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Porto Seguro publica:

• Lei Municipal Nº 1116/13 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1117/13 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1118/13 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1119/13, de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1120/2013 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1121/2013 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1122/2013 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1123/2013 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1124/2013 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1125/2013 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1126/2013 de 13 de Dezembro de 2013.

• Lei Municipal Nº 1127/2013 de 13 de Dezembro de 2013.

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P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E P O R T O S E G U R O

LEI MUNICIPAL Nº 1117/13 DE 13 DE DEZEMBRO DE 2013.

“Institui o Plano Municipal de Cultura do

Município de Porto Seguro e dá providências correlatas.

A PREFEITA MUNICIPAL DE PORTO SEGURO, Estado da Bahia, no uso

das atribuições previstas pelo Capítulo IV, artigos 98, 99 e 100 da Lei Orgânica Municipal, FAZ SABER que a Câmara Municipal APROVA e EU SANCIONO a seguinte Lei:

Art. 1º Art. 1º Fica instituído o Plano Municipal de Cultura do Município de

Porto Seguro para o Decênio de 2013 a 2023, cujo documento detalhado pelo Anexo Único passa a fazer parte integrante da presente Lei.

Art. 2º O Plano Municipal de Cultura visa garantir, nos termos da Lei

Orgânica Municipal, a todos os cidadãos de Porto Seguro o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura, apoiando e incentivando a valorização e difusão das manifestações culturais.

Art. 3º O Plano Municipal de Cultura, numa ação conjunta do Poder

Executivo e Sociedade Civil, representada pelos diversos setores artísticos e culturais da cidade, fortalece a construção do Sistema Nacional de Cultura e representa a consolidação da Política Municipal de Cultura como política de Estado, garantindo assim, o desenvolvimento da cultura e estabilidade institucional no horizonte dos próximos dez anos.

Parágrafo Único – O Plano Municipal de Cultura será objeto de uma

completa revisão no prazo de 05(cinco) anos, a partir da promulgação da presente Lei, quando será adaptado, revisto, corrigido e ampliado, no que couber, com participação da sociedade e dos agentes culturais do Município, em conferencias gerais e segmentadas a serem convocadas, conforme regulamentação a ser elaborada sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Art. 4º. O Plano Municipal de Cultura sugere os conceitos de política cultural, pretende em conjunto com as instituições acadêmicas e de estatística apresentar diagnóstico e apontar os desafios a serem enfrentados em cada área cultural,

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P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E P O R T O S E G U R O

formula diretrizes gerais e estrutura a intervenção do governo municipal através de programas estratégicos que agrupam planos, programas, projetos e ações a serem desenvolvidas a curto, médio e longo prazo.

Art. 5º. O Plano Municipal de Cultura pretende ser um consistente

instrumento de planejamento estratégico, capaz de orientar a gestão cultural do município e possibilitar, de forma transparente, o acompanhamento de sua implementação pela sociedade.

Art. 6º. As despesas decorrentes da aplicação da presente Lei correrão por

conta de dotações próprias do orçamento vigente à época das etapas de sua implementação, suplementadas se necessário.

Art. 7º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

GABINETE DA PREFEITA

Porto Seguro – Bahia, 13 de dezembro de 2013.

Claudia Silva Santos Oliveira

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LEI MUNICIPAL Nº 1118/13 DE 13 DE DEZEMBRO DE 2013.

“Altera a redação da Lei 1.034/12 de dezembro de 2012 – que dispõe sobre o

Sistema Municipal de Cultura de Porto Seguro-BA, seus princípios, objetivos, estrutura, organização, gestão, interrelações entre os seus componentes, recursos humanos, financiamento e dá outras providências”.

A PREFEITA MUNICIPAL DE PORTO SEGURO, Estado da Bahia, no uso das

atribuições previstas pelo Capítulo IV, artigos 98, 99 e 100 da Lei Orgânica Municipal,

FAZ SABER que a Câmara Municipal APROVA e EU SANCIONO a seguinte Lei: TITULO I

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º. Esta lei regula no município de Porto Seguro e em conformidade com a

Constituição da República Federativa do Brasil, Lei Orgânica da Cultura do Estado da Bahia e a Lei Orgânica do Município o Sistema Municipal de Cultura - SMC, que tem por finalidade promover o desenvolvimento humano, social e econômico, com pleno exercício dos direitos culturais.

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Cultura - SMC de Porto Seguro integra o

Sistema Nacional de Cultura – SNC e se constitui no principal articulador, no âmbito municipal, das políticas públicas de cultura, estabelecendo mecanismos de gestão compartilhada com os demais entes federados e a sociedade civil.

TÍTULO II

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA

Art. 2º. A política municipal de cultura estabelece o papel do Poder Público

Municipal na gestão da cultura, explicita os direitos culturais que devem ser assegurados a todos os munícipes e define pressupostos que fundamentam as políticas, programas, projetos e ações formuladas e executadas pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro, com a participação da sociedade, no campo da cultura.

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CAPÍTULO I

DO PAPEL DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL NA GESTÃO DA CULTURA Art. 3º. A cultura é um direito fundamental do ser humano, devendo o Poder Público

Municipal prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício, no âmbito do Município de Porto Seguro.

Art. 4º. A cultura é um importante vetor de desenvolvimento humano, social e

econômico, devendo ser tratada como uma área estratégica para o desenvolvimento sustentável e para a promoção da paz no Município de Porto Seguro.

Art. 5º. É responsabilidade do Poder Público Municipal, com a participação da

sociedade, planejar e fomentar políticas públicas de cultura, assegurar a preservação e promover a valorização do patrimônio cultural material e imaterial do Município de Porto Seguro e estabelecer condições para o desenvolvimento da economia da cultura, considerando em primeiro plano o interesse público e o respeito à diversidade cultural.

Art. 6º. Cabe ao Poder Público do Município de Porto Seguro planejar e implementar

políticas públicas para:

I. Assegurar os meios para o desenvolvimento da cultura como direito de todos os cidadãos, com plena liberdade de expressão e criação;

II. Universalizar o acesso aos bens e serviços culturais;

III. Contribuir para a construção da cidadania cultural;

IV. Reconhecer, proteger, valorizar e promover a diversidade das expressões culturais

V. Presentes no município;

VI. Promover a equidade social e territorial do desenvolvimento cultural;

VII. Qualificar e garantir a transparência da gestão cultural;

VIII. Estruturar e regulamentar a economia da cultura, no âmbito local;

IX. Consolidar a cultura como importante vetor do desenvolvimento sustentável;

X. Intensificar as trocas, os intercâmbios e os diálogos interculturais;

Art. 7º. A atuação do Poder Público Municipal no campo da cultura não se contrapõe

ao setor privado, com o qual deve, sempre que possível, desenvolver parcerias e buscar a complementaridade das ações, evitando superposições e desperdícios.

Art. 8º. A política cultural deve ser transversal, estabelecendo uma relação estratégica

com as demais políticas públicas, em especial com as políticas de inclusão, educação, comunicação social, meio ambiente, turismo, ciência e tecnologia, esporte, lazer, saúde, segurança pública e igualdade racial.

Art. 9º. Os planos e projetos de desenvolvimento, na sua formulação e execução,

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critérios, que vão da liberdade política, econômica e social às oportunidades individuais de saúde, educação, cultura, produção, criatividade, dignidade pessoal e respeito aos direitos humanos, conforme indicadores sociais.

CAPÍTULO II DOS DIREITOS CULTURAIS

Art. 10. Cabe ao Poder Público Municipal garantir a todos os munícipes o pleno

exercício dos direitos culturais, entendidos como:

I. O direito à identidade e à diversidade cultural;

II. O direito à participação na vida cultural, compreendendo:

a) livre criação e expressão; b) livre acesso;

c) livre difusão;

d) livre participação nas decisões de política cultural.

III. O direito autoral;

IV. O direito ao intercâmbio cultural nacional e internacional.

CAPÍTULO III

DA CONCEPÇÃO TRIDIMENSIONAL DA CULTURA

Art. 11. O Poder Público Municipal compreende a concepção tridimensional da

cultura simbólica, cidadã e econômica como fundamento da política municipal de cultura.

SEÇÃO I

DA DIMENSÃO SIMBÓLICA DA CULTURA

Art. 12. A dimensão simbólica da cultura compreende os bens de natureza material e

imaterial que constituem o patrimônio cultural do Município de Porto Seguro, abrangendo todos os modos de viver, fazer e criar dos diferentes grupos formadores da sociedade local, conforme o Art.216 da Constituição Federal.

Art. 13. Cabe ao Poder Público Municipal promover e proteger as infinitas

possibilidades de criação simbólica expressas em modos de vida, crenças, valores, práticas, rituais e identidades.

Art. 14. A política cultural deve contemplar as expressões que caracterizam a

diversidade cultural do Município, abrangendo toda a produção nos campos das culturas populares, eruditas, da indústria cultural e, sobretudo na economia criativa.

Art. 15. Cabe ao Poder Público Municipal promover diálogos interculturais, nos

planos local, regional, nacional e internacional, considerando as diferentes concepções de dignidade humana, presentes em todas as culturas, como instrumento

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de construção da paz, moldada em padrões de coesão, integração e harmonia entre os cidadãos, as comunidades, os grupos sociais, os povos e nações.

SEÇÃO II

DA DIMENSÃO CIDADÃ DA CULTURA

Art. 16. Os direitos culturais fazem parte dos direitos humanos e devem se constituir

numa plataforma de sustentação das políticas culturais, posto que a cidadania plena só possa ser atingida quando a cidadania cultural puder ser usufruída por todos os cidadãos do Município de Porto Seguro.

Art. 17. Cabe ao Poder Público Municipal assegurar o pleno exercício dos direitos

culturais a todos os cidadãos, promovendo o acesso universal à cultura por meio do estímulo à criação artística, da democratização das condições de produção, da oferta de formação, da expansão dos meios de difusão, da ampliação das possibilidades de fruição e da livre circulação de valores culturais.

Art. 18. O direito à identidade e à diversidade cultural deve ser assegurado pelo

Poder Público Municipal por meio de políticas públicas de promoção e proteção do patrimônio cultural do município, de promoção e proteção das culturas indígenas, populares e afro-brasileiras e, ainda, de iniciativas voltadas para o reconhecimento e valorização da cultura de outros grupos sociais, étnicos e de gênero, conforme os Arts. 215 e 216 da Constituição Federal.

Art. 19. O direito à participação na vida cultural deve ser assegurado pelo Poder

Público Municipal com a garantia da plena liberdade para criar, fruir e difundir a cultura.

Art. 20. O direito à participação na vida cultural deve ser assegurado igualmente às

pessoas com deficiência, que devem ter garantidas condições de acessibilidade e oportunidades de desenvolver e utilizar seu potencial criativo, artístico e intelectual.

Art. 21. O estímulo à participação da sociedade nas decisões de política cultural deve

ser efetivado por meio da criação e articulação de conselhos paritários, com os representantes da sociedade democraticamente eleitos pelos respectivos segmentos, bem como, da realização de conferências e da instalação de colegiados, comissões e fóruns.

SEÇÃO III

DA DIMENSÃO ECONÔMICA DA CULTURA

Art. 22. Cabe ao Poder Público Municipal criar as condições para o desenvolvimento

da cultura como espaço de inovação e expressão da criatividade local e fonte de oportunidades de geração de ocupações produtivas e de renda, fomentando a

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sustentabilidade e promovendo a desconcentração dos fluxos de formação, produção e difusão das distintas linguagens artísticas e múltiplas expressões culturais.

Art. 23. O Poder Público Municipal deve fomentar a economia da cultura como: I. Sistema de produção, materializado em cadeias produtivas, num processo que

envolva as fases de pesquisa, formação, produção, difusão, distribuição e consumo;

II. Elemento estratégico da economia contemporânea, em que se configura como um dos segmentos mais dinâmicos e importante fator de desenvolvimento econômico e social; e

III. Conjunto de valores e práticas que têm como referência a identidade e a

diversidade cultural dos povos, possibilitando compatibilizar modernização e desenvolvimento humano.

Art. 24. As políticas públicas no campo da economia da cultura devem entender os

bens culturais como portadores de ideias, valores e sentidos que constituem a identidade e a diversidade cultural do município, não restritos ao seu valor mercantil.

Art. 25. As políticas de fomento à cultura devem ser implementadas de acordo com

as especificidades de cada cadeia produtiva.

Art. 26. O objetivo das políticas públicas de fomento à cultura no Município de Porto

Seguro deve ser estimular a criação e o desenvolvimento de bens, produtos e serviços e a geração de conhecimentos que sejam compartilhados por todos.

Art. 27. O Poder Público Municipal deve apoiar os artistas e produtores culturais

atuantes no município para que tenham assegurado o direito autoral de suas obras, considerando o direito de acesso à cultura por toda sociedade.

TÍTULO II

DO SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA CAPÍTULO I

DAS DEFINIÇÕES E DOS PRINCÍPIOS

Art. 28. O Sistema Municipal de Cultura - SMC se constitui num instrumento de

articulação, gestão, fomento e promoção de políticas públicas, bem como de informação e formação na área cultural, tendo como essência a coordenação e cooperação intergovernamental com vistas ao fortalecimento institucional, à democratização dos processos decisórios e à obtenção de economicidade, eficiência, eficácia, equidade e efetividade na aplicação dos recursos públicos.

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Art. 29. O Sistema Municipal de Cultura - SMC fundamenta-se na política municipal

de cultura expressa nesta lei e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Municipal de Cultura, para instituir um processo de gestão compartilhada com os demais entes federativos da República Brasileira - União, Estados, Municípios e Distrito Federal - com suas respectivas políticas e instituições culturais e a sociedade civil.

Art. 30. Os princípios do Sistema Municipal de Cultura - SMC que devem orientar a

conduta do Governo Municipal, dos demais entes federados e da sociedade civil nas suas relações como parceiro e responsável pelo seu funcionamento são:

I. Diversidade das expressões culturais;

II. Universalização do acesso aos bens e serviços culturais;

III. Fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais;

IV. Cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área cultural;

V. Integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas;

VI. Complementaridade nos papéis dos agentes culturais;

VII. Transversalidade das políticas culturais;

VIII. Autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil;

IX. Transparência e compartilhamento das informações;

X. Democratização dos processos decisórios com participação e controle social;

XI. Descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações;

XII. Ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a

cultura.

CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS

Art. 31. O Sistema Municipal de Cultura - SMC tem como objetivo formular e

implantar políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas com a sociedade civil e com os demais entes da federação, promovendo o desenvolvimento - humano, social e econômico – com pleno exercício dos direitos culturais e acesso aos bens e serviços culturais, no âmbito do Município.

Art. 32. São objetivos específicos do Sistema Municipal de Cultura – SMC:

I. Estabelecer um processo democrático de participação na gestão das políticas e dos recursos públicos na área cultural;

II. Assegurar uma partilha equilibrada dos recursos públicos da área da cultura entre os diversos segmentos artísticos e culturais, distritos, regiões e bairros do município;

III. Articular e implementar políticas públicas que promovam a interação da

cultura com as demais áreas, considerando seu papel estratégico no processo do desenvolvimento sustentável do Município;

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IV. Promover o intercâmbio com os demais entes federados e instituições municipais para a formação, capacitação e circulação de bens e serviços culturais, viabilizando a cooperação técnica e a otimização dos recursos financeiros e humanos disponíveis;

V. Criar instrumentos de gestão para acompanhamento e avaliação das políticas públicas de cultura desenvolvidas no âmbito do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

VI. Estabelecer parcerias entre os setores públicos e privados nas áreas de gestão e de promoção da cultura.

CAPÍTULO III DA ESTRUTURA

SEÇÃO I DOS COMPONENTES Art. 33. Integram o Sistema Municipal de Cultura – SMC:

I. Coordenação:

a) Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro - SECULTUR II. Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação:

a) Conselho Municipal de Política Cultural - CMPC; b) Conferência Municipal de Cultura - CMC.

III. Instrumentos de Gestão:

a) Plano Municipal de Cultura - PMC;

b) Sistema Municipal de Financiamento à Cultura - SMFC;

c) Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais - SMIIC; d) Programa Municipal de Formação na Área da Cultura - PROMFAC. IV. Sistemas Setoriais de Cultura:

a) Sistema Municipal de Patrimônio Cultural - SMPC; b) Sistema Municipal de Museus - SMM;

c) Sistema Municipal de Bibliotecas, Livro, Leitura e Literatura - SMBLLL;

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Cultura – SMC estará articulado com os

demais sistemas municipais ou políticas setoriais, em especial, da educação, da comunicação, da ciência e tecnologia, do planejamento urbano, do desenvolvimento econômico, da ação social, da indústria e comércio, das relações internacionais, do meio ambiente, do turismo, do esporte, da saúde, dos direitos humanos e da segurança, conforme regulamentação.

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SEÇÃO II

DA COORDENAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA – SMC Art. 34. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro – SECULTUR é

órgão superior e se constitui no órgão gestor e coordenador do Sistema Municipal de Cultura – SMC, que compete:

I. Exercer a coordenação geral do Sistema Municipal de Cultura - SMC;

II. Promover a integração do Município ao Sistema Nacional de Cultura – SNC e ao Sistema Estadual de Cultura – SEC, por meio da assinatura dos respectivos termos de adesão voluntária;

III. Instituir as orientações e deliberações normativas e de gestão, aprovadas no

plenário do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC e nas suas instâncias setoriais;

IV. Emitir recomendações, resoluções e outros pronunciamentos sobre matérias relacionadas com o Sistema Municipal de Cultura - SMC, observadas as diretrizes aprovadas pelo Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC;

V. Colaborar para o desenvolvimento de indicadores e parâmetros quantitativos e qualitativos que contribuam para a descentralização dos bens e serviços culturais promovidos ou

VI. Apoiados, direta ou indiretamente, com recursos do Sistema Nacional de Cultura – SNC e do Sistema Estadual de Cultura – SEC, atuando de forma colaborativa com os Sistemas Nacional e Estadual de Informações e Indicadores Culturais;

VII. Colaborar, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC, para a

compatibilização e interação de normas, procedimentos técnicos e sistemas de gestão;

VIII. Subsidiar a formulação e a implementação das políticas e ações transversais da

cultura nos programas, planos e ações estratégicos do Governo Municipal.

IX. Auxiliar o Governo Municipal e subsidiar os demais entes federados no estabelecimento de instrumentos metodológicos e na classificação dos programas e ações culturais no âmbito dos respectivos planos de cultura;

X. Colaborar, no âmbito do Sistema Nacional de Cultura – SNC, com o Governo do Estado e com o Governo Federal na implementação de Programas de Formação na Área da Cultura, especialmente capacitando e qualificando recursos humanos responsáveis pela gestão das políticas públicas de cultura do Município;

XI. Coordenar e convocar a Conferência Municipal de Cultura - CMC.

Art. 35. São atribuições da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto

Seguro:

I. formular e implementar, com a participação da sociedade civil, o Plano Municipal de

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III. implementar o Sistema Municipal de Cultura - SMC, integrado aos Sistemas Nacional e Estadual de Cultura, articulando os atores públicos e privados no âmbito do Município, estruturando e integrando a rede de equipamentos culturais, descentralizando e democratizando a sua estrutura e atuação;

IV. promover o planejamento e fomento das atividades culturais com uma visão ampla e integrada no território do Município, considerando a cultura como uma área estratégica para o desenvolvimento local;

V. valorizar todas as manifestações artísticas e culturais que expressam a diversidade étnica e social do Município;

VI. preservar e valorizar o patrimônio cultural do Município;

VII. pesquisar, registrar, classificar, organizar e expor ao público a documentação e

os acervos artísticos, culturais e históricos de interesse do Município;

VIII. manter articulação com entes públicos e privados visando à cooperação em

ações na área da cultura;

IX. promover o intercâmbio cultural a nível regional, nacional e internacional;

X. assegurar o funcionamento do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura –SMFC e promover ações de fomento ao desenvolvimento da produção cultural no âmbito do Município;

XI. descentralizar os equipamentos, as ações e os eventos culturais, democratizando o acesso aos bens culturais;

XII. estruturar e realizar cursos de formação e qualificação profissional nas áreas

de criação, produção e gestão cultural;

XIII. estruturar o calendário dos eventos culturais do Município;

XIV. elaborar estudos das cadeias produtivas da cultura para implementar políticas

específicas de fomento e incentivo;

XV. captar recursos para projetos e programas específicos junto a órgãos, entidades e programas internacionais, federais e estaduais.

XVI. operacionalizar as atividades do Conselho Municipal de Política Cultural –

CMPC e dos Fóruns de Cultura do Município;

XVII. realizar a Conferência Municipal de Cultura - CMC, colaborar na realização e

participar das Conferências Estadual e Nacional de Cultura;

XVIII. exercer outras atividades correlatas com as suas atribuições.

SEÇÃO III

DAS INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO, PACTUAÇÃO E DELIBERAÇÃO Art. 36. Constituem-se instâncias de articulação, pactuação e deliberação do Sistema

Municipal de Cultura - SMC:

I. Conselho Municipal de Política Cultural - CMPC;

II. Conferência Municipal de Cultura - CMC;

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DO CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA CULTURAL – CMPC

Art. 37. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC, órgão colegiado

consultivo, deliberativo e normativo, integrante da estrutura básica da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro, com composição paritária entre Poder Público e Sociedade Civil, se constitui no principal espaço de participação social institucionalizada, de caráter permanente, na estrutura do Sistema Municipal de Cultura - SMC.

§ 1º. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC tem como principal

atribuição atuar, com base nas diretrizes propostas pela Conferência Municipal de Cultura - CMC, na elaboração, acompanhamento da execução, fiscalização e avaliação das políticas públicas de cultura, consolidadas no Plano Municipal de Cultura - PMC.

§ 2º. Os integrantes do Conselho Municipal de Política Cultura – CMPC que

representam a sociedade civil são eleitos democraticamente, conforme regulamento, pelos respectivos segmentos e têm mandato de dois anos, renovável, uma vez, por igual período.

§ 3º. A representação da sociedade civil no Conselho Municipal de Política Cultural –

CMPC deve contemplar os diversos segmentos artísticos e culturais, considerando as dimensões simbólica, cidadã e econômica da cultura, bem como o critério territorial, na sua composição.

§ 4º. A representação do Poder Público no Conselho Municipal de Política Cultural –

CMPC deve contemplar a representação do Município de Porto Seguro, por meio da Secretaria Municipal da Cultura e suas Instituições Vinculadas, de outros Órgãos e Entidades do Governo Municipal e dos demais entes federados.

Art. 38. O Conselho Municipal de Política Cultural será constituído por 16 membros

titulares e igual número de suplentes, com a seguinte composição:

I. 08 membros titulares e respectivos suplentes representando o Poder Público, através dos seguintes órgãos e quantitativo:

a) Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, 01 representante; b) Secretaria Municipal de Educação, 01 representante;

c) Secretaria Municipal de Administração, 01representante; d) Secretaria Municipal de Finanças, 01 representante;

e) Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, 01 representante;

f) Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social, 01 representante; g) Secretaria Municipal de Governo, 01 representante;

h) IPHAN – Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional, 01

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II. 08 membros titulares e respectivos suplentes, representando a sociedade civil,através dos seguintes setores e quantitativa:

a) Setorial de Artes Visuais, Design e Artesanato, 01 representante; b) Setorial de Música, 01 representante;

c) Setorial de Artes Cênicas, 01 representante;

d) Setorial de Culturas Populares e Identitárias, 01 representante; e) Setorial de Cultura Indígena, 01 representante;

f) Setorial de Literatura, 01 representante;

g) Setorial Patrimônio material e imaterial, 01 representante. h) Setorial de Audiovisual, 01 representante.

§ 1º. Os membros titulares e suplentes representantes do Poder Público serão

designados pelo respectivo órgão e os representantes da sociedade civil serão eleitos conforme Regimento Interno.

§ 2º. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC deverá eleger, entre seus

membros, o Presidente e o Secretário-Geral com os respectivos suplentes.

§ 3º. Nenhum membro representante da sociedade civil, titular ou suplente, poderá

ser detentor de cargo em comissão ou função de confiança vinculada ao Poder Executivo do Município;

§ 4º. O Presidente do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC é detentor do

voto de minerva.

§ 5º. O Presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, sob nenhuma hipótese,

deverá ser o Secretário de Cultura e Turismo do Município de Porto Seguro.

Art. 39. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC é constituído pelas

seguintes instâncias:

I. Plenário;

II. Comitê de Integração de Políticas Públicas de Cultura - CIPOC;

III. Colegiados Setoriais;

IV. Comissões Temáticas;

V. Grupos de Trabalho;

VI. Fóruns Setoriais e Territoriais.

Art. 40. Ao Plenário, instância máxima do Conselho Municipal de Política Cultural

-CMPC compete:

I. Propor e aprovar as diretrizes gerais, acompanhar e fiscalizar a execução do Plano Municipal de Cultura - PMC;

II. Estabelecer normas e diretrizes pertinentes às finalidades e aos objetivos do Sistema Municipal de Cultura - SMC;

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III. Aprovar as diretrizes para as políticas setoriais de cultura, oriundas dos sistemas setoriais municipais de cultura e de suas instâncias colegiadas;

IV. Definir parâmetros gerais para aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Cultura - FMC no que concerne à distribuição territorial e ao peso relativo dos diversos segmentos culturais;

V. Estabelecer as diretrizes de uso dos recursos do Fundo Municipal de Cultura - FMC, com base nas políticas culturais definidas no Plano Municipal de Cultura – PMC;

VI. Acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Cultura;

VII. Apoiar a descentralização de programas, projetos e ações e assegurar os meios

necessários à sua execução e à participação social relacionada ao controle e fiscalização;

VIII. Contribuir para o aprimoramento dos critérios de partilha e de transferência

de recursos, no âmbito do Sistema Municipal de Cultura – SMC;

IX. Apreciar e aprovar as diretrizes orçamentárias da área da Cultura;

X. Contribuir para a definição das diretrizes do Programa Municipal de Formação na Área da Cultura – PROMFAC, especialmente no que tange à formação de recursos humanos para a gestão das políticas culturais;

XI. Acompanhar a execução do Acordo de Cooperação Federativa assinado pelo

XII. Município de Porto Seguro para sua integração ao Sistema Nacional de

Cultura - SNC.

XIII. Promover cooperação com os demais Conselhos Municipais de Política

Cultural, bem como com os Conselhos Estaduais, do Distrito Federal e Nacional;

XIV. Promover cooperação com os movimentos sociais, organizações

não-governamentais e o setor empresarial;

XV. Incentivar a participação democrática na gestão das políticas e dos investimentos públicos na área cultural;

XVI. Delegar às diferentes instâncias componentes do Conselho Municipal de

Política Cultural – CMPC a deliberação e acompanhamento de matérias;

XVII. Aprovar o regimento interno da Conferência Municipal de Cultura - CMC.

XVIII. Estabelecer o regimento interno do Conselho Municipal de Política Cultural –

CMPC.

Art. 41. Compete ao Comitê de Integração de Políticas Públicas de Cultura – CIPOC

promover a articulação das políticas de cultura do Poder Público, no âmbito municipal, para o desenvolvimento de forma integrada de programas, projetos e ações.

Art. 42. Compete aos Colegiados Setoriais fornecer subsídios ao Plenário do

Conselho Municipal de Política Cultural - CMPC para a definição de políticas, diretrizes e estratégias dos respectivos segmentos culturais.

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Art. 43. Compete às Comissões Temáticas, de caráter permanente, e aos Grupos de

Trabalho, de caráter temporário, fornecer subsídios para a tomada de decisão sobre temas específicos, transversais ou emergenciais relacionados à área cultural.

Art. 44. Compete aos Fóruns Setoriais e Territoriais, de caráter permanente, a

formulação e o acompanhamento de políticas culturais específicas para os respectivos segmentos culturais e territórios.

Art. 45. O Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC deve se articular com as

demais instâncias colegiadas do Sistema Municipal de Cultura - SMC - territoriais e setoriais – para assegurar a integração, funcionalidade e racionalidade do sistema e a coerência das políticas públicas de cultura implementadas no âmbito do Sistema Municipal de Cultura – SMC.

DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA – CMC

Art. 46. A Conferência Municipal de Cultura – CMC constitui-se numa instância de

participação social, em que ocorre articulação entre o Governo Municipal e a sociedade civil, por meio de organizações culturais e segmentos sociais, para analisar a conjuntura da área cultural no município e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas de Cultura, que comporão o Plano Municipal de Cultura - PMC.

§ 1º. É de responsabilidade da Conferência Municipal de Cultura – CMC analisar,

aprovar moções, proposições e avaliar a execução das metas concernentes ao Plano Municipal de Cultura - PMC e às respectivas revisões ou adequações.

§ 2º. Cabe à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro convocar e

coordenar a Conferência Municipal de Cultura – CMC, que se reunirá ordinariamente a cada dois anos ou extraordinariamente, a qualquer tempo, a critério do Conselho Municipal de Política Cultural - CMPC. A data de realização da Conferência Municipal de Cultura – CMC deverá estar de acordo com o calendário de convocação das Conferências Estadual e Nacional de Cultura.

§ 3º. A Conferência Municipal de Cultura – CMC será precedida de Conferências

Setoriais e Territoriais.

§ 4º. A representação da sociedade civil na Conferência Municipal de Cultura – CMC

será, no mínimo, de dois terços dos delegados, sendo os mesmos eleitos em Conferências Setoriais e Territoriais.

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DO FÓRUM PERMANENTE DE CULTURA

Art. 47º. Fica criado o Fórum Municipal de Cultura de Porto Seguro, órgão

permanente de caráter consultivo e propositivo, vinculado a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e o Conselho Municipal de Política Cultural como disposto nesta lei, que representa democraticamente a Sociedade Civil e é constituído pelo conjunto de câmaras setoriais, de acordo com as áreas cadastradas no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais, bem como integrantes dos movimentos culturais livres, agentes culturais independentes, sem limite de integrantes.

Art. 48º. O Fórum Municipal de Cultura tem como atribuição e competência apoiar a

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e o Conselho Municipal de Política Cultural com o objetivo de incentivar o desenvolvimento da cultura, no que tange ao encaminhamento de propostas dos diversos segmentos representados nas câmaras setoriais, de projetos culturais e outros assuntos que lhe forem pertinentes, democratizando o debate da pauta cultural no município de Porto Seguro.

SEÇÃO IV

DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO

Art. 49. Constituemse em instrumentos de gestão do Sistema Municipal de Cultura

-SMC:

I. Plano Municipal de Cultura - PMC;

II. Sistema Municipal de Financiamento à Cultura - SMFC;

III. Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais - SMIIC;

IV. Programa Municipal de Formação na Área da Cultura – PROMFAC.

Parágrafo único. Os instrumentos de gestão do Sistema Municipal de Cultura – SMC

se caracterizam como ferramentas de planejamento, inclusive técnico e financeiro, e de qualificação dos recursos humanos.

DO PLANO MUNICIPAL DE CULTURA – PMC

Art. 50. O Plano Municipal de Cultura - PMC tem duração decenal e é um

instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da Política Municipal de Cultura na perspectiva do Sistema Municipal de Cultura - SMC.

Art. 51. A elaboração do Plano Municipal de Cultura - PMC e dos Planos Setoriais de

âmbito municipal é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro, que, a partir das diretrizes propostas pela Conferência Municipal de Cultura - CMC, desenvolve Projeto de Lei a ser submetido ao Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC e, posteriormente, encaminhado à Câmara de Vereadores.

(19)

Parágrafo único. O Plano deve conter:

I. Diagnóstico do desenvolvimento da cultura;

II. Diretrizes e prioridades;

III. Objetivos gerais e específicos;

IV. Estratégias, metas e ações;

V. Prazos de execução;

VI. Resultados e impactos esperados;

VII. Recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários;

VIII. Mecanismos e fontes de financiamento; e

IX. Indicadores de monitoramento e avaliação.

DO SISTEMA MUNICIPAL DE FINANCIAMENTO À CULTURA – SMFC Art. 52. O Sistema Municipal de Financiamento à Cultura – SMFC é constituído pelo

conjunto de mecanismos de financiamento público da cultura, no âmbito do Município de Porto Seguro, que devem ser diversificados e articulados.

Parágrafo único. São mecanismos de financiamento público da cultura, no âmbito do

Município de Porto Seguro:

I. Orçamento Público do Município, estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA);

II. Fundo Municipal de Cultura, definido nesta lei;

III. Programa de Fomento a Cultura

IV. Outros que venham a ser criados.

CAPÍTULO I

DO FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA – FMC

Art. 53. O Fundo Municipal de Cultura - FMC, é vinculado à Secretaria Municipal de

Cultura e Turismo de Porto Seguro como fundo de natureza contábil e financeira, com prazo indeterminado de duração, de acordo com as regras definidas nesta Lei.

Art. 54. O Fundo Municipal de Cultura – FMC se constitui no principal mecanismo

de financiamento das políticas públicas de cultura no município, com recursos destinados a programas, projetos e ações culturais implementados de forma descentralizada, em regime de colaboração e co-financiamento com a União e com o Governo do Estado da Bahia.

Parágrafo único. É vedada a utilização de recursos do Fundo Municipal de Cultura -

FMC com despesas de manutenção administrativa dos Governos Municipal, Estadual e Federal, bem como de suas entidades vinculadas.

(20)

Art. 55. São receitas do Fundo Municipal de Cultura - FMC:

I. Dotações consignadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) do Município de Porto Seguro e seus créditos adicionais;

II. Dos recursos orçamentários destinados à Secretaria de Cultura do Município de Porto Seguro, o mínimo de dez por cento serão destinados ao Fundo Municipal de Cultura;

III. Transferências federais e/ou estaduais à conta do Fundo Municipal de Cultura

-FMC;

IV. Contribuições de mantenedores;

V. Produto do desenvolvimento de suas finalidades institucionais, tais como: arrecadação dos preços públicos cobrados pela cessão de bens municipais sujeitos à administração da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e Turismo de Porto Seguro; resultado da venda de ingressos de espetáculos ou de outros eventos artísticos e promoções, produtos e serviços de caráter cultural;

VI. Doações e legados nos termos da legislação vigente;

VII. Subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de

organismos internacionais;

VIII. Reembolso das operações de empréstimo porventura realizadas por meio do

Fundo Municipal de Cultura - FMC, a título de financiamento reembolsável, observados critérios de remuneração que, no mínimo, lhes preserve o valor real;

IX. Retorno dos resultados econômicos provenientes dos investimentos porventura realizados em empresas e projetos culturais efetivados com recursos do Fundo Municipal de Cultura - FMC;

X. Resultado das aplicações em títulos públicos federais, obedecida a legislação vigente sobre a matéria;

XI. Empréstimos de instituições financeiras ou outras entidades;

XII. Saldos não utilizados na execução dos projetos culturais financiados com

recursos dos mecanismos previstos no Sistema Municipal de Financiamento à Cultura - SMFC;

XIII. Devolução de recursos determinados pelo não cumprimento ou desaprovação

de contas de projetos culturais custeados pelos mecanismos previstos no Sistema Municipal de Financiamento à Cultura - SMFC;

XIV. Saldos de exercícios anteriores; e

XV. Outras receitas legalmente incorporáveis que lhe vierem a ser destinadas.

§ 1º. Os recursos do Fundo são depositados em estabelecimento oficial, em conta

corrente denominada Prefeitura Municipal de Porto Seguro/Fundo Municipal de Cultura.

§ 2º. Fica permitido aos contribuintes do Imposto sobre Serviços de Qualquer

Natureza (ISS) e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) depositar recursos financeiros em favor do Fundo Municipal de Cultura, podendo deduzir o valor em

(21)

até 20% (vinte por cento) do imposto a ser recolhido mensalmente, na forma e nos limites estabelecidos nesta Lei e no Regulamento.

Art. 56. Os recursos destinados ao Fundo serão redistribuídos internamente de forma

a atender aos seguintes critérios:

I. Percentual de três por cento para cobrir os custos administrativos do Fundo junto à Secretaria de Cultura e Turismo;

II. Percentual de dezessete por cento para projetos que contemplem o Centro Histórico;

III. Percentual de trinta por cento para projetos da Secretaria de Cultura e

Turismo;

IV. Percentual de cinquenta por cento para financiamento a fundo perdido de projetos Inscritos e aprovados no Edital de Apoio às Culturas, específico para esse fim.

Art. 57. O Fundo Municipal de Cultura - FMC será administrado pela Secretaria

Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro na forma estabelecida no regulamento, e apoiará projetos culturais que aconteçam exclusivamente dentro do município por meio das seguintes modalidades:

I. Não reembolsáveis, na forma do regulamento, para apoio a projetos culturais apresentados por pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, com ou sem fins lucrativos, preponderantemente por meio de editais de seleção pública; e

II. Reembolsáveis destinados ao estímulo da atividade produtiva das empresas de natureza cultural e pessoas físicas, mediante a concessão de empréstimos.

§ 1º. Nos casos previstos no inciso II do caput, a Secretaria Municipal de Cultura e

Turismo de Porto Seguro definirá com os agentes financeiros credenciados a taxa de administração, os prazos de carência, os juros limites, as garantias exigidas e as formas de pagamento.

§ 2º. Os riscos das operações previstas no parágrafo anterior serão assumidos,

solidariamente pelo Fundo Municipal de Cultura - FMC e pelos agentes financeiros credenciados, na forma que dispuser o regulamento.

§ 3º. Para o financiamento de que trata o § 1, serão fixadas taxas de remuneração que,

no mínimo, preservem o valor originalmente concedido.

§ 4º. Poderá ser dispensada contrapartida do proponente no âmbito de programas

setoriais definidos pelo Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC.

§ 5º. Nos casos em que a contrapartida for exigida, o proponente deve comprovar

(22)

mensuráveis, para complementar o montante aportado pelo Fundo Municipal de Cultura - FMC, ou que está assegurada a obtenção de financiamento por outra fonte.

§ 6º. Os projetos culturais previstos no caput poderão conter despesas

administrativas de até dez por cento de seu custo total, excetuados aqueles apresentados por entidades privadas sem fins lucrativos, que poderão conter despesas administrativas de até quinze por cento de seu custo total.

§ 7º. A concessão de recursos financeiros, materiais ou de infraestrutura pelo Fundo

Municipal de Cultura - FMC será formalizada por meio de convênios e contratos específicos.

Capítulo II

Da Gestão do Fundo Municipal de a Cultura

Art. 58. A Gestão do Fundo Municipal de Cultura – FMC – fica a cargo da Secretária

de Cultura e Turismo e do Conselho Municipal de Política Cultural de Porto Seguro

- ficando a administração a cargo da Secretária de Cultura e Turismo de Porto Seguro.

Art. 59. A administração dos recursos do Fundo Municipal de Cultural – FMC – é

feita pelas seguintes instâncias:

I. Direção Geral do Fundo Municipal de Cultural – FMC, responsabilidade do Secretário Municipal de Cultura e Turismo;

II. Avaliação e Seleção ficarão a cargo do plenário do Conselho Municipal de Política Cultural de Porto Seguro, que através de deliberação será o responsável pela avaliação e seleção dos projetos a serem financiados.

III. Comissão Técnica, instituída com a função de avaliar, acompanhar projetos

aprovados e realizar posterior fiscalização com a seguinte composição: 1 Membro de Administração, com seu respectivo suplente;

1 Servidor da Secretaria de Cultura e Turismo , com seu respectivo suplente; 1 Servidor da Secretaria de Finanças, com seus respectivos suplentes.

§ 1º. Os membros da Comissão serão nomeados pelo Executivo, mediante Portaria,

com mandato de 1 (um) ano, podendo ser reconduzidos uma única vez por igual período.

Art. 60. Além da Direção Executiva do Fundo Municipal de Cultura – FMC, compete

ao Secretário de Cultura e Turismo:

I. Nomear o membro daComissão Técnica, bem como solicitar as indicações da secretária de Administração e da Secretária de Finanças

II. Movimentar, juntamente com o Superintendente de Cultura a conta bancária do Fundo;

(23)

IV. Encaminhar, nas épocas aprazadas, demonstrativos e prestações de contas, plano de aplicação de recursos e outros documentos informativos necessários ao acompanhamento e controle dos órgãos competentes.

Art. 61. Compete ao Conselho Municipal de Cultura;

I. Apreciar e aprovar projetos culturais a serem financiados, de acordo com as diretrizes e disponibilidades financeiras do Fundo Municipal de Cultura;

II. Atender normas e critérios referentes à apreciação dos projetos culturais, cuidando de dar visibilidade a essas normas e critérios.

III. Autorizar expressamente todas as despesas e pagamentos realizados pelo

Fundo Municipal de Incentivo a Cultura – FMC;

IV. Aprovar o Plano de Aplicação dos Recursos do Fundo Municipal de Cultura.

Art. 62. O Conselho Municipal de Política Cultural deverá adotar critérios objetivos

na seleção das propostas:

I. Custo/benefício compatível com a dimensão do projeto;

II. Abrangência da distribuição territorial e social;

III. Contribuição para a formação e profissionalização do setor cultural;

IV. Qualificação da equipe de produção/criação;

V. Compatibilidade com os objetivos desta lei e de sua regulamentação;

VI. Formação de novos públicos;

VII. Proposta de retorno cultural.

Art. 63. Compete à Comissão Técnica:

I. Emitir e encaminhar ao Conselho Municipal de Política Cultural parecer técnico prévio de habilitação dos projetos apresentados ao Fundo, considerando seus aspectos legais, de compatibilidade orçamentária, de viabilidade técnico-financeira e de adequação ao previsto no Edital, nos limites dos aspectos formais dos projetos;

II. Acompanhar os projetos aprovados, encaminhando a Secretária Municipal de Cultura e Turismo e o Conselho Municipal de Política Cultural laudo técnico ao seu término, ou a qualquer tempo, com a avaliação sobre o cumprimento das obrigações assumidas pelo proponente do projeto cultural;

III. Opinar sobre cláusulas de convênios, contratos, prestações de contas, ou

outras questões pertinentes relacionadas a projetos apresentados ao Fundo.

Art. 64. Os projetos culturais que pretendam obter financiamento junto ao Fundo

Municipal de Incentivo Cultural – FMIC – devem ser apresentados em formulário próprio, datado e assinado pelo proponente, de acordo com as normas a serem regulamentadas por Edital.

Art. 65. Cabe a Secretaria de Cultura e Turismo em conjunto com o Conselho

(24)

interna dos projetos e a padronização de sua apreciação, definindo, ainda, os formulários de apresentação, bem como a documentação a ser exigida.

Art. 66. Os projetos culturais devem apresentar proposta de fruição e acesso a bens

culturais, contrapartida ou retorno de interesse público.

Parágrafo único. No caso do projeto aprovado resultar em obra de caráter

permanente, como CD, DVD, livro e outros, o retorno consistirá em doação de parcela da edição ao acervo municipal, para uso público, conforme definido em Edital.

Art. 67. A Secretaria de Cultura e Turismo e o Conselho Municipal de Política

Cultural por

meio da Comissão Técnica, fica incumbida do acompanhamento e fiscalização da execução dos projetos, ao longo e ao término de sua execução.

§ 1º. A avaliação comprovará os resultados esperados e atingidos, objetivos previstos

e alcançados, os custos estimados e reais e a repercussão da iniciativa na sociedade.

§ 2º. A avaliação culminará em laudo final, que será submetido ao Conselho

Municipal de Política Cultural para aprovação ou rejeição, e que após encaminhará o resultado a Secretaria de Cultura e Turismo para devidos fins.

Art. 68. O acompanhamento dos projetos financiados dá-se na forma de visitas aos

locais de execução e de apresentação pela Comissão Técnica ou membro do Conselho Municipal de Política Cultural; por parte dos executores, de relatórios de atividades e execução financeira, com periodicidade definida no Edital, em formulário padrão.

Art. 69. Fica autorizada a contratação de pareceristas e/ou especialistas para

assessorar o Conselho Municipal de Política Cultural e a Comissão Técnica dos projetos a serem apoiados, de acordo com as especificidades de cada Edital.

Art. 70. Os projetos já aprovados e desenvolvidos anteriormente, que forem

concorrer novamente aos benefícios do Fundo Municipal de Cultura – FMC – com repetição de seus conteúdos fundamentais, devem anexar relatório de atividades contendo as ações previstas e executadas, bem como explicitar os benefícios planejados para a continuidade.

Art. 71. A não apresentação dos relatórios de atividades e execução financeira, nos

prazos fixados, implica na aplicação seqüencial das seguintes sanções ao proponente:

(25)

II. suspensão da análise e arquivamento de projetos que envolvam seus nomes e que estejam tramitando no Sistema Municipal de Cultura – SMC;

III. paralisação e tomada de contas do projeto em execução;

IV. inclusão, como inadimplente, no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais – SMIIC – e no órgão de controle de contratos e convênios doMunicípio de Porto Seguro, além de sofrer ações administrativas, cíveis e penais, conforme o caso.

Art. 72. No caso de quitação da pendência, o proponente é reabilitado e, se houver

reincidência da inadimplência no período de cinco anos, é excluído, pelo prazo de cinco anos, como proponente beneficiário do Fundo Municipal de Cultura, bem como de outros mecanismos do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura.

Art. 73. Se for comprovado o mau uso do dinheiro público, por parte do(a)

proponente, serão aplicadas as seguintes sanções, sem prejuízo das demais sanções administrativas, civis e penais aplicáveis a cada caso:

I. Multa correspondente a 10 (dez) vezes o valor do projeto, destinada ao Fundo de Cultura;

II. Proibição permanente da utilização desta lei pelo(a) infrator(a).

III. Impedimento de pleitear qualquer outro incentivo do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura e de participar, como contratado, de eventos promovidos pela Secretária de Cultura e Turismo ;

Art. 74. A Secretaria da Cultura e Turismo informará, em sua página na internet, os

projetos e os nomes dos proponentes que estiverem inadimplentes com as prestações de contas, dos valores investidos e da data em que tiver vencido o prazo para a apresentação da prestação de contas.

Art. 75. Em caso de impedimento do proponente, durante a execução do projeto, a

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo pode assumir ou indicar outro executor, conforme sua avaliação e do Conselho Municipal de Política Cultural para garantir a viabilidade do projeto, salvaguardadas as questões de direitos autorais.

Art. 76. O responsável pelo projeto, cuja prestação de contas for rejeitada pelo

Conselho Municipal de Política Cultural terá acesso à documentação que sustentou a decisão, bem como pode interpor recurso junto ao mesmo, para reavaliação do laudo final, acompanhado, de elementos não apresentados inicialmente à consideração da Comissão Técnica e Conselho Municipal de Cultura.

Art. 77. A Secretaria da Cultura e Turismo divulgará, a cada quadrimestre, em sua

(26)

I. Demonstrativo contábil informando:

a) Recursos arrecadados ou recebidos; b) Recursos utilizados;

c) Saldo de recursos disponíveis; II. Relatório discriminado, contendo:

a) Número de projetos culturais beneficiados;

b) Objeto e valor de cada um dos projetos beneficiados;

c) Os proponentes e os produtores responsáveis pela execução dos

projetos;

d) Autores, artistas, companhias ou grupos beneficiados;

III. Os projetos e os nomes dos proponentes que tiverem as prestações de contas

aprovadas e os respectivos valores investidos.

Art. 78. Os benefícios do Fundo Municipal de Cultura – FMC não poderão ser

concedidos a projeto que não seja de natureza estritamente cultural ou cujo proponente:

I. Esteja inadimplente com a Fazenda Pública Municipal;

II. Não tenha domicílio em Porto Seguro há, pelo menos, 03 (três) anos.

III. Seja servidor público municipal;

IV. seja pessoa jurídica não-governamental que tenha, na composição de sua diretoria, membro do Conselho Municipal de Política Cultural ou da Comissão Técnica ou pessoa inadimplente com prestação de contas de projeto cultural realizado anteriormente;

V. Já tenha projeto aprovado para execução no mesmo ano civil;

Parágrafo único. As vedações previstas neste artigo estendem-se aos parentes até o

segundo grau, bem como aos cônjuges ou companheiros, quer na qualidade de pessoa física, quer por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios, no que se refere a projeto que envolva ou beneficie diretamente a pessoa impedida.

CAPÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 79. Nos projetos apoiados pelo Fundo Municipal de Cultural - FMC deverão

constar, no corpo do produto, em destaque, apenas a seguinte expressão: apoio Prefeitura Municipal de Porto Seguro, Conselho Municipal de Política Cultural e a logo do Fundo Municipal de Incentivo Cultural.

Art. 80. O Poder Executivo regulamentará o Fundo Municipal de Cultura - FMC, por

(27)

no que couber, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de vigência desta lei, promovendo, as alterações que se fizerem necessárias.

Art. 81. A partir de 2015 será destinado obrigatoriamente o percentual mínimo de

0,5% (zero vírgula cinco por cento) do valor total do orçamento para cultura.

PROGRAMA DE FOMENTO A CULTURA

Art. 82. Fica instituído, no âmbito do Município de Porto Seguro, incentivo fiscal em

benefício do apoio à realização de projetos culturais, a ser concedido a pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS e Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU do Município, denominadas Contribuintes Incentivadores nos termos do presente programa.

§ 1º. Este programa tem por objetivos:

I. Priorizar a produção e o consumo de bens culturais e artísticos originários do Município, valorizando recursos humanos e conteúdos locais;

II. Contribuir para facilitar, a todos e todas, os meios para o livre acesso às fontes de cultura e o pleno exercício dos direitos culturais.

§ 2º. Para efeitos deste programa, entende-se:

I. Doação de bens culturais: recebimento, por parte do Poder Público ou entidades

de interesse público, de bens culturais de relevância para a cidade, a serem avaliados por uma comissão técnica específica;

II. Patrocínio: incentivo com ou sem o uso, por parte do(a) contribuinte

incentivador(a), da publicidade na divulgação do produto cultural incentivado;

III. Certificado de Aprovação: certificado emitido pela Secretaria de Cultura e

Turismo aos projetos aprovados pelo Conselho Municipal de Política Cultura;

IV. Certificado de Incentivo: certificado emitido pela Secretaria de Finanças aos(às)

contribuintes incentivadores(as) dos projetos;

V. Contribuinte Incentivador(a): contribuinte que patrocinará o projeto cultural,

através de porcentagem do seu imposto, Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISS ou Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, a ser descontada no vencimento do mesmo, utilizando-se do certificado de incentivo;

VI. Proponente: responsável pelo projeto cultural apresentado;

VII. Conselho Municipal de Política Cultural: responsável pela avaliação, fiscalização

e acompanhamento dos projetos aprovados pelo presente programa;

VIII. Grupo Artístico ou Grupo Cultural: aquele que cria, desenvolve e/ou atua em

(28)

IX. Artista ou Produtor(a) Cultural: aquele(a) que cria, desenvolve e/ou atua em obras artísticas ou culturais, de forma individual ou coletiva;

X. Serviços: aqueles que dão suporte para a realização de obras artísticas ou

culturais, de acordo com as especificidades de cada área;

XI. Retorno Cultural: entende-se como o retorno à cidade do produto cultural

incentivado pelo presente programa;

XII. Contrapartida Financeira: entende-se como o valor da participação da iniciativa

privada para a realização de projeto cultural, nos termos do presente programa.

§ 3º. O incentivo fiscal referido no caput corresponde ao recebimento, por parte

do(a) contribuinte incentivador(a), de “certificados de incentivo” expedidos pelo poder público, correspondentes a 100% (cem por cento) dos recursos financeiros transferidos em favor do projeto cultural.

§ 4º. Os(as) portadores(as) dos certificados de incentivo poderão utilizar o valor total

dos mesmos para pagamento de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS e/ou Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, respeitando os limites percentuais de 30% (trinta por cento) para pessoa física e 20% (vinte por cento) para pessoa jurídica do valor devido para cada incidência dos tributos, na seguinte conformidade:

I. Para os tributos inscritos em dívida ativa, o valor de cada “certificado de incentivo” será utilizado integralmente para o pagamento do tributo devido;

II. Para os tributos não inscritos em dívida ativa, o valor de cada “certificado de incentivo” sofrerá o desconto de 30% (trinta por cento) do valor de face.

§ 5º. O desconto de que trata o inciso II do parágrafo 4º representa a contrapartida

financeira do(a) contribuinte incentivador(a) do projeto.

§ 6º. O montante de incentivo será de 2% (dois por cento) do valor médio das

arrecadações de ISS e IPTU do Município para cada exercício, sendo acrescido a cada ano de novo orçamento 1% (um por cento) até o limite máximo de 5% (cinco por cento).

§ 7º. O Poder Executivo fixará anualmente, na Lei Orçamentária, o valor total que

deverá ser utilizado como incentivo cultural, conforme previsto no parágrafo 6º deste artigo.

§ 8º. O certificado de incentivo a que se refere o caput é nominativo e intransferível e

será expedido mediante a apresentação pelo(a) contribuinte incentivador(a), do comprovante de depósito do valor dos recursos transferidos em conta corrente em nome do projeto cultural aprovado pela Secretaria de Cultura e Turismo , bem como recibo assinado pelo(a) proponente beneficiado(a) por este programa.

(29)

§ 9º. Os certificados de incentivo terão prazo de validade de 1 (um) ano, a contar da

data de sua expedição.

§ 10. Caso o IPTU seja pago por locatário(a) de imóvel, poderá o certificado de

incentivo ser expedido em nome deste(a), desde que comprove a relação de locação por meio de contrato apresentado ao poder público, destinando-se o certificado para pagamento exclusivamente do tributo devido pelo(a) proprietário(a) do imóvel locado, no período correspondente à locação.

Art. 83. Os(as) proponentes poderão entregar suas propostas desde que residam

e/ou tenham sede no município de Porto Seguro ou comprovem vínculo artístico-cultural de pelo menos 2 (dois) anos com a cidade.

§ 1º. Os(as) proponentes contemplados(as) com o incentivo somente poderão

participar de no máximo 3 (três) projetos concomitantemente.

§ 2º. Fica vedada, por parte de pessoas jurídicas, a utilização do benefício fiscal em

relação a projetos culturais, cujos(as) beneficiários(as) sejam os(as) próprios(as) proponentes, seus(suas) sócios(as) ou titulares.

Art. 84. Os(as) proponentes deverão entregar seus projetos na Secretaria de Cultura e

Turismo acompanhado da documentação e forma exigida no decreto que regulamenta o presente programa.

§ 1º. Os projetos deverão ser apresentados em formulário próprio, fornecido pela

Secretaria de Cultura e Turismo .

§ 2º. As porcentagens de agenciamento e produção não podem exceder a: I. 7% (sete por cento) – elaboração;

II. 7% (sete por cento) – captação de recursos;

III. 7% (sete por cento) – administração do projeto.

§ 3º. O programa não incentivará ações retroativas à aprovação dos projetos.

Art. 85. As áreas culturais beneficiadas por este programa serão relacionadas em

decreto do Executivo.

Art. 86. Para a avaliação, aprovação e fixação do valor de incentivo dos projetos a

serem contemplados por este programa, bem como para a fiscalização e acompanhamento, será efetuada pelo Conselho Municipal de Política Cultural.

§ 1º. O prazo para aprovação dos projetos é de até 60 (sessenta) dias a contar da data

(30)

§ 2º. O Poder Executivo publicará a lista dos projetos aprovados pelo Conselho

Municipal de Política Cultural no diário oficial e meios de comunicação disponíveis do Município.

§ 3º. Os projetos aprovados pelo Conselho Municipal de Política Cultural receberão

um Certificado de Aprovação, os quais serão utilizados para a captação de recursos.

Art. 87. Os(as) proponentes, cujos projetos forem aprovados pelo Conselho

Municipal de Política Cultural, assinarão termo de compromisso para a divulgação do nome da Prefeitura Municipal de Porto Seguro e Conselho Municipal de Política Cultural em todas as peças de divulgação.

Art. 88. O(a) proponente somente poderá fazer uso dos recursos após a captação de

50% (cinqüenta por cento) do valor total do projeto, depositado na conta corrente vinculada ao respectivo projeto.

§ 1º. A captação de recursos deverá ser comprovada através de termo de

compromisso de patrocínio firmado entre o(a) proponente e o(a) patrocinador(a).

§ 2º. Caso o(a) proponente não consiga captar o valor total do projeto dentro do

prazo de captação, poderá readequar seu projeto junto ao Conselho Municipal de Política Cultural ou cancelar o termo de compromisso com o(a) patrocinador(a), sem prejuízo ao disposto nos artigos 10 e 11 deste programa.

Art. 89. Os projetos aprovados pelo presente programa deverão prestar contas junto

ao Conselho Municipal de Política Cultural após 30 (trinta) dias do final da realização do projeto, pelos(as) seus(suas) respectivos(as) proponentes.

§ 1º. Caso o prazo do caput não seja respeitado, incidirá multa de 30% (trinta por

cento) sobre o valor total do projeto.

§ 2º. Finda a realização do projeto, caso haja saldo positivo na conta do projeto, este

deverá ser depositado na conta do Fundo de Cultura.

§ 3º. Todo(a) contribuinte do Município poderá ter acesso à documentação referente

aos projetos contemplados por este programa.

Art. 90. Ao final de cada exercício fiscal o Poder Público em Conjunto com o

Conselho Municipal de Política Cultural realizará audiência pública para fins de prestação de contas à comunidade quanto aos recursos utilizados, bem como aos projetos realizados.

(31)

Art. 91. O(a) proponente poderá solicitar o cancelamento do seu projeto através de

requerimento fornecido pela Secretaria de Cultura e Turismo .

§ 1º. Após a aprovação e o início da execução do projeto o(a) proponente poderá

cancelar a sua realização, com justa causa, tendo como dever a destinação do valor captado ao Fundo de Cultura.

§ 2º. Caso o(a) proponente não comprove justa causa, o valor será acrescido em 30%

(trinta por cento) do valor total do projeto.

Art. 92. Se for comprovado o mau uso do dinheiro público, por parte do(a)

proponente, serão aplicadas as seguintes sanções, sem prejuízo das demais sanções administrativas, civis e penais aplicáveis a cada caso:

I. multa correspondente a 10 (dez) vezes o valor do projeto, destinada ao Fundo de Cultura;

II. proibição permanente da utilização deste programa pelo(a) infrator(a).

Parágrafo único. Da decisão que julga a má utilização do incentivo cultural, cabe

recurso fundamentado ao Secretário de Cultura e Turismo .

Art. 93. O(a) proponente deverá apresentar no projeto proposta de retorno cultural. Parágrafo único. As formas de retorno do produto cultural, mencionadas no Artigo

1°, parágrafo 2º, inciso XI, serão descritas em decreto municipal.

Art. 94. Caberá ao Executivo a regulamentação deste programa no prazo máximo de

90 (noventa) dias, a contar de sua publicação.

Art. 95. Fica revogada a Lei nº 318, de 1998 e as disposições em contrário.

DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES E INDICADORES CULTURAIS – SMIIC

Art. 96. Cabe à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro

desenvolver o Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais - SMIIC, com a finalidade de gerar informações e estatísticas da realidade cultural local com cadastros e indicadores culturais construídos a partir de dados coletados pelo Município.

§ 1º. O Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais - SMIIC é

constituído de bancos de dados referentes a bens, serviços, infraestrutura, investimentos, produção, acesso,consumo, agentes, programas, instituições e gestão

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