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A gestão de risco, no topo da agenda

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Academic year: 2021

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A gestão de

risco, no topo

da agenda

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KPMG Business Magazine 5

O gerenciamento de riscos permanece no topo da agenda corporativa global, por conta da estagnação econômica dos países maduros e do baixo crescimento nos mercados emergentes, associados à crise financeira global. Esse ambiente de maior competitividade incrementa a complexidade, cria incertezas para as organizações e eleva a pressão sobre os executivos que lidam com gestão de riscos.

“Apesar das melhorias no gerenciamento de riscos conduzidas pelos executivos, as expectativas dos stakeholders apontam para a necessidade de uma evolução que conduza a um maior nível de sofisticação da gestão, para melhorar a capacidade de lidar com as incertezas e desafios do momento econômico” , avalia Sidney Ito, sócio-líder de Risk Consulting da KPMG no Brasil e América Latina, comentando o estudo global Expectations of Risk Management

Outpacing Capabilities – It’s Time For Action, realizado pela The

Economist Intelligence Unit para a KPMG International.

“Quanto maiores os desafios, mais as empresas precisam inovar e correr riscos, seja por meio de novas tecnologias, seja buscando novos mercados. Essa dinâmica exige um maior envolvimento e liderança dos executivos, a fim de responder às exigências do mercado com relação à governança, risco e compliance” , complementa André Coutinho, sócio-líder de Internal Audit, Risk Consulting Services (Iarcs) da KPMG no Brasil. A pesquisa, que ouviu 1.092 CEOs, CFOs, conselheiros de

administração e demais executivos das empresas, mapeou a percepção desses profissionais sobre como suas organizações lidam com o gerenciamento de riscos, na América do Norte, Europa Ocidental, América Latina, Oriente Médio e da Região Ásia-Pacífico.

Na avaliação de Coutinho, o estudo mostra que os desafios crescem mais rapidamente do que a capacidade da maioria das empresas para lidar com os riscos, de maneira consciente e com a agilidade necessária. “O levantamento buscou explorar como as empresas estão se adequando à integração de uma estrutura conceitual holística de governança, risco e compliance (GRC)” , diz o sócio.

Ambiente de incertezas e

estagnação econômica traz

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6 KPMG Business Magazine

Comunicar melhor

O estudo Expectations of Risk Management Outpacing Capabilities sinaliza que há um gap entre os riscos e o aprimoramento no seu gerenciamento, o que pode levar a um ponto de ruptura. “É um alerta para que as organizações fortaleçam suas estruturas e processos” , continua Sidney Ito. Segundo ele, não há dúvidas, nas empresas, quanto à relevância do gerenciamento de riscos, mas ainda é preciso aprimorar as formas de medir o retorno dos investimentos nessa área e, ao mesmo tempo, comunicar melhor o valor gerado para os

stakeholders. “Quase metade (47%) dos executivos consultados afirma

que a gestão de riscos é essencial para agregar valor aos negócios, em geral. No entanto, 28% das organizações não contam com nenhuma forma de medição dos indicadores-chave de risco, conhecidos como KRI, ou key risk indicators” , esclarece Ito.

O estudo também aponta que, desde o início da crise financeira, muitas empresas fizeram melhorias em seus sistemas de TI, visando a avançar na maturidade dos processos de gestão de riscos. Mesmo assim, um em cada cinco entrevistados (20%) relata que sua organização não tem processos de quantificação e agregação de riscos.

39%

20%

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11% 3%

Constantemente, em todas as decisões/reuniões de planejamento estratégico

Frequentemente, na maioria das decisões/reuniões de planejamento estratégico

Pelo menos anualmente nas reuniões de planejamento estratégico Raramente, apenas nas decisões/reuniões-chave estratégicas Não utilizamos/consideramos a gestão de risco em nosso planejamento estratégico devido às amplas variações das unidades de negócios

Com que frequência são feitas considerações de gestão de risco nas decisões de planejamento estratégico em sua empresa ?

86%

dos entrevistados informam que considerações de gestão de risco são utilizadas, em algum grau, nas decisões do planejamento estratégico

34%

47%

15%

4%

Qual alternativa reflete melhor a visão da gestão de risco em sua organização?

Não contribui para o nosso negócio global Ocasionalmente, ajuda a melhorar a forma como fazemos negócio

É essencial para agregar valor ao nosso negócio

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32%

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Pressões regulatórias/ mudanças no ambiente regulatório Risco

reputacional Crédito/mercado/risco de liquidez Risco geopolítico(ex: crise da zona do euro)

Falhas na cadeia de

abastecimento Segurança da informação/ fraude

Falhas tecnológicas

Maiores ameaças para as corporações

Sua contribuição para nossa organização é superficial como um todo

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Empresas

precisam avançar

na maturidade

dos processos

KPMG Business Magazine 7

“A tecnologia é um facilitador importante para o sucesso da integração do gerenciamento de riscos em toda a organização” , analisa Coutinho, lembrando que três quartos dos entrevistados compartilham dessa opinião. A diversidade de plataformas de TI foi citada por 41% dos executivos como barreira técnica significativa. Essa questão leva a outro ponto importante levantado pela pesquisa: poucas organizações têm claro qual é o tamanho de seu apetite ao risco. “As organizações mais sofisticadas incluem regularmente considerações de risco na tomada de decisões estratégicas, de modo a visualizar o risco pela lente do crescimento” , diz Coutinho.

Mas ele destaca que ainda é baixo (19%) o índice de executivos que dizem que sua organização documenta seu apetite, sendo que outros 22% informam que há uma avaliação da necessidade do apetite em desenvolvimento. “Embora se verifique algum progresso nesse sentido, as organizações precisam se esforçar mais para desenvolver ferramentas criativas para a tomada de decisão quanto ao apetite ao risco” , acrescenta o sócio da KPMG.

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Ameaças e linhas de defesa

As maiores ameaças às corporações, segundo os entrevistados do estudo Expectations of Risk Management Outpacing Capabilities, decorrem das pressões e mudanças relacionadas ao ambiente regulatório (46%), seguidas por riscos à reputação (41%), crédito/ mercado/liquidez (34%) e risco político (32%).

“O aumento da complexidade e o reforço do marco regulatório dos variados mercados são efeitos naturais em momentos imediatamente posteriores às crises. E o Brasil, como País plenamente integrado no cenário internacional, reflete o arcabouço de medidas que buscam mitigar a exposição das empresas e instituições aos variados riscos. Lidar com as exigências recém-estabelecidas pelos reguladores e com as novas realidades de mercado é um grande desafio para que os gestores tratem de modo eficiente e produtivo a exposição corporativa aos riscos” , analisa Sidney Ito.

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“Os serviços financeiros e de recursos energéticos e naturais são dois exemplos de setores nos quais as pressões regulatórias são de particular preocupação para os gestores de risco. Os executivos estão conscientes de que a instabilidade em uma parte do mundo pode ter um profundo impacto na sua empresa, tanto no país de origem como no exterior” , complementa André Coutinho.

Quanto às possibilidades de prevenção, os executivos acreditam que as unidades de negócio estão mais aptas a avaliar os seus riscos e gerenciá-los do que uma área específica de gestão de riscos, de compliance ou de auditoria interna.

Outra constatação é que, apesar da reconhecida importância da gestão de riscos, as organizações ainda se ressentem da carência de mão de obra especializada. Para os participantes do estudo, a falta de recursos humanos e de especialistas no assunto impede a convergência das funções de controles internos e de gerenciamento de riscos. “Por conta dessa percepção, a KPMG estruturou o Programa Risk University, que transmite aos executivos uma visão abrangente dos negócios. As companhias precisam de profissionais com perfil multitarefa, que tenham uma visão integrada e adotem uma postura holística em GRC” , finaliza Coutinho.

Falta de

pessoal

especializado

ainda preocupa

Leia mais sobre o Programa Risk University acessando http://www.kpmg com/br/pt/servicos/advisory/riskuniversity/Paginas/default.aspx E acesse a íntegra do estudo Expectations of Risk Management Outpacing Capabilities – It’s Time For Action na página www.kpmg.com/br.

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Constantemente, em todas as decisões/reuniões de planejamento estratégico

Frequentemente, na maioria das decisões/reuniões de planejamento estratégico

Pelo menos anualmente nas reuniões de planejamento estratégico Raramente, apenas nas decisões/reuniões-chave estratégicas Não utilizamos/consideramos a gestão de risco em nosso planejamento estratégico devido às amplas variações das unidades de negócios

Com que frequência são feitas considerações de gestão de risco nas decisões de planejamento estratégico em sua empresa ?

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Qual alternativa reflete melhor a visão da gestão de risco em sua organização?

Não contribui para o nosso negócio global Ocasionalmente, ajuda a melhorar a forma como fazemos negócio

É essencial para agregar valor ao nosso negócio

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qualidade da informação Riscos legais Infraestrutura de TI Mídias sociais Desastres naturais Mudanças climáticas Maiores ameaças para as corporações

Sua contribuição para nossa organização é superficial como um todo

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Constantemente, em todas as decisões/reuniões de planejamento estratégico

Frequentemente, na maioria das decisões/reuniões de planejamento estratégico

Pelo menos anualmente nas reuniões de planejamento estratégico Raramente, apenas nas decisões/reuniões-chave estratégicas Não utilizamos/consideramos a gestão de risco em nosso planejamento estratégico devido às amplas variações das unidades de negócios

Com que frequência são feitas considerações de gestão de risco

nas decisões de planejamento estratégico em sua empresa ?

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são utilizadas, em algum grau, nas decisões do planejamento estratégico

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Não contribui para o nosso negócio global Ocasionalmente, ajuda a melhorar a forma como fazemos negócio

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abastecimento Segurança da informação/ fraude

Falhas tecnológicas

Governança e

qualidade da informação Riscos legais Infraestrutura de TI Mídias sociais Desastres naturais Mudanças climáticas

Maiores ameaças para as corporações

Sua contribuição para nossa organização é superficial como um todo

A gestão de pessoas também foi lembrada em relação às estruturas de incentivos na remuneração. Segundo os entrevistados, elas são deficientes e prejudicam a tomada de decisões baseadas em riscos. Enquanto a maioria dos executivos diz que suas empresas têm

programas de gestão de riscos relativamente maduros, a remuneração variável baseada neste componente é apontada como fraca.

A ausência de uma estrutura de remuneração que premie o foco na gestão de riscos é apontada como uma barreira importante por 33% dos entrevistados. Outros 40% consideram que a organização associa a gestão de risco e a remuneração para os profissionais da linha de negócio.

A última conclusão do levantamento é de que os gastos para aprimoramento do gerenciamento de riscos continuarão a aumentar nos próximos três anos. No atual ambiente de negócios cada vez mais complexo, mais empresas estão investindo em gestão de risco. Dois terços (65%) dos entrevistados afirmaram que a parcela das receitas investidas em gestão de risco é maior hoje do que há três anos, e um número semelhante (66%) espera um aumento ao longo dos próximos três anos.

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Constantemente, em todas as decisões/reuniões de planejamento estratégico

Frequentemente, na maioria das decisões/reuniões de planejamento estratégico

Pelo menos anualmente nas reuniões de planejamento estratégico Raramente, apenas nas decisões/reuniões-chave estratégicas Não utilizamos/consideramos a gestão de risco em nosso planejamento estratégico devido às amplas variações das unidades de negócios

Com que frequência são feitas considerações de gestão de risco

nas decisões de planejamento estratégico em sua empresa ?

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dos entrevistados informam que considerações de gestão de risco

são utilizadas, em algum grau, nas decisões do planejamento estratégico

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Qual alternativa reflete melhor a visão da gestão de risco em sua organização?

Não contribui para o nosso negócio global Ocasionalmente, ajuda a melhorar a forma como fazemos negócio

É essencial para agregar valor ao nosso negócio

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Pressões regulatórias/ mudanças no ambiente regulatório Risco

reputacional Crédito/mercado/risco de liquidez Risco geopolítico(ex: crise da zona do euro)

Falhas na cadeia de

abastecimento Segurança da informação/ fraude

Falhas tecnológicas

Governança e

qualidade da informação Riscos legais Infraestrutura de TI Mídias sociais Desastres naturais Mudanças climáticas

Maiores ameaças para as corporações

Sua contribuição para nossa organização é superficial como um todo

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Referências

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