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Educação e Produtividade no Brasil

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Academic year: 2021

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Educação e Produtividade no Brasil

Fernando Veloso FGV/IBRE

Seminário “Educação e Desenvolvimento Econômico” Rio de Janeiro, 30 de maio de 2016

(2)

Evolução do Produto por Trabalhador - Brasil

Fonte: Conference Board 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 19 50 19 52 19 54 19 56 19 58 19 60 19 62 19 64 19 66 19 68 19 70 19 72 19 74 19 76 19 78 19 80 19 82 19 84 19 86 19 88 19 90 19 92 19 94 19 96 19 98 20 00 20 02 20 04 20 06 20 08 20 10 20 12 20 14 p ro d u to p o r tra b alh ad o r (U S$ 2015 PPP )

(3)

Evolução do Produto por Trabalhador – Brasil,

Coreia e China

Fonte: Conference Board 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 19 50 1952 1954 1956 1958 1960 1962 1964 1966 1968 1970 1972 1974 7619 1978 1980 8219 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 9819 2000 2002 2004 0620 2008 2010 2012 2014 p ro d u to p o r tra b alh ad o r (U S$ 2015 PPP )

(4)

Produtividade do Setor de Serviços

Queda da taxa de crescimento da produtividade do

trabalho do Brasil e da América Latina a partir da

década de 1980 está associada a uma desaceleração

do crescimento da produtividade dos serviços

(Ferreira e Silva, 2015)

De modo geral, baixo crescimento da produtividade

dos serviços explica episódios de desaceleração,

estagnação e queda da produtividade agregada

(Duarte e Restuccia, 2010)

(5)

Evolução da Produtividade de Serviços

– Brasil, Coreia e China

Fonte: GGDC 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 50000 1963 1965 1967 1969 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 p ro d u tiv id ad e d o s se rv iços (U S$ 2005 PPP )

(6)

Questões

Por que a produtividade cresceu tão pouco

desde o início da década de 1980?

Qual o papel da educação em uma agenda de

(7)

Estrutura da Apresentação

Produtividade agregada e produtividade dos

serviços

Serviços tradicionais e modernos

Educação e produtividade dos serviços

Educação e informalidade

(8)

Importância da Produtividade de Serviços

Baumol (1967):

- A produtividade do setor de serviços tende a crescer menos que a da indústria

- Como a demanda por serviços aumenta com a renda per capita, é preciso alocar uma parcela crescente da população ocupada no setor

- A dinâmica da produtividade agregada passa a ser determinada pelo baixo crescimento da produtividade dos serviços

Baumol, Blackman e Wolff (1985): alguns setores de serviços

(serviços modernos) têm crescimento significativo da

produtividade, enquanto outros têm baixo crescimento (serviços tradicionais)

(9)

Evolução do Emprego Setorial – 1950-2011

10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 19 50 19 52 19 54 19 56 19 58 19 60 19 62 19 64 19 66 19 68 19 70 19 72 19 74 19 76 19 78 19 80 19 82 19 84 19 86 19 88 19 90 19 92 19 94 19 96 19 98 20 00 20 02 20 04 20 06 20 08 20 10 p ar ticip açã o n o e m p re go to ta l (% )

agricultura indústria serviços Fonte: GGDC

(10)

Produtividade Agregada e Produtividade de

Serviços – 1995-2015

Fonte: FGV/IBRE 25.000 27.000 29.000 31.000 33.000 35.000 37.000 39.000 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Serviços Agregada

(11)

Serviços Modernos e Tradicionais

Classificação baseada em Eichengreen e Gupta

(2013)

Serviços modernos: intermediação financeira e

seguros; serviços de informação; serviços prestados

às empresas; serviços imobiliários e aluguel

Serviços tradicionais: comércio; transporte,

armazenagem e correio; administração pública, saúde

e educação pública; outros serviços (serviços

pessoais, hotéis e restaurantes, educação e saúde

mercantis)

(12)

Evolução da Participação da População Ocupada

em Serviços Modernos e Tradicionais no Total de Serviços

Fonte: PNAD

PO Serviços Modernos PO Serviços Tradicionais

2000 12,6% 87,4% 2001 12,9% 87,1% 2002 12,7% 87,3% 2003 13,1% 86,9% 2004 13,2% 86,8% 2005 13,3% 86,7% 2006 13,4% 86,6% 2007 12,6% 87,4% 2008 13,0% 87,0% 2009 12,9% 87,1% 2010 13,1% 86,9% 2011 13,5% 86,5% 2012 13,6% 86,4% 2013 14,4% 85,6% 2014 14,0% 86,0%

(13)

Evolução da Produtividade dos Serviços Modernos, Tradicionais e Agregado Fonte: FGV/IBRE 10.000 30.000 50.000 70.000 90.000 110.000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Modernos Tradicionais Total

(14)

Classificação e Características de Diferentes

Serviços

Fonte: Eichengreen e Gupta (2013)

Nível de Qualificação Tecnologia da Informação Grau de Comercialização da População Ocupada (Uso ou Produção) com o Exterior

Grupo I: serviços tradicionais

Administração pública, defesa baixo 0 NT

Comércio varejista baixo 1 NT

Transporte e armazenagem baixo 0

Comércio atacadista baixo 1

Grupo II: serviços híbridos

Hotéis e restaurantes baixo 0 NT

Outros serv. comum., sociais e pessoais baixo 0 NT

Educação alto 0 NT

Saúde alto 0 NT

Grupo III: serviços modernos

Intermediação financeira alto 1 T

Correio e comunicação alto 1 T

Serviços de informação alto 1 T

Serviços legais, técnicos e marketing alto 1 T

(15)

Distribuição de Escolaridade em Serviços

Modernos e Tradicionais – Brasil - 2014

Fonte: PNAD

0-3 4-7 8-10 11-14 15+

Serviços modernos 2,7% 6,3% 10,3% 47,9% 32,9%

(16)

Distribuição da Escolaridade no Setor de

Serviços – Brasil, China e Coreia

Fonte: Social Economic Accounts (WIOD)

Escolaridade Baixa Escolaridade Média Escolaridade Alta Brasil 34,7% 44,3% 21,0% China 30,7% 53,8% 15,5% Coreia 8,9% 40,3% 50,8%

(17)

Distribuição de Escolaridade no Setor de

Serviços – Brasil e Coreia

Fonte: Social Economic Accounts (WIOD)

Escolaridade Baixa Escolaridade Média Escolaridade Alta

Serviços- Brasil 34,7% 44,3% 21,0% Serviços - Coreia 8,9% 40,3% 50,8% Comércio - Brasil 38,4% 52,0% 9,5% Comércio - Coreia 7,9% 47,1% 45,0% Transporte - Brasil 42,9% 45,6% 11,4% Transporte - Coreia 15,6% 51,7% 32,7%

Serviços Pessoais - Brasil 57,2% 36,3% 6,5%

Serviços Pessoais - Coreia 9,5% 49,0% 41,6%

Serviços Públicos - Brasil 14,6% 39,2% 46,2%

(18)
(19)
(20)

Produtividade de Serviços Modernos e

Tradicionais (US$ 1000 PPP)

Fonte: Social Economic Accounts (WIOD)

Serviços Modernos Serviços Tradicionais

Brasil 32,0 9,8

Estados Unidos 160,6 61,1

(21)

Distribuição de Escolaridade em

Serviços Modernos e Tradicionais

Fonte: Social Economic Accounts (WIOD)

Escolaridade Baixa Escolaridade Média Escolaridade Alta

Serviços Modernos - Brasil 28,9% 44,1% 27,0%

Serviços Modernos - Estados Unidos 6,1% 51,4% 42,5%

Serviços Modernos - Média SEA 19,4% 46,6% 34,0%

Serviços Tradicionais- Brasil 36,6% 44,3% 19,1%

Serviços Tradicionais - Estados Unidos 7,6% 62,1% 30,3%

(22)

Skill-Biased Structural Change

 Buera, Kaboski e Rogerson (2015):

A elevação da renda per capita gera uma mudança na composição do PIB na direção de setores mais

intensivos em trabalho qualificado (skill-biased

structural change), em particular serviços modernos

Em consequência, ocorre um aumento da demanda

por trabalhadores com maior qualificação, o que por sua vez tende a aumentar o prêmio de escolaridade

Os autores estimam que isso explique entre 25% e 30% do aumento do prêmio de escolaridade nos países

(23)

Prêmio de Escolaridade Acumulado por Ciclo

Educacional – Brasil (%)

Fonte: Barbosa Filho e Veloso (2015)

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 1990 1995 2000 2005 2010

(24)

Distribuição de Produtividade entre Firmas

Uma das principais manifestações de ineficiência em

países em desenvolvimento é uma proliferação de firmas pequenas com produtividade muito baixa,

particularmente no setor de serviços

Esse fato é evidente no Brasil, mesmo em comparação

(25)

Distribuição de Firmas por Nível de Produtividade do Trabalho – Brasil e Países Selecionados – Comércio

5 10 15 0. 0 0. 1 0. 2 0. 3 0. 4 0. 5 0. 6

Retail and wholesale trade

Labor productivity De nsi ty CHL CHN COL MEX PER RUS BRA BRA

(26)

Distribuição de Firmas por Nível de Produtividade do Trabalho – Brasil e Países Selecionados – Hotéis e

Restaurantes 2 4 6 8 10 12 14 0. 0 0. 2 0. 4 0. 6 0. 8

Hotels and restaurants

Labor productivity De nsi ty CHL CHN COL MEX PER RUS BRA BRA

(27)

Distribuição de Firmas por Nível de Produtividade do Trabalho – Brasil e Países Selecionados – Outros Serviços

5 10 15 0. 0 0. 1 0. 2 0. 3 0. 4 0. 5 Other services Labor productivity D en si ty CHL CHN COL MEX PER RUS BRA BRA

(28)

Informalidade e Produtividade

Empresas informais em geral são pequenas e muito menos produtivas que empresas formais,

especialmente em comparação com as de maior porte (Ulyssea, Szerman e Cabral, 2016; Barbosa Filho e

Veloso, 2016)

O nível de escolaridade dos empreendedores formais é muito superior ao dos informais (La Porta e Shleifer,

(29)

Distribuição de Escolaridade do Empreendedor

por Registro no CNPJ (%) – 2014

Fonte: PNAD

0-3 4-7 8-10 11-14 15+

Conta Própria sem CNPJ 23,8 28,9 17,1 24,5 5,7

Conta Própria com CNPJ 6,3 16,6 16,2 39,5 21,5

Empregador sem CNPJ 17,1 24,6 17,4 25,6 15,4

(30)

Educação e Informalidade

 Segundo La Porta e Shleifer (2014), o nível de

escolaridade do empreendedor é um determinante fundamental do grau de informalidade da economia

De modo geral, os empreendedores informais não têm

escolaridade suficiente para se beneficiarem do acesso à economia formal

 “From this perspective, the policy message for how to

grow the formal economy and shrink the informal one is to increase – whether through immigration or education and training – the supply of educated entrepreneurs.”

(31)

Complementaridade entre Políticas de

Formalização e Escolaridade (I)

Evidências recentes indicam que o efeito de políticas

de formalização depende do nível de escolaridade

dos empresários

Uma reforma do sistema de registro de empresas no

México estimulou somente a formalização dos

microempreendedores que possuíam características

parecidas com as de empregadores formais,

(32)

Complementaridade entre Políticas de

Formalização e Produtividade (II)

Isso é compatível com os resultados modestos de

várias políticas de formalização de empresas (Bruhn e McKenzie, 2013)

Em particular, os efeitos de programas de formalização de micro e pequenas empresas no Brasil, como Simples (Monteiro, 2016; Corseuil e Moura, 2016) e MEI

(33)

Educação e Produtividade no Brasil (I)

 O baixo crescimento da produtividade agregada no Brasil

está fortemente associado ao crescimento lento da produtividade dos serviços

 O baixo nível de escolaridade da força de trabalho no

Brasil reduz a produtividade dos serviços e dificulta a

realocação do trabalho para setores mais dinâmicos, como serviços modernos

 A produtividade e a composição educacional de serviços

modernos no Brasil são similares aos de serviços tradicionais nos países desenvolvidos

(34)

Educação e Produtividade no Brasil (II)

 O nível de escolaridade do empreendedor é um

determinante fundamental do grau de informalidade da economia

 O efeito de políticas de formalização depende do nível de

escolaridade dos empresários

 Para elevar a produtividade dos serviços e reduzir a

informalidade de forma sustentada será necessário

combinar reformas que estimulem a expansão de firmas produtivas com uma grande melhoria da educação

Referências

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