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AVALIAÇÃO DO SISTEMA DIGESTÓRIO

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Academic year: 2021

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Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica

Disciplina: Avaliação de Indivíduos e Famílias

AVALIAÇÃO DO SISTEMA

DIGESTÓRIO

Profa. Dra. Lilia de Souza Nogueira

Objetivos da aula

Compreender a importância da avaliação do sistema digestório

Identificar dados relevantes da anamnese na avaliação do sistema digestório

Salientar a importância da preparação do paciente e do ambiente

Identificar os métodos propedêuticos e técnicas utilizados na avaliação do sistema digestório Descrever os achados do exame físico do sistema digestório

Anamnese

Relembrar – cabeça e pescoço Apetite

Disfagia, odinofagia

Intolerância alimentar (pirose, dispepsia) Dor abdominal

Náusea/vômito Hábitos intestinais

História abdominal pregressa Medicamentos, antecedentes pessoais Antecedentes familiares

(2)

Importância da avaliação do sistema

digestório

70% dos diagnósticos relacionados aos distúrbios gastrointestinais são feitos com a história clínica 90% associando-se ao exame físico (achados anormais)

Exame físico abdominal- materiais

Estetoscópio

Fita métrica ou régua pequena Caneta para marcação da pele Algodão com álcool ou swab alcóolico Travesseiros

Biombo Relógio

Exame físico abdominal

Preparação do ambiente e do paciente

Boa fonte de luz e ambiente silencioso Mão aquecidas, unhas curtas (LAVAR AS MÃOS) Solicitar ao paciente que esvazie a bexiga Posição confortável – DDH

Musculatura abdominal relaxada- travesseiro sob a cabeça e debaixo dos joelhos, braços ao lado do corpo ou cruzados sobre o peito

Exposição completa do abdome – privacidade e aquecimento

Abordagem lenta e gentil, observar expressão facial do paciente

(3)

Exame físico abdominal

Localização dos órgãos

Jarvis, 2012

Exame físico abdominal

Pontos de referência

Exame físico abdominal

Áreas topográficas - Quadrantes

(4)

Exame físico abdominal

Áreas topográficas - Regiões

A – Hipocôndrio direito B - Epigástrico C – Hipocôndrio esquerdo D – Flanco direito E – Mesogástrico (umbilical) F – Flanco esquerdo G – Fossa ilíaca direita H – Hipogástrico ou suprapúbico I – Fossa ilíaca esquerda

Exame físico abdominal

Métodos propedêuticos

ATENÇÃO

PARA A

SEQUÊNCIA

1

2

3

4

Inspeção

Posicione-se do lado direito do paciente Pele (deve ser lisa, uniforme, com coloração homogênea)

Cor, presença de cicatrizes, hematomas, padrões venosos, lesões e estrias

Presença de aberturas artificiais (drenos ou ostomias) Descreva ou desenhe a localização das lesões ou cicatrizes

(5)

Inspeção

Como descrever?

Inspeção – padrão venoso

A = Padrão venoso esperado B = Hipertensão portal

C = Obstrução da veia cava inferior

Circulação colateral

Tipo cava

(6)

Inspeção

Cicatriz umbilical (normalmente na linha média e invertida)

Posição, formato, cor, sinais de inflamação ou abaulamentos

http://www.apef.com.pt/slidoteca/?imr=13&fmo=img&slidoteca=3

Inspeção

Contorno e simetria

Observe o contorno e a simetria, notando a presença de massas, protuberâncias, retrações ou distensões

O abdome é plano (achatado), arredondado ou escavado (escafóide), distendido?

O abdome é simétrico? Os flancos estão abaulados ou existe alguma saliência local?

Solicitar ao paciente que respire profundamente (descida do diafragma)

Distensão ou S/N– meça o abdome (referência: cicatriz umbilical)

(7)

Inspeção

Movimento ou pulsações

Observar movimento suave e regular conforme a respiração

Homens – movimento abdominal com a respiração Mulheres – movimento torácico com a respiração Movimentos peristálticos e pulsação aórtica normal – pode ser visível em pacientes magros na região mesogástrica

Aumento das ondas peristálticas (magros), visualização da peristalse (obesos ou normais) ou pulsação marcante - investigar

Inspeção

Como descrever?

Ausculta

Diafragma do estetoscópio “aquecido” , inicie pelo QID Ausculte os ruídos intestinais (Ruídos hidroaéreos - RHA) - peristaltismo (frequência e característica)

Ruídos intestinais – cliques ou borbulhamentos (5 a 30 vezes por minuto)

Borborigmos – borbulhamentos prolongados e intensos (gases sem líquidos). Ex: fome, gastroenterocolites Ausência de ruídos – estabelecida apenas após 5 minutos de ausculta contínua

Descreva os sons: RHA normais (presentes), ausentes, hipoativos (diminuídos), hiperativos (aumentados)

(8)

Ausculta

Ausculta

Sons vasculares (campânula do estetoscópio) Pontos de ausculta para identificação de sopros (anormais)

Bickley, 2010

Percussão

Avaliar o tamanho e densidade de órgãos Detectar presença de líquido, ar e massas preenchidas com líquido ou sólidas Ouvido do examinador – menos de 1 metro Som timpânico é predominante (gazes). Regiões de macicez (órgãos e massas sólidas)

QSD- macicez hepática

(9)

Percussão

Roteiro sistemático para percussão abdominal (4 quadrantes)

Percussão do fígado

Direção: da área timpânica para maciça Permite identificar a extensão aproximada do fígado (dimensões verticais)

Borda superior (do 5º ao 7º EIC – à direita) Borda inferior (margem costal ou ligeiramente abaixo dela)

Determine as bordas inferior e superior (marque com uma caneta). Extensão normal: 6 a 12 cm (linha hemiclavicular)

(10)

Hepatimetria normal

Bickley, 2010

Percussão do baço

Posteriormente à linha axilar média Inicie pelas áreas de ressonância pulmonar Macicez esplênica: da 9ª até a 11ª espaço intercostal

Área normal: até 7cm de largura

(11)

Palpação Superficial

Função: identificar hipersensibilidade abdominal, resistência muscular, distensão e presença de massas

Deve ser sistemática - 4 quadrantes

Palma da mão com os dedos estendidos e aproximados sobre o abdome

Deprimir o abdome aproximadamente 1cm com a superfície palmar dos dedos

Movimentos suaves, sem rotação

Abdome: deve ser macio, com suavidade consistente, insensível e com ausência de massas

Diferencie proteção voluntária (ex: frio) da rigidez involuntária (ex: peritonite)

Palpação Superficial

Palpação Profunda

Delinear órgãos abdominais e detectar massas menos óbvias

Palpe os 4 quadrantes, sentido horário Superfície palmar dos dedos estendidos, pressionando profunda e homogeneamente a parede abdominal (2,5 a 7,5 cm – 5 a 8 cm) Técnica bimanual profunda (especialmente se resistência muscular ou obesidade)

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Palpação Superficial x Profunda

Técnica Bimanual

Palpação Profunda

Massas

Localização, tamanho, forma, consistência, dor à palpação, pulsação, mobilidade e movimento com a respiração

Anel umbilical

Deve estar livre de protusões e nódulos Deve ser redondo e livre de irregularidades

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Palpação de estruturas específicas

FÍGADO

Palpação: Avaliar a sua superfície, consistência e hipersensibilidade ao toque

Na inspiração – margem do fígado pode ser palpável abaixo do rebordo costal direito na linha

hemiclavicular (borda firme e regular) – até 1-2cm

Fígado

Técnica 1

Jarvis, 2012

Cuidado!!!!!!

(14)

Fígado

Técnica 2: “Mão em garra”

Bickley, 2010

Palpação de estruturas específicas

VESÍCULA

Palpável apenas em condição patológica

Palpe abaixo da margem do fígado na borda lateral do músculo reto abdominal

Palpável e dolorosa? Palpável e indolor? Sinal de Murphy positivo: paciente interrompe abruptamente a inspiração por dor durante a palpação profunda no rebordo costal direito, linha hemiclavicular (ponto cístico) – possível colecistite

(15)

Palpação de estruturas específicas

BAÇO

O baço não é usualmente palpável (3x o tamanho normal para ser sentido)

Observar sensibilidade ao toque e contorno esplênico

Baço

Técnica

Bickley, 2010

Baço

Repita a manobra com o paciente em DLD e com o quadril e pernas flexionados

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Exemplo de baço palpável

Bickley, 2010

Aorta

Palpe profunda e ligeiramente à esquerda da linha média – pulsação da aorta (normal: direção anterior)

Largura da aorta = VN 2,5 a 4 cm

Jarvis, 2012

Pâncreas

Não é palpável

Sinais sugestivos: Grey-Turner (equimoses em flancos) ou Sinal de Cullen (equimoses peri-umbilical)

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Ascite

Cicatriz umbilical distendida; flancos salientes (DDH), pele esticada e brilhante, aumento da circunferência abdominal (medir – referência: cicatriz umbilical)

Atenção para percussão

Teste da onda líquida (Piparote)

Avalia o deslocamento de líquidos

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Ascite

Sensibilidade à descompressão

dolorosa (Sinal de Blumberg)

Se dor abdominal, realizar manobra para determinar irritação peritoneal

Deve ser executada ao final do exame

Mão em ângulo de 90ºcom o abdome do paciente e dedos estendidos. Comprimir o abdome lenta e profundamente. Em seguida, liberar rapidamente a mão.

Sinal de Blumberg positivo (dor à descompressão = irritação peritoneal)

Descompressão dolorosa

Sinal de Blumberg

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Teste do músculo iliopsoas

Sinal do psoas positivo: dor em QID – sugere apendicite

Sinal de Rovsing

Dor no quadrante inferior direito durante compressão do lado esquerdo sugere apendicite (sinal de Rovsing positivo)

Avaliação da região anal e perianal

Calçar luvas de procedimento

Inspecione a área perianal (pele espessa, pregueada e pigmentada, com abertura firmemente fechada)

Solicitar que o paciente faça força para baixo (observe integridade da pele, edema, hemorroidas, fissuras e presença de protuberâncias)

Avaliar necessidade de palpação (identificar contração esfíncter, canal anal liso e plano e parede retal lisa e sem nódulos)

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Referências

Jarvis C. Guia de exame físico para enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012

Seidel HM, Ball JW, Daims JE, Benedict GW. Mosby: guia de exame físico. 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007

Potter PA, Perry AG. Fundamentos de enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009

Barros ALBL. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2010

Referências

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