CRIMINOSAS NOTÁVEIS
por Naomi Blumberg, para a Enciclopédia Britânica
Piratas? Assassinas? Gângsteres? Conspiradoras? Sim. Estas mulheres ficaram marcadas na História. Segue aqui uma lista de sete criminosas famosas que causaram devastação em terras e mares, desde o século XVII até o XX.
Tradução: Gabriel L. Trizoglio
Link para texto original:
https://www.britannica.com/list/7-notorious-women-criminals
Belle Starr
Uma fora-da-lei texana do século XIX, Belle Starr (nome de batismo: Myra Belle Shirley) viveu uma vida bandida, juntando- se ao detestável Jesse James. Ela e o marido, um índio Cherokee chamado Sam Starr, ficaram conhecidos por hospedar crimonosos no rancho deles, situado no território indígida de Oklahoma, e por roubar viajantes e cowboys de passagem pela região.
O casal foi condenado por roubo de cavalos em 1883 e cumpriu pena em uma penitenciária federal. Ela foi acusada de dezenas de outros crimes antes de ser alvejada e morta em seu rancho, no ano de 1889. O assassino não foi identificado.
Moll Cutpurse
Moll, cujo nome real era Mary Frith, ficou conhecida no século XVII em Londres. No início, era uma simples batedora de carteiras, mas, diversificando os atos, tornou-se uma ladra de estradas vestida em roupas masculinas.
Depois de cumprir um tempo na prisão, abriu uma loja em Londres, onde oferecia para venda produtos roubados.
Anne Bonny
Pirata irlandesa que viveu na América, cujas datas prováveis de nascimento e falecimento foram 1698 e 1782. Nascida em Kinsale, seu nome real era Anne Cormac.
Anne Bonny explorou o mar caribenho com o pirata John Rackham, mais conhecido como Calico Jack, no século XVIII.
Rackam contrariou um costume da época: a proibição de mulheres a bordo de um navio por “darem azar”.
Bonny e seu bando tiveram sucesso saqueando barcos que transportavam mercadorias. Quando foram capturados em 1720, ela escapou da execução por estar grávida. Quando ganhou liberdade, mudou-se para o estado norte-americano da Carolina do Sul e viveu até seus últimos dias uma vida doméstica comum.
Charlotte Corday
Charlotte se tornou uma assassina aos 25 anos. Filha de um nobre francês, era aliada dos Girondinos, políticos republicanos, durante a Revolução Francesa.
Ela participou ativamente do conflito e concentrou-se em Jean- Paul Marat, líder da revolução e inimigo dela. Corday
encontrou-o cara a cara e o esfaqueou em sua banheira, matando-o em 13 de julho de 1793. Ela foi presa e executada na guilhotina quatro dias depois.
Mary Surratt
Mary Eugenia Jenkins Surratt e seu marido eram proprietários de uma taverna em Maryland, EUA, local onde recebiam soldados confederados durante a guerra civil americana.
Quando enviuvou, Surratt mudou-se para a capital Washington e abriu uma casa de jogos. O estabelecimento tornou-se ponto de encontro para John Wilkes Booth e outros conspiradores.
A própria Mary se envolveu no plano para assassinar o presidente americano, Abraham Lincoln e acredita-se que tenha mantido contato com Booth para tratar do plano e ajudou-o ainda em Maryland, escondendo na taverna armas que seriam usadas no assassinato.
Ela foi julgada e condenada por conspiração e tornou-se a primeira mulher a receber pena de morte nos Estados Unidos.
Mary foi para a forca junto com os outros envolvidos dia 7 de julho de 1865.
Ma Barker
Kate Barker, mais conhecida como Ma Barker, liderou uma quadrilha formada com seus filhos e se tornou inimiga pública número 1 do FBI. Ela e a família orquestraram uma grande quantidade de roubos, assassinatos e sequestros no centro- oeste norte-americano no início da década de 30.
Em 16 de Janeiro de 1935, Kate e seu filho Fred foram mortos num dos maiores tiroteios da história do FBI. Eles foram localizados numa casa na Florida, que era o esconderijo deles.
Ma tornou-se personagem principal do filme Bloody Mama (mamãe sangrenta), produzido em 1970. A atriz Shelley Winters deu vida à protagonista nas telas.
Bonnie Parker
Bonnie, em tom de brincadeira, aponta espingarda para Clyde Barrow. Assaltantes de banco norte-americanos e amantes, Clyde Barrow e Bonnie Parker, em 1933. Fonte: jornal (extinto) New York World-Telegram and the Sun / Biblioteca do Congresso, Washington, EUA.
Parte da legendária dupla Bonnie e Clyde, Bonnie Parker conheceu Clyde Barrow em 1930. Ele foi preso por roubo
pouco tempo depois. Bonnie fez chegar a ele uma arma, usada por Clyde em sua fuga. Ela se juntou a ele em 1932, durante a Grande Depressão, e os dois passaram 21 meses cometendo crimes. Roubavam carros, assaltavam postos de gasolina, bancos de cidades pequenas e restaurantes dos estados norte-americanos Texas, Oklahoma, Novo México e Missouri.
Eles fugiram do FBI até 1934. Neste período, libertaram cinco prisioneiros da Penitenciária Estadual de Eastham, no Texas, mataram três policiais e sequestaram um chefe de polícia. Por fim, foram mortos pela polícia em Louisiana, quando um amigo revelou onde estavam.