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Universidade Federal do Pampa Campus Santana do Livramento Graduação em Administração Trabalho de Curso

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1 Universidade Federal do Pampa

Campus Santana do Livramento Graduação em Administração

Trabalho de Curso

Um estudo sobre a cadeia produtiva do artesanato em Santana do Livramento

Laura Estela dos Santos Cardozo1 Isabela Braga da Matta2 Resumo:

Este estudo traz a proposta da análise da atividade produtiva e cultural do artesanato no município de Santana do Livramento, com o foco da pesquisa na feira permanente do parque Internacional, formada por duas associações. A pesquisa reporta desde a história do artesanato em um plano geral, a nível do estado do Rio Grande do Sul e por fim no âmbito local com suas peculiaridades de uma região de fronteira com o Uruguai.

Pesquisando-se a legislação existente e a qual norteia a atividade artesanal, como cadastramento profissional, coordenação, comercialização, do artesanato. Será analisada a cadeia produtiva no contexto da atividade artesanal levando-se em conta as características do meio no qual está inserido, e sua cadeia de suprimentos para desta forma ter uma visão mais real de como são administrados os processos e as estratégias usadas na produção. Com relação a metodologia aplicada na pesquisa a mesma teve uma abordagem qualitativa, pois se trata de uma análise social, de caráter exploratório e descritivo, para desta forma descrever e analisar o problema. Como método foi usado a triangulação, utilizando entrevistas, observação do participante e diário de campo, análise de conteúdo foi a técnica utilizada para a análise dos dados, o que o foi aplicado perfeitamente na análise do artesanato. Com relação aos resultados obtidos na análise, percebe-se que o processo produtivo do artesanato é carente de conhecimento de ferramentas para melhorar os processos da cadeia de suprimentos o que é essencial para torna-la ótima. Espera-se que esta pesquisa impulsione a elaboração de outras que abordem o assunto de forma mais ampla. Resgatando a cultura e valorizando a profissão de artesão.

Palavras-chave: Artesanato, Cultura, Produção, Cadeia Produtiva.

Abstract:

This study presents the proposal of the analysis of the productive and cultural activity of the handicrafts in the municipality of Santana do Livramento, with the focus of the research in the International Park formed by two associations. The research reports from the history of handcraft in general plan, in state of Rio Grande do Sul and finally in the local area with its peculiarities of a border region. Researching the existing legislation and which guides the craft activity, such as professional registration, coordination, marketing crafts. The productive chain will be analyzed in the context of the handicrafts

1 Aluna do curso de graduação em Administração da UNIPAMPA.

2 Orientadora. Professora do curso de administração da UNIPAMPA.

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2 activity taking into account the characteristics of the environment in which it is inserted and its supply chain in order to have a more real vision of how the processes and strategies used in the production are administered. Regarding the methodology applied in the research, it has a qualitive approach, since it deals with an exploratory and descriptive social analisys, so the study fully descibed the problem, as a method of triangulation was used to obtain more accurate data through of inyerviews, participant observation and fiel diary, analysis of the crasftsmanship, with respect to the results obtainef in the analisys, the productive process of the graf is lacking knowledge of tools to improve the process of the chaim of supplies to make it optimal. It is hoped that this research will simulate the elaboration of others that aproach the suject in broader way rescuing yhe cultura and vauing the profession of the artisan.

Key-words: Craft, Culture, Production, Production Chain.

Resumen:

Este trabajo trae la propuesta de análisis de la actividad productiva y cultural del artesanato en el municipio de Santana do Livramento, com el foco da la pesquisa en la feria permanente del parque Internacional formada por dos asociaciones. La pesquisa nos reporta desde la história del artesanato em um plano general, Estadual precisamente en el Rio Grande do Sul y por fim en el ambito local com sus peculiaridades de uma región de frontera. Pesquisandose la legislación existente la cual nortea la actividad artesanal, como el registro profesional, coordenación, comercialización, del artesanato.

Sera analizada la cadena produtiva en el contexto de la actividad, llevandose en cuenta las caracteristícas del medio en el cual esta incerido y su cadena de suministros para desta forma tener una visión mas real de como son administrados los procesos y las estratégias usadas en la producción. Com relación a la metodologia aplicada en la pesquisa, la misma tuvo un abordage qualitativo, pies es un analisis social de carácter exploratório y dircriptivo que desta manera estos dos estudios combinados descrobiram completamente el problema, como método fue usado la triangulación, para obtener datos mad precisos atravez de entrevistas, observación del partocipante y diário de camp, el analisis de las comunicaciones lo que fue aplicado perfectamentr en el analisis del artesanato. Com relación a los resultados obtenidos en el analisis el proceso produtivo es carante de conocimiento de las herramientas para mejorar el processo de la cadena de suprimientos lo que es escencial para tornarla ótima. Espetase que esta pesquisa impulsione la elaboración de otras que estudiem de forma mas amplia, rescatando la cultura y valorizando la profección del artesano.

Palavras chave: Artesanato, Cultura, Producción, Cadena produtiva.

1. Introdução

A atividade de artesanato acompanha o indivíduo através da história, assimilando em suas peças desta forma a cultura regional, ou seja, seus hábitos, costumes, e também as diversas influências de etnias locais.

No Rio Grande do Sul, constata-se essa mesma relação enquanto a diversidade cultural em suas respectivas regiões, e o quanto este fator tem influência primordial na produção artesanal. Um exemplo disso é que na Região das Missões Jesuíticas encontra- se os trabalhos com traços da cultura Indígena na Região da Serra, trabalhos com forte influência dos imigrantes vindos da Europa, na Região da Campanha trabalhos típicos de indivíduos que enfrentaram as lidas dos pampas, tendo como matéria prima de suas peças o couro, a lã, o chifre e outros materiais que são retirados de seu meio ambiente.

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3 A situação da atividade artesanal somente teve mudanças, substanciais no fim dos anos 80, início dos anos 90, surge no Estado do Rio Grande do Sul um impulso inovador que trouxe uma nova visão para o artesanato, tendo como criador desse novo programa de reorganização da atividade artesanal produtiva, o Governo Estadual.

Primeiramente foram elaborados alguns decretos e portarias estaduais para regulamentar o comércio e formalizar os artesãos. Anos após foi criado o Programa Gaúcho do Artesanato (PGA), que contribui de forma efetiva para a implantação de uma renovação, na atualidade o artesanato continua a ser organizado pelo Estado, através da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), a qual faz o cadastramento dos artesãos e a realizações das feiras além de outras tarefas relacionadas.

No estado do Rio Grande do Sul destaca-se o exemplo do município de Santana do Livramento que faz fronteira com o departamento de Rivera – Uruguai fundado no ano de 1823. O município de Santana do Livramento, localiza-se na região da campanha, com uma população de 83.324 habitantes segundo fonte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No passado, este município era voltado para a pecuária a produção artesanal e denominado artesanato gauchesco ou tradicional demostrando desta forma a influência cultural do meio na atividade artesanal.

Atualmente o município e referência como cidade turística voltada para o comércio de compras, com grande fluxo de turistas principalmente nos finais de semanas.

Com relação ao comércio do artesanato deve-se ressaltar o apoio da Prefeitura Municipal nas feiras realizadas em datas festivas, e na implantação da Feira permanente no Parque Internacional, praça símbolo da integração, que funciona diariamente na parte que pertence ao território da República Federativa do Brasil, na mesma é possível encontrar peças de materiais e técnicas diversas do artesanato gauchesco ou tradicional.

Tendo o artesão como centro da cadeia produtiva no mercado local e também como indivíduo sustentador da cultura regional. Este estudo levou em conta as similaridades culturais do Rio Grande do Sul com os países que tem fronteiras, Republica Oriental do Uruguai e algumas províncias da Republica Argentina.

Considerando-se a localização do município com relação ao país fronteiriço e o contexto no qual está inserido, como integrante de uma fronteira seca, com características peculiares. Entre os dois países encontra-se o símbolo da integração e fraternidade entre eles, o Parque Internacional, é uma praça binacional, cenário de eventos nacionais e Internacionais, de relevância até mesmo na vida política de ambos países.

Buscando contribuir com informações atualizadas com relação a legislação existente e também resgatar dados históricos a respeito da atividade do artesanato no município de Santana do Livramento, já que nunca foi elaborada uma pesquisa com tal tema abordado neste estudo.

Existem pesquisas relacionadas sobre a atividade aqui descrito em outras regiões do país como o artigo de Silva (2012) dessa falta tem gerando uma carência de informações para os cidadãos Santanenses como a própria classe dos artesãos. Ficando desta forma este estudo como base para futuras pesquisas que tenham relação com a proposta, e desta forma contribuir com o desenvolvimento da atividade do artesanato.

Assim, este estudo trousse uma análise sobre a atividade do artesanato no Parque Internacional do município de Santana do Livramento, que está localizado na região da campanha, no Estado do Rio Grande do Sul. Tendo como objetivos específicos: Descrever as legislações e determinações municipais, estaduais e federais sobre o artesanato local; caracterizar os artesãos locais; e Descrever o processo produtivo (com as dificuldades e limitações) de um grupo específico. Com isso

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4 pretende-se responder à pergunta: Como se organiza a atividade de artesanato no Parque Internacional dos municípios de em Santana do Livramento - RS?

2. Referencial Teórico

2.1 Artesanato do Rio Grande Sul

O artesanato é “um complexo de atividades de natureza manual, através das quais o homem manifesta a criatividade espontânea" ''(PEREIRA, 1979, p.21 apud SOUZA, 2013). Ainda, segundo Pereira (1979 apud SOUZA, 2013) para entender melhor o artesanato deve-se levar em conta o contexto cultural, ou seja, o que no meio no qual se encontra e as correlações com o mesmo que se expande, e não tão somente considerar artesanato como um conjunto de técnicas e processos dirigidos a produção. É uma atividade que acompanha o indivíduo ao longo da história. No Rio Grande do Sul percebe-se que estava inserido nas tarefas rurais e no cotidiano do gaúcho, ou seja, o artesanato está ligado intrinsicamente a cultura regional. Encontra-se diferenças pontuais, nas regiões do Rio Grande do Sul no que se refere ao artesanato.

Na região da Serra é possível verificar uma maior influência da colonização alemã, já na região das missões se tem um artesanato que teve início no meio indígena, e na região da campanha encontra-se um artesanato mais gauchesco ou também chamado tradicional, reflexo da lida nas tarefas no campo e da necessidade de fabricar suas próprias ferramentas, utensílios, armas, adornos, usados no seu dia a dia feitos manualmente, entre eles, facas, roupas, moveis, utensílios domésticos como pratos vasilhas, utilizando para sua produção técnicas manuais como tecelagem (para fazer roupas para se proteger do frio como palas, cobertores, etc.), polimento do chifre( tirado dos animais para fazer cabos das facas e utensílios para guardar agua, cachaça ,etc.), modelagem em madeira para fabricação de cuias, trançado em vime e cestaria (para fazer moveis), cerâmica (para a produção de pratos, travessas), diversas peças representativas da cultura regional

Hábitos e costumes representativos destes sujeitos foram reinterpretados pelo gauchismo e transformados em produtos de um mercado simbólico, em franca expansão a partir de 1980 (OLIVEM 1998 apud LORETO 2016). A partir da data mencionada pode-se dizer que foi o início de uma nova perspectiva para o artesanato gaúcho, pois passou de uma atividade restrita a uma pequena produção para uma produção mais planejada voltada para um mercado mais amplo, através da publicação da Portaria n°067/2009, com base nas leis já existentes: n° 9434/91 de 27 de outubro de 1991, Decreto n° 34155/91 de 27 de outubro de 1991 e o Decreto n°34322 de 12 de maio de 1991, que formaram e redimensionam o artesanato no Estado Gaúcho a partir do ano 1991 em diante.(RIO GRANDE DO SUL, 2010).

O Programa Gaúcho do Artesanato que tem como missão incentivar a profissionalizar dos trabalhadores que produzem artesanato criando desta forma a carteira do artesão que permite ao produtor de artesanato comercializar suas peças em todo o estado de forma regular e isenta de imposto; Também tem como objetivo o programa gaúcho do artesanato fomentar a atividade artesanal com a qualificação e políticas de formação e orientação ao artesão.

Através da lei estadual n°13518 de 13 de setembro de 2010, ficou implantado o PGA (RIO GRANDE DO SUL, 2010). Onde em seu Art.1° institui, no Rio Grande do Sul o Programa Gaúcho do Artesanato (PGA), com a finalidade de promover a execução das políticas públicas voltadas às ações de desenvolvimento da produção artesanal como atividade econômica, cultural e social, coordenado pela secretária da Justiça e do Desenvolvimento Social (SJDS) do Estado do Rio grande do Sul.

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5 Umas das principais contribuições do Programa Gaúcho do Artesanato foi a revitalização da casa do artesão na cidade de Porto Alegre, tendo como intuito principal a comercialização das peças produzidas pelos artesãos cadastrados, da capital e interior do estado e desta forma valorizar o trabalho artesanal. Também é importante salientar a criação de feiras no interior do Rio Grande do Sul, que contribuíram de forma efetiva para o surgimento do artesanato como atividade produtiva e como fonte de renda viável.

[FGTAS, 2018?].

No contexto do município de Santana do Livramento, não foi diferente ao acontecido no Estado, no seu início, o artesanato estava intimamente ligado as atividades diárias como ao trabalho ou nas tarefas domésticas e enquanto a produção o que no começo era mais restringida a uma produção pequena, a partir dos anos 1980 e 1990.

Com a implantação do Programa Gaúcho do Artesanato, foram criadas feiras artesanais que tinham como característica principal serem feiras binacionais, integradas com artesãos Brasileiros e Uruguaios, até mesmo de outras cidades, realizadas no Parque Internacional, símbolo da integração, o mesmo e uma praça que tem como objetivo principal a união de dois povos, foi fundado no dia 26 de fevereiro de 1946, pela República Federativa do Brasil e a Republica Oriental do Uruguai, representadas respectivamente pelos senhores Presidentes , Getúlio Vargas e Alfredo Baldomir, e inaugurada por representantes oficiais dos respectivos países, em plena segunda guerra mundial, exemplo de paz entre os povos.

A praça foi construída em três planos adaptados a topografia, sobre uma área de 55.000 metros quadrados, dívida ao meio sendo a metade de cada país, sendo que ambos países utilizam a parte pertencente a cada um na realização de eventos individuais ou de forma integrada, ou seja, eventos binacionais, integrando culturas.

As feiras realizadas na parte que pertence a República Federativa do Brasil, no parque são organizadas pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Seguindo assim ao Artº. 2 do PGA, que dispõe que

“integram o PGA: l- A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social. FGTAS. II- O Comitê Gaúcho de Artesanato. III - Os demais órgãos estaduais e municipais e privados, que atuam no desenvolvimento do artesanato” (RIO GRANDE DO SUL, 2010).

O projeto trousse para o artesão Santanense um incentivo e um novo impulso o que gerou um aumento na produção para atender a demanda crescente. No começo dos anos 90 foi firmado um decreto municipal pelo Prefeito Bassedas a criação de uma feira de artesanato permanente no Parque Internacional, já que as mesmas eram periódicas em datas comemorativas registradas no calendário de eventos da cidade, tornando-se permanente A feira está em funcionamento diariamente, até a presente data, oferecendo seus produtos diretamente ao consumidor final. Raul Almeida (1974) MTG [2018?]:

Não é possível incluirmos na categoria de artesanato as pinturas de bandeiras de santos, os ex-votos na forma de esculturas de cabeças, as xilogravuras dos folhetos de Cordel, os desenhos coloridos das carrocerias de caminhão e os exemplares figurativa que existem em todo o Brasil.

Ressalta Martins (1974)``tipo ou modalidade de artesanato resulta de fatores ecológicos, isto é das relações entre o homem e o meio. Adapta-se às condições locais, ao estilo de vida, às exigências da freguesia, aos recursos naturais, a ocasião. Sendo o artesanato uma manifestação da vida comunitária, o artesão faz objetos padronizados, o que empresta à sua arte um caráter regional e tradicional`

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6 2.2 Produção

Deve-se analisar mais demoradamente a produção como parte da economia social, (SWEDBERG, 2009, apud SILVA, 2012), considera a economia como um processo que começa na produção, prossegue com a distribuição e acaba com o consumo. E ainda com relação ao mercado, pode -se afirmar que ele sofre a influência do entorno onde habita e do meio social no qual está inserido, segundo Grawovelter (2002) apud SILVA (2012) isso se dá por meio de costumes, hábitos ou normas. O mesmo autor ressalta que além do indivíduo, grupos, relações sociais e outras variáveis podem influenciar a ação econômica e os interesses individuais.

No estudo apresentado podemos vislumbrar essa realidade da influência do entorno na produção do artesanato, como os costumes, hábitos, e o entorno no qual o produtor do artesanato convive, até mesmo o clima típicos do sul do pais, com invernos rigorosos, que leva o artesão a produção de artigos para a proteção do frio, e também de peças impregnadas de tradições regionais como artigos de couro, vime, chifre.

Para preservar a cultura regional que é passada através do artesanato, e para que atividade artesanal possa ser solidificada como profissão e desta forma atividade viável e rentável, o Governo Federal promulgou uma lei, que vem regulamentar a profissão a nível nacional e tendo objetivo o estimulo da produção artesanal, determinando que o Estado ficará responsável por a coordenação da produção encontra-se a lei n°13180/2015, assinada no ano 2015, pela Presidente Dilma Russeff (BRASIL, 2015).

Encontra-se nos artigos III e IV respectivamente a necessidade de integração da atividade com outros programas de desenvolvimento econômico e social, como também a determinação que a qualificação permanente e os estímulos ao aperfeiçoamento dos métodos e processos produtivos, deve-se ser realizados com o apoio do Estado que desta forma ficara responsável pela assistência especialmente no que se refere ao processo produtivo do artesanato.

Após a promulgação da lei mencionada surgiu a necessidade por parte do setor do artesanato ampliar e complementar a lei, para que quando fosse posta em pratica seu entendimento ficasse mais compressível e completo, para o artesão. O Setor do artesanato fez parceria com o Ministério da Cultura, ressaltando desta forma a ligação cultural do artesanato com a produção, dando especial reconhecimento da cultural da atividade, e também como a produção artesanal e de suma importância como atividade produtiva que gera renda foi divulgado o Plano Setorial do Artesanato, que amplia e complementa o a lei mencionada.

O referido plano foi elaborado por um Colegiado Setorial de Artesanato com a participação do Ministério da Cultura e com início no ano de 2016 e com a data para a sua total implantação no ano de 2025, de forma abrangente em todo o território nacional Sendo orientado estrategicamente para obter uma renovação, valorização, e para o desenvolvimento da atividade.

Tendo como Objetivos do Plano Setorial do Artesanato (2016) fomentar e incrementar os ciclos produtivos do artesanato Brasileiro; Qualificar os profissionais de artesanato em todas as etapas dos ciclos produtivos; Promover e divulgar o artesanato como expressão da diversidade cultural Brasileira; Promover a melhoria dos processos de distribuição e comercialização; Fortalecer o artesanato Brasileiro em suas dimensões simbólica, cidadã e econômica; Estimular o uso de inovações tecnológicas e de técnicas de sustentabilidade ambiental na produção do artesanato Brasileira.

No Rio Grande do Sul a legislação que ordena sobre a produção artesanal encontra-se no Programa Gaúcho do Artesanato que se propõe a fomentar apoiar, e fortalecer, promover o artesanato como fonte de trabalho e renda, melhorando a

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7 qualidade, dos produtos, serviços e processos da cadeia produtiva da atividade artesanal.

(RIO GRANDE DO SUL, 2010).

E através destas normas, mostra que tem como meta principal a melhoria na cadeia produtiva da atividade artesanal no Estado. A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social - FGTAS, ficou desta forma responsável pela aplicação prática das regulamentações junto aos artesãos do Estado, promovendo a reestruturação da produção e comercialização das peças, para melhoria da atividade no mercado, tornando-a produtiva e uma fonte de renda viável e segura [FGTAS.2018?].

Com relação Santana do Livramento, ao grupo de artesãos a ser estudado apesar da produção e comercialização ser individual, estão no mercado de forma coletiva através das Associações: Associação Internacional de Artesãos (ASIART); Associação de Artesãos de Santana do Livramento (AASL). Os produtos produzidos e comercializados por ambas são representativos do entorno regional e cultural, nas quais estão inseridos. Sendo fruto de uma região fronteiriça única, onde pode se encontrar artesãos com dupla cidadania e tendo referências culturais de ambos países, que se refletem em suas peças comercializadas.

2.3. Cadeia de Suprimentos

Nesta seção pode-se ver alguns conceitos de cadeia de suprimentos ou também denominada Supply Chain, para ter uma percepção, mas abrangente sobre a temática abordada na atualidade. Consiste em um conjunto de atividades que termina com a entrega de um produto ou serviço final ao consumidor (MOREIRA, 2006, p. 427)

Entretanto, Slack (2009) considera que a cadeia de suprimento como uma rede maior de operações onde a mesma não existe isoladamente esta interconectada com outras operações do processo produtivo, e também fazem parte dessa rede os clientes e fornecedores, e os clientes dos clientes e os fornecedores dos fornecedores tendo desta forma uma cadeia mais ampla. A cadeia de suprimentos é ampla de forma que abrange todos os atores neste processo, desde a matéria prima, até o produto estar nas mãos do cliente final, objetivo principal da cadeia.

Esses processos se relacionam de forma integrada, sistémica e estratégica, para atender as exigências do consumidor final de forma eficiente, já que o objetivo final é a satisfação do cliente. Para a melhor desempenho da mesma e necessário um gerenciamento que considere todas as atividades como essências, e o bom relacionamento com uma boa comunicação entre os departamentos e com os fornecedores para desta forma obter um resultado previsto nos objetivos predeterminados.

Afirma, Moreira (2006) Gerência da cadeia de suprimentos consiste na coordenação das atividades provendo a ligação contínua entre fornecedores, prestadores de serviços e departamentos internos. A gestão de cadeia de suprimentos é a gestão da interconexão das empresas que se relacionam por meio de ligações á montante e à jusante entre diferentes processos, que produzem valor na forma de produtos ou serviços para o consumidor final (SLACK, 2009).

O gerenciamento da cadeia de suprimento, suas tarefas enquanto a gestão da cadeia produtiva depende do tamanho da empresa, e do número de departamentos e dos seus processos. Existem departamentos dentro das empresas de suma importância são eles: os departamentos de compras, de distribuição, e entrega ao cliente, que tem uma função estratégica dentro da empresa, todos devem funcionar harmonicamente.

Também é fundamental o bom relacionamento não tão somente com as partes integrantes da mesma como com os fornecedores e clientes, tendo sincronia interna e

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8 externa. Os gestores de compras fazem uma ligação vital entre a empresa e seus fornecedores. Para serem eficazes, precisam compreender tanto as necessidades de todos os processos da empresa, como as capacitações dos fornecedores (SLACK, 2009).

Ressalta Moreira (2006) que a grande ideia e fazer com que a empresa valorize também os clientes e os fornecedores das camadas de relacionamentos não diretos ou seja clientes dos clientes e fornecedores de fornecedores. Pode-se encontrar vários tipos de integração, como quando são pagos serviços, fornecedores ou produtos externos que não são partes integrantes das empresas, e se conhece como integração vertical quando a empresa é a produtora de seus produtos e serviços, e desta forma seus custos serão reduzidos ou menores.

Fatores externos influenciam a cadeia produtiva são eles, mercados internos e externos; meio ambiente, clima; tecnologias e ações do Estado, como incentivos ou taxas comerciais. Nos dias atuais de globalização conta-se com uma nova ferramenta para melhorar o desempenho das empresas, em relação a integração vertical que consiste no grau e na extensão de propriedade que uma organização tem da rede da qual faz parte (SLACK, 2009).

Apesar de através da internet ter-se conseguido otimizar pedidos, contratar, confirmar, faturar, etc., ainda falta um longo caminho para que a totalidade das empresas possa utilizar devidamente essa ferramenta, para que a mesma seja otimizada.

O sucesso de uma cadeia de suprimentos depende de quatro fatores principais, infraestrutura organizacional, tecnologia, alianças estratégicas e gerências de recursos humanos.

Afirma Moreira (2006) que para melhorar o desempenho da cadeia de suprimentos a empresa consome recursos humanos e financeiros. Para saber como funciona a cadeia de suprimentos, montar, manter e utilizar um sistema para mesurar esse desempenho e fundamental, para poder vislumbrar os gargalos existentes nos processos produtivos e poder-se corrigi-los eficientemente. O sistema apontara os benefícios e dará orientações para um desenvolvimento permanente.

2.4 Cadeia de Suprimentos no Artesanato

Dessa maneira, o artesanato é um tipo de produção que uma só pessoa ou poucas pessoas são parte integrante de toda cadeia de suprimentos, a mesma e mais reduzida.

No artesanato as fontes de matéria prima são os únicos elementos externos que não tem tanta participação direta do artesão na atualidade, devido a evolução da indústria e a necessidade de modernização no processo de produção para agilizar o mesmo, para melhor atender a demanda dos clientes.

Para obter a matéria prima, como por exemplo o couro ou a lã, se faz aquisição da matéria prima com fornecedores, depois do processo inicial de acondicionamento comprando a mesma já limpa e no qual o artesão pode utiliza-la imediatamente, assim otimiza-se o processo produtivo, enquanto ao tempo e custos gastos sem necessidade.

Os fornecedores e clientes que tem contato diretos com uma operação são denominados de rede imediata de fornecimentos (SLACK, 2009, p.171). Com relação aos demais elementos como armazenagem, montagem, manufatura, distribuição e entrega ao público ele é realizado diretamente pelo produtor das peças, o qual é responsável.

Na atividade artesanal o gerenciamento da cadeia de suprimentos e realizado pelo artesão o qual e o responsável pela organização das atividades que são elaboradas individualmente ou com à ajuda de poucos colaboradores, além de manter a comunicação com os fornecedores e prestadores de serviços de modo que a

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9 comunicação com os fornecedores torna-se uma ferramenta estratégica para obter um desempenho eficiente e competitivo, um bom relacionamento com os fornecedores melhora o desempenho no gerenciamento da cadeia produtiva no artesanato.

Deve-se considerar os fatores externos que influenciam a cadeia de suprimentos, sendo os mais relevantes as oscilações do mercado, como preços de matérias primas e cotações cambiais, as quais tem impacto direto no processo produtivo, também questões ambientais, e a falta de aplicações de ações governamentais.

E de grande valia para a cadeia de suprimentos do artesanato o bom discernimento do produtor com relação às compras de matérias primas a seleção dos fornecedores, levando-se em conta um bom relacionamento e trará como resultado um produto de excelência, no que se refere à qualidade exigida pelo consumidor.

Segundo Slack (2009) a atividade de compras deveria ter qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custos, cumprir os objetivos do desempenho da produção de forma eficiente até mesmo uma parceria é sinônimo de benefícios, também deve-se considerar quando e quanto de matéria prima seria o ideal para a produção ser eficaz e eficiente, obtendo assim uma cadeia de suprimentos ótima.

No Plano Setorial do Artesanato de 2016, encontra-se no 4°Eixo de comercialização e distribuição. Onde encontra-se diversas ações estratégicas voltadas para o melhoramento da comercialização dos produtos artesanais ampliando as áreas vendas de exposições dos produtos.

3. Metodologia

De acordo com o estudo proposto e tendo como base da pesquisa á analise do artesanato no município de Santana do Livramento, e sua atividade produtiva que tem como principal ator o artesão, participe da sociedade como um todo, desta forma pode- se defini-lo como um ser social. Com relação ao caráter da pesquisa foi exploratório e descritivo. Uma vez que os estudos exploratórios-descritivos combinados, são estudos exploratórios que tem por objetivo descrever completamente determinado fenômeno (Lakatos, 2003, p.188).

Os estudos exploratórios trouxeram a pesquisa uma realidade que se encontra desapercebida ou pouco conhecida no contexto da problemática apresentada, e os estudos descritivos nos revelaram a realidade existente e mais conhecida. Enquanto a abordagem a ser aplicada, foi qualitativa, devido a ser um estudo social. Isso se justifica pela relevância específica da pesquisa qualitativa para o estudo das relações sociais que se deve ao fato da pluralização das esferas de vida (FLICK, 2004, p19).

O método a ser utilizado, foi triangulação. Essa técnica, segundo Triviños (2008) é utilizada para poder ter uma maior amplitude nos resultados da pesquisa, pois seria impossível a existência isolada de um fenômeno social, sem raízes histórica, sem significados culturais e sem ter vínculos com uma realidade social mais próxima. Nesse sentido, ela é realizada quando se leva em conta para o levantamento dos dados, as observações. Neste estudo, a coleta dos dados se dará através de entrevistas (conforme roteiro disponível no Apêndice 1) que tenta captar as percepções do sujeito, documentos existentes sobre o assunto, também foram realizadas a técnica de observação participante, uma vez que a autora deste estudo tem relação direta com as atividades de artesanato desenvolvidas. Para acompanhar essa última técnica, foi construído um diário de campo contando as experiências durante o tempo da pesquisa.

Detalhando um pouco mais as técnicas de coleta, os principais documentos pesquisados foram o Plano Gaúcho do Artesanato, Plano Setorial, Portaria n°067/2009

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10 da FGTAS, Lei Estadual n° 9434/91, Decreto Estadual n° 34155/91, Decreto Estadual 34322/91(RIO GRANDE DO SUL 2010), Lei Federal n° 13180/2015 (BRASIL,2015).

O trabalho de campo foi realizado através de observação participante na feira de forma semanal do dia 10 de agosto até o dia 10 de outubro, as observações foram em forma direta. Foram feitas visitas às bancas de ambas as associações, e o observado foi relatado no diário de campo. As entrevistas, conforme estrutura no Apêndice 1, são semiestruturadas com a intenção de aproveitar como forma de dados as narrativas que os entrevistados produzem (FLICK. 2004, p. 109).

Elas foram aplicadas a 6 artesãos 2 da Associação de Artesãos de Santana do Livramento, 2 da Associação Internacional de Artesãos, que integram na atualidade a feira artesanal permanente do Parque Internacional, e 2 indivíduos de relevância no artesanato local e estadual, e na história da atividade produtiva, as quais agregaram valor a pesquisa

A interpretação dos dados é, normalmente, o fator decisivo para determinar quais enunciados podem ser produzidos sobre o material empírico, e quais as conclusões que podem ser tiradas a partir desse material, independente como foi coletado (FLICK. 2004).

O Método de análise de conteúdo foi a técnica de análise usada neste estudo, afirma Triviños (2008) que a análise de conteúdo tem como objetivo principal analisar as comunicações, ou seja, escritas e orais.

Como estuda as crenças, hábitos, atitudes, motivações, o que poderá ser aplicado perfeitamente no estudo da análise do artesanato, os documentos correspondentes e as entrevistas aplicadas.

As respostas aplicadas aos entrevistados foram divididas em categorias para ter dados ordenados segundo o assunto ao qual estão relacionados. As categorias são as seguintes: Relações com o poder público, Relações com os atores da cadeia de suprimentos que se encontram antes da produção, Relações com à produção, Relações com os atores da cadeia de suprimentos que estão após a produção e Relações de trabalho.

4. Análise e Resultados

Nessa seção serão discutidos os principais resultados do estudo a partir da metodologia utilizada. A seção está dividida conforme as categorias abordadas e ressalta-se que no Apêndice 2 constam fotos da feira visitada como forma de ilustrar o trabalho.

4.1. Relações com o poder Público

Nessa seção foram abordados os resultados e análises a partir das entrevistas realizadas com os artesãos que tem suas bancas localizadas no Parque Internacional, tendo como base primeiramente a relação que os mesmos tiveram anos anteriores e tem na atualidade com o poder público.

Foi possível averiguar principalmente que que o mercado de produtos artesanais simbólico teve sua maior expansão a partir de dos anos 80 (OLIVEM 1998 apud Loreto 2010).

Observa-se também que a Portaria que contém as leis promulgadas no Decreto n°9434/91 e o Decreto n°3415591 do 27 de outubro de 1991 e o Decreto n°34322/91(

RIO GRANDE DO SUL, 2010) que tinham como intuito organizar o artesanato no Rio Grande do Sul, no município de Santana do Livramento foi concretizada como foi expressado pelo Entrevistado 1. Tal entrevistado ao se referir aos acontecimentos dessa época (década dos anos 80) mostra conhecimento por ter vivenciado todo esse processo.

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11 Com relação ao poder público, ressalta o protagonismo de duas figuras públicas que foram o prefeito Guilherme Bassedas Costas e o intendente de Rivera Altivo Estevez, que foram os que mais ajudaram ao artesanato na fronteira atuando de forma conjunta, também com a colaboração da Fundação Gaúcha no tempo do Dr Miguel Smich e do gerente Renato Silveira.

Segundo o Entrevistado 1 essa foi a melhor época de convivência mais expressiva entre artesãos e o poder público, quando foram realizados eventos de promoção do comercio do artesanato no estado.

No contexto de Santana do Livramento o entrevistado salienta a Diretora de Cultura na pessoa de Leone Beatriz Drakers Simões Piris, como um marco no artesanato de Livramento, na sua gestão (governo G. Bassedas Costa) foram formalizados cinco grupos de artesãos que não tinham privilégios entre si, eram tratados igualitariamente,

O grupo fronteira da paz foi o grupo criado pelo entrevistado que tinha 144 filiados, do qual ele foi o coordenador, esses grupos realizavam cinco feiras anuais no Parque Internacional, após o governo de G. Bassedas todo o movimento foi diminuindo até acabar. O Entrevistado 5 confirma a realização das feiras binacionais:

Antigamente, antes de começar em 1990 e pouco, era uma feira bem organizada, era muito grande aqui, eu lembro chegava a ter duas filas aqui, era muito importante tinha gente de fora, eram periódicas, natal, essas coisas assim, depois que vieram para aqui, eram vários grupos de artesãos, se juntava o pessoal de Rivera, e se juntava o pessoal daqui, mais os que vinham de fora, e faziam uma feira muito grande, era lindo, tinha movimento

Percebe-se com isso, a atuação da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, por parte do governo estadual na organização juntamente com o município nas feiras binacionais como ficou estipulado na Portaria mencionada anteriormente. A partir desse momento foi criada a feira da “praça dos cachorros” (Praça Flores da Cunha) localizada a poucos metros do Parque Internacional, foi a primeira feira permanente da cidade.

O Entrevistado 1 descreve esse momento, no qual um grupo forte liderado por Carlão Castro conseguiu uma permissão da Câmara de vereadores para a instalação da feira mencionada o entrevistado descreve detalhadamente as estruturas bem-acabadas das bancas as quais se tornaram um cartão postal da cidade pela beleza e também um lugar turístico.

Após o governo do prefeito Bassedas e no governo do seu sucessor Oswaldo Greceller foram retiradas as bancas da praça e colocadas na rua, também foram trocadas as estruturas de madeira por bancas de lata, depois disso perdeu o encanto. E para culminar o lugar foi invadido por camelôs, tornando impossível o comércio do artesanato naquele lugar, o entrevistado expressa sua indignação quanto a falta de respeito total ao que significa cultura e ao que significa trabalho.

A Entrevistada 4 também fez esse comentário com relação a referida feira que podemos considerar como o início da estruturação das feiras e que teve como consequência a mudança do ponto de comercialização dos artesãos para o Parque Internacional. Podemos confirmar essa transição de um local para o outro com a Entrevistada 4:

Do começo éramos ali e viemos parar aqui no parque, porque lá o artesanato junto com o eletrônico dos camelôs não era possível nos morremos quase de fome lá, ai nos forneceram esta feira aqui, para nós trabalhar,

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trabalhava vinte dias e ficava três meses fora, porque lá não adiantava ficar no meio, então a gente vem vindo pra cá, graças a Deus que nos deixaram agora trabalha, né, foi por isso que viemos parar aqui.

Percebe-se que a participação do poder público Estadual em conjunto com o Município após a instalação permanente da feira no Parque Internacional foi pequena. A única atitude por parte do poder público municipal foi a autorização dada a outros artesãos que colocaram suas bancas no Parque Internacional no largo de Av. Almirante Tamandaré.

Como comenta o Entrevistado 1: “Ahí ellos se vinieron para acá, ahí como una medida de escape vinieron para acá y después el Jaburu, el Chico y otros artesanos consiguieron autorización tambien” (E1) , e também o Entrevistado 6: “Antes tinham feiras, depois lá pelos aos 90 se fez esta feira aqui no parque, nós viemos pra aqui no governo Wainer Machado que nos autorizo botar aqui desse lado, e estamos aqui” (E6).

Com relação a leis e aos estatutos criados no âmbito federal nos últimos anos que teriam como fim incentivar a produção artesanal, e desta forma tornar definitivamente uma produção organizada, rentável, tendo o trabalhador da atividade artesanal um profissional reconhecido, respeitado por ser um agente produtivo no mercado e um difusor da cultura da sua região. Ao serem questionados sobre O Programa Gaúcho do Artesanato, o Estatuto do Artesanato e a Lei Federal n° 13180/2015 ( BRASIL, 2015), a maioria dos entrevistados respondeu que não tinha conhecimento ou sabiam que existiam mas nunca foram informados de forma formal por nenhum ente responsável, ou seja a FGTAS, ou o Município de Santana do Livramento. Como se observa nas falas a seguir: “Não, ninguém me informou, nem a fundação, da nova lei não, a minha carteira, quando eu tirei minha carteira existiam somente 3000 artesãos em todo o estado, hoje acho que está beirando os 100.000, a minha carteira não chegava a 3000, quando eu tirei” (E 3).

Minha filha, se tem eu não sou sabedora, porque pra mim nunca me deram um fio de linha, mais que o piso para a gente trabalha que já é uma grande coisa, né, porque isto aqui e uma loteria deixar a gente trabalhar, e de outra coisa jamais, nunca, nunca, só o piso aqui, eu dou graças a Deus que deixam a gente aqui (E4).

“Não, não conheço nenhuma, a fundação só faz as carteiras, e carimbam as notas” (E 6). “Acho que tem, tem uma lei para os artesãos, mas eu não sei dizer, nunca nos mostraram” (E 5). “Olha não conheço nada e se tem nunca fui informado, a gente sempre procurou alguma coisa para nos incentivar, para crescer, mas nesse sentido ninguém ajudou em nada” (E3).

Dessa forma observa-se que a articulação desses artesãos com o poder público municipal que é o órgão regulamentador dessa atividade, é uma articulação fraca. De maneira que eles precisam se organizar para manter essa atividade artesanal e de propagação da cultura local sem o apoio ou o incentivo do poder público local.

Isso mostra o início da análise dessa cadeia de suprimentos, onde os atores se organizam para manter uma atividade a partir dessa organização que visa inicialmente manter o local de venda acabam se articulando e se aproximando. Mesmo que de maneira informal, essa organização é fundamental para que esse grupo se mantenha, uma vez que eles não têm órgãos externos que fazem isso.

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13 4.2. Fornecedores:

Na análise de conteúdo com relação a atores anteriores na cadeia de suprimentos, ou seja, com relação a matéria prima como é adquirida, suas dificuldades e limitações, foram colhidas respostas diversas entre os entrevistados, sendo a principal diferença no grau de facilidade ou dificuldade na aquisição da matéria prima (o material usado por cada artesão).

Segundo os entrevistados que trabalham com o couro é bastante fácil conseguir, como mencionam os entrevistados 2, 3 e, 5, ressaltando que os entrevistados 2 e 3, trabalhavam com outros materiais e mudaram ou começaram a produzir peças em couro. “Na minha carteira eu sou artesão em resina, couro que foi o que eu comecei que foi em couro, mas sempre fiz trabalhos em resina e também entalhe em madeira. E a matéria prima o couro mesmo aqui no Rio Grande do Sul é fácil de conseguir e a resina e a madeira é fácil de conseguir” (E2). A matéria prima, o “chifre eu compro no frigorífico e o couro nas cooperativas, sim tenho dificuldades o chifre tenho dificuldades de achar, o também e mais acessível até por isso trocamos o chifre pelo couro, porque o chifre e mais difícil de conseguir” (E 3).

Já o entrevistado 5 sempre trabalhou com o couro como matéria prima afirma que tem facilidade de adquirir matéria prima. Pode-se notar também como o artesanato se molda ao meio como afirma Saul Martins (1974, p.10) “adapta-se às condições locais, ao estilo de vida, às exigências da freguesia, aos recursos naturais”. De forma que alguns entrevistados modificaram a matéria prima trabalhada pela facilidade de encontrar.

A entrevistada 4 ressalta a dificuldades existentes para a aquisição da matéria prima para a produção das suas peças feitas com barbantes e linhas. “Livramento tem muita dificuldade, geralmente, tem certos materiais tenho que buscar fora, aqui não tem, como armação de abajur, o sisal, essas coisas tenho que buscar fora que aqui não tem”.

Com relação aos artesãos entrevistados 1 e 6, sua matéria prima é a mesma, a madeira das árvores de cinamomo, e as dificuldades se dão pelo tempo. Segundo o Entrevistado 1 no seu tempo era fácil e também era facilitado o transporte por parte da Intendência de Rivera da madeira. “No, nosotros la matéria prima nunca tuvimos problemas incluso en el tiempo bueno que yo le digo, hasta si precisavamos un camión del municipio de la intendencia de Rivera para acercarnos la monteada no teniamos problemas, mas hoy dia zero doble zero nadazero nada, entonces” (E 1).

O Entrevistado 6 comenta como hoje em dia está difícil conseguir a madeira, devemos ressaltar a consciência de preservação do meio ambiente, por parte do artesão que faz a poda e não corta a árvore, um pensamento de sustentabilidade.

Bom compro a madeira trabalho nela, compro a poda para conservar a árvore para ter madeira nos outros anos para podar de novo, eu compro a poda das árvores, o cinamomo e trabalho a madeira, antes não tinha tanta dificuldade mas hoje tem mais porque as pessoas mais velhas moravam nas chacras nos sítios se importavam por cuidar as árvores, hoje as pessoas mais jovens não se preocupam e não tem interesse de cuida .

Observa-se que com relação aos fornecedores apesar alguns dos artesãos falarem que não existem grandes dificuldades para adquirir a matéria prima, mas também não existem parcerias com os fornecedores o que seria muito importante para melhorar a qualidade dos produtos também para não faltar a matéria prima quando os clientes

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14 realizam encomendas maiores. E assim obter resultados mais eficientes, e obter uma cadeia de suprimentos ótima, com qualidade, rapidez, e desempenho de excelência.

4.3. Relações com a Produção

As respostas dos entrevistados sobre a produção em si, podemos perceber que o gerenciamento da cadeia de suprimentos do artesanato é realizado pelo próprio artesão que compra a matéria prima, produz e distribui, de forma bastante simples. Isso ressalta uma característica da produção artesanal de que uma única pessoa tem habilidade e capacidade para executar todo processo produtivo que envolve o produto.

Moreira (2006) mostra uma pesquisa realizada por Poirier e Quinn, a partir da qual pode-se considerar que a atividade do artesanato está e um ponto intermediário, onde os processos internos já iniciaram sua integração, como também os parceiros da cadeia de negócios, mas com um longo caminho pela frente (MOREIRA, 2006. p.78).

O autor também apresenta os 5 diferentes níveis nos quais se pode classificar a relação à evolução e progresso das empresas.

Ao realizar essa mesma comparação com os artesãos e o estágio de cada um, podemos considerar que os entrevistados estão classificados no nível 1 ou no nível 2.

Nos que se encontram no nível 1 de progresso com relação ao gerenciamento da cadeia de suprimentos, percebe-se que o produtor ainda não trabalha de forma integrada na cadeia de suprimentos de forma que se preocupa e gerencia somente com os seus processos, nesse nível o foco principal se encontra na melhoria dos processos e sua funcionalidade.

O Entrevistado 1, mostra que na atualidade tem uma baixa produção em decorrência de sua avançada idade, o entrevistado 2 também na atualidade tem pouca produção por problemas de saúde o que o levou a comercializar produtos de artesãos que que fornecem as peças para ele alguns da própria feira e outros de fora da cidade, o Entrevistado 6 também está no nível 1 ele nos diz “Aí depois trabalho a madeira no torno, lixo, faço o acabamento e trago aqui para a banca do parque Internacional para vender”(E 6).

Com isso percebe-se o seu foco nos suprimentos e na logística, também a redução no número de fornecedores e provedores de serviços o que caracteriza o primeiro nível de progresso no gerenciamento da cadeia, o entrevistado 6 ele não considera como principal o de real importância o relacionamento com os fornecedores ou com provedores de serviços.

Com relação ao os entrevistados 3, 4, 5, podemos observar já uma transição para o nível 2, neles percebe-se que existe uma melhoria com relação a os fornecedores, também escolhem seus fornecedores de forma mais estratégica, existe um melhor relacionamento com o fornecedor.

Entrevistado 5 afirma, “não eu compro só de um lugar bom, eu compro, se não a gente consegue algo de fora, tem preferência, mas não e só um” (E5). O Entrevistado 3 também está buscando uma melhor relação com os fornecedores, a pesar de não ter só um fornecedor, como afirma: “A gente tem vários fornecedores porque as vezes pode faltar um, se ficar só com um a gente fica limitado temos fornecedores daqui e algum de fora” (E3).

Observa-se que os artesãos poderiam estar em níveis mais elevados se fossem aplicadas as normas que determinam que o poder público deve apoiar a cadeia produtiva do artesanato, através de incentivo

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15 4.4. Relações com os atores posteriores a cadeia de suprimentos

Os entrevistados não possuem estratégias planejadas ou elaboradas de forma mais especificas para as diferentes etapas da cadeia produtiva. Eles apenas realizam as atividades de forma mais simples, como narra o Entrevistado 2 “A minha estratégia para a produção e buscar a perfeição, o acabamento, e na venda e tratar bem o cliente para fazer que o cliente retorne, volte sempre”.

Também o Entrevistado 3 considera que buscar a melhoria da qualidade dos produtos e uma estratégia para a vender mais, ele tem uma visão mais ampla enquanto a promoção dos produtos através de eventos, ou vendendo no comercio local essa tarefa de vendas e feita por ele mesmo.

Como já foi citado, a relação entre fornecedores e clientes que são feitas de forma mais direta e considerada uma rede imediata (SLACK.2009, p.171). Com relação a os demais entrevistados eles não tem percepção clara sobre o que poderia ser uma estratégia, eles produzem o melhor possível, e expõem em suas bancas e esperam os clientes procurarem os seus produtos.

O entrevistado 5 não mencionou, mas por pela forma de coleta de observação que foi utilizada no trabalho percebeu-se que ele usa os meios eletrônicos para obter vendas de seus produtos usando as redes sociais.

Podemos observar a carência existente entre os artesãos de um apoio com relação as estratégias para a cadeia produtiva por parte do poder público, como determinam as leis existentes para a promoção, comercialização dos produtos artesanais, por meio de capacitações ou incentivos não só financeiro. Segundo a lei Federal n°

13180/2015 (BRASIL, 2015) e também no Plano Setorial do Artesanato (2016) fomentar, promover a cadeia produtiva e sua divulgação, distribuição, e promoção do artesanato que é o principal objetivo, sendo o poder público responsável pela implantação, dando todo o suporte necessário para isto acontecer.

Em relação ao Município de igual forma não se faz presente no incentivo ou promoção do artesanato no Parque Internacional.

4.5. Relações de trabalho

Os Entrevistados são associados a ambas entidades, a Associação Internacional de artesãos e a Associação de Artesão de Santana, sem fins lucrativos, mas as atividades de produção, comercialização, e todo o referente a cadeia de suprimentos e realizada de forma individual, cada associado tem seu local de comercialização individual. O Entrevistado 2 expressa isso claramente: “aqui na feira cada um vende de forma individual, cada um tem o espaço e vende” (E2).

Podemos confirmar através das entrevistas realizadas, que a atividade artesanal, faz parte de uma economia social como nos mostra Grawovelter (2002) apud Silva (2012), que é também essencialmente cultural, que é passada suas técnicas, através de seus hábitos e costumes, principalmente no meio familiar. Isso se confirma neste trabalho a partir das falas Entrevistados 1, 3 e 6.

O Entrevistado 1 nos contou que ele aprendeu com seu irmão a técnica do torno para trabalhar a madeira do cinamomo, e as diferentes funções e modalidades das ferramentas usadas, que nos anos 90 chegou a ter 5 empregados, ele considera que foram na realidade apêndices da atividade artesanal, já que alguns deles se tornaram artesãos e vivem do artesanato na atualidade.

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16 Entrevistado 3 nos conta que aprendeu com o pai, “eu trabalho com artesanato a 20 anos já. Aprendi com meu pai, aprendi a técnica e peguei a função” (E3). Ele também aborda a relação com seu pai na produção das peças. “Faço trabalhos terceirizados seriam por exemplo, com meu pai a gente tem uma parceria, as vezes eu costuro cuia pra ele e forro cuia para ele, quando a gente tem mais encomenda a gente se reveza nesse sentido, a gente ajuda um ao outro” (E3).

O Entrevistado 6 afirma: “Trabalho com artesanato desde guri, com meu pai e meu tio, depois segui só eu” (E6). Também devemos ressaltar as relações de trabalho na produção os entrevistados trabalham de forma individual, eles não têm empregados, somente contam com a colaboração dos familiares principalmente as esposas e filhos.

Como relata o entrevistado 2: “Olha quando eu produzia mais, sempre produzia em família, minha ex mulher hoje minha atual mulher, minha atual esposa e filhos que sempre me ajudaram” (E2). O entrevistado 5 também confirma essa relação: “Não sozinho, não tenho empregados, minha esposa ajuda”.

Todos os entrevistados têm plena consciência da sua importância como difusores da cultura regional através de seus produtos os quais são comercializados no mercado local para clientes locais como para turistas de diversas regiões do país e para o exterior.

5. Considerações Finais

Ao chegar ao término deste estudo que foi norteado pelo objetivo da análise da atividade do artesanato no parque Internacional, para conseguir alcançar esse fim foi realizado o levantamento da legislação federal e estadual, no qual pode-se constatar que a legislação federal mais recente, não é conhecida pelos artesãos.

No âmbito estadual observa-se uma situação de estagnação, o que gerou uma deterioração das relações devido à falta de aplicação das normas que deveriam promover, incentivar e fomentar o artesanato. Isso cria um ambiente de desconfiança por parte dos artesãos com relação a FGTAS que é o órgão público responsável por essa tarefa de organizar, fomentar à produção artesanal para qual foi criada.

No plano municipal a prefeitura recentemente apesar de ter acenado com a possibilidade de reestruturação das bancas, não passou de uma atitude sem seriedade ou planejamento, que causou mais uma frustração para os artesãos, nos últimos dias os artesãos foram avisados que serão removidos do parque Internacional, arcando os mesmos com todos os custos de remoção e construção de novas bancas em lugar até o momento incerto.

Também foi feito a caracterização dos artesãos localizados na feira no parque Internacional, o que se pode constatar que apesar da feira existir a pelos 20 anos, e dos artesãos terem plena consciência de serem condutores da cultura regional através das suas peças que são comercializadas no comercio local, para outros estados e exterior.

Ao descrever o processo produtivo da atividade pode-se observar que existe uma carência de conhecimento de ferramentas para melhorar o gerenciamento da cadeia de suprimentos o que é essencial para o melhoramento dos processos e de suas estratégias, para a atividade tornar-se mais eficiente, e consequentemente mais rentável. A falta de dados documentais e a restrição de tempo para realizar esta pesquisa de forma mais abrangente foram os fatores que limitaram este estudo.

Espera-se que essa pesquisa seja o início de outras que abordem a atividade do artesanato de uma forma mais abrangente, no município ou na região da campanha resgatando a cultura e a atividade artesanato como profissão. Sugere-se que sejam realizados e organizados por parte da FGTAS, cursos relacionados com gestão e

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17 produção a serem aplicadas aos artesãos para desta forma qualifica-los para suprir as carências de conhecimentos existentes na categoria.

6. Referências:

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518.pdf>acesso em 01/06/2018.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.Institui o programa Gaúcho de artesanato-PGA- cria o comitê Gaúcho de artesanato -CCA- e dá outras providências

LEI N° 34322, DE 13 SETEMBRO DE

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Institui o Programa Gaúcho de Artesanato  PGA , cria o Comitê Gaúcho de Artesanato – CGA  e dá outras providências. LEI Nº 13.518, DE 13 DE SETEMBRO DE 2010.

<http://www.al.rs.gov.br/FileRepository/repLegisComp/Lei%20n%C2%BA%2013.518.

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FGTAS, FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO AÇÃO SOCIAL. Disponivel em: http//www.fgtas.rs.gov.br. Acesso em 22 de março de 2018.

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MARTINS, Saul. Arte e Artesanato folclóricos. Brasília,8° Congresso Brasileiro de Folclore,1974. (Boletim n° 22)

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18 MOREIRA, Daniel. Administração da Produção e Operações. São Paulo:

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disponível no site:http//fgtas.rs.gov.br>programa gaucho>acesso>14 de abril de 2018.

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São Paulo: Atlas, 2009.

TRIVIÑOS, Augusto. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 2008.

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19 Apêndice 1: Estrutura da entrevista

1) A quanto tempo você trabalha com artesanato? Todos esses anos são em Santana do Livramento? e quantos anos na feira do Parque Internacional?

2) Questionar a os entrevistados sobre a história do artesanato regional e local, e a implantação da feira do Parque Internacional, deixando á os mesmos a liberdade de narrar seus conhecimentos de forma espontânea para obter informações, que são resultado de suas vivências.

3) Questionar se o entrevistado conhece a Legislação e Planos Federais e Estaduais e se foi beneficiado na sua cadeia produtiva de alguma forma pelos mesmos, já que foram criados para á melhoria produção e comercialização da atividade artesanal.

4) O entrevistado tem consciência de ser um agente difusor de cultura no município?

5) Obter informações sobre o entrevistado, se ele comercializa sua própria produção ou comercializa produtos comprados de outros artesãos, ou ambos.

6) Se ele produz suas peças, como é a cadeia de suprimentos, e suas dificuldades e limitações, na aquisição de matérias primas, na relação com os fornecedores. Os fornecedores são do município ou não.

7) Como são realizados os processos na cadeia produtiva.

8) O entrevistado produz de forma individual ao associativa suas peças?

9) Quais as estratégias usadas para obter um melhor desempenho na produção, distribuição, e comercialização até chegar ao cliente final?

10) Existe por parte do Poder Público Municipal algum Plano ou Legislação que tenha como intuito á promoção e incentivo, como atividade produtiva do artesanato no Parque Internacional?

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20 Apêndice 2: Fotos da Feira estudada

Produtos em madeira:

Produtos em Couro:

Produtos em Chifre:

Referências

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