II Seminário Internacional de Política Fiscal FMI/FGV
28/04/2016
Em busca da Qualidade do Gasto Público:
monitoramento, avaliação e sustentabilidade fiscal
Sumário
Explorando o retrato das despesas orçamentárias e extraorçamentárias do
Brasil
Necessidade de se monitorar e avaliar continuamente os gastos públicos
Contribuições do TN nesse processo
Instituição do CMAP - Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas
Públicas Federais
Panorama estrutural da política fiscal
Fonte: Banco Central. Elaboração: Banco Central.
Evolução do Resultado Fiscal e da Dívida Pública do Governo Geral, em % do PIB 3,2 3,2 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,7 -0,6 -1,9 -3,6 -2,7 -2,0 -3,2 -2,4 -2,5 -2,3 -3,0 -6,0 -10,4 55,5 56,7 56,0 59,2 51,8 51,3 53,8 51,7 57,2 66,5 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Resultado Primário do Setor Público* Resultado Nominal Dívida Bruta do Governo Geral
18,0 17,4 18,1 18,8 18,8 19,0 18,9 18,5 20,2 18,9 18,5 18,7 18,0 17,6 15,9 15,1 15,6 16,4 16,8 16,9 16,2 17,3 18,1 16,7 16,9 17,3 18,3 19,5 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Receita Líquida Despesas
Evolução das receitas e despesas do Governo Central, em % do PIB
12,3512,3412,56 13,05 13,65 13,49 12,69 13,71 12,09 12,88 12,79 12,99 13,42 14,53 3,72 3,03 3,36 3,50 3,18 2,89 3,53 3,74 3,94 3,91 4,09 4,15 4,56 3,90 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 10,00 11,00 12,00 13,00 14,00 15,00 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Obrigatórias* Discricionárias**
Evolução das despesas obrigatórias e discricionárias, em % do PIB
* Exclui despesas com capitalização do FSB (2008), da Petrobrás (2010) e regularização de passivos (TCU 2015).
** Exclui despesas com regularização de passivos (TCU 2015). Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: Ministério da Fazenda.
Rigidez orçamentária: pouco espaço para contingenciamento
Discricionárias contingenciávei s; 8,3% Discricionárias não contingenciávei s; 13,1% Outras obrigatórias; 6,3% Subsídios; 2,2% FAT; 4,6% Pessoal inativo; 10,3% Pessoal ativo; 10,3% Previdência e LOAS; 44,9%
Composição da despesa primária (LOA 2016)
Uma nação que envelhece rapidamente...
2010:
1 idoso para 10 adultos2060
:
Aproximadamente 1 idoso para 2 adultosSeguridade Social no Brasil: Razão idosos (+65 anos)/adultos (15 a 64 anos) em %
Fonte: IBGE, 2013.
Países emergentes: aumento esperado no gasto com saúde, % do PIB, 2015-2030
E o envelhecimento populacional pressionará
ainda mais os gastos em saúde e previdência.
Impacto das operações de financiamento do BNDES
Estimativas de subsídios implícitos dos contratos STN - BNDES, realizado* e projetado, em R$ Bilhões
- 01.01.2016 Créditos junto ao BNDES - % do PIB
Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: própria.
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Elaboração: própria.
Valor Presente acumulado de R$182.306.951.950,27
* Atualização realizada com o IPCA.
5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060 -10,0 -9,0 -8,0 -7,0 -6,0 -5,0 -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 D ez /06 Ab r/ 07 Ago /07 D ez /07 Ab r/ 08 Ago /08 D ez /08 Ab r/ 09 Ago /09 D ez /09 Ab r/ 10 Ago /10 D ez /10 Ab r/ 11 Ago/ 11 D ez /11 Ab r/ 12 Ago /12 D ez /12 Ab r/ 13 Ago /13 D ez /13 Ab r/ 14 Ago /14 D ez /14 Ab r/ 15 Ago /15 D ez /15
Gastos tributários – Bases Efetivas
Composição funcional dos gastos tributários em 2015
Fonte: Receita Federal do Brasil, 2016. Elaboração: Receita Federal do Brasil.
Fonte: Demonstrativos dos Gastos Tributários – DGT, LOA. Elaboração: própria.
Agricultura 10% Assistência Social 8% Ciência e Tecnologia 6% Comércio e Serviço 27% Educação 3% Energia 2% Habitação 3% Indústria 12% Saúde 9% Trabalho 16% Transporte 2% Outras 2%
Demanda por serviços públicos versus consolidação fiscal
Demanda por serviços públicos é crescente e o debate público centra-se na
proposta de que uma quantidade maior de recursos é necessária para satisfazer essa
demanda.
Dilema entre o estímulo fiscal em um ambiente de forte desaceleração econômica e
a consolidação fiscal em um contexto de grave crise das finanças públicas.
Acrescente-se ainda o impacto fiscal de médio e longo prazo decorrente do
envelhecimento populacional
.O desafio é trazer a trajetória do gasto público para níveis sustentáveis. Para isso é
fundamental avaliar onde ele é pouco produtivo, buscando fazer mais com
Perspectiva comparativa
Nosso padrão de gastos é elevado seja na comparação por nível de
desenvolvimento econômico, seja por padrão cultural.
Despesa total do Governo Geral (% PIB) – desenvolvimento econômico, 2015 42 0 10 20 30 40 50 G-7 Economias Avançadas G-20 Brasil Economias Emergentes Demais 42 0 10 20 30 40 50 Países Nórdicos
Zona do Euro Europa Emergente
Brasil América Latina Emergente
Asia Emergente
Despesa total do governo geral (% PIB) – padrão cultural/social, 2015
Contribuições do Tesouro Nacional
Lançado em junho de 2015, o livro apresentou aspectos conceituais, empíricos e experiência internacional sobre mensuração da eficiência do gasto público.
Livro “Avaliação da Qualidade do Gasto Público e Mensuração da Eficiência”
A busca pela melhoria da qualidade do gasto público é missão institucional da Secretaria do Tesouro Nacional. Diante disso, a STN atua no desenvolvimento de iniciativas para melhorar a avaliação de políticas públicas:
Avaliação de Políticas Públicas
GESTÃO STN
(em execução)
Definição de diretrizes gerais
para avaliações ex-ante de novos Programas, Políticas
Públicas propostas em Projetos de Leis/ Normativos,
contendo:
Diagnóstico do problema, definição de objetivos, eficácia e exigência de informações para permitir a avaliação posterior da proposta.
ESTADOS E MUNICÍPIOS
(proposta)
Projeto de Lei Complementar (PLP n° 257/2016) enviado ao Congresso
contendo a exigência de publicação de Lei Estadual para estabelecer normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal com:
Instituição de critérios para
avaliação periódica dos programas e projetos do ente, com vistas a aferir
a qualidade, a eficiência e a
pertinência da sua manutenção, bem como a relação entre custos e
benefícios de suas políticas públicas, devendo o resultado da avaliação ser GESTÃO STN
(em execução)
Programa piloto de avaliação de políticas públicas ex-post
Avaliação em políticas públicas voltadas à Educação, ao Mercado de Trabalho e às Políticas Sociais. Objetos de Análise: eficácia, eficiência e focalização dos programas.
Produto: avaliações para fomentar a tomada de decisões orçamentárias e financeiras e auxiliar no aprimoramento dos programas.
AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
(proposta mais abrangente)
Institucionalização de sistema de monitoramento e avaliação - Portaria Interministerial e contribuições à Lei de Qualidade Fiscal (PLS n° 229 – 2009) Aprimorar as políticas públicas em execução e em estudo; e Estabelecer métricas e mecanismos de monitoramento que promovam o planejamento  M B ITO FE D E R A L  M B ITO E N TE S D A FE D E R A Ç Ã O
Concepção mais ampla de monitoramento e avaliação
Verificar e mensurar a efetividade e os efeitos da política sobre os
beneficiários diretos e a sociedade. Ex. avaliações de impacto.
Monitorar e avaliar os processos de execução da
política.
Ex. eficiência, indicadores físicos e orçamentários, etc.
Existe adequação entre os insumos/componentes e os resultados esperados da política? Ex. Metodologia de Modelo Lógico. Avaliação ex-ante
A política proposta responde a um problema bem definido e
relevante? Está claro o objetivo da ação do Estado? O desenho pode alcançar eficazmente este
objetivo?
Programa de Financiamento Estudantil
Problema – desigualdade no acesso ao Ensino Superior
(ES)?
Focalização - quem são os grupos de renda que possuem
habilidade mas não acessam o ES por falta de renda e restrição ao crédito? Indicadores e evidências.
Objetivo - aumentar a empregabilidade e a renda dos
indivíduos desses grupos com o aumento da inserção no ES? O financiamento garante isso? Quais ações devem ser implantadas para garantir isso?
Incentivos – há uma boa estrutura de incentivos? ...
O diagnóstico de desigualdade no acesso ao ES se mantem? Cursos em determinadas
instituições ou em determinados cursos geram os resultados esperados de melhora da
empregabilidade e da renda? Existe uma teoria que relaciona os insumos e os resultados?
Indicadores físicos e orçamentários, como proposto pelo PPA. Quantos contratos de financiamento foram firmados e qual o custo
desses contratos? Houve aumento de orçamento e perda de escala? Monitoramento efetivo da
entrega do produto, identificação e compreensão das ineficiências.
Os resultados de aumento da inserção dos grupos elegíveis, da empregabilidade e da renda ocorreram devido ao programa de financiamento? Não basta entregar o
Institucionalização do Monitoramento e da Avaliação de Políticas Públicas
Instituição do Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais – CMAP
por meio de Portaria Interministerial – DOU 08/04/2016
Objetivos:
aperfeiçoar políticas públicas, programas e ações do Poder Executivo federal para que
alcancem melhores resultados; e
aprimorar a alocação de recursos e melhorar a qualidade do gasto público.
Comissões/Grupos de M&A Temáticas (ex. Saúde, Educação)
MF
CGU
Casa
Civil
MP Membros Titulares: Ministro MP Secretários SOF, SPI e ASSEC/MPOG SPE e STN/MF SFC/CGU SAM e SAG/Casa Civil
Secretaria-executiva
- GM/SE - MP
• Estabelece Diretrizes
• Define áreas e programas • Aprova planos de trabalho • Organiza e compartilha
informações
• Gestão dos resultados e da comunicação
• Integração com o processo
decisório