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A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

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A PRIMEIRA GUERRA

MUNDIAL

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1. LIGANDO OS PONTOS

Soldados ingleses carregam ferido em lamaçal em batalha

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No início do século XX, o Ocidente vivia um clima de paz armada.

A Inglaterra e a França dominavam extensas áreas do planeta, controlando fontes de produção de matérias- primas, estratégicas para o processo de industrialização por que passavam.

A Alemanha e a Itália, unificadas em meados do século XIX, se ressentiam de não possuir um império colonial e pressionavam ingleses e franceses para obter territórios na África, na Ásia e na Oceania.

O desenvolvimento industrial alemão chocava-se com os interesses ingleses pela disputa não apenas do fornecimento de matérias-primas, mas também no controle de mercados consumidores.

No centro da Europa, o Estado multinacional da Áustria-Hungria dominava povos de línguas e tradições muito diferentes, gerando tensões nacionalistas.

As inúmeras tensões existentes eram administradas de maneira diferente pelos vários Estados europeus.

Ao lado de regimes liberais, que podem ser chamados de democracias burguesas, como o governo francês e o inglês, ainda existiam na Europa monarquias autoritárias, caso da Alemanha, da Áustria-Hungria e da Rússia, onde as forças armadas possuíam grande influência nos assuntos do governo.

O conjunto de tensões e ambições iria resultar na maior guerra conhecida até aquela época.

 Os uniformes militares ocidentais do século XIX possuíam detalhes em metal dourado, fitas coloridas, penachos. O que o uniforme e os equipamentos representados na imagem informam sobre o novo tipo de guerra que surgia no século XX?

 Descreva o campo de batalha reproduzido na fotografia. Que tipos de arma produziriam uma paisagem desse tipo?

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2. TENSÃO CRESCENTE

a) A Paz armada

Entre 1870 e 1914, ocorreu na Europa um período de paz armada, no qual as diversas potências equipavam suas forças armadas e treinavam seus exércitos, preparando-se para enfrentar seus inimigos na luta pela hegemonia no continente.

b) A Política de alianças de Bismarck

No início do século XIX, os povos de língua alemã na Europa dividiam-se em muitos Estados. Os dois maiores eram a Áustria e a Prússia, que procuravam controlar os demais países.

O governo da Prússia, sob o comando do ministro Otto Von Bismarck, conseguiu neutralizar as ambições austríacas. Em 1871, os prussianos lideraram os Estados alemães em uma vitoriosa guerra contra a França. O resultado foi à anexação da região franco-alemã da Alsácia-Lorena, rica em ferro e carvão, e a união dos Estados alemães sob o comando do rei prussiano, Guilherme I, coroado kaiser (imperador) da Alemanha unificada.

Além de aliar-se à Rússia, em 1882, Bismarck fez alianças com os governos da Itália, que se ressentia da invasão francesa a Túnis (pertencente à Itália), e da Áustria- -Hungria, que queria garantir seus interesses nos Bálcãs. Estava formada a Tríplice Aliança, que isolava a França.

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c) Os Bálcãs: “barril de pólvora” da Europa

No início do século XIX, a região dos Bálcãs era ocupada por povos de etnias, culturas e religiões diferentes, na maior parte, dominados pelo Império Otomano.

O enfraquecimento do poder otomano, porém, permitiu que alguns povos conquistassem a independência, como a Sérvia (1804) e a Grécia (1821), e despertou a ambição das potências europeias. O governo da Áustria-Hungria anexou a Bósnia, enquanto os russos aliaram-se à Sérvia, Estado eslavo de religião cristã ortodoxa que pretendia dominar toda a região.

A princípio, o governo alemão procurava equilibrar as disputas entre seus aliados austríacos e russos nos Bálcãs. Contudo, o novo kaiser, Guilherme II, mudou de política e afastou-se da Rússia.

Os russos, necessitando de apoio na Europa ocidental e de empréstimos para financiar suas importações, aproximaram-se da França, que, após tantos anos de isolamento político, aceitou a aliança.

d) O Nacionalismo

Ao longo do século XIX, consolidou-se na Europa a ideia de que os povos que possuíam a mesma língua, os mesmos costumes e as mesmas tradições formavam uma nação, e que toda a nação tinha o direito de viver de maneira autônoma em um Estado independente. Essa concepção recebeu o nome de nacionalismo.

O nacionalismo gerava situações de tensão no Império Austro-Húngaro, Estado que reunia povos muito diversos, como os tchecos, eslovacos, bósnios, croatas, eslovenos, italianos, poloneses, etc. O governo da

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Itália reivindicava a posse dos territórios austríacos habitados por italianos, assim como os tchecos e os eslovacos lutavam pela independência de sua região.

Os poloneses, que habitavam um território dividido entre prussianos, russos e austríacos no século XVIII, lutavam para recuperar sua autonomia e constituir um Estado independente.

No Reino Unido, de maioria protestante, os irlandeses católicos enfrentavam as forças inglesas pela independência da Irlanda.

Os ideais nacionalistas chocavam-se com as pretensões imperialistas das grandes potências e contribuíam para o aumento da tensão na Europa.

e) Uma potência emergente

No inicio do século XX, a Alemanha, unificada desde 1871, era uma potência industrial e militar em franco crescimento, oque alarmava as demais potências, principalmente a França e a Inglaterra.

A população alemã, que era de 41 milhões de habitantes em 1870, saltou para 66 milhões em 1914. A produção de carvão aumentou 800%, quase atingindo a produção inglesa. Às vésperas da Primeira Guerra, a Alemanha produzia dois terços do aço de toda a Europa e gerava mais eletricidade que a Grã-Bretanha, a França e a Rússia juntas.

Enquanto a Alemanha crescia economicamente, a Grã-Bretanha administrava seu imenso Império colonial, onde o “sol nunca se punha”.

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Os ingleses possuíam a maior frota de navios do mundo, mas as indústrias da Alemanha e dos Estados Unidos ameaçavam as indústrias inglesas.

f) A luta por um império colonial

A concorrência econômica envolvia também a disputa por colônias na África e na Ásia. Em 1897, o primeiro-ministro alemão, Hans Von Bülow, declarava no Reichstag, o Parlamento alemão: “Não queremos pôr na sombra quem quer que seja, mas também exigimos um lugar ao sol”. O “lugar ao sol alemão era modesto comparado ao Império colonial britânico ou francês”.

Para conquistar colônias, o governo alemão investiu na construção de uma poderosa marinha de guerra, capaz de enfrentar os ingleses. O temor da ameaça alemã uniu os governos da Grã-Bretanha e da França.

Em 1904, ingleses e franceses assinaram um acordo em relação à política colonial. Ficou estabelecido que a Inglaterra mantivesse sua influência no Egito, e a França no Marrocos.

No ano seguinte, o kaiser Guilherme II fez uma visita ao sultão do Marrocos para demonstrar seu apoio ao país dominado pelos franceses. Essa visita resultou em uma crise com a França e a Inglaterra, fortalecendo a união dos dois países contra as investidas do nascente imperialismo alemão.

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O avanço alemão também aproximou ingleses e russos, que disputavam a hegemonia na Ásia. Em 1907, esses dois países resolveram suas diferenças: a Inglaterra dominou o Afeganistão, e a Rússia, o Turquistão. O Irã foi dividido entre os dois países.

Em 1907, Inglaterra, França e Rússia, opondo-se à Tríplice Aliança, uniram-se naquela que ficou conhecida como Tríplice Entente. A Europa estava, então, dividida em dois blocos equilibrados e opostos. A corrida armamentista cresceu.

Entre 1870 e 1914, a maioria dos países europeus adotou o serviço militar obrigatório e equipou Exército e Marinha. A nascente aviação também se adaptava aos fins bélicos.

Em 1911, uma tentativa de avanço alemão no Marrocos resultou na concessão de uma parte do Congo francês para a Alemanha, mas fez soar, por toda a Europa, “as campainhas de alarme”, como disse o então ministro da Marinha inglês, Winston Churchill. A guerra era iminente.

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As alianças antes da guerra

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3. A SOLUÇÃO PELAS ARMAS

a) Junho de 1914

Em junho de 1914, a tensão política prevalecia. A Sérvia, em campanha pela união dos povos eslavos dos Bálcãs, pretendia anexar a Bósnia, em poder da Áustria-Hungria. Como resposta, o governo austro-húngaro realizou manobras militares na fronteira entre Bósnia e Sérvia, e enviou o herdeiro do trono, o arquiduque Francisco Ferdinando, e sua mulher, Sofia, a uma visita à capital Bósnia, Sarajevo. A sociedade secreta pró- Sérvia “Mão Negra”, apoiada por militares sérvios, assassinou o casal imperial no dia de sua chegada a Sarajevo.

b) As declarações de Guerra

As autoridades austríacas descobriram a existência de uma ligação entre a “Mão Negra” e o governo sérvio.

Após o atentado, a Áustria-Hungria apresentou quinze exigências à Sérvia, que acatou todas, menos uma: o julgamento dos culpados por uma comissão composta por representantes da Áustria e da Sérvia, o que culminou com a declaração de guerra pelos austríacos.

A invasão da Sérvia pelas tropas austríacas levou o governo russo, aliado dos sérvios, a deslocar suas tropas para os Bálcãs. O governo da Alemanha, aliado da Áustria, tinha interesse em barrar a influência da Rússia na Europa oriental. Os alemães exigiram, então, que os russos recuassem, o que não ocorreu, iniciando o conflito entre as duas potências.

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Os franceses apoiaram a Rússia e, em resposta, os alemães invadiram a Bélgica, um país neutro, para dali atacarem a França. Diante da violação da neutralidade belga, em 4 de agosto de 1914 os ingleses, que até então mantinham-se neutros, declararam guerra à Alemanha. Começava assim a Primeira Guerra Mundial.

Todos os governos envolvidos acreditavam que a guerra seria uma solução rápida para os conflitos entre as potências envolvidas. No entanto, Edward Grey, ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, temendo consequências maiores, pronunciou melancolicamente: “As luzes se apagam por toda a Europa. Não as veremos acender novamente enquanto vivermos”.

c) A Guerra de movimento

O estado-maior do exército alemão pôs em prática o Plano Schlieffen, tática ofensiva e defensiva que movimentava o exército em duas frentes: a ocidental, contra a França, e a oriental, contra a Rússia.

A primeira fase da guerra ficou conhecida como guerra de movimento, devido à agilidade do ataque alemão.

Após invadir a Bélgica, em setembro de 1914, os alemães estavam a 70 km de Paris.

d) e da Aliança O crescimento da Entente

Cobiçando as colônias alemãs da Oceania, o Japão aliou-se à Entente, em agosto de 1914. Por sua vez, o Império Otomano ambicionava limitar a influência russa no Oriente, recuperando seu papel de potência. Em outubro de 1914, o governo otomano entrou para a Aliança, fortalecendo a frente oriental contra a Rússia.

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Apenas em maio de 1915, a Itália saiu da neutralidade, abandonando a Aliança e juntando-se à Entente, com a promessa de receber territórios nos Bálcãs no final do conflito.

e) O desgaste nas trincheiras

O rápido avanço alemão não durou, porém, muito tempo, sendo contido pelos franceses na batalha do Marne.

Sem poder avançar, o exército alemão decidiu garantir as posições conquistadas, cavando trincheiras, covas protegidas por arames farpados e que abrigavam ninhos de metralhadoras. O poder de fogo dos exércitos entrincheirados impedia o avanço de ambas às partes, imobilizando milhares de soldados.

No início de 1915, a frente ocidental havia-se tornado uma imensa trincheira contínua, de quase mil quilômetros de extensão. As trincheiras eram escavadas diretamente no solo, medindo em geral quase dois metros de altura por 1,80 m de largura, protegidas por sacos de areia e arame farpado.

Nas trincheiras, os soldados esperavam meses para poder avançar alguns metros. O cotidiano de milhões de soldados na Primeira Guerra era composto de frio, fome, doenças, ratos, poucas horas de sono e tiroteios constantes. Na primeira batalha do Marne, morreram quase 250 mil soldados, entre ingleses, franceses e alemães.

Em maio de 1915, o alto comando alemão resolveu concentrar esforços na frente russa.

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f) Forças em impasse

Para conter as ofensivas alemãs, a Rússia perdeu - entre mortos, feridos e prisioneiros - cerca de 1 milhão e 700 mil soldados.

Na frente ocidental, os exércitos da Inglaterra e da França não conseguiam expulsar os invasores alemães. A Áustria-Hungria vingava-se da Sérvia e impunha derrotas à Itália. Até 1915, a vantagem na guerra era da Tríplice Aliança, dominada pelos Impérios Centrais, como eram chamados os impérios Alemão e Austro- húngaro.

Em fevereiro de 1916, o exército alemão, decidido a romper o imobilismo das trincheiras, lançou grande ofensiva contra a cidade francesa de Verdun. Os franceses resistiram e conseguiram conter o avanço alemão, ao custo de quase 300 mil homens, entre os meses de fevereiro e junho de 1916. As perdas alemãs na batalha de Verdun foram expressivas, fazendo os soldados desertar.

Em julho, a Entente reagiu. Contudo, apesar de os aliados possuírem uma artilharia bem equipada e de apresentarem novidades, como os tanques de guerra, a Alemanha resistiu. O avanço da Entente foi um fracasso.

Após dois anos de guerra, o desgaste e o cansaço das tropas eram visíveis. Alguns grupos pacifistas, como os socialistas, exigiam o fim da guerra, vista como um conflito entre capitalistas que sacrificava inutilmente o povo.

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Guerra de movimento Guerra de Trincheira

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4. TECNOLOGIA A SERVIÇO DA MORTE

a) A Primeira Guerra Mundial estimulou o desenvolvimento de máquinas com alto poder letal. Algumas armas, como as metralhadoras e as granadas, já existiam desde o século XIX, mas foram aperfeiçoadas nesse grande conflito. Outros armamentos, como os tanques de guerra, foram utilizados pela primeira vez.

b) Armas terrestres

A metralhadora foi utilizada na Guerra de Secessão dos Estados Unidos, entre 1861 e 1865, e na guerra franco-prussiana, entre 1870 e 1871. Ela foi sendo aperfeiçoada e, na Primeira Guerra, atirava 600 balas por minuto, com um alcance de até 900 metros.

As metralhadoras acabaram com os ataques frontais de artilharia e de cavalaria, já ineficientes. Para proteger- se dos tiroteios, as tropas passaram a enterrar-se em trincheiras. Entretanto, apesar da proteção, as trincheiras tornavam as batalhas muito mais desgastantes.

Os primeiros tanques de guerra eram tratores reforçados com placas de aço. Eles foram desenvolvidos, simultaneamente, na Grã-Bretanha e na França, entre 1915 e 1916. Os tanques aceleravam os ataques de infantaria porque resistiam às balas, destruíam os arames farpados e ultrapassavam trincheiras.

A qualidade dos tanques ingleses e franceses era superior à dos tanques alemães. Por isso, a Entente conseguiu uma importante vantagem militar e tecnológica.

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O gás de cloro foi utilizado pela primeira vez pelos alemães, em 1915, na frente ocidental. Em 1917, na batalha de Ypres, os alemães lançaram gás mostarda, que queimava os tecidos, provocava cegueira e até a morte.

As granadas, as minas terrestres e os lança-chamas foram armas criadas mais para ferir do que matar. O soldado ferido precisava da ajuda de dois a três companheiros, que, para isso, necessitavam interromper a luta.

c) As armas navais

Os submarinos alemães, chamados U-boat, causaram estragos na Marinha inglesa e, pela primeira vez na História, os submarinos foram utilizados para afundar navios mercantes. Em 1917, para evitar que os navios mercantes norte-americanos abastecessem a Grã-Bretanha, os U-boat afundaram 430 navios, mercantes e de guerra. Isso provocou a entrada dos Estados Unidos na Entente.

Os couraçados também foram empregados nas batalhas navais da Primeira Guerra. A Inglaterra lançou, em 1906, o couraçado HMS Dread- nought, considerado revolucionário pela sua artilharia pesada e por ter o casco blindado. O seu ponto fraco era o casco submerso, impossível de blindar, senão o navio não flutuaria.

Para afundar os couraçados, utilizavam-se minas navais e torpedos disparados por submarinos.

d) Armas aéreas

No início da Primeira Guerra Mundial, os aviões eram utilizados para reconhecimento prévio do terreno.

Mas, ao longo da guerra, começaram a ser usados com metralhadoras ou para bombardear as trincheiras.

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Os aviadores também abatiam aviões inimigos em batalhas aéreas acompanhadas pelos soldados e pela população civil. Os aviadores tornaram-se heróis populares. O famoso Barão Vermelho, o aviador ale-, mão Manfred Von Richthofen, tornou-se uma lenda depois de abater 80 aviões da Entente.

As Armas da Primeira Guerra Mundial

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5. O MUNDO REOGARNIZADO

a) Em janeiro de 1917, o alto comando alemão iniciou uma campanha submarina para aniquilar a Marinha inglesa e interromper o abastecimento dos países da Entente. A ação dos U-boat alemães estendeu-se a navios de todas as nacionalidades, e muitos navios mercantes dos Estados Unidos foram afundados. O presidente norte-americano, Woodrow Wilson, defendia a neutralidade dos EUA, mas, diante dos ataques marítimos, pediu ao Congresso que aprovasse a entrada do país na guerra, ao lado da Entente. O pedido foi prontamente atendido. Enquanto os Estados Unidos preparavam-se para enviar tropas à Europa, o governo autocrático do czar Nicolau II na Rússia foi derrubado por sociais democratas, que implantaram a república.

b) A saída da Rússia e o fim da frente oriental

A Rússia não estava preparada para enfrentar a máquina de guerra alemã. Na frente oriental, 4 milhões de soldados russos morreram até 1917. A população russa realizava manifestações diárias pedindo “Pão, paz e terra”.

Em novembro de 1917, o grupo socialista russo conhecido como bolchevique derrubou os sociais democratas e implantou um governo socialista. Uma das primeiras medidas foi a saída da Rússia da guerra.

As exigências da Alemanha para a saída da Rússia foram definidas na paz de Brest-Litovski. As condições eram duras: a Rússia perdeu a Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia, Finlândia e Ucrânia.

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Após a saída da Rússia, a Alemanha concentrou todas as suas forças na frente ocidental. Em março de 1918, a Entente foi surpreendida por um poderoso ataque alemão que lhe custou 90 mil prisioneiros. Tudo indicava uma vitória da Aliança.

c) Os Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial

Em 1918, chegaram as primeiras tropas norte- -americanas. Em setembro do mesmo ano já havia 1 milhão e 200 mil soldados, bem alimentados, relativamente bem treinados e com armas novas.

A inexperiência das tropas norte-americanas era compensada pela força de sua indústria. Em 1917, a produção de aço dos Estados Unidos era três vezes maior que a produção dos impérios centrais.

Também crescia o profundo desgaste da Tríplice Aliança, após quatro anos de guerra.

d) A rendição da Tríplice Aliança

O ano de 1918 não deixou dúvidas em relação ao enfraquecimento da força militar da Tríplice Aliança. Em poucos meses, as rendições começaram a demonstrar os resultados da entrada dos Estados Unidos na guerra.

Em outubro de 1918, a Turquia se rendeu. No mês seguinte, a Áustria-Hungria, pressionada pela Itália, também se rendeu.

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A Alemanha ainda resistia, mas, em novembro, os socialistas promoveram uma onda de greves por toda a Alemanha. As tropas da Entente aproximavam-se das fronteiras alemãs. Diante do caos social e da possível derrota, em nove de novembro o kaiser Guilherme II renunciou e fugiu para a Holanda.

Ao chanceler Max Von Baden restou a tarefa de negociar a rendição e organizar o novo governo da Alemanha.

e) Os tratados de paz

Embora tenham lutado juntos na Tríplice Aliança, cada país derrotado teve a sua paz negociada separadamente. As principais determinações dos acordos foram:

* O Império Austro-Húngaro deixou de existir e as diversas nações constituíram Estados independentes, como a Áustria, a Hungria, a Tchecoslováquia e a Polônia.

* O antigo Império Turco-Otomano, que passava a ser uma república, limitou-se à península da Anatólia, transformando-se na Turquia. A Síria ficou sob o controle da França. A Palestina e a região do atual Iraque passaram para o controle inglês.

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f) O Tratado de Versalhes

A paz com a Alemanha foi negociada no Tratado de Versalhes, em 1919, e dominada pelo espírito de revanche. A seguir, alguns itens do tratado.

* A devolução da Alsácia-Lorena à França.

* Alemanha e Áustria ficavam proibidas de se unirem em um só país.

* Parte do território alemão foi cedido à Polônia, incluindo uma saída para o mar que separava a Prússia Oriental do restante da Alemanha, conhecida como “corredor polonês”.

* A Alemanha foi desarmada e o exército reduzido a 100 mil homens.

* Também foi proibida de ter marinha de guerra, tanques, aviões e artilharia pesada.

* A Alemanha devia pagar indenizações de guerra.

g) A ascensão do Japão

Em 1904, Rússia e Japão entrou em guerra pelo domínio da Coreia e da Manchúria, região da China rica em ferro e carvão. Ao vencer as forças russas em 1905, o Japão tornava-se a grande potência do extremo Oriente.

Em 1914, o Japão entrou na Primeira Guerra ao lado da Entente para conquistar as colônias da Alemanha.

Nas negociações de Versalhes, os japoneses se retiraram, pois não receberam as colônias pretendidas, mas as ambições permaneceram, contribuindo para os conflitos da Segunda Guerra Mundial.

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Europa Antes da Primeira Guerra Mundial

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Europa Depois da Primeira Guerra Mundial

(24)

RESOLVER AS

ATIVIDADES

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