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2105ª sessão do Conselho

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9040/98 (Presse 184) C/98/184

2105ª sessão do Conselho - PESCAS -

Luxemburgo, 8 de Junho de 1998

Presidente: Dr Jack CUNNINGHAM

Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação do Reino Unido

(2)

Í N D I C E

PARTICIPANTES . . . 3

PONTOS DEBATIDOS REDES DE EMALHAR DE DERIVA . . . 4

CONTROLO E FISCALIZAÇÃO DAS PESCAS . . . 7

FUTURO DO MERCADO DOS PRODUTOS DA PESCA NA UE . . . 9

AS PESCAS NO MAR DO NORTE E O AMBIENTE . . . 10

REVISÃO DA POLÍTICA COMUM DAS PESCAS EM 2002 . . . 11

AS PESCAS E A AGENDA 2000 . . . 11

PONTOS ADOPTADOS SEM DEBATE PESCAS:

Convenção das Nações Unidas sobre populações de peixes transzonais e de peixes

altamente migradores . . . I Acordo com a Lituânia . . . I TELECOMUNICAÇÕES:

Equipamentos de telecomunicações conectados e reconhecimento mútuo

da sua conformidade . . . I

(3)

Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte modo:

Bélgica

Karel PINXTEN Ministro da Agricultura e das Pequenas e Médias

Empresas

Dinamarca

Henrik DAM KRISTENSEN Ministro da Agricultura e Pescas

Alemanha

Franz-Josef FEITER Secretário de Estado, Ministério Federal da Alimentação, Agricultura e Florestas

Grécia

Vasilis GERANIDIS Secretário de Estado da Agricultura

Espanha

Loyola de PALACIO DEL VALLE-LERSUNDI Ministra da Agricultura, Pescas e Alimentação

França

Louis LE PENSEC Ministro da Agricultura e das Pescas

Irlanda

Michael WOODS Ministro do Mar e dos Recursos Naturais

Itália

Michele PINTO Ministro dos Recursos Agrícolas, Alimentares e Florestais

Luxemburgo

Fernand BODEN Ministro da Agricultura, Viticultura e Desenvolvimento

Rural Áustria

Wilhelm MOLTERER Ministro Federal da Agricultura e Silvicultura

Países Baixos

Joris VAN AARTSEN Ministro da Agricultura, Gestão da Natureza e Pescas

Portugal

Marcelo de VASCONCELOS Secretário de Estado das Pescas

Finlândia

Kalevi HEMILÄ Ministro da Agricultura e Florestas

Suécia

Annika ÅHNBERG Ministra da Agricultura, Alimentação e Pescas

Reino Unido

Dr Jack CUNNINGHAM Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação

Elliot MORLEY Secretário de Estado, Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação (Pescas e Assuntos Rurais)

Lord SEWEL Secretário de Estado para a Escócia (Agricultura,

Ambiente e Pescas)

Comissão

Emma BONINO Comissária

(4)

REDES DE EMALHAR DE DERIVA

O Conselho adoptou por maioria qualificada, com os votos contra das Delegações Francesa e Irlandesa e a abstenção da Delegação Italiana, o regulamento que proíbe a utilização de redes de emalhar de deriva (Regulamento que altera o Regulamento (CE) nº 894/97 que prevê determinadas medidas técnicas de conservação dos recursos da pesca (redes de emalhar de deriva)).

Este regulamento proíbe a utilização de redes derivantes a partir de 1 de Janeiro de 2002. Desde essa data, será proibido manter a bordo ou utilizar redes de emalhar de deriva para a captura das espécies que constam da lista abaixo indicada.

Durante um período de redução progressiva, até 31 de Dezembro de 2001, os navios de pesca só podem manter a bordo ou utilizar na captura das espécies que constam da lista abaixo indicada redes de emalhar de deriva cujo comprimento individual ou acumulado não exceda 2,5 km. O número máximo de navios de pesca que podem ser autorizados por um Estado-Membro a utilizar uma ou mais redes de emalhar de deriva não pode ser superior, em 1998, a 60% dos navios de pesca que tenham utilizado no período de 1995-1997 uma ou mais redes de emalhar de deriva.

Com excepção das águas do Mar Báltico, dos seus estreitos (Belts) e do Øresund, o regulamento aplicar-se-á em todas as águas sob soberania ou jurisdição dos Estados-Membros e, fora destas águas, a todos os navios de pesca comunitários.

Quanto às medidas sociais de acompanhamento destinadas a permitir a reconversão dos pescadores e dos armadores de navios de pesca noutros métodos ou actividades de pesca, foi anexada ao acordo alcançado a seguinte declaração:

Declaração conjunta do Conselho e da Comissão

"O Conselho e a Comissão reconhecem que a decisão de supressão de certas técnicas de pesca que hoje foi tomada terá repercussões económicas e sociais desfavoráveis a curto prazo para algumas frotas pesqueiras.

Desejosos de promover uma reconversão para técnicas mais seguras, mais selectivas e financeiramente atractivas que permitam capturar as mesmas unidades populacionais, o Conselho e a Comissão concordam que se torna necessário introduzir a nível comunitário um leque de acções adequado e medidas de apoio especiais a favor dos pescadores e dos armadores de navios de pesca. As medidas em causa deverão, no entanto, ser de carácter excepcional, e em todo o caso ser custeadas a partir do orçamento dos actuais programas estruturais dos Estados-Membros afectados.

Para o efeito, a Comissão apresentará ao Conselho com a maior brevidade possível uma proposta de decisão ad hoc, baseada no Artigo 43º do Tratado, relativa a uma série de medidas de apoio, prevendo derrogações temporárias aos critérios de elegibilidade do Instrumento Financeiro de Orientação das Pescas (IFOP) e, se necessário, um ajustamento do limite superior das correspondentes despesas elegíveis.

Essas medidas poderão incluir a transformação das embarcações de pesca a fim de possibilitar uma reconversão para técnicas mais seguras e mais selectivas, em especial, para a captura das mesmas espécies, mas excluindo as espécies sobre-exploradas; compensações a favor dos pescadores e armadores das embarcações, que lhes permitam enfrentar as consequências económicas decorrentes do abandono das actividades de pesca com redes de emalhar de deriva; programas de reconversão dos pescadores em actividades em sectores diferentes da pesca, ou de requalificação; e desarmamento das embarcações que praticam a pesca com redes derivantes.

(5)

As medidas de acompanhamento aplicar-se-ão exclusivamente aos pescadores e/ou armadores das embarcações que comprovem ter utilizado redes de emalhar de deriva em 1995, 1996 ou 1997.

Os Estados-Membros interessados comprometem-se a elaborar planos pormenorizados e a enviá- -los à Comissão. Estes planos preparados pelos Estados-Membros serão concebidos de forma a garantir uma redução atempada e progressiva do esforço de pesca com redes de emalhar de deriva.

A fim de respeitar as condições impostas nos termos do procedimento fixado no artigo 43º do Tratado, o Conselho compromete-se a adoptar a decisão ad hoc antes do fim de 1998.

Além disso, a Comissão recorda que, em conformidade com os "Convites à apresentação de propostas para projectos de estudos técnicos e biológicos de apoio à política comum das pescas", será dada prioridade ao co-financiamento de projectos com bases sólidas destinadas a facilitar a utilização de técnicas de pesca legais alternativas para a captura das mesmas unidades populacionais."

Lista das espécies em questão:

— Atum voador (ou branco ou germão): Thunnus alalunga

— Atum rabilho: Thunnus thynnus

— Atum patudo: Thunnus obesus

— Gaiado (ou bonito listado ou bonito de ventre raiado): Katsuwonus pelamis

— Bonito do Atlântico: Sarda Sarda

— Atum albacora (ou atum de barbatanas amarelas): Thunnus albacares

— Atum-barbatana-negra: Thunnus atlanticus

— Mermas: Euthynnus spp.

— Atum-do-sul: Thunnus maccoyii

— Judeus:Auxis spp.

— Xaputas: Brama rayi

— Espadins: Tetrapturus spp.; Makaira spp.

— Veleiros: Istiophorus spp.

— Espadarte: Xiphias gladius

— Agulhões: Scomberesox spp.; Cololabis spp.

— Doirados: Coryphaena spp.

— Tubarões: Hexanchus griseus; Cetorhinus maximus; Alopiidae; Carcharhinidae;

Sphymidae; Isuridae; Lamnidae

— Cefalópodes: todas as espécies

CONTROLO E FISCALIZAÇÃO DAS PESCAS

O Conselho realizou um debate geral sobre a proposta da Comissão relativa a um regulamento e a um plano de acção sobre o controlo e fiscalização das pescas, recentemente enviada ao Conselho em resposta ao convite deste à Comissão para que apresentasse propostas sobre o controlo das pescas, na sequência do debate realizado em 24 de Março de 1998.

A proposta de regulamento altera o Regulamento 2847/93 por forma a colmatar um certo número de lacunas claramente identificadas e simplificar as disposições actuais.

A Comissão propõe igualmente um plano de acção para três anos, de 1998 a 2000, abrangendo os domínios

(6)

— transparência,

— cooperação e coordenação,

— inspecções realizadas em navios de países terceiros, e

— melhoria da relação custo/eficácia.

No final do debate, a Presidência fez o seguinte resumo:

— Os Estados-Membros reafirmaram que o controlo e a fiscalização efectivos são essenciais para garantir o bom funcionamento da Política Comum das Pescas. Cada parceiro — os Estados-Membros e a Comissão — tem um papel a desempenhar concedendo a prioridade necessária à fiscalização;

— O Plano de Acção para uma Melhor Aplicação da PCP foi saudado pelos Estados-Membros, que estão dispostos a trabalhar nesse quadro com a Comissão tendo em vista melhorar as normas de fiscalização. Como ficou registado no Conselho de Março, o Conselho apela à Comissão para que faça anualmente um balanço dos progressos realizados e lhe apresente um relatório na matéria;

— A proposta da Comissão de alterar o regulamento relativo ao controlo das pescas é um elemento importante do plano de acção. Os Estados-Membros estão de acordo em que a mesma trata de domínios-chave onde se pode melhorar a fiscalização, nomeadamente a cooperação entre os Estados-Membros, o controlo após desembarque e as inspecções à actividade de países terceiros em águas da UE. Foram manifestadas algumas preocupações sobre aspectos particulares e feitos apelos no sentido de se garantir que as novas medidas não venham sobrecarregar em termos administrativos e burocráticos a indústria e as autoridades responsáveis pelo controlo;

— O Conselho solicita ao Comité de Representantes Permanentes que analise em pormenor a proposta, a nível técnico, de modo a permitir-lhe chegar a um acordo sobre a mesma na próxima reunião de Outubro.

FUTURO DO MERCADO DOS PRODUTOS DA PESCA NA UE

Na sequência duma apresentação inicial pela Comissão na reunião de Dezembro de 1997, o Conselho procedeu a um vasto debate sobre a comunicação da Comissão intitulada "O Futuro do Mercado dos Produtos da Pesca na União Europeia: Responsabilidade, Parceria, Competitividade", saudada como base útil para uma reformulação da organização do mercado.

A comunicação trata das seguintes questões:

— Normas de comercialização

— Organizações: de produtores, interprofissionais e transnacionais

— Mecanismos de intervenção

= Retiradas-destruição

= Retiradas-reporte

= Contratualização do abastecimento

= Ajuda à armazenagem privada para os produtos congelados

— Adaptações do regime comercial

= Adaptação do regime dos preços de referência

= Para uma nova abordagem em matéria de política comercial

— Transparência do mercado

= Informação dos consumidores sobre os produtos frescos

= Certificação de pesca responsável

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No final do debate, o Conselho convidou a Comissão a ter em conta, quando elaborar propostas sobre o futuro do mercado dos produtos da pesca, tanto as linhas de política geral suscitadas pelo debate como os comentários pormenorizados das delegações sobre aspectos específicos.

AS PESCAS NO MAR DO NORTE E O AMBIENTE

Com base numa comunicação da Comissão intitulada "Relatório sobre a Execução da "Declaração de Conclusões" da Reunião Ministerial Intercalar sobre a Integração das Questões Relativas à Pesca e ao Ambiente — 13-14 de Março de 1997, em Bergen", o Conselho adoptou as seguintes conclusões:

"1. O Conselho regista a comunicação da Comissão sobre o seguimento das Conclusões da Reunião Ministerial Intercalar sobre a Integração das Questões relativas às Pescas e ao Ambiente na zona abrangida pela Conferência do Mar do Norte, realizada em Bergen em Março de 1997. Esta comunicação confirma que se realizaram progressos consideráveis no sentido da efectivação das Conclusões de Bergen.

2. O Conselho sublinha a importância de se integrarem as políticas das pescas e do ambiente, de se tomarem em consideração as realidades socioeconómicas dos Estados-Membros e de se manter a dinâmica adquirida no sentido da efectivação das Conclusões de Bergen na zona abrangida pela Conferência do Mar do Norte. O Conselho aprova a ênfase posta nas medidas práticas que têm em vista a prossecução dos objectivos destas Conclusões e convida ainda a Comissão a apresentar, até 31 de Março de 1999, um relatório completo sobre o seguimento dado até essa data a todas as Conclusões de Bergen."

A Comissária BONINO garantiu que o Conselho continuará a decidir da aplicação, pela Comunidade, de quaisquer decisões tomadas por organizações regionais no domínio das pescas.

REVISÃO DA POLÍTICA COMUM DAS PESCAS EM 2002

O Conselho tomou conhecimento do relatório da Comissária BONINO sobre a situação dos trabalhos preparatórios relativos à revisão da Política Comum das Pescas e acordou em voltar a abordar esta questão numa próxima reunião, durante a Presidência Austríaca.

AS PESCAS E A AGENDA 2000

A pedido da Delegação Espanhola, o Conselho discutiu o tratamento do sector das pescas no contexto da Agenda 2000 e tomou conhecimento das intenções da Presidência Austríaca relativamente ao tratamento futuro desta questão.

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OUTRAS DECISÕES adoptadas sem debate

PESCAS

Convenção das Nações Unidas sobre populações de peixes transzonais e de peixes altamente migradores

O Conselho adoptou a decisão sobre a ratificação pela Comunidade Europeia do Acordo relativo à Aplicação das Disposições da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 10 de Dezembro de 1982, respeitantes à Conservação e à Gestão das Populações de Peixes Transzonais (peixes presentes tanto dentro como fora de zonas económicas exclusivas) e das Populações de Peixes Altamente Migradores.

O instrumento de ratificação comunitário será depositado simultaneamente com os instrumentos de ratificação de todos os Estados-Membros.

Acordo com a Lituânia

O Conselho adoptou um regulamento que altera o Regulamento (CE) nº 56/98 que estabelece, para o ano de 1998, determinadas medidas de conservação e de gestão dos recursos haliêuticos aplicáveis aos navios que arvoram pavilhão da Lituânia.

Este regulamento altera o actual convénio de pesca CE-Lituânia, aumentando de quatro para cinco e de três para quatro, respectivamente, o número máximo de navios frigoríficos e de navios lituanos autorizados a operar simultaneamente em águas comunitárias.

TELECOMUNICAÇÕES

Equipamentos de telecomunicações conectados e reconhecimento mútuo da sua conformidade

O Conselho adoptou formalmente a sua posição comum relativa à proposta de directiva "nova abordagem" relativa aos equipamentos de telecomunicações conectados e ao reconhecimento mútuo da sua conformidade (cf. Comunicação à Imprensa 6062/98 - Presse 46).

Referências

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