FF-296: Teoria do
Funcional da
Densidade I
Tópicos
●
O problema de 1 elétron
– O princípio variacional
– Função de onda tentativa ● Átomo de H unidimensional ● Íon H 2+ unidimensional – Equação de Schrödinger – Teorema do Virial ●
Dois elétrons
– Antissimetria e spinO Princípio Variacional
●
Energia (média) num determinado estado
●
Estado fundamental: aquele que minimiza a
energia => problema variacional
com
com
Integral por partes, considerando a função de onda zero nos limites
Função de Onda Tentativa
●
Princípio variacional:
– Quando não estamos interessados exatamente no
estado fundamental, mas sim numa aproximação deste
– Buscamos entre uma família de funções
dependentes de um parâmetro
Função de Onda Tentativa
●
Exemplo: Átomo de H 1D
– Potencial: (que imita um átomo de H
unidimensional), usar função tentativa gaussiana para estimar a energia do estado fundamental
Nota: uma gaussiana é uma função do tipo
média desvio-padrão
Função de Onda Tentativa
●
Exemplo: Átomo de H 1D
– Energia cinética
– Energia potencial
Função de Onda Tentativa
●
Exemplo: Átomo de H 1D
– Energia total
Função de Onda Tentativa
●
Exemplo: Átomo de H 1D
– A energia encontrada NÃO é a energia do estado
fundamental
● Mas sim maior ou igual a esta
– Função de onda gaussiana: quão bem representa
bem o estado fundamental?
– Fato: entre todas as infinitas funções gaussianas, a
obtida é a que mais se aproxima do estado fundamental
Função de Onda Tentativa
●
Átomo de H 1D
– Usar, agora uma função tentativa do tipo
exponencial com
– Com isto, obtemos o estado fundamental exato
(Por quê?).
Função de Onda Tentativa
●
Exemplo: Átomo de H unidimensional
– Energia cinética
Função de Onda Tentativa
●
Exemplo: Átomo de H unidimensional
– Energia total
A energia é mínima para: O valor mínimo da energia é:
Função de Onda Tentativa
●
Método variacional: combinação de duas
outras funções conhecidas
– Em geral, melhora nossa função tentativa
●
Tarefa: encontrar c
1
, c
2e a energia mínima
– Suposição: funções reais (caso complexo é similar)
Sendo os elementos da matriz H:
Note que H no caso real é simétrica (no caso complexo, ela é hermitiana)
Função de Onda Tentativa
●
Restrição
Matriz S (matriz de overlap):
Note que S no caso real é simétrica (no caso complexo, ela é hermitiana) A restrição, portanto, é:
Função de Onda Tentativa
Forma matricial
● Para obter solução não trivial, precisamos impor
● Esta é uma equação de autovalores generalizada
– É generalizada porque não aparece a matriz identidade
– A matriz identidade pode aparecer (quando as funções
Função de Onda Tentativa
●
A energia é igual aos autovalores
generalizados (verifique!)
●
E se o problema fosse com 3 funções
tentativas e não 2?
– O procedimento seria o mesmo
– Também teríamos uma equação de autovalores
generalizada
16
LCAO
●
Linear combination of atomic orbitals (LCAO)
– Assumimos
●
Exemplo: H
2+A
18
LCAO
●
Tight-biding
Equação de Schrödinger
●
Qual a relação entre o princípio variacional e a
equação de Schrödinger?
– O princípio variacional leva exatamente à equação
de Schrödinger
– Vejamos, inicialmente o caso de uma função de
onda real
● o caso complexo é um pouco mais complicado – O funcional a ser minimizado é
Equação de Schrödinger
●
Aplicando a técnica dos multiplicadores de
Lagrange
Equação de Schrödinger
● Conclusão
● Ou seja
● No caso complexo, precisamos fazer
– Teremos um problema variacional nas funções f e g.
Teorema do Virial
●
Evolução temporal de uma quantidade
Mas:
Teorema do Virial
●
Evolução temporal de uma quantidade
– Para um estado estacionário
– Para um estado estacionário e uma quantidade Q
Teorema do Virial
●
Vamos aplicar o resultado anterior para
●
Mas, afinal, o que é ?
Teorema do Virial
●
Assim:
●
Note que, para
– V(x) = k/x: – V(x) = kx2:
Férmions
● Partículas idênticas
– Considere um
experimento de
interferência entre feixes de partículas (em colisão)
– Dois detectores captam
as partículas espalhadas
– Se as partículas forem
idênticas, não há como determinar se ocorreu a ou b
Situação a
Férmions
●
Partículas idênticas
– Fisicamente, isto implica que
– Ou seja, permutar as partículas apenas introduz
uma fase na função de onda
Férmions
●
Operador de permutação
– O que fizemos antes, pode ser expresso
matematicamente pelo operador de permutação
– É evidente que
– O que implica que este operador tem somente dois
autovalores: 1 e –1
● Autofunções associadas a 1: simétricas (em relação a
uma permutação entre partículas)
● Autofunções associadas a –1: anti-simétricas (em
Férmions
● Permutação e autovetores do Hamiltoniano
– Considere um Hamiltoniano típico de N partículas
– Dada a simetria deste Hamiltoniano, é fácil ver que
– Ou seja, o Hamiltoniano comuta com o operador de
permutação
– Pela álgebra linear, sabemos que os autovetores de H e P
Férmions
● Postulado da simetrização
– A função de onda de N partículas deve obedecer
– No caso de férmions (sistemas com spin semi-inteiro), as
funções de onda são sempre anti-simétricas
● Obedecem à estatística de Fermi-Dirac e ao princípio de exclusão de
Pauli
– No caso de bósons (sistemas com spin inteiro), as funções de
onda são sempre simétricas
2 elétrons
●
Para resolver o problema de dois elétrons,
podemos aplicar o método variacional
●
Ou então, resolver a equação de Schrödinger
Hartree-Fock
● Átomo de Hélio 1D: formulando o problema
● Resultado experimental: –79,005151042 eV (de acordo com o NIST)
– Em Hartree: –2,903384694 H
– http://physics.nist.gov/cgi-bin/ASD/ie.pl
● No caso de um átomo de He 1D, a energia é –3,154 H
Hartree-Fock
●
Átomo de Hélio:
Hartree-Fock
●
Átomo de Hélio:
– Resultados teóricos mais recentes
● H. Nakashima, H. Nakatsuji. J. Chem. Phys. 127, 224104
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: primeira
aproximação
– Desprezando a interação elétron-elétron – A nova hamiltoniana é
– Neste caso, temos um problema de dois elétrons
independentes (é como se fossem 2 problemas de átomos de H separados).
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: primeira
aproximação
– Nesta aproximação, a função de onda é
– As funções são as mesmas de um átomo de H
com carga nuclear Z.
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: primeira
aproximação
– A energia total é
– No caso do He: E = – 4,000 H
– Veja que o erro cometido é de aproximadamente 0,846
H, ou seja, 23,0 eV
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: com o
método variacional
– Sabendo que no estado fundamental os elétrons do
He se encontram num orbital do tipo s (cada um
com spin contrário ao outro), tentamos uma função do tipo
: parâmetro variacional Sendo:
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: com o
método variacional
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: com o
método variacional
– Valor esperado da energia potencial elétron-núcleo
– Valor esperado da energia de repulsão
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: com o
método variacional
– Energia total– O valor de que minimiza a energia é
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: com o
método variacional
– Veja que, com o método variacional, percebemos
que a carga efetiva nuclear na função orbital de cada elétron é Z – 0,25
– O erro cometido é, em módulo, 0,0915 H, ou 2,49
eV
● Erro relativo de 3,0%
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: aproximação
de Hartree-Fock
– Vamos resolver o nosso problema usando o
método de Hartree-Fock
– Em linhas gerais, este método transforma um
Hartree-Fock
●
Resolvendo o átomo de Hélio 1D: aproximação
de Hartree-Fock
– No método de Hartree-Fock, consideramos que a
função de onda é dada por um determinante
● Este é o chamado determinante de Slater
– Neste determinante, também precisamos incluir a
parte de spin
– Vamos ilustrar para o caso 1D (o 3D é análogo)
Apêndice A
●
Desejamos obter a integral da gaussiana
●
Fazendo uma mudança de variáveis
Apêndice A
●
Continuando
Apêndice B
●
Desejamos obter a integral
●
Seja
Apêndice B
●
Mas
●