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ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES LOCAIS E SISTÊMICAS EM PACIENTES COM DPOC

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Academic year: 2021

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ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES LOCAIS E SISTÊMICAS EM PACIENTES COM DPOC

Adriane Muller Nakato UNISALESIANO, e-mail: adrianemuller@hotmail.com Mauricio Longo Galhardo UNIMED, e-mail: mauricio@unimedlins.coop.br Darlan Muller Nakato UNISALESIANO, e-mail: darlan_nakato@hotmail.com

Bruna Rubi Ramires UNIMEP, e-mail: brunarubi@yahoo.com.br Márcia Maria Faganello UNISALESIANO, e-mail: marciafaganello@terra.com.br Resumo

Pacientes com DPOC além de apresentar a obstrução ao fluxo aéreo, também apresentam alterações sistêmicas, que interferem na capacidade funcional e na força muscular. Este estudo tem por objetivo analisar a capacidade funcional e força muscular periférica em paciente com DPOC participantes de um Programa de Reabilitação Pulmonar. Foram avaliados 11 pacientes com DPOC I/IV. Estes foram submetidos à avaliação espirométrica, medidas de composição corporal (IMC); sensação de dispnéia (Medical Research Council modificada - MMRC e Baseline Dyspnea Index - BDI); distância percorrida em 6 minutos (DP6) e avaliação da força de preensão palmar (dinamometria). Foi encontrado através do coeficiente de Pearson uma correlação negativa entre idade e dinamometria (r = -0,59; p < 0,05) e entre idade e DP6 (r = -0,64; p = 0,04). Conclui-se que pacientes com idade mais avançada apresentam maior comprometimento da força de preensão palmar e menor tolerância ao exercício avaliada através da DP6.

Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Estado Nutricional. Tolerância ao exercício. Força muscular periférica.

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Introdução

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta diversas manifestações sistêmicas, como: a depleção nutricional, a disfunção dos músculos esqueléticos e as manifestações relacionadas à co-morbidades comumente observadas nestes pacientes1. Além destas alterações sistêmicas é evidente a fraqueza e a diminuição da resistência dos músculos respiratórios2.

A depleção nutricional ocorre devido ao desequilíbrio entre aumento da demanda energética e/ou redução da entrada 3,4. Além disso, perca de peso é um independente preditor de morbidade5 e mortalidade6. Há também evidência que o ganho de peso pode inverter este aumento de risco de mortalidade7. Estudo realizado por Godoy et al., 19968, relata que o perfil elevado de citocinas pró-inflamatórias também está relacionado com a perda de peso e caquexia.

Os efeitos sistêmicos mais observados em pacientes com DPOC é a disfunção muscular, fadiga muscular e grande limitação ao esforço físico. Porém a dispnéia é o primeiro sintoma experimentado por pacientes estes pacientes, sendo a falta de ar o objetivo central do tratamento9.

Lacasse et al., 200310, consideram como os dois principais benefícios da RP a melhoria da qualidade de vida e o aumento da tolerância ao exercício do individuo.

A reabilitação pulmonar (RP) mostra-se eficaz na melhoria da capacidade funcional e na força muscular de portadores de DPOC, mesmo se não ocorrer ganhos nos testes de função pulmonar11. A DP6 é um instrumento eficaz para avaliar a capacidade física e evolução do paciente portador de DPOC12. Solway et al., 200113 afirmam que a DP6 é utilizado por 87% dos programas de reabilitação pulmonar nos EUA e Canadá.

A disfunção muscular periférica está correlacionada com a capacidade funcional e com a morbidade de pacientes portadores de DPOC. Uma forma de analisar esta disfunção muscular periférica é através da força de preensão palmar, aferida por meio da dinamometria.

Desenvolvimento

Foram avaliados 11 pacientes com DPOC I/IV (VEF1 = 58,9 ± 28,2), idade média 70,6 ± 9,2. Os pacientes foram submetidos à avaliação espirométrica, para a classificação da doença, medidas de composição corporal (Índice de massa do corpo - IMC); sensação de dispnéia através das escalas Medical Research Council modificada (MMRC) e Baseline Dyspnea Index (BDI); distância percorrida em 6 minutos (DP6) e avaliação da força de preensão palmar aferida pela dinamometria. Todos os pacientes eram participantes do Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP). Foi encontrada, através do coeficiente de Pearson, uma correlação negativa entre idade e dinamometria (r = -0,59; p < 0,05) e entre idade e DP6 (r = -0,64; p = 0,04).

Outros estudos mostraram que a força muscular periférica não difere entre sujeitos saudáveis e pacientes com DPOC14, resultado contrário encontrado por Engelen et al., 199415, porém no estudo realizado por eles, os pacientes apresentavam uma depleção nutricional, o que não ocorreu no estudo anterior. No presente estudo, a maioria dos pacientes apresentou IMC dentro dos valores normais.

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especificaram se estes ajustariam para todas as idades. Nem se há alguma informação em quais fatores pode explicar para variabilidade em sujeitos idosos saudáveis. O presente estudo correlacionou os indivíduos entre si e suas respectivas idades, não sendo comparada com os valores de referência propostos por outros estudos. Ainda são necessários subsídios para informar quais os valores de referência para indivíduos com idade mais avançadas.

Conclusão

O estudo mostrou que pacientes com idade mais avançada apresentam maior comprometimento da força de preensão palmar, ou seja, diminuição da força muscular periférica, e menor tolerância ao exercício avaliada através da DP6.

Referências

1. DOURADO, V.Z. et al. Manifestações sistêmicas na doença pulmonar obstrutiva crônica. J Bras Pneumol 2006; 32(2).

2. American Thoracic Society. Pulmonary rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med 1999; 159: 1666-82.

3. ENGELEN, M.P. et al. Diferent patterns of chronic tissue wasting among patients with chronic obstructive pulmonary disease. Clin Nutr 1999; 18: 275-80.

4. SCHOLS, A.M. et al. Prevalence and characteristics of nutrional depletion in patients with stable COPD elegible to pulmonary reabilitation. Am Rev Respir Dis 1993; 147: 1151-6.

5. WOUTERS, E. Nutrional support in chronic respiratory diseases. In: Shols AM, editor. Eur Respir Mon 2000; 111-31.

6. POUW, E.M. et al. Early non-elective readmission for chronic obstructive pulmonary disease is associated with weight loss. Clin Nutr 2000; 19: 95-9.

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8. GODOY et al. Elevated TNF-alpha production by peripheral blood monocytes of weight-losing COPD patients. Am J Respir Crit Care Med 1996;153(2):633-7.

9. RENNARD, S. et al. Impact of COPD in North América and Europe in 2000: Subject s' perspective of confronting COPD international survey. Eur Respir J 2002; 20: 799-805. 10. LACASSE, Y. et al. Pulmonary rehabilitation for chronic obstructive pulmonary disease (cochrane review). In: the Cochrane Library, Issue 4. Chichester, UK, John Wiley & Sons, Ltd, 2003.

11. RODRIGUES, S.L.; VIEGAS, C.A.A.; LIMA, T. Efetividade da reabilitação como tratamento coadjuvante da doença pulmonar obstrutiva crônica. J Pneumol 2002; 28: 65-70.

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13. SOLWAY, S. et al. A qualitative systematic overview of the measurement properties of functiona walk test used in the cardiorespiratory domain. Chest 2001; 119: 256-70. 14. HEIJDRA, Y.F. et al. Muscle strength and exercise kinetics in COPD patients with a normal fat-free mass index are comparable to control subjects. Chest 2003; 124: 75-82.

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15. ENGELEN, M.P. et al. Nutritional depletion in relation to respiratory and peripheral skeletal muscle function in out-patients with COPD. Eur Respir J 1994; 7: 1793-7. 16. REDELMEIER, D.A. et al. Interpreting small differences in functional status: the six minute walk test in chronic lung disease patients. Am J Respir Crit Care Med 1997; 155: 1278 1282.

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