Ficha Técnica
Proprietário: Governo Provincial de Sofala
Editor: Governo Provincial de Sofala
Líder da Equipa: Carvalho Muária - Substituto Legal do Governador da Província
Chefe Provincial de Coordenação: Elisa Arissone Somane - Secretária Permanente
Vice-chefe Provincial de Coordenação: Abílio Feliciano Sigaúque - Director Provincial do Plano e Finanças
Membros do Gabinete Provincial de Coordenação
José Ferreira - Director Provincial de Industria e Comércio Ilda Tembe - Directora Provincial de Justiça
José Diquissone Tole - Director Provincial da Mulher e Acção Social Alves Cangana - Director Provincial de Educação e Cultura Marcelo Amaro - irector Provincial de Obras Públicas e Habitação Miguel Coimbra - Director Provincial de Agricultura
Ermelinda Maquenze - Directora Provincial da Acção Ambiental
Assessor António Matavel -GTZ- Programa de Descentralização
Chefe da Equipa Técnica: Raimundo da Costa Naete- Director - Adjunto do Plano e Finanças
Chefe - Adjunto da Equipa Técnica: Beto Cordeiro - Delegado INE
Chefe-Adjunta da Equipa Técnica Fátima Julião dos Santos Batalhão – Directora Provincial Adjunta da DPEC
Membros da Equipa Técnica: João Joaquim Tembo (DPPF) Nádia Khan Abdula (DPPF) Tânia Carolina Silva (Pescas) Luís Jaime Daipa (DPPF) Casimiro Tique (DPCA) Santos Francisco Júnior (INE) Marisa Miguel (GG)
Mónica Vicente Barbeiro (DPRME) Aluísio Pio (DPS)
Glória Siaca (DPMAS) Flora Dunguza (DPOPH) António Chindia (PRM)
Santos António dos Santos (Secretaria Provincial) Emiliano Bento (CPI)
Zacarias Eduardo (DPPF) Afonso Macaele (DPT Relvina Jasso ( DPA)
Rui Manuel (Gabinete do Governador) Armando Gastão (DPIC)
Jó Sandramo (SP) António King (DPPF) Sidónio Pondeca (DPPF)
Maquetização e aranjos gráficos Lucrécio Estróleo Uasseda (CPRD - Sofala)
Concepção e Desenho de Capa Bruno Alison de Oliveira (CPRD – Sofala)
Selecção de Imagens e Fografias Jaime Chicamisse (DPCT) Celina Cândido (GG)
Secretariado: Sónia Diogo Cassocera (DPPF) Soraya Mamade (DPPF)
Lista de Tabelas
T
ABELA1
-
S
UPERFÍCIE DAP
ROVÍNCIA DES
OFALA...3
T
ABELA2:
R
EPRESENTAÇÃO DOSP
ARTIDOSP
OLITÍCOS...6
T
ABELA3:
A
RTARQUIAS DAP
ROVÍNCIA...6
T
ABELA4-
P
REVALÊNCIA EI
NCIDÊNCIA DAP
OBREZA PORD
ISTRITO...12
T
ABELA5:
P
OBREZA ED
ESIGULDADE NA ÓPTICA DO CONSUMIDOR...13
T
ABELA6:
D
ENSIDADED
EMOGRÁFICA DAP
ROVÍNCIA,
PORD
ISTRITO...15
T
ABELA7:
H
ABITAÇÃO PORA
GREGADO...16
T
ABELA8:
D
EMARCAÇÃO DET
ALHÕES...17
T
ABELA9:
R
EDEE
SCOLAR...17
T
ABELA10:
E
FECTIVOE
SCOLAR-E
NSINOP
ÚBLICO...18
T
ABELA11:
E
FECTIVOE
SCOLARES-
E
NSINOP
ARTICULAR...18
T
ABELA12:
T
AXAB
RUTAS DEA
DMISSÃO EE
SCOLAZAÇÃO...18
T
ABELA13:
T
AXAB
RUTA DEA
DMISSÃO EE
SCOLARIZAÇÃO...19
T
ABELA14:
D
ESEMPENHO NAF
ORMAÇÃO...19
T
ABELA15:
A
SSOCIAÇÕES EG
RUPOSC
ULTURAIS...20
T
ABELA16:
E
VOLUÇÃO DASA
SSOCIACÕESJ
UVENIS...22
T
ABELA17:
P
ROJECTOSA
PROVADOS EF
INANCIADOS NOÂ
MBITO DOFAIJ ...22
T
ABELA18:
C
ICLO DEE
STUDOS...23
T
ABELA19:
F
ORMAÇÃO PARAA
UTO-
E
MPREGO EG
ERAÇÃO DER
ENDIMENTO...23
T
ABELA20:
M
OVIMENTOD
ESPORTO...24
T
ABELA21:
E
VOLUÇÃO DOSI
NDICADORES DOE
STADO DES
AÚDE DAP
OPULAÇÃO(%) ...25
T
ABELA22:
P
ERFILE
PIDEMIOLÓGICO DAP
ROVÍNCIA...26
T
ABELA23:
E
VOLUÇÃO DAR
EDES
ANITÁRIA...27
T
ABELA24:
M
ULHERESA
SSISTIDAS...29
T
ABELA25:
C
RIANÇAS EMS
ITUAÇÃO DIFÍCIL ASSISTIDAS...30
T
ABELA26:
C
RIANÇAS ASSISTIDAS EMR
EUNIFICAÇÃO FAMILIAR...30
T
ABELA27:
C
RIANÇASI
NTEGRADAS NOE
NSINOP
RÉ-E
SCOLAR...30
T
ABELA28:
A
TENDIMENTO AP
ESSOALI
DOSA... 31
T
ABELA29:
P
ROMOÇÃO DEP
ESSOASP
ORTADORAS DED
EFICIÊNCIA...31
T
ABELA30:
A
POIOS
OCIALD
IRECTO...32
T
ABELA31:
S
UBSÍDIO DEA
LIMENTOS...32
T
ABELA32:
G
ERAÇÃO DER
ENDIMENTOS...32
T
ABELA33:
A
SSISTÊNCIAS
OCIAL...35
T
ABELA34:
P
ATRIMÓNIO DEL
UTA DE LIBERTAÇÃO DOP
AÍS...35
T
ABELA35:
A
BASTECIMENTO DEÁ
GUAR
URAL...36
T
ABELA36:
A
BASTECIMENTO DEÁ
GUAU
RBANA...36
T
ABELA37:
S
ANEAMENTOR
URAL...36
T
ABELA38:
E
VOLUÇÃO DAP
RODUÇÃOG
LOBAL ...38
T
ABELA39:
E
VOLUÇÃO DOO
RÇAMENTO DAD
ESPESAA
LOCADA AP
ROVÍNCIA...38
T
ABELA40:
O
RÇAMENTO DAD
ESPESAA
LOCADA AG
RANDESS
ECTORES...39
T
ABELA41:
O
RÇAMENTO DA DESPESAA
LOCADA AOSS
ECTORESP
ROVINCIAIS...39
T
ABELA42:
O
RÇAMENTO DAD
ESPESAA
LOCADA AOSG
OVERNOSD
ISTRITAISS...39
T
ABELA43:
O
RÇAMENTOA
LOCADO ASA
UTARQUIAS...39
T
ABELA44:
R
ELAÇÃO ENTRE E AR
ECEITA COBRADA E AP
RODUÇÃO...40
T
ABELA45:
R
ECEITAP
REVISTA EC
OBRADA...40
T
ABELA46:
O
SI
MPOSTOS QUE MAIS CONTRIBUEM NA ARRECADAÇÃO DER
ECEITAS...41
T
ABELA47:
O
RIGEM DOI
NVESTIMENTOD
IRECTOE
STRANGEIRO...42
T
ABELA58:
C
APTURA DAP
ESCAI
NDUSTRIAL... 50
T
ABELA59:
C
APTURAS DAP
ESCAS
EMI-I
NDUSTRIAL...50
T
ABELA60:
C
APTURAS DAP
ESCAA
RTESANAL...51
T
ABELA61:
E
XPORTAÇÃO PORT
IPO DEP
RODUTO...51
T
ABELA62:
I
MPORTAÇÃO POR TIPO DEP
RODUTO...52
T
ABELA63:
D
IAGÓSTICO DAP
ESCA...52
T
ABELA64:
P
RODUÇÃO DER
ECURSOSM
INERAIS...54
T
ABELA65:
R
EDEE
LÉCTRICA...55
T
ABELA66:
P
ARQUE DOSP
OSTOS DE BOMBAS DEA
BSTECIMENTO DEC
OMBUTÍSVEIS...55
T
ABELA67:
P
RODUÇÃOI
NDUSTRIAL...56
T
ABELA68:
C
ADRASTROI
NDUSTRIAL...57
T
ABELA69:
E
VOLUÇÃO DAR
EDEC
OMERCIALF
ORMAL...58
T
ABELA70:
E
XPORTAÇÕES...58
T
ABELA71:
E
STRADAS EP
ONTES...61
T
ABELA72:
G
ESTÃO DER
ECURSOSH
IDRÍCOS...62
T
ABELA73:
P
RODUÇÃOF
INANCEIRA DOS
ECTOR...62
T
ABELA74:
F
ROTAD
ISPONIBILIZADA POR CADAD
ISTRITO DAP
ROVÍNCIA DES
OFALA...63
T
ABELA75;
N
ÚMERO DEP
ASSAGEIROST
RANSPORTADOS...63
T
ABELA76:
C
ARGAT
RANSPORTADA...64
T
ABELA77:
T
ENDÊNCIA DEC
RESCIMENTO DO SECTOR DOT
URISMO/
H
OTELARIA...66
T
ABELA78:
M
OVIMENTO DEV
ISITANTES...66
T
ABELA79:
P
ROMOÇÃO DEE
MPREGO EF
ORMAÇÃOP
ROFISSIONAL...67
T
ABELA80:
S
EGURANÇAS
OCIAL...68
T
ABELA81:
R
ELAÇÕESP
ROFISSIONAIS...68
T
ABELA82:
E
VOLUÇÃO DOSF
UNCIONÁRIOS NASC
ARREIRASP
ROFISSIONAIS...70
T
ABELA83:
F
UNCIONÁRIOSP
ÚBLICOS...70
T
ABELA84:
C
ESSAÇÃO DAR
ELAÇÃO DET
RABALHO...70
T
ABELA85:
F
ORMAÇÃO NOIFAPA ...71
T
ABELA86:
T
ENDÊNCIA DAJ
USTIÇA EL
EGALIDADE...72
T
ABELA87:
D
ESEMPENHO DOT.J.P.S...72
T
ABELA88:
E
XPOSIÇÃO EA
UDIÊNCIAS...72
T
ABELA89:
M
OVIMENTOP
ROCESSUAL...73
T
ABELA90:
M
OVIMENTOR
ECLUSÓRIO...73
T
ABELA91:
N
ÚMERO DEA
CTOSP
RATICADOS...73
T
ABELA92:
I
NSTÍTUTO DEP
ATROCÍNIO EA
SSISTÊNCIAJ
URÍDICA...73
T
ABELA93:
T
ENDÊNCIA DAC
RIMINALIDADE E ACIDENTE DEV
IAÇÃO...74
T
ABELA94:
H
OMICÍDIO PORL
ICHAMENTO...74
T
ABELA95:
T
ENDÊNCIA DAC
RIMINALIDADE PORF
AMÍLIAD
ELITIVA...74
T
ABELA96:
D
OCUMENTOS DEI
DENTIFICAÇÃO...74
T
ABELA97:
D
ISTRITOSL
IVRES DES
USPEITAS DEM
INAS...76
T
ABELA98:
R
ESULTADOSO
BTIDOS NAD
ESMINAGEM...76
T
ABELA99:
AVALIAÇÃO DEI
MPACTOA
MBIENTAL...77
T
ABELA100:
T
IPO DEI
NSTRUMENTOS DEO
RDENAMENTOST
ERRITORIALE
LABORADO...77
.T
ABELA101:
R
ESUMO DEA
SSENTAMENTOS EO
RDENADOS EP
OPULAÇÕESB
ENEFICIÁRIAS...78
T
ABELA102:
C
OMBATE AD
ROGA...79
T
ABELA103:
P
OPULAÇÃOP
ROJECTADA ATÉ2020
PORÁ
REA DER
ESIDENCIA,
P
ROVÍNCIA DES
OFALA...84
T
ABELA104:
P
OPULAÇÃOP
ROJECTADA PORD
ISTITO,
P
RONVÍNCIA DES
OFALA,
2010-2020 ...85
T
ABELA105:
P
ROJECÇÃO DASR
ECEITAS DOE
STADO... 121
T
ABELA106:
P
ROJECÇÃO DAR
ECEITAP
RÓPRIAS EC
ONSIGNADAS DOSD
ISTRITOS... 121
T
ABELA107:
P
ROJECÇÃO DASD
ESPESASP
ÚBLICAS... 122
T
ABELA108:
P
ROJECÇÃO DASD
ESPESASP
ÚBLICAS(OE)... 122
T
ABELA109:
P
ROJECÇÃO DAP
RODUÇÃOP
ESQUEIRA... 130
T
ABELA110:
P
ROJECÇÃO DAE
XPORTAÇÃOP
ESQUEIRA... 130
Lista de Quadros
Q
UADRO1:
D
IAGNÓSTICO DAH
ABITAÇÃO...17
Q
UADRO2:
D
IAGNÓSTICO DAE
DUCAÇÃO...20
Q
UADRO3:
D
IAGNÓSTICO DASA
CTIVIDADESC
ULTURAIS...20
Q
UADRO4:
D
IAGNÓSTICO DAJ
UVENTUDE...23
Q
UADRO5:
D
IAGNÓSTICO DOSD
ESPORTOS...24
Q
UADRO6:
D
IAGNÓSTICO DAS
AÚDE...28
Q
UADRO7:
D
IAGNÓSTICO DAM
ULHER EA
CÇÃOS
OCIAL...33
Q
UADRO8:
D
IAGNÓSTICO DEC
IÊNCIA ET
ECNOLOGIA...34
Q
UADRO9:
D
IAGNÓSTICO DEC
OMBATENTES...35
Q
UADRO10:
D
IAGNÓSTICO DAÁ
GUA ES
ANEAMENTO...37
Q
UADRO11:
D
IAGNÓSTICO DEG
ESTÃOM
ACROECONÓMICA ED
ESENVOLVIMENTO DOS
ISTEMAF
INANCEIRO...41
Q
UADRO12:
D
IAGNÓSTICO DAP
ROMOÇÃO EA
TRACÇÃO DEI
NVESTIMENTO...43
Q
UADRO13:
D
IAGNÓSTICO DEA
GRICULTURA,
P
ECUÁRIA,
F
LORESTA EF
AUNA...47
Q
UADRO14:
D
IAGNÓSTICO DER
ECURSOSM
INERAIS...55
Q
UADRO15:
D
IAGNÓSTICO DEE
NERGIA EE
LECTRICIDADE...56
Q
UADRO16:
D
IAGNÓSTICO DAI
NDÚSTRIA...57
Q
UADRO17
:
D
IAGNÓSTICO DOC
OMÉRCIO...60
Q
UADRO18:
D
IAGNÓSTICO DAC
ONSTRUÇÃO...61
Q
UADRO19:
D
IAGNÓSTICO DEE
STRADAS EP
ONTES...61
Q
UADRO20:
D
IAGNÓSTICO DAG
ESTÃO DER
ECURSOSH
ÍDRICOS...62
Q
UADRO21:
T
RANSPORTES EC
OMUNICAÇÕES...66
Q
UADRO22:
D
IAGNÓSTICO DOT
URISMO...67
Q
UADRO23:
D
IAGNÓSTICO DOT
RABALHO...68
Q
UADRO24:
D
ESCENTRALIZAÇÃO ED
ESENVOLVIMENTO DAA
DMINISTRAÇÃOL
OCALA
UTÁRQUICA...71
Q
UADRO25:D
IAGNÓSTICO DAA
DMINISTRAÇÃO EJ
USTIÇA...75
Q
UADRO26:
D
IAGNÓSTICO DAD
ESMINAGEM...76
Q
UADRO27:
D
IAGNÓSTICO DA ÁREAA
MBIENTAL...77
Q
UADRO28:
D
IAGNÓSTICO DAG
ESTÃO DEC
ALAMIDADES...78
Q
UADRO29;
D
IAGNÓSTICO DOHIV
ESIDA ...78
Q
UADRO30:
C
OMBATE AD
ROGA...79
Q
UADRO31:
O
BJECTIVOSM
ACROS DOPEDP ...83
Q
UADRO32:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAH
ABITAÇÃO...86
Q
UADRO33:
A
CÇÕESE
STRATÉGIA DAH
ABITAÇÃO...87
Q
UADRO34:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAE
DUCAÇÃO...87
Q
UADRO35:
A
CÇÕESE
STRATÉGIAS DAE
DUCAÇÃO...89
Q
UADRO36:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAC
ULTURA...93
Q
UADRO37:
A
CÇÕESE
STRATÉGIA DAC
ULTURA...94
Q
UADRO38:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DAJ
UVENTUDE...96
Q
UADRO39:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAJ
UVENTUDE...97
Q
UADRO40:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DOD
ESPORTO... 101
Q
UADRO41:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DOD
ESPORTO... 103
Q
UADRO42:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAS
AÚDE... 106
Q
UADRO43:
A
CÇÕESE
STRATÉGIA DAS
AÚDE... 107
Q
UADRO52:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DEP
ROMOÇÃO EA
TRACÇÃO DEI
NVESTIMENTO... 124
Q
UADRO53:A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAP
ROMOÇÃO EA
TRACÇÃO DOI
NVESTIMENTO... 124
Q
UADRO54:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DAA
GRICULTURA,
P
ECUÁRIA,
F
LORESTA EF
AUNA... 125
Q
UADRO55:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAA
GRICULTURA,
P
ECUÁRIA,
F
LORESTA EF
AUNA... 126
Q
UADRO56:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DASP
ESCAS... 131
Q
UADRO57:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DASP
ESCAS... 132
Q
UADRO58:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DOSR
ECURSOSM
INERAIS... 135
Q
UADRO59:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DER
ECURSOSM
INERAIS... 136
Q
UADRO60:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DAE
NERGIA... 137
Q
UADRO61:
A
CÇÕESE
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DAE
NERGIA... 138
Q
UADRO62:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DOE
MPRESARIADON
ACIONAL... 139
Q
UADRO63:A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAI
NDÚSTRIA EC
OMÉRCIO... 139
Q
UADRO64:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAI
NDÚSTRIA... 140
Q
UADRO65:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAI
NDÚSTRIA... 141
Q
UADRO66
:
E
VOLUÇÃO DAR
EDEC
OMERCIALO
PERACIONAL... 142
Q
UADRO67:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DOC
OMÉRCIO... 145
Q
UADRO68:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DOC
OMÉRCIO... 146
Q
UADRO69:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DAÁ
REA DEC
ONSTRUÇÕES,
E
STRADAS,
P
ONTES EG
ESTÃO DER
ECURSOSH
ÍDRICOS... 146
Q
UADRO70:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAÁ
REA DEC
ONSTRUÇÕES... 148
Q
UADRO71:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAÁ
REA DEE
STRADA EP
ONTES... 149
Q
UADRO72:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAÁ
REA DEG
ESTÃO DER
ECURSOSH
ÍDRICOS... 149
Q
UADRO73:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DET
RANSPORTES EC
OMUNICAÇÕES... 151
Q
UADRO74:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DET
RANSPORTE EC
OMUNICAÇÕES... 153
Q
UADRO75:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DOT
URISMO... 155
Q
UADRO76:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTOP
ROJECÇÃO DET
ENDÊNCIAS DEE
STABELECIMENTOS EV
ISITANTES... 157
Q
UADRO77:
E
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DOT
RABALHO,
H
IGIENE EE
MPREGO... 158
Q
UADRO78:
A
CÇÕESE
STRATÉGIAS DED
ESENVOLVIMENTO DOT
RABALHO,
H
IGIENE EE
MPREGO... 159
Q
UADRO79:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTOD
ESCENTRALIZAÇÃOA
DMINISTRATIVA,
R
EFORMA EC
APACITAÇÃO DOSÓ
RGÃOSL
OCAIS DOE
STADO... 161
Q
UADRO80:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAD
ESCENTRALIZAÇÃOA
DMINISTRATIVA,
R
EFORMA EC
APACITAÇÃO DOSÓ
RGÃOSL
OCAIS DOE
STADO... 162
Q
UADRO81:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAR
EFORMA DOS
ECTOR DAJ
USTIÇA... 163
Q
UADRO82:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DED
ESENVOLVIMENTO DAR
EFORMA DOS
ECTOR DAJ
USTIÇA... 166
Q
UADRO83:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DED
ESENVOLVIMENTO... 167
Q
UADRO84:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DED
ESENVOLVIMENTO... 168
Q
UADRO85:
E
STRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DEO
RDEM,
S
EGURANÇA ET
RANQUILIDADEP
ÚBLICA... 168
Q
UADRO86:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DED
ESENVOLVIMENTO DAO
RDEM,
S
EGURANÇA ET
RANQUILIDADEP
ÚBLICA... 169
Q
UADRO87:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAD
ESMINAGEM... 170
Q
UADRO88:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAD
ESMINAGEM... 170
Q
UADRO89:
E
STRATÉGIA DO DESENVOLVIMENTO DOA
MBIENTE... 171
Q
UADRO90:
E
STRATÉGIA DED
ESENVOLVIMENTO DAG
ESTÃO DER
ISCOS EC
ALAMIDADES... 172
Q
UADRO91:
A
CÇÕESE
STRATÉGICAS DAG
ESTÃO DER
ISCO EC
ALAMIDADES... 172
Q
UADRO92:
E
STRATÉGIA DOD
ESENVOLVIMENTO DOHIV/SIDA ... 173
Q
UADRO93:
E
STRATÉGIA DOC
OMBATE AD
ROGA... 174
Lista de Gráficos
G
RÁFICO2:
H
ABITAÇÃO QUANTO AO TIPO DEP
ROPRIEDADE... 16
G
RÁFICO3:
R
EDEE
SCOLAR... 17
G
RÁFICO5:
T
AXA DEC
OBERTURA DOP
ROGRAMAA
LARGADO DEV
ACINAÇÃO... 26
G
RÁFICO6:
T
AXA DEC
OBERTURA DOP
ROGRAMA DES
AÚDEM
ATERNOI
NFANTIL... 27
G
RÁFICO7:
C
OMPARAÇÃO ENTRER
ECEITAP
REVISTA EC
OBRADA... 40
Lista de Mapas
M
APA1
-
L
OCALIZAÇÃOG
EOGRÁFICA DAP
ROVÍNCIA DES
OFALA...3
M
APA2
-
D
ISTRIBUIÇÃO DES
OLOS...5
ACRÓNIMOS
ACP
África, Caraíbas e Pacífico
AGOA
Oportunidades para o Desenvolvimento de África
AR
Assembleia da República
BO
Boletim Oficial
BPEST
Business Politics Economics Social Technical
CLLN
Combatentes da Luta de Libertação Nacional
CPLP
Comunidade Países Língua Portuguesa
CCP
Conselho Comunitário de Pesca
DPA
Direcção Provincial de Agricultura
DPEC
Direcção Provincial de Educação e Cultura
DPJD
Direcção Provincial da Juventude e Desportos
DPMAS
Direcção Provincial da Mulher e Acção Social
DPOPH
Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação
DPPF
Direcção Provincial do Plano e Finanças
DPSAU
Direcção Provincial de Saúde
EN
Estrada Nacional
EUA
Estados Unidos da América
FAO
Food and Agricultural Organization/ Organização para a Agricultura e Alimentação
FAIJ
Fundo de Apoio as iniciativas Juvenis
FNUAP
Fundo das Nações Unidas para População
GPCD
Gabinete Provincial de Combate à Droga
ICT
Information, Communication & Technology/ Tecnologias para a Comunicação e Informação
IND
Instituto Nacional de Desminagem
MEC
Ministério da Educação e Cultura
MINAG
Ministério de Agricultura
MISAU
Ministério da Saúde
MCS
Monitoring Controlling and Survillance
NEPAD
New Partnership for Africa Development
OCB
Organização Comunitária de Base
ODM
Objectivos do Milénio
OMC
Organização Mundial do Comércio
OMS
Organização Mundial de Saúde
ONG
Organização Não Governamental
OP
Orçamento Provincial
OTM
Organização dos Trabalhadores de Moçambique
PARPA
Plano da Acção para Redução da Pobreza Absoluta
PES
Plano Económico Social
PNUD
Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento
PPD
Plano Provincial de Desenvolvimento
SADC
Southern Africa Development Community/ Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
SDI
Special Development Initiative
SIS
Sistema de Informação de Saúde
SWOT
Strength Weaknesses Opportunities Threats
UA
União Africana
UNICEF
United Nations Children and Educational Fund/ Fundo das Nações Unidas para a Infância
USAID
United States Agency for International Development
UXO
Unnexploded Ordinates/ Engenhos não Detonados
WWF
Worldwilde Fund/ Fundo Mundial
INDICE PAGINA
F
ICHAT
ÉCNICA...
IL
ISTA DET
ABELAS...
IIL
ISTA DEQ
UADROS...
IVL
ISTA DEG
RÁFICOS...
VIL
ISTA DEM
APAS...
VIACRÓNIMOS ...
VIIP
REFÁCIO DOG
OVERNADOR DAP
ROVÍNCIA...
XICAPITULO
I ... 1
1.
SUMARIO
EXECUTIVO... 1
1.1.
RESUMO
HISTÓRICO
DA
PROVÍNCIA
DE
SOFALA ... 2
1.2.
CARACTERÍSTICAS
DA
PROVÍNCIA ... 2
1.2.1
S
UPERFÍCIE... 3
1.2.2
D
IVISÃOA
DMINISTRATIVA... 3
1.2.3
T
OPOGRAFIA... 3
1.2.4
C
LIMA... 4
1.2.5
S
OLOS... 5
1.2.6
M
EIOA
MBIENTE... 6
1.2.7
C
ENÁRIOP
OLÍTICO... 6
1.3.POTENCIAL
DA
PROVINCIA ... 7
CAPITULO
II-
DIAGNÓSTICO ... 11
2.1
ANÁLISE
POR
PILARES
DO
PQG ... 11
2.1.1
DESENVOLVIMENTO
HUMANO
E
SOCIAL ... 14
2.1.1.1
P
OPULAÇÃO... 14
2.1.1.2
E
DUCAÇÃO... 17
2.1.1.3
C
ULTURA... 20
2.1.1.4
R
ELIGIÃO... 22
2.1.1.5
J
UVENTUDE... 22
2.1.1.6.
D
ESPORTO... 24
2.1.1.7
S
AÚDE... 25
2.1.1.8
M
ULHER,
F
AMÍLIA EA
CÇÃOS
OCIAL... 29
2.1.1.10
C
IÊNCIA,
T
ECNOLOGIA EI
NOVAÇÃO... 34
2.1.1.11
L
IBERTAÇÃON
ACIONAL,
D
EFESA DAS
OBERANIA E DAD
EMOCRACIA ED
EFICIENTES DEG
UERRA-
D
ESMOBILIZADOS... 35
2.1.2.
DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO ... 37
2.1.2.1
G
ESTÃOM
ACROECONÓMICA ED
ESENVOLVIMENTO DOS
ISTEMAF
INANCEIRO... 37
2.1.2.2
C
ENTRO DEP
ROMOÇÃO EA
TRACÇÃO DOI
NVESTIMENTO-CPI ... 42
2.1.2.3
A
GRICULTURA,
P
ECUÁRIA,
F
LORESTAS EF
AUNA... 43
2.1.2.4
P
ESCAS... 49
2.1.2.5
R
ECURSOSM
INERAIS... 54
2.1.2.6
I
NDÚSTRIA... 56
2.1.3.2
R
EFORMA DOS
ECTOR DAJ
USTIÇA... 72
2.1.3.3
O
RDEM,
S
EGURANÇA ET
RANQUILIDADEP
ÚBLICA... 74
2.1.4.
ASSUNTOS
TRANSVERSAIS ... 75
2.1.4.1.
D
ESMINAGEM... 75
2.1.4.2.
R
EDUÇÃO DOI
MPACTO DAV
ULNERABILIDADE ASC
ALAMIDADES... 78
2.1.4.3
HIV
ESIDA ... 78
CAPITULO
III-
ESTRATÉGIA
DE
DESENVOLVIMENTO ... 80
3.1.
ESTRATÉGIA
DE
DESENVOLVIMENTO
POR
PILARES
DO
PQG ... 80
I.
A
MISSÃO... 82
II.
A
VISÃO ... 82
III.
O
LEMA
É: ... 82
3.1.1
DESENVOLVIMENTO
HUMANO
E
SOCIAL ... 84
3.1.1.1
P
OPULAÇÃO... 84
3.1.1.2.
H
ABITAÇÃO... 86
3.1.1.3.
E
DUCAÇÃO... 87
3.1.1.4.
C
ULTURA... 93
3.1.1.5
J
UVENTUDE... 96
3.1.1.6
D
ESPORTO...101
3.1.1.7
S
AÚDE...106
3.1.1.8.
C
IÊNCIA,
T
ECNOLOGIA EI
NOVAÇÃO...112
3.1.1.9
L
IBERTAÇÃON
ACIONAL,
D
EFESA DAS
OBERANIA E DAD
EMOCRACIA ED
EFICIENTES DEG
UERRA-
D
ESMOBILIZADOS...115
3.1.1.10.
Á
GUA ES
ANEAMENTO...117
3.1.2
DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO ...120
3.1.2.1.
G
ESTÃOM
ACROECONÓMICA ED
ESENVOLVIMENTO DOS
ISTEMAF
INANCEIRO...120
3.1.2.2.
P
ROMOÇÃO EA
TRACÇÃO DOI
NVESTIMENTO...124
3.1.2.3.
A
GRICULTURA,
P
ECUÁRIA,
F
LORESTAS EF
AUNA...125
3.1.2.4.
P
ESCAS...130
3.1.2.5.
R
ECURSOSM
INERAIS EE
NERGIA...135
3.2.1.6.
I
NDÚSTRIA EC
OMERCIO...139
3.1.2.7.
D
ESENVOLVIMENTO DEI
NFRA-
ESTRUTURAS...146
3.1.2.8.
T
RANSPORTES EC
OMUNICAÇÕES...151
3.1.2.9.
T
URISMO...155
3.1.2.10.
T
RABALHO,
H
IGIENE,
S
EGURANÇA,
EE
MPREGO...158
3.1.3.
BOA
GOVERNAÇAO
DESCENTRALIZAÇÃO,
COMBATE
A
CORRUPÇÃO
E
PROMOÇÃO
DA
CULTURA
DE
PRESTAÇÃO
DE
CONTAS ...161
3.1.3.1.
R
EFORMA DOS
ECTORP
ÚBLICO...161
3.1.3.2.
D
ESCENTRALIZAÇÃO ED
ESENVOLVIMENTO DAA
DMINISTRAÇÃOL
OCAL EA
UTÁRQUICA...161
3.1.3.3.
R
EFORMA DOS
ECTOR DAJ
USTIÇA...163
3.1.3.4.
O
RDEM ES
EGURANÇAT
RANQUILIDADEP
ÚBLICA...168
3.1.4.ASSUNTOS
TRANSVERSAIS ...170
3.1.4.1.
D
ESMINAGEM...170
3.1.4.2.
A
MBIENTE...171
3.1.4.3.
R
EDUÇÃO DOI
MPACTO DAV
ULNERABILIDADE ASC
ALAMIDADES...172
3.1.4.4.
HIV/SIDA ...173
P
REFÁCIO DO
S
UBSTITUTO
L
EGAL DO
G
OVERNADOR DA
P
ROVÍNCIA
Caros:
Ø Habitantes da Província de Sofala;
Ø Dirigentes;
Ø Empresários;
Ø Trabalhadores do sector público e privado;
Ø Jovens
Ø Estudantes, alunos (as);
Ø Potenciais investidores;
Ø Turistas;
Ø Organizações da sociedade civil e política;
Ø Parceiros de cooperação;
Ø Minhas senhoras e meus senhores,
Em primeiro lugar, os meus agradecimentos endereço a População de Sofala organizada em
instituições de participação e consulta Comunitária (IPCCs), grupos de interesses comuns,
associações e singulares que participaram e contribuiram durante o processo de auscultação
comunitária. Gostaria, igualmente, de dirigir os meus especiais agradecimentos a todos os
parceiros de cooperação, especialmente, os que directamente contribuíram com os seus
recursos humanos e financeiros para que este Plano Estratégico de Desenvolvimento da
Província de Sofala (PEDPS) seja uma realidade;
Em segundo lugar, dirijo os meus agradecimentos a todos os membros da equipa técnica
pela dedicação e empenho das suas capacidades na formulação e elaboração deste
documento repleto de informação sobre a estratégia compreensiva para o desenvolvimento
da nossa Província. Os meus parabéns!
Em terceiro lugar, endereço os meus agradecimentos a Comissão Provincial de
Coordenação por ter dirigido e coodernado de forma dinâmica e incansável os trabalhos
que hoje culminam com a apresentação pública do PEDPS. Está de parabéns!
Em quarto lugar, endereço os meus agradecimentos a todos os funcionários do Estado que
facilitaram todo o trabalho;
Por último, mas não menos importante, agradeço o esforço de todos os parceiros de
cooperação que apoiam o Governo e as comunidades para alcançar o nível de
desenvolvimento esperado na Província;
Sinto-me muito honrado, orgulhoso e satisfeito pelo facto de apresentar publicamente o
produto completo de um trabalho conjunto, através de vários processos de consulta e
Sofala, mobilizou esforços e recursos para todas as etapas de elaboração deste documento.
A ele quero dirigir os meus especiais e profundos agradecimentos.
Foram organizados e realizados um total de 20 seminários de auscultação nos quais
participaram mais de 1.100 representantes de vários segmentos sócio – económicos e
politicos. As ideias, opiniões, percepções, sentimentos, sonhos, experiências, desejos,
anseios e aspirações expressas por eles foram transformados em objectivos e acções
estratégicas cujo alcance dependerá dos nossos esforços e conhecimentos. Este documento
reflecte integralmente os conteúdos dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Distrital
(PEDD).
O Governo decidiu formular o PEDPS na perspectiva de um horizonte de 10 anos (2010 –
2020), tomando em conta o facto dos sonhos da população de Sofala transcender mandatos
dos Governos. A implementação deste plano custará cerca de 235.729.742.240,00 Meticais,
equivalente a 6.735.135.500,00 Dólares Americanos e o seu fianciamento virá de todos os
sectores da Província (Governo, sector privado, cidadãos, parceiros de cooperação,
investidores nacionais e estrangeiros).
O cenário macro projectado no PEDPS é o de uma Província mais estável, unida, pacífica e
inclusiva com grandes capacidades de desenvolver o seu capital humano e infra-estruturas
sócio-económicas básicas e de atrair grande quantidade de investimento para cumprir na
íntegra as principais acções e metas definidas. Foram inseridas grandes metas sectoriais
para facilitar a formulação, elaboração, monitoria e avaliação dos planos económico-
sociais e orçamentos anuais ao longo da vigência do PEDPS.
Gostaria de salientar que o nosso PEDPS cria um espaço para cada um de nós ser mais
inovador, mas ao mesmo tempo não há necessidade de inventar a roda quando ela já existe.
Neste contexto e para concluir, exorto e instruo a todos os sectores para que se inspirem e
se orientem por este importante plano director dos destinos da Província nos próximos 10
anos. Espero que os PESOPS vão representar uma adaptação e cumprimento gradual da
nossa visão até 2020. Deste modo, todas as subsequentes avaliações terão como base as
grandes metas e indicadores contidos neste documento.
Parabéns Sofala. Muito obrigado. Takuta. Tinobhonga!
Beira, Dezembro de 2010
CAPITULO I
1. SUMARIO EXECUTIVO
O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Sofala (PEDPS) expressa uma
imagem objectiva do que a Província pretende alcançar a médio e longo prazos, no horizonte
temporal de 10 anos. Este é abordado em função dos objectivos (gerais e específicos) e as suas
estratégias. A convergência destes aspectos permite aproveitar as potencialidades, superar as
debilidades e fazer frente aos principais problemas identificados na Província.
A principal meta é, reduzir o actual índice de pobreza de 58% para um nível abaixo dos 40%
até 2020 sustentado por um aumento da produção e produtividade, o desenvolvimento de
serviços sociais básicos e infra-estruturas públicas, associado a estabilidade política e um
ambiente externo favorável tornando desta feita uma Província Próspera e Referência do
Desenvolvimento Sócio-económico do País nos próximos 10 anos.
O PEDPS destaca 4 capítulos a saber:
Capítulo 1
: Descrição das características da Província e as suas potencialidades;
Capítulo 2
: Descrição geral de cada sector na Província e as estatísticas dos últimos três anos.
Seguido por um o Diagnóstico, tendo como base de orientação a análise SWOT (pontos fortes,
pontos fracos, oportunidades e ameaças);
Capítulo 3
: Este destaca a Estratégia de Desenvolvimento, identificando os objectivos
estratégicos e específicos por sector, não deixando de lado a respectiva programação indicativa
das acções em termos físicos e temporais.
O mesmo focaliza o Lema, a Visão e a Missão;
Capítulo 4
: Comporta a Carteira de Projectos para a implementação deste plano, com uma
programação financeira e os respectivos agentes de desenvolvimento dos grandes projectos
estratégicos da Província. De realçar que, a proposta orçamental para a realização deste plano
rondará os 235.729.742.240,00 Meticais, equivalente a 6.735.135.500,00
Doláres
Americanos
. O financiamento para a efectivação destes projectos envolverá os sectores
públicos e privados, Governo, parceiros de cooperação, investidores nacionais e estrangeiros.
A metodologia para elaboração do PEDPS baseou-se, no alinhamento dos Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio (ODM), Agenda 2025 e o Programa Quinquenal do Governo
(PQG) no contexto da Província.
O PEDPS está estruturado em 4 pilares a saber:
•
Desenvolvimento Humano e Social ;
•
Desenvolvimento Económico;
•
Boa Governação, Descentralização combate a corrupção e cultura de prestação de
contas;
•
Assuntos Transversais.
Para a elaboração do PEDPS, usou-se o método participativo, em seminários (20), de
auscultação comunitária e sectorial envolvendo mais de 1.100 representantes de diferentes
segmentos socioeconómicos e políticos a vários níveis, que contribuíram decisivamente no
aprofundamento do conhecimento das potenciais necessidades dos cerca de 2.314.537
habitantes esperados nos próximos 10 anos. Com este contributo, a Província espera ter
iniciado um processo permanente e dinâmico de envolvimento de toda a sociedade na execução
deste Plano Estratégico, para desenvolvimento da Província Sofala, da região e do país.
1.1. RESUMO HISTÓRICO DA PROVÍNCIA DE SOFALA
O nome de Sofala foi citado pela primeira vez nos relatos do persa Al-Masudi, no século X,
descrevia as terras de Sofala, a importância da mineração, o comércio entre o Império de
Mwenemutapa e árabes e indianos que ali se haviam estabelecido. Nessa época, Sofala
abrangia toda a costa centro e norte do actual Moçambique.
O nome da Província vem da região de Sofala, actual Posto Administrativo do Distrito de Búzi,
a sul de Sofala.
O território da actual Província de Sofala, estava integrado conjuntamente com a actual
Província de Manica, no então chamado Distrito de Manica e Sofala até 5 de Agosto de 1970.
A partir dessa altura o Distrito de Manica e Sofala foi subdividido em Distritos de Manica e de
Sofala. Com a independência de Moçambique a 25 de Junho de 1975, o Distrito de Sofala
passou à categoria de Província com mesmo nome.
1.2. CARACTERÍSTICAS DA PROVÍNCIA
Sofala goza de uma localização estratégica no País (um verdadeiro coração de Moçambique),
no contexto da economia nacional assim como da região e uma autêntica porta a nível da
SADC.
Possui uma vasta diversidade sociocultural, abundância de recursos naturais e infra – estruturas
sócio-económicas estratégicas. Continua a registar um crescimento económico assinalável.
Tem potencialidades para se posicionar entre as Províncias com as mais elevadas taxas de
desenvolvimento sócio-económico.
1.2.1 Localização Geográfica
A Província de Sofala situa-se entre os
paralelos 16°47’10”S, 21°30’10”S (Latitudes),
35°51’37”E 34º01’47” E (Longitudes).
No Sul faz limite com a Província de
Inhambane, através do Rio Save, no Oeste com
a Província de Manica, no Norte com as
Províncias da Zambézia e Tete através do Rio
Zambeze e a Este com o Oceano Índico. Vide o
mapa 1 (Localização geográfica da Província de
Sofala).
Mapa 1 - Localização Geográfica da
Província de Sofala
1.2.1 Superfície
Tabela 1 - Superfície da Província de Sofala
Superfície Total
68.018 Km²
Extensão da linha costeira
315 Km
Largura máxima
250 Km
Área total de florestas
22.000 Km²
Área total arável
32.700 Km²
Fonte: INE Sofala/2006
1.2.2 Divisão Administrativa
Sofala possui 13 distritos, nomeadamente, Cidade da Beira, Búzi, Caia, Chemba, Cheringoma,
Chibabava, Dondo, Gorongosa, Machanga, Marínguè, Marromeu, Muanza e Nhamatanda (vide
mapa 1).
Tem 4 municípios, nomeadamente, as cidades da Beira e do Dondo, Vila de Marromeu e de
Gorongosa.
Tem como capital a Cidade da Beira que é classificada como do nível B.
21 Sedes de Posto Administrativo e 67 sedes de localidades.
1.2.3 Topografia
O ambiente biofísico é dominado por uma topografia plana com influência do mar na zona
costeira, e ao longo das grandes bacias, terras altas, de planícies nas zonas intermediárias e
montanhas no norte da Província.
A Província de Sofala é atravessada pelo vale do Rift entre os paralelos 18 º e 19º como sendo
uma complexidade da sua topografia.
1.2.4 Clima
O clima é predominantemente tropical húmido, com uma temperatura média anual que varia
entre 24º e 25ºC e é caracterizado por duas épocas, uma chuvosa e quente com temperatura
média de 30ºC (Novembro a Abril) e outra fresca e seca, com a temperatura média entre 24 e
26ºC (Maio a Outubro).
A precipitação é variada, com uma média que oscila entre 1.000 e 2.000 mm por ano, mas há a
destacar que a Província já está a sentir os efeitos das mudanças climáticas devido ao efeito de
estufa como exemplo o ‘El Niño’ que resulta em excesso de chuvas em algumas partes do
planeta Terra e o ‘La Niña’ que provoca seca.
1.2.6 Hidrografia
É dominada pelas grandes bacias dos rios, ricos em recursos hídricos e terras férteis a saber:
Zambeze (norte), abrange os Distritos de Chemba, Caia e Marromeu.
Púnguè (centro), abrange os Distritos de Marínguè, Gorongosa, Nhamatanda, Cheringoma,
Muanza e Dondo;
Save (Sul), a margem esquerda abrange o Distrito de Machanga;
Búzi (Sul) tem os seus principais afluentes em território nacional, os rios Revúe e Lucite, que
atravessam os Distritos de Chibabava, Machanga e Búzi.
Para além destes, destacam-se ainda outros cursos de água de nível intermediário,
nomeadamente, Gorongosa, Chissanga, Chiniziua, Condue, Zuni, Corona, Sambese, Sanguisse,
Savane, Sambadzou, Muredze, Chiveve, Revuè, Muda e Mucumbezi.
Os rios correm nas direcções Sul-Norte e Oeste-Este.
É principalmente nestas regiões onde ocorrem os maiores riscos de inundações e erosão.
Não obstante, é onde a produção agrícola é assegurada pela população durante todo o ano.
1.2.5 Solos
Ocorrem
principalmente
solos
hidromórficos arenosos acinzentados
(Sul),
aluvionares
arenosos
avermelhados (Norte Interior) e solos
argilosos vermelhos (zona centro).
Na faixa do litoral do Índico, ocorrem
solos pobres (arenosos), sobretudo nos
Distritos de Cheringona, Muanza e
Machanga e os de melhor qualidade
(argilosos) ao longo dos rios Zambeze,
Púngue, Búzi e em alguns outros rios
mais pequenos. (Vide o mapa 2).
Apesar desta situação vantajosa o efeito
conjunto do relevo do clima e da
hidrografia concorrem para a ocorrência
de cheias frequentes nos vales dos rios
Púngue, Búzi e Zambeze.
1.2.6 Meio Ambiente
Ocorrem na Província ecossistemas ou complexos dinâmicos de espécies vegetais com o
respectivo mundo animal em interacção recíproca.
O impacto dos aglomerados humanos na estrutura e natureza da vegetação e fauna é visível
devido à prática da agricultura, criação de gado, queimadas e exploração florestal.
Ocorrência de maior biodiversidade no parque de Gorongosa e de uma extensa floresta de
mangal , floresta de Cheringoma e reserva de búfalos de Marromeu e o Banco de Sofala.
1.2.7 Cenário Político
A Província de Sofala, como outras no País, é caracterizada por uma actividade política normal.
Existem cerca de 8
formações políticas nomeadamente: Frelimo (no poder), Renamo, MDM,
Sol, PDD, Pimo, Pademo e Fumo.
Em termos de representação parlamentar e nas autarquias, vide as tabelas abaixo.
Tabela 2: Representação dos Partidos Políticos
Instituição
Frelimo
Renamo
MDM
1.Assembleia da República
10
5
5
2.Assembleia Provincial
58
1
21
Fonte: STAE/CNE,2009
Tabela 3: Autarquias da Província
Autarquias
Frelimo
Renamo
PIMO
GDB
PDD
Total
Município da C. Beira
19
17
1
7
1
45
Município de Dondo
17
4
-
-
-
21
Município de Gorongosa
12
1
-
-
-
13
Município de Marromeu
8
5
-
-
-
13
1.3.POTENCIAL DA PROVINCIA
A Província conta com a
superfície de 67.750.000
há. Destes 380.522 ha
são
ocupados
pelas
comunidades,
vilas,
cidades,
zonas
de
domínio
público
e
recursos
hídricos;
3.270.000 ha são aráveis,
3.304.900 há ocupado
por florestas, 1.675.900
ha para a pastagem; área
disponível
para
investimento 408.654 ha
Agricultura e Pecuária
- a Província tem como principais
culturas o milho, a mapira, o arroz, o ananás, o girassol, o
algodão, gergelim e o caju. Na pecuária destaca-se a criação
do gado bovino e caprino e outros de pequena espécie.
Pescas
– sete Distritos,
nomeadamente,
Beira,
Búzi,
Cheringoma,
Dondo,
Machanga,
Marromeu e Muanza são
banhados pelo Oceano
Índico e fazem parte do
banco de Sofala, que é a mais importante reserva de
recursos pesqueiros do País. Os produtos pesqueiros
predominantes são o peixe, camarão, caranguejo, lagosta,
amêijoa e lulas com um potencial da captura avaliado em
141.120 toneladas /ano e prática de aquacultura de camarão,
tainha e caranguejo de mangal numa área de 19.200
hectares, sendo os de maior exploração comercial, o peixe e o camarão.
Acesso aos mercados
nacionais assim como regionais – a partir da
Cidade da Beira facilmente se pode aceder aos mercados nacional
e regional (cerca de 50 milhões de habitantes). A Cidade da Beira,
fundada em 1907, é a segunda maior do País, com cerca de
500.000 habitantes; Uma grande reserva de mão-de-obra a qual
comporta uma longa tradição na produção agro-pecuária e pesca,
para além de constituir um potencial mercado de consumo de bens
e serviços;
Zambeze, Púngue, Búzi, Save e Urema o que torna as áreas por onde eles passam, propícias
para a produção agro–pecuária;
Recursos Minerais
nomeadamente:
Gás natural no Búzi, com uma reserva estimada em 4 biliões de metros cúbicos;
Fluorite - com reservas em Marínguè, onde está identificada uma faixa com potencial para
exploração de cerca de 100x20kms;
Ouro aluvionar - identificado em Siluvo (Nhamatanda);
Calcete e calcário em Muanza, Cheringoma e Búzi com uma reserva estimada em 30 milhões
de toneladas;
Gesso- no distrito do Búzi;
Pedras e areias para construção nos distritos de Nhamatanda, Dondo e Beira;
Guano em Siluvo, Búzi, Chibabava, Cheringoma e Marromeu;
Rochas decorativas e pedras ornamentais - há depósitos
identificados (Gorongosa, e Marínguè) com propriedades
diferentes
Recursos Florestais -
reservas florestas naturais que
cobrem uma área de 3.304.900 hectares, com um potencial
de exploração anual equivalente a 81 mil m³ de madeira
com alto valor comercial.
Florestas de mangal
– Fonte de alimentação, protecção e
reprodução de muitas
espécies
animais
marinhos, uma das
principais fontes de
riqueza.
Recursos
Faunísticos
-
um
enorme
potencial
faunístico composto
por
uma
grande
variedade
de
espécies, alguns dos quais raros, migratórios e residentes.
Constituem fonte para o desenvolvimento do turismo (caça
e observação);
Áreas Turísticas e de Conservação –
potencialmente caracterizadas pela costa marítima
(praias), ocorrência de ecossistemas favoráveis a biodiversidade (Serra de Gongorosa, Terras
Húmidas, Floresta de miombos).
Infra-estruturas
sócio-económicas
– a maior
parte está concentrada ao
longo do Corredor de
Desenvolvimento da Beira
(CDB) na região centro o
que faz de Sofala uma
verdadeira
porta
da
SADC, este fenómeno tem
a ver com a história
colonial,
estratégia
de
desenvolvimento que era
baseada no desenvolvimento urbano, e o efeito do conflito
armado.
Destaca-se o seguinte:
O sistema ferro-portuário composto pelo Porto da Beira,
Linha Férrea Machipanda e Linha Férrea
Beira-Moatize, conhecida por Linha de Sena;
A linha de transporte de energia eléctrica do Revúe à
Cidade da Beira;
O Centro de captação de água de Mutua;
O Aeroporto da Beira e o Hospital Central.
A Estrada Nacional nº1 que liga o Sul e Norte do País (do
Rio Save até ao Rio Zambeze);
A Estrada Nacional nº 6 que é actualmente parte integral do
CDB e liga a região da SADC (os países do interland
através do Zimbabwe) com o
Oceano Índico;
Uma rede de estradas classificadas de 2.342 km, das quais
584 km
estradas primárias (asfaltadas), 553 km estradas secundárias, 848 km estradas
terciárias e 357 km de estradas vicinais, para além de uma vasta rede de estradas não
classificadas (vide o Mapa Rodoviário abaixo).
Parque Industrial –
É o segundo maior do Pais apesar da maior parte ser obsoleta,necessita de
recapitalização e modernização, tais como a de Agro-industrial e Industrial (açúcar,
descaroçamento de algodão confecções, produtos de madeira, moageiras, metalo-mecânica,
plásticos, cerâmica, e uma cadeia de frio e as de Pequena escala (salinas, carpintarias,
serralharia, olarias).
Mapa 3-
Mapa Rodoviária da Província de Sofala
Parque Nacional da Gorongosa Reserva Especial Marromeu Caia L E G E N D E stradas Cid ades Lim ites R io P ungoe Rio Sa v e R. S anga deze R. M akom beze R. Mungar i R . S ang a R. Sangasi R. Goron gose R. C hiniz uia R. Metuchira R. Revue R . M am apa za 52 0 26 1 97 0 N1 N6 N6 N1 N1 N1 28 0 28 1 28 0 521 56 0 56 1 56 0 56 2 56 3 N1 56 6 56 5 56 5 10 05 28 2 28 2 10 01 10 03 10 02 10 00 10 04 28 3 28 3 52 9 56 4 52 1 30 0 Chitengo Buzua Inc hope Sança Canxixe Sando Matondo Piro Condoe Bue Mar ia Muda Goonda Bandua Amamba Estaquinha Chiboma Sofala Ampara Chingune Divinhe Mux ungue Semacueza Inhamitanga Cavalo Subue Nhamapaza Chiramba Sena Dondo Macanda Tic a Casa Banana Mac hes se Ca ia Mar nguí è Gorongosa Mua nza Bú zi C hi babava Machanga Inhaminga Marr om eu Nhama ta nda Muta rara Ch emba BEIRA Macoss a REPUBLIC OF MOZAMBIQUE IMPLEMENTATION OF ROAD CONSTRUCTION AND MAINT ENANCEPROGRAMME IN S OFALA P ROVINCE
SOFALA PROVINCE
L E G E N D
Ro ads
Maint enance Base C amps Bo und aries
CAPITULO II- DIAGNÓSTICO
2.1. ANÁLISE POR PILARES DO PQG
A análise que se segue refere-se ao estado da Província nos últimos 3 anos, isto é, de 2007 a
2009 e a análise dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças para identificar as
potencialidades, limitações e os problemas por pilar do PQG.
(i) A Pobreza
Situação da Pobreza em Moçambique
Em 2002 e 2003, o Instituto Nacional de Estatística (INE) levou a cabo o Inquérito Nacional
aos Agregados Familiares (IAF). Os resultados do inquérito indicaram que a pobreza em
Moçambique reduziu significativamente de 69,4% em 1997 para 54,1% em 2003. Segundo as
projecções do PARPA II, e tendo em conta o ritmo de redução da pobreza verificado de
1996/97 a 2002/03, projectou-se que até finais de 2009 a proporção da população que vive
abaixo da linha de pobreza seja reduzida para 45%, e atinja-se a Meta do Milénio de 40% em
2015 (República de Moçambique, 2008: 10 e República de Moçambique, 2006: 1).
Fonte:
Elaborado com base no IAF 2002-03 (INE 2003)
0 1 2 3 4
Zambézia NampulaCabo Delgado Sofala Tete Inhambane Gaza Manica
Cidade de MaputoProvíncia de Maputo Niassa
Província População (milhões)
Não Pobre Pobre
Tabela 4- Prevalência e Incidência da Pobreza por Distrito
Distrito
Superfície (km²)
População
Índice da Pobreza (2002/3)
1.Beira
610
431.583
34.4
2. Búzi
7.16
159.459
25.3
3. Nhamatanda
3.973
207.987
29.3
4. Dondo
2443
141.003
33.3
5. Caia
3.477
115.328
48.9
6. Gorongosa
7.659
117.129
35.4
7. Chibabava
8.012
102.006
58.3
8.Marromeu
5.81
117.795
33.3
9. Marínguè
5.085
75.135
55.6
10. Chemba
4.39
63.981
47.2
11. Machanga
4.657
51.912
44.4
12.Muanza
7.46
25.225
23.8
13. Cheringoma
8.739
34.094
22.2
Total
68.018
1.642.636
36.1
Fonte: IOF-INE, 2002/9A região norte da Província com 19.0% da população tem um índice médio de pobreza de
41.4%, enquanto a região Sul tem 17% da população com uma média índice da pobreza de
42.7% e a região centro com 64% da população com uma média índice da pobreza de 31.2%. A
pobreza é mais severa nos Distritos da região norte apesar de ter uma média relativamente
baixa comparada com a do Sul. Os Distritos de Chibabava (58.3%), Marínguè (55.6%), Caia
(48.9%), Chemba (47.2%) e Machanga (44.4%) têm índices de pobreza acima da média
provincial.
Segundo a 3ª Avaliação Nacional da Pobreza e Bem Estar em Moçambique, (MPD, 2010:46),
até finais de 2009 a pobreza na Província de Sofala aumento para 58%, devidos aos seguintes
factores:
•
Baixa taxa de crescimento na produtividade agrícola, observadas no TIA (Trabalho de
Inquérito Agrícola) realizadas desde 2002 na componente da produção de culturas
alimentares;
•
Choques climáticos que influenciaram a colheita de 2008;
•
Termos de troca agravados devido ao aumento nos preços internacionais de alimentos e
combustíveis. Os preços dos combustíveis, em particular, aumentaram substancialmente
durante o período de 2002/03 a 2008/09.
Situação da pobreza e desigualdade na óptica do consumo
Tabela 5: Pobreza e Desigualdade na óptica do consumidor
Áreas geográficas Incidência da Pobreza Desigualdade (Gini)
1996-97 2002-03 2008-09 1996-97 2002-03 2008-09 Niassa 70.6 52.1 31.9 0.36 0.358 0.427 Cabo Delgado 57.4 63.2 37.4 0.44 0.445 0.348 Nampula 68.9 52.6 54.7 0.36 0.361 0.419 Zambézia 68.1 44.6 70.5 0.35 0.351 0.366 Tete 82.3 59.8 42 0.4 0.4 0.323 Manica 62.6 43.6 55.1 0.4 0.401 0.345 Sofala 87.9 36.1 58 0.43 0.428 0.457 Inhambane 82.6 80.7 57.9 0.44 0.444 0.383 Gaza 64.6 60.1 62.5 0.41 0.407 0.428 Província Maputo 65.6 69.3 67.5 0.43 0.434 0.387 Cidade de Maputo 47.8 53.6 36.2 0.52 0.524 0.512 Norte 66.3 55.3 46.5 0.38 0.39 0.411 Centro 73.8 45.5 59.7 0.37 0.39 0.381 Sul 65.8 66.5 56.9 0.43 0.47 0.456 Urbano 62 51.5 49.6 0.47 0.48 0.481 Rural 71.3 55.3 56.9 0.37 0.37 0.367 Fonte: IOF-INE, 2002/9