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Simulado 4 Prova I EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO

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Academic year: 2022

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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:

a. as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;

b. Proposta de Redação;

c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.

3 Escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfica de tinta preta.

4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá ser substituído.

5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente à questão.

6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA a opção de língua estrangeira.

7 Use o código presente nesta capa para preencher o campo correspondente no CARTÃO-RESPOSTA.

8 Com seu RA (Registro Acadêmico), preencha o campo correspondente ao código do aluno. Se o seu RA não apresentar 7 dígitos, preencha os primeiros espaços e deixe os demais em branco.

9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço destinado à opção escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.

11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA.

Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.

13 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA / FOLHA DE REDAÇÃO.

14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término das provas.

15 Você será excluído do Exame, a qualquer tempo, no caso de:

a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;

b. agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante ou pessoa envolvida no processo de aplicação das provas;

c. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização do Exame;

d. se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;

e. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação durante a realização do Exame;

f. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou de terceiros, em qualquer etapa do Exame;

g. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;

h. se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido e / ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO

*de acordo com o horário de Brasília

2021

Simulado 4 – Prova I

ESTA PROVA SOMENTE PODERÁ SER APLICADA

A PARTIR DO DIA 12/06/2021, ÀS 13H00*.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45

Questões de 01 a 05 (opção inglês) QUESTÃO 01

Posthumous hip-hop hits

Hip-hop fans are all too familiar with the success that can come after an artist’s untimely death. Tupac Shakur and Notorious B.I.G., two American rappers who were murdered in 1996 and 1997 respectively, have sold more music in death than in life. Other well-known rappers to notch up hits after their deaths include Eazy-E (who died in 1995), Big L (1999) and J Dilla (2006). The past few years have seen a flurry of such posthumous hits. Juice WRLD, a rapper who died in December, has now reached the top of America’s Billboard 200 charts for the second time with his third album, Legends Never Die. It is the most successful posthumous release in two decades.

So why do posthumous albums often outperform their ante-mortem predecessors? The answer may be humdrum.

Fans rally to their beloved artists. The day after David Bowie’s death in 2016, the rocker’s streams on Spotify surged by 2,700% compared with their typical levels. Living musicians can benefit, too. Artists who re-emerge after a hiatus, as Tool, a Los Angeles band, did last August after 13 years without releasing an album, have seen their discographies appear on the Billboard charts. How unfortunate for artists to have more success when the mic cable is severed for good.

Disponível em: <www.economist.com>. Acesso em: 19 mar. 2021.

[Fragmento]

O autor utiliza a metáfora do cabo de microfone cortado na última frase do texto para lamentar

A. o caso de artistas cujos discos vendem consideravelmente mais somente depois de sua morte.

B. a naturalidade com que os fãs de hip-hop aceitam a morte prematura de seus ídolos.

C. o aumento recente no número de assassinatos de rappers e seu consequente sucesso póstumo.

D. a admiração exagerada que determinados fãs demonstram por seus ídolos após a morte deles.

E. o fato de artistas reaparecerem nas paradas de sucesso somente depois de anos no esquecimento.

QUESTÃO 02

Ifemelu joined the taxi line outside the station. She hoped her driver would not be a Nigerian, because he, once he heard her accent, would either be aggressively eager to tell her that he had a master’s degree, the taxi was a second job, and his daughter was on the dean’s list at Rutgers; or he would drive in sullen silence, giving her change and ignoring her “thank you,” all the time nursing humiliation, that this fellow Nigerian, a small girl at that, who perhaps was a nurse or an accountant or even a doctor, was looking down on him. Nigerian taxi drivers in America were all convinced that they really were not taxi drivers. She was next in line. Her taxi driver was black and middle-aged.

seat. Mervin Smith. Not Nigerian, but you could never be too sure. Nigerians took on all sorts of names here.

Even she had once been somebody else.

ADICHIE, C. Americanah. Penguin Random House, 2017.

O romance Americanah, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, aborda a imigração. No trecho analisado, a narradora espera que o taxista seja de uma nacionalidade diferente da nigeriana, pois

A. acha que os nigerianos tendem a agir com agressividade.

B. acredita que os nigerianos são motoristas pouco confiáveis.

C. sente culpa por ter abandonado sua cultura e seu país natal.

D. sente incômodo com o modo de agir de seus conterrâneos.

E. tem receio de acabar encontrando um conterrâneo conhecido.

QUESTÃO 03

What 1984 means today

It’s almost impossible to talk about propaganda, surveillance, authoritarian politics, or perversions of truth without dropping a reference to 1984. Throughout the Cold War, the novel found avid underground readers behind the Iron Curtain who wondered, how did he know?

It was also assigned reading for several generations of American high-school students. I first encountered 1984 in 10th-grade English class. Orwell’s novel was paired with Aldous Huxley’s Brave New World, whose hedonistic and pharmaceutical dystopia seemed more relevant to a California teenager in the 1970s than did the bleak sadism of Oceania.

I was too young and historically ignorant to understand where 1984 came from and exactly what it was warning against.

Neither the book nor its author stuck with me. In my 20s, I discovered Orwell’s essays and nonfiction books and reread them so many times that my copies started to disintegrate, but I didn’t go back to 1984. Since high school, I’d lived through another decade of the 20th century, including the calendar year of the title, and I assumed I already “knew” the book.

It was too familiar to revisit.

PACKER, G. Disponível em: <www.theatlantic.com>.

Acesso em: 19 mar. 2021. [Fragmento]

Apesar de ter se apaixonado pela obra de George Orwell depois da adolescência, o autor do texto afirma que jamais releu 1984. Seu desinteresse em reler a obra se deve ao fato de o autor

A. ignorar a relação entre as previsões de Orwell e o mundo na década de 1980.

B. conhecer bem o tema proposto por Orwell por ter vivido o ano que dá título à obra.

C. considerar irrelevante o tema proposto por George Orwell em 1984.

D. preferir romances escritos por autores mais contemporâneos.

E. discordar das posições políticas de Orwell durante a Guerra Fria.

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QUESTÃO 04

Less is More Can less be more, can more be less?

Well, yes and no, and no and yes – Well, more or less…

Less haste, more time Less reason, more rhyme […]

Fewer car parks, more acres of available urban soil

More farmers’ markets, less produce effectively marinated in crude oil […]

Fewer couch potatoes, more spring greens Fewer tired tomatoes, more runner beans More community, less isolation

Less just sitting there, more participation!

[…]

Less of a warm globe, more a chilly one

More of a wise world, fewer parts of CO2 per million […]

More craftsmanship, less built-in obsolescence

More political maturity, less apparently-consequence-free extended adolescence More believed-to-be-beautiful, known-to-be-useful things

Less cheap, pointless, petroleum-steeped stuff So Yes, less is more – and enough’s enough

HARVEY, M. The Element in the Room. Disponível em: <https://www.regen.co.uk>. Acesso em: 21 fev. 2021. [Fragmento]

A anáfora é uma figura de linguagem que se baseia na repetição para reforçar uma ideia. No poema, o eu lírico constrói seus versos a partir desse recurso para evidenciar uma postura de

A. crítica ao idealismo simplista de certos movimentos sociais.

B. denúncia perante o descaso das autoridades com o meio ambiente.

C. apelo aos cidadãos para que divulguem causas de proteção ambiental.

D. incentivo à mudança de estilo de vida e às práticas em sociedade.

E. indignação com escolhas pessoais que prejudicam a coletividade.

QUESTÃO 05

BELL, D. Disponível em: <www.gocomics.com>. Acesso em: 22 mar. 2021.

Darrin Bell, autor da tirinha, utiliza a frase One bad apple spoils the bunch para criticar os(as) A. pessoas que demonizam os policiais, sendo eles bons ou maus.

B. guardas que empregam violência injustificável contra protestantes.

C. policiais bons que nada fazem para impedir a ação de maus policiais.

D. jornalistas que deixam de cobrir os fatos com a imparcialidade necessária.

E. meios de comunicação que exibem vídeos com conteúdo de violência explícita.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45

Questões de 01 a 05 (opção espanhol) QUESTÃO 01

Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 5 out. 2018.

O cartum anterior é de El Roto, um desenhista espanhol premiado por imprimir, em suas ilustrações, uma visão feroz e aguda da realidade. Nesse cartum, a crítica é evidenciada no(a)

A. paradoxo na fala do primeiro personagem.

B. incógnita na fala do segundo personagem.

C. situação de ameaça entre os personagens.

D. postura agressiva do primeiro personagem.

E. relação de conivência entre os personagens.

QUESTÃO 02

En 1991, dos turistas alemanes descubrieron una momia natural en los Alpes de Ötzal, cerca de la frontera entre Austria e Italia. La momia perteneció a un hombre que los investigadores llamaron Ötzi, que murió aproximadamente en el 3300 antes de Cristo. Un detalle: el cuerpo de Ötzi presenta 61 tatuajes.

Si alguna vez tu abuelo te dijo que los tatuajes son para los marineros y los presos, le podés contar que su prejuicio clasista tiene un origen fundado: “En la modernidad occidental, los tatuajes se reintroducen fundamentalmente a través de los marineros, que conocieron los tatuajes de los grupos tribales, sobre todo de Polinesia. Asimismo, comenzaron a ser practicados por los mismos prisioneros: si en la antigüedad los presos eran marcados por el poder con tatuajes que permitían distinguirlos, ahora serán los mismos prisioneros los que eligen tatuarse sus propios símbolos.

Para Don Ed Hardy, reconocido tatuador e investigador, el tatuarse constituye un acto de afirmación sobre el propio cuerpo, pues permite experimentar ‘que este cuerpo es tuyo y que nadie puede controlar lo que haces con él’; de ahí su difusión en las cárceles, como un modo de resistir aquellos fuertes regímenes disciplinares a los que son sometidos los cuerpos”, explica Silvia Citro, profesora Asociada de la UBA.

ni que apele siempre a símbolos emocionales o significados profundos. “Los tatuajes son hoy una de las tantas intervenciones estéticas que nos ofrece el mercado, como parte de una tendencia más general de autoconstruir la propia imagen y apariencia del cuerpo”, aporta Citro.

Disponível em: <https://www.lanacion.com.ar>.

Acesso em: 2 ago. 2018. [Fragmento]

A reportagem anterior discorre sobre a tatuagem, uma manifestação com registro muito antigo. Sobre essa prática, o texto

A. aborda sua natureza transgressora sem perder de vista as implicações negativas da ação.

B. sustenta a visão difundida de que é própria de presos e marinheiros, representando rebeldia.

C. enfatiza a importância do significado dos desenhos na construção da identidade de um grupo.

D. informa que atualmente compõe um conjunto de procedimentos disponíveis para consumo.

E. revela que sua realização decorre de um ato impensado dos jovens, para provar sua autonomia.

QUESTÃO 03

El ojo Un día dijo el Ojo:

‒ Más allá de estos valles veo una montaña envuelta en azul velo de niebla. ¿No es hermosa?

El Oído oyó esto, y tras escuchar atentamente otro rato, dijo:

‒ Pero; ¿dónde está esa montaña? No la oigo… Luego, la Mano habló, y dijo:

‒ En vano trato de sentirla o tocarla; no encuentro ninguna montaña.

Y la Nariz dijo:

‒ No hay ninguna montaña por aquí; no la huelo.

Luego, el Ojo se volvió hacia el otro lado, y los demás sentidos empezaron a murmurar de la extraña alucinación del Ojo. Y decían entre sí: “¡Algo debe de andar mal en el Ojo!”

KHALIL, G. Disponível em: <http://es.khalilgibran.net>.

Acesso em: 29 out. 2018.

Em seu conto, o escritor libanês Khalil Gibran emprega a personificação para narrar um diálogo entre diferentes partes do corpo. A partir desse recurso, o leitor depreende que A. a visão exerce funções mais importantes que as dos

outros sentidos.

B. os sentidos constatam especificamente o que estão aptos a verificar.

C. o alerta dado pelo olho é incontestável para os outros sentidos.

D. a falha de um dos sentidos desencadeia a falha dos demais.

E. a percepção do mundo depende de todos os sentidos.

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QUESTÃO 04

Mélanie Dandurand dio a luz a sus hijos hace diez, ocho y cinco años; también al bebé de una pareja muy cercana a ella el pasado mes de abril.

En marzo de 2004 entró en vigor la “Ley canadiense sobre la procreación asistida”. En una parte de este instrumento legal se indican qué aspectos están prohibidos respecto a la gestación subrogada: el pago de un salario a la madre portadora o de cualquier otra retribución económica por su gesto, la publicidad o la intermediación con fines de lucro y una edad menor a 21 años de la mujer que tenga el embarazo.

Cabe señalar que la ley canadiense autoriza que ciudadanos extranjeros puedan recurrir a la gestación subrogada. Sin embargo, debido a que en Canadá se permite únicamente esta gestación por razones altruistas, las mujeres que desean fungir como madres portadoras no son numerosas. La prensa ha reportado diversos casos de canadienses que siguen recurriendo a la gestación subrogada en otros países, en lo que comúnmente se conoce como “turismo de procreación”. Mélanie comenta que ha sido contactada por un sinfín de parejas en busca de información o para proponerle que aloje a un nuevo embrión.

Informa sobre todo lo que puede, pero no repetiría la experiencia.

“Soy consciente que la situación en Canadá es distinta de otros lugares del mundo donde alquilar un vientre es una prueba de explotación económica. Hay que luchar contra esta lacra, pero también es bueno que las mujeres que queramos ayudar lo hagamos dentro de la ley”.

Disponível em: <http://internacional.elpais.com>. Acesso em: 3 abr. 2017. [Fragmento adaptado]

A prática da gravidez de substituição possui uma legislação específica no Canadá. Essa normatização, segundo o texto anterior, tem como um dos objetivos

A. assistir casais que desejam ter filhos biológicos, mas possuem impedimentos.

B. coibir a realização do conhecido “turismo de procriação” por parte de estrangeiros.

C. especificar quem pode requerer o processo e como deve proceder até a gestação.

D. regulamentar a ação como um ato voluntário, filantrópico e seguro para quem o faz.

E. desautorizar que a experiência seja realizada mais de uma vez pela mesma mulher.

QUESTÃO 05

Disponível em: <https://www.taringa.net>. Acesso em: 21 jan. 2021.

Os textos publicitários são compostos de elementos que seduzem o público e incentivam a compra de um produto.

Na publicidade anterior, a estratégia de convencimento está relacionada à A. revelação do calçado como um símbolo de prestígio no meio social.

B. representação da marca enfatizando a força do usuário do calçado.

C. sugestão do caráter diferenciado da criança que tem a chuteira.

D. motivação para que se compre um calçado seguro para as crianças.

E. insinuação de que a chuteira é versátil e serve a várias faixas etárias.

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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança;

todo o Mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança;

do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria,

e, enfim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto, que não se muda já como soía.

CAMÕES, L. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>.

Acesso em: 27 jan. 2021.

O poema de Camões dialoga com o contexto histórico do Classicismo ao trazer uma abordagem

A. reflexiva, analisando as mudanças desse período, que foi marcado por grandes transformações.

B. dualista, desvelando que as mudanças afetaram positiva e negativamente o mundo moderno.

C. religiosa, mostrando a valorização dos valores da Idade Média, ainda amplamente presentes.

D. ambígua, demonstrando que o eu lírico não consegue se decidir sobre as mudanças da vida.

E. social, indicando as transformações ocorridas com o desenvolvimento político da sociedade.

QUESTÃO 07

A religião católica se implantara desde muito tempo.

A sociedade se constituíra sagrada. Tudo estava impregnado do divino e do religioso. Reis, nobres, clero e povo, todos tinham as mesmas certezas, as mesmas crenças, a mesma fé, o mesmo Deus; norteavam-se pelos mesmos princípios morais, praticavam os mesmos ritos e cultos, a mesma disciplina e as mesmas penitências: nasciam e morriam na Igreja. Neste contexto, o lugar social do clero tinha que estar em evidência.

PAIVA, J. M. Padre Vieira. São Paulo: Ícone, 2002. p. 24.

A maneira totalizante de vivenciar os dogmas da Igreja Católica norteou as produções literárias não só de Padre António Vieira, mas também a da maioria dos missionários da Companhia de Jesus ainda no século XVII. Com base na organização social de Portugal ao longo desse período, conclui-se que a obra dos missionários era destinada a

Império Português.

B. determinar os hábitos e costumes da sociedade na metrópole e na colônia.

C. estabelecer novas maneiras de representação para as fragilidades de Deus.

D. disseminar de maneira positiva os valores advindos da Reforma Protestante.

E. questionar a hierarquia e o poder do clero em uma Europa em transformação.

QUESTÃO 08

Disponível em: <www.portaldapropaganda.com.br>.

Acesso em: 27 jan. 2021.

Para a construção da chamada do texto anterior, optou-se por um tempo verbal cujo emprego serve ao propósito de A. conferir à situação um sentido de atualidade e

permanência.

B. datar os dados informados situando-os em determinada época.

C. explicitar que homens negros têm vantagens no jogo de futebol.

D. quebrar o preconceito de que apenas homens podem jogar bola.

E. atualizar um jargão da cultura brasileira para o cenário esportivo.

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QUESTÃO 09

A maior coita que Deus quis fazer, senhor fremosa, a mim a guisou aquel dia que me de vós quitou;

mais Deus, senhor, nom mi faça lezer, se eu já mui gram coita tenh’em rem, pois que vos vejo, meu lum’e meu bem.

Da coita que hôuvi no coraçom o dia, senhor, que m’eu fui daqui, maravilho-m’eu como nom morri

com gram coita; mais Deus nom mi perdom, se eu já mui gram coita tenh’em rem, pois que vos vejo, meu lum’e meu bem.

Houv’en tal coita qual vos eu direi:

o dia que m’eu fui de vós partir que, se cuidei desse dia sair, Deus mi tolha este corp’e quant’hei, se eu já mui gram coita tenh’em rem, pois que vos vejo, meu lum’e meu bem.

ARMEA, P. Disponível em: <https://cantigas.fcsh.unl.pt>.

Acesso em: 26 jan. 2021.

A cantiga de amor de Pero de Armea insere-se no chamado Trovadorismo, estilo poético característico do Período Medieval. No poema, uma característica relacionada ao contexto da época é expressa pela

A. exaltação da vida espiritual.

B. referência a aspectos cristãos.

C. objetificação do corpo feminino.

D. repulsa ao sentimento amoroso.

E. linguagem rebuscada do eu lírico.

QUESTÃO 10

Bilhete

Eu deixei um bilhete sobre a mesa para quando você acordar.

Eu tive que sair muito cedo e não sabia exatamente que palavras deixar. Eu queria te dizer várias coisas sobre a noite, coisas que começariam com palavras claras e doces, mas ligeiramente ácidas, e depois um pequeno segredo e uma declaração firme e discreta e por fim uma frase que seria fria por fora mas quente por dentro como uma sobremesa francesa.

Mas foi tão difícil, o sol batia de leve sobre a mesa, você dormia tão próximo e eu ainda não tinha calçado os sapatos, o que certamente interferiu um pouco na minha caligrafia.

Seu apartamento de manhã ainda decorado com os restos da noite. Eu não sabia o que dizer, e se a única caneta que encontrei era vermelha você pode supor meu sobressalto e então eu apenas escrevi

É tão tarde, mas eu estou pronta se você estiver

e desenhei sem cuidado no canto esquerdo do papel um pequeno veleiro.

MARQUES, A. M. A vida submarina. Belo Horizonte: Scriptum, 2009.

O texto de Ana Martins Marques caracteriza-se como pertencente ao gênero lírico devido ao(à)

A. discurso impessoal.

B. coerência narrativa.

C. linguagem coloquial.

D. subjetividade expressa.

E. interlocutor demarcado.

QUESTÃO 11

De forma geral, os mecanismos pelos quais a nutrição pode afetar a saúde mental são fáceis de entender. O cérebro humano necessita de muita energia e usa uma quantidade considerável das calorias e nutrientes que ingerimos, tanto para compor sua estrutura quanto para desempenhar suas funções. Por isso seu cérebro odeia dietas restritivas que ameaçam o funcionamento harmonioso dele.

Além disso, os hábitos alimentares modulam o funcionamento da imunidade, o que também modera o risco de problemas de saúde mental, como a depressão.

No entanto, é comum nas sociedades modernas uma alimentação com base em alimentos processados e ultraprocessados, pobres em nutrientes e com alta densidade energética, gerando um cenário único da história, com a coexistência de pessoas superalimentadas e subnutridas.

Com isso, embora a ingestão calórica tenha aumentado, muitas populações não atingem a ingestão recomendada de vários nutrientes essenciais para o cérebro, incluindo vitaminas do complexo B e zinco.

Essas mudanças nos hábitos alimentares, em conjunto com o hábito de fumar, a prática de dietas restritivas, a insuficiência de atividade física e o uso de álcool e drogas recreativas, estão associadas com diversos problemas de saúde física e mental. Uma alimentação variada, contendo alimentos de todos os grupos alimentares e com base em alimentos in natura, tem maior probabilidade de fornecer os nutrientes que podem contribuir para a prevenção de transtornos mentais.

DERAM, S. Nutrição é tão importante para a mente quanto para a saúde mental. Disponível em: <www.uol.com.br>. Acesso em: 25 jan. 2021.

[Fragmento adaptado]

No artigo de opinião, ao abordar a importância da nutrição para a saúde mental, a autora tem o intuito de

A. reprovar a adesão às dietas restritivas.

B. estimular a mudança de hábitos alimentares.

C. promover o consumo de alimentos orgânicos.

D. explicar o funcionamento do sistema neurológico.

E. criticar o consumo de alimentos ultraprocessados.

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PREFEITURA DO RIO. Disponível em: <https://twitter.com>. Acesso em: 23 jan. 2021.

Considerando o objetivo comunicativo da propaganda, identifica-se, no texto, a função A. emotiva, por despertar no leitor uma preocupação acerca de seus animais.

B. apelativa, por buscar convencer o leitor sobre a necessidade da castração.

C. fática, por usar estratégias para manter a interação com o leitor na campanha.

D. referencial, por ter o objetivo de informar sobre a castração de animais na cidade.

E. metalinguística, por explicar o programa de castração através da própria campanha.

QUESTÃO 13

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça”

e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito.

Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

BRUM, E. Disponível em: <www.portalraizes.com>.

Acesso em: 3 nov. 2020. [Fragmento]

A tese é um dos principais elementos de um texto argumentativo. No texto, a tese construída pela autora aponta que A. os mais jovens apresentam despreparo emocional para a interação tecnológica.

B. o mercado de trabalho é um campo positivo, visto que reflete o ambiente familiar.

C. as dificuldades relacionadas aos jovens dizem respeito à insistência em suas vontades.

D. a nova geração tem o desafio de lidar com as frustrações apesar do alto conhecimento.

E. o principal problema da juventude contemporânea é a falta de experiência profissional.

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QUESTÃO 14 TEXTO I

Por que Antígona é tão popular?

“Porque é uma peça fantástica”, responde o diretor teatral Olivier Py. Sem dúvida, é uma grande obra, mas isso, felizmente, pode ser dito sobre muitas outras.

Mas, apesar da passagem do tempo, essa história de desobediência civil e de uma batalha devastadora continua tocando as pessoas até hoje. Vamos relembrar seu enredo:

Após a morte de Édipo, Etéocles e Polinice herdam o reino de Tebas com a condição de que governem alternadamente. Quando chega a hora de Etéocles ceder o poder ao irmão, ele se recusa, levando Polinice a formar um exército.

Depois que os irmãos se matam, seu tio Creonte assume o poder, e sua primeira decisão é honrar a memória de Etéocles e não sepultar Polinice, para que as aves de rapina e hienas o devorem.

Antígona não aceita isso. Embora a sociedade o julgue negativamente, seu irmão merece descansar com dignidade, e ela fará de tudo para honrá-lo com um simples gesto: jogar terra sobre seu corpo.

Disponível em: <www.bbc.com>. Acesso em: 27 jan. 2021.

[Fragmento adaptado]

TEXTO II

Uma adaptação da tragédia grega de Sófocles, o filme canadense Antígona estreia a partir desta quinta-feira, dia 27, no Cinema Virtual do Paradigma Cine Arte. Dirigido por Sophie Deraspe, o longa recebeu o prêmio de Melhor Filme Canadense do Festival de Toronto em 2019 e representou o Canadá na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar de 2020.

Na trama de Antígona, a personagem Antigone (Nahéma Ricci) faz parte de uma família de refugiados que vive num bairro de classe média em Montreal. Diante da ameaça de expulsão ao país de origem e ao se deparar com uma lei falha, ela busca honrar um de seus irmãos e ajudar o outro a escapar da cadeia. A personagem enfrenta as autoridades do Estado em busca do seu próprio senso de justiça.

Disponível em: <https://santacatarinanews.com>.

Acesso em: 27 jan. 2021. [Fragmento adaptado]

O filme Antígona, apresentado no texto II, é considerado uma releitura do drama descrito no texto I, pois

A. atualiza o conflito original.

B. apropria-se do título da peça.

C. mantém a temática da honra.

D. narra um problema atemporal.

E. tem uma mulher como protagonista.

QUESTÃO 15

Soneto do aroma

Nem luz de astro nem luz de flor somente: um misto De astro e flor. Que olhos tais e que tais lábios, certo, (E só por serem seus) são muito mais do que isto...

Ela é a tulipa azul do meu sonho deserto.

Onde existe, não sei, mas quero crer que existo No mesmo nicho astral entre luares aberto, Em que branca de luz sublime a tenha visto, Longe daqui talvez, talvez do céu bem perto.

Ela vem, (sororal!) vibrante como um sino, Despertar-me no leito: ouro em tudo, — na face De anjo morto, na voz, no olhar sobredivino.

Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma Pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce...

Oh sonora audição colorida do aroma!

GUIMARAENS, Alphonsus de. Disponível em:

<http://www.avozdapoesia.com.br/obras_ler.php?obra_

id=7223&poeta_id=328>. Acesso em: 10 fev. 2014.

As figuras de linguagem presentes nos trechos “Em que branca de luz sublime a tenha visto”, “a luz tem cheiro” e

“vibrante como um sino” são, respectivamente, A. hipérbole, símile e metáfora.

B. símile, sinestesia e metáfora.

C. hipérbato, sinestesia e símile.

D. hipérbato, sinestesia e hipérbole.

E. hipérbole, sinestesia e metáfora.

QUESTÃO 16

Policiais foram atender a um chamado por furto no estado americano da Flórida e acabaram “prendendo” o suspeito: um gato.

O “crime” ocorreu no condado de Collier. Quatro policiais foram atender a um chamado na noite de domingo (1º) em uma casa. Barulhos levaram os moradores a achar que um furto estava em andamento.

Ao chegar, os policiais descobriram que o suspeito era um gatinho.

Ele foi levado a um abrigo, onde a identificação por microchip revelou que se tratava de Bones, um gato de estimação que tinha fugido. O gato foi devolvido ao dono.

Disponível em: <g1.globo.com>. Acesso em: 10 nov. 2020.

A organização textual permite identificar o gênero ao qual pertence o texto, pois, na sua estrutura, há a finalidade de A. narrar uma história por meio de um conteúdo

moralizante e da personificação de animais.

B. analisar um determinado tema de relevância para o contexto social em que se insere.

C. chamar atenção para um fato inusitado de um gato que estaria envolvido em um furto.

D. descrever o suspeito de um suposto crime, com o intuito de auxiliar as autoridades.

E. comunicar um fato, buscando esclarecer as informações apresentadas.

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O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço, e aos pés uma alcatifa por estrado. Sancho de Tovar, Simão de Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correia, e nós outros que aqui na nau com ele vamos, sentados no chão, pela alcatifa. Acenderam-se tochas. Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém.

Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá também houvesse prata.

CAMINHA, P. V. Carta de Pero Vaz de Caminha. 1500. [Fragmento]

Nesse trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha, identifica-se uma percepção subjetiva do autor na

A. impressão causada pelos adornos dos indígenas, considerados muito grandes.

B. interpretação dos gestos de um nativo como indicativos da existência de ouro e prata.

C. consideração da ausência de cortesia frente ao Capitão como um ato desrespeitoso.

D. diferenciação hierárquica com o Capitão sentado na cadeira e os demais no chão.

E. decifração da atitude silenciosa dos aborígenes no encontro com os portugueses.

QUESTÃO 18

Outro ponto a debater é a experiência de imparcialidade que ousam fazer à gente. Por que ser imparcial? Todo artista produz para externar suas paixões, seus recalques, seus conflitos íntimos. Então como é que pode ser imparcial?

Por uma comparação: se eu faço uma crônica a favor do Flamengo, todo o mundo cai em cima de mim dizendo: “Ela só escreve isso e aquilo porque é Flamengo”. Ora, meu Deus do Céu, e haverá motivo mais legítimo para se escrever pró-Flamengo do que ser Flamengo? (que eu, aliás, sou Vasco, com muita honra!).

QUEIROZ, R. O direito de escrever. Disponível em:

<https://cronicabrasileira.org.br>. Acesso em: 25 jan. 2021.

[Fragmento]

Pelos procedimentos argumentativos presentes no fragmento da crônica, para a autora, ser imparcial é

A. critério para os artistas terem novas experiências, alcançando vários públicos.

B. conveniente para os artistas que visam ao sucesso advindo da imparcialidade.

C. meio dos artistas de externarem as paixões sem revelarem seus pensamentos.

D. traço inerente ao ser humano, já que a imparcialidade facilita a convivência social.

E. incompatível com os artistas, pois o objetivo da arte é externar paixões e conflitos.

A ciência não é dogmática, e portanto qualquer hipótese científica pode ser derrubada por ciência de melhor qualidade. No caso de teorias científicas, porém, é raro que isso aconteça, justamente porque construir uma teoria requer muita sustentação e comprovação anterior. Isso não significa, no entanto, que teorias científicas são inalteráveis.

Com a aquisição de novo conhecimento, elas podem mudar, moldando-se e crescendo com novos achados e evidências.

Teorias científicas evoluem.

Temos hoje traçadas, uma por uma, as mutações dos genes que levaram às mudanças de formato dos bicos dos tentilhões de Darwin, os pássaros que lhe causaram tanta fascinação quando ele visitou as ilhas Galápagos, e que participaram da origem da teoria da seleção natural, inspirando-o a pensar sobre o mecanismo que leva a essas alterações. Essas evidências genéticas se somam a muitos outros achados sobre a nossa natureza que corroboram a existência de seleção natural em evolução.

KOWALTOWSKI, A. Disponível em: <www.nexojornal.com.br>.

Acesso em: 25 jan. 2021. [Fragmento]

No desenvolvimento do texto, a autora defende a ideia de que, ao longo do tempo, a produção científica

A. mantém inalteradas as descobertas do passado ao desconsiderar outras evidências.

B. objetiva criar hipóteses que permitem derrubar teorias como a da seleção natural.

C. permite que teorias científicas sejam refinadas por meio de novas descobertas.

D. reconhece nas pesquisas realizadas em viagens a insuficiência da ciência.

E. comprova que a ciência atual é imutável, sem necessidade de inovações.

QUESTÃO 20

Magazine Luiza aumenta número de contratados em trainee para negros

O grupo Magazine Luiza concluiu o processo seletivo de seu programa de trainees que foi alvo de ataques nas redes sociais por ser destinado apenas a profissionais negros.

A repercussão fez as inscrições ultrapassarem o número de 22,5 mil. A empresa anunciou que vai contratar 19 trainees, em vez de dez, como era o habitual.

Disponível em: <www.cartacapital.com.br>. Acesso em: 27 jan. 2021.

[Fragmento]

Atuando para a coesão textual, o pronome relativo presente no primeiro parágrafo foi empregado como forma de A. garantir a compreensão com uma linguagem informal.

B. antecipar um posicionamento desenvolvido no texto.

C. referenciar um termo anterior relativo à explicação seguinte.

D. iniciar a problematização do programa de trainees.

E. introduzir uma construção de caráter conclusivo.

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QUESTÃO 21

Ai, dona feia, foste-vos queixar Ai, dona feia, foste-vos queixar

porque vos nunca louvei em meu trovar;

mas agora quero fazer um cantar em que vos louvarei toda via1 e vedes como vos quero louvar:

dona feia, velha e sandia2!

Ai, dona feia, se Deus me perdão3, e pois havedes tão grão coração4 que vos eu louve, por essa razão vos quero já louvar toda via;

e vedes qual será a louvação:

dona feia, velha e sandia!

Dona feia, nunca vos eu louvei em meu trovar, toda via muito trovei;

mas agora já um bom cantar farei em que vos louvarei toda via;

e direi-vos como vos louvarei:

dona feia, velha e sandia!

1 de qualquer modo

2 louca, sem juízo

3 que Deus me perdoe

4 pois tendes tanto desejo

GUILHADE, J. G. In: ABDALA JUNIOR., B. Movimentos e estilos literários: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995.

Na cantiga satírica de João Garcia Guilhade, o eu lírico, de voz masculina, direciona-se a uma mulher. Para compor sua crítica, o autor

A. encobre seu deboche com vocabulário rebuscado.

B. desdenha da mulher por ela não retribuir seu amor.

C. expõe uma visão pessimista e zombefeira da paixão.

D. oculta o nome da mulher usando vocabulário depreciador.

E. cria ambiguidade intencional para disfarçar o conteúdo.

QUESTÃO 22

Disparo que matou criança em MG foi feito por primo de 10 anos, diz perícia

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre um crime ocorrido no dia 19 de novembro de 2020 em Betim (MG).

As suspeitas iniciais eram de que um garoto de 9 anos teria morrido ao manusear uma arma de fogo, mas, ao concluir as investigações, a PCMG entendeu que o disparo que matou a criança partiu do primo, de 10 anos, quando os dois brincavam na casa da tia deles.

Disponível em: <https://noticias.uol.com.br>. Acesso em: 28 jan. 2021.

[Fragmento]

O uso da voz passiva para a construção do título da notícia se justifica porque se busca

A. amenizar as informações do fato, que ainda está em investigação.

B. ocultar a identidade do autor do crime, por ser menor de idade.

C. valorizar a informação sobre a vítima, uma criança de 10 anos.

D. inverter a ordem dos fatos, manipulando a opinião do leitor.

E. enfatizar o acontecimento que será apresentado no texto.

QUESTÃO 23

SANZIO, R. Dama com unicórnio. 1506. Óleo sobre tela, 66 cm × 55 cm.

Galleria Borghese, Roma, Itália.

O contexto característico do Renascimento se revela, na pintura de Rafael Sanzio, por meio da

A. castidade da figura feminina, que tem o corpo coberto para esconder as atribuições físicas, que deveriam ser reveladas no matrimônio.

B. aproximação da figura da mulher a um elemento divino, que representava a pureza e a feminilidade exigidas das mulheres da época.

C. relação com o animal, o que representaria a vocação natural feminina para os cuidados domésticos e as tarefas maternais.

D. sensualidade juvenil, que se coloca em uma postura de olhar provocativo, simbolizando a ascensão da feminilidade.

E. composição de um padrão de beleza feminino, apresentando uma postura ereta, colo à mostra e aspecto de sobriedade.

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Os mediadores de leitura – bibliotecários, professores, pais e agentes de leitura – devem contar histórias para deleite dos ouvintes oferecendo a história como um abraço fraterno. Abrir um livro é libertar as palavras que moram dentro dele. As palavras ganham vida na voz de alguém, e neste seu novo formato ganham um movimento próprio.

Compartilhar uma história é contar, ler, mostrar as imagens do livro, conversar sobre a história ampliando e discutindo o enredo. Compartilhar histórias em casa, em hospitais, nos asilos, nos orfanatos, nas bibliotecas ou nas escolas aponta para a necessidade da leitura na vida dos homens com a pretensão de torná-los cada vez mais humanos.

ROSA, S. Entre textos e afetos: formando leitores dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: Malê, 2017. [Fragmento adaptado]

No trecho, a autora defende a importância dos mediadores de leitura, uma vez que

A. transformam o texto em uma narrativa positiva.

B. garantem o ritmo característico do enredo.

C. ampliam o conhecimento contextual.

D. promovem o prazer estético visual.

E. estabelecem um contato afetivo.

QUESTÃO 25

Vosso Nome de Amor Quando entoar começo com voz branda Vosso nome de amor, doce, e suave, A terra, o mar, vento, água, flor, folha, ave Ao brando som se alegra, move, e abranda.

Nem nuvem cobre o céu, nem na gente anda Trabalhoso cuidado, ou peso grave,

Nova cor toma o Sul, ou se erga, ou lave No claro Tejo, e nova luz nos manda.

Tudo se ri, se alegra, e reverdece.

Todo mundo parece que renova.

Nem há triste planeta, ou dura sorte.

A minh’alma só chora, e se entristece, Maravilha de Amor cruel, e nova!

O que a todos traz vida, a mim traz morte.

FERREIRA, A. Poemas Lusitanos. Edição crítica, introdução e comentário de T. F. Earle. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

O poema de António Ferreira, autor do século XVI, apresenta, como traço estilístico do Classicismo, a

A. retomada de figuras das mitologias antigas.

B. exaltação da natureza pela sua função renovadora.

C. busca pelo equilíbrio estético com termos antitéticos.

D. exacerbação da subjetividade pelo sofrimento lírico.

E. preferência pelo soneto como fuga das formas clássicas.

QUINO. Toda Mafalda.

Na tirinha, Mafalda emite uma opinião sobre a forma de locomoção do caranguejo. Para descrever essa característica do animal, a garota constrói, no primeiro quadrinho, uma sentença utilizando

A. verbos no modo subjuntivo.

B. substantivos em excesso.

C. metaforização do animal.

D. complemento nominal.

E. adjunto adverbial.

QUESTÃO 27

“Ler para uma criança é uma atitude transformadora.

Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade e adquire cultura, conhecimento e valores”, afirma a educadora Ana Teberoski, professora da Universidade de Barcelona e uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização.

FLEURY, Y. Disponível em: <http://www.curtamais.com.br>.

Acesso em: 07 dez. 2016.

Quanto mais cedo tiver contato com a leitura, melhor será para a criança, de acordo com a pesquisadora entrevistada na reportagem. Nessa reflexão, sua fala se apoia em A. permitir o contato com um mundo completamente

desconhecido.

B. apontar para os pais quais são os interesses futuros do seu filho.

C. ampliar o potencial de descobertas e o desenvolvimento ético da criança.

D. buscar o contato com o multiculturalismo para o futuro leitor.

E. aumentar logo cedo as chances de uma alfabetização eficiente.

V001

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QUESTÃO 28 TEXTO I

Pero Vaz de Caminha A DESCOBERTA

Seguimos nosso caminho por este mar de longo Até a oitava da Páscoa

Topamos aves

E houvemos vista de terra OS SELVAGENS Mostraram-lhes uma galinha Quase haviam medo dela E não queriam pôr a mão

E depois a tomaram como espantados

ANDRADE, O. Pau Brasil. São Paulo: Globo, 2003. [Fragmento]

TEXTO II

E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos. [...] Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como quem diz que os havia ali. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso. Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram medo dela: não lhe queriam pôr a mão; e depois a tomaram como que espantados.

CAMINHA, P. V. A carta de Pero Vaz de Caminha. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 19 jul. 2018. [Fragmento adaptado]

O texto de Pero Vaz de Caminha motiva a produção do texto de Oswald de Andrade. Apesar da relação entre as obras, a linguagem cumpre diferentes funções em cada uma delas. Considerando sua circunstância de produção, o texto I

A. enaltece o texto II ao fazer poucas modificações.

B. descaracteriza o texto II como literatura de viagem.

C. transpõe o conteúdo do texto II para o rigor da forma poética.

D. altera o diálogo estabelecido no texto II entre emissor e leitor.

E. referencia ironicamente o texto II ao descontextualizar seu conteúdo.

QUESTÃO 29

LEI Nº 6 791 DE 25/01/2021 O Governador do Distrito Federal,

Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Artigo 1º Para efeitos desta Lei, estudante atleta é aquele matriculado em estabelecimento de ensino público ou privado do Distrito Federal, inclusive de ensino superior, que pratica uma modalidade esportiva e que representa o Distrito Federal, clubes, federações esportivas ou seu estabelecimento de ensino, em eventos ou competições oficiais das entidades dirigentes do esporte distrital, nacional e internacional.

Artigo 2º É assegurado ao estudante atleta que esteja participando de eventos ou competições oficiais:

I. dispensa das aulas durante o período em que esteja atuando nas competições oficiais;

II. realização de provas em data ou horário alternativo, em caso de coincidência entre o calendário escolar e o calendário esportivo, sem cobrança de qualquer taxa ou valor adicional.

Artigo 3º Para o exercício do direito de que trata esta Lei, o vínculo à prática esportiva deve ser atestado pelos seguintes documentos:

I. declaração de um dos pais ou de responsável pelo estudante;

II. declaração da entidade esportiva atestando o vínculo do estudante atleta.

Disponível em: <www.legisweb.com.br>. Acesso em: 26 jan. 2021. [Fragmento]

Considerando tratar-se do texto de uma Lei, os Artigos têm como função

A. restringir o acesso de atletas profissionais à seleção e definir as obrigações dos jovens.

B. garantir a compreensão pública sobre o atleta estudante e conceder a dispensa escolar.

C. definir os aspectos legais do estudante atleta e introduzir a explicação dos itens expostos.

D. produzir um entendimento claro sobre a prática esportiva e instruir os adultos responsáveis.

E. informar os mecanismos legais para que os jovens desportistas alcancem a profissionalização.

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Disponível em: <https://twitter.com/folha>. Acesso em: 25 jan. 2021.

Na charge, constata-se uma crítica direcionada, principalmente, ao(à) A. explicação científica de que o ser humano evoluiu a partir do macaco.

B. divergência entre os autores sobre a continuidade do processo de evolução.

C. ideia de Millôr de que o homem contemporâneo mantém sua natureza primitiva.

D. posição acadêmica que considera o comportamento humano superior ao animal.

E. retrocesso humano devido ao comportamento alienado pelo uso de mídias sociais.

QUESTÃO 31

Digital de carne e osso

Vivemos um momento de transição em meio a uma mudança de modelo que está implodindo o negócio de contact centers.

Uma consequência dessa transformação é a migração para um modelo denominado “Business Process Outsourcing” ou BPO, no qual a empresa prestadora de serviços de relacionamento procura ofertar uma nova proposta de valor, incorporando mais tecnologias e competências além daquelas originalmente presentes no contact center tradicional. Mas o que empresas e BPOs precisam compreender é que o elemento central da disrupção nos diversos modelos de negócio é justamente o consumidor. É para atender às expectativas, reduzir atritos e ganhar o tempo do consumidor que novas startups se formam a cada minuto no Brasil e no mundo.

Este Anuário Brasileiro de Relacionamento com Clientes mostra toda a velocidade, as causas e as consequências dessa transformação e ousa apontar o caminho mais promissor para que os BPOs possam se posicionar na economia digital: serem realmente os grandes protagonistas da gestão de clientes como autênticos CPOs (de “Customer Process Outsourcing”).

Mais do que uma letra diferente, há nessa proposta uma mudança radical de filosofia e conceito: se o cliente deve estar no centro do negócio, de qualquer negócio, então entender, desenvolver, investir, implementar e aplicar processos que envolvam tecnologia e inovação embarcadas é uma obrigatoriedade de quem sabe cuidar do cliente. Não há processo de negócio que não tenha a entrega de valor ao cliente como centro, objeto e fim.

MEIR, R. Disponível em: <https://digital.consumidormoderno.com.br>. Acesso em: 27 jan. 2021. [Fragmento adaptado]

Nesse editorial, o autor apresenta a importância do Anuário Brasileiro de Relacionamento com Clientes, apoiando-se no argumento de que

A. o público é esquecido nas práticas de inovação.

B. o anuário informa sobre as atualizações comerciais.

C. as empresas devem ousar na busca pelas novidades.

D. o consumidor é central para o sucesso de um negócio.

E. as tecnologias melhoram o desenvolvimento das ideias.

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QUESTÃO 32

Disponível em: <https://revistatrip.uol.com.br>. Acesso em: 27 jan. 2021.

A tirinha de Armandinho se desenvolve para apontar uma reflexão, e sua construção textual utiliza, como quebra de expectativa em sua conclusão, uma

A. opinião de senso comum.

B. abordagem metalinguística.

C. fala incomum para crianças.

D. resolução óbvia ao problema.

E. ironia sobre o mistério da vida.

QUESTÃO 33

BARÃO – Sou o Barão Sigismundo de Kernoberg, seu vizinho, botânico de vocação, profissão e tradição, membro da Academia de Estocolmo, e comissionado pelo governo da Suécia para estudar a flora da América do Sul. V. Exa. dispensa a minha biografia? (D. Leonor faz um gesto afirmativo.) Direi somente que o tio de meu tio foi botânico, meu tio era botânico, eu botânico, e meu sobrinho há de ser botânico. Todos somos botânicos de tios a sobrinhos. Isto de algum modo explica minha vinda a esta casa.

D. LEONOR – Oh! o meu jardim é composto de plantas vulgares.

BARÃO, gracioso – É porque as melhores flores estão dentro de casa. Mas V. Exa. engana-se; não venho pedir nada do seu jardim.

D. LEONOR – Ah!

BARÃO – Venho pedir-lhe uma coisa que lhe há de parecer singular.

D. LEONOR – Fale.

BARÃO – O padre desposa a igreja; eu desposei a ciência. Saber é o meu estado conjugal; os livros são a minha família.

Numa palavra, fiz voto de celibato.

D. LEONOR – Não se casa.

BARÃO – Justamente. Mas, V. Exa. compreende que, sendo para mim ponto de fé que a ciência não se dá bem com o matrimônio, nem eu devo casar, nem... V. Exa. já percebeu.

D. LEONOR – Coisa nenhuma.

BARÃO – Meu sobrinho Henrique anda estudando comigo os elementos da botânica. Tem talento, há de vir a ser um luminar da ciência. Se o casamos, está perdido.

D. LEONOR – Mas...

BARÃO, à parte – Não entendeu. (Alto.) Sou obrigado a ser mais franco. Henrique anda apaixonado por uma das suas sobrinhas, creio que esta que saiu daqui, há pouco. Impus-lhe que não voltasse a esta casa; ele resistiu-me. Só me resta um meio: é que V. Exa. lhe feche a porta.

ASSIS, M. Lição de botânica. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 25 jan. 2021. [Fragmento]

No fragmento da peça de Machado de Assis, as opções textuais permitem que o Barão se apresente de forma pessoal devido à A. utilização de discurso direto.

B. construção irônica de suas falas.

C. presença de elementos descritivos.

D. intervenção do narrador onisciente.

E. formalidade da fala da personagem.

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Canto II Já neste tempo o lúcido Planeta Que as horas vai do dia distinguindo,

Chegava à desejada e lenta meta, A luz celeste às gentes encobrindo;

E da casa marítima secreta lhe estava o Deus Noturno a porta abrindo,

Quando as infidas gentes se chegaram Às naus, que pouco havia que ancoraram.

Dentre eles um, que traz encomendado O mortífero engano, assim dizia:

«Capitão valoroso, que cortado Tens de Netuno o reino e salsa via, O Rei que manda esta Ilha, alvoraçado Da vinda tua, tem tanta alegria

Que não deseja mais que agasalhar-te, Ver-te e do necessário reformar-te.

E porque está em extremo desejoso De te ver, como cousa nomeada, Te roga que, de nada receoso, Entres a barra, tu com toda armada;

E porque do caminho trabalhoso Trarás a gente débil e cansada, Diz que na terra podes reformá-la, Que a natureza obriga a desejá-la.

CAMÕES, L. Os Lusíadas. Disponível em:

<www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 27 jan. 2021. [Fragmento]

No fragmento do clássico de Camões, a construção do texto está de acordo com o gênero épico, pois centra-se no(a) A. narrativa de um herói protagonista.

B. resgate de crenças da Antiguidade.

C. nação próspera do contexto histórico.

D. menção exagerada aos deuses gregos.

E. envolvimento de um narrador onisciente.

QUESTÃO 35

Na época do descobrimento do Brasil, a identidade nacional era caracterizada pela diversidade de línguas indígenas, as quais somavam, aproximadamente, 1 300. Hoje, somente 15% sobreviveram ao processo de extinção dos povos. A professora Marília Ferreira, do Instituto de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará (UFPA), vem documentando aspectos culturais e linguísticos dessas línguas, na tentativa de preservá-las.

Como a maioria dessas línguas é transmitida apenas oralmente, a documentação é fundamental para a preservação, e pode servir como incentivo e apoio pedagógico para o ensino das línguas aos descendentes.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/>. Acesso em: 25 nov. 2018. [Fragmento]

Na introdução do texto, a apresentação do tema ocorre por meio de

A. informações estatísticas que demonstram o risco de extinção das línguas indígenas no país.

B. exemplificação do processo de extinção dos povos mediante a eliminação dos seus idiomas falados.

C. caracterização do tipo de transmissão dos conhecimentos, se oral ou escrita, que ocorre nas culturas.

D. proposta de incentivo ao ensino dos sistemas linguísticos nativos aos descendentes dos povos indígenas.

E. consenso de que se deve documentar metodologicamente as línguas orais para sua preservação.

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QUESTÃO 36

[...] Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam “carneado”. [...]

Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida?

[...] Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto.

VERISSIMO, Erico. Solo de clarineta. Porto Alegre: Globo, 1978, p. 44-45.

No texto anterior, há uma metáfora que se relaciona à presença do escritor e, por extensão, à da literatura. Essa metáfora, no texto, associa-se à possibilidade de a literatura A. fazer suportar a dor em tempos de atrocidades e

injustiças.

B. apontar os ladrões, assassinos e tiranos da história.

C. revelar a parte dos acontecimentos de seu tempo.

D. denunciar as condições que ferem a dignidade do ser humano.

E. encantar o leitor, produzindo prazer e alívio da realidade.

QUESTÃO 37

Muitas vezes (creio) nos veio isto ao pensamento; a mim, de certo, e muita consolação me dava a ideia de que, naquela mesma ocasião, muitos dos nossos Irmãos que andavam por diversas regiões, tinham todos o espírito alçado para Deus, e cujas orações, subindo à presença divina, pediam auxílio para nós outros, e que, por seus suspiros e gemidos, finalmente movida, a divina piedade pudesse trazer-nos os benefícios da sua costumada misericórdia. Entretanto, não nos servindo das velas nem de auxílio algum humano, éramos levados sãos e salvos pelo meio dos escolhos, para onde a corrente nos arrebatava, e esperando a todo o momento que se despedaçasse a embarcação, expostos à chuva, flagelados por tremenda tempestade, vendo a morte a cada instante, passámos toda aquela noite sem dormir. [...]

Rogamos, entretanto, aos que achem prazer em ler e ouvir estas cousas, queiram tomar o trabalho de orar por nós e pela conversão deste país.

ANCHIETA, J. Carta ao Padre Geral de São Vicente ao último de maio de 1560. Disponível em: <http://www.rbma.org.br>.

Acesso em: 20 out. 2019. [Fragmento adaptado]

A literatura jesuítica produzida no Brasil buscou evidenciar as experiências dos missionários da Companhia de Jesus na então colônia portuguesa. Nesse fragmento, de autoria do Padre José de Anchieta, revela-se a

A. intenção das epístolas de valorizar e descrever a catequização.

B. resiliência diante dos deslocamentos em ambientes inóspitos.

C. exploração da estética medieval pela linguagem rebuscada.

D. subjetividade poética que marcava os autos catequéticos.

E. ausência devocional na abordagem religiosa na colônia.

QUESTÃO 38

O que conta o livro infantil censurado na Turquia por ser considerado “obsceno”

Anita Garibaldi, Chimamanda Ngozi Adichie, JK Rowling, Margaret Thatcher, Evita Peron, Hillary Clinton e Michelle Obama. São as histórias dessas e de outras dezenas de mulheres que são contadas no livro Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes. O livro foi censurado pelo governo turco por considerá-lo “obsceno” para crianças.

Autoridades do governo autoritário de Recep Tayyip Erdogan determinaram que o livro só pode ser vendido para maiores de 18 anos, medida adotada para obras consideradas pornográficas. Além de proibir a venda para menores, ordenou que a obra não seja exibida em vitrines e que seja embalada com um plástico opaco pelas livrarias.

A União de Editores da Turquia denunciou a decisão.

A organização classificou a decisão como “um perigo da perspectiva das liberdades de expressão e imprensa e uma ameaça aos princípios de uma sociedade democrática”.

Escrito pelas italianas Elena Favilli e Francesca Cavallo, o livro é ilustrado por 60 mulheres artistas de diversos países.

Em uma entrevista à BBC, Favilli disse que a ideia é para quebrar com os tradicionais estereótipos de gênero.

“Se todas as crianças lerem que as princesas têm que esperar serem salvas pelo príncipe, então a mensagem que elas aprendem é que mulheres não são tão valiosas quanto homens, que não somos iguais”, disse.

Os livros também dão visibilidade a conquistas de mulheres que foram invisibilizadas ao longo da história.

Disponível em: <www.geledes.org.br>. Acesso em: 14 out. 2019 (Adaptação).

O texto relata a censura, na Turquia, de uma obra destinada ao público infantil. Para discutir o tema, o autor

A. prescreve os parâmetros éticos da literatura.

B. fundamenta as intervenções governamentais.

C. pondera posições diversas a respeito do assunto.

D. incrimina a unilateralidade da decisão do governo.

E. cita um argumento de autoridade contra a proibição.

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Disponível em: <www.jornalgrandebahia.com.br>. Acesso em: 14 abr. 2021.

No texto anterior, de acordo com seu objetivo social e comunicativo, a opção pela construção textual com o uso da função da linguagem apelativa busca

A. apresentar uma conversa indireta entre leitor e produtor, evidenciando a importância do diálogo na luta antirracista.

B. evidenciar o estado psicológico de pessoas que praticam atos racistas, demonstrando seu desequilíbrio emocional.

C. informar ao leitor que o racismo é crime e que há leis que punem as pessoas que decidem continuar com essa prática.

D. convencer o leitor da importância de combater o racismo, visto ser uma prática criminosa, com consequências graves.

E. estabelecer um canal de comunicação entre leitor e autoridades na luta contra o racismo, informando formas de denúncia.

QUESTÃO 40

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou no Twitter o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018, logo após o começo do exame, neste domingo (4). Trata-se de “manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. O texto dissertativo deve conter até 30 linhas com argumentos e pontos relevantes sobre o assunto.

Apesar de não se referir diretamente sobre as fake news, o tema da redação passa perto ao destacar como as informações online podem ser modificadas para influenciar a opinião das pessoas. Contudo, falar só sobre as notícias falsas pode ser uma

“pegadinha”, visto que marketing e publicidade também podem ser fontes de manipulação.

GALILEU. Disponível em: <www.revistagalileu.globo.com>. Acesso em: 13 abr. 2019. [Fragmento]

Existem muitos textos em que predomina a tipologia dissertativa. Na notícia publicada pela revista Galileu, o seu desenvolvimento conforme o gênero utiliza uma linguagem

A. figurativa, apelando ao emprego de metáforas para a explicação.

B. parcial, que deixa transparecer a todo momento a opinião do autor.

C. objetiva, com as informações apresentadas de forma direta no texto.

D. superficial, pois o objetivo é abordar brevemente o assunto em pauta.

E. sucinta, para transmitir a mensagem de acordo com o meio de publicação.

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QUESTÃO 41

Disponível em: <https://lagrimasnoceu.wordpress.com>.

Acesso em: 20 abr. 2020.

Na campanha do Governo de Pernambuco, constrói-se um pedido dirigido à sociedade. A relação entre as linguagens verbal e não verbal transmite a mensagem de que

A. as mulheres apresentam melhores condições de doar.

B. o sangue doado cria um vínculo entre os envolvidos.

C. a doação é ato de amor e auxílio à vida do próximo.

D. o coração é o responsável pela doação sanguínea.

E. o sangue recebido é capaz de tratar as emoções.

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Justiça francesa pede julgamento contra Air France e Airbus por acidente do voo Rio-Paris Em 2009, a queda da aeronave no Oceano Atlântico provocou a morte de 228 pessoas.

Mais de onze anos depois do acidente de um voo que fazia a rota Rio-Paris, a Procuradoria-Geral francesa pediu um julgamento contra a Air France e a Airbus pelo acidente no qual 228 pessoas morreram. Uma fonte judicial disse à AFP nesta quarta-feira (27) que a Procuradoria-Geral francesa solicitou um julgamento por “homicídio culposo” contra a companhia aérea francesa e a fabricante europeia pelo acidente do voo AF447, que caiu no Oceano Atlântico em 1º de junho de 2009. Todos os passageiros e membros da tripulação, de 34 nacionalidades, morreram neste acidente, o mais mortal da história da Air France.

Essas requisições vão na contramão da suspensão anunciada em agosto de 2019 pelos juízes de instrução encarregados da investigação. E vão além das formuladas no mesmo ano pela Promotoria de Paris, que pedia apenas um julgamento contra a companhia aérea. A Corte de Apelações de Paris decidirá em 4 de março se envia ou não a companhia aérea e a fabricante aos tribunais, acrescentou a fonte.

Disponível em: <https://odia.ig.com.br>. Acesso em: 27 jan. 2021. [Fragmento adaptado]

Por meio de variadas estratégias linguísticas, os textos introduzem e desenvolvem ideias acerca de seu tema. No excerto, as informações sobre o caso são apresentadas por meio do(a)

A. descrição retomando as memórias dos envolvidos.

B. progressão objetiva dos elementos do seu gênero.

C. narração dos acontecimentos do dia do fato.

D. argumento de autoridade do especialista.

E. linguagem coloquial para a persuasão.

QUESTÃO 43

PREFEITURA DE PORTO ALEGRE. Disponível em:

<https://twitter.com>. Acesso em: 25 jan. 2021.

Na construção textual dessa campanha, o emissor, a fim de atrair a atenção do leitor e transmitir o sentido pretendido, recorreu a uma

A. metonímia, recuperando o sentido do todo pela parte.

B. personificação, conferindo atributos humanos a um objeto.

C. síntese, desenvolvendo as ideias com assertividade nas frases.

D. alegoria, destacando as informações por meio de comparações.

E. metáfora, relacionando características de um substantivo a outro.

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