibilidade de edição de query 0 1 1 1 0,5 Passagem de parâmetro 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Utilização como base de outro 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Utilização de mais de um fato 0 0 0,5 0,5 0,5 Adição de filtros e classificação 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Slice and dice 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Criação de alertas p/ condições 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Tipos de Funções 0,5 0,5 0,5 0,75 0,5

Tabela 7 – Notas do Critério 4 – Relatórios e Gráficos - Sub-Critério 4.1 – Funções

3.3 Atribuição dos Pesos

A técnica utilizada na atribuição de pesos foi Swing Weighting, pois pode ser utilizada em qualquer situação e apresenta um caráter intuitivo (CLEMEN e REILLY, 2001). Esta necessita de uma intensa interação com o decisor para a definição dos pesos, (CLEMEN e REILLY, 2001), propiciando um maior alinhamento entre o julgamento intuitivo do decisor e a ponderação sugerida pela técnica (DURBACH e STEWART, 2003).

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compreensão dos stakeholders clarificando o impacto da importância relativa dos pesos nos resultados (TRAINOR et al., 2007).

Como no processo de seleção da empresa Wicz foi definido um comitê responsável, este grupo de pessoas representa o decisor no contexto deste trabalho. Portanto, o consultor especializado em BI juntamente com o comitê responsável, figurando como decisor, atribuíram os pesos para todos os critérios e sub-critérios.

Primeiramente uma situação hipotética é definida como sendo a pior hipótese possível (benchmark), onde todos os critérios tenham a pior avaliação. Exemplificando para o critério 5 – Mineração de Dados, sub-critério 5.1 – Recursos e 5.2 – Assistentes, ficou definido como hipótese benchmark, o fato da ferramenta não apresentar assistentes e a inexistência de recursos (ambos sub-critérios).

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Portanto, a nota para benchmark foi definida como 0 e sua posição no ranking 3, o sub-critério 5.1 – Recursos ficou com nota 100 e posição 1 no ranking e o sub-critério 5.2 – Assistentes ficou com nota 85 e posição 2 no ranking, conforme tabela abaixo:

5 – Mineração de Dados Ranking Nota Peso Benchmark 3 0 0,0000

5.1 – Recursos 1 100 0,5405 5.2 – Assistentes 2 85 0,4595 Tabela 8 – Notas e Pesos do Sub-Critério 4.8 - Dashboards

O peso foi calculado com base na nota do sub-critério divido pela soma das notas de todos os sub-critérios, ou seja, o peso para o sub-critério 5.1 – Recursos foi calculado da seguinte forma: nota do sub-critério 5.1 – Recursos (100) divida pela soma das notas de todos os sub-critérios (100 + 85). E assim sucessivamente para todos os sub-critérios.

O comitê avaliou todos os sub-critérios conforme descrito anteriormente e os resultados são apresentados nas tabelas de 9 a 19.

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso

1 - Plataforma Benchmark 5 0 0 1.1 - Suportada 1 100 0,377358 1.2 - Aconselhada 3 45 0,169811 1.3 - Mínima 4 30 0,113208 1.4 - Ideal 2 90 0,339623

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Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 2 - Características Básicas Benchmark 6 0 0 2.1 - Suporte Técnico 2 95 0,253333 2.2 - Arquitetura 1 100 0,266667 2.3 - Novas Versões 3 90 0,24 2.4 - Funcionalidades 5 40 0,106667 2.5 - Formas de Acesso 4 50 0,133333

Tabela 10 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 2 – Características Básicas

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 3 - Funcionalidades Web Benchmark 6 0 0 3.1 - Funções 4 40 0,131148 3.2 - Fórum 1 100 0,327869 3.3 - Browsers 3 50 0,163934 3.4 - Help On-line 2 80 0,262295 3.5 - Idiomas 5 35 0,114754

Tabela 11 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 3 – Funcionalidades Web

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 4 - Relatórios e Gráficos Benchmark 9 0 0 4.1 - Funções 8 30 0,057143 4.2 - Assistentes 3 80 0,152381 4.3 - Tipos de Gráficos 2 95 0,180952 4.4 - Agendamento Relatório 5 65 0,12381 4.5 - Fontes Externas 7 40 0,07619 4.6 - Templates 6 45 0,085714 4.7 - Grupos Customizados 4 70 0,133333 4.8 - Dashboards 1 100 0,190476

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Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 5 - Mineração de dados

Benchmark 3 0 0 5.1 - Recurso 1 100 0,540541 5.2 - Assistentes 2 85 0,459459

Tabela 13 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 5 – Mineração de Dados

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 6 - Simulação de Cenários

Benchmark 4 0 0 6.1 - Simulação - What If 1 100 0,444444 6.2 - Projeção de Relatório 3 55 0,244444 6.3 - Análises de Tendência 2 70 0,311111

Tabela 14 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 6 – Simulação de Cenários

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 7 - Política de segurança

Benchmark 3 0 0 7.1 - Criação de Níveis 1 100 0,571429 7.2 - Permissão de Acesso a Objetos 2 75 0,428571

Tabela 15 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 7 – Política de Segurança

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 8 - Capacity Planning

Benchmark 4 0 0 8.1 - Capacidade 3 50 0,204082 8.2 - Performance 2 95 0,387755 8.3 - Servidores em Cluster 1 100 0,408163

Tabela 16 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 8 – Capacity Planning

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 9 - Plano de Recovery

Benchmark 3 0 0 9.1 - Banco de Dados 2 60 0,375 9.2 – Metadados 1 100 0,625

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Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 10 - Ferramentas de Planejamento

Benchmark 3 0 0 10.1 - Ferramentas Integradas 2 90 0,473684 10.2 - Nível de integração 1 100 0,526316 Tabela 18 – Notas e Pesos dos Critérios e Sub-Critérios: 10 – Ferramentas de Planejamento

Critérios Ranking Nota Peso Benchmark 11 0 0,000000 1 - Plataforma 4 88 0,116248 2 - Características Básicas 10 40 0,052840 3 - Funcionalidades Web 7 65 0,085865 4 - Relatórios e Gráficos 6 75 0,099075 5 - Mineração de Dados 3 95 0,125495 6 - Simulação de Cenários 2 99 0,130779 7 - Política de Segurança 9 55 0,072655 8 - Capacity Planning 5 80 0,105680 9 - Plano de Recovery 8 60 0,079260 10 - Ferramentas de Planejamento 1 100 0,132100

Tabela 19 – Notas e Pesos de Todos os Critérios

3.4 Aplicação do Método

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A tabela 20 apresenta as notas de todos os fornecedores para o critério 6 – Simulação de Cenários e os seus sub-critérios. A tabela 21 apresenta os pesos de cada sub-critério do mesmo critério 6 – Simulação de Cenários.

Critérios e Sub-Critérios Ferramentas 6 - Simulação de Cenários Oracle BI EE Cognos Business

Objects Microstrategy Oracle Discoverer 6.1 - Simulação - What If 0,25 0,5 0,5 0,5 0,5 6.2 - Projeção de relatório 0,25 0,5 0,5 0,5 0,5 6.3 - Análises de Tendência 0,25 0,5 0,5 0,75 0,25

Tabela 20 – Notas do Critério 6 – Simulação de Cenários

Critérios e Sub-Critérios Ranking Nota Peso 6 - Simulação de Cenários

Benchmark 4 0 0 6.1 - Simulação - What If 1 100 0,444444 6.2 - Projeção de Relatório 3 55 0,244444 6.3 - Análises de Tendência 2 70 0,311111

Tabela 21 – Pesos dos Sub-Critérios do Critério 6 – Simulação de Cenários

O cálculo da nota final do critério 6 – Simulação de Cenários é realizado multiplicando o peso de cada sub-critério pela respectiva nota, posteriormente é feita a soma destas multiplicações obtendo-se a nota final do critério.

(59)

A tabela abaixo apresenta os resultados deste cálculo para todos os fornecedores no critério 6 – Simulação de Cenários:

Critérios e Sub-Critérios

Ferramentas Oracle BI EE Cognos Business

Objects Microstrategy

Oracle Discoverer 6 - Simulação de Cenários 0,25 0,5 0,5 0,57778 0,42222

Tabela 22 – Nota de Todos os Fornecedores para o Critério 6 – Simulação de Cenários

Estes cálculos são realizados em todos os sub-critérios para todos os fornecedores, a nota calculada de um sub-critério vira a nota do critério deste sub-critério e posteriormente é re-calculada ponderando os pesos. A tabela 23 apresenta as notas calculadas a partir dos sub-critérios de cada critério para todos os fornecedores.

Critérios Oracle BI EE Cognos Business

Objects Microstrategy Oracle Discoverer 1 - Plataforma 0,193716 0,265239 0,449693 0,516419 0,314394 2 - Características Básicas 0,433333 0,566667 0,566667 0,663333 0,446667 3 - Funcionalidades Web 0,314549 0,520492 0,586066 0,423156 0,480533 4 - Relatórios e Gráficos 0,320930 1,095452 0,488237 0,467129 0,482468 5 - Mineração de Dados 0,270270 0,405405 0,250000 0,405405 0,270270 6 - Simulação de Cenários 0,250000 0,500000 0,500000 0,577778 0,422222 7 - Política de Segurança 0,500000 0,500000 0,500000 0,750000 0,500000 8 - Capacity Planning 0,392589 0,295650 0,545918 0,486842 0,341568 9 - Plano de Recovery 0,133547 0,453259 0,367788 0,590144 0,609509 10 - Ferramentas de Planejamento 0,631579 0,750000 0,618421 0,618421 0,368421

Tabela 23 – Notas Calculadas a partir dos Sub-Critérios de Todos os Fornecedores

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Cognos obteve 0,265239 no critério 1 – Plataforma, sua nota final é calculada multiplicando este valor por 0,116248 (peso do critério), o que pontua este fornecedor com 0,030834 neste critério (0,265239 * 0,116248).

Critérios Pesos Oracle BI EE Cognos Business

Objects Microstrategy Oracle Discoverer 1 - Plataforma 0,116248 0,022519 0,030834 0,052276 0,060033 0,036548 2 - Características Básicas 0,052840 0,022897 0,029943 0,029943 0,035051 0,023602 3 - Funcionalidades Web 0,085865 0,027009 0,044692 0,050323 0,036334 0,041261 4 - Relatórios e Gráficos 0,099075 0,031796 0,108532 0,048372 0,046281 0,047801 5 - Mineração de dados 0,125495 0,033918 0,050877 0,031374 0,050877 0,033918 6 - Simulação de Cenários 0,130779 0,032695 0,065390 0,065390 0,075561 0,055218 7 - Política de segurança 0,072655 0,036328 0,036328 0,036328 0,054491 0,036328 8 - Capacity Planning 0,105680 0,041489 0,031244 0,057693 0,051450 0,036097 9 - Plano de Recovery 0,079260 0,010585 0,035925 0,029151 0,046775 0,048310 10 - Ferramentas de Planejamento 0,132100 0,083432 0,099075 0,081694 0,081694 0,048669 Total % 34,27% 53,28% 48,25% 53,85% 40,77%

Tabela 24 – Notas Finais de Todos os Fornecedores por Critério

A figura abaixo ilustra graficamente o posicionamento das três melhores ferramentas de BI analisadas (MicroStrategy, Cognos e Business Objects) sob todas as dez perspectivas consideradas em todo o processo de seleção.

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Plataforma Características Básicas Funcionalidades Web Relatórios e Gráficos M ineração de Dados Simulação de Cenários Política de Segurança Capacity Planning Plano de Recovery Ferramentas Planejamento Cognos Business Objects M icrostrategy

Figura 2 – Gráfico das Três Melhores Ferramentas Analisadas Sob Todas as Perspectivas

A MicroStrategy foi a mais consistente em todos os critérios de maneira geral, esteve em primeiro lugar em 5 dos 10 critérios avaliados, ou seja, manteve-se na liderança em metade dos critérios e nos demais esteve sempre próximo aos concorrentes, justificando o primeiro lugar geral no processo de seleção.

Referências

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