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Ensaios clínicos de reabilitação cardíaca fase II e III: uma revisão integrativa

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Academic year: 2021

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ENSAIOS CLÍNICOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II E III: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Alícia Rodriguesª

Kadine Priscila Bender dos Santosª

ª Departamento de Fisioterapia, Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, SC, Brasil. E-mail: alicia.r.10@hotmail.com

ª Departamento de Fisioterapia, Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, SC, Brasil. E-mail: kadine.santos@unisul.br

Autor correspondente: Alícia Rodrigues, Rua Matias Meinschein, 826, 88140-000, Santo Amaro da Imperatriz, SC, Brasil. E-mail: alicia.r.10@hotmail.com

Contagem de palavras do manuscrito1: 7.065

1 O manuscrito está formatado nas normas da European Journal of Preventive Cardiology. Será traduzido para a

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Resumo

Introdução: A reabilitação cardíaca é um meio da fisioterapia, que usa do exercício terapêutico para melhorar e manter a função física de indivíduos com doenças cardiovasculares, com objetivo de melhorar as condições físicas, psicológicas e sociais, para que possam alcançar com seu próprio esforço uma vida normal e produtiva. O objetivo do presente estudo é sumarizar as evidências científicas por meio de uma revisão de ensaios clínicos randomizados, nas fases II e III da RC. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura de ensaios clínicos randomizados, com os seguintes critérios de inclusão: período de janeiro de 2015 a maio de 2020, que apresentassem protocolos de exercícios realizados nas fases II e/ou III da reabilitação cardíaca, que estivessem nos idiomas: português e inglês, e que apresentassem acesso livre. Resultados: As duas fases da reabilitação cardíaca são eficazes para diversas patologias cardíacas, apresentando benefícios na qualidade de vida, na capacidade funcional, no consumo de oxigênio, na aptidão física e na força muscular inspiratória. Apresentou também a telerreabilitação como um meio a ser explorado na RC. Conclusões: Esta revisão integrativa, conclui que a RC nas fases II e III, são seguras e eficazes para pacientes com doença cardíaca, além de evidenciar que a telerreabilitação e telemonitoramento, são alternativas para serem adotados ao centros de reabilitação com mais frequência. Com isso, sugere-se que esta forma de intervenção seja mais estudada.

Contagem de palavras do resumo: 227

Palavras Chaves: reabilitação cardíaca, estudo clínico controlado aleatório, terapia por exercício, telerreabilitação

INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares (DCV) afetam o sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos, é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, decorrente do

envelhecimento e adoecimento da população 1. Apresenta uma prevalência de 5 a 8% na

população adulta 2, e a presença de fatores de riscos, como a hipertensão, a dislipidemia, a

obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, a diabetes mellitus e o histórico familiar de doenças

cardíacas aumentam as chances de desenvolver a DCV 1. Para o controle das DCV em todos os

países, é essencial a implementação de políticas de saúde, como o estímulo aos hábitos de vida

saudáveis e acesso a medidas preventivas 1

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reabilitação cardíaca (RC) é um conjunto de atividades necessárias para garantir aos indivíduos com DCV melhores condições físicas, psicológicas e sociais para que possam alcançar com seu próprio esforço uma vida

normal e produtiva 3. A RC possui quatro fases, sendo elas: fase I, de 12 a 24 horas após o

evento agudo, da internação até a alta; a fase II é tida como extra hospitalar; a fase III, seu tempo de duração varia de acordo com o desenvolvimento de cada paciente e, por último a fase

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IV conhecida como fase sem supervisão, na qual o paciente adota práticas de exercício em seu

cotidiano, visando manter um estilo de vida saudável 4.

Entre os objetivos da RC estão, auxiliar o paciente com DCV ou com alto risco de desenvolvê-las; reabilitar os pacientes de maneira abrangente; oferecer apoio em todos os contextos; educar os pacientes a manter hábitos saudáveis através de mudanças no estilo de vida, isso com ou sem intervenção farmacológica ou cirúrgica, e através da promoção em saúde; melhorar a qualidade de vida; prevenir novos eventos cardiovasculares e controlar estritamente

os fatores de riscos 3.

Como já citado anteriormente, a RC possui de quatro fases: I, II, III, IV. A fase II, dá-se início imediatamente após a alta, ou dá-seja, alguns dias após um evento cardiovascular, a

duração varia três a seis meses 5. Nesta fase da reabilitação tem como objetivo melhorar a

capacidade funcional do paciente e contribuir para um retorno breve do paciente às suas atividades sociais e laborais, nas melhores condições físicas e emocionais possíveis dentro do

quadro do paciente 5.

Após a fase II, os pacientes ingressam na fase III, conhecida como follow-up, com duração de 6 a 12 meses, procede-se a avaliação do paciente, fazendo indicações sobre a manutenção do exercício físico e a promoção de comportamentos saudáveis, durante esta fase são prescritos protocolos de exercícios aeróbicos e resistidos, com intuito de prevenir futuros

eventos coronarianos e cardiovasculares 6. Os principais componentes do exercício aeróbico

são intensidade, duração e frequência do exercício 7.

Considerando que programas de treinamento aeróbico de alta intensidade, complementados por treinamento de resistência, foram previamente recomendados pela diretriz

3 e foram considerados seguros para pacientes em RC. Face a isto, o objetivo do presente estudo

é sumarizar as evidências científicas por meio de uma revisão de ensaios clínicos randomizados, nas fases II e III da RC.

MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura em busca de ensaios clínicos

randomizados de RC.A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO.

E os descritores utilizados foram “reabilitação cardíaca” “estudo clínico controlado aleatório”, “cardiac rehabilitation”, “randomized controlled trial”, Descritores de Ciências da Saúde (DeCS) e no Medical Subject Headings (MeSH), utilizados combinados e isoladamente, com o operador boleano “AND”.

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Foram incluídos na pesquisa ensaios clínicos randomizados entre o período de janeiro de 2015 a maio de 2020, com protocolos de exercícios realizados nas fases II e/ou III da RC, que estivessem nos idiomas: português e inglês, e que apresentassem acesso livre. Foram excluídos ensaios clínicos em andamento e que abordassem exclusivamente a fase I da RC.

As informações relevantes extraídas dos artigos selecionados foram descritas em três tabelas. A tabela 1 e 2 contemplam a identificação da fase da RC, autores e ano dos estudos, doença cardíaca, objetivo do estudo, características da população e randomização. E a tabela 3, descreve o protocolo de exercício de cada fase a partir do tipo e intensidade. Além da descrição do monitoramento, e da adesão dos pacientes ao programa de exercícios e conclusões dos artigos.

RESULTADOS

De acordo com critérios de inclusão e exclusão deste estudo, foram selecionados 9 ensaios clínicos randomizados de RC, sendo 3 estudos da fase II da RC (Tabela 1), e os 6 restantes da fase III da RC (Tabela 2), entre estes estão programas de RC em centros de reabilitação, ou na casa dos próprios pacientes, realizados por teleatendimento. Os protocolos de exercício, adesão ao programa e conclusão dos estudos estão apresentados no Tabela 3.

Dentro destes 9 ensaios clínicos randomizados encontrados, a maioria dos artigos eram da Bélgica, China e Brasil, 2 de cada país, e os outros eram 1 da Espanha, 1 do Paquistão e 1 de Portugal

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Ra nd o miza çã o Alea to riam en te sep ar ad o s em d o is g ru p o s: 1 2 p ac ie n tes f o ram alo ca d o s ao GR C e 1 2 f o ram alo ca d o s ao GR C + T MI Al ea to riam en te em d o is g ru p o s: 3 3 p ac ien tes n o GNP , e 29 p ac ien tes n o GP R an d o m izad o s em d o is g ru p o s: T IAI ( n  = 34 ) ou p ar a o gr up o de tr atam en to h ab itu al (n  = 2 9) T MI , tr ein am en to m u scu lar in sp ir ató rio ; QV, q u alid ad e d e v id a; R C , rea b ilit aç ão ca rd íaca ; C R M, cir u rg ia rev ascu lar izaç ão d o m io cá rd io ; PR C , p ro g ram a rea b ilit aç ão ca rd íaca ; GR C , g ru p o r ea b ilit aç ão ca rd íaca ; DAC, d o en ça ar ter ial co ro n ar ia n a; PNP, p ro g ra m a n ão p er io d izad o ; IC P, in ter v en çã o co ro n ar ian a p er cu tân ea ; IAM , in far to ag u d o d o m io cá rd io ; G P, g ru p o p er io d iz ad o ; G NP, g ru p o n ão p er io d iz ad o ; T IAI , tr ein am en to in ter v alad o d e alta in ten sid ad e; IC C , in su ficiên cia ca rd íaca cr ô n ica. T ab ela 1 . Fas e II d a R ea b ilit aç ão C ar d íaca : E n saio s C lín ico s. P o pu la çã o 2 4 p ac ien tes s u b m etid o s à C R M até 3 s em an as an tes d o in ício d o estu d o , cu rs o clín ico s em co m p licaç õ es d u ran te a h o sp itali za çã o , au sên cia d e tab ag is m o , co m id ad e n o G R C 5 9 ,5 ± 8 ,7 e GR C + T MI 5 5 ,2 ± 7 ,8 6 2 h o m en s su b m etid o s a IC P o u ap ó s IAM c o m fr aç ão d e eje çã o ve ntr icu lar es qu er da ≥ 50 % e estra tific ad o s co m o d e b aix o o u m o d er ad o r is co p ar a a p rática d e ex er cício , id ad e GP 5 5 ,8 9 ± 8 ,2 e GNP 6 2 ,4 ± 1 1 ,8 63 p ac ien tes c o m I C C m o d er ad a a g ra v e, id ad e g ru p o T IAI 6 8 ± 2 e g ru p o tr ata m en to h ab itu al 67 ± 2 O bje tiv o In v esti g ar a ef iciên cia d o T MI d e cu rto p raz o ass o ciad o ao tr ein am en to ae ró b ico e resis tid o co m b in ad o s o b re f o rça m u scu lar r esp ir ató ria, ca p ac id ad e fu n cio n al e QV em p ac ien tes su b m etid o s à C R M e em f ase II d o PR C C riar u m m o d el o d e p er io d iza çã o p ar a a p rescr ição d e ex er cício s d esti n ad o s a p ac ien tes co m DAC n a fase II d o p ro g ra m a d e R C , e co m p ar ar o s resu ltad o s àq u eles d e p ac ien tes su b m etid o s a u m PNP Dete rm in ar o s ef eito s d o T IAI a p ó s ter ap ia d e ress in cr o n izaç ão ca rd íaca em p ac ien tes co m IC C , em esti m ativ as n ão in v asiv as d a fu n çã o v en tr icu lar s is tó lica, d esem p en h o d o ex er cício , g rav id ad e d o s sin to m as e QV Do ença Ca rdía ca C ir u rg ia d e R ev ascu lar izaç ão d o Mio cá rd io Do en ça Ar ter ial C o ro n ar ian a In su ficiên cia C ar d íaca C rô n ica Art ig o / A no Ar tig o 8, 2015 Ar tig o 9, 2018 Ar tig o 10, 2019

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T ab ela 2 . Fas e II I d a R ea b ilit aç ão C ar d íaca : E n saio s C lín ico s. Ra nd o miza çã o Os p ac ie n tes f o ram d esig n ad o s ale ato riam en te (1 : 1 ) p ar a a teler rea b ilit aç ão , além d a rea b ilit aç ão b asead a n o ce n tr o (GI ) o u d a rea b ilit aç ão em ce n tr o (GC ) Do s 2 8 h o m en s, 1 4 f o ra m d esig n ad o s p ar a o g ru p o h ab it u al d e R C ( GC ) e 1 4 p ar a o p ro g ra m a d e v ig ilân cia m is ta d o m iciliar ( GE ) 6 8 p ac ien tes f o ram in clu íd o s e alea to riam en te d esig n ad o s p ar a o g ru p o d e ex er cício s d e R C d e q ig o n g ( n = 3 4 ) e o g ru p o co n tr o le (n = 3 4 ) P o pu la çã o 1 4 0 p acien tes co m DAC e tr atad o s co n ser v ad o ram en te co m u m a IC P o u co m C R V, I C C co m f raç ão d e ejeç ão red u zid a o u I C C co m FE p reser v ad a , co m id ad e m éd ia d e 6 1 a n o s 2 8 h o m en s co m ca rd io m io p ati a is q u êm ica estáv el su b m etid o s à rev ascu lar izaç ão p o r a n g io p la stia co m sten t o u cir u rg ia b y -p ass , co m id ad e m éd ia d e 5 6 ,0 7 ( ± 8 ,9 2 ) 6 8 p ac ien tes c o m d iag n ó stico p ar a DAC estáv el, co m id ad e m éd ia d e 6 0 ,9 5 ( 5 ,5 0 ) O bje tiv o do E st ud o Av aliar a ef icác ia a m éd io p ra zo d e u m p ro g ra m a ab ra n g en te d e teler rea b ilit aç ão ca rd íaca esp ecíf ico p ar a o p ac ien te, além d a R C am b u lato ri al p ad rão An alis ar a ef icác ia e seg u ran ça d e u m p ro g ra m a d e R C d o m iciliar co m v ig ilân cia m is ta em p ac ien tes d e ris co m o d er a d o co m ca rd io m io p atia is q u êm ica E x p lo rar o s ef eito s d o ex er cíci o d e q ig o n g d e R C f ase II I em p ac ien tes co m DAC estáv el, a fim d e fo rn ec er alg u m as e v id ên cias p ar a a in te rv en çã o co m MT C n a R C m o d er n a Do ença Ca rdía ca Do en ça ar ter ial co ro n ar ian a e in su ficiên cia ca rd íaca cr ô n ica C ar d io m io p atia is q u êm ica Do en ça ar ter ial co ro n ar ian a Art ig o / A no Ar tig o 11, 2 0 1 5 Ar tig o 12, 2 0 1 7 Ar tig o 13, 2 0 1 8

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T ab ela 2 . C o n tin u aç ão Ra nd o miza çã o R an d o m izad o s n a p ro p o rçã o d e 1 : 1 : 1 p ar a u m d o s tr ês g ru p o s: G D, GC o u GC O, p o r m eio d e u m g er ad o r d e nú m er o s alea tó ri o s b asead o n a W eb Fo ram alo ca d o s 9 8 p ac ie n tes alea to riam en te, n o g ru p o ex p er im en tal (n = 4 9 ) e n o g ru p o co n tr o le (n = 4 9 ) Os s u jeito s fo ram en tão ran d o m iza d o s em : G I (n = 1 3 ) e GC ( n = 1 3 ) u san d o o mé to d o d e lan ça m en to e ju lg am en to R C , rea b ilit aç ão ca rd íaca ; DAC, d o en ça ar ter ial co ro n ar ian a; IC P, in ter v en çã o co ro n ar ian a p er cu tân ea ; C R V, cir u rg ia rev ascu la rizaç ão d o m io cár d io ; IC C , in su ficiên cia ca rd íaca cr ô n ica; FE, f raç ão d e ejeç ão ; GI , g ru p o in ter v en çã o ; GC , g ru p o co n tr o le; GE , g ru p o ex p er im en ta l; MT C , m ed icin a tr ad icio n al ch in esa; C P, cu rto p raz o ; PR C , p ro g ram a rea b ilit aç ão ca rd íaca ; T M , tele m o n ito ram en to ; E C R , en saio clín ico r an d o m izad o ; GD, g ru p o d o m icilia r; GC , g ru p o ce n tr al; G C O, g ru p o co n tr o le; IC , in su ficiên cia ca rd íaca ; V O2 , co n su m o m áx im o d e o x ig ên io ; I M, in far to d o m io cá rd io . P o pu la çã o 90 p ac ien tes co m DAC d e b ai x o a m o d er ad o r is co , co m p letan d o u m p ro g ra m a d e R C d e fase II n o Ho sp ital U n iv er sitár io d e L o v ain a , co m id ad e m éd ia d e 6 1 ,4 ( DP 7 ,3 ) an o s 9 8 p ac ien tes co m d iag n ó stico p rim ár io d e IC cr ô n ica p o r p el o m en o s 3 m eses , co m i d ad e m éd ia d e 6 6 ,3 an o s (DP = 1 0 ,5 0 ) 2 6 p ac ien tes h em o d in am ica m en te estáv eis, q u e fo ram tr atad o s co n ser v ad o ram en te ap ó s o I M , co m id ad e m éd ia n o GI 5 7 ,2 3 DP 9 ,7 5 7 e GC 5 5 ,7 7 DP 1 0 ,4 5 7 O bje tiv o do E st ud o In v esti g ar o e feito a C P d e u m PR C co m o rien taçã o p o r TM so b re a ap tid ão f ís ica e resu ltad o s sec u n d ár io s em p ac ien tes co m DAC ap ó s a co n clu são d e u m PR C em ce n tr o . E co m p ar ar a ef icác ia d ess e p ro g ram a co m a d e u m PR C p ro lo n g ad o e m ce n tr o p o r E C R E x am in ar o s ef eito s d e u m p ro g ram a d e tr ein am en to em teless aú d e so b re o s resu ltad o s d e saú d e em p ac ien tes co m I C Dete rm in ar a ef etiv id ad e d o tr ein am en to in ter v alad o d e resis tên cia em co m p a raç ão ao tr ei n am en to ae ró b io n a VO2 , em p ac ien tes co m in far to d o m io cá rd io Do ença Ca rdía ca Do en ça ar ter ial co ro n ar ian a In su ficiên cia ca rd íaca In far to d o m io cá rd io Art ig o / A no Ar tig o 14, 2018 Ar tig o 15, 2018 Ar tig o 16, 2019

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T ab ela 3 . Fas e II e II I: p ro to co lo s e co n clu sõ es. Co nclus ã o C o n clu ír am q u e o T MI d e C P ass o ciad o ao tr ein am en to ae ró b ico e d e resis tên cia em p ac ie n tes su b m etid o s à fase II d e u m PR C ap ó s C R M resu lto u em in cr em en to s sig n if icativ am en te g ran d es n a FMI , CF e QV M o nit o ra mento e Adesã o A FC , PA e S PO2 fo ram m ed id as n o in ício , d u ra n te, e im ed iatam en te ap ó s e cin co m in u to s ap ó s ca d a sess ão . A ad esã o ao p ro g ram a fo i co n sid er ad a ex ce len te P ro to co lo de E x er cício s O P R C d u ro u d e 1 2 s em an as, co m d u as ses sõ es p o r sem an a, ca d a sess ão d u ro u 6 0 m in u to s. O p ro g ra m a d e tr ei n am en to co n sis tiu d e u m a co m b in aç ão d e ex er cício s ae ró b ico s e resis tid o s, 3 0 m in u to s d e ex er cício s ae ró b ic o s em esteira e b icicleta er g o m étr ica, 2 0 m in u to s d e ex er cí cio s resi stid o s p ar a o s b raç o s e p er n as, c o m h alter es, p eso s n o to rn o ze lo o u f aix as e lást icas ( 3 co n ju n to s d e ex er cício s p ar a cad a g ru p o m u scu lar r ea lizad o s co m 1 0 r ep eti çõ es c o m in ten sid ad e aju stad a a 5 0 % d a ca rg a d e 1 R M) , e 1 0 m in u to s d e alo n g a m en to e relax am en to . A in te n sid ad e d o ex er cício f o i b asead a n o p er ce n tu al d e reser v a d a FC , ca lcu lad o co m o a d if er en ça e n tr e a FC m áx im a o b tid a n o test e er g o m étr ico e a FC em r ep o u so , co m o estab elec im en to d e u m a in ten sid ad e d e 5 5 % a 6 5 % e u m a p o n tu aç ão d e 4 -6 n a escala d e B o rg m o d if icad a. O GR C , além d o PR C , rea lizo u esti m u laçã o d iaf rag m ática e p ad rõ es r esp ir ató rio s fr ac io n ad o s p ar a alca n ça r u m p ad rão r esp ir ató rio d iaf rag m ático s em elh an te ao r ea lizad o p elo o u tr o g ru p o . O T MI u tili zo u o eq u ip am en to T MI T h re sh o ld ®, em 3 s ér ies d e 1 0 r ep etiçõ es co m u m a ca rg a in sp ir ató ria d e 3 0 % d a PIm áx , fo ram ac o n selh ad o s a m an ter u m p ad rão d e resp ir aç ão d iaf ra g m ática e u m a fr eq u ên cia resp ir ató ria en tr e 1 5 e 2 0 ciclo s p o r m in u to Aut o r / A no / F a se Ar tig o 8, 2 0 1 5 Fas e II

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T ab ela 3 . C o n tin u aç ão Co nclus ã o C o n clu ír am q u e u m p ro g ram a ab ran g en te d e teler rea b ilit aç ão d e 6 m eses , esp ec íf ico p ar a o p ac ien te, p o d e lev ar a u m a m elh o ria n a ap tid ão f ís ica e n a QV relac io n ad a à saú d e, em co m p ar aç ão à R C em ce n tr o . M o nit o ra mento e Adesã o Os p ac ien tes d o GI fo ram in str u íd o s a u sar co n tin u am en te o ac eler ô m etr o e a tr an sm itir reg u lar m en te seu s d ad o s d e ativ id ad e . Os p ac ien tes q u e ab an d o n ar am o estu d o f o ra m in clu íd o s n a an ális e fin al, co m ex ce çã o d e u m p ac ie n te d e in ter v en çã o q u e fo i d iag n o sticad o c o m u m a p ato lo g ia n ão ca rd íaca P ro to co lo de E x er cício s Am b o s o s g ru p o s p ar ticip ar am d e u m PR C co n v en cio n al d e 1 2 s em an as c o m b ase em ce n tr o , in clu in d o 4 5 s es sõ es d e rea b ili taçã o p lu rid is cip lin ar c o m p el o m en o s 2 s ess õ es d e tr ein am en to p o r sem an a. Os p ac ien tes f o ra m in str u íd o s a se ex er citar p o r 4 5 a 6 0 m in u to s p o r sess ão em u m a fr eq u ên cia ca rd íaca alv o e / o u ca rg a d e tr ab alh o c o rr es p o n d en te a u m a in ten sid ad e en tr e o L V1 e o p o n to d e co m p en saç ão r esp ir ató ria. A teler rea b ilit aç ão co n sis tia em ca m in h ar , co rr er e o u a n d ar d e b icicleta e p ed alar . E les tam b ém tiv er am p elo m en o s u m a co n su lta co m o n u tr icio n is ta e o p sicó lo g o d o ce n tr o d e rea b ilit aç ão . Os p ac ien tes d o GI r ec eb er am u m p ro g ra m a ab ra n g en te d e teler rea b ilit aç ão d e 2 4 s em an as, b asead o n a In ter n et, além d a R C co n v en ci o n al b asead a n o ce n tr o . O p ro g ram a d e teler rea b ilit aç ão co m eç o u n a sem an a 6 d a R C d e 1 2 s em an as, o p ro g ram a en fo co u v ár io s co m p o n en tes p rin cip a is d a R C e u so u tan to o telem o n ito ram en to d a ativ id ad e fís ica q u an to as e str atég ias d e telec o ac h in g d a d ieta, ce ss aç ão d o tab ag is m o e ativ id ad e fís ica. Par a a p ar te d e telem o n ito ra m en to , o s p ac ie n tes d o G I fo ra m p rescr ito s co m p ro to co lo s d e tr ein am en to f ís ico esp ec íf ico p ar a o p ac ien te, co m b ase n a ca p ac id ad e ae ró b ica m áx im a alcan ça d a d u ran te o test e in icia l d e ex er cício ca rd io p u lm o n ar m áx im o e o I MC c alcu lad o Aut o r / A no / F a se Ar tig o 11, 2 0 1 5 Fas e I II

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T ab ela 3 . C o n tin u aç ão Co nclus ã o Um p ro g ram a d e R C D fo i tã o ef icaz e seg u ro q u an to o m o d elo u su al em p ac ien tes d e ris co m o d er ad o co m ca rd io m io p atia is q u êm ica. No en tan to , o s PR C rea lizad o s n o h o sp ital tiv er am im p ac to m aio r n a q u alid ad e d e v id a d o s p ac ien tes M o nit o ra mento e Adesã o Os p ac ien tes f o ram m o n ito rad o s co m u m d is p o sitiv o d e m o n ito ram en to eletr o ca rd io g ráf ico rem o to NUUBO®. Qu an to a ad esão a p en as 1 p ac ien te d o GE s e retir o u d o p ro g ra m a p o r m o tiv o s p ess o ais P ro to co lo de E x er cício s Os d o is PR C f o ram in iciad o s 4 -6 m eses ap ó s a alta d o s p ac ien tes d o h o sp ital, co m d u raç ão d e 2 m eses em am b o s o s ca so s. Os p ac ien tes d a R C D s ó iam à u n id ad e d e R C 1 v ez p o r sem an a e rea lizav am u m a sess ão d e ex er cí cio f ís ico s u p er v is io n ad o id ên tica à sess ão d e R C u su al. E m seg u id a, ex er citar am -s e em ca sa, s eg u in d o u m p ro g ram a d e ca m in h ad a d e h o ra d e d u raç ão a 7 0 % d a FC d e reser v a du ran te o p rim eir o m ês e 8 0 % d u ra n te o s eg u n d o , p o r p elo m en o s m a is d o is d ias p o r sem a n a, em b o ra fo ss em in ce n tiv ad o s a se ex er citar to d o s o s d ias. O p ro g ram a d e ex er cício s p rescr ito p ar a o s d o is g ru p o s co n sis tiu em 1 5 m in u to s d e ex er cício s d e aq u ec im en to (alo n g am en to s e ex er cício s is o tô n ico s) , seg u id o s d e 3 0 m in u to s d e ex er cício s ae ró b ico s co n tín u o s, alter n an d o en tr e tr ein o em esteira 1 d ia e b icicleta estacio n ár ia n o d ia seg u in te. Os p ac ien tes en ce rr ar am a sess ão d e ex er cício s co m u m p er ío d o d e relax am en to d e 1 5 m in u to s. Um a v ez p o r sem an a, o s p ac ien tes tam b ém r ea lizav am u m a sess ão d e tr ein am en to d e fo rça p rescr ita, co n sis tin d o d e u m a o u d u as sér ies d e 1 0 r ep etiçõ es d e ex er cício s p ar a o b ícep s b raq u ial, tr íce p s b raq u ial, p eit o ral m aio r, d elto id es e q u ad ríc ep s a 2 0 R M eq u iv ale n te a 5 0 % d e 1 R M. Am b o s o s g ru p o s rea liz ar am tam b ém u m a sess ão d e e d u ca çã o em s aú d e n o h o sp ital e u m a av aliaç ão e sess ão em p si co ter ap ia u m a v ez p o r sem an a Aut o r / A no / F a se Ar tig o 12 , 2 0 1 7 Fas e II I

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T ab ela 3 . C o n tin u aç ão Co nclus ã o O estu d o m o str o u q u e, n o s PR C p ar a pa cien tes co m DAC, a p er io d izaç ão do tr ein am en to p o d e m elh o rar o s resu ltad o s n as seg u in tes v ar iáv eis: VO2 , VO2 p ar a o L V2 , VO2 p ar a o L V1 , p o rce n tag em d e g o rd u ra e p eso co rp o ral M o nit o ra mento e Adesã o Os p ac ien tes d o GNP e d o GP tr ein ar am co m u m m o n ito r d e FC co n v en cio n al. Além d is so , o s in str u to res c h ec ar am reg u lar m en te a FC co m o x ím etr o d ig ital. Um p ac ien te d e ca d a g ru p o n ão co n clu iu , u m to tal d e 6 0 p ac ien tes r ea v aliad o P ro to co lo de E x er cício s Am b o s su b m etid o s a T A e T R , d u ra n te 1 2 s em an as, 3 s ess õ es sem an ais em d ias n ão co n sec u tiv o s. T A em esteira e létr ica e T R co m ca n eleir as, h alter es e ap ar elh o d e to n if icaç ão , 2 sess õ es e m MM II , e 1 em M MSS. O T R , am b o s g ru p o s re aliza ram 3 s ér ies d e 1 5 r ep etiç õ es d e ca d a ex er cício , co m in te n sid ad e v ar ian d o d e 3 0 % a 5 0 % d as ca rg as o b tid as n o test e d e 1 R M. A in ten sid ad e d o GP a u m en to u p ro g ress iv a m en te a ca d a 4 s em an as e a d o GNP, au m en to u co n fo rm e resil iên cia d o p ac ie n te, co m in ter v alo d e 1 a 2 m in u to s en tr e ex er cício s. No T A , a in ten sid ad e fo i d ef in id a atr av és d o T E C P, o n d e en tr e FC L V1 , FC L V2 a zo n a alv o . Os d o is g ru p o s co m eç ar am o p ro g ra m a d e T A co m 2 5 m in u to s d e at iv id ad e ass im d iv id id o s: 5 m in u to s d e aq u ec im en to , 1 5 m in u to s d e tr ein am en to n a Z A e 5 m in u to s fin ais d e co o l d o w n . A ca d a tr ês sess õ es, ad icio n av am -s e 5 m in u to s ao tr ein am en to n a Z A. Po rtan to , a d if er en ça e n tr e o s m o d elo s d e T A p ro p o sto s b aseo u -s e n a p ro g ress ão d a ca rg a, is so é, f o i p red ete rm in ad a n o GP (1 8 ª sess ão ), r eg u lad a p el o au m en to d a FC d e tr ein o e m u d an ça d en tr o d a Z A (Z A1 p ar a Z A2 ), en q u an to n o GNP, a in ten sid ad e fo i r eg u lad a ap en as p elo p acien te, s em p re en tr e Z A1 e Z A2 A uto r / A no / F a se Ar tig o 9 , 2 0 1 8 Fas e II

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T ab ela 3 . C o n tin u aç ão Co nclus ã o E m s u m a, o e x er cício d e q ig o n g d a R C em ce rta m ed id a, m elh o ra os p ar âm etr o s dos test es ca rd io p u lm o n ar es na esteira , a ap tid ão fís ica e a d en sid ad e m in er al ó ss ea M o nit o ra mento e Adesã o 4 p ac ien tes d o GE d e R C d e q ig o n g d eix ar am o estu d o d ev id o à in ca p ac id ad e d e co n tin u ar co m o tr ein am en to p o r seu s p ró p ri o s m o tiv o s, e 5 p ac ien tes d o GC e fo ram d esco n tin u ad o s po rq u e o telef o n e n ão po d e ser co n ec tad o . Ass im , o s 2 9 p ar ticip an tes co n clu ír am o estu d o P ro to co lo de E x er cício s Os p ac ien tes d o GC r ec eb er am m ed icaç ão ca rd io ló g ica d e ro tin a sem n en h u m a in ter v en çã o esp ec ial. C o m b ase n o GC , o s p ac ien tes d o GE , rec eb er am a d icio n alm en te u m tr ein am en to d e 1 2 s em an as d e ex er cício s d e q ig o n g d e R C d a MT C ( 6 a 7 v ez es p o r sem an a, 3 a 6 s ér ies d e ex er cício s d e 4 0 a 6 0 m in u to s n o to tal) . O tr ei n am en to f o i g u iad o p o r u m in str u to r q u alif icad o d e ar tes m ar ciais c o m m u ito s an o s d e ex p er iên ci a. E les f izer am o e x er cício co letiv am en te n o g in ásio d e Peq u im , su p e rv is io n ad o p o r d o is m éd ico s d a n o ss a eq u ip e. O ex er cício d e q ig o n g d e R C q u e cr iam o s en v o lv e as e x tr em id ad es su p er io res, in fe rio res, resp ir aç ão , au to m ass ag em e até o co rp o to d o . O ex er cício é d e in ten sid ad e m o d er ad a, d e ac o rd o c o m o s p rin cíp io s d a fi sio lo g ia d o ex er cício m o d er n a. Além d as p o stu ras d e p rep ar aç ão e fin aliza çã o ( lev an d o o q i à s u a o rig em ), to d o o co n ju n to d e ex er cício s co n sis te em o u tr as o ito p o stu ras, o u s eja, p o stu ra d o L o tu s Nir v an a, p o stu ra d e p ro teçã o ca rd íaca , p o stu ra d e ab er tu ra e fec h a m en to r esp ir ató ri o , p o stu ra d e m as sag em d o ca n al ca rd íaco , T ai ji ch ico te ú n ico p o stu ra, p o stu ra d e o lh ar esq u er d a -d ir eita, p o stu ra d e v ir ar à esq u er d a e à d ir eita e p o stu ra d e v o ar co m g an so s elv ag em Aut o r / A no / F a se Ar tig o 13 ,2 0 1 8 Fas e II I

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Ta b ela 3 . C o n tin u aç ão Co nclus ã o Os r esu ltad o s d o estu d o m o str am q u e a R C d o m iciliar co m o rien taçã o p o r telem o n ito ram en to p o d e ser u m a alter n ativ a ef ica z à RC n o ce n tr o p ar a m elh o rar ai n d a m ais a ca p ac id ad e d e ex er cício ap ó s a R C d a fase II em p ac ien tes co m D AC M o nit o ra mento e Adesã o O g ru p o d o m iciliar rec eb eu in str u çõ es d e co m o u sar o m o n ito r d e FC e co m o f az er u p lo ad d e d ad o s em u m a p lataf o rm a e o g ru p o c o m b ase n o ce n tr o f o i m o n ito rad o p ela FC . Seis p ac ien tes, 4 n o g ru p o co n tr o le, e 2 n o d o m iciliar d esis tira m d u ran te o p er ío d o d o estu d o P ro to co lo de E x er cício s O g ru p o d e R C em ca sa rec eb eu tr ein am en to n as tr ês p rim ei ras ses sõ es, so b a su p er v is ão d o in v esti g ad o r, d u ra n te ess e p er ío d o , o s p ac ien tes r ec eb er am u m a p rescr ição d e ex er cício ae ró b ico in d iv id u aliza d a, r ec o m en d an d o p el o m en o s 1 5 0 m in u to s d e ex er cício p o r sem an a (d e p ref er ên cia d e 6 a 7 d ias / sem an a) a u m a FC alv o d eter m in ad a in d iv id u alm en te, co rr esp o n d en te a u m a in ten sid ad e m o d er ad a (o u s eja, 7 0 % -8 0 % reser v a d e fr eq u ên cia ca rd íaca ) em s eu am b ien te d o m ésti co d u ran te as 1 2 s em an as d e in ter v en çã o . Os p ac ien tes ran d o m iza d o s p ar a R C co m b ase n o ce n tr o co n tin u ar am s eu p ro g ram a d e ex er cício s n o am b u lató rio d e UZ L eu v en , so b a su p er v is ão d ir eta d e fis io ter ap eu tas, o s p ac ien tes f o ram co n v id ad o s a rea lizar tr ês ses sõ es d e ex er cício s p o r sem an a, to talizan d o ap ro x im ad am en te 1 5 0 m in u to s d e ex er cício s d e resis tên cia, ca d a sess ão d e tr ein am en to c o n sis tia em tr ein am en to p red o m in an tem en te d e resis tên cia (2 × 7 m in d e ci clis m o , 2 × 7 m in d e ca m in h ad a / c o rr id a em esteira , 7 m in d e er g o m etr ia o u r em o d e b raç o e 2 × 7 m in d e ca lis ten ia d in âm ica) e f o i seg u id a d e r ela x am en to Aut o r / A no / F a se Ar tig o 14 ,2 0 1 8 Fas e II I

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T ab ela 3 . C o n tin u aç ão Co nclus ã o C o n clu ír am q u e u m p ro g ram a d e tr ein am en to em teless aú d e é u m m éto d o v iáv el e ef icaz p ar a rea b ilit aç ão ca rd íaca M o nit o ra mento e Adesã o No s d o is estág io s, o s fis io ter ap eu tas f o ram resp o n sá v eis p o r m o n ito rar , av aliar e aju star a in ten sid ad e d o tr ein am en to d e ac o rd o c o m a co n d ição d o in d iv íd u o . Um to tal d e 1 5 p ar ticip an tes n ão co m p letar am o seg u im en to d e q u atr o m eses P ro to co lo de E x er cio s Os p ac ien tes d o GE p ar ticip ar am d e u m p ro g ram a d e tr ein am en to em teless aú d e. O p ro g ram a d e ex er cício s d e tr ein am en to em t eless aú d e in clu iu u m a in te rv en çã o d e 2 m eses e u m ac o m p an h am en to d e 4 m eses . O p ro g ra m a d e ex er cício s d e teless aú d e fo i r ea lizad o p o r m eio d e co m u n icaç ão e su p er v is ão o n -lin e p ela web ca m . O p ro g ram a d e tr ein am en to f ís ico d e 2 m eses co n sis tiu em 2 etap as: a p rim eir a etap a (1 a 4 s em an as) fo i f o ca d a em e x er cício s d e resis tên cia, co m 3 s ess õ es d e 2 0 m in u to s p o r sem an a. As m o d alid ad es d e tr ein am en to in clu ír am ca m in h ad a e co rr id a, o s p ac ien tes r ec eb er am u m to tal d e 1 2 s ess õ es d e 2 0 m in u to s d e tr ein am en to f ís ico n a p rim eir a etap a, c o m 3 s ess õ es p o r sem an a. O seg u n d o estág io ( 5 a 8 s em an as) in clu iu ex er cício s d e resis tên cia e fo rtalec im en to m u scu lar em 5 s ess õ es d e 3 0 m in u to s p o r sem an a. As m o d alid ad es d e tr ein am en to in clu íam ca m in h ad a, c o rr id a e g in ásti ca p ar a o tr ein am en to m u scu lar . Os ex er cício s d e fo rtalec im en to m u scu lar in clu íam v ár io s ex er cício s d e su sten taçã o d e p eso , co m o ag ac h am en to s d e u m a p er n a, a g ac h am en to p ro fu n d o e ag ac h am en to p ar cial, d em o n str ad o s p elo s fis io ter ap eu tas n a sess ão d e ed u ca çã o n a alta. Os ex er cício s resis tid o s fo ram r ea lizad o s co m a faix a elástica q u e fo i d ad a ao s p ac ien tes n a alta. Os p ac ien tes r ec eb er am u m to tal d e 2 0 s ess õ es d e 3 0 m in u to s d e tr ein am en to f ís ico n a seg u n d a etap a, co m cin co s ess õ es p o r sem an a. A in ten sid ad e d o ex er cício f o i a v aliad a p ela FC alv o Aut o r / A no / F a se Ar tig o 15 , 2 0 1 8 Fas e II I

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T ab ela 3 . C o n tin u aç ão P ro to co lo de E x er cício s Co nclus ã o Os r esu ltad o s d este estu d o s u g er em q u e o T IR é m ais ef icaz q u e o T IA pa ra o VO2 em p ac ien tes ca rd íaco s M o nit o ra ment o e Adesã o _ _ _ _ _ _ __ P ro to co lo de E x er cício s O GC r ec eb eu T IA, q u e co n si stia em in ter v alo s d e ex er cício s ae ró b ico s em ciclo estacio n ár io e esteira , in ter ca lad o s co m in ter v alo s d e d escan so . O re g im e co m eç o u c o m u m p er ío d o d e aq u ec im en to d e 1 0 m in u to s, n o m áx im o d e 5 0 % a 6 0 % d a FC . Is so f o i seg u id o p o r in ter v alo s d e 6 x 6 m in u to s d e ciclismo e ca m in h ad a / c o rr id a em esteira em 6 0 % a 8 5 % d a FC alv o , co m 3 m in u to s d e p au sa / p er ío d o d e rec u p er aç ão en tr e as r o d ad as d e ex er cício s. A sess ão ter m in o u co m u m p er ío d o d e esfr iam en to d e 1 0 a 1 5 m in u to s. O GI r ec eb eu T IR , além d e T IA. No p rim eir o in ter v alo , o s su jeito s fo ram in iciad o s em 4 m in u to s d e ex er cí cio em ciclo estacio n ár io , seg u id o im ed iatam en te p o r u m c o n ju n to d e ex er cício s q u e in cl u ía 1 0 a 1 2 r ep etiçõ es d e g ar ras b ilater ais co m 1 ,5 a 2 ,5 lib ras e r o sca b íce p s lev an tan d o 1 a 3 k g s. No s eg u n d o i n ter v alo , estes f o ram su b stitu íd o s p o r u m co n ju n to d e ex er cício s resis tid o s d e q u ad rícep s co m 1 0 a 1 2 r ep etiçõ es n a ca d eir a d e q u ad ríce p s, lev an ta n d o en tr e 1 a 3 k g s. O ú ltimo i n ter v alo in clu iu : c am in h ad a / su b id a em esteira em 6 0 % a 8 5 % d a FC alv o , q u e fo i seg u id o p o r u m co n ju n to d e ex er cício s p ar a lev an tar a p an tu rr ilh a, co m 1 0 a 1 2 r ep etiçõ es, ter m in an d o co m u m p er ío d o d e esp er a. A d u raç ão to tal d o reg im e d e ex er cício s fo i d e 3 5 a 4 0 m in u to s. I n te n sid ad e e re sis tên cia fo ram g rad u alm en te au m en tad as p ar a ac o m o d ar a car g a d e ex er cício . E ste p ro to co lo d e tr ein am en to s u p er v is io n ad o f o i seg u id o tr ês v ez es p o r sem an a em d ias a lter n ad o s p o r seis s em an as Aut o r / A no / F a se Ar tig o 16 , 2 0 1 9 Fa se II I

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T ab ela 3 . C o n tin u aç ão Co nclus ã o Seis m eses d e T IAI em p ac ien tes em ter ap ia d e ress in cr o n içã o ca rd íac a, p ro d u zir am m elh o rias n o s ín d ice s d e ca p ac id ad e fu n cio n al e QV relac io n ad a à saú d e, d esem p en h o d o ex er cício e estru tu ra e fu n çã o d o v en tr ícu lo es q u er d o PR C , p ro g ram a d e rea b ilit aç ão ca rd íaca ; 1 R M, 1 re p etiçã o m áx im a; FC , fr eq u ên cia ca rd íaca ; GR C , g ru p o r ea b ili taçã o ca rd íaca ; T MI , tr ein am en to m u scu lar in sp ir ató rio ; PIm áx , p ress ão i n sp ir ató ria m áx im a; PA, p ress ão ar ter ial; SP O2 , satu raç ão p er if ér ic a d e o x ig ên io ; C P, cu rt o p raz o ; C R M, cir u rg ia rev asc u lar izaç ão d o m io cá rd io ; C F, ca p ac id ad e fu n cio n al; QV, q u alid ad e d e v id a; GI , g ru p o in ter v en çã o ; R C , rea b ilit aç ão ca rd íaca ; IMC, ín d ice d e m ass a co rp ó rea ; R C D, r ea b ilit aç ão ca rd íaca d o m iciliar ; R M, r esis tên cia m áx im a; GE , g ru p o e x p er im en tal; T A, tr ein am en to ae ró b ico ; T R , tr ein am en to d e resis tên cia; MM II , m em b ro s in fer io res; MM S S, m em b ro s su p er io res; GP, g ru p o p er io d izad o ; GNP, g ru p o n ão p er io d izad o ; T E C P, test e d e esfo rço ca rd io p u lm o n ar ; F C L V1 , lim ite in fe rio r FC d e tr ein o ; FC L V2 , lim ite su p er io r FC d e tr ein o ; Z A, zo n a alv o ; DAC, d o en ça a rter ial co ro n ar ian a; VO2 , c o n su m o m áx im o d e o x ig ên io ; L V1 , lim iar v en tilató rio 1 ; L V2 , lim iar v en tilató ri o 2 ; GC , g ru p o co n tr o le; MT C , m ed icin a tr ad icio n al ch in esa; GI , g ru p o in ter v en çã o ; T IA, tr ein am en to i n ter v alad o ae ró b ic o ; T IR , tr ei n am en to in ter v ala d o d e resis tên cia; T IAI , tr ein am en to in ter v ala d o d e alta in ten sid ad e. M o nit o ra mento e Adesã o As s es sõ es d e ex er cício f o ra m su p er v is io n ad as, em a m b ien te h o sp italar , co m eletr o ca rd io g ram a m o n it o rad o . Ap en as 3 7 p ac ie n tes co m p letar am o estu d o P ro to co lo de E x er cício s R ea lizad o 2 v ez es p o r sem an a, ca d a u m a p o r 6 0 m in , em d ia s n ão co n sec u tiv o s p o r 6 m eses ( 4 8 s ess õ es). Du ran te o p rim eir o m ês, ca d a tr ein am en to in ter v alad o e p au sa ativ a fo ram au m en tad o s em 3 0 s s em an alm en te, até a rea lizaç ão d o tr ab alh o d e 4 m in u to s co m 3 m in u to s d e d escan so ativ o . C ad a sess ão in clu ía u m aq u ec im en to d e 1 0 m in u to s e u m r esfr iam en to d e 5 a 7 m in u to s. A p ar tir d o seg u n d o m ês, o T IAI co n sis tiu em 4 p er ío d o s d e tr ein am en to in ter v alad o ( alta in ten sid ad e: 9 0 -9 5 % d a F C m áx im a se ab aix o d o lim iar d o d is p o sitiv o ) co m 3 p er ío d o s ativ o s d e m en o r in ten sid ad e (in ten sid ad e m o d er ad a: 6 0 -7 0 % d a FC m áx im a se ab aix o d o lim iar d o d is p o sitiv o ) en tr e o s in ter v alo s d e tr ein am en to Aut o r / A no / F a se Ar tig o 10, 2 0 1 9 Fas e II

(17)

Na Tabela 1, os ensaios clínicos randomizados foram realizados com pacientes de dois tipos de doença cardíaca, sendo elas: doença arterial coronariana (DAC) 9, insuficiência

cardíaca crônica 10 e após cirurgia de revascularização do miocárdio 8.

Para pacientes com DAC em fase II, um estudo com 62 homens 9, divididos em dois

grupos, apresenta para a RC, a periodização na prescrição de exercícios, que é a periodização da fase do treinamento, da progressão de carga, da frequência de treinamento e das datas de avaliação e reavaliação, comparada ao modelo convencional da reabilitação. Apresentou como resultado a melhora em algumas variáveis descritas na Tabela 3 quando comparado ao modelo tradicional da RC.

Para evidências científicas de que o treinamento intervalado de alta intensidade (TIAI) seria benéfico para pacientes com insuficiência cardíaca crônica, após realização de

ressincronização cardíaca, foi realizado um ensaio clínico com 63 pacientes 10, onde foram

submetidos ao TIAI, durante 6 meses, totalizando 48 sessões, e comparados ao tratamento habitual só apresentou melhorias adicionais sobre o desempenho do exercício. A adesão a este estudo, sofreu perdas, dentre estas, 4 foram devido a morte dos pacientes durante o tempo de 6 meses.

Um ensaio clínico randomizado com 24 pacientes submetidos cirurgia de

revascularização do miocárdio 8, separados em dois grupos, grupo reabilitação cardíaca (GRC)

e GRC + treinamento muscular inspiratório (TMI). Este estudo apresentou como resultados que o TMI juntamente com treinamento aeróbico e resistido melhoram a força muscular inspiratória, a qualidade de vida e a capacidade funcional destes pacientes.

Dentro dos estudos envolvendo a fase III da RC, descritos na Tabela 2, foram encontrados artigos que abordaram as mesmas doenças cardíacas da fase II, e uma diferente, a

cardiomiopatia isquêmica 12. Além da cardiopatia diferente das já citadas na fase II, entre os

ensaios clínicos da fase III, abordou-se um tipo de exercício incomum dentro da RC, o qigong, oriundo da medicina tradicional chinesa, o qual foi instruído por um profissional de artes macias

e supervisionados por 2 médicos 13, e também a modalidade de teleatendimento, ou seja,

realizado atendimentos, onde o paciente fica em casa, e é supervisionado por um profissional capacitado.

Ensaios clínicos randomizados no qual estavam tratando pacientes com DAC, um

apresentava 140 pacientes 11, este também tinham pacientes com insuficiência cardíaca crônica,

outro com 68 pacientes 13, outro com 90 pacientes 14.

O estudo clínico com pacientes com DAC e insuficiência cardíaca crônica com 140

(18)

reabilitação e a domicilio com o auxílio da internet, e o controle, que realizava a RC apenas em centro de reabilitação. Ambos os grupos receberam algo a mais que a RC, descritos na Tabela 2. A telerreabilitação associada a reabilitação em centro, apresentou melhorias na aptidão física e na qualidade de vida relacionada à saúde comparada a RC somente em centros de reabilitação, deixando então, como sugestão a inclusão desta modalidade na RC.

Neste estudo 14, também foi abordado duas modalidades de tratamento: a

telerreabilitação e as realizadas em centro de reabilitação, a mesma supervisionada por fisioterapeutas, ambas eram executados 150 minutos de exercícios por semana, o grupo da RC domiciliar poderiam concluir estes exercícios em até 6 dias na semana, já o grupo que acontecia no centro de reabilitação eram três vezes por semana, juntamente com exercícios de resistência.

Este ensaio clínico 14, como o de 140 pacientes 11 descrevem que a reabilitação domiciliar com

teleatendimento é benéfica para os pacientes estudados.

O último ensaio clínico selecionado 13 com pacientes com DAC, é o que apresenta uma

abordagem diferente de exercício, o qigong,. O qual provou que o qigong é seguro para pacientes com DAC estável submetidos à reabilitação de fase III, que pode ser considerado uma terapia suplementar e alternativa para a prevenção e reabilitação da DAC estável.

Além deste ensaio clínico 11, outro também teve como patologia a insuficiência cardíaca

com 98 pacientes 15, e contou com o teleatendimento, onde inicialmente realizavam terapia no

centro de reabilitação, para em seguida, concluir em suas casas, o programa de exercícios realizado em suas casas, foi supervisionado através de comunicação e supervisão online por webcan. E como nos outros ensaios clínicos anteriores, o teleatendimento proporcionou melhoras na qualidade de vida e capacidade de exercícios funcional.

Em pacientes com cardiomiopatia isquêmica 12, avaliando a eficácia de um programa

de reabilitação domiciliar comparado a de um hospital. Ambos os grupos realizaram exercícios físicos, fisioterapia e educação em saúde. Diferente dos estudos já apresentados, para pacientes com DAC, este o grupo de reabilitação domiciliar se mostrou tão seguro e eficaz, quanto a RC realizada no hospital, porém a realizada no hospital, apresentou maior impacto na qualidade de vida dos pacientes, e sugeriu que o implemento da reabilitação domiciliar seria benéfico para melhorar a adesão ao programa.

E para finalizar os ensaios clínicos da fase III, descritos na Tabela 2, um estudo com 26

pacientes16 que tiveram infarto agudo do miocárdio, estudou a intervenção com treinamento

intervalado de resistência e o treinamento intervalado aeróbico, comparando os dois protocolos, resultando em que o treinamento intervalado aeróbico é mais eficaz tendo em vista o consumo de pico de oxigênio.

(19)

Diante de todos os resultados apresentados, nota-se que as duas fases da RC são eficazes para diversas patologias cardíacas estudadas, e apresenta também o teleatendimento como uma estratégia, que pode ser inserida em vários programas de RC de forma segura e eficaz.

DISCUSSÃO

O presente estudo procurou identificar as evidências cientificas de vários países nas fase II e III da RC, por meio de ensaios clínicos randomizados. Com isso, foram encontrados estudos em diversas doenças cardíacas, que apresentavam intervenções compostas de exercícios aeróbicos e de resistência, realizados de forma segura e eficaz. Um destaque desta revisão, são estudos que usaram da internet para realizar a RC, com o telemonitoramento e a

telerreabilitação 11131415.

No entanto, existem evidências nas quais atestam que a RC é segura e eficaz para as diversas patologias cardíacas, através de revisões sistemáticas e metanálise, ensaios clínicos randomizados, mostrando que o treinamento físico regular, apresenta benefícios na qualidade

de vida e previne novas hospitalizações 19. Porém pode se tornar uma alternativa não eficaz,

quando os objetivos de um programa de reabilitação possam não ser cumpridos, tanto por parte do paciente quanto do profissional, desde o descuido em hábitos alimentares até prescrições

inadequadas para a fase de tratamento 18.

Os ensaios clínicos encontrados representam três continentes: o americano, o europeu e o asiático. Partindo disto, serão abordados os hábitos de vida e possíveis fatores de risco para desenvolver DCV.

No continente asiático, precisamente no Japão, única diretriz do continente encontrada em inglês, apresenta o papel fundamental da RC no controle de fatores de risco, tais como,

hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, obesidade 17. Espera-se que o exercício

físico leve a um efeito anti-hipertensivo leve, que melhore o perfil lipídico, e que associado a dietas atuam no controle de peso corporal, diante destes benefícios da RC citados, se espera

também a prevenção de novos eventos cardiovasculares 17.

Na Europa, devido à grande entrada de imigrantes, o risco para desenvolver DCV variam, entre os grupos de imigrantes, os sul-asiáticos e os africanos subsaarianos apresentam

um risco mais elevado, já os chineses e os sul-americanos apresentam menores riscos 18. E com

isso, a mortalidade por DAC aumenta, e esta pode ser reduzida através da modificação de fatores de risco, e na mudança de hábitos alimentares, tais como, a redução do consumo de sal

(20)

18. Os exercícios são aliados para a modificação destes fatores de risco, como obesidade,

hipertensão 18.

Portanto, diante disto percebe-se que a RC, tem potencial na redução de novos eventos cardiovasculares, em 25%, e reduzem a mortalidade em 10%, isto exposto na população sul-americana, precisamente no Brasil, onde dois dos ensaios clínicos foram realizados e

comprovados estes dados 3.

Os benefícios da RC fase II e III, encontrados nesta revisão estão: melhoria na força

muscular inspiratória 8, benefícios a qualidade de vida 8 11 12 15, a capacidade funcional 8 15,

melhora no consumo de oxigênio 916, melhora na aptidão física 1113, a capacidade ao exercício

14 e em parâmetros do teste de esforço cardiopulmonar e na densidade mineral óssea 13.

De acordo com o ensaio clínico apresentado em pacientes após cirurgia de

revascularização do miocárdio 8, está um estudo com 19 pacientes submetidos a algum tipo de

cirurgia cardíaca, que utilizaram o treinamento muscular inspiratório, e apresentaram como resultado que a técnica é segura e eficaz para estes pacientes, porém relataram a falta de um

protocolo ideal formado para este tipo de intervenção 20.

A falta de um protocolo interfere no desenvolver adequado de um programa de reabilitação, porém, hoje em dia, encontra-se bastantes evidências em diretrizes mundiais, para nortear a realização de um protocolo de RC. Com isso, uma revisão realizada com diretrizes mundiais, onde as sociedades de cardiologias endossam que a progressão do exercício aeróbico de intensidade moderada a alta em conjunto com o treinamento de resistência, apresentam melhorias na capacidade funcional, força física, fatores de risco cardíacos e qualidade de vida

21.

Em relação a RC ser positiva para uma melhor qualidade de vida, conforme os ensaios

clínicos apresentados nesta revisão 811 12 15, um estudo com 37 pacientes com insuficiência

cardíaca 22, que realizavam RC domiciliar, apresentaram também benefícios a qualidade de

vida, com 37%, além disto, também apresentou benefícios ao consumo máximo de oxigênio, corroborando com os ensaios clínicos desta revisão e para a capacidade funcional, estando de acordo com alguns estudos desta revisão.

Portanto, em uma revisão 23 que tinha como objetivo revisar o impacto da RC na

qualidade de vida, capacidade funcional e níveis de atividade física, trouxe como resultados que a adesão a RC, em diversas modalidades, em centros de reabilitação, a domiciliar ou a telerreabilitação apresentaram melhoras nas variáveis estudadas, corroborando ensaios clínicos desta revisão, que apresentaram benefícios a essas variáveis e que utilizaram da telerreabilitação.

(21)

Já em uma metanálise 24, diz que a RC realizada em centros de reabilitação é a melhor opção para reabilitação de doenças cardíacas, porém a reabilitação domiciliar e a telerreabilitação, podem economizar tempo, dinheiro, o que pode ser preferidas pelos pacientes,

e sugeriu que deve ser investigada em estudos futuros, como em outra revisão 23, mais recente,

conclui que diversas modalidades podem ser benéficas para a RC, dentre estas, a domiciliar e a telerreabilitação.

A reabilitação domiciliar vem sendo estudada, descrita em diretrizes 18 19, e ganhando

espaço no meio da RC. Pelo fato da adesão a RC apresentar barreiras, a reabilitação domiciliar, um programa de supervisão indireta, realizado em ambiente domiciliar, surge como alternativa aos programas tradicionais e presenciais de RC, devido a sua maior abrangência, e com isso

deve ser considerado como principal modo de intervenção 19.

Quando a RC é realizada a domicílio ou em centros de reabilitação, a equipe deste programa deve ser multidisciplinar, composta por fisioterapeutas, médicos, educadores físicos

e enfermeiros 19. E para auxiliar este meio da pesquisa, com novas evidências atuais, estes

programas possam ser montados também em universidades

Diante do exposto, algumas limitações foram identificadas no presente estudo, principalmente por se tratar de uma revisão integrativa, que incluíam apenas ensaios clínicos randomizados com acesso livre. Isso reforça que o acesso dos profissionais que atuam em RC ao estudos mais atuais, se torna limitado. Diferente para aqueles que atuam em programas de reabilitação vinculados a universidades, que possuem licença de bases de dados bibliográficos, proporcionando acesso a estes periódicos.

Porém, mesmo com o acesso por universidades, ainda pode-se encontrar barreiras para encontrar evidências atuais da RC, precisando ser custeados para obter este acesso, o que dificulta ainda mais a prática baseada em evidências atuais.

Portanto, esta revisão integrativa, conclui que a RC em ambas fases, II e III, são seguras e eficazes para pacientes com doença cardíaca. Além disto, diante dos ensaios clínicos estudados nota-se que a telerreabilitação e o telemonitoramento, são uma alternativa a mais para ser adotado aos centros de reabilitação, com mais frequência, nas fases as quais são permitidas a realização de exercícios sem supervisão, a fase III e IV da RC.

Entretanto, sugere-se que a telerreabilitação e telemonitoramento seja mais estudada principalmente após o enfrentamento da pandemia do Covid-19, onde os pacientes cardíacos ficaram em quarentena, restritos em casa, privados de suas atividades de reabilitação e lazer. Com isso, a telerreabilitação, e também a telemedicina, seria essencial para estes pacientes no decorrer deste período.

(22)

CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES

AR e KP contribuíram para a concepção e design do trabalho, análise e interpretação dos dados para o trabalho, e redigiram o manuscrito. A KP revisou criticamente o manuscrito. Todos deram aprovação final e concordam em ser responsáveis por todos os aspectos do trabalho, garantindo integridade e precisão.

FINANCIAMENTO

Esta pesquisa não recebeu nenhuma concessão específica de nenhuma agência de fomento no setor público, comercial ou setores com fins lucrativos.

CONFLITO DE INTERESSES

Os autores declaram não haver conflitos de interesse em potencial com relação à pesquisa, autoria e/ou publicação deste artigo.

(23)

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Referências

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