• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS ADAMS MATOS DE ARAUJO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS ADAMS MATOS DE ARAUJO"

Copied!
36
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS

ADAMS MATOS DE ARAUJO

FINTECHS: Um novo paradigma para os serviços financeiros

RECIFE – PE 2019

(2)

ADAMS MATOS DE ARAUJO

FINTECHS: Um novo paradigma para os serviços financeiros

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelo aluno ADAMS MATOS DE ARUJO ao Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, sob a orientação do professor Dr. Álvaro Furtado Coelho Júnior.

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema Integrado de Bibliotecas da UFRPE Biblioteca Central, Recife-PE, Brasil

A663f Araujo, Adams Matos de

FINTECHS: um novo paradigma para os serviços financeiros / Adams Matos de Araujo. – 2019.

34 f.: il.

Orientador: Álvaro Furtado Coelho Júnior.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Econômicas) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Economia, Recife, BR-PE, 2019.

Inclui referências e anexo(s).

1. Bancos – Serviços ao cliente 2. Inovações tecnológicas 3. Administração bancária 4. Empréstimo bancário I. Coelho Júnior, Álvaro Furtado, orient. II. Título

(4)

ADAMS MATOS DE ARAUJO

FINTECHS: Um novo paradigma para os serviços financeiros

TCC apresentado ao Curso de Graduação em Economia da

Universidade Federal Rural de

Pernambuco, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas. Aprovado em: ___/___/______. BANCA EXAMINADORA

Profº. Dr. Álvaro Furtado Coelho Júnior (Orientador) Universidade Federal Rural de Pernambuco

Profº. Dr. Luis Eduardo Barbosa Carazza Universidade Federal Rural de Pernambuco

Profª. Drª Cristiane de Soares Mesquita Universidade Federal Rural de Pernambuco

(5)

Dedicatória

Dedico a minha família, a meus amigos e a meus professores, que durante toda a minha jornada me incentivaram para a excelência.

(6)

AGRADECIMENTOS

Este trabalho chega ao fim com a ajuda de muitas pessoas às quais agradeço e neste momento presto minha singela homenagem:

Aos meus pais, Sivaldo Souza e Jariene Laine que sempre me deram a liberdade necessária para exercer meu senso crítico e minhas posições ideológicas. A minha querida avó Clea Trajano pelo incentivo constante aos estudos. A minha esposa Oriana Costa pela compreensão e apoio em tantas horas de estudos.

A todo o corpo técnico do Departamento de Economia da Universidade Federal Rural de Pernambuco pela atenção e zelo pela nossa instituição, em especial a Elylian Pereira.

A todos meus gestores na empresa Sistema Jornal do Comércio de comunicação por acreditar no meu potencial e capacidade de aperfeiçoamento profissional.

A todos os professores do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco pela contribuição ao meu processo de aprendizagem. Em especial, meu professor orientador, Álvaro Furtado, cuja dedicação foi fundamental para elaboração deste trabalho de conclusão de curso.

(7)

7

FIGURAS

FIGURA 01. Análise – Divisão por segmento 18

FIGURA 02. Análise – Divisão por geográfica 19

FIGURA 03. Análise – Setor 20

FIGURA 04. Análise – Público-alvo 21

FIGURA 05. Demonstrativo de resultado Nubank 22

FIGURA 06. Evolução clientes ativos 23

FIGURA 07. Demonstrativo de resultado Banco Original 24

FIGURA 08. Número total de clientes 25

FIGURA 09. Investimentos 25

FIGURA 10. Demonstrativo de resultado Banco Inter 26

FIGURA 11. Evolução transações bancárias 30

FIGURA 12. Composição por Canal 30

(8)

8

LISTAS DE SIGLAS

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações BACEN – Banco Central do Brasil

APP – Aplicações móveis BR – Brasil

CMN – Conselho Monetário Nacional DOC – Documento de Ordem de Crédito

DRE – Demonstração de Resultado e Exercício

EBITDA – Earnings Before Interest Taxes Depreciation Amortization FDIC – Federal Deposit Insurance Corporation

FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos FGV – Fundação Getúlio Vargas

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística NFC – Near Field Communication

PDV – Ponto De Vendas PIB – Produto Interno Bruto

PNAD – Painel Nacional de Amostra Domiciliar PNIF – Plano Nacional de Inclusão Financeira RIF – Relatório de Inclusão Financeira

(9)

9

RESUMO

Os serviços bancários vêm passando por profundas transformações, impulsionadas pela inclusão digital da população e pela inovação no mercado financeiro. Diante desse cenário surgiram as Fintechs, startups que atuam exclusivamente oferecendo produtos e serviços financeiros. As Fintechs usam tecnologias digitais e ferramentas associadas, para prestar serviços financeiros a consumidores e empresas. Suas soluções proporcionam três resultados principais: facilidade de uso, rapidez na prestação do serviço e custo mais acessível. Analisar essas variações nos serviços bancários é fundamental para entender a nova dinâmica de mercado. Deve-se observar a recente regulação pelas autoridades brasileiras quanto à atuação das Fintechs no Brasil e quais os critérios que devem ser obedecidos para atuação no mercado financeiro. O que se pode observar com este trabalho, é a grande expansão do acesso a internet em conjunto com o crescimento do mercado bancário digital com o surgimento das Fintechs.

Palavras-Chave: Fintechs. Serviços bancários. Digital.

ABSTRACT

Banking services have undergone profound transformations, driven by the digital inclusion of the population and by innovation in the financial market. Faced with this scenario came the Fintechs, startups that act exclusively offering financial products and services. Fintechs use digital technologies and associated tools to provide financial services to consumers and businesses. Its solutions deliver three key results: ease of use, faster service delivery, and more affordable cost. Analyzing these variations in banking services is fundamental to understanding the new market dynamics. It should be noted the recent regulation by the Brazilian authorities regarding the performance of Fintechs in Brazil and what criteria should be obeyed for action in the financial market. What we can observe with this work was the great expansion of Internet access together with the growth of the digital banking market with the emergence of Fintechs.

(10)

10

SUMÁRIO

1 - Introdução ... 10

2. Referencial teórico ... 14

2.1 Teoria da Oferta e Demanda da Moeda... 14

2.2 Serviços bancários digital ... 16

2.3 Análise das Fintechs Brasil ... 18

2.4 Casos de sucesso de Fintechs no Brasil ... 21

3. Metodologia ... 28

4. Resultado e discussões ... 29

5. Considerações Finais ... 32

Referências ... 34

(11)

11

1 - Introdução

Diante das transformações que o mundo vem passando, nenhuma teve maior impacto positivo para os negócios que a transformação digital. Segundo dados da pesquisa “Maturidade digital Brasil”, feita por McKinsey & Company (2018), as companhias com maior maturidade na transformação digital no modelo de negócios registram taxa de crescimento do lucro antes dos impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) três vezes maior que as demais empresas. Com a transformação digital novos negócios vêm surgindo no mundo todo, mudando a forma como as pessoas se relacionam e como fazem negócios. Vale observar que isso só foi possível graças a evolução tecnológica e a inclusão digital que proporcionou as pessoas oportunidades de desenvolvimento humano e de novos negócios.

Com a promulgação da lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, a Lei Geral de Telecomunicações, a criação da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) possibilitou o desenvolvimento das telecomunicações através da quebra do monopólio estatal e posterior privatização dos serviços concessionados. De acordo com os dados da ANATEL, a soma de telefonia fixa, móvel, TV por assinatura e banda larga fixa, ao final de 2018, deverá ser algo em torno de 325 milhões de acessos a serviços de telecomunicações. Em julho de 1998, essa soma era de 28 milhões de acessos.

Deve-se atentar para as transformações do setor bancário após o Plano Real, uma vez que permitiu a sociedade e a economia brasileira o devido controle inflacionário. Entre os desdobramentos que se seguiram à estabilização, um dos mais importantes foi, sem dúvida, o reaparecimento do crédito, em especial do crédito para consumo. Esse crescimento, por um lado, atendia a uma demanda reprimida por quase duas décadas de inflação elevada, ao mesmo tempo em que respondia à necessidade dos bancos de encontrarem um substituto para as transferências inflacionárias, que eram responsáveis até então por parcela expressiva dos seus ganhos. (...) Esse crescimento das operações de crédito, contudo, deu-se sobre uma base de informações bastante precária, como decorrência do longo período em que as instituições financeiras estiveram concentradas quase exclusivamente em atividades de tesouraria. Assim, a relativa falta de experiência na concessão do crédito acabou produzindo uma situação em

(12)

12

que a qualidade dos mesmos não acompanhou, em princípio, a sua expansão (Cerqueira, 1998)

Outro dado relevante vem do Panorama Setorial divulgado pela ANATEL, o qual mostra um crescimento de 70,92% no número de assinaturas de telefonia móvel, passando de 144,8 milhões em 2008 para 247,5 milhões em 2016. Observando o cenário de inclusão digital no país, tem-se a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) de 2016 que há um total de 102 milhões de brasileiros com acesso à internet, representando 49% do total de pessoas no Brasil. Verifica-se que há uma enorme massa de indivíduos sem acesso a internet e que podem no curto prazo ser incluídos no grupo de acesso à internet.

Deve-se destacar os esforços do BACEN para promover a inclusão financeira no Brasil, através da Parceria Nacional para Inclusão Financeira 2012. O Banco Central do Brasil (BACEN) vem atuando para ampliar e melhorar o acesso da população a serviços financeiros desde a década de 1990, por meio de três frentes principais: expansão e fortalecimento dos canais de acesso a serviços financeiros, criação de instrumentos para melhor adequação dos serviços aos segmentos de menor renda e garantia da qualidade na provisão de serviços financeiros.

No ambiente de inovação que o mundo digital está inserido, surgiram startups voltadas para todo tipo de negócios, seja transporte de pessoas (Exemplo: Uber) ou entrega de alimentos (Exemplo: Ifood). As startups estão presentem em vários segmentos. Não seria diferente no mercado financeiro, no qual a todo momento surgem novas startups especializadas em todo tipo de serviço financeiro. Essas startups especializadas em mercados e produtos financeiros são conhecidas como Fintechs. Tem-se assim um cenário desafiador para os mercados financeiros no Brasil, no qual há uma massa de excluídos do sistema bancário e uma onda de inclusão digital e serviços mobile.

Deve-se observar que o marco regulatório das Fintechs no Brasil é datado de abril de 2018, o que limita muito o acesso a dados oficiais das autoridades do Brasil (Ver Conselho Monetário Nacional resoluções n°4.656 e 4.657). Segundo dados da Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC), houve em 2018 um lucro de U$237 bilhões no setor bancário brasileiro. Os dados apontam a importância do segmento para a economia do Brasil.

Como o mercado bancário digital está contribuindo para a expansão do setor bancário brasileiro? É a problemática que este presente trabalho busca responder.

(13)

13

Para tal além desta introdução, este trabalho dividiu-se em mais 4 partes. Logo em seguida, tem-se a secção do referencial teórico, abordando os aspectos teóricos que nortearam este TCC. Dando sequência, a secção 3 apresenta a metodologia utilizada. Continuando tem-se, na parte 4, os resultados e a discussão pertinente, e por fim, as considerações finais.

(14)

14

2. Referencial teórico

2.1 Teoria da Oferta e Demanda da Moeda

Para o perfeito entendimento da dinâmica financeira é preciso compreender a dinâmica monetária e suas aplicações. O papel da moeda na sociedade tem evoluído desde os tempos mais remotos com o escambo, aos tempos modernos com criptomoedas e blockchain. A introdução da moeda nas economias modernas tem o papel de prover aos indivíduos os meios de troca, unidade de conta e reserva de valor.

Os meios de troca têm o papel de intermediar as relações comerciais, substituindo o escambo e a dupla coincidência de desejos para o fim das atividades comerciais. Unidade de conta diz respeito ao referencial para as transações comerciais, permitindo que os indivíduos usem a mesma medida para todas as atividades comerciais. Reserva de valor é a função que trata da moeda como ativo de maior liquidez na economia, permitindo que os demais ativos sejam referenciados em moeda para as transações comerciais (LOPES, 2015).

Uma economia moderna é constituída por um conjunto de quatro agentes ativos: Unidades familiares, empresas, governo e intermediários financeiros (desconsiderando as transações externas e o mercado cambial). Esses agentes participam do processo econômico, envolvendo-se nas três categorias básicas de atividades: Produção, consumo e acumulação. A moeda está presente e todas elas (LOPES, 2015).

Dado o papel da moeda na economia, entender a demanda monetária pela ótica clássica e keynesiana, contribui para a compreensão dos fenômenos monetários. A corrente clássica da economia tratou a oferta de moeda como uma variável endógena para a determinação dos agregados econômicos; sendo a demanda de moeda composta por uma porção da renda disponível para encaixes de curto prazo e outra parcela para prevenir eventos repentinos, não previstos (LOPES, 2015).

Enquanto os keynesianos, assumem que a oferta de moeda é exógena aos agentes econômicos, possibilitando aplicação de política monetária. Já a demanda keynesiana adiciona ao pensamento dos Clássico o fato da demanda

(15)

15

de moeda ser afetada pelas taxas de juros, logo a demanda tinha um viés especulativo (LOPES, 2015).

Para entender o processo de criação de moeda, definida como meios de pagamento, isto é, o estoque de ativos que podem ser usados nas transações, deve-se, em primeiro lugar, esclarecer melhor o que se está considerando como moeda. Os meios de pagamentos consistem na totalidade dos haveres possuídos pelo setor não bancário e que podem ser utilizados a qualquer momento, para a liquidação de qualquer dívida em moeda nacional (LOPES, 2015), ou seja, é o total de ativos de liquidez imediata do setor não bancário.

Conclui-se que o estoque de meios de pagamentos corresponde, portanto, ao papel-moeda emitido pelo Banco Central em poder do público e aos depósitos a vista no sistema bancário. O desenvolvimento do sistema financeiro tem permitido a ampliação da liquidez dos ativos, o que complica a tarefa de definir o que incluir na categoria de meios de pagamentos. Os ativos financeiros, que rendem juros, e são de alta liquidez, constituem-se em “quase-moedas”.

O surgimento das “quase-moedas” levou a novos conceitos de agregados monetários, cuja diferença está no grau de liquidez dos ativos considerados. No caso brasileiro, os agregados monetários são: M1(Papel-moeda em poder do público + depósitos a vista), M2 (M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupanças + títulos emitidos por instituições depositárias), M3 (M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas remuneradas no Selic) e M4 (M3 + Títulos Públicos de alta liquidez).

Nas definições dos agregados monetários, são incorporados diferentes ativos financeiros em poder do público que correspondem a obrigações do sistema financeiro diante deles. A principal função do Sistema Financeiro é a intermediação de recursos: captar recursos que se encontram ociosos para repassá-los aos que necessitam de recursos.

Os bancos criam moeda pela multiplicação dos depósitos. Considerando como meio de pagamento o agregado M1, vê-se que, além do Banco Central, que possui o monopólio da emissão monetária, os bancos comerciais também têm o poder de criar moeda. Esse processo de criação de moeda pelos bancos comerciais se deve ao fato de estes manterem como reservas apenas uma fração dos depósitos a vista que captam do público, emprestando o excedente, isto é, abrindo novos depósitos. Assim, sobre a parcela captada pelos bancos

(16)

16

comerciais, estes criam meios de pagamentos adicionais por meio do mecanismo chamado de multiplicador (LOPES, 2015).

Deve-se ter atenção para os instrumentos de controle monetário utilizados pelo Banco Central. Os principais instrumentos a disposição do Banco Central são: As reservas compulsórias, a política de redesconto e as operações de mercado aberto (Open Market).

2.2 Serviços bancários digital

Esse conjunto de teorias monetárias apresentadas tem o papel de elucidar como o Sistema Financeiro Nacional funciona e como as Fintechs podem contribuir para o desenvolvimento de um mercado de serviços financeiros. Observando a digitalização dos serviços bancários nos últimos anos tem-se uma série de inovações que ajudam nas relações de trocas, tem-se os meios eletrônicos de pagamentos. Os meios eletrônicos de pagamentos são os instrumentos utilizados para o pagamento de uma compra presencial, realizada pela internet ou via smartphone. A liquidação financeira pela utilização dos meios eletrônicos pode ser realizada de várias formas, são elas:

 Operações bancárias

Transferências bancárias - Ordem de pagamento com a finalidade de creditar recursos para o beneficiário, transitando de um banco pagador (remetente) para o banco beneficiário (destinatário). É o sistema de pagamento mais utilizado no país, compreendendo a Transferência Eletrônica Disponível (TED), Documento de Crédito (DOC) e Boleto de Cobrança.

Débito direto - Instrumento de pagamento em que o pagador autoriza previamente ao banco ou ao beneficiário um débito em sua conta corrente para o pagamento de contas recorrentes como aluguéis, seguros, contas de telefone, etc.

 Cartões de pagamentos

Cartões de débito - Realiza o pagamento de bens e serviços por meio do débito, no ato da compra, em conta bancária do seu

(17)

17

portador que esteja vinculada ao cartão, exigindo assim a existência de recursos financeiros no ato da transação.

Cartões de Crédito - Permite ao seu portador adquirir bens e serviços nos estabelecimentos credenciados, bem como possibilita a realização de saques nos caixas eletrônicos da rede conveniada. O portador dispõe de um limite de crédito para cobrir despesas de compras e saques em espécie, não exigindo que o seu titular disponha de recursos financeiros no ato da transação.

E-money - É um cartão com valor armazenado eletronicamente, que é debitado à medida que o seu portador o utiliza para pagamentos de compras ou serviços. A diferença em relação aos demais cartões de pagamento é que não requer autorização online ou débito na conta bancária do consumidor no momento da transação, além de não ter utilização específica, como no caso dos cartões pré-pagos.

 Mobile banking e payment

Utilizando um celular que contenha um aplicativo de mobile banking é possível fazer operações bancárias ou executar pagamentos. O mobile payment é o termo utilizado para todo tipo de operação financeira que envolva um dispositivo móvel para iniciar, ativar ou confirmar um pagamento decorrente de compra e venda de mercadorias e serviços, inclusive produtos do banco em que o cliente possui conta. Os pagamentos com celular podem ser realizados de forma remota ou por proximidade. No pagamento remoto, o usuário pode estar em qualquer local no momento da compra e as transações são efetuadas a partir de aplicativos instalados no aparelho, que permite o envio de mensagens de texto ou a interação de voz com uma central telefônica. Para o pagamento por proximidade, também conhecido como contactless payment, é necessário que o usuário tenha um celular com um chip e antena Near Field Communication (NFC), que armazena as informações da conta do usuário e realiza a comunicação com um

(18)

18

leitor Ponto de Venda (PDV), de propriedade do estabelecimento, ou seja, não é necessária a presença de um vendedor.

2.3 Análise das Fintechs Brasil

Analisando os dados da Fintech Mining Report 2019, realizada pela Distrito em parceira com a KPMG, pode-se mapear o cenário das startups de Fintechs no Brasil e identificar as tendências e tecnologias no setor no país e no mundo. Lembrando todos os segmentos envolvidos no ambiente Fintech: Meios de pagamentos (Meios de pagamentos eletrônicos, virtual ou presencial), Crédito (Concessão de créditos via Internet e APP), Backoffice (Retaguarda administrativa), Risco e Compliance (Conformidade com leis e regulamentos), Criptomoedas (Moedas digitais, ex: bitcoin), Investimentos (Captação e gestão de recursos financeiros via APP), Fidelização (programa de fidelização e bonificação de usuários de APP), Finanças pessoais (Gestão e educação financeira pessoal), Crowdfunding (Captação coletiva de recursos financeiros), Serviços digitais (Serviços financeiros realizados por APP), Tecnologia (Recursos e estrutura de aplicação à produtos digitais), Dívidas (Intermediação e cobrança de dívidas via APP), Cartões (Cartões de crédito e Débito associadas a contas e serviços digitais) e Câmbio (Gestão de ativos em moedas estrangeiras via APP).

FIGURA 01. Análise – Divisão por segmento

Fonte: Fintech Mining Report 2019 Distrito Felipe Spina 2019 p19 Autorização expressa para uso encontra-se em anexo.

(19)

19

Outro fator importante para análise é sobre a divisão geográfica das Fintechs por estados e regiões. Observa-se, a partir da Figura 2 uma grande concentração de empresas na região Sudeste, com 74,5% desses estabelecimentos, principalmente em São Paulo que tem 57,9% dessas empresas.

FIGURA 02. Análise – Divisão por geográfica

Fonte: Fintech Mining Report 2019 Distrito Felipe Spina 2019 p19 Autorização expressa para uso encontra-se em anexo

Um fundamental para dimensionar a importância do setor é a composição do faturamento em 2018 por segmento e quantidade faturada. E isso é apresentado na Figura 03. Note que a maior parcela desses estabelecimentos estão ou na faixa de faturamento menor do que 360 mil reais ou na faixa seguinte de 360mil a menor que 5 milhões de reais.

(20)

20

FIGURA 03. Análise – Setor

Fonte: Fintech Mining Report 2019 Distrito Felipe Spina 2019 p21 Autorização expressa para uso encontra-se em anexo

A Figura 4 auxilia a entender o público-alvo das Fintechs, ela mostra que majoritariamente as startups estão voltadas ao atendimento de outras empresas, focando no mundo corporativo.

(21)

21

FIGURA 04. Análise – Público-alvo

Fonte: Fintech Mining Report 2019 Distrito Felipe Spina 2019 p22 Autorização expressa para uso encontra-se em anexo.

2.4 Casos de sucesso de Fintechs no Brasil

As empresas brasileiras têm apresentado um excelente desempenho no desenvolvimento de Fintechs. A primeira empresa a alcançar a marca de R$ 1 bilhão de reais em valor de mercado (unicórnio, na classificação informal) foi a Nubank, que tem apresentado excelente resultado no mercado de cartões. Segundo dados da assessoria de impressa da empresa, Nubank é hoje a principal Fintech da América Latina.

Em 2014, a empresa lançou seu primeiro produto, um cartão de crédito sem anuidade que é gerenciado inteiramente por um aplicativo móvel. Mais de 20 milhões de pessoas já pediram o cartão e a empresa tem hoje 6 milhões de clientes. Em 2017, o Nubank também lançou seu programa de benefícios, o Nubank Rewards, e a NuConta, conta digital que já é usada por mais de 4 milhões de brasileiros. Até hoje, o Nubank já captou cerca de US$ 420 milhões em sete rodadas de investimento. Em 2019, a revista Fast Company elegeu o

(22)

22

Nubank como a empresa mais inovadora da América Latina e a 36ª do mundo no ranking das 50 Most Innovative Companies.

Demonstrações do resultado consolidado

Exercício findos em 31 de dezembro de 2018 e exercício findo em 31 de dezembro de 2017

(Em milhares de Reais)

2018 2017

Receita operacional 470.916 218.485

Custos dos serviços prestados (391.530) (173.789)

LUCRO BRUTO 79.386 44.696

Despesas de pessoal (152.061) (85.453)

Despesas administrativas (91.924) (56.335)

Outras receitas operacionais 52.922 24.117

Outras despesas operacionais (21.934) (17.789)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (486.918) (317.657)

Plano de opção de compra de ações (34.137) (26.706)

Outras receitas/(despesas) operacionais (734.052) (479.823)

Prejuízo operacional (654.666) (435.127) Receitas Financeiras 762.249 348.845 Despesas Financeiras (223.889) (87.691) Resultado Financeiro 538.360 261.154

Resultado antes de imposto de renda e contribuição social (116.306) (173.973)

Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido 16.015 56.975 Imposto de renda e contribuição social 16.015 56.975

Prejuízo do exercício (100.291) (116.998)

FIGURA 05. Demonstração do resultado consolidado Nubank 2018

Fonte: Elaboração própria com base nos dados Nu_Pagamentos_consolidado_dez18 p.9

Observa-se pela Demonstrações do resultado (DRE) do Nubank 2018 que a empresa tem apresentado crescimento de 116% na receita operacional, passando de R$ 218 milhões em 2017 para R$ 470 milhões em 2018. Tem apresentado lucro bruto crescente também. Em 2018, apresentou crescimento de

(23)

23

119% em receitas financeiras tendo mais de R$ 762 milhões de saldo. Um fato característico de startups é apresentar prejuízos no processo de expansão no mercado, fato visto nos dois últimos Resultados, R$ 116 milhões em 2017 e R$ 100 milhões em 2018. Ao aprofundar a análise vê-se que as despesas para provisão para crédito de liquidação duvidosa em alta, passando dos R$ 486 milhões em 2018, representando um crescimento nessa despesa de 53% em relação a 2017.

Outra empresa que tem mostrado excelente desempenho é o Banco Original, possuindo em dezembro de 2018:

 Ativos totais de R$ 11,2 bilhões;  Carteira de crédito de R$ 6,4 bilhões;  Captação toatal de R$ 7,9 bilhões;  Patrimônio líquido de 2,2 bilhões.

O desempenho do Banco Original é perceptível ao se verificar a evolução do numero de clientes apresentado na Figura 05, o qual saiu de 232 mil clientes em dezembro de 2016 para 718mil clientes em dezembro de 2018. Mais que triplicou a carteira de clientes ativos em um espaço de dois anos.

BANCO VAREJO

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CLIENTES ATIVOS (MILHARES)

dez/16 232 jun/17 386 dez/17 542 jun/18 621 dez/18 718

FIGURA 06. Evolução clientes ativos

(24)

24

Demonstraçõesdo resultado consolidado

Exercício findos em 31 de dezembro de 2018 e exercício findo em 31 de dezembro de 2017

(Em milhares de Reais)

2018

2017

Receitas da Intermediação Financeira 1.105.185 1.159.152

Resultado de Operações de Crédito 919.682 726.990

Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 233.378 317.096

Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos (102.231) 111.809

Resultado de Operações com Câmbio 54.356 3.257

Despesas da Intermediação Financeira (515.866) (552.391)

Operações de Captação no Mercado (507.587) (549.672)

Operações de Empréstimos e Repasses (8.279) (2.719)

Resultado Bruto da Intermediação Financeira Antes da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 589.319 606.761

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (120.006) (38.163)

Resultado da Intermediação Financeira Líquida da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 469.313 568.598

Outras Receitas (Despesas) Operacionais (561.901) (561.406)

Receitas de Prestação de Serviços 34.601 31.421

Tarifas 13.943 5.076

Despesas de Pessoal (276.111) (283.259)

Outras Despesas Administrativas (356.532) (364.053)

Despesas Tributárias (27.474) (30.433)

Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (1.126) 158

Outras Receitas Operacionais 56.139 87.019

Outras Despesas Operacionais (5.341) (7.335)

Resultado Operacional (92.588) 7.192

Resultado não Operacional 176.765 (6.284)

Resultado antes da Tributação sobre o Lucro e Participações 84.177 908

Imposto de Renda e Contribuição Social 47.026 32.264

Provisão para Imposto de Renda 316 -

Provisão para Contribuição Social 352 -

Ativo Fiscal Diferido 46.358 32.264

Participações no Lucro 35.569 (43.909)

Lucro/ (Prejuízo) Líquido do Exercício 1.582 (10.737)

FIGURA 07. Demonstração do resultado Banco Original 2018 Fonte: Elaboração própria com base nos dados Resultados Banco Original dez18 P.11

(25)

25

Analisando DRE do Banco Original para o ano de 2018, tem-se uma empresa com resultado financeiro extraordinário, receita de intermediação fianceira apresenta R$ 1,1 bilhão, levadas principalmente pela operações de crédito. Em 2018, o Banco Original encerrou o ano com um lucro liquido de R$ 1,5 milhão, exclente resultado se comooarado com a no anterior, onde o banco apresentou prejuízo de R$ 10 milhões. Mais uma vez se observa uma alta crescente nas provisões para créditos de liquidação duvidosa, passando de R$ 38 milhões em 2017 para R$ 120 milhões em 2018, crescimento de 214%.

Na Figura 06, observar-se a evolução de outra Fintech que atua com contas digitais e cartão de crédito, o Banco Inter, apresentando um crescimento de mais de 261% no número de clientes atendidios. A Figura 07, evidencia a expação do investimentos totais do Banco Inter, o qual subiu 40,2% no período do priemiro trimestre de 2018 ao primeiro trimestre de 2019. Bem como o expressivo crescimento de captações, que no mesmo período aumentou 39,2%.

CONTA DIGITAL BANCO INTER

NÚMERO TOTAL DE CLIENTES MILHARES

1T18 535,6 2T18 741,5 3T18 1.049,7 4T18 1.452,0 1T19 1.935,70 CRESCIMENTO 261,4%

FIGURA 08. Número total de clientes

Fonte: Elaboração própria com base nos dados https://ri.bancointer.com.br/performance.aspx Banco Inter

INVESTIMENTOS

INVESTIMENTOS TOTAIS

R$

MILHÃO CAPTAÇÃO BANCO INTER

R$ MILHÃO 1T18 5978 1T18 3113 2T18 5745 2T18 3330 3T18 6516 3T18 3585 4T18 7503 4T18 4157 1T19 8379 1T19 4334 CRESCIMENTO 40,2% CRESCIMENTO 39,2% FIGURA 09. Investimentos

Fonte: Elaboração própria com base nos dados https://ri.bancointer.com.br/performance.aspx Banco Inter

(26)

26

Demonstraçõesdo resultado consolidado

Exercício findos em 31 de dezembro de 2018 e exercício findo em 31 de dezembro de 2017

(Em milhares de Reais)

2018

2017

Receitas da intermediação financeira

Operações de crédito 559.021 444.776

Rendas de operações de câmbio 1.669 639

Resultado com aplicações interfinanceiras de liquide 61.952 59.595 Resultado com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 23.991 42.113 Operações de vendas de transf. de ativos financeiros (receita) - 627

646.633 547.750

Despesas da intermediação financeira

Operações de captação no mercado (215.496) (272.197)

Obrigações empréstimos e repasses (1.786) (2.949)

Provisão para crédito de liquidação duvidosa (57.607) (50.673) Operações de vendas de transf. de ativos financeiros (despesa) (7) (1.289)

Operações com derivativos (16.632) -

(291.528) (327.108)

Resultado bruto da intermediação financeira 355.105 220.642

Outras receitas (despesas) operacionais

Rendas de prestação de serviços 57.396 40.540

Despesas de pessoal (118.920) (82.461)

Outras despesas administrativas (165.094) (91.081)

Despesas tributárias (26.254) (16.153)

Resultado de participações em controladas - -

Outras receitas operacionais 38.830 12.924

Outras despesas operacionais (29.200) (14.426)

(243.242) (150.657)

Resultado operacional 111.863 69.985

Resultado não operacional (17.983) (10.226)

Resultado antes da tributação sobre o lucro 93.880 59.759

Imposto de renda e contribuição social corrente (12.659) (2.435) Imposto de renda e contribuição social diferido (11.386) (3.528)

(24.045) (5.963)

Resultado exercícios 69.835 53.796

FIGURA 10. Demonstrativo de resultado Banco Inter 2018

Fonte: Elaboração própria com base nos dados Demonstrações Financeiras Banco Inter p.15

Observando o DRE do Banco Inter em 2018, vê-se um crescimento nas receitas de intermediação financeira, apresentando um crescimento de 18% em relação a 2017, passando de R$ 547 milhões para R$ 646 milhões em 2018. Diferentemente do esperado para uma startup, o Banco Inter apresenta resultado

(27)

27

positivo para o ano de 2018, crescendo 30%, passando de R$ 69 milhões. Destaque positivo é para a baixa despesa em provisão de crédito de liquidação duvidosa, despesa essa que possui apenas R$ 57 milhões em 2018, muito abaixo para o segmento bancário.

Depois de conquistar 4 milhões de usuários em busca de planejamento financeiro, o GuiaBolso, uma das 50 fintechs mais inovadoras do mundo de acordo com a consultoria KPMG e que recebeu aportes de R$ 240 milhões, pretende entrar em um novo nicho de mercado

Essa não seria a primeira iniciativa da companhia em um segmento diferente de sua origem. No início do ano passado, a empresa de tecnologia criou a Just, uma plataforma de crédito pessoal, para emprestar dinheiro aos usuários da plataforma GuiaBolso que estão endividados, principalmente no cheque especial e no rotativo do cartão de crédito. Desde então, a companhia já emprestou mais de R$ 200 milhões – fruto de captações de R$ 220 milhões de dois FIDCs criados pela companhia.

(28)

28

3. Metodologia

Neste projeto a metodologia de análise consiste em analisar a evolução do número de indivíduos com acesso à internet por ano, elemento fundamental para a evolução dos serviços bancários por Fintechs e a evolução da participação das pessoas e empresas nos serviços bancários digitais. Uma pesquisa bibliográfica foi utilizada para apresentar os dados obtidos e, por fim, realizou-se uma análise descritiva desses dados.

A pesquisa teve como foco os dados do segmento financeiro digital do Brasil, pela ótica dos novos entrantes no segmento bancário, sejam indivíduos ou instituições, principalmente do ambiente Fintech. O critério de escolha do obedeceu ao papel crescente da importância das Fintechs para a economia brasileira. Os dados coletados são públicos e estão disponíveis na WEB em fontes oficiais.

As hipóteses levantadas para identificar os fatores que afetam a expansão do setor bancário brasileiro através do mercado bancário digital:

 Mesmo diante da grave crise financeira que afetou o Brasil nos últimos anos, a inclusão digital e novas startups vem ocorrendo;  Maior acesso a bens e serviços digitais têm facilitado o uso de

serviços tradicionalmente não digitais;

 O setor bancário ainda possui grande relevância na economia brasileira, apresentando lucros acima da média dos demais setores da economia;

 Crescente utilização de serviços bancários por meios digitais;  Modificação dos hábitos de acesso a serviços bancários;  Nova dinâmica das startups e os serviços financeiros.

(29)

29

4. Resultado e discussões

De acordo com os dados retirados da Federação de Brasileira de Bancos – FEBRABAN, o setor bancário é o segmento com maiores investimentos em tecnologia. Investimentos do setor bancário em tecnologia somaram R$ 188,7 bilhões entre 2012-2017, com média anual de R$ 19,8 bilhões.

A evolução tecnológica no setor bancário deu comodidade para a população, Mobile bank e Internet bank já representam mais da metade das transações bancárias em 2016, somando mais de 45,1 BI de transações. As principais inovações que impulsionam a revolução digital no setor bancário dizem respeito à 4 tendências chaves para o setor, são elas: Experiência do Usuário, Analytics, Inteligência Artificial e Open Bank. Todas essas tendências estão sendo adotadas no Brasil.

No mundo, além das líderes digitais (Google, Amazon, Apple, Facebook), Startups exploram negócios tradicionais de instituições financeiras, gerando experiência e concorrência em 6 áreas, Crypto Currencies, Gestão Financeira, Crédito, Seguros, Investimentos e Pagamentos.

Segundo dados do Banco Central do Brasil, o total de operações de crédito no Brasil somou mais de R$ 3.1 trilhões em 2016, representando 49,6% do PIB. Quanto às operações de crédito por setores, tem-se que 15% é formado pelo setor estrangeiro, 29% pelo setor privado nacional e 56% pelo público. Quando observa-se as operações de crédito com recursos livres, divididos por pessoa física, a maior parte dos saldos financeiros são destinados para crédito pessoal e consignado, representando 48% do volume. Enquanto os saldos financeiros para pessoas jurídicas o maior volume fica com Capital de giro, aproximadamente 43% dos recursos.

Observando a evolução dos serviços bancários no mundo digital, constata-se que a tecnologia ganha papel de destaque na nova relação entre os usuários-cliente e as instituições financeiras. O setor bancário representou aproximadamente 5% do PIB nacional em 2013, mostrando a importância desse segmento na economia.

(30)

30

Deve-se (Figura 09), analisar toda a transformação pelo qual passa essa indústria e quais as consequências para a economia como um todo. E verificar se a revolução digital tem papel fundamental na mudança do setor.

Dentro do PNIF, a publicação do Relatório de Inclusão Financeira de 2015 (2010 a 2014), observando a evolução de pontos de atendimento tem-se um crescimento de: 24% no números de sedes e agências bancárias, 17,5% postos de atendimento, 6,6% postos de atendimentos eletrônicos, 3,4% em ATMs, 104,1% em ATMs fora de agências e PAs. Um esforço do Banco Central e parceiros que resultou em maior acesso aos serviços bancários.

Segundo dados mais recente da pesquisa FEBRABAN de tecnologia bancária 2019, há uma crescente evolução no número de transações em todos os canais. Resultando em 6 de cada 10 transações bancárias já são realizadas pelo celular ou pelo computador. A evolução dessas transações esta apresentado na Figura 08.

EVOLUÇÃO DAS TRANSAÇÕES BANCÁRIAS POR CANAL (EM BILHÕES DE

TRANSAÇÕES)

ANOS

CANAL 2014 2015 2016 2017 2018

MOBILE BANKING 4,7 11,2 18,6 25,3 31,3

INTERNET BANKING 18 17,7 15,5 15,7 16,2

POS (PONTO DE VENDAS) 7,2 7,8 9,7 10,9 12,6

ATM (AUTOATENDIMENTO) 10,2 10,0 10,2 9,9 9,2 CORRESPONDENTE BANCÁRIO 2,3 3,2 4,4 4 4,2 AGÊNCIA BANCÁRIA 4,9 4,4 5,6 5,9 4,0 CONTACT CENTERS 1,5 1,4 1,4 1,5 1,4 TOTAIS 48,8 55,7 65,4 73,2 78,9 VAR% 14% 17% 12% 8%

FIGURA 11. Evolução transações bancárias

Fonte: Elaboração própria com base nos dados Pesquisa Febraban 2019 P.10

As operações de pagamentos de contas e transferências (incluindo DOC e TED) passaram a ser efetuadas preferencialmente por mobile banking.

FIGURA 12. Composição por canal

Fonte: Elaboração própria com base nos dados Pesquisa Febraban 2019 P.11

COMPOSIÇÃO DAS TRANSAÇÕES BANCÁRIAS POR CANAL (EM %)

ANOS

CANAL 2014 2015 2016 2017 2018

CANAIS DIGITAIS (MOBILE BANKING E INTERNET BANKING) 47% 52% 52% 57% 60%

CANAIS TRADICIONAIS (ATM, CORRESPONDENTES, AGÊNCIAS E

CONTACTS) 38% 34% 33% 28% 24%

(31)

31

FIGURA 13. Transações canais digitais

Fonte: Elaboração própria com base nos dados Pesquisa Febraban 2019 P.12

Do lado dos clientes (Figura 10), a facilidade de uso e a confiança nas plataformas desenvolvidas pelas instituições financeiras para o celular contribuem para a ampliação das opções de transações com movimentação financeira. Nesse contexto, todos se beneficiam: os bancos aumentam a eficiência de seus processo e passam a oferecer serviços mais sofisticados e de maior valor agregado por meio da aplicação da tecnologia e os consumidores ganham tempo e comodidade para gerirem seus recursos e compromissos financeiros.

TRANSAÇÕES BANCÁRIAS EM CANAIS DIGITAIS (EM BILHÕES DE

TRANSAÇÕES)

MOBILE BANKING INTERNET BANKING ANOS ANOS 2014 2015 2016 2017 2018 2014 2015 2016 2017 2018 GERAL 4,7 11,2 18,6 25,3 31,3 GERAL 18,0 17,7 15,5 15,7 16,2

(32)

32

5. Considerações Finais

Neste trabalho observou-se a profunda transformação vivida pelo setor bancário nos últimos anos, associadas as transformações tecnológicas e ao ambiente de negócios. Viu-se que a dinâmica inovativa do setor bancário pôs uma grande soma de investimentos e recursos em empresas de tecnologias especializadas em serviços financeiros, as Fintechs. As Fintechs proporcionaram uma série de novos serviços inovadores, oferecendo segurança, comodidade, baixo custo, excelente acessibilidade e grande variabilidade.

Espera-se que muito em breve cada vez mais as relações financeiras entre empresas e clientes sejam completamente realizadas em ambiente digital e 100% seguro. Até o ano de 2020, mais de 1 milhão de operações de pagamentos ocorrerão a cada minuto no mundo, segundo dados da PwC Market Research Center.

Enquanto o dinheiro continua a ser o principal método de pagamento para transações de baixo valor, tem-se observado uma tendência de queda na sua utilização durante as últimas décadas, em conjunto com o aumento da adoção de novos métodos de pagamentos alternativos. O setor de serviços financeiros, no Brasil e no mundo, passa atualmente por um ponto de inflexão. Para lidar com a evolução de um segmento que atravessa profundas transformações tecnológicas, regulatórias e de mercado, os bancos se deparam com a necessidade de conduzir mudanças estratégicas em seus modelos de negócios e operacionais.

Alguns pilares da transformação a ser endereçada pelo setor de serviços financeiros incluem: Tecnologias exponenciais (O potencial das tecnologias emergentes se mostra maior a cada dia. A inteligência artificial e a computação em nuvem já estão transformando significativamente muitos aspectos do sistema bancário), Ecossistema financeiro (Com a crescente convergência da indústria de serviços financeiros, as relações entre bancos, fintechs e big techs estão evoluindo rapidamente.

Promover um verdadeiro contexto de colaboração ainda é um desafio para as instituições financeiras), Sinergia tecnológica (O sucesso dos bancos em sua transformação digital dependerá principalmente de como a estratégia de tecnologia e operações serão capazes de operar em conjunto sistemas, plataformas, softwares, ferramentas e infraestrutura. A gestão de dados, a

(33)

33

centralização da infraestrutura e a inteligência artificial estão na base dessa abordagem integrada, aplicada de forma a criar o máximo valor para as instituições) e talentos para o futuro dos bancos (A automação, a economia sob demanda, o crowdsourcing (trabalho em colaboração) e as mudanças demográficas já impactam a forma como o trabalho é e será feito pelas instituições financeiras.

No entanto, qualquer transformação na gestão de pessoas que vise apenas a eliminação de tarefas rotineiras e a gestão de custos será limitadora. Nesse sentido, as palavras-chave para os talentos de hoje e de amanhã são relevância, criatividade e resolução de problemas. Habilidades para projetar uma melhor experiência para o cliente ou gerenciar mudanças podem se tornar, no futuro, tão ou mais importantes do que o conhecimento da indústria. Em um contexto dominado por máquinas e de conhecimento sem fronteiras, torna-se valioso promover interdisciplinaridade, intuição, criatividade, julgamento, persuasão e empatia)

(34)

34

Referências

ABRANET. Privatização das telecomunicações completa 20 anos. Disponível em: http://www.abranet.org.br/Noticias/Privatizacao-das-Telecomunicacoes-completa-20-anos-1999.html?UserActiveTemplate=site#.XL3MdOjMPIV Acesso em 22 de abril de 2019.

ANATEL. Panorama Setorial 201. Disponível em:

http://www.anatel.gov.br/dados/destaque-1/332-panorama-setorial-dezembro-2016 Acesso em 22 de abril de 2019.

ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro, Ed São Paulo: Editora Atlas, 2009.

BANCO INTER . Performance IT2019. Disponível em:

https://ri.bancointer.com.br/performance.aspx Acesso em 10 de julho de 2019.

BANCO ORIGINAL. Apresentação Banco Original. Disponível em:

https://www.original.com.br/docs/relations/presentations/2018/Apresentacao-Banco-Original-Resultados-de-Dezembro-18.pdf Acesso em 10 de julho de 2019.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Plano de ação. Disponível em:

https://www.bcb.gov.br/nor/relincfin/Plano_de_Acao_PNIF.pdf Acesso em 10 de julho de 2019.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. RIF 2015. Disponível em:

https://www.bcb.gov.br/Nor/relincfin/RIF2015.pdf Acesso em 10 de julho de 2019.

CHISHTI, SUSANNE. A revolução Fintech: o manual das startups financeiras / Susanne Chishti; traduzido por Samantha Batista. – Alta Books, 2017.

ESTADÃO. Finanças Mais. Disponível em:

http://publicacoes.estadao.com.br/financasmais2018/ Acesso em 15 de abril 2019.

FEBRABAN. Estatística Econômica e Bancária. Disponível em:

https://portal.febraban.org.br/paginas/21/pt-br/# Acesso em 15 de abril 2019.

FGV. Mapa de Inclusão Digital. Disponível em: https://cps.fgv.br/pesquisas/mapa-da-inclusao-digital Acesso em 15 de abril de 2019.

ISTO É DINHEIRO. As ambições do Guia Bolso. Disponível em:

https://www.istoedinheiro.com.br/as-ambicoes-do-guiabolso/ Acesso em 10 de julho de 2019.

(35)

35

LOPES, JOÃO DO CARMO. Economia monetária / João do Carmo Lopes, José Pascoal Rossetti. – 9. Ed São Paulo Atlas, 2015.

LOPES, LUIZ MARTINS ET ALL. Manual de macroeconomia: nível básico e nível intermediário / Luiz Martins Lopes, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos (organizadores) – 3ed. – 8.reimpr. – São Paulo : Atlas, 2015.

NUBANK. Financial Statements. Disponível em:

https://nubank.com.br/docs/financial_statements/Nu_Pagamentos_consolidado_dez18.pd f Acesso em 21 de julho de 2019.

SEBRAE. Datasebrae. Disponível em: https://datasebrae.com.br/pib/#setores Acesso em 15 de abril 2019.

SEBRAE. O que são meios eletrônicos de pagamentos. Disponível em:

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-sao-meios-eletronicos-de-pagamentos,3a085415e6433410VgnVCM1000003b74010aRCRD Acesso em 22 de abril de 2019.

(36)

36

ANEXOS

Referências

Documentos relacionados

O primeiro Sacerdote de Umbanda foi Umbanda foi Zélio de Moraes, Zélio de Moraes, mas a pergunta é: mas a pergunta é: como ele como ele foi foi preparado

This is the most disaggregated definition and assesses synchronization across identical products irrespective of the store (chain). It would indicate the prevalence of the law of

Janaína Oliveira, que esteve presente em Ouagadougou nas últimas três edições do FESPACO (2011, 2013, 2015) e participou de todos os fóruns de debate promovidos

Sobre o objeto de estudo mais especificamente, no tocante à cidade de Recife, alunos de ensino fundamental de escolas públicas que tem suas informações compreendidas na

Por fim, em relação as sugestões e propostas de melhoria para atenuar a incidência dos vieses na tomada de decisão, de forma a colaborar para o funcionamento

Para tanto, foram definidos os seguintes objetivos específicos: analisar as modificações mais importantes da Lei 13.467/2017; categorizar os aspectos da Lei

Para tal, foram utilizados dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), além do CONDEPE-FIDEM – Agência estadual de planejamento e pesquisas

Tendo em vista os problemas vistos anteriormente, foram desenhados os seguintes objetivos: identificar e analisar quais os fatores que podem influenciar (e de que forma)