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TROFOBIOSE DE FRANCIS CHABOUSSOU

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Academic year: 2021

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(1)

A TEORIA DA

TROFOBIOSE

DE FRANCIS CHABOUSSOU

(2)

TROFOBIOSE

Trofo

-

quer dizer alimento

Biose

-

quer dizer existência de vida

Portanto, Trofobiose quer dizer: “todo e qualquer ser vivo só sobrevive se houver alimento adequado disponível para ele”

Então, p. ex., uma planta só será atacada por um inseto ou

microrganismos, quando tiver na sua seiva, exatamente o alimento que eles precisam

Este alimento é constituído geralmente por aminoácidos, que são

(3)

Portanto um vegetal bem alimentado e manejado considerando todas

as suas necessidades e equilíbrios, dificilmente será atacado por "pragas e "doenças". As ditas pragas e doenças, morrem de fome numa planta equilibrada.

(4)

Equilíbrio Biológico

Na agricultura se chama de equilíbrio biológico o controle que é feito

por predadores e parasitas, no controle do crescimento da população de insetos, ácaros, nematóides, fungos, bactérias e vírus.

Podemos citar, como exemplos, os casos de:

Pulgão (praga), controlado por Joaninha (predador)

Lagarta-da-soja (praga), controlada por Baculovirus (parasita)

 Esse equilíbrio é importante para manter, em um nível que não cause

dano econômico, as populações de “pragas” e “doenças” nas lavouras.

(5)

Mas, não é somente a morte dos inimigos naturais que causam

o aumento de pragas e doenças nas lavouras.

A) A resistência ou sensibilidade da planta ao ataque de insetos e

microrganismos está ligada ao uso ou não de agrotóxicos e adubos e aos tratos culturais

B) As pragas e doenças só atacam as plantas que foram

maltratadas de alguma forma

C) Essas plantas maltratadas têm, na sua seiva, os produtos livres

(principalmente aminoácidos) que os insetos e doenças precisam para se alimentar e viver

(6)

1ª Conclusão

Podemos trocar o nome de pragas e doenças para

indicadores de mau manejo

Insetos, ácaros, nematóides, fungos, bactérias e

vírus são a consequência e não a causa do

problema

(7)

Explicação

Síntese de proteínas: Proteossíntese;

Enzimas que são responsáveis por processos

importantes da planta;

Quando na ausência ou excesso de alguns

nutrientes, perdem sua capacidade de catalisar

as reações, diminuindo sua eficiência.;

(8)

Inibe-se o processo de proteossíntese, que

é a formação de proteínas, ocorrendo o

acúmulo de aminoácidos, açucares

redutores, esteróis, vitaminas e outras

substâncias simples livres e solúveis no

tecido vegetal;

(9)
(10)

Este acúmulo de produtos solúveis favorece

e atrai a alimentação por parte de insetos,

ácaros, nematóides, fungos e bactérias;

Possuem poucas enzimas e estas apenas conseguem

digerir substâncias simples presentes na seiva da

planta;

(11)

Assim, não é devido à qualquer efeito tóxico

dos compostos fenólicos que exerce a

resistência, mas sim como conseqüência de

uma carência de elementos nutricionais

(12)

Fatores que influenciam a resistência

das plantas

Espécie ou variedade da planta

Adaptação genética;

A idade da parte da planta

Plantas na fase de floração, assim como folhas muito jovens ou

muitos velhas são mais atacadas por insetos;

Solos

Fertilidade;

Luminosidade

– Falta de sol provoca uma diminuição da atividade fotossintética,

(13)

Umidade

Falta ou excesso de umidade provocam o aumento da população

de insetos e doenças;

Tratos culturais

Capinas, lavrações e gradagens;

Adubos químicos (sais solúveis concentrados)

Produtos, como uréia, cloreto de potássio, superfosfatos e NPK

provocam a alteração do metabolismo das plantas;

Agrotóxicos

(14)

Adubos orgânicos

Aumentam a proteossíntese nas plantas;

Adubos minerais de baixa solubilidade;

– Tornam-se gradativamente disponíveis para a absorção pelas

raízes, aumentando a proteossíntese;

Defensivos naturais

(15)

Efeitos dos agrotóxicos sobre as

plantas

Entrada nas plantas;

Diminuem a respiração, transpiração e fotossíntese;

Selecionam organismos resistentes;

(16)

Efeito de adubos concentrados sobre

as plantas

Absorção descontrolada;

Desequilíbrio nutricional;

Mudança nos padrões químicos e físicos do solo;

Ação indireta sobre microrganismos do solo;

(17)

Proteção das plantas pelo aumento da

proteossíntese

Aminoácidos livres;

Formação de toxinas;

Necessidades tróficas do patógeno;

Vigor;

(18)

Matéria Orgânica e a resistência das

plantas

Água no solo;

Disponibilidade de nutrientes para micro e macro

fauna do solo;

Maior equilíbrio na disponibilidade de nutrientes para

plantas;

Melhoria das características físicas e químicas do

(19)

Métodos de agricultura regenerativa ou

ecológica

A agroecologia proporciona as bases científicas para

apoiar processos de transição para agriculturas

“sustentáveis ”ou de “base ecológica”em suas

diversas manifestações ou denominações

(Biológica, Orgânica, Regenerativa, Ecológica,

Biodinâmica)

A agricultura ecológica ou regenerativa vem como

uma alternativa nessa transição e para praticá-la

deve ser realizado um conjunto de praticas de

manejo eficiente e correto.

(20)

Adubação verde

Cultivo de plantas que enriqueçam o solo, com

nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre e

micronutrientes.

Aumenta a disponibilidade desses nutrientes,

através da ação de microorganismos que se

associam as plantas.

As plantas de adubação verde devem ser rústicas e

bem adaptadas a cada região para que

descompactem o solo com suas raízes vigorosas e

produzam grande volume de massa verde para

melhorar a matéria orgânica, a melhor fonte de

nutrientes para a planta.

(21)

Adubação mineral

Adubações moderadas de cálcio, fósforo,

potássio e magnésio, com produtos de

solubilidade lenta, como pó de rochas e

restos de mineração.

(22)

Adubação orgânica

Uso de esterco curtido, compostos fermentados,

cobertura morta, ricos em microorganismos úteis,

macro e micro-nutrientes, antibióticos naturais e

substâncias de crescimento.

Em solos com elevada atividade biológica, pode-se

usar esterco fresco, e vegetais não decompostos,

que podem ser deixados, na superfície do solo ou

incorporados (no máximo 5 a 8 cm de profundidade).

(23)

Evitar adubos químicos

Adubos químicos com alta solubilidade, matam os organismos

úteis do solo devido a acidez e salinidade.

Desequilibram a fisiologia das plantas, pois devido a alta

concentração, entram na seiva pela pressão da água, não

deixando a planta regular a quantidade e o que está

precisando absorver.

Adubos químicos viciam as raízes que tornam-se atrofiadas e

não se desenvolvem.

Este processo resulta em desequilíbrio fisiológico da planta,

(24)

Não usar agrotóxicos

Agrotóxicos contaminam os alimentos com resíduos, intoxicam

e matam animais e pessoas.

Deixam plantas menos resistentes ao ataque de insetos,

ácaros, nematóides, fungos, bactérias e vírus.

Utilização de plantas especificas, que sirvam como repelente a

insetos, ou plantas que forneçam efeito alelopático sobre

determinados fungos e bactérias, auxiliando no controle dos

mesmos.

É comum que logo depois de uma aplicação de agrotóxicos as

plantas sofram ataques ainda mais fortes, obrigando o

agricultor a recorrer a venenos mais fortes ainda.

(25)

Usar defensivos naturais

Produtos que estimulam o bom desenvolvimento da

planta, quando pulverizados ou polvilhados sobre

ela.

Ex:esterco liquido fermentado, enriquecido com macro e

micronutrientes.

Esterco liquido fermentado enriquecido com ervas nativas,

água de vermicomposto, cinzas, soro de leite diluído,

enxofre, calda bordalesa, calda sulfocálcica, etc.

Utilização de produtos a base de extratos vegetais

de rápida degradação, como piretro, calda de fumo,

timbó ou óleo mineral, somente em casos de

(26)

Consorciação e rotação de culturas

Uso de plantas de diferentes famílias com diferentes

necessidades nutricionais e diferentes tipos de

raízes para que façam uma complementação entre

si.

Uso de plantas que forneçam alta quantidade de

matéria verde, retirem minerais das camadas mais

profundas do solo.

Uso de plantas consideradas daninhas, mas que

possam servir como indicadoras das condições do

solo.

(27)

Reciclagem de resíduos

Utilização de técnicas brandas e baratas,

com insumos produzidos na propriedade ou

próximo a ela.

Uso de resíduos de engenhos, serrarias,

matadouros, olarias, que geralmente são

jogadas em arroios e nascentes, que

(28)

Observação da natureza e aprendizado

permanente de suas lições

Devemos aprender a dialogar com a natureza, observar seus

indicadores biológicos e trabalhar junto com ela, a favor de nossas culturas.

O agricultor conhece e deve conhecer cada vez mais os sinais da

natureza. Ele deve saber que quando aparecem muitos insetos, ou determinado tipo de erva nativa, é devido a algum tipo de desequilíbrio ou alguma carência. Neste caso, o certo é corrigir o desequilíbrio, ao invés de matar os insetos ou eliminar a erva, pois devemos eliminar a causa do problema e não apenas suas conseqüências.

A terra se cobre daquilo que é melhor para ela: se tem samambaia é

porque o solo é ácido; guanxuma é porque o solo está compactado; o cabelo de porco indica exaustão de cálcio etc. Isto tudo significa que, conhecendo estes e outros sinais da natureza, as práticas de manejo utilizadas pelo agricultor virão em benefício da natureza e não contra ela.

(29)

Considerações Finais

Solo

Base de toda a produção

Organismo vivo

Devemos dar a esse ser vivo todas as condições

para que as plantas nele manejadas possam se

desenvolver bem.

(30)

Ações mal feitas

Adubação química solúvel concentrada

Falta de M.O

Falta ou excesso de água

Falta de Luz

Uso de agrotóxicos

Tratos culturais errados

Haverá uma reação natural na forma de ataque de

organismos (insetos, ácaros, nematóides), indicando erro

no manejo.

(31)

Para prevenir esses ataques, deve – se fornecer às plantas

uma alimentação saudável e equilibrada, e a forma mais fácil e

barata é a adubação orgânica.

No conceito da Trofobiose, as plantas adquirem o máximo de

resistência biológica através de nutrição (trofos) equilibrada. É

necessário que:

o solo esteja em equilíbrio dinâmico – o meio ambiente seja mais estável

plantas selecionadas e adaptadas para poderem suportar as

alterações fora de tempo ocasionadas pelo desenvolvimento meteorológico e nas fases fenológicas críticas do crescimento e do desenvolvimento

(32)

O Super-Magro leva como base o melaço de cana, matéria orgânica

como o esterco de gado, leite, maçã moída ou raiz de mandioca, ou todos juntos e mais nove sais minerais macronutrientes secundários e micronutrientes, todos submetidos a fermentação.

 Com o Super-Magro também podem ser associadas caldas clássicas

como

calda bordalezacalda sulfocálcicasilicato de potássiocalda sílico sulfocálcicaiodo

cinzas de leguminosascasca de arroz

(33)
(34)

Com a nutrição equilibrada dos vegetais,

acompanhada da correção com o Super-Magro,

chegou-se ao controle de enfermidades até então

consideradas "tabus" na agricultura:

sarna da macieira

a sarna do pessegueiro

controle das podridões amarga e parda

controle da mosca das frutas

(35)

Muitos pesquisadores fizeram estudos e só agora, começam a

ser divulgadas e conhecidas as qualidades importantes do

composto Super Magro, como:

Ação oxi-redutivadesintoxicante – de vacina

– nutricional, principalmente via enzimas e coenzimas capazes de

atribuir ao vegetal condições de regenerar tecidos

Mais importante do que "tratar" das doenças é atentar ao

(36)

As principais fontes alimentares dos predadores e parasitas das plantas são substâncias

de alta solubilidade presentes nos tecidos vegetais,

açúcares solúveisaminoácidos livres

A aplicação de agrotóxicos provoca nas plantas um estado de desordem metabólica que

desregula os mecanismos de proteólise (quebra de proteínas) e proteossíntese (síntese de proteínas) nos tecidos vegetais.

Em conseqüência, sobram nutrientes na seiva das plantas. Como se sabe, nem todas as

pragas são eliminadas pelos agrotóxicos. Muitos insetos, ácaros, fungos e bactérias adquirem resistência após sucessivas aplicações e passam a sugar das plantas uma seiva "enriquecida" com substâncias nutritivas que viabiliza a rápida proliferação das pragas e doenças.

Após estudar esse processo, Chaboussou afirmou que a maioria das moléstias das

(37)

Dentre as alternativas, a compostagem de matéria orgânica de origem animal

continua sendo amplamente empregada, não apenas por suas vantagens nutricionais, mas também por seus benefícios para a estrutura dos solos.

Além dos biofertilizantes, outras formas de incorporação de matéria orgânica

aos solos vêm sendo utilizadas, tais como: as tortas de mamona e de outros vegetais, a manutenção da cobertura morta sobre os solos e o plantio de leguminosas como "adubos verdes".

Outra alternativa, ainda cercada de muita polêmica, é a utilização do lodo dos

esgotos domésticos como fertilizante orgânico. O fertilizante pronto poderia chegar aos agricultores pela metade do preço pago pela torta de mamona.

Mas este produto estaria, comprovadamente, livre da contaminação de metais

(38)

bibliografia

Referências

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