•Entendimento dos mecanismos de resistência e fatores influentes
•Verificação da segurança estrutural
•Processos de execução
•Exemplos práticos de aplicação
•Atualização da NBR 6118/2003
UMA FILA DE LIVROS
• Elementos do “sistema estrutural”
• Materiais empregados
• Ações sobre o sistema
• “Caminho das cargas” e esforços solicitantes
• Processo de construção/montagem
“um artifício que consiste em introduzir numa estrutura um estado prévio
de tensões capaz de melhorar sua resistência ou seu comportamento,
sob diversas situações de carga”
Walter Pfeil
... brincando com a Mecânica
das estruturas de concreto ...
ep
P
Pep
Construção de uma viga pela montagem de aduelas
L1 L2 L3
A Balanços progressivos B Balanços progressivos C D
Detalhe
Viaduto central de acesso (6,5 km) à
Ponte Vasco da Gama, Lisboa (18 km)
Ponte Vasco da Gama, Lisboa Trecho de 829m, vão
livre de 200m, altura de passagem
de 45m
Comprimento usual da pista entre 80 e 200 m
Grade de proteção Grade de proteção
CABECEIRA ATIVA CABECEIRA PASSIVA
pista de concretagem bloco, perfis
e chapas de reação
elementos pré-fabricados Cordoalhas ancoradas
individualmente nos perfis e chapas de
reação
Limpeza das fôrmas e/ou da pista
Posiciona- mento dos fios e/ou cordoalhas
e de iso- ladores
Pré-tração dos fios e/ou
cordoalhas e encunha- mento
Colocação da armadu- ra passiva e espaça- dores
Posiciona- mento das fôrmas ou do carro vibratório
Corte dos fios e/ou cordoalhas/
acabamento e transporte
Alívio da pré-tração
Retirada das fôrmas
Cura do concreto (a vapor)
Lançamento e adensa- mento do concreto
Bainhas
Operação de pós-tração Cordoalhas na região
de ancoragem
Vigas celulares de pontes com protensão sem aderência
Aplicação de cordoalhas engraxadas em estruturas diversas
Lajes protendidas com cordoalhas engraxadas
Perspectiva de um sistema de cabos de protensão
q g
7,00 m 0,75
AÇÕES:
Peso próprio (a calcular) Carga acidental: 15 kN/m Força de protensão: - 600 kN (excentricidade e = 12,5 cm) 37,5
12,5 25,0
75,0 cm
20
Recordando a velha Resistência dos Materiais
CG
N
–
A = N σ
CG
y>0 CG
y>0
N
e ≡
N
M = N . e
CG+ –
– –
+
+ ≡
W A . 1 e A N W
e . N A N W M A
σ N
+
= +
= +
=
CG
y>0
– +
e
N
borda superior →índice 2borda inferior →índice 1
W e . N A N
2
+
2= σ
W e . N A N
1
+
1= σ
0) ( y I
1
>
1
=
W ( 0)
y I
2
<
2
= W
Determinação dos valores da excentricidade e para as quais as tensões nas bordas da seção são nulas:
W 0
A . 1 e A
N = ⇒
+
=
σ A
- W e W 0
A .
1 e = ⇒ =
+
K1
y>0 K2
e
k1e
k2Os pontos K1e K2constituem os extremos do núcleo central da seção, isto é, da região na qual uma força normal aplicada produz em toda a seção tensões de mesmo sinal.
Tensão nula na borda inferior:
( )
CG) do cima para ( 6 -h
bh 6 bh A -W
ek1 1 2
=
=
−
=
=
Tensão nula na borda inferior:
( )
CG) do baixo para ( 6 h
bh 6 bh A -W
ek2 2 2
+
=
− =
−
=
=
h/3
b/3
Pede-se: verificar as tensões normais na viga
1. Cálculo das características geométricas e mecânicas da seção transversal
2. Cálculo de esforços solicitantes (momento fletor) e de tensões normais na seção mais solicitada 3. Combinação de ações
4. Análise dos resultados 5. Reformulação do problema
Repetir toda a verificação com:
→excentricidade = 37,5 - 5 = 32,5 cm
→q = 34,6 kN/m
1. Cálculo das características geométricas e mecânicas da seção transversal
I = b.h3/12 = 7,03 . 10 m3 y1= - y2= 0,375 m
W1= - W2= I / y1 = 18,75 . 10 m3 A = b . h = 0,150 m2= 150 . 10-3m2
ek1= - ek2 = h / 6 = 0,125 m (distancias das extremidades do núcleo central de seção ao centro de gravidade)
Índice 1 → borda inferior Índice 2 → borda superior
2. Cálculo de esforços solicitantes (momento fletor) e de tensões normais na seção mais solicitada
a) tensões devidas ao peso próprio Mg1 = 3,75 . 72/ 8 = 22,97 kNm σ1g1= Mg1/ W1= + 1,23 MPa σ2g1= Mg1/ W2= - 1,23 MPa b) tensões devidas à carga acidental
Mq= 15 . 72/ 8 = 91,88 kNm σ1q= Mq/ W1= + 4,90 MPa σ2q= Mq/ W2= - 4,90 MPa c) tensões devidas à força de protensão
P = - 600 kN ; Mp= P . ep
σ1p= P / Ac+ P . ep/ W1= - 8,00 MPa σ2p= P / Ac+ P . ep/ W2= 0
3. Combinação de ações
4. Primeira análise dos resultados (discussão)
a) estado em vazio
- -
+ - 0
-8,00 -1,23
+1,23 -1,23 MPa
-6,77 MPa
(P) (g1) v = (P+g1 )
CG + =
b) estado em serviço
- -1,23 MPa
-6,77 MPa v = (P+g1 )
+ =
-
+ - -4,90
+4,90
-6,13 MPa
-1,87 MPa (q) s = P + g1 + q CG
5. Reformulação do problema Repetir toda a verificação com:
→ excentricidade = 37,5 - 5 = 32,5 cm
→ q = 34,6 kN/m
a) tensões devidas ao peso próprio São as mesmas já calculadas.
b) tensões devidas à carga acidental
MPa 11,30 M =
= q 1 q
1 W
σ
MPa 11,30 - M =
= q 2 q
2 W
σ
Mq= 34,6 . 72/ 8 = 211,93 kNm (na borda inferior)
(na borda superior)
c) Tensões devidas à protensão P = -600 kN
Mp= P . e
MPa 14,40 - P.e = A
=P p
c 1
p
1 +W
σ
MPa ,40 P.e = A
=P p
c W2 6 p
2 + +
σ
a) estado em vazio
- -
+ - -1,23
+1,23
(P) (g1) v = (P+g1 )
CG + =
+ +6,40
-14,40
+5,17 MPa
-13,17 MPa
b) estado em serviço
-
v = (P+g1 )
+ =
-
+ -
(q) s = P + g1 + q CG
+5,17
-13,17 +
-13,07
+13,07
-7,90 MPa
-0,10 MPa
6. Nova combinação de ações
7. Segunda análise dos resultados
(discussão)
1. COMBINAÇÃO DE AÇÕES
→verificação de todas as fases da vida da peça
→situação mais desfavorável nem sempre ocorre com todas as cargas externas atuando
2. CONTROLE DOS EFEITOS DA PROTENSÃO
→intensidade
→excentricidade
3. SOLICITAÇÕES AO LONGO DO VÃO
→verificar várias seções ou aplicar processo contínuo 4. ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS E DE UTILIZAÇÃO
→tensões de tração/fissuração
→deformação excessiva
→solicitações normais
→solicitações tangenciais
→outras verificações
•Elemento de concreto protendido
•Armadura de protensão (armadura ativa)
•Armadura passiva
•Concreto protendido com aderência inicial (armadura de protensão pré-tracionada)
•Concreto protendido com aderência posterior (armadura de protensão pós-tracionada)
•Concreto protendido sem aderência
A protensão aplicada às
estruturas de concreto possibilita:
• Melhor controle da fissuração, podendo até eliminá-la
• Melhor aproveitamento das características do concreto
• Uso de aços de alta resistência, sem os problemas de fissuração do concreto
• Execução de estruturas mais leves
• Redistribuição de esforços nas estruturas
• Montagem de elementos pré-moldados para constituir estruturas monolíticas
• Utilização mais eficiente de materiais de maior resistência
• Redução da incidência de fissuras, melhor proteção da armadura
• Melhor resistência aos esforços tangenciais
• Utilização plena do concreto na seção resistente
• Redução das quantidades de concreto e aço; redução do peso próprio
• Favorecimento da aplicação de técnicas de pré-moldagem
• Realização, em certos casos, de testes de resistência dos elementos estruturais
• Realização da união de elementos para compor estruturas monolíticas
• Melhor controle de qualidade dos materiais
• Cuidados especiais de proteção contra corrosão das armaduras
• Melhor controle de execução
• Equipamentos especiais e mão-de-obra especializada para execução da protensão
• Projeto mais elaborado e especializado
Tecnologia mais requintada, requer:
Custo mais elevado em obras de pequeno porte ou de baixa produção
Fatores Concreto
Armado Concreto
Protendido Relação CP/CA Resistência do
concreto (MPa)
~20 ~40 ~2
Lim.escoamento
do aço (MPa)
250~600 ~1.500 6~2,5
Preço/m3 deconcreto
~1,3
Preço/kg de
aço colocado
2~3
Propriedades do concreto endurecido
Propriedades do concreto fresco
•Resistência aos 28 dias e na data de protensão
•Módulo de elasticidade
•Tipo de cimento
•Retração e fluência
•Durabilidade
•Consistência/trabalhabilidade
•Coesão
•Tempo de pega do cimento
NOTAS:
1.O concreto empregado na execução de estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na NBR 12655.
2.CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.
3.CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.
≥C40
≥C35
≥C30
≥C25 CP
≥C40
≥C30
≥C25
≥C20 CA
Classe de concreto (NBR 8953)
≤0,45
≤0,50
≤0,55
≤0,60 CP
≤0,45
≤0,55
≤0,60
≤0,65 CA
Relação água/cimento
em massa
IV III
II I
Classe de agressividade (Tabela 6.1 da NBR 6118) Tipo
Concreto
Tabela 2.1- Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto
(Tabela 7.1 da NBR 6118)
2 5 13 15
t Tmax = 8 horas Tmax= 75
T = 23 0 T (ºC)
tciclo= 13 horas
Horas
2 5 13 15
t Tmax = 8 horas Tmax= 75
T = 23 0 T (ºC)
tciclo= 13 horas
Horas
0 2 max 3 Tmax c
10) + (T
10) + .(T 2 t +
=t M
Fórmula da Maturidade, para cura a vapor:
M.E. Velasco, apudA.C. Vasconcelos ("Manual Prático para a Correta Utilização dos Aços no Concreto Protendido", LTC, 1980),
•em geral, são aços de elevada resistência, sem patamar de escoamento
Tipos e apresentação
•Fios trefilados de aço carbono, diâmetro de 3 - 8 mm, fornecido em rolos ou bobinas
•Cordoalhas: fios enrolados em forma de hélice, com 2, 3 ou 7 fios
•Barras de aço-liga de alta resistência, laminadas a quente, diâmetro maior que 12mm, comprimento limitado
(ex. sistema Dywidag)
•Cordoalhas engraxadas:
com camada de graxa e revestimento de polietileno de alta densidade extrudado
Modalidades de tratamento
•Aços aliviados ou de relaxação normal (RN)
•Aços estabilizados ou de relaxação baixa (RB)
Designação dos aços de protensão Exemplo:
concreto protendido
resistência à ruptura
tipo de relaxação
Propriedades mecânicas
•f
ptk= resistência à ruptura característica
•f
pyk= resistência de escoamento característica
(corresponde a deformação residual de 0,2% após descarga) Para fios trefilados e cordoalhas,
o limite de escoamento convencional é aproximadamente igual à tensão correspondente à deformação de 1%.
E
p= valor médio do módulo de elasticidade
Para fios: 210.000 MPa Para cordoalhas: 195.000 MPa
fptk
fpyk fpel≅0,7fpyk
0,2% ~1%
Características do cabo Freyssinet de 12φ12,5
Ancoragem do cabo Freyssinet de 12φ12,5
Equipamento de tração e operação de protensão
Sistema de monocordoalhas engraxadas
Cordoalhas dispostas na obra Elementos da ancoragem
Cordoalha ancorada Equipamento de tração
Dimensionamento de um elemento pré-fabricado de concreto protendido
Roteiro para elaboração do trabalho prático 1. Descrição do elemento estrutural
1.1. Nome do elemento
1.2. Função e relação com outros elementos do sistema construtivo 1.3. Dados da seção transversal e seção longitudinal
1.4. Ações sobre o elemento 1.5. Outros dados relevantes
2. Descrição do processo de fabricação e montagem 2.1. Sistema de protensão
2.2. Pista de fabricação/fôrmas
2.3. Posicionamento da armadura/pré-tração 2.4. Lançamento e adensamento do concreto
2.5. Cura
2.6. Transporte interno à fábrica 2.7. Estocagem
2.8. Transporte externo à fábrica 2.9. Montagem e fixação dos elementos 2.10. Principais equipamentos 2.11. Outros dados relevantes 3. Materiais empregados 3.1- Concreto
a) Características gerais de qualidade do concreto: durabilidade, resistência, deformabilidade, etc.
b) Resistência característica à compressão aos 28 dias e na data de protensão
c) Resistência característica à tração aos 28 dias e na data de protensão
d) Módulo de deformação longitudinal
e) Outros dados: relação água/cimento máxima, tipo de cimento, tipos de agregados, aditivos, adições minerais, etc.
f) Controle de qualidade
3.2- Aço de protensão a) Características gerais
b) Resistências características à ruptura e ao escoamento c) Módulo de elasticidade real ou aparente
d) Tipo de relaxação e) Forma de apresentação f) Cuidados no armazenamento g) Controle de qualidade 3.3- Aço comum (fios, barras e telas) a) Características gerais
b) Resistência característica ao escoamento c) Módulo de elasticidade
d) Forma de apresentação e) Cuidados no armazenamento f) Controle de qualidade
4. Características geométricas e mecânicas da seção transversal 4.1- Características da seção bruta de concreto
4.2- Características da seção homogeneizada A ser atualizada após o cálculo da armadura
5. Cálculo de esforços e tensões de referência (Estádio I) Determinação de esforços e tensões para todas as ações previstas em
projeto, separadamente.
6. Cálculo da força de protensão e da armadura ativa a) Estimativa da força de protensão
b) Cálculo da seção transversal da armadura ativa
c) Recálculo da força inicial Pi, da força ancorada Pa e da força instalada no concreto P0, com a armadura efetivamente empregada.
d) Cálculo das perdas progressivas e da força de protensão P 7.Verificação de tensões na seção mais solicitada
(Estados Limites de Serviço)
a) Consideração de todas as fases de fabricação e da vida útil do elemento, e estabelecer as combinações possíveis de ações.
b) Verificação dos estados limites de utilização.
8. Verificação de tensões ao longo do vão
Consideração de duas combinações extremas, mais desfavoráveis de ações e verificação das tensões de referência por meio de processo gráfico.
9. Estado Limite Último - Solicitações Normais a) Verificação da segurança.
b) Disposição da armadura passiva complementar.
10. Estado Limite Último - Solicitações Tangenciais a) Verificação da segurança.
b) Disposição da armadura passiva complementar.
11. Especificações e detalhes construtivos
Desenhos esquemáticos da armadura, outras especificações de produção, transporte e montagem.
Bloco de fundação, vigas-baldrame
Viga-calha, telha W, vigas intermediárias de pórtico
Telhas W Detalhes de montagem e forro
suspenso
R = 0
R = 0
R ≠0
R ≠0 R ≠0
R ≠0
- sistema autoequilibrado - não há “forças de coação”
- sistema estaticamente indeterminado - reações de apoio são
“forças de coação”
Um elemento é dito de concreto protendido quando está submetida a um sistema de forças especial
e permanentemente aplicadas, chamadas de forças de protensão ...
Entretanto, as forças de protensão, conquanto devam ser permanentes, elas estão sujeitas a
variações de intensidade para maiores ou menores valores.
Perda de protensão: diminuição da intensidade da força de protensão ao longo da armadura
e ao longo do tempo.
Como a retração e a fluência do concreto podem causar perda de protensão?
•O que é a retração do concreto?
•O que é a fluência do concreto?
•Quais são os principais fatores influentes nesses fenômenos?
Perdas por retração e fluência do concreto
Efeito da retração e da fluência do concreto
εc
tempo
t0 t
0
εc,s+c(∞,t0)
εe(elástica imediata) εcs(retração)
CARREGAMENTO
εccd(fluência) εc
tempo
t0 t
0
εc,s+c(∞,t0)
εe(elástica imediata) εcs(retração)
CARREGAMENTO
εccd(fluência)
∆L(t,t0)
∆P(t,t0)
∆L(t,t0)
∆P(t,t0)
Resiliência da força de protensão
(“efeito de mola”)
Ap (aço de alta resistência)
As (aço de baixa resistência) Ap (aço de alta
resistência)
As (aço de baixa resistência) As (aço de baixa resistência)
σp
εp 0
arc tg Ep σs,lim
σp,lim
εp,lim
εs,lim
∆Ls/L
∆Lp/L
~∆εc
~∆εc σs,∞
σp,∞
σp
εp 0
arc tg Ep σs,lim
σp,lim
εp,lim
εs,lim
∆Ls/L
∆Lp/L
~∆εc
~∆εc σs,∞
σp,∞
Relaxação e fluência do aço de protensão
σp
t 0
σpi
σp∞
L = constante σ= variável RELAXAÇÃO
σp
t 0
σpi
σp∞
L = constante σ= variável RELAXAÇÃO
εp
t 0
εp0 εp∞
L = variável
σ= constante FLUÊNCIA
∆L εp
t 0
εp0 εp∞
L = variável
σ= constante FLUÊNCIA
∆L
Deformação imediata do concreto
Acomodação das ancoragens
Atrito nos cabos
Método semi-probabilístico de Estados Limites, conforme NBR-8681 e NBR-6118 (NB-1)
Estados limites últimos
Principais estados limites últimos:
•Ruptura
•Deformação plástica excessiva
•Instabilidade elástica
•Outros estados limites últimos
"Estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenho inadequado às finalidades da construção".
Estados limites de uma estrutura
"Estados que, pela sua simples ocorrência determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção".
"Estados que, por sua ocorrência, repetição ou duração, causam efeitos estruturais que não respeitam as condições especificadas para o uso normal da construção, ou que são indícios de comprometimento da durabilidade da estrutura".
Estados limites de serviço
Principais estados limites de serviço:
“Estado no qual em um ou mais pontos da seção transversal a tensão normal é nula, não havendo tração no restante da seção.”
•Descompressão
+
- Mext ep
P
+
0 +
- = -
(P) (Mext)
•Abertura das fissuras
•Formação de fissuras
“Estado em que se inicia a formação de fissuras. Admite-se que este estado limite é atingido quando a tensão de tração máxima na seção transversal for igual a fct,f.”
•fct,f= 1,2 fctkpara elementos estruturais de seção T ou duplo T;
•fct,f = 1,5 fctkpara elementos estruturais de seção retangular.
“Estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais aos máximos especificados na seção 13 (ver 13.4.2 e 17.3.2).”
•Deformação excessiva
•Compressão excessiva
“Estado em que as deformações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal dados na seção 13 (ver 13.4.2 e 17.3.2).”
“Estado em que as tensões de compressão atingem o limite convencional estabelecido. Usual no caso do concreto protendido
na ocasião da aplicação da protensão.”
(o limite de compressão excessiva é estabelecido para evitar microfissuração por compressão)
Combinação quase-permanente de utilização
Combinação freqüente de utilização
Combinação rara de utilização F
F
F
n1 j 2,j Qj,k m
1 i Gi,k uti
,
d
= ∑ + ∑ ψ
=
=
F
F F
F
n2
j 2,j Qj,k k
Q1, 1 m
1 i Gi,k uti
,
d
= ∑ + ψ + ∑ ψ
=
=
F
F F
F
n2 j 1j, Qj,k k
Q1, m
1 i Gi,k uti
,
d
= ∑ + + ∑ ψ
=
=
Protensão completa
•Comb. freqüente: E.L. Descompressão
•Comb. rara: E.L. Formação de Fissuras Protensão limitada
•Comb. quase-permanente: E.L. Descompressão
•Comb. freqüente : E.L. Formação de Fissuras Protensão parcial
•Comb. freqüente : E.L. de Abertura de Fissuras De modo geral:
NOTAS:
1. As definições de ELS-W, ELS-F e ELS-D encontram-se no item 3.2 (da NBR 6118).
2. Para as classes de agressividade ambiental CAA-III e IV exige-se que as cordoalhas não aderentes tenham proteção especial na região de suas ancoragens.
1)A critério do projetista, o ELS-D pode ser substituído pelo ELS-DP com ap= 25 mm (figura 3.1 da NBR 6118).
Combinação freqüente ELS-D1)
Combinação rara ELS-F
Verificar as duas condições abaixo Pré tração com CAA III e IV
Concreto protendido nível 3 (protensão completa)
Combinação quase permanente ELS-D1)
Combinação freqüente ELS-F
Verificar as duas condições abaixo Pré tração com CAA II
ou Pós tração com CAA III e IV Concreto protendido nível
2 (protensão limitada)
Combinação freqüente ELS-W wk ≤0,2 mm
Pré tração com CAA I ou Pós tração com CAA I e II Concreto protendido nível
1 (protensão parcial)
ELS-W wk ≤0,2 mm CAA IV
ELS-W wk ≤0,3 mm CAA II a CAA III
Combinação freqüente ELS-W wk ≤0,4 mm
CAA I Concreto armado
-- Não há
CAA I a CAA IV Concreto simples
Combinação de ações em serviço a utilizar Exigências relativas à
fissuração Classe de agressividade
ambiental (CAA) e tipo de proteção Tipo de concreto
estrutural
Tabela 4.4– Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção da armadura, em função das classes de agressividade ambiental (Tabela 13.3 da NBR 6118)
Escolha do nível de protensão pelo critério da durabilidade
Classes de agressividade ambiental
Estimativa da força de protensão P
∞EXEMPLO DE PROTENSÃO LIMITADA
p 0 1 q 1 2 2 g 1 1 g
1 +σ +ψσ +σ =
σ ∞
- -
-1g1 1g2 2 1q p
1 = σ σ ψσ
σ
⇒ ∞
W e . P A P
1 p est , c est p ,
1 ∞ ∞
∞= +
σ
⇒
P
∞,est(valor A)
y1 y2 ep
-
+ + +
+
- -
-
-
σ1g1 σ1g2 σ1q σ1p∞,est
σ2p∞,est
σ1s σ2s 0,7 fck
0 σ2q
σ2g2 σ2g1
Ψ2
+ + + =
a) Combinação quase-permanente
Na borda inferior:
) f 1,2 (ou f
1,5tk tk
p 1 q 1 1 2 g 1 1 g
1 +σ +ψσ +σ =
σ ∞
- - - f
1,5tk 1g1 1g2 11q p
1 = σ σ ψσ
σ
⇒ ∞
W e . P A P
1 p est , c est p ,
1 ∞ ∞
∞= +
σ
⇒
P
∞,est(valor B)
b) Combinação freqüente
Na borda inferior:
y1 y2 ep
-
+ + +
+
- -
-
-
σ1g1 σ1g2 σ1q σ1p∞,est
σ2p∞,est
σ1s σ2s 0,7 fck σ2q
σ2g2 σ2g1
Ψ1
+ + + =
+
1,5 ftk(seção retangular) ou 1,2 ftk(seção T ou similar)
(ou 1,2 ftk)
Estimativa da força de pré-tração P
ia) dos valores A e B de P
∞,est, escolhe-se o de
maior valor absoluto;
b) arbitra-se um valor de perda de protensão total
∆P
arbentre 20% e 30%;
c) calcula-se P
i,estem função de P
∞,est.
arb est est ,
,i 1 - P
P P
= ∞ ∆
Por ocasião da aplicação da força de pré-tração P
i:
σ
pi≤
σ
pi≤
0,77 f
ptk0,90 f
pyk0,77 f
ptk0,85 f
pyk(para aços da classe RN)
(para aços da classe RB)
Cálculo da armadura ativa necessária Considerando o valor limite da tensão na armadura
de protensão σ
pi,lim:
lim pi,
est est ,i ,
p P
A = σ
Consultando-se as tabelas disponíveis de aço para protensão, escolhe-se o número de fios ou cordoalhas:
A
p= n (fios ou cordoalhas)/aço CP-XXX/RN ou RB P
i≅ A
p. σ
pi,lim.0,97
(folga de ~3% na tensão limite)Valor a ser adotado para os cálculos subseqüentes
Valores representativos da força de protensão (caso de pré-tração)
∆Ppr2= por relax. posterior/armadura
∆Pcs2= por retração posterior/concreto
∆Pcc = por fluência do concreto estiramento
da armadura
início da retração do concreto
aplicação da protensão ao concreto t0
t-1
t-2 Tempo t
P (força na armadura) Pi
Pa
P0
P∞
∆Panc= por acomodação da ancoragem
∆Ppr1= por relaxação inicial da armadura
∆Pcs1= por retração inicial do concreto
∆Pe= por deformação imediata do concreto
∆Ppr1 + ∆Pcs1
∆Ppr2+ ∆Pcs2+ ∆Pcc
Pt
Perdas de protensão a) perda por acomodação das ancoragens
•escorregamento dos fios ou cordoalhas:
caso de cunhas de aço: ~6 mm;
•acomodação da estrutura das cabeceiras:
depende de cada instalação;
•perda relativa: depende do alongamento da armadura de protensão/comprimento da pista b) perda por retração inicial do concreto
•depende das propriedades do concreto e das
condições de cura: em geral pode ser desprezada
nos casos usuais de produção em pistas.
c) perda por relaxação inicial e posterior da armadura de protensão
pi 0
0 pr
( ,t t )
) t
(t, σ
σ
= ∆ ψ
15 , 0 0 1000
0
1000
t - t
) t
(t,
ψ
= ψ
d) perda por deformação imediata do concreto (caso de armadura concentrada em uma fibra)
y1 y2
ep
+
- σcp Pi
W e . P A
P
h1p2 i h
cp
=
i+
σ
. A .
p cp p pa 0p
= σ + α σ
σ
P
0= A
p. σ
p0e) perdas progressivas (relaxação posterior do aço, retração posterior e fluência do concreto)
Cálculo simplificado (NBR 6118)/ver restrições
•para aços RN:
•para aços RB:
) - 3 ( ) t , 47 ( 18,1 100
.
p 0 1,57 c,p0g0 p
r s c ,
p
α φ ∞ σ
+ σ =
σ
∆
+ +) - 3 ( ) t , 18,7 ( 7,4 100
.
p 01,07 c,p0g0 p
r s c ,
p
α φ ∞ σ
+ σ =
σ
∆
+ +(para cálculo mais preciso, é preciso aplicar
o método geral conforme a NBR 6118)
Revisão do método de cálculo da protensão
Cálculo das tensões normais causadas pelas ações externas
Estimativa da força de protensão
P
∞,estCálculo da força de pré-tração
P
i,estCálculo da armadura ativa
A
pCálculo de
P
iCálculo de
P
aCálculo de
P
0Cálculo de
P
∞escolha do tipo de protensão
perda total de protensão arbitrada
tensões limites na armadura
∆Panc+ ∆Ppr1+ ∆Pcs1
∆Pe
∆Ppr2+ ∆Pcs2+ ∆Pcc
(considerar todas as combinações possíveis de ações)
Exemplos:
•g
1+ P
0: transferência da força de protensão
•g
1+ 0,8 P
0: transporte/redução do efeito do p.p.
•g
1+ 1,3 P
0: transporte/aumento do efeito do p.p.
•g
1+ g2 + P
0: montagem/utilização cedo
•g
1+ g2 + P
∞: montagem/utilização tarde
•g + ψ
2q + P
∞: combinação quase-permanente
•g + ψ
1q + P
∞: combinação freqüente
•g + q + P
∞: combinação rara
•outras combinações, caso a caso.
Processo das curvas limites
Exemplo básico: viga simplesmente apoiada
a) estado em vazio: g1+ P0
Atuam peso próprio e protensão antes das perdas progressivas ("pouca" carga e "muita" protensão).
b) estado em serviço: g + q + P∞
Atuam todas as cargas permanentes variáveis ("muita" carga e
"pouca" protensão).
Limitações às tensões provocadas
pela protensão
1. Limitações de tensões para o estado em vazio Numa seção qualquer ao longo da peça:
Na borda inferior: Na borda superior:
(I) -
= +
1g1 lim 1v,
lim 1v, 1v 1g1
σ σ
≥ σ
⇒
σ
≥ σ σ σ
0 p 1 0 p 1
(II) -
= +
2g1 lim 2v,
lim 2v, 2v 2g1
σ σ
≤ σ
⇒
σ
≤ σ σ σ
0 p 2 0 p 2
2. Limitações de tensões para o estado em serviço Também numa seção qualquer ao longo da peça:
Na borda inferior: Na borda superior:
(III) - -
= + +
1q 1g lim 1s,
lim 1s, 1s 1q 1g
σ σ σ
≤ σ
⇒
σ
≤ σ σ σ σ
∞
∞ p 1 p 1
(IV) - -
= + +
2q 2g lim 2s,
lim 2s, 2s 2q 2g
σ σ σ
≥ σ
⇒
σ
≥ σ σ σ σ
∞
∞ p 2 p 2
3. Curvas limites para as tensões devidas à protensão
(Ia)
(IIa)
(IIIa)
(IVa)
Curva limite para a borda inferior, em vazio)
Curva limite para a borda superior, em vazio)
Curva limite para a borda inferior, em serviço)
Curva limite para a borda superior, em serviço) Dividindo ambos os membros das equações I, II, III e IV pela respectiva tensão devida à protensão no meio do vão (σ1p0,mou σ2p0,m, para a borda inferior ou superior em vazio, e σ1p∞,mou σ2p∞,m, para a borda inferior ou superior em serviço) :
1v m 1p0,
1g1 lim 1v, m , po 1
0 p
1 - C
σ ⇐ σ
≤σ σ
σ
2v m 2p0,
2g1 lim 2v, m , po 2
0 p
2 - C
σ ⇐ σ
≤σ σ
σ
1s m , 1p
1q 1g lim 1s, m , p 1 p
1 - - C
σ ⇐ σ σ
≥σ σ
σ
∞
∞
∞
2s m , 2p
2q 2g lim 2s, m , p 2
p
2 - - C
σ ⇐ σ σ
≥σ σ
σ
∞
∞
∞
0 1 2 3 4 5 6 cordoalhas
C2s
C1s
C2v
C1v 1/6
1
σp σp,m
0 1 2 3 4 5
6 cordoalhas
C2s
C1s
C2v
C1v 1/6
1
σp σp,m
4. Exemplo de aplicação do processo das curvas limites
A verificação do
Estado Limite de Serviço...
...não dispensa a verificação do Estado Limite Último.
1. Estado Convencional de Neutralização (NBR 6118)
Força de neutralização Pn= P + ∆P (na armadura ativa) Deformação na armadura ativa sujeita a Pn→εpn= pré-alongamento
Pré-alongamento é a deformação da armadura ativa quando o concreto está sem tensões, ou seja, neutralizado (conceito a ser ainda melhor explicitado) p
p
pn A nE
= P ε
P+∆P
P+∆P P
P σcp
σc = 0
daí:
Como se trata de verificação do Estado Limite Último, devemos trabalhar com os valores de cálculo, e portanto, introduzir os coeficientes de segurança:
Para anular as tensões no concreto, é preciso impor à armadura ativa uma deformação adicional igual à deformação do concreto correspondente a σcp, na altura do CG desta mesma armadura ativa:
cp p p cp p p c cp
p E
-1
= | E |
= 1 E
|
=|σ α σ α σ
ε
∆
cp p p cp p p
n=P+ A | |=P- A
P α σ α σ
p p pn A nE
= P ε
Portanto, com γp= 0,9:
Pd= 0,9 P∞ e
I e A P 1 0,9
c p2
c
cpd
+
=
σ ∞
cpd p p d nd = P - A
P α σ
Interpretação do física do pré-alongamento
Portanto, o pré-alongamento corresponde à deformação da armadura ativa quando o concreto, na altura do CG da armadura ativa, está com tensão nula.
Casos de deformação
Hipóteses de cálculo
Casos de protensão com aderência e sem aderência
Comportamento geral de uma viga protendida
1.Calcula-se o valor do pré-alongamento εpnd;
2. Arbitra-se um valor de tensão na armadura (σpd,arb), em geral entre fpyde fptdna primeira tentativa;
3. Determina-se a posição da linha neutra, com a condição de equilíbrio de forças (Rcc= Rpt);
4. Determina-se a deformação adicional (σp1d) na armadura, correspondente às deformações posteriores ao estado de neutralização, de acordo com o diagrama de deformações;
5. Determina-se a deformação total de cálculo, somando-se a calculada no item anterior com o pré-alongamento (εpd= εp1d+ εpnd); em seguida, determina-se, de acordo com o diagrama tensão-deformação do aço empregado, a tensão na armadura σpd,cal.
Roteiro de cálculo pelo processo das tentativas
6. Se o valor σpd,calfor suficientemente próximo ao valor adotado σpd,arb, então calcula-se o valor do momento resistente; caso contrário, arbitra-se um novo valor e repete-se o processo até se chegar a uma aproximação satisfatória;
7. Uma vez determinada a tensão na armadura, calcula-se o valor do momento resistente:
Mud= Rcc. z = Rpt. z
onde z é o braço de alavanca (distância entre o centro de pressão na zona comprimida e o centro de gravidade da armadura de tração).
8. A condição de segurança estará satisfeita se:
Mud ≥Md
Processo de tentativas com arbitragem da posição da linha neutra Ao invés de se arbitrar a tensão na armadura, pode-se arbitrar valores da posição da linha neutra, e calcular as resultantes de compressão no concreto e de tração na armadura, até que se atinja uma situação em que os valores obtidos sejam suficientemente próximos.
Arbitrar um valor de tensão na armadura
Equação de equi- líbrio: determinar a posição da linha neutra Equação de compati-
bilidade: determinar a deformação da
armadura ativa
Determinar a tensão na armadura ativa: diagrama real ou simplificado
Tensão calculada é próxima
da tensão arbitrada?
Calcular momento fletor resistente e comparar mo- mento de cálculo Segurança
é satisfatória?
Início Dados: esforços,
geometria, armadura
NÃO NÃO
SIM
SIM
Deformação totaL da armadura ativa:
somar pré- alongamento
FIM Calcular arma-
dura passiva ou modificar a seção
Calcular pré-alongamentoo
A protensão melhora também a resistência às solicitações
tangenciais,
em particular
a resistência
à força
cortante.
Influência da fissuração do banzo tracionado
Inclinação do cabo resultante junto aos apoios de uma viga
Efeito de cabos inclinados
Bainhas na alma
Quando houver bainhas com diâmetro maior que bw/8:
bw,ef= bw-Σφ0/2
onde φ0= diâmetro das bainhas alinhadas na alma
Devem ser verificadas simultaneamente as seguintes condições:
VSd< VRd2
VSd< VRd3= Vc+ Vsw
onde:
VSdé a força cortante solicitante de cálculo, na seção;
VRd2é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de concreto, conforme 17.4.2.2 ou 17.4.2.3;
VRd3= Vc+ Vsw, é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal;
Vcé a parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares ao de treliça;
Vswa parcela absorvida pela armadura transversal, conforme 17.4.2.2 ou 17.4.2.3.
(conforme 17.4.2.1/NBR 6118)
17.4.2.2 Modelo de cálculo I
Diagonais de compressão inclinadas de θ=45° e Vc constante, independente de VSd.
a) verificação da compressão diagonal do concreto VRd2= 0,27 av2fcdbwd
sendo: av2= (1 - fck/250) b) cálculo da armadura transversal Vsw= (Asw/s) 0,9 d fywd(senα+ cosα) sendo:
Vc= 0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se situa fora da seção;
Vc= Vc0na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a seção;
Vc= Vc0(1+ Mo/MSd,máx) ≤2Vc0 na flexo-compressão Vc0= 0,6 fctdbwd
fctd= fctk,inf/γc
onde:
bw= menor largura da seção, ao longo da altura útil d; no caso de elementos estruturais protendidos, quando existirem bainhas injetadas com diâmetroΦ>
bw/8, a largura resistente a considerar deve ser (bw- 1/2ΣΦ);
d = altura útil da seção; no caso de elementos estruturais protendidos com cabos distribuídos ao longo da altura, d não precisa ser tomado com valor menor que 0,8h;
s = espaçamento entre elementos da armadura transversal Asw,;
fywd= tensão na armadura transversal passiva, limitada ao valor fydno caso de estribos e a 70% desse valor no caso de barras dobradas, não se tomando, para ambos os casos, valores superiores a 435 MPa;
α= ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural, podendo-se tomar 45°≤ α ≤90°;
M0= momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da seção (tracionada por Md,max), provocada pelas forças normais de diversas origens concomitantes com VSd, sendo essa tensão calculada com valores de γfe γpiguais a 0,9;
MSd,max= momento fletor de cálculo, máximo no trecho em análise, que pode ser tomado como o de maior valor no semitramo considerado.
17.4.2.3 Modelo de cálculo II
Diagonais de compressão inclinadas de θ, com θvariável livremente entre 30°e 45°. Admite ainda que a parcela complementar Vcsofra redução com o aumento de VSd.
a) verificação da compressão diagonal do concreto VRd2= 0,54 avfcdbwd sen2θ(cotgα+ cotgθ) com: αv = (1- fck/250) e fckem megapascal.
b) cálculo da armadura transversal Vsw= (Asw/ s)0,9 d fywd(cotgα+ cotgθ) senα sendo:
Vc= 0, em elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se situa fora da seção;
Vc= Vc1, na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a seção;
Vc= Vc1(1+ M0/ MSd,máx) < 2Vc1na flexo-compressão , com:
Vc1= Vc0quando VSd≤Vc0
Vc1 = 0, quando VSd=VRd2, interpolando-se linearmente para valores intermediários.
Armadura mínima
17.4.1.1.1 Todos os elementos lineares submetidos a força cortante, à exceção dos casos indicados em 17.4.1.1.2, devem conter armadura transversal mínima constituída por estribos, com taxa geométrica:
onde:
Aswé a área da seção transversal dos estribos;
s é o espaçamento dos estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural;
αé a inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural;
bwé a largura média da alma, medida ao longo da altura útil da seção, respeitada a restrição indicada em (17.4.1.1.2).
ywk ctm w
sw sw
f 2f , sen 0 . s . b
A ≥
= α ρ