RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
MULTIPARAMÉTRICA DO
FÍGADO
DR . FERNANDO GAZZONI IMAGEM DO ABDOME
HOSPITAL SÃO LUCAS-PUCRS INSCER-PUCRS
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
MULTIPARAMÉTRICA DO FÍGADO
1) Fibrose
2) Gordura
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
MULTIPARAMÉTRICA DO FÍGADO
1) Fibrose
2) Gordura
3) Ferro
Hepatopatia crônica
• 400 milhões: hepatite B • 160 milhões: hepatite C
• >30 % americanos : esteatose hepática
Hepatopatia crônica
Inflamação / destruição tecidual
Tentativa de regeneração Fibrose
Novas terapias antivirais Regressão da Fibrose
Diagnóstico da fibrose
Biópsia:
• Amostra pequena • Risco de hemorragia • Repetidas biópsias
• Difícil classificação (subjetivo)
• METAVIR (originalmente Hepatites B e C) • Fibrose: acúmulo no interstício (colágeno)
• Quantidade e distribuição do tecido fibroso nas lâminas.
Mínima/Fibrose precoce Fibrose
significativa
Fibrose avançada
F0 F1 F2 F3 F4
Elastografia por RM
Técnica não-invasiva de maior acurácia: fibrose hepática
Resultados reprodutíveis
Excelente concordância interobservador
Vantagens
• Padronizado entre os fabricantes •
• Metanálises acurácia: RM >US
• Obesos / Ascite
Venkatesh et al, J Magn Reson Imaging 2013.
Volume hepático
RM > US
Princípios Básicos
• Elastografia (técnica palpatória sofisticada)
Quantifica a elasticidade de tecidos biológicos.
• Elasticidade
Tendência de retornar ao tamanho e forma inicial após uma força deformante.
Princípios Básicos
• Hepatopatia crônica fibrose aumento de rigidez
• Tecido rígido
resiste a deformidade
Gerador de ondas acústicas
Tubo plástico transmite ondas de pressão Driver passivo
Gerador de ondas acústicas
Tube plástico transmite ondas de pressão Driver passivo
Princípios Básicos
• Gradientes de codificação de movimento,
oscilando com a mesma frequência das ondas (60Hz)
• Sequência gradiente-eco 2D (poucos minutos)
• Visualiza movimento tecidual causado pelas ondas de cisalhamento
• Mapa de ondas
o Mapa de
deslocamento
Venkatesh et al, J Magn Reson Imaging 2013.
• Mapa de cores ou Elastograma
o Unidade de ridigez em kilopascal (0 a 8 kPa)
Interpretação
• Excelente correlação c/ grau histológico de fibrose • A elastografia não avalia a causa da fibrose
Valores:
Asbach et al: escala correlacionando a rigidez (kPa) com METAVIR.
Metavir Ponto de Corte Acurácia F1 2.84 kPa 91,2% F2 3.18 kPa 92.4% F3 3.32 kPa 97,4% F4 4.21 kPa 99,3%
Determinantes da rigidez
hepática
• Fibrose
• Congestão hepática passiva • Insuficiência cardíaca direita • Colestase
Elastografia pode ser realizada em
pacientes obesos e com ascite
Performance Diagnóstica
• 4 metanálises, com 19 estudos e 1441 pacientes • Acurácia > elasto-US METAVIR ACURÁCIA ≥F1 84-95% ≥F2 88-98% ≥F3 93-98% ≥F4 92-99%
Yin M et al, Radiology 2016
Método Robusto
Taxa de Sucesso:94 %
Falhas:
• Taxa de falha de 5,6 % : depósito de ferro • Baixa relação sinal-ruído
Solução: (novas técnicas 1%)
spin-echo echo-planar imaging
EPI-MRE
Interpretação
Terapia Antiviral- HCV
• Inibidores protease/polimerase viral:
podem curar portadores do vírus C
Terapia Antiviral- HCV
• Fibrose revertida em estágios iniciais.
• Estágio ≥ F2: indicação de tto • Cirrose (F4) :
screening CHC
Além da graduação da
fibrose
• Acompanhamento de hepatopatia crônica • Avaliar resposta ao tratamento
HCV - TTO antiviral- 3 anos
4.2 kPa 2.8 kPa
4.1 kPa 6.3 kPa 8.5 kPa 1 ano
Hepatite C – tto antiviral 3 anos
Morfologia do fígado quase não mudou !
Doença Hepática
gordurosa não-alcoólica
(DHGNA)
• Esteatose simples
• Esteatohepatite (NASH): rigidez
Performance Diagnóstica
NASH: eco/ sobrepeso=falha 17%
Excelente acurácia: fibrose avançada
Boa acurácia: qualquer fibrose e fibrose significativa
• F3-F4
• acurácia de 95% • ponto de corte de
Estudo prospectivo DHGNA
Estudo prospectivo DHGNA Acurácia
DHGNA
• NASH c/ fibrose significativa e avançada: OK
• NASH x Esteatose simples:
??
• NASH inicial:
rigidez inflamação ou fibrose leve ?
• Estudos prospectivos :
Elastografia 3D multifrequência
Elastografia
3D-Multifrequência
• Resultados preliminares promissores
• Viscosidade:
diferenciar aumento da rigidez
inflamação x fibrose • Importância:
estágios pré-fibróticos
Yin et al, Hepatology 2019.
Elastografia
3D-Multifrequência
• Resultados preliminares promissores
• Viscosidade:
ajudar a diferenciar aumento da rigidez
inflamação x fibrose • Importância:
estágios pré-fibróticos e tratamento precoce
Yin et al, Hepatology 2019.
Esteatohepatite com cirrose Esteatose simples Esteatohepatite Venkatesh et al, 2013.
NASH : 3 anos – perda de peso
Fração de gordura: 30% 3.2 kPa
Fração de gordura: 4% 2.5 kPa
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
MULTIPARAMÉTRICA DO FÍGADO
1) Fibrose
2) Gordura
Avaliação da esteatose:
• Proporção de hepatócitos que contém macrovesículas de gordura Esteatose- grau 0 <5% hepatócitos 1 5-33% hepatócitos 2 33-66% hepatócitos 3 >66% hepatócitos
RM: fração de gordura
• Fração de sinal atribuível à gordura em um dado volume do fígado.
• Correlacionada com medidas histopatológicas.
ESTEATOSE
Normal < 5,0 %
Esteatose leve ≥ 5,1 - 14,9%
Esteatose moderada 15 - 29,9%
Técnicas:
• Desvio químico (dual-echo)
• Sequências multi-echo
Desvio químico (dual-echo)
• Prótons de água e gordura ≠ frequências de ressonância • Spins em-fase e
oposição-de-fase
2 x/ ciclo: a cada 2.2 msec • TE 2.2 : fora-de-fase
Pixel somente
com água Pixel com águae gordura Pixel somente com gordura
Fração de sinal atribuível à gordura do fígado
Dixon Dual Echo (2-pontos)
Gordura
In-phase (IP)
SIP = |Sw+ SF|
Out-phase (OP)
Técnicas:
• Desvio químico (dual-echo)
• Sequências multi-echo
Sequência multi-echo :
• Desvio químico: mais complexa.
• Gradiente multi-echo:
6 sequencialmente em-fase e fora-de-fase.
• Proporção de prótons de gordura
para a soma de prótons de gordura e água
Sequência multi-echo :
• Mais precisa: * depósitos de ferro
eliminam o efeito do ferro • Correção de fatores que influenciam o sinal:
viés T1
decaimento T2* ruído
inomogeneidade do campo
Técnicas:
• Desvio químico (dual-echo)
• Sequências multi-echo
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
MULTIPARAMÉTRICA DO FÍGADO
1) Fibrose
2) Gordura
Sobrecarga de Ferro
Labranche et al, Radiographics 2018
*estados inflamatórios crônicos:
nash
hepatite viral alcoolismo
T
2
normal
T
2
T
2
Hemosiderose transfusional: Fígado, Baço, MO
T
2
Anemia falciforme
Semelhante transfusional Baço pequeno
Fe – Distorção
• Decaimento rápido do relaxamento transverso
T2 e T2* • T2 : tempo do relaxamento
transverso das interações spin-spin
• T2* incorpora efeitos das
inomogeneidades do campo magnético
1/T2*=1/T2 + 1T2´
T2’: contribuição das
inomogeneidades do campo
• R2=1/T2 • R2*=1/T2*
Labranche et al, Radiographics 2018
T2 e T2*
Ferro
T2 e T2* podem ser
representados por suas taxas de relaxação
• Sequências Quantificação de Ferro
Comparação sequências quantificação
Ferro
Labranche et al, Radiographics 2018
Comparação sequências quantificação
Ferro
Labranche et al, Radiographics 2018
R2*=1/T2*
Wood et al: relação da concentração de Fe e R2*: Fe: 0,202 + 0,0254.R2* Relaxometria R2* Correlação linear com Biópsia