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DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.8 n.3 jun/07 ARTIGO 04

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DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.8 n.3 jun/07 ARTIGO 04

Folksonomia: um novo conceito para a organização dos recursos digitais na Web

Folksonomy: a new concept for the organization of the digital resources on the Web

por Maria Elisabete Catarino e Ana Alice Baptista

Resumo: Apresenta um novo conceito para a organização dos recursos digitais na Web: a folksonomia. Este novo conceito surge no contexto da Web 2.0 onde emergem novas formas de organizar e compartilhar os conteúdos disponíveis na Internet. Uma etiquetagem de recursos da Web na qual se podem destacar os seguintes fatores: a) é resultado de uma indexação livre do próprio usuário do recurso; b) objetiva a recuperação a posteriori da informação e c) é

desenvolvida num ambiente aberto que possibilita o compartilhamento e, mesmo, em alguns casos, a sua construção conjunta. Com base na literatura, o artigo descreve os diversos usos do termo folksonomia bem como outros conceitos a ele relacionados. Descreve também alguns serviços da Web que adotam a Folksonomia e menciona algumas vantagens e desvantagens na adoção deste tipo de indexação colaborativa.

Palavras-chave: Folksonomia; Etiquetagem social; Etiquetagem colaborativa; Classificação social; Indexação colaborativa; Bookmarking social.

Abstract: A new concept for the organization of digital resources on the Web is presented: folksonomy. This new concept appears in the context of Web2.0 where new ways of organization and share of Web resources emerge. It refers to labelling of Web resources where the following factors may be highlighted: a) it is the result of free indexing the resource by its own user; b) it has as a goal the information retrieval and c) it is created in an open environment which allows sharing and, even in some cases, joint construction. Based on a literature review, it describes the several ways by which the folksonomy term is used as well as other related concepts. It describes some services in the web that use folksonomies and points out some advantages and disadvantages in adopting this kind of collaborative indexing.

Keywords: Folksonomy; Social tagging; Collaborative tagging; Social classification; Collaborative indexing; Social bookmarking.

A popularização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) tem sido expressiva, principalmente após o advento da Word Wide Web (WWW) que foi criada num projeto iniciado em 1989 no CERN [1]. Neste projeto, Tim Berners-Lee, um físico britânico, construiu o sistema protótipo que utilizava os protocolos da Internet para implementar um sistema de hipertexto [2]

distribuído à escala global (CERN,2005).

O uso do hipertexto, na forma do protótipo criado por Berners-Lee, tornou-se um modelo do que hoje é a Web. O intento original do sistema foi tornar mais fácil o compartilhamento de documentos de pesquisas entre os pares.

Com a Web, a publicação e o acesso à informação tornaram-se ações de fácil execução para quaisquer indivíduos. As pessoas, ao redor do mundo, passaram a ter em suas mãos a possibilidade de participar ativamente nesses processos. Desde sua criação, a Web tem evoluído com a adição de novos serviços e funcionalidades que, cada vez mais, permitem que os seus usuários participem de forma ativa na construção e organização dos conteúdos lá disponíveis.

De fato, é num contexto de profundas alterações sociológicas que surge o conceito de Web 2.0. Este termo, criado por Tim O’Reilly (2005), que reforça o conceito da Internet de propiciar que seus usuários colaborem efetivamente para a disponibilização de serviços virtuais e organização dos conteúdos. Um exemplo clássico desta nova geração é a Wikipedia [3], uma enciclopédia dinâmica, na qual os próprios usuários disponibilizam e editam informações.

Tim O’Reilly define a Web 2.0 como a plataforma onde são compartilhados todos os dispositivos conectados.

As aplicações Web 2.0 são aquelas que possuem a maioria das vantagens intrínsecas dessa plataforma: distribuição de software com atualização constante para melhor uso, utilização e reorganização de dados de múltiplas fontes por usuários individuais que, por sua vez, fornecem seus próprios dados e serviços de forma a que sejam reorganizados por outros, assim criando uma

“arquitetura da participação” indo além da metáfora da página da Web 1.0 [4] para permitir a efetiva colaboração dos usuários.

(apud Miller, 2005).

A Wikipedia apresenta, na revisão do verbete datada de 6 de nov. de 2006 (Web 2.0, 2006), a seguinte definição: a Web 2.0, um termo atribuído por O’Reilly Media em 2004, refere-se a uma suposta nova geração de serviços baseados na Internet – tais como social networking sites, Wikis, ferramentas de comunicação e folksonomias – cuja ênfase está na possibilidade de

compartilhamento entre os usuários para a criação e organização de recursos digitais.

Vale a pena ressaltar que alguns estudiosos da área não consideram que exista uma Web 2.0, pois, desde o início, a Web é aberta à participação de seus usuários para o compartilhamento de serviços e informações. É verdade que esta nova geração de serviços para a Web incentiva a participação verdadeiramente colaborativa na construção de conteúdos e a criação de comunidades virtuais

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para discussão, partilha e evolução conjunta mas, defendem estes, não se trata de uma revolução e sim de uma evolução. Os grupos de news [5], pré-Web, são exemplos da existência de comunidades virtuais que tomavam partido da existência da Internet, apesar de, na altura em que apareceram, a Web ainda nem sequer existir.

De acordo com Davis (2005), a Web 2.0 é uma atitude e não uma tecnologia. Uma atitude de encorajar a participação dos internautas através de serviços e aplicações abertos. Para o autor, “abertos”, no sentido técnico, refere-se a APIs (Application Programming Interface) apropriadas. Porém, o mais importante é o fato de ter a característica de ser socialmente aberta e suportada por tecnologias que proporcionam uma interoperabilidade de serviços nunca antes existente.

Em seu texto intitulado “Talis, Web 2.0 and All That”, faz considerações a respeito destas características e afirma que a Web sempre teve o intuito de ser participativa, e sem esta característica não seria o que é hoje. O que ocorre, segundo o autor, é que nos últimos anos, a Web perdeu um pouco o contato com suas raízes devido a interesses que influenciaram o seu desenvolvimento.

Davis considera que a Web 2.0 seja, então, um conjunto de esforços para que a Web volte aos seus ideais originais, o que implica uma regeneração numa nova versão. O que é importante é que há uma movimentação neste sentido, tecnologias que atentam para a face social da Web.

Para Gilberto Alves Jr., um dos especialistas da Internet no Brasil, a Web deixou de ser uma rede para se tornar uma plataforma.

Ele considera que a Web em si não mudou, o que mudou foi a nossa forma de entendê-la. (apud Oliveira, 2006).

Há muito a ser estudado e desenvolvido nesta nova geração da Web; suas características, tecnologias e inovações. Dentre as diversas evoluções que estão ocorrendo, destaca-se o que pode ser considerado como um novo paradigma para a organização dos conteúdos dos recursos digitais na Web. A possibilidade de os próprios usuários participarem na organização desses conteúdos é, em especial, uma questão que vale ser pesquisada e implementada. Esta nova abordagem relativa à indexação dos recursos digitais da Web toma, genericamente, a designação de Folksonomia.

Trata-se de um novo conceito que tem sido utilizado por diversos profissionais e estudiosos da área de informação. No entanto, parece não haver ainda um consenso na área, quer sobre a utilização deste termo, quer sobre o seu significado. Há os que preferem utilizar outros termos como, por exemplo, classificação social ou social tagging.

O presente artigo pretende apresentar, de forma organizada, uma revisão de literatura sobre os diversos usos do termo folksonomia e a relação deste com outros termos aplicados à indexação de recursos da Web. Adicionalmente, apresentar-se-á um conjunto de serviços que aplicam o conceito de folksonomia.

Uma vez que se trata de uma área de investigação bastante recente, a maior parte da literatura encontra-se online e muito dela está até disponível em Acesso Livre [6]. A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida a partir de consultas efetuadas no Google Scholar [7]

, no OAISTER [8] e nos site e lista de discussão Dublin Core Social Tagging [9]. Optou-se pelas publicações a partir de 2004, data em que surgiu o termo Folksonomia. Os termos utilizados para as buscas bibliográficas foram: folksonomy (ies), folksonomia(s), tagging e bookmarking.

Na pesquisa bibliográfica, foram selecionados um total de 29 textos e, para a análise dos mesmos, foi criada uma base de dados com os seguintes campos: Termo, Termo Traduzido, Definição, Tradução (da definição), Referência Bibliográfica e Comentários.

Destes textos, foram extraídos 57 termos que resultaram em 91 registros na base de dados.

Dos 57 termos extraídos dos textos, foram apresentados, no decorrer das discussões deste artigo, 12 termos que estão em destaque no Quadro 1.

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Os demais não foram considerados termos que expressam diretamente o conceito de folksonomia; são termos relacionados (Exemplo: Sensemaking), mais gerais (Exemplo: Architecture of participation) ou mais específicos (Exemplo: broad folksonomy).

No quadro foram assinalados aqueles que compuseram a análise deste estudo.

Após leitura dos textos e inserção dos dados na base de dados, foram gerados índices por termos e por referências bibliográficas, o que permitiu fazer uma análise e comparação das diversas definições. A seguir, os diversos conceitos serão apresentados de forma comparativa, bem como o entendimento que os autores têm da folksonomia como metodologia (processo) e/ou resultado destas (produto) e a ênfase dada ao cunho social destes. Cabe ressaltar que esta pesquisa se enquadra na fase de descrição do estado da arte do projeto de doutoramento em Tecnologias e Sistemas de Informação.

Folksonomia

Folksonomia é a tradução do termo folksonomy que é um neologismo criado em 2004 por Thomas Vander Wal, a partir da junção de folk (povo, pessoas) com taxonomy . Para Wal (2006), Folksonomia é o resultado da atribuição livre e pessoal de etiquetas [10]

(tagging) a informações ou objetos (qualquer coisa com URL), visando à sua recuperação. A atribuição de etiquetas é feita num ambiente social (compartilhado e aberto a outros).

O ato de etiquetar é do próprio usuário da informação, i.e., não é o autor nem o profissional de indexação que indexam o recurso da Web; é o seu próprio usuário.Neste ponto é importante estabelecer alguns parâmetros conceituais para nortear este trabalho. Em primeiro lugar, apesar de entender-se tagging como um processo de indexação colaborativa [11] de recursos da Web, utilizar-se-á, a partir daqui, para referência a tagging, o termo etiquetagem para diferenciar esta ação da indexação tradicional.

Etiquetagem significa atribuir etiquetas aos recursos da Web. Trata-se de uma indexação livre em linguagem natural [12], não são adotadas regras e/ou políticas de indexação e nem o controle de vocabulários, ou seja, não há efetivamente a tradução dos termos para uma linguagem artificial. Os conteúdos são indexados livremente pelos usuários do recurso, podendo representar assuntos ou quaisquer outros elementos de metadados [13] tais como tipo ou formato.

Vob (2007) em seu artigo Tagging, Folksonomy & Co – Renaissance of Manual Indexing? afirma que a etiquetagem tem sido apontada como uma forma nova de organização do conhecimento que difere das formas tradicionais de organização, mas que na verdade tem que ser vista como uma forma popular de indexação manual dos recursos da Web.

Outro ponto importante é definir o que são informações ou objetos, que Vander Wal delineia como qualquer coisa com um URL [14]. No âmbito deste artigo, optou-se antes por utilizar o termo Recurso, ao invés de objeto, por ser o termo mais utilizado para identificar tais recursos (Miller, 1998).

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Portanto, Folksonomia é o resultado da etiquetagem dos recursos da Web num ambiente social (compartilhado e aberto a outros) pelos próprios usuários da informação visando a sua recuperação. Destacam-se portanto três fatores essenciais: 1) é resultado de uma indexação livre do próprio usuário do recurso; 2) objetiva a recuperação a posteriori da informação e 3) é desenvolvida num ambiente aberto que possibilita o compartilhamento e, até, em alguns casos [15], a sua construção conjunta.

Sucintamente, pode-se dizer que as ferramentas de folksonomia permitem que usuários da Web indexem os recursos a partir da atribuição de etiquetas para seu armazenamento, organização e recuperação. Além disto, estas ferramentas permitem que as etiquetas fiquem disponíveis em rede (na Web), de forma que outros usuários que tenham os mesmos interesses possam aceder aos recursos, bem como mostram as várias formas pelas quais um mesmo recurso foi indexado por outros. É uma maneira colaborativa e livre de indexar que geralmente não se pauta em nenhum vocabulário controlado ou qualquer outro sistema predefinido de classificação tradicional.

Num recente artigo publicado na Revista WebDesign, Gutierrez considera que a folksonomia assume um papel significativo na Web atual:

Ela é parte de uma série de transformações na rede, que se intensificaram de 2003 para cá. Junta-se à disseminação dos blogs e wikis, à distribuição de conteúdo por protocolos, tipo o RSS (Really Simple Syndication), aos aplicativos para constituição de redes sociais, como o Orkut, e aos coletores sociais de links e outros materiais, como o del.icio.us. As mudanças para o desenho de sites vêm deste conjunto de transformações. Normalmente, os sites são desenvolvidos esperando um incremento na 'encontrabilidade' e, assim, penso que haverá um movimento no sentido de estudar como esta folksonomia está sendo gerada e quais as tags ou palavras-chave que deverão ser atendidas no projeto do site. (apud Rocha, 2006)

Mas como os autores têm se referido ao conceito de Folksonomia?

Parece claro que para o criador do termo, folksonomia é o resultado de um processo; no entanto, os autores dividem-se em dois grupos: 1) os que entendem a folksonomia exatamente como o resultado de um processo, como um produto, concordando desta forma com o conceito de Wal citado anteriormente; e 2) os que se referem a folksonomia como sendo um sistema, uma metodologia, ou abordagem, ou o próprio processo.

A seguir, são apresentadas as definições de alguns autores, mostrando este interessante viés que ocorre no uso do conceito.

Numa visão de folksonomia como produto, podem-se citar as definições de Wal (2006), Lund (2005), Mathes (2006), Smith (2006), Trant (2006) e Sturtz (2006).

A iniciar pela definição de Wal (2006), o criador do termo, que entende a folksonomia como o resultado da etiquetagem de recursos digitais da Web, portanto, um produto que existe em função de uma ação, a de etiquetar. Lund (2005) dizem que a folksonomia se refere a um vocabulário, ou lista de termos, que surge da sobreposição de etiquetas definidas por vários usuários ao marcar seus links [16] favoritos, ou marcadores [17] para posterior recuperação. Para este autor, portanto, o produto seria uma lista de termos, ou vocabulário. Para Mathes (2006) a folksonomia é um conjunto de termos que um grupo de usuários utilizou para etiquetar os conteúdos de recursos digitais da Web. Trant (2006 apud Smith, 2006) afirma que é o resultado de um sistema de classificação socialmente construído, ou, coleção de conceitos expressos em um sistema de classificação desenvolvido de forma cooperativa (Trant, 2006a). Ou ainda, um conjunto informal e orgânico de terminologia relacionada (Trant, 2006b).

Apresenta-se, ainda na ênfase de folksonomia como produto, a definição utilizada por Sturtz (2006). Para o autor, na prática, folksonomia é um conjunto de etiquetas – com uma ou mais palavras-chave – que os usuários de um sistema compartilhado de gestão de conteúdos na Web aplicam a recursos individuais a fim de agrupá-los ou classificá-los para posterior recuperação.

Portanto, o conceito de folksonomia como produto aparece como: “resultado da etiquetagem dos recursos...”, “um vocabulário”,

“lista de termos”, “conjunto de termos”, “resultado de um sistema de classificação socialmente construída”, “coleção de conceitos”, “conjunto informal e orgânico de terminologia relacionada”, e “conjunto de etiquetas”.

Por outro lado, alguns autores (Wikipedia, 2006; Peterson, 2006; Russel, 2005; Guy e Tonkin, 2006; Ohmukai, Hamasaki E Takeda, 2006; Quintarelli, 2005; Hammond, 2005 e Valongueiro, 2006) referem-se a Folksonomia como uma abordagem, ou uma metodologia, ou um sistema, ou um novo paradigma, ou seja, o conceito representando o processo de criação das folksonomias, e não apenas como um resultado deste processo, como descrito anteriormente.

Na Wikipedia (26 out. 2006), encontra-se uma definição de folksonomia como uma metodologia de recuperação da informação da Web, construída de uma forma colaborativa, constituída de etiquetas livres que categorizam conteúdos, tais como páginas da Web, fotografias online e web links. Peterson (2006), em seu texto intitulado Beneath the Metadata também usa esta definição da

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Wikipedia. Acrescenta-se ainda que, na opinião deste autor, as etiquetas podem tornar os mecanismos de busca da Web mais eficientes, já que o vocabulário é construído pelos próprios usuários da informação.

Para Russel (2005), a folksonomia tem propiciado a habilidade de criar desordenadamente, em texto livre, metadados atribuídos pelos usuários para recursos existentes (livros, imagens, URLs, etc). Complementando, o autor afirma que a etiquetagem dos recursos é feita por um usuário que determina o assunto de um objeto para que ele possa ser posteriormente localizado, ordenado e usado por ele e por outros usuários da Web.

Definida por Guy e Tonkin (2006) como um tipo de sistema de classificação distribuída, a folksonomia é normalmente criada por um grupo de indivíduos, tipicamente os usuários do recurso.

Também aparece como um sistema na definição de Ohmukai, Hamasaki e Takeda (2006). Para eles, trata-se de um sistema que administra etiquetas atribuídas pelos usuários aos recursos por eles indexados, compartilhando-as com outros usuários e também disponibilizando informações de outros recursos disponíveis na Web que foram indexados da mesma forma. Isso permite que os usuários possam obter mais informações sobre conteúdos existentes na Web relativamente ao seu tema de interesse.

Quintarelli (2005) define folksonomia como uma nova abordagem emergente para a classificação distribuída de recursos digitais.

Da mesma forma, é vista como uma abordagem para classificação por Hammond (2005). Aqui, os autores afirmam que se trata de uma classificação não estruturada feita pelos próprios usuários dos recursos digitais.

Segundo Valongueiro (2006), a folksonomia pode ser vista como um novo paradigma de classificação, pois respeita as diferenças culturais e características pessoais de quem utilizou e classificou determinada informação. Ela possibilita que os próprios usuários da informação atribuam os termos para a indexação colaborativa dos conteúdos como eles os vêem.

Em resumo, os autores citados interpretam o conceito de folksonomia não apenas como uma lista de termos, conceitos, etiquetas, etc, mas sim, como algo mais amplo como uma nova abordagem, ou uma metodologia, ou ainda um sistema de classificação ou de gestão de etiquetas, ou até mesmo um novo paradigma de classificação.

Outros conceitos relacionados a indexação dos recursos da Web

Conforme defendido anteriormente (ver Quadro 1), existem outros termos importantes nesta área que estão relacionados com o conceito de folksonomia.

Hammond (2005) consideram que apesar de haver uma tendência em usar os termos “classificação social ” ou “classificação distribuída”, pois considera-se que estes termos representam mais adequadamente o fenômeno desta nova abordagem de organização dos recursos da Web, o termo folksonomia tem sido mais valorizado para representar o conceito.

Também Merholz (apud Mathes, 2004) não considera adequado o uso do termo folksonomia, pois estaria erroneamente relacionado a taxonomias. Prefere o termo etnoclassificação, isto é, classificação popular.

Há outros autores que preferem o termo bookmarking social, dando ênfase, desta forma, ao aspecto colaborativo destas

ferramentas com a palavra “social”, conforme afirma Elaine Peterson (2006) em artigo publicado na D-Lib Magazine. No entanto, as ferramentas de bookmarking apresentam uma característica importante nem sempre presente nas ferramentas que permitem a construção de folksonomias: o fato de se estar a etiquetar um recurso identificado por um determinado URL, URL esse que é marcado, bookmarked.

Mas o que diferencia os diversos conceitos relativos à indexação colaborativa dos recursos da Web?

Todos os termos analisados referem-se a etiquetagem de recursos da Web. No entanto, dão ênfase a aspectos diferentes. Um grupo de termos reporta-se diretamente a ação propriamente dita de atribuir etiquetas aos recursos da Web: Etiquetagem e Classificação.

Outro grupo de termos relaciona-se diretamente a etiquetagem dos Marcadores (ou Favoritos): Bookmarking. Há dois outros termos pouco utilizados que são os de Ontologias Sociais e Taxonomia Dinâmica.

No quadro 2 a seguir, os diversos termos são apresentados separados pelos contextos: Etiquetagem, Bookmarking, classificação, taxonomia ou ontologias.

Contexto Termos [18]

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Contexto: Etiquetagem

Relativamente ao contexto Etiquetagem, podem encontrar-se na literatura os seguintes termos: Tagging Systems, Social Tagging, Social Tagging Systems, Collaborative Tagging e Collaborative Tagging Systems.Tagging é um termo bastante adotado nestes textos. Segundo Winget (2006), este tipo de ferramentas dá poder sem precedentes para os usuários que podem moldar as informações com as quais eles interagem.

Marlow (2006) conceitua Tagging Systems como sistemas que habilitam usuários para acrescentar palavras-chave nos recursos digitais da Web sem o uso de vocabulários controlados.Social Tagging refere-se à prática de publicamente etiquetar ou categorizar recursos num ambiente compartilhado (Trant, 2006); ou um tipo de indexação aberta que se manifesta na Web (Tennis,

2006).Social Tagging Systems permitem que os usuários compartilhem suas etiquetas de recursos particulares, além de que cada etiqueta serve como um link para recursos adicionais que foram indexados por outros (Marlow, 2006).

Os Collaborative Tagging Systems são sistemas colaborativos de etiquetagem que permitem, aos usuários, indexar os seus links, fotografias, referências e outros recursos digitais com palavras-chave ou etiquetas (Voss, 2006); ou então processo pelo qual os usuários adicionam metadados em forma de palavras-chave ou etiquetas para compartilhar conteúdos (Golder e Huberman, 2006a).

Contexto: Classificação

Noutro contexto, o de Classificação, encontra-se social classification. Social Classification, na definição de Spiteri (2006), é sinônimo de folksonomia que, para o autor, são metadados criados pelos próprios usuários da informação.Lin (2006) falam em social classification. No entanto, referem-se também a social tagging como seu sinônimo e consideram que esta é uma nova abordagem que está desafiando os esquemas tradicionais de classificação e de indexação baseados em vocabulários controlados.

Bogers, Thoone e Bosch (2006), também usam o termo social classification como sendo um processo pelo qual uma comunidade de usuários categoriza seus recursos naquela comunidade para o seu próprio uso. Fazendo uma análise deste conceito, Feinberg (2006) afirma que a social classification é flexível e de natureza colaborativa, em contraste com as estruturas tradicionais de classificação que são rígidas e autoritárias segundo alguns autores (tais como Kroski, 2005; Shirky, 2005c, Merholz, 2004).

Contexto: Bookmarking

Relativamente ao contexto Bookmarking, encontram-se as expressões: Social Bookmarking e Social Bookmarks Manager. O termo está relacionado com Marcadores ou Favoritos. Hammond et al. (2005) apresentam um interessante histórico dos Favoritos que começa com a própria Web e seus links. A idéia de organizar e administrar os links, sistematicamente, surgiu com o primeiro browser, o Mosaic [19], que desenvolveu os HotLists, que tinham uma aparência de arquivos, em ordem de diretórios e pastas, mas que permitiam que os links fossem facilmente gravados e ficassem disponíveis para pronto acesso dentro do browser. Com o Netscape surgem os Favoritos.

As atuais ferramentas de Bookmarking fazem exatamente isto, organizam os marcadores para que fiquem facilmente acessíveis. No entanto, atualmente, o conceito de Bookmarking começa a confundir-se com o de social bookmarking, sendo o primeiro termo utilizado com alguma frequência para designar o conceito associado ao segundo.

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Os Marcadores (bookmarks) são definidos pela Wikipedia (2007) como apontadores – principalmente para URLs – incorporados na maioria dos Web browsers. O principal objetivo dos marcadores é catalogar e aceder facilmente a páginas web que o utilizador do web browser visitou ou planeja visitar, sem ter que se lembrar do URL da página ou confiar noutros programas de computador.

Segundo Spiteri (2006), Bookmarking é um dos métodos mais populares para armazenar informação relevante da Web para acessá-la novamente e reutilizá-la.

A Wikipedia (2007) define Social bookmarking como “um serviço baseado na web para partilhar bookmarks da Internet”. No entanto, associados a estes marcadores, geralmente encontram-se etiquetas, i.e., os URLs são etiquetados socialmente. As ferramentas de Social Bookmarking têm, na sua maioria, associado um serviço de Social Tagging . Na definição apresentada por Campbell (2006) social bookmarking são ferramentas que possibilitam que os usuários marquem suas páginas e atribuam etiquetas para representar seus temas de interesse.

Social Bookmarks Manager é a denominação dada ao Del.icio.us pelo seu criador. Golder e Huberman (2006b) definem este serviço como um sistema colaborativo para indexar os bookmarks da Web. Schachter 2004 (citado por Mathes, 2006) apresenta este termo e afirma que estas ferramentas permitem que os sites preferidos sejam adicionados numa coleção de links que são categorizados por etiquetas e esta coleção de bookmarks poderá depois ser compartilhada não apenas do computador e browser do usuário, mas também com outros na Web.

Contexto: Taxonomia e Ontologia

Outros autores referem-se ao conceito de etiquetagem de recursos da Web com termos menos comuns. Estes estão relacionados aos contextos de taxonomia e ontologia, que são outros conceitos que têm relação com a organização da informação.

Joseph (2006) afirma que folksonomia é uma taxonomia dinâmica que representa as categorias que usuários individuais empregam para organizar seus espaços de informação. Mote (2006) considera que o termo folksonomia representa social ontologies, ou seja, ontologias construídas de forma colaborativa, e significa uma classificação consensual gerada pelos usuários dos recursos digitais.

Síntese

Em síntese, após a análise dos termos extraídos dos textos que foram objeto deste estudo, observa-se que existe um conjunto de conceitos que representam a indexação dos recursos da Web que podem ser divididos em três grupos:

1) os que se referem diretamente a ação de etiquetagem dos recursos da Web (contextos de Etiquetagem e Classificação);

2) os termos que se referem especificamente a Etiquetagem dos Marcadores (contexto Bookmarking) e 3) os termos que fazem referência a outros conceitos: taxonomia e ontologia.

No entanto, pode afirmar-se que existe um termo que seja mais correto para representar o conceito de indexação colaborativa dos recursos da Web?

Pelas definições apresentadas, pode-se inferir que todos representam a etiquetagem de recursos da Web. Porém, há aqueles que não contêm palavras que expressem claramente o cunho social ou colaborativo.

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No Quadro 3, podem-se visualizar em destaque as palavras que representam o conceito de “etiquetagem” na primeira coluna e de

“social” na segunda coluna. Analisando os conceitos, para verificar quais deles têm implícito o cunho social para além de expressar a ação de indexação colaborativa dos recursos da Web, verificaram-se sete termos que representam claramente estas questões, são os termos que foram destacados na terceira coluna.

Serviços que adotam Folksonomia

Há diversos serviços que dispõem de folksonomias e que permitem a etiquetagem dos recursos da Web. No Quadro 4, são listados os endereços citados nos textos que foram objeto deste estudo. No entanto, é importante destacar que estes não são os únicos.

Alguns, porém, merecem destaque e serão descritos para melhor entendimento dos conceitos apresentados. Serão descritos três destes sites para exemplificar folksonomia.

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Del.icio.us

O primeiro, e mais citado, é o Del.icio.us [20] denominado de Social Bookmarks Manager pelo seu fundador, Joshua Schachter. É um serviço que permite que o usuário armazene e acesse os seus Marcadores (ou Favoritos) de qualquer computador conectado na Internet, bem como possa ver marcadores armazenados por outros usuários do sistema. Possibilita, desta forma, que um usuário perceba os favoritos de toda a comunidade, bem como, verifique quais outros usuários também indicaram o mesmo link como favorito. A organização destes marcadores é feita a partir de etiquetas adicionadas, de forma livre, pelo próprio usuário do recurso.

Na página inicial do site, são apresentados os links das páginas que foram inseridas recentemente, e também as mais populares (ver Figura 1), com indicações do número de pessoas que indexaram e com que etiquetas. É possível saber quais as pessoas que indexaram estes links e acessar suas coleções.

Figura 1: Página principal do Del.icio.us.

Na página “Your Favorites”, disponível para os usuários cadastrados, podem-se gerir os links: incluir, excluir, editar; além de visualizar as etiquetas adotadas. E, inclusive, acompanhar se outras pessoas armazenaram estes mesmos links como seus favoritos e quais as etiquetas que utilizaram .

Figura 2: Página “your favorites” do Del.icio.us.

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Figura 3: Página inicial do Connotea.

O Connotea [21] é um sistema online de gerenciamento de referências bibliográficas para acadêmicos e pesquisadores, criado pela Nature Publishing Group [22] em 2004. É uma ferramenta que mescla as convenções para a gestão de referências bibliográficas e os novos conceitos de social bookmarking (Lund, 2005). Assim como o Del.icio.us e o Connotea permite que seus usuários registrem os marcadores.

No entanto, é específico, na sua implementação, para a organização de referências de documentos acadêmicos (artigos, papers, preprints, etc), pois, além de permitir o armazenamento, etiquetagem e acesso dos documentos de qualquer computador conectado na Internet, bem como o compartilhamento destes marcadores com outros usuários do sistema, apresenta algumas funcionalidades

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apropriadas para a gestão deste tipo específico de recursos.

Ao incluir no Connotea um URL, o sistema identifica automaticamente alguns dados bibliográficos, tais como, título, volume, número e data da publicação, e autores. É possível, depois, exportar as referências criadas para bibtex ou endnote. Outra funcionalidade bastante significativa para a comunidade acadêmica é a possibilidade de comentar os artigos.

Na visualização da página “My Library”, são apresentadas as etiquetas adotadas pelo usuário do serviço, bem como uma lista dos artigos indexados, com informações referentes às pessoas que já indexaram o recurso e as etiquetas utilizadas .

Figura 4: Página “my library” do Connotea.

Flickr

Um outro serviço, o Flickr [23], permite o compartilhamento de fotografias pessoais. Neste sistema, o usuário armazena as suas fotos e indexa através de etiquetas, e assim como nos demais serviços já referidos, as fotografias ficam disponíveis para o usuário e toda a comunidade, em qualquer computador conectado na Internet. Também há a opção de fazer comentários às fotos.

Figura 5: Página incial do Flickr.

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É possível pesquisar as fotos através das etiquetas e, a partir destas mesmas etiquetas, conhecer a coleção de outros usuários do Flickr.

Figura 6: Página “Your Photos” do Flickr.

Para além dos serviços apresentados, existem ainda outras aplicações das folksonomias. Embora folksonomia tenha começado com sistemas para organização de recursos digitais pessoais da Web, hoje já existem serviços para etiquetagem de artigos e dissertações nas universidades (Peterson, 2006). Também já foram desenvolvidos projetos para outros tipos de coleções como, por exemplo, museus (Smith, 2006; Trant, 2006).

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Vantagens e desvantagens da folksonomia

A partir dos vários conceitos apresentados e analisando os textos examinados nesta pesquisa, destacam-se algumas características que são apontadas na literatura como vantagens e desvantagens no uso de Folksonomias.

Dentre as características que podem atribuir vantagens na adoção de folksonomias, a mais importante talvez seja o cunho colaborativo/social da Folksonomia. O próprio criador deste termo expressou esta característica ao incluir o vocábulo para denominá-la folk (povo) no novo termo. Ou seja, há uma forma de organizar os conteúdos dos recursos digitais da Web pelos seus próprios usuários que compartilham com outros as suas etiquetas, que podem ficar disponíveis para serem ou não adotadas na classificação de um mesmo recurso por outros usuários

.

Outra vantagem é a possibilidade de formar, automaticamente, comunidades em torno de assuntos de interesse na medida em que, ao utilizar serviços de folksonomia, o usuário tem acesso aos outros usuários que têm os mesmos interesses identificados através das etiquetas. Uma outra característica que se destaca é a de que não há uma regra preestabelecida de controle dos vocabulários.

Esta característica pode ser vista como uma vantagem na medida em que os usuários dos recursos expressam, ao etiquetar estes conteúdos, a sua estrutura mental em relação àquela informação: há uma liberdade de expressão que possibilita abarcar todas as formas de ver um mesmo conteúdo, respeitando as diferenças culturais, interpretativas, etc.

Sabe-se que a leitura (textual, imagética, etc) é diferente de indivíduo para indivíduo, pois depende de vários fatores, dentre eles os antecedentes intelectual e cultural de quem lê. E no caso da folksonomia, estas diferenças são respeitadas já que não há regras para expressão das etiquetas ao etiquetar um determinado conteúdo.

Há, ainda, a vantagem de todos os recursos etiquetados estarem disponíveis na Web e, portanto, acessíveis de qualquer computador que esteja ligado à Internet. Agora já é possível que os Marcadores possam ser armazenados, por exemplo no Del.icio.us, e se tornem disponíveis de qualquer lugar, e não apenas num computador específico. Outro exemplo é a possibilidade de criar uma biblioteca de informação sobre artigos e/ou textos acadêmicos, por exemplo, utilizando o Connotea, que também estarão acessíveis em qualquer lugar, não sendo necessário copiar pastas de um computador para outro.

Enfim, fotos, vídeos sejam quais forem os documentos ou links armazenados, ficam disponíveis na Web para seus usuários.

Como desvantagem, parece haver um consenso de que o maior problema é justamente a falta de um controle do vocabulário, que é resultado da característica de liberdade na classificação dos conteúdos. Então, a característica de ausência de controle de

vocabulários apresenta vantagens e desvantagens de acordo com o ponto de vista.

A liberdade de atribuição de etiquetas faz com que haja pouca precisão [24] na recuperação da informação num sistema que utiliza folksonomia, pois um mesmo termo pode ter significados diversos para os vários usuários que atribuíram as etiquetas. Para

Feinberg (2006) termos comuns como “java” e “design” são atribuídos para centenas de milhares de recursos discrepantes, tornando quase impossível uma consulta produtiva sem refinamento adicional.

Guy e Tonkin (2006) destacam que a maior falha da folksonomia está no fato de os termos utilizados para etiquetar os conteúdos serem imprecisos.

São os usuários que atribuem as palavras-chave e, portanto, são freqüentemente ambíguas, muito personalizadas e inexatas. Por enquanto, há pouco ou nenhum controle de sinônimos ou homônimos, também não são impostas regras de indexação: são utilizados termos no singular ou plural, simples ou compostos, palavras sem sentido que não têm significado, exceto para um grupo específico de usuários. Tudo isso pode resultar num conjunto caótico de termos que poderá interferir no resultado da recuperação da

informação.A falta de controle de vocabulário, ou seja, o não uso de instrumentos de terminologia tais como listas de cabeçalhos de assunto ou tesauros, e de regras gerais para a aplicação das palavras-chave, singular ou plural, termos simples ou compostos causam vários problemas que poderão afetar a recuperação da informação.

Relativamente aos aspectos semânticos e cognitivos da classificação, Golder e Huberman (2006a) dizem que os sistemas de etiquetagem têm que atacar problemas que são inerentes ao processo de criação de relações semânticas entre palavras. Os três principais destes problemas são: polissemia, sinonímia e variação de nível básico.

A principal vantagem apontada pela literatura é o cunho colaborativo das folksonomias, e a desvantagem está justamente na falta de controle de vocabulários que é resultado de uma outra característica destes sistemas - a liberdade de indexação dos conteúdos conforme as necessidades e do entendimento do próprio usuário.Neste contexto, o grande desafio é desenvolver aplicações que mantenham o cunho colaborativo ou social da folksonomia, mas que consigam atingir maior qualidade na indexação.

Neste sentido, são necessários esforços para que seja possível diminuir os problemas relativos à adição das etiquetas, sem que haja o controle de vocabulários. Golder e Huberman (2006) apontam para dois caminhos:

(14)

1) educar os usuários para que estes adicionem etiquetas “melhores”

2) melhorar os sistemas para que estes trabalhem as etiquetas adicionadas. As autoras propõem, ainda, uma outra solução:

sugerir ao usuário (à moda do del.icio.us) etiquetas provenientes de vocabulários controlados.

Considerações finais

A partir desta revisão de literatura, observou-se que o termo folksonomia ainda está sendo discutido. No entanto, ganhou força suficiente para representar as ferramentas de etiquetagem dos recursos da Web. Relativamente aos termos apresentados neste estudo, observou-se que a maiorira deles conseguem expressar o conceito de etiquetagem recursos Web.

Para além dos conceitos, foram indicados alguns serviços que possuem aplicações de folksonomia. No entanto, os serviços indicados não foram analisados para identificar as tecnologias adotadas, as formas de atribuição de etiquetas e a possibilidade de relações entre os usuários.

Propõe-se então, um estudo que faça uma análise de vários serviços, apontando onde cada um deles pode ser definido como

“social”, ou, em que ponto cada um deles permite o compartilhamento de recursos e etiquetas; que são os aspectos que, supõe-se, determinam a diferença entre estes serviços e outros da Web.

Foram apontadas algumas das vantagens e desvantagens destas aplicações. Muitas delas giram em torno das questões do controle ou não dos vocabulários, isto é, as etiquetas atribuídas pelos próprios usuários dos recursos da Web são um ponto positivo destas aplicações devido à liberdade. Porém, por outro lado, a liberdade na atribuição destas tem como resultado um conjunto de palavras-chave que muitas vezes podem ser ambíguas, inexatas e em conseqüência, afetar a precisão na recuperação da informação.

Neste ponto, sugere-se o desenvolvimento de pesquisas que possam averiguar a qualidade na recuperação da informação através das etiquetas. Afinal em que nível a falta de controle de vocabulários afeta os sistemas que usam folksonomia? O que tem sido desenvolvido neste sentido? De que maneiras os próprios sistemas, de uma forma automática, podem minimizar estes tipos de problemas? É possível envolver os usuários para que eles próprios atribuam etiquetas de melhor qualidade, ou seja, pode haver uma forma de treinamento/conscientização dos indexadores (no caso os próprios usuários do recurso) para que diminua a ocorrência de problemas semânticos e cognitivos da indexação?

Finalizando, folksonomia é um conceito relativamente novo. Esta área exige dos profissionais e acadêmicos envolvidos vários estudos que possam descrever estes tipos de aplicações. O objetivo não é apenas conhecê-los mas, inclusive, propor mudanças ou implementações novas que possam minimizar os problemas aqui referidos, bem como outros que, entretanto, sejam detectados.

Espera-se que este artigo possa contribuir para o entendimento do que é folksonomia e os demais termos relacionados e também funcione como incentivo para estudos futuros que possam contribuir para o desenvolvimento destas aplicações.

Notas

[1] Oficialmente, chama-se Organização Europeia para Investigação Nuclear; em inglês European Organization for Nuclear Research, e em francês Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire. O acrônimo CERN refere-se ao antigo nome em francês: Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire. (http://info.cern.ch/)

[2] Hipertexto: “o termo designa um processo de escrita/leitura não-linear e não hierarquizada e que permite o acesso ilimitado a outros textos de forma instantânea. Possibilita, ainda, que se realize uma trama, ou rede, de acessos sem seguir, necessariamente, seqüências ou regras. [...] O termo hipertexto, entretanto, tem sua origem nos anos sessenta, com Theodor H. Nelson e seu projeto Xanadu”. (Fachinetto, 2005).

[3] Wikipedia : a enciclopédia livre. Disponível em: http://www.wikipedia.org.

[4] É importante notar que até ao aparecimento do termo Web2.0, nunca se considerou que esta tivesse versões. O autor utiliza o termo Web1.0 para se referir àquilo que ele considera uma versão anterior da Web. No entanto, o termo não existia até ter aparecido o termo Web2.0 da sua autoria.

[5] Para mais informação, ver <http://en.wikipedia.org/wiki/Newsgroup e http://en.wikipedia.org/wiki/NNTP>

[6] Open access (OA) significa o acesso online imediato, livre e irrestrito a documentos acadêmicos digitais, principalmente artigos de periódicos científicos revisados pelos pares. OA tornou-se possível com o advento da Internet (Wiemann, 2007).

[7] http://scholar.google.com [8] http://www.oaister.org

[9] http://dublincore.org/groups/social-tagging/

[10] Nos textos originais em inglês, Tags, que segundo Guy e Tonkin (2006) numa simples definição seriam palavras-chave, categorias ou metadados.

[11] A indexação que é o “ato de identificar e descrever o conteúdo de um documento com termos representativos de seus assuntos e que constituem uma linguagem de indexação” (Associação Brasileira De Normas Técnicas, 1992) e colaborativa para

(15)

fazer referência ao método específico de indexação no qual os usuários podem oferecer novos termos de indexação aos itens que consultam (Lancaster, 2004).

[12] Linguagegm natural, segundo Lancaster (2004, p.250), é sinônimo de discurso comum, isto é, a linguagem utilizada habitualmente na escrita e na fala, e que é o contrário de ‘vocabulário controlado’”.

[13] Neste momento, está-se a efetuar um estudo preliminar liderado pela Universidade do Minho sobre o tipo de etiquetas que os usuários utilizam.

[14] URL – Universal Resource Locator é o endereço de um ficheiro ou recurso disponível em rede. (Carvalho, 2007).

[15] O del.icio.us, por exemplo, favorece a construção conjunta das etiquetas. Aqui, quando um usuário selecciona um URL para bookmark, é-lhe logo fornecido um conjunto de tags possíveis já criadas por outros usuários.

[16] Link refere-se as hiperligações dos hipertextos, ou simplesmente, um apontador para uma outra fonte de informação a partir de um documento hipertextual.

[17] Marcadores ou Favoritos do inglês Bookmarks ou Favorites ou Hotlist. Definido como “conjunto de referências a páginas Web, a documentos electrónicos ou a partes deles, que são organizadas pelo cibernauta, inclusivamente recorrendo a um conceito de pastas semelhante ao que é utilizado na organização de ficheiros, e que lhe permite reencontrar facilmente os dados julgados interessantes, quando de uma consulta posterior. Nota: Os nomes ingleses dependem do programa de navegação utilizado: por exemplo, ‘bookmarks’ é utilizado pelo Netscape Navigator, ‘favorites’ foi escolhido para o Internet Explorer, e ‘hotlist’ é do âmbito do Mosaic” (Associação Para A Promoção E Desenvolvimento Da Sociedade Da Informação).

[18] Nesta secção do artigo, optou-se por apresentar os termos no original em inglês para contextualizar adequadamente as diferenças entre os diversos conceitos.

[19] Mosaic é conhecido por muitos como o primeiro Navegador WWW e também foi o primeiro navegador a rodar no Windows (ao invés do UNIX), o que abriu a web para o público em geral. Foi desenvolvido no NCSA (National Center for Supercomputing Application) com início em 1992, lançado em 1993 e retirado em 27 de Janeiro de 1997, pois perdeu o espaço após o lnaçamento do Netscape Navigator em 1994.

[20] http://de.icio.us

[21] http://www.connotea.org [22]http://www.connotea.org [23] http://www.flickr.com/

[24] A precisão, segundo Lancaster (1993) é: extensão com que os itens recuperados durante uma busca numa base de dados são considerados relevantes ou pertinentes. Uma busca que alcance uma precisão alta será aquela em que a maioria dos itens

recuperados, se não todos, forem considerados relevantes ou pertinentes. O coeficiente de precisão – uma medida de extensão com que se alcança a precisão – é o número de itens relevantes (pertinentes) recuperados dividido pelo número total de itens

recuperados. (apud Menezes, Cunha, Heemann, 2004).

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Sobre as autoras / About the Authors:

Maria Elisabete Catarino ecatarino@dsi.uminho.pt

Professora do Depto. de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Doutoranda em Tecnologias e Sistemas de Informação pelo Departamento de Sistemas de Informação da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (Portugal).

Ana Alice Baptista analice@dsi.uminho.pt

Professora Auxiliar no Departamento de Sistemas de Informação da Universidade do Minho (Portugal), Doutora em Tecnologias e Sistemas de Informação.

Referências

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