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INVENTÁRIO FLORESTAL DE Pinus spp. NO INTERIOR DO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE-RS

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Academic year: 2022

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INVENTÁRIO FLORESTAL DE Pinus spp. NO INTERIOR DO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE-RS

Trabalho de campo de 07 a 12/11/2016, inventário finalizado em dezembro de 2016.

INTRODUÇÃO

O Parque Nacional (PARNA) da Lagoa do Peixe – PNLP está localizado na península que separa a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, composto pelos municípios de São José do Norte, Tavares e Mostardas no Estado do Rio Grande do Sul, vide Figura 01 – localização, no anexo de mapas. Estende-se longitudinalmente por numa extensão aproximada de 63 quilômetros, com largura aproximada variando de 2,5 a 7,5 quilômetros e tem uma área de aproximadamente 34.400 hectares. O PARNA foi criado em 6 de novembro de 1986, através do Decreto Federal n.º 93.546.

O PNLP tem como objetivo principal proteger amostra dos ecossistemas litorâneos da região da Lagoa do Peixe e, particularmente, proteger as aves migratórias, que encontram na Lagoa do Peixe e região condições adequadas para alimentação, repouso e reprodução. As características peculiares e os atributos bio-ecológicos de seus ambientes lhe conferem o status de Reserva da Biosfera, Sitio Ramsar e Reserva Internacional das Aves Limnícolas.

Sendo um Parque Nacional, o PNLP é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites são desapropriadas. Contudo, a situação fundiária da UC não está resolvida, havendo a presença de propriedades privadas, posseiros em seu interior.

Tendo o PNLP como um de seus objetivos preservar seus ambientes naturais, a presença de espécies exóticas invasoras em seu interior, especialmente de Pinus spp. pelo seu acentuado potencial invasor na região, mostra-se como um grande problema ambiental para a Unidade.

A atividade florestal na região, principalmente com Pinus spp., teve início nos anos 70 e foi apoiada por incentivos fiscais até meados dos anos 80. Esta política pública, somada a ociosidade produtiva e de geração de renda dos campos de dunas da península, definiram condições para a implantação de vários projetos. Na ocasião o Instituto Brasileiro de

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Desenvolvimento Florestal (IBDF), hoje IBAMA, determinava os critérios de implantação e, consequentemente foi o parceiro direto do desenvolvimento desta atividade.

Com relação aos plantios de Pinus spp. e suas respectivas regenerações através da disseminação por áreas do PNLP, foi realizado este trabalho, que constituiu num inventário florestal amostral que procurou quantificar e qualificar a área e volume por hectare e total para áreas dentro do Parque. Especificamente foram levantadas áreas contíguas localizadas na parte norte do parque (Figura 01), sendo grande parte da área objeto de autuação, embargo e apreensão em terras de posseiro e em terras do próprio Parque.

Este inventário florestal é parte dos esforços para erradicação deste gênero do interior do Parque e o controle de sua disseminação no seu entorno.

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho foi realizar o inventário florestal de áreas ocupadas por Pinus spp., objeto de autuação, apreensão e embargo (Autos de Infração nº 035940-B e 037152-B), visando futura elaboração de edital para procedimento de venda das referidas madeiras, com posterior execução de ações de controle da espécie invasora e restauração da vegetação nativa nas áreas.

MATERIAL E MÉTODOS

Local do levantamento

A área objeto do presente trabalho localiza-se no interior do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

A delimitação da área total foi realizada previamente em ação de fiscalização ambiental realizada em agosto de 2016, oportunidade em que foi identificada a presença de pinus em diferentes situações/ambientes, os quais: área ocupada por posseiro com plantio de pinus após a criação do Parque e com pinus adulto disperso naturalmente (ocupação do Sr. Valdecir Antônio da Rosa) e áreas do ICMBio com pinus adulto disperso naturalmente. A delimitação das áreas embargadas utilizadas como base para o inventário segue a Figura 02 no anexo de mapas.

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A partir desta delimitação, foi realizada atividade de pré-estratificação da população de pinus e adequação dos limites da área do levantamento, sendo:

1. incluída uma fração externa a área, possuindo formato triangular derivado do recorte da área anteriormente delimitada e com presença de pinus;

2. exclusão no interior da área delimitada de pequenos vazios sem presença significativa de pinus ou com cobertura vegetal nativa identificados em imagens de satélite obtidas através do programa Google Earth versão 7.1.2.2041 e confirmação posterior a campo – vide Figuras 03 a 06 no anexo de mapas;

3. exclusão de parte da área com árvores de pinus sem valor comercial, visto a alta densidade de indivíduos de pinus com diâmetro reduzido, impedindo inclusive o deslocamento em seu interior e sem viabilidade econômica de aproveitamento.

A edição dos polígonos e a mensuração das áreas de cada estrato, assim como da área com pinus sem valor comercial foi realizado com utilização do software livre QGis versão 2.14.4. A delimitação da área do inventário após ajustes e demais informações está demonstrada na Figura 07, no anexo de mapas. Uma melhor visão das características da floresta inventariada pode ser verificada nas Fotos 01 a 11 do Relatório Fotográfico em anexo.

Obtenção de dados

O inventário foi realizado por amostragem, em que é observada uma parte da população, obtendo-se estimativa de seus parâmetros e estando presente o erro de amostragem.

O inventário foi planejado, realizado e estruturado como um inventário temporário, caracterizado por uma única abordagem da população no tempo, sendo assim constituída por unidades amostrais temporárias instaladas para a obtenção de dados e após desinstaladas - Fotos 12 e 13 do Relatório Fotográfico em anexo. Contudo, como forma de referenciá-las em caso de necessidade de serem revisitadas durante o levantamento, uma coordenada geográfica referencial de cada unidade amostral foi obtida com GPS de navegação, assim como árvores dos vértices das unidades amostrais foram marcadas com tinta amarela ou com marcação física na casca (descascamento).

Método de amostragem

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O método de amostragem utilizado foi o de área fixa, com a fixação de uma área onde se obtém as informações dos indivíduos ali compreendidos.

Cada unidade amostral, de forma retangular, possui a dimensão de 30 m x 10 m, totalizando 300 m², sendo que a lateral de maior dimensão seguiu a orientação Norte-Sul.

Para maiores detalhes ver Relatório Fotográfico em anexo.

Processo de amostragem

Utilizou-se a amostragem aleatória estratificada, devido a perceptível diferença de característica entre porções da população, sendo a população dividida em estratos e as unidades amostrais selecionadas aleatoriamente em cada estrato.

Como primeira atividade do levantamento, realizou-se uma pré-estratificação da população, elencando-se três estratos, considerando as características de cada um:

• Estrato 1 (E1): área de regeneração natural conduzida consorciado com plantio. Área que foi submetida a condução da regeneração natural através da eliminação de parte dos indivíduos regenerantes resultando na manutenção de parte dos indivíduos de forma espaçada mais uniforme possível entremeada em parte com plantio de pinus em linha;

• Estrato 2 (E2): área de regeneração natural com indivíduos adultos entremeados com indivíduos jovens, ocorrendo de forma dispersa, possuindo características dendrométricas de altura e diâmetro visivelmente diferentes do estrato 3;

• Estrato 3 (E3): área de regeneração natural com indivíduos adultos entremeados com indivíduos jovens, ocorrendo de forma dispersa, possuindo características dendrométricas de altura e diâmetro visivelmente diferentes do estrato 2.

O sorteio das unidades amostrais foi realizado com uso de ferramenta que gera pontos aleatórios no interior da área amostrada, disponível no software QGis versão 2.14.4. Em campo, os pontos foram localizados com uso de GPS e utilizados como base para demarcação das unidades.

Inventário piloto

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Em não havendo informações prévias sobre a população, realizou-se um inventário piloto visando à obtenção de estimativas para o cálculo da intensidade de amostragem.

Foi pré-estabelecido um número de unidades amostrais que perfazem no mínimo 2%

da área de cada estrato e uma precisão do erro de amostragem máximo de 15% e probabilidade de confiança de 95%.

O erro de amostragem máximo foi definido considerando tratar-se de uma população heterogênea, basicamente de regeneração natural com grande amplitude de altura, de diâmetro e de dispersão.

Foram obtidas as seguintes informações dos indivíduos nas unidades amostrais:

• CAP (circunferência do tronco da árvore medida à altura de 1,30 metro a partir do nível do solo): todas as árvores com CAP a partir de 24 centímetros foram medidas utilizando-se de fita métrica - Foto 14 do Relatório Fotográfico;

• Altura total (distância entre o solo e o final da copa da árvore): no mínimo 20% das árvores da unidade amostral e mais três árvores dominantes (com os maiores CAP) foram medidas com clinômetro marca Haglöf.

Cubagem rigorosa

Foi realizada a cubagem de pinus nos três estratos definidos.

Foram selecionadas árvores em cada estrato, distribuídas em classes diamétricas com intervalo de cinco centímetros. A definição do número de árvores a serem cubadas por classe diamétrica baseou-se na quantidade de árvores levantadas compreendidas em cada classe, sendo o quantitativo total de árvores a serem cubadas distribuído de forma proporcional entre as classes.

As árvores selecionadas foram mensuradas quanto ao DAP (diâmetro do tronco da árvore medida à altura de 1,30 metro a partir do nível do solo), em seguida derrubadas com motoserra e parcialmente desgalhadas para a realização das medições (ver Fotos 15 e 16 do Relatório Fotográfico em anexo)

Para cada árvore derrubada foi mensurada o comprimento total (altura) com uso de trena, e obtidos os diâmetros com casca ao longo do tronco com o uso de suta.

Utilizou-se o método de Huber para a cubagem das árvores, que prevê a medição do diâmetro ou circunferência na metade da seção da tora, sendo a fórmula utilizada para o cálculo do volume:

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V = AS1/2 * L Em que:

V = volume com casca da seção, em m³;

AS1/2 = área seccional com casca, obtida na metade da seção, em m²;

L = comprimento da seção, em m.

O volume da última seção, ou volume da ponta, é obtido através da fórmula abaixo, como sendo um cone:

Vp = AS * L/3 Vp = volume com casca da ponta, em m³;

AS = área seccional com casca, em m²;

L = comprimento da seção, em m.

O volume total é obtido pelo somatório dos volumes das n seções.

As medições de diâmetro foram obtidas nos seguintes comprimentos ao longo do fuste: 0,15 m, 0,5 m, 1 m, 1,7 m, 2,5 m e depois em intervalos de 1 m (3,5 m, 4,5 m, ...).

Ajuste de modelos hipsométricos

A relação entre as alturas e os DAPs ou CAPs das árvores é chamada de relação hipsométrica. Através de modelos de regressão, é possível estimar as alturas das árvores medindo-se apenas o DAP ou CAP.

Considerando a medição parcial das alturas das árvores, fez-se o ajuste de modelos hipsométricos por estrato, com base nos pares de dados altura total e CAP obtidos em campo.

Os seguintes modelos hipsométricos foram ajustados através de análise de regressão:

Modelo Nome Modelo Equação

1 Linear Htest = bo +(b1 * dap)

2 - Htest = bo +(b1 * 1/dap2)

3 Parabólico Htest = bo + (b1 * dap)+(b2 * dap2)

4 - log(Htest) = bo +(b1 * logdap)

5 Curtis Ln(Htest) = bo + (b1 * 1/dap)

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6 - Ln(Htest) = bo +(b1 * 1/dap2)

7 Azevedo et al.

1999

Htest = bo +(b1 * dap2)

8 Stoffels ln(Htest)=bo + (b1 * lndap)

9 - Htest = bo + (b1 * dap) + (b2 * HD) 10 - ln(Htest )= bo + (b1 * lndap)+(b2 * lnHD) 11 Campos et al. 1984 ln(Htest) = bo +(b1 * (1/dap)) + (b2 * lnHD)

Em que: Htest = altura total estimada; dap: diâmetro do tronco da árvore medida à altura de 1,30 metro sobre o nível do solo; bo, b1, b2 = coeficientes; log = logaritmo base 10; ln = logaritmo neperiano, HD = altura dominante da unidade amostral.

Todos os modelos foram ajustados utilizando-se o programa Microsoft Excel.

A seleção do melhor modelo matemático foi realizada utilizando-se dos seguintes critérios:

• Coeficiente de Determinação Ajustado (R²aj): utilizando-se o critério de quanto mais próximo de um (1), melhor o ajuste do modelo.

• Erro Padrão da Estimativa (Syx): utilizando-se o critério de quanto menor o valor, melhores as estimativas obtidas pelo modelo.

• Valor de F: utilizando-se o critério de quanto maior o valor, melhor o ajuste do modelo.

• Valor Ponderado dos Escores dos Parâmetros Estatísticos (VP): leva em consideração as variáveis estatísticas acima citadas, sintetizando os resultados, sendo atribuídos peso 1 para a equação mais eficiente para cada variável, aumentando-se progressivamente o peso (2, 3, 4, ...). Após a classificação individual de cada variável estatística para cada modelo hipsométrico, efetua-se o somatório dos pesos para cada modelo, sendo que os modelos com menores somas são recomendados como os mais adequados para uso.

• Análise gráfica de resíduos: para os modelos selecionados como os mais adequados, foram analisados graficamente seus resíduos para verificar eventual tendenciosidade nas estimativas da variável dependente (altura).

Ajuste de modelos volumétricos

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Visando estimar os volumes individuais das árvores levantadas nas unidades amostrais, fez-se o ajuste de modelos volumétricas através de análise de regressão.

Os dados para o ajuste de modelos volumétricos vêm da cubagem rigorosa realizada, sendo realizado o ajuste dos modelos para cada estrato.

Os seguintes modelos volumétricos foram ajustados:

Modelo Nome Modelo Equação

1 Spurr Vest = bo + b1 * d² * h 2 Hohenadl-Krenn Vest = bo + b1 * d + b2 * d²

3 Stoate Vest = bo + b * d² + b2 * (d² * h)+ b3 * h

4 Näslund (Mod.) Vest = bo + b1 * d² + b2 * (d² * h) + b3 * (d * h²)+b4 * h² 5 Meyer Vest = bo + b1 * d + b2 * d² + b3 * (d * h) + b4 * (d² * h) 6 Meyer (Mod.) Vest = bo + b1 * d + b2 * d² + b3 * (d * h) + b4 * (d² * h) + b5 * h 7 Spurr ln (Vest) = bo + b1 * ln(d² * h)

8 Schumacher-Hall ln (Vest) = bo + b1 * ln d + b2 * lnh

9 I.B.W. Alemanha ln (Vest) = bo + b1 * lnd + b2 * ln²d + b3 * lnh + b4 * ln²h 10 Linear Vest = bo + b1 * d

11 Kopezky-Gehrardt Vest = bo + b1 * d²

12 Brenac ln (Vest) = bo + b1 * lnd + b2 * (1/d)

Em que: Vest = volume com casca estimado; h = altura total; dap: diâmetro do tronco da árvore medida à altura de 1,30 metro sobre o nível do solo; bo, b1, b2,... = coeficientes; ln = logaritmo neperiano.

Todos os modelos foram ajustados utilizando-se o programa Microsoft Excel.

A seleção do melhor modelo matemático foi realizada utilizando-se dos seguintes critérios:

• Coeficiente de Determinação Ajustado (R²aj): utilizando-se o critério de quanto mais próximo de um (1), melhor o ajuste do modelo.

• Erro Padrão da Estimativa (Syx): utilizando-se o critério de quanto menor o valor, melhores as estimativas obtidas pelo modelo.

• Valor de F: utilizando-se o critério de quanto maior o valor, melhor o ajuste do modelo.

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• Valor Ponderado dos Escores dos Parâmetros Estatísticos (VP): leva em consideração as variáveis estatísticas acima citadas, sintetizando os resultados, sendo atribuídos peso 1 para a equação mais eficiente para cada variável, aumentando-se progressivamente o peso (2, 3, 4, ...). Após a classificação individual de cada variável estatística para cada modelo hipsométrico, efetua-se o somatório dos pesos para cada modelo, sendo que os modelos com menores somas são recomendados como os mais adequados para uso.

• Análise gráfica de resíduos: para os modelos selecionados com os mais adequados foram analisados graficamente seus resíduos para verificar eventual tendenciosidade nas estimativas da variável dependente (volume).

RESULTADOS

Área

A área ocupada pela população de pinus objeto do inventário florestal totaliza 43,7790 hectares, distribuídas em três estratos: Estrato 1 (E1): 16,6405 hectares: Estrato 2 (E2): 7,7063 hectares; Estrato 3 (E3): 19,4322 hectares.

A fração com árvores de pinus sem valor comercial totaliza 8,281 hectares.

Número de unidades amostrais

No E1 foram instaladas 14 unidades amostrais, totalizando 1.144 árvores mensuradas;

no E2 foram instaladas 6 unidades amostrais, totalizando 226 árvores mensuradas; e no E3 foram instaladas 14 unidades amostrais, totalizando 912 árvores mensuradas.

Abaixo, coordenadas geográficas referenciais das unidades amostrais.

Estrato Unidade amostral Coordenada geográfica (Sirgas 2000)

Sul Oeste

1 6 31° 02' 01,98'' 50° 47' 14,84''

7 31° 01' 58,69'' 50° 47' 12,62''

8 31° 01' 55,60'' 50° 47' 14,12''

10a 31° 01' 53,23'' 50° 47' 08,90''

14 31° 01' 51,19'' 50° 47' 09,63''

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15 31° 01' 50,01'' 50° 47' 07,17''

19 31° 01' 47,46'' 50° 47' 10,33''

13a 31° 01' 47,11'' 50° 47' 12,60''

14a 31° 01' 47,85'' 50° 47' 13,35''

12a 31° 01' 48,43'' 50° 47' 16,08''

11a 31° 01' 49,54'' 50° 47' 20,90''

18 31° 01' 42,50'' 50° 47' 11,05''

16 31° 01' 40,23'' 50° 47' 02,23''

17 31° 01' 36,43'' 50° 47' 04,19''

2 4a 31° 01' 38,27'' 50° 47' 10,81''

5a 31° 01' 37,35'' 50° 47' 11,43''

6a 31° 01' 36,95'' 50° 47' 14,35''

7a 31° 01' 35,85'' 50° 47' 11,86''

8a 31° 01' 33,54'' 50° 47' 11,93''

9a 31° 01' 29,83'' 50° 47' 06,06''

3 1a 31° 02' 53,62'' 50° 48' 23,99''

2a 31° 02' 52,54'' 50° 48' 21,14''

3a 31° 02' 51,24'' 50° 48' 18,22''

1 31° 02' 46,98'' 50° 48' 12,85''

13 31° 02' 36,64'' 50° 48' 01,70''

12 31° 02' 30,48'' 50° 47' 55,12''

2 31° 02' 26,03'' 50° 47' 51,67''

24 31° 02' 23,72'' 50° 47' 42,96''

10 31° 02' 23,38'' 50° 47' 41,99''

11 31° 02' 22,41'' 50° 47' 37,69''

3 31° 02' 21,15'' 50° 47' 39,23''

4 31° 02' 16,50'' 50° 47' 36,36''

9 31° 02' 14,15'' 50° 47' 28,70''

5 31° 02' 11,01'' 50° 47' 23,78''

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A localização das unidades amostrais no interior da área de inventário pode ser visualizada na Figura 08, no anexo de mapas.

Número de árvores cubadas

No E1 foram cubadas 31 árvores, no E2 foram cubadas 26 árvores e no E3 foram cubadas 30 árvores.

Ajuste dos modelos matemáticos

Para o ajuste dos modelos para estimar a altura das árvores (modelos hipsométricos), foram utilizados os dados de altura total e diâmetro (CAP) coletados nas unidades amostrais, perfazendo um total de 261 pares de dados para o E1, 60 pares de dados para o E2 e 211 pares de dados para o E3.

Considerando os critérios utilizados na seleção do melhor modelo hipsométrico, foram selecionados os seguintes modelos, com seus respectivos coeficientes e valores dos critérios:

Estrato 1

Modelo 4 bo b1

0,655601235 0,345470613

R²aj Syx F VP

0,506889918 0,045782704 268,26563 7 Estrato 2

Modelo 5 bo b1

2,956186 -7,42258

R²aj Syx F VP

0,792630051 0,106125729 226,51567 6

Estrato 3

Modelo 11 bo b1 b2

1,090807 -7,90758 0,716574

R²aj Syx F VP

0,733704505 0,15163307 290,29882 8

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Para o ajuste dos modelos para estimar o volume das árvores (modelos volumétricos), foram utilizados os dados obtidos na cubagem rigorosa de árvores em cada estrato.

Considerando os critérios utilizados na seleção do melhor modelo volumétrico, foram selecionados os seguintes modelos, com seus respectivos coeficientes e valores dos critérios:

Estrato 1

Modelo 1 bo b1

0,00411038 0,0000399459

R²aj Syx F VP

0,98771684 0,01035257 2413,367 3 Estrato 2

Modelo 5 bo b1 b2 b3 b4

0,037382 -0,01279 0,000626 0,00072 0,000000288

R²aj Syx F VP

0,9945205 0,0104416 1135,366 9

Modelo 6 bo b1 b2 b3 b4 b5

0,120427 -0,02207 0,000848 0,001568 -0,000019843 -0,00781431

R²aj Syx F VP

0,9946388 0,0103284 928,6197 10 Estrato 3

Modelo 1 bo b1

0,001362 0,0000396

R²aj Syx F VP

0,99587284 0,02504579 6998,629 3

Devido a proximidade de VP entre os modelos 5 e 6 no E2, e não sendo observada na análise gráfica de resíduos tendenciosidade nas estimativas da variável dependente (volume), optou-se por escolher o modelo os melhores valores referentes aos demais critérios, sendo o modelo 6.

Inventário

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Em relação à estratificação, realizou-se a análise de variância da estratificação, conforme abaixo.

FV gl SQ QM F

Entre estratos 2 676,748 338,374 32,134

Dentro dos estratos 31 326,438 10,530

TOTAL 33 1003,186 30,400

O teste F indicou que existe diferença significativa entre os estratos referentes à suas médias, visto que o valor de F calculado é superior ao valor de F tabelado (0,05;31) = 3,31, ou seja, a estratificação trouxe vantagens ao inventário florestal.

Em relação ao cálculo da intensidade de amostragem, considerou-se a alocação proporcional entre os estratos, obtendo-se como resultado o número de 16 unidades amostrais para estimar os parâmetros da população com a precisão requerida, sendo necessárias 6, 3 e 7 unidades amostrais para os estratos 1, 2 e 3, respectivamente. Observa-se assim que o inventário piloto contemplou esta distribuição, satisfazendo as exigências de precisão (erro de amostragem máximo de 15% com 95% de confiabilidade), passando a ser o inventário definitivo.

Como resultado do inventário florestal, o erro estimado foi de 10,15%, ou seja, menor que o limite estabelecido. Abaixo, tabela com as estimativas volumétricas por estrato.

Estratos Área do estrato (ha) Volume médio (m³/ha) Volume total (m³)

E1 17,0297 306,5541 5.220,5237

E2 7,3171 159,0516 1.163,7966

E3 19,4322 544,9244 10.589,0794

Total 43,7790 16.973,3998

Importante salientar que sobre a estimativa volumétrica e seu erro amostral, deve-se prever ainda as perdas inerentes a colheita, como tocos, ponteiras, árvores bifurcadas, quebra de árvores durante o corte, na ordem de 5 a 10% do volume.

Ademais, como o objetivo da atividade é determinar a estimativa volumétrica para as áreas embargadas visando processo de venda, foi realizado o cruzamento entre os limites constantes nas Figuras 02 – áreas embargadas e 07 – área do inventário e verificou-se a seguinte situação : E1 – maior parte na área de Valdecir Antônio da Rosa e pequena parte

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referente a inclusão de fração externa a área embargada (0,3892 ha); E2 – totalmente na área do ICMBio; E3 – maior parte na área do ICMBio e uma pequena parte na área de Valdecir Antônio da Rosa.

Os resultados do cruzamento estão dispostos na tabela abaixo:

Estrato X Área embargada

Área (ha) Volume médio (m³/ha) Volume total (m³)

E1 X Valdecir 16,6405 306,5541 5.101,2135

E2 X ICMBio 7,3171 159,0516 1.163,7966

E3 X Valdecir 0,5686 544,9244 309,8439

E3 X ICMBio 18,8636 544,9244 10.279,2356

Total 43,3898 16.854,0896

Desta forma-se a estimativa volumétrica das áreas embargadas é de 5.411,0574 m³ para a área embargada pertencente a Valdecir Antônio da Rosa e de 11.443,0322 m³ para a área embargada pertencente ao ICMBio.

Soma-se ainda o volume de 119,3102 m³ para a área incluída no presente inventário (0,3892 ha), não objeto de embargo.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O potencial invasor de pinus no Parque Nacional da Lagoa do Peixe pode ser evidenciado, sendo sua erradicação de extrema importância visando o restabelecimento do ambiente natural. Contudo, os cuidados após a retirada do pinus deverão ser constantes considerando o potencial de reocupação da área pelo pinus através do banco de sementes existentes e de sementes oriundas de áreas com a espécie nas proximidades.

Considerando que o objetivo primordial é a erradicação do pinus, as áreas excluídas do levantamento por não apresentarem presença significativa de pinus ou com árvores sem valor comercial deverão igualmente ser objeto de erradicação por ocasião da exploração ou posteriormente, a critério da equipe técnica do PARNA Lagoa do Peixe, uma vez que se constituem em fonte de sementes para a contaminação de áreas adjacentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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