História Natural da Doença
A história natural da doença:
• Importante para avaliar como intervir para modificá-la
• Como detectar uma doença em fase mais inicial da sua história natural para maximizar a eficácia do tratamento
• Descrever a severidade da doença para estabelecer prioridades para os programas de saúde pública.
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Fase pré-clínica Fase clínica
Período de patogênese
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Inicio biológico da doença
Fase pré-clínica Fase clínica
Período de patogênese
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Inicio Evidência Sinais biológico patológica e sintomas da doença da doença da doença
Fase pré-clínica Fase clínica
Período de patogênese
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Inicio Evidência Sinais biológico patológica e sintomas da doença da doença da doença
Fase pré-clínica Fase clínica
Horizonte clínico
Período de patogênese
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Inicio Evidência Sinais Procura Diagnóstico Tratamento biológico patológica e sintomas por cuidado
da doença da doença da doença médicos Fase pré-clínica Fase clínica
Horizonte clínico
Período de patogênese
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Inicio Evidência Sinais Procura Diagnóstico Tratamento biológico patológica e sintomas por cuidado
da doença da doença da doença médicos Fase pré-clínica Fase clínica
Horizonte clínico
patogenia inicial doença precoce doença avançada desfecho
Período de patogênese
Período de patogênese
Podemos distinguir quatro fases de evolução:
1. Patogenia inicial: período de alterações pré- clínicas: alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas;
2. Doença precoce: após a doença transpor o horizonte clínico,
após o aparecimento de sintomas e/ou sinais perceptíveis;
3. Doença avançada: quando a síndrome e/ou as alterações morfo-funcionais mais características da doença já estão plenamente instaladas;
4. Desfecho: o modo como o processo de adoecimento se resolve ou estabiliza.
Evolução clínica
Evolução subclínica
Prevenção:
Ação antecipada, tendo por objetivo interceptar ou anular a evolução de uma doença na comunidade ou no indivíduo.
Identifica riscos, atua sobre eles,
mas não considera de sua alçada
a gênese desses riscos.
Período pré-patogênico Período Patogênico
Interação agente-sujeito Alterações Primeiros Doença Convalescença Precoces sintomas avançada
Promoção da Saúde
Proteção Específica
Diagnóstico e tratamento
precoce
Limitação de dano
Reabilitação
Prevenção primária Prevenção secundária
Prevenção terciária Medidas Preventivas
Adaptado de Leavell & Clark (1965)
Medidas preventivas de doenças
a) Promoção da saúde
• População como um todo
• Dirigida a ação sobre determinantes
–Causalidade: social econômica cultural política ambiental Conceito moderno:
políticas públicas saudáveis e intersetoriais que atuem nesses determinantes do processo saúde e doença
Prevenção primária
É feita por medidas de ordem geral:
Moradia adequada
Escolas
Áreas de lazer
Educação
Alimentação adequada
Saneamento ambiental
Prevenção primária a) Promoção da saúde
Imunização
Saúde ocupacional
Higiene pessoal e do lar
Proteção contra acidentes
Aconselhamento genético
Controle de vetores
Prevenção primária b) Proteção específica
Imunização
Saúde ocupacional
Higiene pessoal e do lar
Proteção contra acidentes
Aconselhamento genético
Controle de vetores
A prevenção primária visa diminuir a incidência da doença e o risco médio na população
Prevenção primária b) Proteção específica
Período pré-patogênico Período Patogênico
Interação agente-sujeito Alterações Primeiros Doença Precoces sintomas avançada Promoção
da Saúde
Proteção Específica
Diagnóstico e tratamento
precoce
Limitação de dano
Reabilitação
Prevenção primária Prevenção secundária
Prevenção terciária Medidas Preventivas
Medidas preventivas de doenças
2)
Prevenção secundária
a) Diagnóstico precoce e tratamento oportuno:
Inquéritos para descoberta de casos na comunidade
Exames periódicos, individuais, para detecção precoce dos casos
Tratamento para evitar a progressão da doença
b) Limitação da incapacidade
Período pré-patogênico Período Patogênico
Interação agente-sujeito Alterações Primeiros Doença Convalescença Precoces sintomas avançada
Promoção da Saúde
Proteção Específica
Diagnóstico e tratamento
precoce
Limitação de dano
Reabilitação
Prevenção primária Prevenção secundária
Prevenção terciária Medidas Preventivas
Adaptado de Leavell & Clark (1965)
Medidas preventivas de doenças
3) Prevenção terciária:
Reabilitação
Prevenção da incapacidade
Fisioterapia
Terapia ocupacional
A prevenção terciária visa diminuir os custos da doença para o indivíduo e para o
sistema/população
• A promoção de saúde e a profilaxia primária e secundária de doenças, inclusive após os 65 anos, são as alternativas que apresentam o melhor custo-benefício para que se alcance a compressão da morbidade
4) Prevenção quaternária:
• Novo conceito – 1995 Jamoulle e Roland
• Não relacionada ao risco de doença mas ao risco por excesso de intervenção, de medicalização desnecessária –to heal or to harm X “ é preferível “tratar” um são do que não tratar um doente”.
• Conjunto de medidas para diminuir a dor, a confusão, a desnutrição, etc.
Como decidir se um diagnóstico precoce deve ser tentado?
1. O diagnóstico precoce vai de fato melhorar o resultado clínico (em termos de sobrevida, função e qualidade de vida) ?
2. Existe possibilidade de atender a todas as pessoas cujo diagnóstico é feito precocemente?
3) O transtorno causado pela doença compensa o esforço para o diagnóstico precoce?
4) Os custos, a acurácia e a aceitabilidade do teste são adequados para seu propósito?
Diagnóstico precoce sempre vai parecer melhorar a sobrevida, mesmo quando a terapia não modifica a História Natural da Doença.
sobrevida
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2001 2010 2019 Início biológico Diagnóstico e Morte da doença tratamento
sobrevida
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2001 2005 2019 Início biológico Diagnóstico e Morte da doença tratamento
sobrevida
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2001 2005 2019 Início biológico Diagnóstico e Morte da doença tratamento
Ponto crítico na História Natural da
Doença é aquele antes do qual a
terapia é mais eficaz ou mais fácil de
ser utilizada do que após este ponto
Apenas quando o ponto crítico está antes do ponto do diagnóstico clínico vale a pena a “procura” pelo diagnóstico precoce.
Diagnóstico precoce após o nível crítico de doença pode ter consequências a serem consideradas.
• Pode modificar a qualidade de vida da pessoa
• Adoção do “papel de doente”
• A terapia pode ter efeitos colaterais
Quantificação da História Natural da Doença:
• Descrever a severidade da doença para estabelecer prioridades para os serviços clínicos e programas de saúde pública.
• Pacientes em geral fazem perguntas com relação ao prognóstico.
• Estabelecer uma base para a história natural, para poder avaliar novas terapêuticas disponíveis
• Comparar diferentes tipos de terapia e suas eficácias.