Regulação dos sistemas de saúde:
Como implementar políticas para a qualidade e
Como implementar políticas para a qualidade e
segurança do paciente? Panorama mundial.
INTERNATIONAL SEMINAR:
Challenges and Trends on Health Surveillance of Products and Services
Prof. Zenewton A. S. Gama
Departamento de Saúde Coletiva - UFRN
1.
POR QUE
regular a qualidade e
segurança do paciente?
Objetivos
Objetivos
2.
COMO
implementar políticas para a
qualidade e segurança do paciente?
segurança do paciente?
1.
POR QUE
regular a qualidade
e segurança do paciente?
População
1º Clamor Social por Qualidade nos Serviços de Saúde
População
e Pacientes
Profissionais
de saúde
2º Acesso e cobertura universal NÃO são suficientes
para alcançar resultados!
Incluir a Qualidade na Agenda da Saúde Global
Princípios do SUS focados no acesso:
– Universalidade
– Integralidade
– Equidade
A QUALIDADE deve ser um princípio da regulação, gestão e atenção prestada
pelo sistema de saúde.
“Todo sistema é perfeitamente desenhado para alcançar
exatamente os resultados que ele obtém” (
Berwick, 2011)
– Equidade
•
20-40% dos recursos em saúde é
desperdiçado por ineficiência.
•
Medicamento (uso e controle inadequado)
está entre as três primeiras causas de
ineficiência.
•
Pagamento por procedimentos
(Fee-for-service) é a forma mais ineficiente de financiar
3º A má qualidade é ineficiente!
“Necessário melhorar a gestão,
em particular a gestão da
qualidade”
service) é a forma mais ineficiente de financiar
os serviços de saúde.
•
Educação permanente e motivação dos
profissionais de saúde são fatores importantes
para a eficiência.
•
Avaliar criticamente quais serviços são
necessários. Promover a compra
ativa/estratégica de serviços.
•
Ineficiência ocorre mais pela falta de
investimento do que pelo excesso.
OMS, Ginebra, 2010
RELAÇÃO ENTRE OS DIFERENTES CUSTOS DA QUALIDADE
C U S T O P O R U N ID A D E B O A D E P R O D U T O CUSTO TOTAL DA C U S T O P O R U N ID A D E B O A D E P R O D U T O 0 CONFORMIDADE DA QUALIDADE % 100 CUSTO TOTAL DA QUALIDADE CUSTO DAS FALHAS DE QUALIDADE CUSTO DE AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO DE FALHASAdaptado de: Juran JM, Gryna FM: Quality Planning and Annalysis, MacGraw Hill, New York, 1993, 8th edition, Ch 2.
2.
COMO
implementar políticas
para a qualidade e segurança do
para a qualidade e segurança do
paciente?
“A qualidade não melhora sozinha”
“A melhoria da qualidade precisa de uma atenção
específica, contínua e metodologicamente testada”
Sistema de Gestão da Qualidade.
1. Marco conceitual
• Conceito operacional de qualidade
• Contexto organizacional
– Missão
– Missão
– Visão
– Valores
2. Organização e recursos
• Organograma, normas, responsabilidades
• Recursos (tipos e quantidade)
3. Integralidade e integração de estratégias, dimensões,
atividades, níveis e enfoques
6
6 x
x 6
6
Integralidade e integração
6
6 x
x 6
6
3
3 x
x 3
3
x 2
x 2
Fonte: Saturno PJ (2015)• SEGURANÇA
Atenção que minimiza os riscos e danos
desnecessários aos pacientes.
• EFETIVIDADE
Atenção baseada em evidência que produz melhoria
nos resultados individuais e coletivos.
• ATENÇÃO CENTRADA
NAS PESSOAS
Atenção que considera as preferências e
expectativas dos usuários e a cultura da
6 DIMENSÕES (IOM 2001; OMS, 2006)
NAS PESSOAS
expectativas dos usuários e a cultura da
comunidade.
• EFICIÊNCIA
Atenção que maximiza os recursos e evita o
desperdício.
•ACESSO
Atenção oportuna, geograficamente razoável e com
ambiência e pessoal adequados às necessidades.
•EQUIDADE
Atenção que não varia em qualidade segundo
características pessoais como o gênero, raça,
localização geográfica ou status socioeconômico.
6 ESTRATÉGIAS CHAVES
INFORMAÇÃO
REGULAÇÃO
E PADRÕES
PARTICIPAÇÃO
USUÁRIOS
Fonte: Adaptado de:Bengoa R, Key P, Leatherman S, Massoud R, Saturno P:
MODELOS
DE ATENÇÃO
ORGANIZACIONAL
CAPACIDADE
ORGANIZACIONAL
E PADRÕES
LIDERANÇA
NÍVEIS DA GESTÃO DA
QUALIDADE
NÍVEIS DA GESTÃO DA
QUALIDADE
QUALIDADE DO SISTEMA INFORMAÇÃO SUPERVISÃO/INFORMAÇÃOD
IS
P
O
N
IB
IL
ID
A
D
E
A
T
U
A
L
-3 NÍVEIS
ESTABELECIMENTO QUALIDADE DA INSTITUIÇÃO / ESTABELECIMENTO CUIDADO INDIVIDUAL QUALIDADE DO CUIDADO INDIVIDUAL INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO SUPERVISÃO/INFORMAÇÃO SUPERVISSÃO/INFORMAÇÃOD
IS
P
O
N
IB
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A
D
E
A
T
U
A
L
+
MONITORAMENTO
MONITORAMENTO
DA QUALIDADE
DA QUALIDADE
CICLOS DE
CICLOS DE
MELHORIA
MELHORIA
3 GRUPOS DE ATIVIDADES
PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO
DA QUALIDADE
DA QUALIDADE
Exemplo de Ciclo de Melhoria da Qualidade de exames radiológicos
Enfoque Interno
•
A iniciativa de avaliação, escolha de temas, indicadores,
método, etc., partem dos implicados diretamente no objeto
2 ENFOQUES
da avaliação.
Enfoque Externo
•
A iniciativa, escolha de temas, indicadores, método, etc.,
são definidos de fora das instituições avaliadas. Avalia-se o
trabalho alheio.
• Os enfoques interno e externo se complementam,
porém…
• Os programas internos são imprescindíveis.
“De fora podemos avaliar, mas somente de dentro
6
6
dimensões
dimensões
x
x 6
6
estratégias
estratégias
x
x 2
2
Integralidade e integração
3
3
níveis
níveis
x
x 3
3
atividades
atividades
x
x 2
2
enfoques
enfoques
ALCANÇAR (RESULTADO)
TER (ESTRUTURA)
Marco conceitual
Organização e recursos
Estratégias chaves:
QUALIDADE SEGURANÇA EFETIVIDADEModelo teórico da regulação do sistema de saúde para a
qualidade e segurança do paciente
FAZER (PROCESSO)
Sistema (VISA e Gestão):
MONITORAR MONITORAR PLANEJAR PLANEJAR MELHORAR MELHORAR INFORMAÇÃO MODELOS DE ATENÇÃO CAPACIDADE ORGANIZACIONAL REGULAÇÃO E PADRÕES PARTICIPAÇÃO USUÁRIOS LIDERANÇA EFETIVIDADE
CENTRALIDADE NAS PESSOAS EFICIÊNCIA ACESSO/OPORTUNIADADE EQUIDADE
Serviço (estabelecimento):
Cuidado individual:
MONITORAR MONITORAR PLANEJAR PLANEJAR MELHORAR MELHORAR MONITORAR MONITORAR PLANEJAR PLANEJAR MELHORAR MELHORAR1. ESTRUTURA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE. Marco conceitual e recursos
• Ausência de marco conceitual completo (definição de qualidade, visão e enfoque integrais). • Ausência de um desenho integrador que coordene todos os níveis administrativos.
• Escassez ou inexistência de recursos para a função de melhorar a qualidade.
PRINCIPAIS ERROS ESTRATÉGICOS NOS COMPONENTES DOS SISTEMAS
DE GESTÃO DA QUALIDADE . RESULTADOS DA ANÁLISE EM SEIS PAÍSES.
• Escassez ou inexistência de recursos para a função de melhorar a qualidade. Estratégias para a melhoria da qualidade
• Reforço da liderança para a qualidade não contemplada, principalmente em nível local. • Sistemas de informação com desenho deficiente e pouca utilização de indicadores úteis. • Participação do usuário não é promovida nem está incorporada na maioria dos casos. • Capacidade organizacional insuficiente em geral, mas especialmente quanto à autonomia para realizar atividades de melhoria e fomentar a cultura que valoriza a qualidade.
• Implementação parcial, fragmentada ou ausente de modelos de atenção.
2. ATIVIDADES PARA A MELHORIA DA QUALIDADE. Tipos de atividades
• Poucos Ciclos de Melhoria. Quando realizados, não documentados sistematicamente. • O monitoramento não se utiliza como uma ferramenta de identificação de problemas que
devem ser corrigidos.
PRINCIPAIS ERROS ESTRATÉGICOS NOS COMPONENTES DOS SISTEMAS
DE GESTÃO DA QUALIDADE . RESULTADOS DA ANÁLISE EM SEIS PAÍSES.
devem ser corrigidos.
• O planejamento da qualidade não é visto como algo que pode ser realizado em nível local. Enfoques das atividades
• O enfoque interno costuma estar ausente.
DE ONDE SÃO ESSES PAÍSES?
Eastern Europe and the Commonwealth of Independent States UNICEF (RO CEE/CIS).
Fonte: Adaptado de Saturno PJ. Estrategias de implantación. Diseño de un plan de actividades para la implantación de un programa de gestión de la calidad. Manual del Master en Gestión de la Calidad en los Servicios de Salud. Módulo 2: Diseño e Implantación de
• OPAS/OMS: Gestão da Qualidade dos Serviços de
Saúde individuais e coletivos são Função Essencial
em Saúde Pública (FESP 9).
“Temos facilidade para apontar problemas, mas dificuldade
para propor soluções”
em Saúde Pública (FESP 9).
• Tendência internacional: Agências e secretarias em
quase todos os países da OCDE, coordenações de
qualidade na gestão e serviços de saúde.
• Qual a Vigilância Sanitária de serviços de saúde que
a sociedade brasileira precisa
?
• Quão abrangente deve ser a VISA para
proteger o
paciente e
contribuir para o
desenvolvimento
Reflexões
paciente e
contribuir para o
desenvolvimento
sanitário e socioeconômico do país
?
• Que
dilemas, problemas e paradigmas
devem ser
enfrentados para cumprir sua função de regular a
qualidade e segurança dos serviços de saúde?
“Quem não deseja ser excelente ou perfeito,
quem acha que não merece tanto
ou não se atreve a tanto,
é que não ama o suficiente a si mesmo”
OBRIGADO!
OBRIGADO!
Zenewton A. S. Gama
zasgama@gmail.com
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