História da Igreja II História da Igreja I
História da Igreja I
Prof. Dr. Saulo Henrique Justiniano Silva
Eles perseveravam no ensino dos apóstolos e na comunhão, no partir
do pão e nas orações.
Atos 2: 42
Neste tópico algumas ressalvas são necessárias:
Primeiro – Possivelmente Jesus nasceu entre 6 a.C. e 4 a.C.
Segundo, é pouco provável que o menino tenha nascido em 25 de dezembro.
Terceiro, não há registro de três reis magos.
HISTÓRIA DA IGREJA I
Do nascimento de Cristo ao cristianismo
Pedro e sobretudo Paulo de Tarso, foram os principais difusores do cristianismo enquanto religião.
Paulo, da cidade Tarso, portanto cidadão romano, foi criado na mais alta cultura latina, na filosofia grega e na religião judaica.
Após a conversão Paulo, inseriu ao ideal cristão essa mescla erudita.
Os primeiros cristãos padeceram nas mãos dos governantes da época. A Igreja foi perseguida até o século IV.
Por amor a Cristo os Apóstolos, com exceção de João, tiveram mortes terríveis.
Apenas Tiago, irmão de João, e Judas Iscariotes tiveram suas mortes narradas na Bíblia.
História da Igreja I
• Tiago foi morto à espada a mando de Herodes Agripa (At. 12: 1 e 2).
• Judas Iscariotes se enforcou (Mt. 27:5).
As outras mortes foram relatadas pela tradição:
Pedro: Teria sido crucificado de cabeça para baixo em Roma.
André: Teria sido crucificado em uma cruz em forma de X, por isso a cruz de Santo André é em forma de X.
Felipe: teria morrido enforcado em Hierápolis.
Bartolomeu: Teria tido sua pele arrancada na Síria.
Tomé: Teria sido martirizado na Índia, tendo seu corpo atravessado por uma lança.
Tiago, filho de Alfeu (Tiago Menor): Teria sido lançado do pináculo do Templo e depois apedrejado.
Judas Tadeu: Teria morrido a flechadas.
Mateus: Morto à espada na Etiópia.
Simão: Teria sido cortado ao meio.
Paulo: Teria sido decapitado a mando do Imperador Nero.
História da Igreja I
Entre 30 (crucificação e ressurreição) e 325 (Concílio de Nicéia) – Período marcado por debates envolvendo a deidade de Cristo, a santidade de Maria ou mesmo a natureza do Messias.
Os cristãos pautavam a sua vida nos ensinamentos dos “enviados” - nome dado aos líderes das comunidades locais - ou nas Cartas Paulinas, que circulavam ao menos desde a década de 50 d.C entre os crentes do século I
A Igreja Primitiva
Fonte: Wikicommons
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[...] Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo escreveu a vocês, com a sabedoria que Deus lhe deu. Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles (BÍBLIA SAGRADA, 2020, II Pedro 3:15–16).
Vale também ressaltar a existência de dois tipos de escritos atribuídos ao apóstolo Paulo. Ao todo, existem 13 cartas paulinas. Dentre elas, as proto- paulinas, escritas pelo próprio punho de Paulo de Tarso, sendo elas Romanos, Gálatas, 1ª Tessalonicenses, 1ª e 2ª Coríntios, Filipenses e Filémon, e as deutoro-paulinas, provavelmente escritas pelos discípulos do apóstolo dos gentios: 1ª e 2ª Timóteo, Tito, Efésios, Colossenses e 2ª Tessalonicenses.
• Jerusalém,
• Antioquia
• Ásia Menor/Grécia.
As primeiras
comunidades cristãs
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Fonte: Wikicommons
A Igreja de Jerusalém era muito mais uma seita dentro do judaísmo do que uma nova corrente religiosa, pois seus membros continuavam com as práticas alimentares de purificação, faziam a circuncisão dos não-judeus que se convertiam, guardavam as festas e cerimônias do calendário hebreu, frequentavam o Templo e se reuniam no domingo, um dia depois do Shabbat (dia
sagrado para os judeus).
Jerusalém
Diferentemente da Igreja de
Jerusalém, em Antioquia a Igreja possuía muito mais um caráter universalista, pois grande parte de seus membros eram oriundos da cultura helênica, falavam o grego e conheciam os fundamentos básicos das filosofias socrática, platônica e aristotélica.
Os cristãos de Antioquia não eram circuncidados, tampouco guardavam as tradições alimentares e
ritualísticas judaicas. No entanto, como forma de mudança de vida, estes passavam pelo batismo. A não- observância da tradição judaica entre os cristãos de Antioquia foi o motivo da Conferência de Jerusalém,
ocorrida por volta do ano 48.
Antioquia
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Nas comunidades da Ásia Menor e da Grécia, sendo as mais famosas as de Corinto, Tessalônica e Éfeso, o aspecto judaico não estava tão presente, sendo essas igrejas quase que compostas na sua totalidade por gentios.
Muitas delas tinham dificuldades de compreensão acerca dos rituais e crenças, motivo pelos quais o próprio apóstolo sempre estava enviando cartas admoestando a comunidade local. Para suprir as dificuldades quanto à maneira como se estruturava a religião, Paulo cria três ministérios: apóstolo ou missionário, profeta ou pregador, e doutor ou professor - cada um com um papel definido a fim de não haver conflitos de interesses e jurisdição.
Nessas comunidades da Ásia Menor e da Grécia, prevalece a não- circuncisão e a não-abstenção alimentar, mas permanecem as práticas do batismo, do domingo como dia de reunião da comunidade e a necessidade de se realizar a “eucharisten” (palavra grega que dará origem a “Eucaristia”), que seria a ação de graças e o partir do pão.
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