• Nenhum resultado encontrado

SERVIÇO SOCIAL E A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NO CONSELHO DE PROFISSÃO. Palavras-Chave: Serviço Social; Organização Política; Conselho de Profissão.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SERVIÇO SOCIAL E A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NO CONSELHO DE PROFISSÃO. Palavras-Chave: Serviço Social; Organização Política; Conselho de Profissão."

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

914 SERVIÇO SOCIAL E A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NO CONSELHO DE

PROFISSÃO

Rosangela Aparecida de Souza Costa Andrean

Resumo: O artigo tem por objetivo apresentar a construção do Conselho de Profissão no Serviço Social e sua organização política, entendendo que no decorrer dos anos a estrutura do Conjunto Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) vem se modificando, aproximando-se das demandas do Assistente Social. A realização dos estudos foi possível por meio de pesquisa bibliográfica e documental.

Palavras-Chave: Serviço Social; Organização Política; Conselho de Profissão.

Introdução

Esse artigo foi elaborado para o XII Seminário de Pesquisa em Ciências Humanas (SEPECH), como primeira aproximação com o tema de minha dissertação (Organização Política dos Assistentes Sociais na Seccional Londrina/PR). Esse tema é importante para ajudar a refletir sobre o processo histórico da profissão e identificar as formas de organização da categoria na utilização de um espaço institucionalizado.

O artigo procura discutir a construção do Conselho de Profissão no Serviço Social e sua organização política, entendendo que no decorrer dos anos a estrutura do Conjunto Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) vem se modificando, aproximando-se das demandas do Assistente Social. Desta forma, entendo que a profissão conseguiu ampliar as atividades do Conselho de Profissão. Porém, trata-se de um processo em contínua mudança. Os profissionais também estão submetidos às vicissitudes da sociedade brasileira. Assim, o Serviço Social é impactado por tais mudanças, nas quais se verificam avanços e retrocessos.

Para a elaboração do artigo, realizamos pesquisa bibliográfica e junto aos documentos do Conselho Federal de Serviço Social, artigos, livros teses e dissertações

Mestranda do Programa de Serviço Social e Política Social da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

(2)

915 com o objetivo de entender como se dá a construção da organização política no referido Conselho de Profissão.

Serviço Social: contexto histórico

Durante a Primeira República (1889-1930), o país passou a vivenciar um novo modo de produção, que substituiu o sistema escravista. Neste novo modo, o trabalhador passou a vender sua força de trabalho em troca de salário. Outro ponto a assinalar foi a imigração de trabalhadores europeus, com duas funções: substituição do trabalhador negro e a aplicação da eugenia1. A mudança do modo de produção sem um planejamento trouxe sequelas sociais e, com isso, a visibilidade da questão social, na qual o trabalhador não ganha o suficiente para manter a produção e reprodução do sistema. Também gera um alto índice de trabalhadores no exército de reserva. Com isso, o trabalhador acaba vivenciando a miserabilidade, que foi percebida pelas elites como falta de moral, de ordem pública e promiscuidade.

Essas duas classes (classe trabalhadora e burguesia) criaram meios para o enfrentamento da questão social: os trabalhadores organizaram-se em sindicatos, visando a luta por melhores condições de trabalho, bem como a luta por cidadania social2 (proteção social). As elites utilizaram a Igreja Católica para criar mecanismos de enfrentamento aos pontos que “incomodavam”. Já o Estado brasileiro teve que pensar novas formas de atendimento a essa população, para além da repressão policial.

A Primeira República aprovou uma nova Constituição em 1891, a qual estabeleceu a divisão entre a Igreja Católica e o Estado. Estabeleceu os municípios como instituição administrativa do Estado no lugar das paróquias. A emissão de certidões de casamento, nascimento, entre outros, passaram para a esfera de responsabilidade do Estado, representado pelos municípios. Também houve a defesa do Estado laico, com a separação do Estado e da Igreja, incluindo a educação. A Igreja

1 Termo criado em 1883 por Francis Galton. Seu projeto pretendia comprovar que a capacidade

intelectual era hereditária, justificando a exclusão dos negros, imigrantes asiáticos e deficientes de todos os tipos. Ver: SCHWARZ, Lília M. O espetáculo das raças: Cientistas, Instituições e questão racial

no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

2 Termo utilizado por Iamamoto e Carvalho. Ver: IAMAMOTO, Marilda; CARVALHO, Raul de.

Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 17.ed. São Paulo: Cortez; Lima, Peru: CELATS, 2005. p. 126.

(3)

916 Católica entendeu tal processo como perda de poder, procurando alternativas para demonstrar a sua importância política ao novo sistema de governo, organizando o Movimento Católico Leigo, que teve duas formas de intervenção: mobilizar uma intelectualidade cristã e a Ação Cristã.

Segundo Iamamoto e Carvalho (2005), uma elite intelectual católica foi mobilizada através da revista A Ordem (criada em 1921) e do Centro Dom Vital (criado em 1922). O objetivo era enfrentar as correntes de pensamento que a Igreja considerava nefastas, a saber: o anticlericalismo, o positivismo e a laicidade das instituições republicanas. A revista e o centro, ambos de caráter conservador, também objetivavam estabelecer uma ponte entre a hierarquia da Igreja e os católicos. (IAMAMOTO; CARVALHO, 2005, p. 144). A segunda forma de intervenção foi a Ação Cristã, construída a partir da Doutrina Social da Igreja, que durante a Primeira República ficou apenas noquestionamento das condições de trabalho das mulheres e crianças, da moral, da desagregaçãofamiliar e da promiscuidade da classe trabalhadora, sem, no entanto, interferir nestas condições. A Ação Cristã foi desenvolvida no Movimento de 1930, considerado um novo momento na organização católica, em que passam a desenvolver ações na comunidade (IAMAMOTO; CARVALHO, 2005, p. 147).

Foi no interior desta sociedade que a classe trabalhadora lutou por acesso à proteção social, mas enfrentou uma realidade extremamente excludente. As elites nacionais contaram com o apoio da Igreja, como sempre, para a manutenção da moral e da ordem social, uma vez que se entendeu ser necessário o enquadramento da população. O Estado surgiu como mediador: ele fez concessões visando manter a ordem social, ao mesmo tempo em que aplicou uma legislação excludente, usando, não raras vezes, a repressão como instrumento de controle e coerção. Foi nesta conjuntura política e social que o Serviço Social surgiu na cena nacional. As primeiras Assistentes Sociais foram graduadas na década de 1930. Desde o inicio da profissão, identifico que a categoria organizou-se politicamente, a fim de responder às demanda apresentadas. Abordo, a seguir, os Conselhos de Profissão (em geral) e o Conselho de Profissão dos Assistentes Sociais (em particular), local privilegiado para a organização política da categoria, bem como da defesa da profissão.

(4)

917 O Estado brasileiro, na década de 1930, passou a intervir e controlar o exercício profissional, como forma de enquadramento de diversas profissões ditas liberais. Ao assumir o controle das relações de trabalho e de exercício profissional, o Estado controlou também a ordem política e social. Para Costa e Valente (2008), os Conselhos Profissionais são autarquias com personalidade jurídica de direito público, ligados à União. Os autores esclarecem que as entidades de fiscalização profissional, no exercício do poder de polícia, deviam zelar pela preservação de dois aspectos essenciais, a ética e a habilitação técnica adequada para o exercício profissional. Nítida, pois, a enorme responsabilidade social que os Conselhos Profissionais possuíam. É importante lembrar que durante o mesmo período (década de 1930), o Estado brasileiro também passou a controlar os trabalhadores fabris, oferendo garantias através da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e controlando os sindicatos. O controle estatal recaiu sobre os profissionais liberais, através do reconhecimento da profissão e da instituição do Conselho Profissional e a sua fiscalização.

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) também tratou sobre o Conselho de Profissão, na qual afirma que é função exclusiva do Estado legislar e fiscalizar o exercício profissional, gerando assim um conflito com os órgãos de fiscalização. Cortês (s/d) faz a defesa da importância dos Conselhos de Profissão e assinala que organizar o exercício profissional é zelar pelo interesse coletivo e não individual, assegurando que o exercício profissional seja feito por pessoas qualificadas e habilitadas. Para a autora, a fiscalização é realizada por profissional da mesma área e quando ocorre algum equívoco profissional, cabe ao Conselho fiscalizar e, se necessário, abrir processo ético-disciplinar. Também afirma que os Conselhos de Profissão são importantes para a sociedade, constituindo-se ferramentas para fortalecer a democracia. Para isso, é necessário que se divulgue o seu trabalho para a sociedade, a fim de “ampliar sua participação na proposição e execução de políticas públicas”. Nessa perspectiva, Costa e Valente (2008, p.12), afirmam que a atividade de regular e fiscalizar o exercício profissional é legitimada quando se tem em vista o interesse social. A atividade profissional “deve ser protegida contra os riscos gerados pela prática profissional indevida”, e não como uma ação corporativista.

Conforme visto, os Conselhos de Profissão surgem como instrumentos de controle do Estado sobre os trabalhadores liberais e sobre sua atividade profissional. A CF/88 estabeleceu um impasse: quem deve fiscalizar o exercício profissional, o Estado

(5)

918 ou os Conselhos? Apresento a seguir como se deu o processo de formação do Conselho de Profissão no Serviço Social, resultado da organização política de uma categoria profissional.

Conselho de Profissão no Serviço Social: a organização política da categoria

O Serviço Social surgiu no Brasil na contradição entre o capital e o trabalho, atendendo a uma demanda das elites nacionais e com apoio da Igreja Católica. Trato, a seguir, do processo de formação do Conselho de Profissão no Serviço Social, enquanto reflexo da organização política da categoria. Entendo que a organização politica é histórica, coletiva e tem uma finalidade, o que inclui também disputa de poder. Identifico abaixo dois momentos distintos no processo de construção do Conselho em questão. O primeiro momento situa-se entre o surgimento da profissão (década de 1930) até a década de 1980, quando começou a aproximação da profissão com a teoria crítica. Iamamoto (2005) assinala que a primeira turma de Serviço Social foi graduada em 1936 e sua intervenção foi orientada pela influência conservadora da moral religiosa. Guedes (2016) trata da análise dos códigos de ética da profissão, assinalando que da década de 1930 até meados de década de 1940, a forma de intervenção dos profissionais “[...] ressaltavam a necessária orientação doutrinária em conformidade com as recomendações da Igreja Católica. Expressavam, portanto, a filiação a uma das vertentes do pensamento conservador [...]” (GUEDES, 2016). No contexto de conservadorismo na construção da profissão, Silva (2003) assinala que o Serviço Social sempre se preocupou com uma formação teórica que oferecesse condições para que o trabalho tivesse um reconhecimento de cunho profissional e que não fosse confundido como voluntarismo.

O ano de 1945, graças à influência teórica estadunidense, caracterizou-se como um período de aproximação com uma nova metodologia de intervenção, com tendências teóricas inspiradas em traços do positivismo-funcionalismo, ainda alinhada com o conservadorismo. Entendo aqui que a ação conservadora dos profissionais do Serviço Social era, naquele momento, o único horizonte visível; não existiam outras formas de mediação naquele período. Esse conservadorismo só será questionado na aproximação com a teoria crítica, a partir da década de 1980.

(6)

919 Outro ponto que me chamou a atenção foram as diversas formas de organização política das Assistentes Sociais, no período de 1936 a 1960, utilizando várias associações e participações em congressos e elaboraram o primeiro Código de Ética em 1947. Nesse período, também ocorreu a aprovação da lei de regulamentação da profissão, em 1958.

Quadro 1: dos Movimentos do Serviço Social de 1936-19623

Ano Ação

1936 1ª turma formada no Brasil

1936 Associação Brasileira de Assistente Social (ABAS)

1938 Conselho Nacional de Serviço Social – CNSS com o decreto-lei nº. 525 de 1/07/1938

1945 I Congresso Pan-americano de Serviço Social no Chile

1946 Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social4 (ABESS) 1947 Aprovado na ABAS o 1º Código de Ética da profissão

1947 I Congresso Brasileiro de Serviço Social no Brasil 1947 II Congresso Pan-Americano de Serviço Social no Brasil 1954 Associação Profissional de Assistente Social (APAS) 1957 Lei que Regulamenta a Profissão nº. 3.255/1958

1957 Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social (CBCISS)

1961 II Congresso Brasileiro de Serviço Social

1962 Aprovado o Decreto n º 994/1962, que instituiu o Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS), os Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS) e as Delegacias Seccionais

Fonte: Autora

Todos esses movimentos indicam a construção de uma diretriz política da profissão, que responde a uma necessidade da sociedade. Outro fato importante é aconstrução do Código de Ética5da profissão, o que demonstra como a interpretação do que deve normatizar e orientar a ação profissional sofre mudanças durante o tempo, apresentando respostas ao capitalismo. Guedes, sobre os Códigos de Ética compreendidos entre 1947-1965, assinala:

3 Quadro elaborado para a confecção de um artigo para a disciplina do Mestrado “Serviço Social:

movimento histórico e tendências teórico-metodológicas” do Programa de Pós Graduação em Serviço Social e Política Social.

4 Em 1996, passa a ser a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). 5 O Código de Ética da profissão passou por alterações: 1965, 1975, 1986 e 1993.

(7)

920 Nesses códigos, a associação de princípios e deveres dos assistentes sociais à defesa da dignidade humana concorre para a interpretação da liberdade, categoria central para ética, desvinculada da materialidade e historicidade que a caracteriza. Fundamentar a interpretação da liberdade no princípio neotomista da inteligibilidade humana, associada ao princípio instrumental da autodeterminação, revela-se como adesão ao marco conservador que tributa aos indivíduos a necessária adaptação à ordem social, interpretada como natural e passível, apenas, de reajustes e reformas em defesa de um ideário desconectado da construção cotidiana do ser social [...] (GUEDES, 2016 p.39).

Entendo que a construção do que virá a ser o Conjunto CFESS/CRESS constitui um locus privilegiado da organização das/os profissionais de Serviço Social. De certa forma, o conjunto CFESS/CRESS legitima o exercício profissional e a existência da profissão. Existiam outras instituições nas quais a categoria organizou-se. Porém, o Conjunto CFESS/CRESS, a ABEPSS6 e aENESSO7 destacaram-se. A seguir, apresento um breve histórico sobre a construção do conjunto CFESS/CRESS.

As décadas de 1950 e 1960 apresentaram uma nova conjuntura política e social. Foi o período em que vivenciamos o governo Juscelino Kubitschek (1956-1961), momento de reestruturação do capitalismo interno, no qual a temática “desenvolvimentista” dominou no plano ideológico, com alguns setores industriais recebendo atenção “especial”. A construção da nova capital Federal e os incentivos ao grande capital (tão bem caracterizados pelo chamado “Plano de Metas”) deixariam ao país uma pesada conta social e econômica. Para o Serviço Social, o início da década de 1960 foi marcado pela aprovação do Decreto nº 994/1962, o qual instituiu o Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e os Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS). Ficou definido que cada CRAS teria o seu território definido de acordo com o número de profissionais, ou seja, com a presença de quinhentos profissionais atuando na respectiva área. Naquele período, foram criados dez CRAS no Brasil, perfazendo um total de cinco mil profissionais atuantes (LEMOS, 2013). Em meados da mesma década, ocorreu a aproximação do Serviço Social com a América Latina e com a Teologia da Libertação, o que favoreceu a reflexão sobre os saberes e atuação das/os profissionais.

Netto (2005) aponta que o final da década de 1960 foi propício para um tensionamento entre o Estado burguês e a classe trabalhadora na América Latina. Houve

6Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). 7 Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social (ENESSO).

(8)

921 uma reorganização nos movimentos, em segmentos específicos: mulheres, crianças, dentre outros. Foi um período de apresentação de novas culturas sociais. Tal contexto de efervescência mobilizou os/as Assistentes Sociais da América Latina, algo que viria a ser chamado de Movimento de Reconceituação. Para Netto (2005), tratou-se de um movimento de ruptura com o conservadorismo, o qual apresentou avanços e descaminhos.

Da aproximação entre os Assistentes Sociais latino-americanos, através de conhecimentos da Teologia da Libertação, começou-se a questionar o trabalho profissional, seu papel na sociedade e sua formação. E também a construir novas organizações8, superando as que já eram conservadoras e dirigidas por organismo supranacionais. Esses questionamentos ajudaram a construir novas formas de atuaçãoe aressignificar seu papel na sociedade, na tentativa de superar o conservadorismo na profissão. Porém, essa ressignificação não teve,evidentemente, o apoio do capital, o que acabou gerando uma contradição entre a formação crítica e as exigências do mercado de trabalho.

Segundo Netto (2005) o Movimento de Reconceituação contou com a participação de uma parcela dos Assistentes Sociais, na qual houve uma divisão em dois grupos, o que não favoreceu a superação do conservadorismo na profissão. Verificou-se a criação de uma formação mais crítica no Serviço Social, com uma nova cultura profissional. Favoreceu a construção de uma dimensão política mais clara, já que as organizações conservadoras defendem instituições “sem partido”. Fenômeno presente nos dias atuais, o conservadorismo é expresso por não raros profissionais do Serviço Social, algo que demanda reflexões e ações.

Na Reconceituação houve também descaminhos. O profissional do Serviço Social não tinha o hábito de participação em movimentos e isso gerou uma dupla identidade na profissão: de um lado, Assistentes Sociais que apoiavam uma visão mais crítica e que iriam construir o hábito da participação em movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos; e de outro, profissionais que não seguiam essa linha (Santos, 1982). Algo que ainda persiste. A literatura tecnicista ainda está presente no cotidiano dos Assistentes Sociais. As Políticas Públicas estabelecem “cartilhas de orientação” e “normativas” aceitas sem questionamentos por parte dos profissionais.

8 E também construiu novas organizações, com a Associação Latino Americana de Escola de Trabalho

(9)

922 Ainda na década de 1960, a atuação do Conselho Federal de Assistente Social (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistente Social (CRAS) seguia a diretriz do momento histórico. Apenas executava-se a fiscalização e a cobrança da anuidade. Dificuldades foram verificadas no ato de fiscalizar, o que levou ao I Encontro Nacional, realizado em 1966 do Conjunto CFAS/CRAS. O objetivo do encontro foi o aprimoramento do exercício da fiscalização, o que se desdobrou na criação de uma comissão, a qual realizou um estudo acerca das atribuições profissionais. Esse estudo foi o instrumento para a primeira normativa interna, a Resolução CFAS nº. 3/1968, que orientava a fiscalização profissional (GONÇALVES, 2016, p. 69).

A categoria teve um momento de construção política diferente com o Movimento da Reconceituação, marcando a aproximação com a América Latina e desenvolvendo novas formas de pensar a intervenção profissional. Netto (2005) aponta que o Movimento de Reconceituação teve sua temporalidade (1965-1975) e que foi interrompido pelo processo ditatorial que varreu a América Latina no período. Netto (2011) identificou três vertentes a partir da Reconceituação: reatualização do conservadorismo; modernizadora; e a intenção de ruptura. Essas três vertentes constituíram-se na expressão política e técnica dos Assistentes Sociais.

Durante o período de 1962-1970, a hegemonia do conjunto era mais conservadora, restando ao grupo progressista criar outros espaços de participação e de luta. Em 1973, no III Congresso de Assistente Social (1979), o Congresso da Virada como ficou conhecido, houve conflito quando a legitimidade e a mesa de condução do evento foram tomadas em nome da representatividade dos profissionais. Todas essas ações fizeram com que a categoria se organizasse para disputar o direcionamento político dos CFAS e dos CRAS (GONÇALVES, 2016).

A partir do Congresso da Virada, identifico um segundo momento no processo de construção do Conselho de Profissão no Serviço Social, no qual ocorreu uma disputa de poder para a implementação de um projeto de profissão. Segundo Gonçalves (2016), o final da década de 1970 e a década de 1980 foi um período caracterizado por muitas articulações entre o Serviço Social e a estrutura dos sindicatos. Em 1978, ocorreu o I Encontro Nacional de Entidades Sindicais de Assistentes Sociais. Em 1979 foi a vez do II Encontro Nacional de Entidades Sindicais de Assistentes Sociais, surgindo também a Comissão Executiva de Entidades Sindicais de Serviço Social (CENAS9). Em

(10)

923 1983, instituiu-se a Associação Nacional dos Assistentes Sociais (ANAS), vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A ANAS conseguiu estabelecer vinte e oito unidades no país, cujo objetivo “[...] era a organização política profissional, a democracia e a articulação das entidades sindicais com a América Latina”, sua organização era autônoma e “[...] prezou pela participação dos Assistentes Sociais de base, através de planos de gestão local, estadual e nacional que contou com a representação de profissionais de todo o país nos fóruns democráticos”. (GONÇALVES, 2016, p. 63).

Em contrapartida, o CFAS era um órgão vinculado ao Estado e extremamente centralizador. Também apresentara mudanças, através de sua gestão, como a instituição do cargo de Agente Fiscal, a contratação de profissionais Assistentes sociais para fazer a fiscalização e a criação da Comissão de Orientação e Fiscalização (COFI), o que possibilitou um maior conhecimento da realidade do profissional. A Resolução CFAS nº. 135/1980 incorporou, além da fiscalização da profissão, a defesa da qualidade dos serviços oferecidos aos usuários (CFESS, 2007, p. 12). As mudanças foram graduais nas ações do CFAS/CRAS, tais como: a primeira eleição direta para o CFAS foi em 1987; o rompimento com a “[...] supervisão ministerial do Estado, o que transformou o conselho num órgão ‘especial com autonomia financeira e administrativa’ sendo supervisionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”, dentre outras alterações (GONÇALVES, 2016, p. 69-71).

Na década de 1990, diante do quadro de neoliberalismo, o Serviço Social optou por não ter sindicato e definiu que as filiações aos sindicatos fossem efetuadas por ramo de atividade. Com isso, a ANAS foi extinta em 1993. Em tal contexto, a CENAS organizou-se para as disputas do CFAS edos CRAS, uma disputa entre os grupos conservadores e a ala mais crítica do Serviço Social. (GONÇALVES, 2016, p.67). Em 1993, ocorreu a revogação da Lei n° 3.255/1957, substituída pela Lei nº. 8.662/1993, que alterou o nome do Conselho Federal de AssistentesSociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS) para, respectivamente, ConselhoFederal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).

O CFESS não está subordinado à administração pública, mas tem a responsabilidade de fazer a prestação de contas no Tribunal de Contas da União (TCU). A sede administrativa (própria) fica na Capital Federal do país. Sua diretoria é eleita a cada três anos. É de responsabilidade do CFESS (atividade precípua) orientar,

(11)

924 disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão, além de assessorar os CRESSs, dentre outras atividades.

Para viabilizar a aproximação com a categoria, cada estado da Federação (em sua capital) e o Distrito Federal terá um CRESS, com uma diretoria similar na composição e com eleição a cada três anos. Possui autonomia administrativa e financeira, porém não pode desvincular-se do CFESS. Os CRESS podem decidir sobre sua área de jurisdição e a implantação da Delegacia Seccional deve ser homologada no CFESS. A Delegacia Seccional está subordinada ao CRESS de referência. Trata-se de uma unidade administrativa que tem por objetivo “oferecer melhores condições de comunicação, fiscalização e orientação ao Assistente Social”. A legislação recomenda avaliar se a arrecadação do CRESS é suficiente para a manutenção das atividades.

Com referência à gestão dos conselheiros no Conjunto CFESS/CRESS, cabe ressaltar que tal atividade, em qualquer instância, não é remunerada, tratando-se de uma ação com caráter de militância política na defesa da profissão, primando pela qualidade dos serviços prestados aos usuários e pela defesa e respeito aos interesses coletivos da categoria.

A década de 1990 foi marcada por conflitos e enfrentamentos. A CF/88 acabara de ser promulgada, na qual estava garantida a construção de umaproteção social. No entanto, a implementação dessa política ocorreu justamente com a entrada do chamadoneoliberalismo no país, o que atrasou a aplicação das conquistas da CF/88. A “flexibilização” (eufemismo para uma nova etapa da exploração capitalista contra os trabalhadores) dos contratos de trabalho, da legislação trabalhista e das remunerações atingiu também a vida profissional dos Assistentes Sociais. Nessa conjuntura, a categoria construiu um projeto profissional inovador e crítico, com fundamentos retirados da tradição marxista, apoiados em valores e princípios humanistas e nas especificidades do país. Tal projeto adquiriu materialidade no conjunto das regulamentações profissionais: o Código de Ética do Assistente Social (1993), a Lei de Regulamentação da Profissão (1993) e as Diretrizes Curriculares norteadoras da formação acadêmica. O Projeto Ético e Político (PEP) do Serviço Social, que orienta o exercício e a formação profissionais, foi resultado de um processo histórico de construção coletiva, sob a direção das entidades nacionais da categoria (CFESS/CRESS, ABEPSS e ENESSO). Ressalto que o Código de Ética deixa claro a garantia ao pluralismo e o respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas

(12)

925 expressões teóricas, bem como o compromisso com o constante aprimoramento intelectual. Na década de 1990, o conjunto CFESS/CRESS e outras entidades10 da categoria promoveram debates sobre a ética profissional, verificados em dois seminários sobre o tema e no VII Congresso Brasileiro de Assistente Social (CBAS).

Sobre o PEP, Barata e Braz (2009) assinalam que é uma construção histórica da profissão desde 1970 e que sua consolidação ocorreu na década de 1990, período de maturidade da profissão e da política organizativa da categoria. Tal maturidade foi possível mediante a produção de conhecimento (pós-graduação) e os fóruns deliberativos construídos através das entidades profissionais.

O novo milênio traz ao mundo do trabalho novas transformações. Nicolau Sevcenko (2005) observa a ocorrência da Revolução da Microeletrônica. Todos os avanços tecnológicos dessa fase visam ampliar o lucro, utilizando uma quantidade reduzida de mão-de-obra. Para Sevcenko, a Revolução da Microeletrônica, que prossegue até os nossos dias, é um período caracterizado pela aceleração contínua e precipitada, algo que entorpece ossentidos humanos e aliena. Tais mudanças são marcadas pelo signo da imprevisibilidade.

Segundo Teixeira e Braz (2009), no inicio dos anos 2000 no Serviço Social, apontaram que ocorreram dois processos simultâneos: “[...] a continuidade do processo de consolidação do projeto ético‐ político e as ameaças que sofre diante das políticas neoliberais que repercutem n o seio da categoria sob a forma de um neoconservadorismo profissional”. Além do neoliberalismo, as dificuldades apresentadas no campo ideocultural e teórico assinalam a impossibilidade de se superar a ordem do capital, o que contribui para com a manutenção da classe dominante. No Brasil, em 2002, ocorreu a vitória do Partido dos Trabalhadores (PT) para a Presidência da República. O PT aceitou o “jogo politico” e a política de “alianças”. Por um lado, ofereceu à população em vulnerabilidade social algumas políticas públicas, efetivando um tímido programa de transferência de renda; por outro lado, a ordem do capital não foi sequer arranhada (setores da elite ampliaram significativamente seus lucros, caso do setor bancário).

Foi nesse momento que o conjunto CFESS/CRESS passou a discutir a Política de Fiscalização Nacional (PFN), que é “[...] um instrumento político fundamental para a garantia da unidade orgânica entre CRESS e CFESS para avançar na defesa e

(13)

926 valorização da profissão. Suas dimensões devem ser articuladas e referenciar o planejamento de ações realizadas nesta direção” (CFESS, 2007). Suas dimensões são: Afirmativa de Princípios, que é uma “estratégia para fortalecimento do projeto ético-politico profissional e da organização política da categoria em defesa dos direitos, das políticas públicas e da democracia [...] luta por condições de trabalho condignas e qualidade dos serviços prestados”. Normativa e Disciplinadora,a qual deve permitir uma “[...] aproximação das particularidades sócio-institucionais, instituir bases e parâmetros normativos-jurídicos reguladores do exercício profissional [...]”. É nesse eixo que se aplica a fiscalização, seguindo a legislação profissional; A terceira dimensão é a Política-Pedagógica,que tem por finalidade a “[...] adoção de procedimentos técnico-politico de orientação e politização dos assistentes sociais e usuários dos serviços relativos às políticas sociais, instituições e sociedade em geral acerca dos princípios e compromisso ético-políticos do Serviço Social [...]” (CFESS, 2007).

A PFN foi aprovada em 2007 e sua aplicação está sendo utilizada. Na década de 2010, a discussão no Conjunto teve como destaque a forma de organização em núcleos dentro da jurisdição do CRESS, denominados Núcleos do Conselho Regional de Serviço Social (NUCRESS), que tem por finalidade a aproximação com os territórios e também a unificação dos formulários de fiscalização em nível nacional.

Considerações finais

A partir das ações apontadas acima e da construção coletiva utilizada pelo Conjunto CFESS/CRESS e outras entidades da profissão, percebe-se aorganização política da categoria, algo que denota um constante processo em movimento e elaboração.

Entendo a organização política através da construção das relações sociais. Assim, “[...] a necessidade que gera a ação coletiva, a consciência que orienta a organização política e a vontade de mobilizar para a proteção/construção coletiva” (RAMOS, 2005, p. 304). Nessa perspectiva, compreendo que um desejo individual agrupado em um coletivo gera a construção de um determinado grupo com uma

(14)

927 finalidade. A sociedade é construída por vários grupos com diversas finalidades; a forma a qual cada grupo irá conquistar adeptos e ter suas ideias defendidas é o que se identifica como política, entendida como a arte de compatibilizar interesses. Assim, organização política pode ser apreendida como um “[...] processo histórico, humano, intencional e criador, capaz de possibilitar uma reflexão crítica sobre a realidade, que se concretiza em múltiplas esferas da vida cotidiana, em diversos níveis, influindo nas esferas públicas e privadas” (RAMOS, 2005, p.305). A partir de tal postulado, identifiquei dois movimentos relativos à organização política dos Assistentes Sociais: o primeiro, situado na construção da profissão, de caráter conservador; o segundo, a partir da década de 1990, com a construção do Projeto Ético Político da profissão, ancorado na teoria marxista.

Reconstruindo a trajetória histórica da formação do Conjunto CFESS/CRESS, é possível identificar de que forma a categoria organizou-se, utilizando o referido conjunto para a defesa da profissão e para a construção de respostas frente às demandas apresentadas.

No atual momento, temos uma forma de organização política dentro do Conjunto CFESS/CRESS que ultrapassa a fiscalização na perspectiva da dimensão Política Pedagógica, que é o papel precípuo do conjunto. Ainda podemos observar uma metodologia próxima da ANAS, através de planos de gestão local, estadual e nacional, que conta com a representação de profissionais de todo o país nos fóruns democráticos em todas as instâncias: NUCRESS, Seccional, CRESS e o CFESS.

O fórum máximo de deliberação é o Encontro Nacional. Nele estão os representantes da gestão dos CRESS (Seccional e NUCRESS) e do CFESS, os Assistentes Sociais de base que foram eleitos nas assembleias de cada jurisdição do CRESS, os trabalhadores do Conjunto CFESS/CRESS, além de representantes da ABEPSS e ENESSO. É nessa arena que se apresenta as dificuldades vivenciadas pela categoria e se constrói as direções a seguir. As demandas são apresentadas nos seguintes eixos: orientação/fiscalização profissional; comunicação; ética/direitos humanos; seguridade social; formação/relações internacionais e administrativo/financeiro.

O Encontro Nacional é precedido pelos encontros descentralizados (que ocorrem por região no país), pelo Encontro Estadual, além de outras atividades, como a fiscalização e eventos realizados (Seminários, Fórum, Café com Cultura, as diversas

(15)

928 Comissões de Trabalho, Grupo de Trabalho, Congresso Estadual de Assistente Social, a participação de representantes nos conselhos de políticas públicas e conselhos de direitos, reuniões com a categoria e as atividades desenvolvidas pelas Seccionais e NUCRESS). Dessas ações são construídas as pautas, que obedecem aos princípios do Código de Ética.

Entendo que esse espaço, institucionalizado com um único objetivo de fiscalizar, foi ampliado para atender as demandas da categoria. Fortalecendo-se o espaço de organização política da profissão fortalece-se igualmente a implantação do Projeto Ético Político. Avanços precisam ainda ocorrer, uma vez que o espaço do Conselho de Profissão é uma autarquia ligada à União. É necessário, assim, pensar a descentralização da instituição.

Referências

CFESS. Instrumentos para a fiscalização do Exercício Profissional. Brasília. 2007.

CÔRTES, Adelaide Ramos. O papel dos Conselhos de Fiscalização Profissional e sua

importância para a sociedade. Disponível em:

<http://www.parlamentoconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2016/02/O-papel-dos-Conselhos.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2018.

COSTA, Beatriz Rezende Marques, e VALENTE, Manoel Adam Lacayo. RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS CONSELHOS PROFISSIONAIS. Nov. 2008. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-tecnicas/areas-da-conle/tema1/2008-14144.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2017.

GONÇALVES, Giovane Martins. Reconstrução Histórica Crítica do Conselho Regional de Serviço Social - CRESS 6ª. Região – Seccional de Juiz de Fora: Análise dos Processos Históricos do Serviço Social Brasileiro. 2016. 172 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.

GUEDES, Olegna de Souza. Expressões do conservadorismo nos códigos de ética dos assistentes sociais de 1947 a 1965. Textos & Contextos, Porto Alegre, V. 15, n.1, p.

28-42, jan-jun, 2016. Disponível em:

<http://revistaseletronicas.pucrs.br/fass/ojs/index.php/fass/article/view/24058/14626 >. Acesso em: 08 ago. 2018.

IAMAMOTO, Marilda; CARVALHO, Raul de. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 17.ed. São Paulo: Cortez; Lima, Peru: CELATS, 2005.

(16)

929 LEMOS, Esther Luiza de Souza; CAZELA, Mabile Caetano. Conselho Profissional de Serviço Social: Contextualização Histórica e Projeto Profissional. V Simpósio Regional de Formação Profissional e XXI Semana Acadêmica de Serviço Social. Tema Central: As Configurações da Exploração do Trabalhador no Capitalismo Contemporâneo. Ago.2013 Disponível em: <http://cac-php.unioeste.br/eventos/servicosocialunioeste/anais/upload/Cazela_Lemos.pdf> Acesso em: 04 fev. 2018.

LEI no 8.662, de 7 de junho de 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8662.htm>. Acesso em: 04 fev. 2018.

NETTO, José Paulo. O Movimento de Reconceituação 40 anos depois. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 84, p. 05-19, nov. 2005.

______. Capitalismo monopolista e Serviço Social. 8. ed.São Paulo: Cortez, 2011.

RAMOS, Sâmia Rodrigues. A mediação da organização política na (re)construção do projeto profissional: o protagonismo do Conselho Federal de Serviço Social.2005. 332f. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

SANTOS, Leila Lima. Textos de Serviço Social. Documento de BH. São Paulo: Cortez, 1982.

SILVA, Cláudia Neves. A presença de postulados tomistas na gênese do Serviço Social.

Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 24, p. 87-100, set. 2003.

SEVCENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa. 7. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. (Coleção Virando Séculos, v. 7).

TEIXEIRA, Joaquina Barata; BRAZ, Marcelo. O projeto ético-político do Serviço Social. In: CFESS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. p. 01-18. Disponível em: <http://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/teixeira-joaquina-barata_-braz-marcelo-201608060407431902860.pdf>. Acesso em: 14 out. 2018.

Referências

Documentos relacionados

Portanto podemos verificar que esta ferramenta reduz gastos com comunicação, viabiliza e outros fatores da empresa, como o marketing, e dispõe ao consumidor toda

Larvas em estágio de flexão consumiram preferencialmente zooplâncton - copépodos, e larvas em pós-flexão, juvenis e adultos consumiram insetos aquáticos, terrestres

A Prefeitura Municipal de Amélia Rodrigues torna público o CANCELAMENTO do PREGÃO ELETRÔNICO N° 034/2019, destinado à contratação de empresa especializada para fornecimento

Não conhecidos os embargos de declaração opostos contra decisão que negue seguimento a recurso especial, não há falar em interrupção do prazo para interposição de agravo

( ) Em seus objetivos gerais, o ensino da arte articula ações que oportunizam aos alunos se reconhece- rem como seres humanos em sua integridade; que possam conhecer e

O SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CHOPINZINHO, ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei e ainda pelo Decreto nº 371/2020 e tendo em

Além disso, ao correlacionar os resultados de insulina e peptídeo-C com os parâmetros do perfil glicêmico, apenas o peptídeo-C manteve correlações positivas e fracas com glicemia

8. Nos preços já deverão estar consideradas todas as despesas com tributos, fretes, transportes, seguros e demais despesas que incidam direta ou indiretamente no