• Nenhum resultado encontrado

CONSUMO E GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE PRODUTOS ORGÂNICOS EM FEIRAS NA CIDADE DE MARINGÁ.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONSUMO E GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE PRODUTOS ORGÂNICOS EM FEIRAS NA CIDADE DE MARINGÁ."

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

ISBN 978-85-61091-05-7 V EPCC

Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009

CONSUMO E GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE PRODUTOS

ORGÂNICOS EM FEIRAS NA CIDADE DE MARINGÁ.

Amanda Luque Funayama1, Danielli Nunes Francischini1, Fabiana Perdigão

Fonseca1, Flávia da Penha Moreno Turchetto1, Fabiana Rodrigues Silva Gasparin2

RESUMO: Devido ao crescente número de pessoas que em busca de um estilo de vida mais saudável,

fez com que a produção e o mercado de alimentos orgânicos (frutas, verduras e legumes) fossem expandindo no decorrer dos últimos anos, tanto no contexto internacional, como no nacional. As feiras livres e supermercados passaram a ter um papel importante em relação à comercialização destes produtos. Este projeto avaliou o tipo de consumidores destes produtos orgânicos, como também o grau de conhecimento em relação ao mesmo. Para isto foram analisadas referências bibliográficas, artigos periódicos, livros e pesquisa de campo em feiras livres, com perguntas mistas direcionadas a diferentes faixas etárias, renda familiar e grau de escolaridade.

PALAVRAS-CHAVE: agricultura orgânica; alimentação saudável; consumo de orgânicos.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa o esclarecimento a respeito dos alimentos orgânicos, ou seja, frutas e verduras submetidos a um tratamento isento de agrotóxicos. Tendo em vista que atualmente tem se destacado muito a importância de se ingerir no dia a dia da população, frutas e verduras devido a suas vitaminas e fibras, levando assim a uma melhor qualidade de vida. Mas em contraposição a isso, observa-se a grande utilização de agrotóxicos nesses alimentos, o que pode causar problemas à saúde, por isso os alimentos orgânicos, os quais não são utilizados agrotóxicos sintéticos no seu plantio, estão sendo incluídos no mercado e procurados pelos consumidores preocupados com essa questão.

Em crescimento o mercado de orgânicos demonstra a adesão cada vez maior de consumidores quem valorizam um produto mais saudável e seguro. A importância que os produtos vêm ganhando pode ser constatada no espaço cada vez maior que esses alimentos ocupam nas gôndolas dos supermercados de todo o mundo. (Marcelo Brito, Nutri News, 2003)

A agricultura orgânica é o sistema de produção de alimentos e frutas saudáveis sob o ponto de vista ambiental social e econômico, que beneficia diretamente o consumidor e o produtor. Os critérios básicos da agricultura orgânica são: a proteção à fertilidade do solo à longo prazo, intervenção mecanizada cautelosa e fornecimento de nutrientes à terra de maneira natural. Tais produtos não são obtidos por processos químicos, mas pelo controle de doenças, insetos e ervas, através da rotação de culturas, diversidades genéticas, variedades resistentes, adubação orgânica e intervenções biológicas, entre outros. No sistema orgânico, não são utilizados agroquímicos, adubos

1

Acadêmicas do curso de nutrição, do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR, Maringá – Paraná. 2

Professora Mestre do curso de nutrição do centro Universitário de Maringá – CESUMAR, Maringá-Paraná. fabiana@cesumar.br

(2)

altamente solúveis e hormônios nos animais. Sabe-se ainda que para se praticar agricultura natural orgânica, se faz necessário passar por uma fase de transição da agricultura convencional para o método orgânico, isto é: o agricultor precisa de um prazo de 12 meses de carência para as culturas anuais, ou seja, as leguminosas, os cereais em geral, entre outros, e 18 meses para as culturas perenes, ou seja, as frutas. Esses prazos de carência são necessários para que o equilíbrio do solo seja restabelecido, ficando isento de eventuais resíduos provocados pela utilização de agrotóxicos, completando assim o processo de conversão. Ele deve ser conduzido em equilíbrio com a natureza, preservando a saúde do homem e do meio ambiente. O consumidor terá um alimento mais vitalizado e o ecossistema estará equilibrado e adequado ao trabalho do produtor sem intoxicações e contaminações. (Dennis Ditchfield, Dez. 2002).

Hoje, sabemos que as doenças crônicas são as principais causas de morte e que são também decorrentes do estilo de vida e de uma má alimentação, incluindo alimentos, contaminados por agrotóxicos.

O alimento orgânico fresco possui menor quantidade de água em sua composição, isso significa que os nutrientes estão mais concentrados e por isso são alimentos mais ricos em nutrientes e apresentam o melhor conteúdo de açúcar, daí o sabor mais adocicado que se percebe nos vegetais. (Harkaly, Costa e Pereira, Jul. 2007).

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização deste trabalho, foi utilizado um questionário estruturado (apêndice) misto, direcionado a 80 pessoas que foram os sujeitos da pesquisa: os consumidores de duas feiras livres, de diferentes faixas etárias, renda familiar e grau de escolaridade; para colher informações a respeito do uso e conhecimento de produtos orgânicos, da cidade de Maringá, as duas localizadas em regiões mais centrais e perto de universidades, ou seja, locais onde o grau de informação e esclarecimento é relativamente mais alto.

A analise estatística foi realizada através do Teste de Qui-quadrado, Correlação de Spearman, Teste t, usando 5% de significância, e de Estatística Descritiva. A análise foi realizada utilizando o pacote SPSS (Statistical Package for Social Sciences – Pacote Estatístico para Ciências Sociais), versão 15.0.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Das amostras coletadas observou-se que houve uma predominância do sexo feminino entre os entrevistados. Pois na maioria dos lares são as mulheres que vão até as feiras e supermercados em busca dos alimentos para o preparo das refeições da sua família.

A faixa etária entre os entrevistados é em média 40 anos. Pois é uma faixa etária considerada economicamente ativa. Das pessoas entrevistadas mais de 70% tem um grau de esclarecimento sobre produtos orgânicos, onde estas pessoas apresentam ensino médio e nível superior completos.

A maior parte das pessoas não consome os produtos orgânicos, pois sua produção ainda é pequena encarecendo-os e as que consomem fazem uso pelo menos uma vez na semana, apresentando de 2 á 5 e mais de 10 salários.

(3)

Freqüência do consumo de produtos orgânicos 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0%

1 vez na semana 2 vezes na semana 3 vezes na semana 4 vezes ou mais na semana Não consumo Fonte: Maringá, 2008

Freqüência da diferença entre produto inorgânico e produto orgânico.

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%

O pro duto o rgânico po ssui meno s agro tó xico que o

ino rgânico

O pro duto o rgânico não po ssui agro tó xico s

O pro duto o rgânico po ssui agro tó xico s, po rém é mais nutritivo s

Não sei

Fonte: Maringá, 2008.

4 CONCLUSÃO

Observamos que o desafio da atualidade é garantir a segurança alimentar, através de alimentos mais saudáveis, sem estar comprometendo o meio ambiente e as gerações futuras. Só que no Brasil a produção de orgânicos ainda é pequena, encarecendo os alimentos orgânicos e dificultando sua aquisição e consumo. Sendo preciso que haja uma ação mais efetiva por parte da sociedade em particular os consumidores em estar divulgando e conscientizando a população em relação aos benefícios que estes produtos trazem a nossa saúde e ao meio ambiente, pois se o número de produtores convencionais continua sendo o padrão dominante, provavelmente será difícil encontrar nas feiras e supermercados alimentos totalmente livres de agrotóxicos.

Com a realização da pesquisa observou-se que a maioria das pessoas entrevistadas, sabem a diferença que existe entre um alimento orgânico e um alimento inorgânico, tendo elas na maioria o ensino médio completo, porém a grande maioria não

(4)

consome os orgânicos devido ao seu custo ser elevado e a pouca disponibilidade destes produtos em feiras e supermercados.Vimos também que a grande maioria faz a higienização dos produtos inorgânicos apenas com água corrente, não utilizando água sanitária.

REFERÊNCIAS

CHITARRA, Maria Isabel Fernandes. CHITARRA, Adimilson Bosco. Pós-colheita de Frutas e Hortaliças. 2. ed. UFLA, 2005.

DENIS DITCHSIELD. Porque realizar uma agricultura orgânica. A granja, v.58, n.648, p. 66, dez. 2002.

HARKDY, COSTA E PEREIRA. Alimentos orgânicos. Nutrição, saúde e performance. , v. 7, n. 35, p. 11-17, jul. 2007.

MARCELO BRITO. Alimentos orgânicos. Nutrinews, v. 18, n. 197, p.8-9, mai. 2003. SERGIO KENJI HOMMA. Alimentos orgânicos: Fruto do equilíbrio da natureza. Nutrição, saúde e performance, v. , n. 197, p. 38-41, jun. 2001.

(5)

Referências

Documentos relacionados

Podemos verificar a partir dos conceitos elencados acima que os recursos didáticos são ferramentas indispensáveis para que o professor possa utilizar em seu espaço da sala de

As resistências desses grupos se encontram não apenas na performatividade de seus corpos ao ocuparem as ruas e se manifestarem, mas na articulação micropolítica com outros

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apresenta à categoria e à sociedade em geral o documento de Referências Técnicas para a Prática de Psicólogas(os) em Programas de atenção

Os resultados são apresentados de acordo com as categorias que compõem cada um dos questionários utilizados para o estudo. Constatou-se que dos oito estudantes, seis

(2019) Pretendemos continuar a estudar esses dados com a coordenação de área de matemática da Secretaria Municipal de Educação e, estender a pesquisa aos estudantes do Ensino Médio

Ao final deste projeto sabemos que não ficaram resolvidas as questões relacionadas à organização, preservação e guarda dos documentos das escolas envolvidas, mas

A tendência manteve-se, tanto entre as estirpes provenientes da comunidade, isoladas de produtos biológicos de doentes da Consulta Externa, como entre estirpes encontradas