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ANÁLISE DOS GASTOS COM SAÚDE NOS MUNICÍPIOS DA COMCAM

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ANÁLISE DOS GASTOS COM SAÚDE NOS MUNICÍPIOS DA COMCAM

Bruna IzabelaDemarchi, (G), UNESPAR/FECILCAM, bruna_demarchi@sicredi.com.br Rosely Cordeiro Ramos, (G), UNESPAR/FECILCAM, roselycr@homtail.com Jorge Leandro Delconte Ferreira, (OR), UNESPAR/FECILCAM, jorge.leandro.professor@gmail.com

INTRODUÇÃO

O Brasil oferece um dos maiores Sistema de Saúde do mundo, o SUS. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. (BRASIL, 2013, online). Este sistema foi criado com objetivo de promover a saúde, mas se contradiz com o artigo 196 da Constituição Federal e com a Lei nº 8.080/90. Isso ocorre devido às políticas públicas de saúde.

Conforme a Lei Complementar nº 141/12 e a Lei nº 8.142/90, o gestor tem o dever de prestar contas de todos os recursos do Sistema Único de Saúde, a população tem o direito de acompanhar a aplicação desses recursos através das audiências públicas quadrimestrais.

Embora pareça que os recursos financeiros destinados à saúde são insuficientes, é necessário criar políticas justas de saúde que trabalhem realmente a prevenção de saúde e promoção de doenças e que esses resultados sejam acompanhados por profissionais que acreditem nessa política do SUS. O ponto crucial, nesse sentido, não parece ser gastar mais, e sim gastar melhor os recursos disponíveis para a saúde pública, e é essa a hipótese que sustenta o presente trabalho: gastar recursos de saúde pública de maneira mais planejada e orientada à prevenção possibilita resultados mais satisfatórios (mesmo que com menos recursos).

Diante do exposto, pretendemos investigar, como problema de pesquisa, a seguinte questão: será que os Municípios da Região da COMCAM1 que obtiveram melhores resultados em seus indicadores de saúde nos anos de 2009 e de 2010 gastaram mais recursos financeiros do que aqueles que não conseguiram um bom desempenho? Dessa forma, será possível analisar a qualidade da saúde com os gastos realizados nos Municípios da Região da COMCAM, Estado do Paraná, no período analisado.

Este trabalho contém 5 seções, incluindo esta introdução. Na próxima seção fizemos uma revisão de literatura visando formar uma base contextual. A terceira seção apresenta uma descrição da metodologia utilizada no desenvolvimento da pesquisa. Na seção 4 apresentamos os gráficos e a

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análise dos dados e na última seção constam as considerações finais em relação aos resultados da pesquisa.

REVISÃO DE LITERATURA

Sistema Único de Saúde

Com a promulgação da Constituição Federal, o povo brasileiro conseguiu com grande esforço e participação da população a criação do Sistema Único de Saúde, o qual tornou o acesso gratuito à saúde. Até esse momento o atendimento era dividido em três categorias: os que podiam pagar por serviços de saúde privados, os que tinham direito a saúde pública por serem segurados pela previdência social (trabalhadores com carteira assinada) e os que não possuíam direito algum. A implantação do SUS tornou o sistema unificado, pois antes de 1988 a saúde era responsabilidade de vários ministérios e então passou a ser administrada por União, Estados e Municípios.

O SUS é um sistema que garante conforme o estabelecido na Constituição Federal de 1988, que "A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de risco de doenças e agravos e ao acesso universal e igualitário, as ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação". (BRASIL, 1988, online).

Para compreender a lógica e o caráter abrangente e inovador do Sistema Único de Saúde, expresso na definição acima é fundamental entender os conceitos de promoção, proteção e recuperação da saúde.

Promoção da Saúde: ações voltadas a evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e determinantes de doenças, a exemplo dos programas de educação em saúde que se propõem a ensinar a população a cuidar de sua saúde.

Proteção à Saúde: oferta de condições favoráveis, identificando possíveis riscos em que a sociedade ou determinados grupos sociais estão expostos.

Recuperação da Saúde: são ações que envolvem desde o diagnóstico até o tratamento de doenças, acidentes e danos de toda natureza, isso inclui todos os atendimentos feitos tantos ambulatorial como hospitalar.

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Origem e Responsabilidades pelo Financiamento do SUS

A Constituição Federal determina em seu artigo 198, que o financiamento do sistema único de saúde deve ser feito de maneira hierarquizada, organizada e regionalizada, atendendo as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (BRASIL, 1988).

Conforme a legislação vigente (BRASIL, 2012), a base de cálculo para que os Estados apliquem no mínimo 12% para financiar as ações de saúde é composta por tributos (ITCMD, ICMS, IPVA e IRRF) e por repasses da União (Fundo de Participação dos Estados, Cota-parte do IPI Exportação e Compensações Financeiras de Impostos e Transferências). No caso dos Municípios, a base de cálculo é composta por tributos (IPTU, ITBI, ISS, IRRF, ITR), por repasses dos Estados (Cotas-parte de IPVA e ICMS) e repasses da União (Cotas-parte de ITR e IPI Exportação, Fundo de Participação dos municípios e Compensações Financeiras de Impostos e Transferências).

Com a participação apenas da União e dos Estados no financiamento da saúde pública, não seria possível atender a todos respeitando os Princípios Constitucionais do SUS (Universalidade, Integralidade, Equidade, Descentralização e Participação Social). Por isso, Municípios e Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) da arrecadação dos impostos (BRASIL, 2012)

Outra forma de financiamento do Sistema Único de Saúde é o repasse Fundo a Fundo. Tal repasse pode ser entendido como:

Transferência (regular e automática) de valores, diretamente do Fundo Nacional de Saúde – FNS para Estados e Municípios, independentemente de convênios ou instrumentos similares. Destina-se ao financiamento dos programas do SUS e abrange recursos para procedimentos de Média e Alta Complexidade, para a Atenção Básica e para ações estratégicas. (BRASIL, 2013, online).

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Controle Social dos Gastos Públicos

Com a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, foram estabelecidos prazos e metas a serem cumpridas pelo gestor fazendo com que os administradores desenvolvessem um controle dos gastos públicos, relacionados ao planejamento, a execução orçamentária, equilíbrio das contas públicas e transparência dos gastos dos recursos públicos. De acordo com tal Lei:

A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, Lei de Diretrizes Orçamentárias e orçamentos (BRASIL, 2000, online).

A Lei 8.142/90 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS e estabelece a criação dos Conselhos Municipais de Saúde que deverão colaborar na elaboração dos instrumentos de gestão da saúde, acompanhar a execução das ações planejadas e fiscalizar todos os recursos aplicados em saúde, tanto os recursos próprios como os recebidos Fundo a Fundo.

O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo (BRASIL, 1990, online).

É de suma importância para a população que sejam feitas prestações de contas sobre as receitas e despesas, mas a população precisa participar das audiências públicas de forma espontânea. Isso está sendo feito através dos Conselhos Municipais de Saúde, mas é necessário que a população se conscientize e participe dessas audiências.

Indicadores de Saúde

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Os principais indicadores de saúde são:

- Cobertura da ESF: mostra o percentual da população que está recebendo assistência pela Estratégia Saúde da Família.

- Média de Consultas Médicas: determina a proporção de consultas realizadas por habitante/ano.

- Taxa de Mortalidade Geral: através dela podemos analisar quais as causas mais frequentes de óbitos.

- Taxa de Morbidade Hospitalar: mostra do que as pessoas mais adoecem e são internadas. - Cobertura Vacinal: é o controle das doenças transmissíveis que podem ser prevenidas mediante imunizações.

Quando falamos em indicadores envolvemos tudo o que se relaciona a saúde, pois é através deles que conseguiremos avaliar se o processo de atendimento ao usuário está sendo eficaz, se realmente está sendo resolutivo ou se é preciso reorganizar as ações e serviços prestados para que o objetivo proposto seja alcançado.

METODOLOGIA

A metodologia é uma etapa específica que procede de uma posição teórica para a seleção de técnicas concretas de investigação. Ela depende dos postulados que o investigador acredita serem válidos, já que a ação metodológica será a sua ferramenta para analisar a realidade estudada.

O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. (MARCONI, LAKATOS, 2007, p. 83). A metodologia de pesquisa é importante porque fundamenta como será organizada a elaboração do projeto, tendo como função principal à extração de dados para que se alcance o objetivo desejado.

Esta pesquisa se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, pois este tipo de analise permite que seja feito um estudo mais aprofundado, que do ponto de vista de Richardson (1999) tem sua maior diferença da pesquisa quantitativa quanto a não utilização de elementos estáticos como base do processo de análise do problema.

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No caso específico desta pesquisa, podemos classificá-la como descritiva porque analisamos os relatórios e índices que ficam alocados em banco de dados de sites do governo.

É uma pesquisa documental, visto que utilizamos dados de sites oficiais, analisando os índices dos indicadores de saúde e a porcentagem dos gastos com saúde em cada município da região da COMCAM nos anos de 2009 e 2010. Beuren (2009, p. 89) explica que a pesquisa documental pode ser usada para:

[...] integrar o rol de pesquisas utilizadas em um mesmo estudo ou caracterizar – se como o único delineamento utilizado para tal. Sua notabilidade é justificada no momento em que se podem organizar informações que se encontram dispersas, conferindo – lhe uma nova importância como fonte de consulta.

Realizamos a pesquisa nos municípios da COMCAM nos anos de 2009 e 2010 com alguns indicadores de saúde como: Taxa de Cobertura Vacinal, Taxa de Morbidade Hospitalar, Média de Consulta Médica, Taxa de Cobertura da ESF e Taxa de Mortalidade Geral. Os dados foram coletados através de consulta à página eletrônica do portal do DATASUS e SIOPS e analisada por meio da correlação entre gasto e indicadores por município. A escolha dos anos de 2009 e 2010 contém alguma defasagem, dado que estamos no ano de 2013. No entanto, isso foi necessário, porque é comum que os dados sejam repassados pelos municípios às regionais de saúde com algum atraso. Além disso, também convém destacar que não raro ocorrem revisões e correções de informações enviadas, o que faz com que os dados de anos mais recentes, como 2011 e 2012, ainda não sejam os dados finais.

Construímos um modelo que permite classificar cada município em relação à qualidade dos serviços prestados, sendo que os mesmos foram medidos pelos indicadores supracitados e a qualidade dos gastos realizados.

Após a fase de coleta de dados, construímos planilhas de forma a compor um ranking para cada indicador, do 25º ao 1º lugar para os municípios, convertendo em seguida a classificação em nota de cada município. A seguir, calculamos o desvio padrão do conjunto das notas de cada município (quanto maior a variação da nota, maior o desvio patrão). A nota final foi calculada como sendo a soma das notas individuais menos duas vezes o desvio padrão (o que serviu para relativizar a posição de municípios que apresentassem elevada disparidade dos indicadores investigados). O valor resultante desde cálculo foi multiplicado por 10, para que pudéssemos colocar os dois valores em um mesmo gráfico, ou seja, reais gastos e nota da qualidade da saúde expressa pelos indicadores.

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Coletamos informações dos municípios da COMCAM nos anos de 2009 e 2010 dos sites oficiais do governo conforme descrito na metodologia. Após a coleta desses dados elaboramos planilhas, construímos um ranking para cada indicador classificando do 1º ao 25º lugar e calculamos o desvio padrão do conjunto das notas, dessa forma construímos três gráficos. O primeiro e o segundo demonstram os gastos per capita e o desempenho de cada município em seus indicadores de saúde em 2009 e 2010, respectivamente. O outro apresenta a variação ocorrida de 2009 para 2010 tanto nos gastos per capita quanto no desempenho dos indicadores de saúde. A seguir, apresentamos os gráficos, bem como as respectivas análises.

Gráfico 01: Gastos per capita e resultado dos indicadores de saúde dos Municípios da COMCAM em 2009.

Fonte: Dados da pesquisa

O gráfico 01 foi elaborado através de informações adquiridas após a coleta de dados e planilhas de classificação dos resultados dos indicadores de saúde e do gasto per capita dos municípios da COMCAM no ano de 2009

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Os três menores resultados foram dos municípios de Moreira Sales, Roncador e Corumbataí do Sul respectivamente. Moreira Sales além da menor nota de 241 também teve o menor gasto R$ 241,41/hab. O município de Roncador teve um gasto de R$ 304,15, comparado médio, mas não apresentou qualidade no seu desempenho. O município de Corumbataí do Sul, além de apresentar alto custo – R$ 438,47 – também não apresentou qualidade em seus gastos.

No que concerne aos gastos acima de R$ 400,00/hab., elegemos cinco municípios – Rancho Alegre d’Oeste, Farol, Altamira do Paraná, Corumbataí do Sul e Campo Mourão. Destes, Rancho Alegre d’Oeste obteve um resultado médio com um alto gasto, porém o que deve ser levado em consideração neste resultado é que dos cinco municípios com os maiores gastos três ficaram entre os municípios que menos tiveram retorno da qualidade de seu investimento, sendo eles Farol (390), Corumbataí do Sul (283) e Campo Mourão (446).

Peabiru, Campina da Lagoa, Nova Cantu, Ubiratã, Moreira Sales, Araruna, Engenheiro Beltrão e Goioerê foram os municípios que menos gastaram com saúde na região, porém temos que destacar o município de Altamira do Paraná que na classificação final obteve um dos melhores resultados. Vale ressaltar também que entre os oito municípios citados, cinco deles (Peabiru, Nova Cantu, Ubiratã, Moreira Sales e Goioerê) também se classificaram entre os piores resultados, gastando pouco e com má qualidade.

No que diz respeito aos resultados do gráfico 2, que evidencia os resultados e o valor per capita gasto para o ano de 2010, nota-se que os municípios que mais se destacaram positivamente não foram os que mais gastaram, sendo estes Barbosa Ferraz com resultado de 754 e gasto de R$ 374,16, seguido pelo município de Engenheiro Beltrão com resultado de 727 e gasto de R$ 348,71, e Campina da Lagoa com resultado de 634 e gasto de R$ 292,59.

Gráfico 02: Gastos per capita e resultado dos indicadores de saúde dos Municípios da COMCAM em 2010.

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Os menores resultados foram alcançados pelos municípios de Moreira Sales, Janiópolis e Boa Esperança respectivamente. Seus resultados comparados com os gastos por habitante aumentaram consideravelmente, passando de R$ 265,62 para R$ 470,64.

Fazendo a análise em relação aos gastos, observamos que o município de Rancho Alegre d’Oeste (R$ 606,27) gastou cerca de quatro vezes mais que o ultimo colocado, o município de Roncador (R$ 156,50), entretanto referente às notas o município de Roncador obteve melhor colocação em relação a Rancho Alegre d’Oeste. Seguidos de Rancho Alegre d’Oeste ficaram Altamira do Paraná, Farol, Campo Mourão e Boa Esperança, nota-se que entre eles não houve destaque em relação a resultado, sendo este resultado o inverso do obtido se fazermos as análises dos menores gastos.

Dentre os municípios que menos gastaram, Araruna e Peabiru demonstraram uma boa qualidade em seus gastos, obtendo notas consideravelmente altas comparadas com todos outros.

Se fizermos uma analise comparativa com os resultados obtidos nos anos de 2009 e 2010, observamos uma grande melhora na qualidade dos gastos, com mais municípios obtendo melhores resultados e menores gastos se comparados entre eles em cada ano.

Os resultados também nos mostram uma queda nos resultados obtidos entre os anos, pois no ano de 2009 o município com o melhor resultado foi Engenheiro Beltrão com 932 e já no ano de 2010 a maior nota entre as cidades foi a de Barbosa Ferraz que foi 754.

Gráfico 03: Variação no gasto per capita e no resultado dos indicadores de saúde na COMCAM entre 2009 e 2010

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Para analisar o gráfico 3, utilizamos as variações que cada município obteve em relação aos gastos e também ao resultado nos anos de 2009 e 2010.

Os três municípios com as melhores variações nos resultados foram Roncador, Barbosa Ferraz e Goioerê. Com relação às duas variáveis o município de Boa Esperança apresentou a maior disparidade entre ambas, com a variação de resultado de -488,23 e variação de gasto de R$ 88,26. A cidade de Nova Cantu ostentou a menor variação resultado/gasto, com valores respectivos de 36,10 e R$ 22,16.

O município de Roncador obteve uma variação de resultado alta (291,51) e uma diminuição expressiva na variante de gastos (-R$ 147,66), sendo o único município a reduzir os gastos por habitante do ano de 2009 para o ano de 2010.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como propósito, a verificação dos investimentos e gastos dos recursos destinados a saúde pública através da análise de indicadores que serviram para medir o desempenho de cada município da região da COMCAM nos anos de 2009 e 2010.

Nos resultados obtidos através desta análise é possível afirmar que não é preciso gastar mais para ter melhores resultados, e sim gastar com qualidade. Isso fica muito claro no Gráfico 3, no qual analisamos duas variantes: os gastos per capita e desempenho dos indicadores de saúde. Analisando de um ano para outro podemos observar que alguns municípios conseguiram melhorar os resultados gastando menos, enquanto outros mesmo aumentando os gastos tiveram uma queda no desempenho dos indicadores.

Conseguimos notar que alguns municípios não obtiveram disparidades em relação aos resultados e aos gastos no setor da saúde pública. Além de um baixo investimento neste setor, eles demonstram de certa maneira baixo interesse no desenvolvimento da saúde no município.

Ao fazer uma comparação entre os resultados dos dois anos, podemos perceber uma melhora na quantidade de municípios que conseguiram aumento em seus resultados de desempenho, porém há uma oscilação entre os municípios que conseguem se destacar de um ano para outro tanto na nota do desempenho quanto no gasto per capita.

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gastos é essencial para a saúde pública, pois sem planejamento para a aplicação dos recursos financeiros, esses se tornam insuficientes.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Disponível em: <http://goo.gl/dxu8VF> Acesso 25 julho 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Disponível em: <http://goo.gl/ylEjjR> Acesso 25 julho 2013.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Disponível em: <http://goo.gl/0E0hB>. Acesso em: 13 abril 2013.

BRASIL, Ministério da Saúde. Transparência. Disponível em:<http://goo.gl/g1zry>. Acesso em: 13 abril 2013.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 13 abril 2013.

BRASIL. Presidência da Republica. Lei Complementar nº 141, de 13 de Janeiro de 2012. Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde. Disponível em: <http://goo.gl/iTCRI>. Acesso em: 10 maio 2013.

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