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ACORDO. a) A APAVT é uma Associação representativa dos interesses de 557 agências de viagens e turismo com sede em Portugal;

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(1)

ACORDO

Entre

TAP - AIR PORTUGAL, S.A., com sede no Aeroporto de Lisboa, Edifício 25, em Lisboa, doravante designada apenas por TAP, aqui representada pelo seu Vice Presidente Executivo do Transporte Aéreo, Sr. Eng. Luiz da Gama Mór;

E

APAVT - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO, com sede na Rua Duque de Palmela, nº 2 - 1º Dtº, em Lisboa, doravante designada apenas por APAVT, aqui representada pelos Srs. Vítor Filipe e João Carmelo, respectivamente Presidente e Vice Presidente da Direcção.

Considerando que:

a) A APAVT é uma Associação representativa dos interesses de 557 agências de viagens e turismo com sede em Portugal;

b) A TAP paga às associadas da APAVT, pela venda do produto Transporte Aéreo, uma remuneração fixa, válida para todas as associadas da APAVT, pelos serviços prestados pelas Agências de viagens:

c) Adicionalmente, a TAP, dentro da sua estratégia comercial remunera as agências com uma retribuição variável e eventual, baseada na produtividade das mesmas;

d) O valor das comissões pagas às agências tem vindo a ser reduzido por muitas transportadoras europeias, incluindo a TAP, nos seus países de origem.

e) A APAVT entende que as Agências de Viagens devem ser, em qualquer circunstância, remuneradas pelos serviços de distribuição que prestam às Companhias Aéreas.

(2)

f) O valor das comissões pagas às agências não incide sobre o valor das taxas nacionais de aeroporto (vulgo taxa YP) que estão incluídas nos bilhetes emitidos pelas Agências de Viagens;

g) Ao abrigo de acordos celebrado entre a TAP e a APAVT em 24.01.2001 e 24.11.2001 a remuneração fixa foi até 31 de Dezembro de 2002 de 7% (sete por cento) sobre o valor de todos os bilhetes da TAP vendidos pelas Agências de Viagens, tendo a TAP mantido tal percentual até 31.01.2003.

h) A TAP anunciou em 30.09.2002 que iria reduzir o valor da comissão fixa para 6% com efeitos a partir de 01.01.2003, redução essa que acabou por se tornar efectiva em 01.02.2003;

i) A progressiva sofisticação da actividade de venda de transporte aéreo tem vindo a implicar que as agências de viagens, bem como as transportadoras, quando vendem directamente o seu produto, se vejam confrontadas com a necessidade de prestar serviços que caem fora da esfera da venda do produto Transporte Aéreo, como sejam os inerentes à montagem de percursos, ou à realização de reservas e imediata emissão de bilhetes envolvendo o uso de complexos e dispendiosos sistemas informáticos.

j) Tais custos são a contrapartida de uma mais-valia efectiva para o adquirente do produto Transporte Aéreo e como tal deverão ser parcialmente suportados por estes.

k) Algumas Agências de Viagens têm vindo a aplicar ticket service fees na venda do produto Transporte Aéreo destinados a cobrir parcialmente tais custos.

l) A APAVT solicitou à TAP no ano de 2002 que estudasse a possibilidade de as agências implementarem um sistema que permitisse às Agências de Viagens repercutirem tal custo sobre os seus clientes, mas fazendo constar um ticket service fee do título de Transporte Aéreo por forma quer a assegurar que o Cliente seja confrontado com um único preço a pagar, quer a evitar a profusão de sistemas alternativos de cobrança de tal valor.

m) A TAP não se opõe à implementação de tal sistema, estando reunidas as condições técnicas para que o mesmo possa ser posto em prática.

n) A TAP, nas suas vendas directas e na medida em que a sua actividade seja equivalente à das Agências de Viagens tenciona ela própria proceder à cobrança de um quantitativo destinado a cobrir os custos referidos em i) e j) supra.

o) A APAVT instaurou no Tribunal Cível de Lisboa, em representação das suas associadas, uma Acção Cível através da qual pediu que a TAP pagasse o valor correspondente à aplicação da comissão aplicável nos diversos períodos sobre a taxa YP, desde 1 de Janeiro de 1994.

(3)

p) A TAP contestou a referida Acção Judicial, por entender que tal taxa YP não é comissionável;

q) Ambas as PARTES querem evitar a continuação de um litígio judicial que se afigura longo e de resultado incerto, acordando em reconhecer o princípio da comissionabilidade de tal taxa com efeitos a partir de 1 de Julho de 2003;

r) Ambas as PARTES consideram estar em condições de encontrar uma solução que, acautelando os interesses de ambas, permita regular as relações entre a TAP, a APAVT e as associadas desta até 31 de Dezembro de 2004, bem como regular alguns aspectos das suas relações comerciais que perdurarão para além de tal data;

É mutuamente estabelecido o presente Acordo, o qual se regerá pelo disposto nas cláusulas seguintes:

PRIMEIRA

1. A TAP e a APAVT, esta por si e em nome das suas associadas, acordam que a componente fixa da remuneração a pagar às agências de viagens pela venda do produto transporte aéreo será em todos os vôos:

i) De 6% (seis por cento) com efeitos a partir de 01.02.2003 e até 30.06.2004; ii) De 5,5% (cinco e meio por cento) com efeitos a partir de 01.07.2004 e até

31.12.2004;

2. A aplicação da taxa referida em ii) supra ficará dependente do nível de comissionamento que os Agentes de Viagens de Espanha ou França auferirem das companhias aéreas de bandeira daqueles Países ( Home carriers ) naquela data e, se menor, poderá aquela taxa ser alterada para tal percentagem .

3. Caso se venha a verificar o disposto no número anterior a TAP compromete-se a informar a APAVT com a necessária antecedência e a discutir com esta as implicações para o sector decorrentes da redução.

4. A APAVT reconhece que a componente variável da remuneração é um prémio à produtividade de algumas das suas associadas e que, como tal, será negociada entre a TAP e as agências de viagens.

(4)

SEGUNDA

1. Fica bem esclarecido entre as PARTES que o disposto na CLÁUSULA PRIMEIRA se aplica a todas as associadas da APAVT, comprometendo-se a TAP a cumpri-lo pontualmente relativamente a todas elas.

2. Caso, durante a sua vigência o acordado naquela Cláusula venha a ser posto em causa pela APAVT ou por qualquer das suas associadas, no todo ou em parte, a TAP reserva-se o direito de o denunciar, no todo se o mesmo for posto em causa pela APAVT, mas só em parte e em relação à Agência que o puser em causa, sem dependência de qualquer aviso prévio.

TERCEIRA

1. A TAP reconhece, com efeitos a partir de 01.07.2003, a comissionabilidade da

Passenger Service Charge dos aeroportos Nacionais (taxa YP), pelo que dessa data em

diante passará a remunerar as agências de Viagens via a aplicação da comissão em vigor em cada momento ao valor da referida taxa. Tal comissão sobre a taxa YP passa a constituir, desde a referida data, parte integrante da componente fixa da remuneração paga às Agências de Viagens.

2. A comissão sobre a taxa YP (Passenger Service Charge) será liquidada pela TAP, que mensalmente emitirá um ACM a favor de cada agência.

QUARTA

1. O presente acordo cessa a sua vigência em 31.12.2004, podendo o mesmo ser prorrogado por acordo, por iguais períodos, uma ou mais vezes.

2. Não obstante o prazo de vigência do presente protocolo e caso o mesmo não seja prorrogado, a comissionabilidade da taxa YP, ou de outra que a venha a substituir, manter-se-á em vigor.

QUINTA

No terceiro trimestre de 2004 as PARTES reunir-se-ão por forma a acordarem o valor da componente fixa da remuneração a praticar durante o ano de 2005.

(5)

SEXTA

A APAVT e a TAP comprometem-se, no prazo de 10 dias contados da assinatura do presente Acordo, a realizar transacção judicial nos termos do texto que constitui o Anexo I ao presente, na acção declarativa instaurada contra a TAP e referida no Considerando p) supra.

SÉTIMA

1. A TAP irá a partir de 01.07.2003 implementar um sistema junto da ADP que permitirá às Agências de Viagens cobrarem, através do título de transporte aéreo ( bilhetes TAP 047 ), um ticket service fee, através do recurso ao código IATA «XP».

2. Não obstante constar do título de Transporte Aéreo, o ticket service fee é uma receita própria das Agências de Viagens que o decidam aplicar, que são as únicas responsáveis pela sua cobrança.

3. Cada Agência deverá decidir pela aplicação ou não de tal ticket service fee, cabendo-lhe definir qual o quantitativo a aplicar. Cada Agência será a única responsável pela determinação do quantitativo a cobrar, seu processamento contabilístico, bem como sobre a informação a prestar ao seu Cliente.

4. A liquidação e pagamento do Imposto do Valor Acrescentado sobre o ticket service

fee, se devido, é da exclusiva responsabilidade das Agências de Viagens que entendam

aplicar o ticket service fee.

5. Tratando-se de receita própria das Agências e da TAP, o ticket service fee não está incluído na construção da tarifa, não sendo assim comissionável.

6. A TAP reconhece que a possibilidade de as Agências de Viagens cobrarem um ticket

service fee é um direito que lhes assiste, razão pela qual aceita manter a possibilidade

de as agências de Viagens usarem o sistema referido no número 1 e seguintes da presente Cláusula para além da vigência do presente acordo, ou de qualquer das suas prorrogações, salvo imperativo legal.

7. Se e na medida em que a IATA venha a aprovar um sistema equivalente para a cobrança de tal ticket service fee, a TAP diligenciará para que tal sistema seja implementado na emissão dos seus bilhetes por forma a poder ser utilizado por todas as Agências de Viagens.

8. Se, por imposição legal, for necessário introduzir alguma alteração ao modus operandi do ticket service fee, a TAP e a APAVT desde já acordam em proceder aos ajustamentos que se venham a mostrar necessários para conformar o referido ticket

(6)

9. Uma vez que a implementação de tal sistema junto da ADP importa custos mensais, os mesmos serão repartidos nos seguintes termos: A cada «IATA location» de cada agência que decida aplicar o ticket service fee será debitada em cada ACM, mensalmente, uma quantia fixa presentemente de € 1,00, a qual tem por base de cálculo o valor mensal debitado pela ADP à TAP, dividido por 2, sendo tal produto dividido por 425.

10. No caso de um Cliente de uma Agência de Viagens que aplique o ticket service fee pretender pagar o título de transporte aéreo através de cartão de crédito, a TAP aceita que tal pagamento seja único, comprometendo-se a TAP a devolver à Agência de Viagem, através da ADP, o valor correspondente ao ticket service fee deduzido do valor médio cobrado pelas entidades gestoras dos pagamentos através de cartões de crédito sobre o mesmo, e que presentemente é de 2%.

11. No caso referido no número anterior, a Agência de Viagens que aplicar o ticket service

fee continua a ser a única responsável pela boa e efectiva cobrança do mesmo.

OITAVA

1. Pelas razões apontadas no Considerando j), a TAP, quando venda directamente o seu produto agindo em qualidade similar à das Agências de Viagens, irá aplicar ela própria um ticket service fee sobre as vendas por si efectuadas, o qual será sua receita própria. 2. O ticket service fee não incidirá todavia nas vendas feitas através da internet ou de

call-center.

Feito em Lisboa, aos 23 de Junho de 2003, em dois exemplares, ficando um em poder de cada uma das PARTES.

(7)

Em nome e em representação da TAP: Vice-Presidente Executivo do Transporte Aéreo

(Luiz da Gama Mór)

Em nome e em representação da APAVT:

Presidente da Direccção Vice Presidente da Direcção

(8)

ANEXO I TERMO DE TRANSACÇÃO

Elaborado no âmbito do processo nº148/01 cujos termos correm pela 1ª Secção da 3ª Vara do Tribunal Cível de Lisboa em que é Autora APAVT - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO, representada pelo Dr. Rui Colmonero, Advogado, e Ré TAP - AIR PORTUGAL, S.A., representada pelo Dr. Pedro Metello de Nápoles, Advogado.

No dia __ de Junho de 2003 compareceram os referidos Advogados e declararam: UM

As partes acordam em por termo ao litígio que as opõe nos autos, reconhecendo a TAP a comissionabilidade da taxa de serviço a passageiros (PSC), ou de outra que a venha a substituir, comissão essa que se compromete a pagar a partir de 1 de Julho de 2003

SEGUNDA

A APAVT desiste do pedido de pagamento do valor de tais comissões até 30 de Junho de 2003.

TERCEIRA

Ambas as partes prescindem de custas de parte e procuradoria, na parte disponível, sendo as custas da acção repartidas em partes iguais entre elas.

Lisboa, __ de Junho de 2003

Referências

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