• Nenhum resultado encontrado

Efeitos da profundidade da lâmina de água sobre o comportamento do arroz (Oryza sativa L.) irrigado.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Efeitos da profundidade da lâmina de água sobre o comportamento do arroz (Oryza sativa L.) irrigado."

Copied!
75
0
0

Texto

(1)

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA C I V I L

9

EFEITOS DA PROFUNDIDADE DA LÂMINA DE ÁGUA

SOBRE O COMPORTAMENTO DO ARROZ (Oryza sa

t i v a L.) IRRIGADO

p o r

LUIZ CARLOS GALINDO BARROS

s q u i s a d o r da Empresa B r a s i l e i r a de Pesquisa

Agropecuária - EMBRAPA

CAMPINA GRANDE, PARAÍBA

JUNHO - 1 9 7 7

(2)
(3)

t i v a L . ) IRRIGADO

p o r

L U I Z CARLOS GALINDO BARROS

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PRO GRAMAS DE PÕS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DO CENTRO DE CIÊN CIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS ( M . S c . ) .

(4)

i -Â m i n h a mae J a n d i r a S a l i n d o B a r r o s e ao meu p a i de criação A d e i l d o Nepomuceno M a r q u e s .

Aos meus irmãos

(5)

A G R A D E C I M E N T O S

 s u a e s p o s a e f i l h a V i c e n t i n a e A n a t e v k a Gue des M e l o G a l i n d o p e l a compreensão e a p o i o d u r a n t e o período de duração do c u r s o . Ao D r . Hugo 0. C a r v a l l o G u e r r a , d o C e n t r o de Ciências e T e c n o l o g i a da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d a Paraíba pe l a c r i t e r i o s a , o b j e t i v a e d e d i c a d a orientação em t o d a s as f a ses d a elaboração d a t e s e . A E m p r e s a B r a s i l e i r a de P e s q u i s a Agropecuária através d a U n i d a d e d e Execução de P e s q u i s a d e Âmbito E s t a d u a l d e P e n e d o , A l a g o a s , p o r t e r c o l o c a d o i s u a disposição t o d o s o s r e c u r s o s necessários ao d e s e n v o l v i m e n t o d a p r e s e n t e p e s q u i s a .

Ao D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de O b r a s C o n t r a Secas (DNOCS) através d o Laboratório d e S o l o s d e Campina G r a n d e , Paraíba, p e l a colaboração' p r e s t a d a .

Ao Núcleo de P r o c e s s a m e n t o de Dados d o C e n t r o de Ciências e T e c n o l o g i a d a UFPb., n a p e s s o a d o E n g e n h e i r o Eletrônico João T e r t u l i a n o Nepomuceno A g r a , p e l a a j u d a n o s t r a b a l h o s d e computação.

Aos P r o f e s s o r e s , p e l a contribuição ã formação científica e c u l t u r a l do A u t o r .

(6)

Ao P r o f e s s o r F r a n c i s c o M o n t e A l v e r n e de S a l e s S a m p a i o , p e l a c u i d a d o s a r e v i s l o do t r a b a l h o . Aos c o l e g a s E n g e n h e i r o s Agrônomos P a u l o S e r g i o L i m a e S i l v a e F e r n a n d o L u i z D u l t r a C i n t r a p o r colaborações e sugestões a p r e s e n t a d a s . Aos c o l e g a s do C u r s o de Pó*s~ Graduação p e l a s s i n c e r a s e p r o v e i t o s a s a m i z a d e s .

 m i n h a m ã e , meu p a i d e criação, e a o s meus irmãos p e l a educação e formação m o r a l q u e me p r o p o r c i o n a r a m . Ãs famílias G u e d e s , L u n a , e Souza p e l o a p o i o i n c e n t i v a d o r no campo s o c i a l e f a m i l i a r . Aos funcionários d o D e p a r t a m e n t o de E n g e n h a r i a C i v i l , H e r c u l e s H e r c u e r g u s S o b r e i r a de A l m e i d a , J o r g e B a r b o sa de S o u z a . E a S r a . C l e o n i c e L i m a Gomes, p e l o s t r a b a l h o s datilográficos.

Aos funcionários d a UEPAE - P e n e d o , d a Estação Meteorológica de Própria-Sergipe, a m i g o s e a t o d a s as p e s s o a s q u e c o l a b o r a r a m d i r e t a o u i n d i r e t a m e n t e com e s t e t r a b a l h o .

(7)

BIOGRAFIA DO AUTOR

LUIZ CARLOS GALINDO BARROS, f i l h o de M a n o e l L a r a n j e i r a B a r r o s e de J a n d i r a G a l i n d o B a r r o s , n a s c e u em Pe trolândia, E s t a d o de P e r n a m b u c o , a o s 13 d i a s d o mês de j a n e i r o de 19 5 1 . D u r a n t e o período d e 1958 a 1 9 6 5 , f e z seus es t u d o s i n i c i a i s n o s Grupo E s c o l a r P a d r e F r a n c i s c o C o r r e i a e Ginásio S a n t a n a , l o c a l i z a d o s em S a n t a n a do I p a n e m a , A l a g o a s , o n d e p a s s o u a m a i o r p a r t e d a s u a v i d a . C u r s o u o científico no Colégio E s t a d u a l M o r e i r a e S i l v a , em M a c e i o - A l a g o a s , no período de 1 9 6 6 a 1 9 6 8 . G r a d u o u - s e em E n g e n h a r i a Agronômica, em 197 2, p e l a E s c o l a de A g r o n o m i a d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da Paraíba, em A r e i a s , Pb. T r a b a l h o u como E x t e n s i o n i s t a Agrícola no E s c r i tório Técnico d e Irrigação d a Associação N o r d e s t i n a d e Crêdi t o e Assistência R u r a l d e A l a g o a s , d u r a n t e os a n o s de 73/74. A i n d a em 1 9 7 4 , p a s s o u a Associação N o r d e s t i n a d e Crédito e Assistência R u r a l d e S e r g i p e , d e s e n v o l v e n d o t r a b a l h o s d e e l a boração e implantação d e p r o j e t o s de Irrigação.

N e s t e mesmo a n o p a r t i c i p o u do V I C u r s o d e Enge n h a r i a de Irrigação em Campina G r a n d e , Paraíba através d e s t e órgão. Em a g o s t o de 1 9 7 5 , i n i c i o u o C u r s o de M e s t r a d o em Irrigação, n o C e n t r o d e Ciências e T e c n o l o g i a d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da Paraíba. A t u a l m e n t e , p e r t e n c e â E q u i p e d e P e s q u i s a d o r e s d a E m p r e s a B r a s i l e i r a de P e s q u i s a Agropecuária, l o t a d o na U n i d a d e de Execução de P e s q u i s a d e Âmbito E s t a d u a l de Penedo A l a g o a s .

(8)

V

-H O M E N A G E M

Ao E n g e n h e i r o Agrônomo João H e n r i q u e s d a S i l v a , p e s q u i s a d o r d a C o m p a n h i a de D e s e n v o l v i m e n t o do V a l e do São F r a n c i s c o (CODEVASF), p e l o esforço e dedicação ã p e s q u i s a do a r r o z n a região do B a i x o São F r a n c i s c o .

(9)

R E S U M O

O e x p e r i m e n t o f o i c o n d u z i d o em Penedo - A l a

g o a s , s o b um c l i m a semi-úmido, com precipitação m e d i a a n u a l de 1.161 mm e t e m p e r a t u r a m e d i a do a r de 259C. 0 o b j e t i v o do p r e s e n t e e s t u d o f o i d e t e r m i n a r o s e f e i t o s de 6 r e g i m e s de de irrigação s o b r e o c o m p o r t a m e n t o de 3 v a r i e d a d e s e 1 s e l e ção de a r r o z ( O r y z a s a t i v a L . ) . A s s i m , as v a r i e d a d e s I R - 6 6 5 4 - 5 - 5 , SML-5/6 5, S u v a l e - 1 - 7 C , e a Seleção-10 , f o r a m s u b m e t i das às lâminas de 0, 5, 1 0 , 15, 20 e 25 cm de ãgua. Os p a r a m e t r o s u s a d o s p a r a a v a l i a r o c o m p o r t a m e n t o do a r r o z f o r a m a

a l t u r a da p l a n t a , número de p e r f i l h o s e de panículas p o r co v a , f e r t i l i d a d e de p e r f i l h o s , números de e s p i g u e t a s e de grãos c h e i o s p o r panícula, f e r t i l i d a d e de e s p i g u e t a s , p e s o de 1.000 grãos e produção de grãos. Â exceção do número de grãos c h e i o s p o r panícula, do p e s o de 1.000 grãos e da f e r t i l i d a d e de e s p i g u e t a s , o comportamento das d i f e r e n t e s v a r i e dades e seleção de a r r o z t e s t a d a s , não v a r i o u s i g n i f i c a t i v a mente, com a s lâminas de água. E x c e t u a n d o o número de grãos

c h e i o s p o r panícula, t o d o s o s demais parâmetros v a r i a r a m s i g n i f i c a t i v a m e n t e com a s v a r i e d a d e s e seleção de a r r o z .

(10)

v i i -A B S T R -A C T The e x p e r i m e n t was c o n d u c t e d a t P e n e d o - A l a g o a s , u n d e r a s e m i - h u m i d c l i m a t e , w i t h a mean a n u a l p r e c i p i t a t i o n o f 1 , 1 6 1 mm a n d a mean a i r t e m p e r a t u r e o f 2 59C. The o b j e c t i v e o f t h e p r e s e n t s t u d y was t o d e t e r m i n e t h e e f f e c t s o f 6 i r r i g a t i o n r e g i m e s o n t h e b e h a v i o r o f 3 v a r i e t i e s a n d 1 s e l e c t i o n o f r i c e ( Q r y z a s a t i v a L . ) . T h u s , f o u r r i c e s , (SML-5/65, I R - 6 6 5 - 4 - 5 - 5 , S u v a l e - 1 - 7 0 a n d S e l e c a o - 1 0 ) , w e r e s u b m i t t e d t o w a t e r d e p t h s o f 0, 5, 1 0 , 1 5 , 20 a n d 25 cm. The p a r a m e t e r s u s e d t o e v a l u a t e t h e r e s p o n s i v e b e h a v i o r o f t h e r i c e w e r e t h e p l a n t h e i g h t , number o f t i l l e r s a n d p a n i c l e s p e r h i l l , t i l l e r s f e r t i l i t y , number o f s p i k e l e t a n d f i l l e d g r a i n s p e r p a n i c l e , s p i k e l e t s f e r t i l i t y , w e i g h t o f 1,00 0 g r a i n s a n d g r a i n y i e l d . T h e w a t e r d e p t h d i d n o t p r o d u c e any e f f e c t o n t h e b e h a v i o r o f t h e r i c e , w i t h e x c e p t i o n o f t h e n u m b e r o f f i l l e d g r a i n s , w e i g h t o f 1,000 g r a i n s a n d t h e f e r t i l i t y o f s p i k e l e t s . A l l t h e p a r a m e t e r s w e r e a f f e c t e d f o r t h e . v a r i e t y t r e a t m e n t , w i t h t h e e x c e p t i o n o f t h e number o f f i l l e d g r a i n s p e r p a n i c l e .

(11)

Í N D I C E

P a g i n a

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO 1

CAPÍTULO I I - REVISÃO DE LITERATURA 3 1 - CARACTERÍSTICAS D A CULTURA 3 a ) Classificação 3 b ) C i c l o biológico 6 c ) N e c e s s i d a d e de s o l o s e n u t r i e n t e s 7 d ) N e c e s s i d a d e s d e água 8 2 - IRRIGAÇÃO 1 1 a ) M e t o d o l o g i a 1 1 b ) Influência d a inundação e d a a l t u r a d a lâmina d e água s o b r e o c o m p o r t a m e n t o do a r r o z 14-c ) Interação v a r i e d a d e s e lâmi n a s de submergência 18

CAPÍTULO I I I - MATERIAIS E MÉTODOS 19 A - LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO 19

B - TRATAMENTOS 20 C - CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO 23

D - AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS A

G R O N O M I C A S ESTUDADAS 25 1 . A l t u r a d a p l a n t a 2 5 2. Componentes d a produção 25 2.1 - Número de p e r f i l h o s , núme r o d e p a n i c u l a s e f e r t i l i . , d a d e de p e r f i l h o s 2 5 2.2 - Número de e s p i g u e t a s , núme r o de grãos c h e i o s e f e r t i l i d a d e de e s p i g u e t a s 2 6 2.3 - Peso d e 1000 grãos 26

(12)

P a g i n a

3 - Produção d e grãos 2 6

E - ANÁLISES DOS RESULTADOS 27

CAPITULO I V - RESULTADOS E DISCUSSÕES 2 8

1 - A l t u r a d a s p l a n t a s 2 8 2 - C o m p o n e n t e s d a produção 30 2.1 - Número d e p e r f i l h o s , núme r o de panículas e f e r t i l i d a d e d e p e r f i l h o s 3 0 2.2 - Número de e s p i g u e t a s , nú mero de grãos c h e i o s e f e r t i l i d a d e de e s p i g u e t a a 36 2.3 - Peso de 100 0 grãos 4 2 3 - Produção de grãos 44 CAPÍTULO V - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 48

BIBLIOGRAFIA 50 APÊNDICE 55

(13)

INTRODUÇÃO

O a r r o z (üryza s a t i v a L.) i uma gramínea o r i ginãria do S u d e s t e Asiático, s a b e n d o - s e da s u a existência d e s d e o ano 3000 A.C.. A t u a l m e n t e e n c o n t r a - s e d i f u n d i d a em t o d o s os c o n t i n e n t e s , s e r v i n d o de a l i m e n t o básico p a r a a m e t a d e da população humana (GRANATO, 1914 ; VIANNA E S I L V A ,

1969 e TOPOLANSKI, 1 9 7 5 ) .

Segundo estatísticas da FAO os m a i o r e s p r o d u t o r e s m u n d i a i s d e a r r o z são a C h i n a , índia, Indonésia, Pa q u i s t a o e o Japão, ü B r a s i l o c u p a o o i t a v o l u g a r (SOUZA, 1 9 7 3 ) . No B r a s i l , o R i o G r a n d e do S u l , a p e s a r de não pos_ s u i r a m a i o r superfície rizícola do p a í s , l i d e r a a p r o d u ção n a c i o n a l , s e n d o responsável p o r 23% d e s t a . I s t o e de v i d o â a l t a p r o d u t i v i d a d e a l i o b t i d a , s e n d o a irrigação, em g r a n d e p a r t e , a responsável p o r e s s a extraordinária d i f e r e n ça de r e n d i m e n t o p o r área de c u l t i v o . Apôs o R i o G r a n d e do S u l , os p r i n c i p a i s e s t a d o s p r o d u t o r e s de a r r o z do B r a s i l são, em o r d e m d e c r e s c e n t e , o M a t o G r o s s o , G o i á s , Paraná, M i nas G e r a i s e São P a u l o ( I B G E , 1 9 7 5 ) .

(14)

- 2

No n o r d e s t e , a região do B a i x o São F r a n c i s c o dispõe de uma área irrigável de 66,000 h e c t a r e s , sendo que 20.000 já estão s e n d o e x p l o r a d o s com a r r o z . (CODEVASF, 1975 e MILLAR, 1 9 7 6 ) , N e s t a região são i d e n t i f i c a d o s a t u a l m e n t e três níveis de t e c n o l o g i a na r i z i c u l t u r a i r r i g a d a (EMBRAPA , 1975 a).São e l e s :

a) Exploração n o s g r a n d e s p r o j e t o s de Irrigação, onde s e t e m a m p l a c a p a c i d a d e de u s a r e m a n e j a r a água de i r r i g a ção.

b ) Exploração n a s p r o p r i e d a d e s com áreas em t o r n o de 10 0 ha., d i s p o n d o de uma i n f r a e s t r u t u r a mínima de irrigação que c a p a c i t a um r e g u l a r u s o e m a n e j o d a água de i r r i g a -ção .

c ) Exploração n a s p r o p r i e d a d e s sem c a p a c i d a d e de c o n t r o l a r a água de irrigação, d e p e n d e n t e d a precipitação p l u v i o m e t r i c a e do r e g i m e de e n c h e n t e s e v a z a n t e s do R i o São F r a n d- -X> cirO^ • G r a n d e p a r t e d e s t e s r i z i c u l t o r e s p o r e m , u s a a água de irrigação i r r a c i o n a l m e n t e , d e v i d o p r i n c i p a l m e n t e â ausência de t e c n o l o g i a a d e q u a d a no u s o e m a n e j o d e s t a ã g u a e c o n s e q u e n t e m e n t e 'ã f a l t a de i n f r a e s t r u t u r a p a r a a i r rigação. Um dos p r o b l e m a s m a i s i m p o r t a n t e s n a produção de a r r o z , e que a i n d a não t e m s i d o t o t a l m e n t e e s c l a r e c i d o , é a determinação das lâminas d'água ótimas p a r a as d i f e r e n t e s v a r i e d a d e s de a r r o z c u l t i v a d a s n o N o r d e s t e . 0 p r e s e n t e t r a b a l h o o b j e t i v a d e t e r m i n a r as influências d a p r o f u n d i d a d e da água de inundação s o b r e a produção e o u t r a s caracterís t i c a s agronômicas de d i f e r e n t e s v a r i e d a d e s de a r r o z .

(15)

REVISÃO DE LITERATURA A CULTURA DO ARROZ 1 - CARACTERÍSTICAS DA CULTURA a ) Classificação O a r r o z e uma p l a n t a herbácea a n u a l , h i d r o f i l a e acidõfila, e x i s t i n d o p o r e m v a r i e d a d e s a d a p t a d a s a d i f e r e n t e s c l i m a s e condições (PRIMAVESI, 1 9 6 0 ) . ANGLADETE ( 1 9 6 9 ) i n d i c a a existência de v a r i e d a d e s a d a p t a d a s âs condições de c u l t i v o em s e q u e i r o e aquã t i c o . As de s e q u e i r o são c a r a c t e r i z a d a s e s p e c i a l m e n t e p e l a resistência a o s dêficits de água do s o l o . 0 c u l t i v o de s e q u e i r o e i d e n t i f i c a d o , p r i n c i p a l m e n t e , p e l a ausência de t o da submersão o u q u a l q u e r o u t r o t i p o de irrigação. 0 êxito da c u l t u r a d e p e n d e t o t a l m e n t e d a p l u v i o s i d a d e , s e n d o g e r a l m e n t e c u l t i v a d a s n a s regiões de a d e q u a d a e u n i f o r m e d i s t r i buição d e s t a ( 8 0 0 a 1000 mm d u r a n t e o c i c l o c u l t u r a l ) . As

(16)

- 4 v a r i e d a d e s aquáticas, ao c o n t r a r i o , d e s e n v o l v e m - s e em s o l o s g e r a l m e n t e s u b m e r g i d o s , No c u l t i v o aquático p o d e - s e d i s t i n g u i r a o r i z i c u l t u r a aquática de s e m e i o d i r e t o em s o l o s e c o e a o r i z i c u l t u r a aquática de s e m e i o d i r e t o ( o u t r a n s p l a n t a d a ) em s o l o s u b m e r g i d o o u de submersão i m e d i a t a , d e p o i s d a s e m e a d u r a . No c a s o da s e m e a d u r a em s e c o , g e r a l m e n t e a c u l t u r a s e d e s e n v o l v e s o b a i n f l u e n c i a da água de submersão o u de t r a n s b o r d a m e n t o dos r i o s , q u a n d o de s u a s e n c h e n t e s , £ um c u l t i v o i n t e n s i v o , c u j o s r e s u l t a d o s dependem t o t a l m e n t e do r i t m o da submersão e imersão do t e r r e n o . A e s t e t i p o de r i z i c u l t u r a p e r t e n c e m os a r r o z a e s f l o t a n t e s e s e m i - f l o t a n t e s , u t i l i z a n d o - s e v a r i e d a d e s a d a p t a d a s as g r a n d e s submersões e rápidas s u b i d a s das águas. E l a ê p r a t i c a d a de m a n e i r a s i g n i f i c a t i v a no E x t r e m o O r i e n t e ( V i e t n a m do S u l , Tailândia, Indonésia e n a A f r i c a ) . A o r i z i c u l t u r a de s e m e i o d i r e t o o u t r a n s p l a n t e em s o l o s u b m e r g i d o o u de submersão i m e d i a t a , exi-ge o domínio da água de irrigação. N e s t e t i p o de c u l t i v o s e s e m e i a em s o l o úmido o u com uma p e q u e n a lâmina d'água, u s a n d o - s e s e m e n t e s pré-germinadas« Quando se p r e f e r e o t r a n s _ p l a n t e , p r e p a r a - s e uma s e m e n t e i r a , e daí t r a n s p l a n t a m - s e as p l a n t a s p a r a o s o l o s u b m e r g i d o o u em e s t a d o de s a t u r a ção. 0 t r a n s p l a n t e "e uma p r a t i c a indispensável q u a n d o s e des e j a e f e t u a r c u l t i v o s s u c e s s i v o s de a r r o z nos mesmos t e r r e n o s d u r a n t e o a n o . As v a r i e d a d e s aquáticas, s e g u n d o GRAHAM, c i t a do p o r PRIMAVESI, ( 1 9 6 0 ) podem a i n d a s e r t o l e r a n t e s e i n t o l e r a n t e s â água s a l g a d a . Segundo o I n s t i t u t o I n t e r n a c i o n a l de P e s q u i s a do A r r o z ( I R R I ) , e x i s t e m a t u a l m e n t e d e z e n o v e espécie de a r r o z d e f i n i t i v a m e n t e i d e n t i f i c a d a s e s e i s o u t r a s era f a s e de classificação. E n t r e as v i n t e e c i n c o espécies, a p e n a s d u as são c u l t i v a d a s , a O r y z a s a t i v a L,, originária do E x t r e m o O r i e n t e (índia e I n d o c h i n a ) , â q u a l p e r t e n c e a q u a s e t o t a

(17)

l i d a d e d a s v a r i e c a d e s c u l t i v a d a s no mundo, e a O r y z a g l a b e r

rima S., o r i g i n a r i a da A f r i c a O c i d e n t a l q u e é c u l t i v a d a e x

c l u s i v a m e n t e na região de o r i g e m , E s t a última espécie vem s o f r e n d o uma c o n s t a n t e regressão em área de c u l t i v o , d e v i d o p r i n c i p a l m e n t e ã introdução do a r r o z Asiático, que a p r e s e n t a m a i o r f a c i l i d a d e de adaptação e c a r i o p s e s b r a n c a s , e n q u a n t o a espécie O r y z a g l a b e r r i m a S. a p r e s e n t a uma adaptação m a i s difícil e c a r i o p s e s de c o r roxa.(ANGLADETE, 1 9 6 9 ) .

D e v i d o ã considerável q u a n t i d a d e .de v a r i e d a des e x i s t e n t e s d e n t r o da espécie O r y z a s a t i v a L , d i v e r s o s c l a s s i f i c a d o r e s já t e n t a r a m organizá-las em g r u p o s c a r a c t e rísticos. I n i c i a l m e n t e l e v a r a m - s e em consideração s o m e n t e os c a r a c t e r e s fenológicos do grão, o q u e não s a t i s f e z a uma classificação d e v i d o ã variação p r o v o c a d a p e l o c l i m a e p e l o s o l o . Em s e g u i d a c l a s s i f i c o u - s e l e v a n d o em c o n t a os c a r a c t e r e s ecológicos e botânicos. F i n a l m e n t e t e m - s e a d o t a d o classificações m a i s c o m p l e t a s , b a s e a d a s em características t a i s como p o r c e n t a g e m de e s t e r i l i d a d e d o s híbridos, m o r r o l o g i a , serodiagnõsticos, genética, l o n g i t u d e d a c a r i o p s e s , b i o l o g i a , p i l o s i d a d e d a s g l u m e l a s , e t c . E x i s t e m assim as classificações de L i n e u , B o r d i g a , D e v a u x , H e u z é , I s o e Ka t o , K o r n i c k e , G u t s c h i n , M e u l e n , P o r t e r e s , V a s c o n c e l l o s e m u i t o s o u t r o s . VASCONCELLOS em 1 9 6 3 , a g r u p o u as v a r i e d a d e s da O r y z a s a t i v a L. em q u a t r o s u b espécies, a i n d i c a , japôni_ c a , b r e v i n d i c a e b r e v i s (GRANATO, 1 3 1 4 ; DEL PINO, 19 5 3 ; ANGLADETE, 1969 ; VIANNA E S I L V A , 1969 ) .

No B r a s i l os t r a b a l h o s de m e l h o r a m e n t o , i n t r o dução e adaptação já i d e n t i f i c a r a m a t u a l m e n t e , v a r i e d a d e s da espécie O r y z a s a t i v a L. p a r a c a d a região mas q u e , d e v i d o i c o n s t a n t e renovação, poderão s e r substituídas p o r o u t r a s de m e l h o r e s q u a l i d a d e s . P a r a o R i o Grande do S u l são i n d i _ c a d a s as v a r i e d a d e s E E A - 4 0 4 , E E A - 4 0 6 , I R G A - 407, B i c o T o r t o , E E A - 2 0 1 , I A S - 1 2 - 9 - F o r m o s a e a A g u l h a

(18)

6

-p r e c o c e . (EMBRAPA, 19 7 5 b ) . P a r a o Maranhão, o n d e a ex-ploração e p r i n c i p a l m e n t e d o t i p o s e q u e i r o , são i n d i c a d a s as v a r i e d a des Zebu B r a n c o , Chatão, A - 1 9 , Amarelão e I A C - 1 2 4 6 .

(EMBRAPA, 1975 d ) . P a r a o M a t o G r o s s o p o r s u a v e z são i n d i c a das as v a r i e d a d e s I R - 6 6 5 , I A C - 4 3 5 , I R - 8 4 1 , I R - 8 , I A C - 2 5 , D o u r a d o P r e c o c e e Pratão P r e c o c e , p a r a exploração nas várzeas. P a r a o s i s t e m a de c u l t i v o em s e q u e i r o i n d i c a - s e as v a r i e d a d e s I A C - 4 7 , I A C - 5544 e I A C - 1 2 4 6 , como p r e f e r e n c i a i s e como t o l e r a d a s , as v a r i e d a d e s J a g u a r I , B a t a t a i s , Pratão p r e c o c e , D o u r a d o p r e c o c e e I A C - 2 5 . (EMBRAPA, 19 7 5 c ) . Na região do B a i x o São F r a n c i s c o , p e s q u i s a s r e a l i z a das p o r SILVA ( 1 9 7 6 ) e v i d e n c i a r a m 10 v a r i e d a d e s , com bom po t e n c i a l p r o d u t i v o , s o b r e s s a i n d o - s e t a n t o p e l o v a l o r agrícola como p o r s u a s características c o m e r c i a i s . São e l a s , SML-4-67, SML-5-65, SML-963, I R - 6 6 5 - 4 - 5 - 5 , I R - 2 2 , Canário, M a g a l i , A p u r i , C i c a - 4 e S u v a l e - 1 - 7 0 . D e s t a s , a m a i s p r e f e r i d a é a S u v a l e - 1 - 7 0 , s e n d o c u l t i v a d a em a p r o x i m a d a m e n t e 80% d a área rizícola. A l e m d e s t a s v a r i e d a d e s e x i s t e m a i n d a 10 seleções, t a i s como, a Seleção - 10 e Seleção 1 , que s e a p r e s e n t a m m u i t o p r o m i s s o r a s . E s t a s seleções são p r o v e n i e n t e s das l i n h a g e n s I R e SML, através d a seleção m a s s a l .

b ) C i c l o Biológico

0 c i c l o biológico d o a r r o z é d i v i d i d o em três

f a s e s p r i n c i p a i s , c a d a uma com s u a s e t a p a s características, q u e , s e g u n d o VERGARA, ( 1 9 7 5 ) são as s e g u i n t e s :

- F a s e v e g e t a t i v a : que c o m p r e e n d e d o período d a germinação d a s e m e n t e até o começo d a formação d a panícula. I n c l u e as e t a p a s d e plântula, t r a n s p l a n t e e de p e r f i l h a m e n t o .

- F a s e r e p r o d u t i v a : q u e c o m p r e e n d e o período d a formação d a panícula até a floração. I n c l u e as e t a p a s d e formação d a

(19)

panícula, a l o n g a m e n t o dos entrenós e panículas, e m b o r r a chãmente e e s p i g a m e n t o , e floração»

- Fase de maturação: c o m p r e e n d e o período da floração até a maturação c o m p l e t a . I n c l u e a s e t a p a s láctea, p a s t o s a , s e m i d u r a e d u r a ( c f . V I AN NA E S I L V A , 1 9 6 9 ) . 0 c o m p r i m e n t o t o t a l do período v e g e t a t i v o ê m u i t o variável, d e p e n d e n d o da v a r i e d a d e de a r r o z e das c o n dições do c l i m a e de s o l o , p o d e n d o f i x a r - s e e n t r e os 80 e 220 d i a s . (VIANNA E S I L V A , 1 9 6 9 ) . c ) N e c e s s i d a d e de s o l o e n u t r i e n t e s 0 a r r o z se d e s e n v o l v e em d i f e r e n t e s t i p o s de s o l o , s e g u n d o as práticas de c u l t i v o . 0 c u l t i v o de s e q u e i r o no B r a s i l ê f e i t o em t o d o s os t i p o s de s o l o s , porém, p r e f e r e m - s e o s s o l o s a r e n o s o s , p o r s u a s q u a l i d a d e s físicas q u e , além d a r e l a t i v a r i q u e z a em e l e m e n t o s m i n e r a i s , cedem m a i s f a c i l m e n t e a água necessária ãs p l a n t a s . £ m u i t o comum o p l a n t i o nos c e r r a d o s , d e v i d o p r i n c i p a l m e n t e ã p o s s i b i l i d a d e de mecanização e q u a s e c o m p l e t a ausência de p r a g a s v e g e t a i s d u r a n t e t o d o o c i c l o c u l t u r a l . (SOUZA, 1 9 7 3 ) . A exploração s o b r e g i m e de irrigação ê f e i t a de preferência em s o l o s a r g i l o s o s . E s t e s s o l o s devem s e r p l a n o s , com o s u b s o l o p r a t i c a m e n t e impermeável, ( c o m c a p a c i d a d e de infiltração m e n o r q u e 3 mm/h) e p o u c o p r o f u n d o , p a r a e v i t a r as g r a n d e s p e r d a s d'água p o r percolação e o e m p o b r e c i m e n t o do s o l o como decorrência da lixiviação dos n u t r i e n t e s . (DAKER, 1 9 7 3 ) . 0 a r r o z v e g e t a e n t r e l i m i t e s de pH m u i t o a m p l o , de 4 a 8, porém os v a l o r e s e x t r e m o s de pH são g e r a l m e n t e i n d i c a d o r e s d a presença no s o l o de e l e m e n t o s t ó x i c o s , que a f e t a m s e u c r e s c i m e n t o . F e r r o e alumínio q u a n d o o pH e b a i x o e s a i s solúveis no c a s o de pH e l e v a d o . (ANGLADETE, 19 6 9 ) .

(20)

_ 8

-Os e l e m e n t o s n u t r i t i v o s c o n s i d e r a d o s como m a i s i m p o r t a n t e s p a r a o a r r o z , são o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e o magnésio. A l e m d e s t e s c i t a m - s e a i n d a o silício, o f e r r o e o manganês. 0 nitrogênio ê o e l e m e n t o m a i s e x i g i d o p e l o a r r o z e se f a z necessário d u r a n t e t o d o o período v e g e t a t i v o . Sua assimilação v a r i a e n t r e os d i f e r e n t e s períodos, s e n d o 2 5,9% d a germinação ao p e r f i l h a m e n t o ; 72,6% do p e r f i l h a m e n t o ã floração, e apenas 1,5% d a f l o r a ção a maturação. As q u a n t i d a d e s de fósforo a b s o r v i d a s p e l o a r r o z d u r a n t e o c i c l o v e g e t a t i v o , são p r o p o r c i o n a i s a q u e l a s do nitrogênio, s e n d o no e n t a n t o , m a i s b a i x a s . 0 potássio e e x i g i d o em g r a n d e s d o s e s , s e n d o máximo no e m b o r r a c h a m e n t o . A r e s p o s t a do a r r o z ao potássio I t o d a v i a b a i x a , nos s o l o s de t e x t u r a f i n a , de v i d o p r i n c i p a l m e n t e ao a l t o conteúdo des_ t e e l e m e n t o . As c u r v a s de absorção do cálcio e do magne s i o a p r e s e n t a m m a i o r e s v a l o r e s d u r a n t e os d o i s p r i m e i r o s pe_ ríodos , germinaç ão- p e r f i l h a m e n t o e p e r f i l h a m e n t o - floração, e m e n o r no último, floração-maturação. (VIANNA E SILVA, 1969 e DE DATTA, 1975 ) . SINGH, c i t a d o p o r TOPOLANSKI ( 1975 ) e s t u d a n d o a ação d o s m i c r o n u t r i e n t e s no c u l t i v o do a r r o z , c o n c l u i u q u e e s t e s e l e m e n t o s cumprem um p a p e l v i t a l n a e x p i o ração i r r i g a d a , s e n d o necessário e f e t u a r n o v a s i n v e s t i g a ções p a r a f o r m u l a r recomendações. OKUDA & TAKAHASHI, c i t a dos p o r DE DATTA ( 1 9 75) d e m o n s t r a r a m q u e no a r r o z , o silí c i o f o m e n t a o c r e s c i m e n t o , a c e l e r a o a l o n g a m e n t o dos c o l m o s e r a í z e s , e f a v o r e c e o d e s e n v o l v i m e n t o temporário das paní c u i a s . YAMASAKI, ( 1 9 6 4 ) c i t a d o p o r DE DATTA ( 1 9 7 5 ) , e s t u d a n d o a influência dos m i c r o n u t r i e n t e s n o a r r o z , c o n s t a t o u q u e s o m e n t e a ausência de f e r r o e de manganês e x t e r n a r a m s i n t o m a s d e f i n i t i v o s de deficiências, em condições de cam p o .

(21)

Citações de HERNANDEZ ( 1 9 6 9 ) i n d i c a m a a l t a n e c e s s i d a d e hídrica da c u l t u r a do a r r o z , s e n d o e s t a m u i t o m a i o r do q u e em o u t r a s c u l t u r a s . A q u a n t i d a d e t o t a l de ã gua r e q u e r i d a p e l o a r r o z d e p e n d e de um g r a n d e numero de f a t o r e s , e n t r e os q u a i s os m a i s i m p o r t a n t e s são as caracterís t i c a s do s o l o , condições climáticas, v a r i e d a d e c u l t i v a d a e m a n e j o d a c u l t u r a . ( S I L V A , 19 7 1 ) . TSüTSUI, ( 1 9 7 2 ) i n d i c a que os e l e m e n t o s a s e r e m c o n s i d e r a d o s p a r a d e t e r m i n a r a ã g u a necessária p a r a a produção de a r r o z s o b a prática de " p u d d l i n g " * e t r a n s p l a n t e são q u a t r o : 1 ) A água necessária as p l a n t a s n a s e m e n t e i r a ; 2) A água necessária d u r a n t e o " p u d d l i n g " e t r a n s p l a n t e ; 3) A evapotranspiração, e a 4 ) percolação no período c o m p r e e n d i d o do t r a n s p l a n t e a t e a ma turação. A q u a n t i d a d e de água r e q u e r i d a d u r a n t e a f a s e de s e m e n t e i r a ê p e q u e n a e f r e q u e n t e m e n t e e c o n s i d e r a d a j u n t o com as n e c e s s i d a d e s do p u d d l i n g e p r e p a r o do t e r r e n o . As n e c e s s i d a d e s do p u d d l i n g v a r i a m com a p r o f u n d i d a d e do s o l o a s e r s a t u r a d o , com a p o r o s i d a d e do s o l o e com a lâmina d'água a s e r m a n t i d a apôs o mesmo. A média de a g u a n e c e s s ária n a s duas p r i m e i r a s e t a p a s ê a v a l i a d a em 2 00 mm. A e v a potranspiração diária ê em média de 4 - 7 mm dando uma v a riação d a n e c e s s i d a d e d u r a n t e o c i c l o da c u l t u r a e n t r e 4 0 0 -1000 mm. A percolação v a r i a com a t e x t u r a do s o l o e o nível de água subterrânea. As q u a n t i d a d e s diárias são em média de 3 - 6 mm, s e n d o as v e z e s m a i o r e s do q u e a q u a n t i d a d e u s a d a n a evapotranspiração. C o n s i d e r a n d o que as n e c e s s i d a des de água p a r a as d u a s p r i m e i r a s e t a p a s é de 200 mm, a evapotranspiração de 700 mm, a percolação inevitável 200mm, e o período de irrigação de 110 d i a s , a n e c e s s i d a d e líqui d a , em média, p a r a o c i c l o v e g e t a t i v o do a r r o z é e s t i m a d o

* P u d d l i n g - P r e p a r o d o s o l o com água a f i m de f i c a r em condições de r e c e b e r as mudas de a r r o z .

(22)

10 -em a p r o x i m a d a m e n t e 1.200 mm. No e n t a n t o não é r a r o q u e as n e c e s s i d a d e s d e irrigação e x c e d a m a 1.500 mm, d e v i d o g e r a l m e n t e a m a i o r e s p e r d a s p o r percolação. V a l e s a l i e n t a r a i n d a as p e r d a s p o r i n f i l t r a ção l a t e r a l d e t e c t a d a s nas F i l i p i n a s , e e s t i m a d a s em 100 l i t r o s p o r d i a e p o r m e t r o do perímetro d a l a v o u r a , p a r a c a d a centímetro de a l t u r a da lâmina d'água n o s q u a d r o s , ( S I L V A , x 91X"} *

Nos países o n d e s e u s a o t r a n s p l a n t e de a r r o z , as q u a n t i d a d e s d e ãgua são bem m e n o r e s q u e a necessâ r i a o n d e s e usam o s métodos de p l a n t i o d i r e t o . I s t o é de v i d o â m e n o r duração do período de irrigação n a s l a v o u r a s t r a n s p l a n t a d a s . No Japão p a r a as c u l t u r a s t r a n s p l a n t a d a s a q u a n t i d a d e de ãgua p o r s a f r a v a r i a d e 7 00 a 1.310 mm p a r a as v a r i e d a d e s p r e c o c e s e t a r d i a s , r e s p e c t i v a m e n t e . Na Austrália, Ceilão e Tailândia, em g e r a l , o u s o médio de ã g u a p o r estação de c r e s c i m e n t o ê de 1.830 mm. Na I n d o c h i n a o n d e a m a i o r i a ê t r a n s p l a n t a d a , a média é d e 1.220 mm. Na Califórnia o n d e s e u t i l i z a o método de p l a n t i o d i r e t o o r e q u e r i m e n t o d e ãgua v a r i a de 1.520 a 1.8 30 mm, d e p e n d e n d o d a v a r i e d a d e em c u l t i v o (BERNARDES, 1 9 5 6 ; OELKE & MULLER, 1969 ) . No B r a s i l , no e s t a d o d o R i o G r a n d e do S u l também se u t i l i z a o método de p l a n t i o d i r e t o , a p r e s e n t a n d o um c o n s u mo médio de 1,150 e 1.700 mm p a r a as v a r i e d a d e s s u p e r - p r e c o c e s e t a r d i a s r e s p e c t i v a m e n t e . (BERNARDES, 1 9 5 6 ) . T r a b a l h o s d i v u l g a d o s n o R i o G r a n d e do S u l , B r a s i l ( S I L V A , 1 9 7 1 ) p e l o I n s t i t u t o d e P e s q u i s a s e E x p e r i mentação Agropecuárias do S u l ( I P E A S ) , i n d i c a m q u e os v a l o r e s d a evaporação d e t e r m i n a d o s n o t a n q u e do t i p o A, m u i t i p l i c a d o p e l o f a t o r 1,15 f o r n e c e m p a r a a região a q u a n t i d a de d'água p e r d i d a p o r evapotranspiração n a c u l t u r a do a r r o z i r r i g a d o . TSUTSUI, ( 1 9 7 2 ) a e s t e r e s p e i t o a f i r m a q u e , quan do o s o l o ê i n u n d a d o o u m a n t i d o em condições de saturação,

(23)

a evapotranspiração do a r r o z , s u b m e t i d o ã m a i o r i a dos meto dos c u l t u r a i s é q u a s e a mesma que a evaporação p o t e n c i a l da área em q u e a c u l t u r a é e s t a b e l e c i d a .

2 - IRRIGAÇÃO

a ) M e t o d o l o g i a

0 método de irrigação p o r inundação u s a d o n a c u l t u r a do a r r o z a p r e s e n t a a l g u n s v a r i a n t e s , d e s c r i t o s a s e g u i r . (DE DATTA e t a l i i , 1 9 7 5 ) .

I ) Inundação contínua, estática p o u c o p r o f u n d a (Lâmina de água de 2,5 c m ) . 0 i n c o n v e n i e n t e d e s t a prática ê a n e c e s s i d a d e de um bom n i v e l a m e n t o do t e r r e n o e o pe q u e n o c o n t r o l e s o b r e as e r v a s d a n i n h a s . As flutuações d i u r n a s d a t e m p e r a t u r a da água são r e l a t i v a m e n t e g r a n d e s , q u a n d o c o m p a r a d a s com níveis de inundação m a i s p r o f u n d o s .

I I ) Inundação contínua, estática, d e p r o f u n d i d a d e média (lâmina de água de 2,5 a 7,5 c m ) . C o n t r o l a as gramí n e a s bem, e m o d e r a d a m e n t e o j unco e as p l a n t a s de f o l h a l a r g a . As flutuações da t e m p e r a t u r a d i u r n a c a água são m o d e r a d a s . A i n d a e x i g e um bom n i v e l a m e n t o .

I I I ) Inundação contínua, estática, p r o f u n d a (lâmina de â g u a de 15 c m ) . C o n t r o l a e f i c i e n t e m e n t e as e r v a s d a n i n h a s , com exceção das de f o l h a l a r g a . As flutuações d a t e m p e r a t u r a d i u r n a da água são p e q u e n a s .

I V ) Inundação contínua, c o r r e n t e . N e c e s s i t a de g r a n d e s q u a n t i d a d e s de água p a r a m a n t e r a renovação c o n s t a n t e

(24)

da a g u a do a r r o z a l , através de um contínuo f l u x o . 0 c o n t r o l e das e r v a s d a n i n h a s d e p e n d e r a da a l t u r a da l a m i n a dfa g u a e será s i m i l a r ao e f e t u a d o p o r uma mesma

l a m i n a estática. A t e m p e r a t u r a da água t e n d e a s e r m a i s f r i a , q u e em condições de água estática e as flutuações da t e m p e r a t u r a d i u r n a são p e q u e n a s .

V) Irrigação p o r rotação. E s t e s i s t e m a é c a r a c t e r i z a d o p e l a aplicação de d e t e r m i n a d a s q u a n t i d a d e s de água em momentos específicos. A p l i c a - s e uma lâmina de i nundação pré-determinada e t r a n s c o r r i d o um dado i n t e r v a l a de t e m p o , r e a p i i c a - s e o u t r a lâmina. Ao momento da aplicação d a n o v a lâmina, o s o l o está p e r t o do p o n t o de saturação. 0 c o n t r o l e das e r v a s d a n i n h a s não é e f i c a z . As condições de t e m p e r a t u r a d a água são v a riãveis, d e p e n d e n d o do nível de água e x i s t e n t e s o b r e o t e r r e n o . As flutuações d i u r n a s aumentam ao d i m i n u i r o nível de água. V I ) Irrigação I n t e r m i t e n t e . E s t e método ê c a r a c t e r i z a d o p e l a aplicação de água a i n t e r v a l o s i r r e g u l a r e s de t e m p o . 0 r e n d i m e n t o é variável e d e p e n d e d a c a p a c i d a de de m a n t e r o s o l o ao menos em condições p e r t o da saturação, d u r a n t e o período de formação d a panícula a t e p e r t o d a maturação. 0 c o n t r o l e das e r v a s d a n i nhãs é p o u c o e f i c i e n t e .

Tem s i d o c o m p r o v a d o que n a s regiões onde se d e s e n v o l v e a o r i z i c u l t u r a i r r i g a d a as p r o d u t i v i d a d e s são em média, duas v e z e s m a i o r do q u e a q u e l a s o b t i d a s nas r e g i ões o n d e s e d e s e n v o l v e a o r i z i c u l t u r a de s e q u e i r o ( I B G E , 19 7 5 ) . E n t r e a inundação contínua e i n t e r m i t e n t e p r e f e r e se a p r i m e i r a , p e l a s m a i o r e s produções de grãos p o r e l a a p r e s e n t a d a . E x e m p l i f i c a n d o , FREITAS & CARMONA, ( 1 9 6 8) c i

(25)

t a m 3 t r a b a l h o s r e a l i z a d o s no R i o G r a n d e do S u l , onde são c o m p a r a d o s d i v e r s o s s i s t e m a s de irrigação. Um d e l e s f o i r e a l i z a d o n a Estação E x p e r i m e n t a l do A r r o z em 1 9 6 6 , onde f o r a m c o m p a r a d a s a irrigação contínua, e m a i s três s i s t e m a s de irrigação i n t e r m i t e n t e . As p r o d u t i v i d a d e s o b t i d a s f o r a m de 1 . 7 9 1 Kg p o r h e c t a r e p a r a a irrigação contínua, e n q u a n t o os d e m a i s s i s t e m a s r e n d e r a m menos d e 1.500 Kg/ha c a d a um. Um o u t r o f o i c o n d u z i d o no I n s t i t u t o de P e s q u i s a e E x p e r i m e n tação Agropecuárias d o S u l ( I P E A S ) , em P e l o t a s , onde s e t e s t a r a m 4 s i s t e m a s d e m a n e j o de água, três d o s q u a i s e r a m de irrigação i n t e r m i t e n t e e um de irrigação contínua. A m e l h o r p r o d u t i v i d a d e o b t i d a f o i de 4.233 Kg/ha com o s i s t e m a de i r rigação contínua. Os s i s t e m a s i n t e r m i t e n t e s q u e se a p r o x i maram m a i s d a Irrigação contínua, p r o d u z i r a m em t o r n o de 4.10 0 Kg/ha e o p i o r r e n d e u 2.43 3 Kg/ha. 0 t e r c e i r o t r a b a l h o f o i r e a l i z a d o em G u a i b a , onde se c o m p a r o u 3 s i s t e m a s de irrigação d o a r r o z , a irrigação c o n v e n c i o n a l , irrigação c o n tínua e um s i s t e m a i n t e r m i t e n t e , chamado de D r e n a d o - I r r i g a d o . A m a i o r p r o d u t i v i d a d e f o i o b t i d a no s i s t e m a d e i r r i g a ção contínua, 5.114 K g / h a , e n q u a n t o o s o u t r o s d o i s r e n d e r a m menos d e 3.600 Kg/ha. Em t o d o s o s três e x p e r i m e n t o s a i r r i gação contínua d e m o n s t r o u s e r o m e l h o r s i s t e m a de irrigação p o r inundação p a r a o a r r o z . HERNANDEZ, ( 1 9 6 9 ) i n f o r m o u t a m bem q u e o s i s t e m a de irrigação do a r r o z m a i s g e n e r a l i z a d o no mundo ê o d e inundação contínua. OBERMULLER & MILKKELSEN,

( 1 9 7 4 ) a f i r m a m q u e e x i s t e concordância e n t r e a u t o r e s de q u e a inundação contínua p r o d u z m e l h o r c r e s c i m e n t o do a r r o z e m a i o r e s r e n d i m e n t o s em grãos do q u e a irrigação i n t e r m i t e n t e . Comparando a i n d a a submersão com o u t r o s s i s t e m a s de irrigação, NAGAI, (19 5 9 ) c i t a d o p o r DAKER, (197 3 ) c o n c l u i u que a produção p o r p l a n t a f o i m a i o r com a submersão contí n u a d o q u e q u a n d o s e m a n t e v e o s o l o a 8 0 , 70 e 40 % d a água disponível.

(26)

14

-b ) Influência da inundação e da a l t u r a d a lâmina d e água s o b r e o c o m p o r t a m e n t o do a r r o z

E x p e r i m e n t o s r e a l i z a d o s p o r PANBE & MITRA ( 1 9 7 0 ) , e v i d e n c i a r a m um a u m e n t o d a produção de g r ã o s , s o b submergência, d e v i d o ao i n c r e m e n t o d o s c o m p o n e n t e s do r e n d i m e n t o (número de panículas p o r c o v a e número de grãos p o r p a n í c u l a ) . OBERMULLER & MILKKELSEN ( 1 9 7 4 ) , c o m p a r a n d o a r r o z i n u n d a d o com a r r o z em s o l o s a t u r a d o , e n c o n t r a r a m m a i o r e s r e n d i m e n t o s em grãos, m a i o r número de p e r f i l h o s e panículas p o r p l a n t a , m a i o r número de grãos p o r panículas e menor q u a n t i d a d e d e f l o r e s estéreis n a s p l a n t a s i n u n d a d a s , q u a n do c o m p a r a d a s com p l a n t a s s o b saturação. Tem s i d o c o n s t a t a do a i n d a q u e a inundação a u m e n t a o d e s e n v o l v i m e n t o f o l i a r , a perfilhação, e i n d u z uma floração p r e c o c e (SENEWIRATNE & MILKKELSEN, c i t a d o p o r OBERMULLER & MILKKELSEN, 1974 ) . E s t a influência d a inundação s o b r e a produção de grãos e o u t r a s características agronômicas do a r r o z , s e d e v e , p r i n c i p a l -m e n t e ao e f e i t o q u e a inundação t e -m , e n t r e o u t r a s c o i s a s , no c o n t r o l e d a s e r v a s d a n i n h a s , na regulação do m i c r o - c l i m a d a p l a n t a , no balanço d o s m i c r o n u t r i e n t e s do s o l o e n a s mudanças d a s características físicas e químicas d e s t e (HER NANDEZ 1 9 6 9 ; DE DATTA e t a l i i , 19 7 5 ) .

E x i s t e uma e s t r e i t a relação e n t r e a p r o f u n d i -d a -d e -d a água e a inci-dência -de e r v a s -d a n i n h a s . Quan-do se a u m e n t a a lâmina d'ãgua, d i m i n u i a incidência d e s t a s , i n c r e m e n t a n d o a s s i m a produção do a r r o z (VEGA & PALLER J r . , 1 9 7 5 ) . E x p e r i m e n t o s r e a l i z a d o s n o s E s t a d o s U n i d o s v e r i f i c a r a m e s t e f a t o , ao d e t e r m i n a r q u e uma população d e 1 0 , 50 e 150 p l a n t a s d a n i n h a s p o r m e t r o q u a d r a d o p r o d u z i r a m uma q u e d a n a p r o dução de grãos d e 2 5 , 49 e 7 9%, r e s p e c t i v a m e n t e . (LAVOURA ARROZEIRA, 1 9 7 6 ) .

(27)

e s f r i a m m a i s l e n t a m e n t e do q u e s o l o s s e c o s , d e v i d o p r i n c i p a l m e n t e ao a l t o c a l o r específico da água. RANEY E MIHARA

( c . f . HERNANDEZ, 1 9 6 9 ) c i t a m q u e , b a i x a s t e m p e r a t u r a s são c o n s i d e r a d a s como um f a t o r r e d u t o r do r e n d i m e n t o , e s p e c i a l m e n t e n a s zonas a r r o z e i r a s t e m p e r a d a s , a t u a n d o s o b r e a g e r minação e emergência das plântulas, r e t a r d a n d o o período de lançamento d a panícula, p r o l o n g a n d o o c i c l o v e g e t a t i v o e p r o d u z i n d o um d e f i c i e n t e e n c h i m e n t o dos grãos. A i n d a m a i s , s e t e m e s t i p u l a d o q u e as b a i x a s t e m p e r a t u r a s do s i s t e m a so lo-água r e t a r d a m e d i m i n u e m a perfilhação ( c . f . HERNANDEZ, 1 9 6 9 ) e d i m i n u e m a c a p a c i d a d e de absorção de ãgua e N i t r o gênio p e l a s p l a n t a s (BERNARDES, 1 9 5 6 ) . Nas regiões t r o p i c a i s e s u b t r o p i c a i s , a t e m p e r a t u r a d a água de irrigação, p o d e e s t a r a c i m a dos 4-0° C. Sabe-se q u e d u r a n t e o p e r f i l h a m e n t o a l t a s t e m p e r a t u r a s são desfavoráveis e a emergência d a panícula e r e t a r d a d a . (HERNADEZ, 1 9 6 9 ) .

Um m a i o r conteúdo de N, P, Fe e S i no grão f o i e n c o n t r a d o p o r PANDE & MITRA ( 1 9 7 0 ) , s o b r e g i m e d e s u b mergência, q u a n d o c o m p a r a d o com s o l o s s o b saturação. Ao c o n trãrio, o conteúdo de Manganês no grão e n a p a l h a f o i e n c o n t r a d o em m a i o r q u a n t i d a d e s s o b r e g i m e de saturação do q u e s o b submergência.

Mudanças n a s p r o p r i e d a d e s químicas e físicas do s o l o s u b m e t i d o a inundação e s e u e f e i t o s o b r e a c u l t u r a do a r r o z , têm s i d o a m p l a m e n t e e s t u d a d a s . A s s i m , MORAES & FREIRE ( 1 9 7 4 ) , t r a b a l h a n d o com q u a t r o t i p o s de s o l o s do R i o G r a n d e do S u l , c o n c l u i u q u e a c o n d u t i v i d a d e elétrica do p e r c o l a d o a u m e n t a s o b inundação, d e v i d o â liberação do nitrog£ n i o , d o fósforo, do Potássio, do Cálcio e do Magnésio p a r a a solução d o s o l o . I n d i c a m a i n d a q u e o pH a u m e n t a com o t e m p o de inundação, s e n d o m a i o r nos s o l o s não a d u b a d o s , i n d i c a n d o a influência d o s f e r t i l i z a n t e s s o b r e e s t a c a r a c t e rística físico-química. São n o t a d a s a i n d a as modificações

(28)

16

-n a s características físicas dos s o l o s o-nde s e c u l t i v a a r r o z sob r e g i m e de inundação. E s t a mudança "e mais o b s e r v a d a na e s t r u t u r a do s o l o , que t e n d e a a p r e s e n t a r uma e s t r u t u r a mui t o f i n a n a s c a p a s s u p e r f i c i a i s e maciça âs s u b s u p e r f i c i -a i s . E s t -a s modific-ações i n f l u e m n-as f -a c i l i d -a d e s de dren-agem e de p r e p a r o do s o l o (ANGLADETE, 1 9 6 9 ) .

As opiniões dos p e s q u i s a d o r e s com r e s p e i t o a influência d a a l t u r a da lâmina de agua n a produção do a r r o z são d i s c o r d a n t e s . S I L V A & ARAUJO ( 1 9 7 5 ) , t e s t a r a m lâminas de submergência de 5, 1 0 , 1 5 , 20 e 2 5 cm, além de s o l o s a t u r a d o , e não e n c o n t r a r a m diferenças s i g n i f i c a t i v a s de p r o d u ção. Além d e s t e s , MORAES & F R E I R E (19 7 4 ) , compararam lâminas de 3, 6, 9 e 12 cm, como também s o l o s a t u r a d o , não encon t r a n d o diferenças de produção ou nos componentes de r e n d i m e n t o e n t r e as d i f e r e n t e s lâminas. CATAMBAY e t a l i i , c i t a d o p e l o s mesmos a u t o r e s , e KING, c i t a d o p o r TOPOLANSKI, ( 1 9 7 5 ) i n formam que não e n c o n t r a r a m diferenças s i g n i f i c a t i v a s .entre as produções de a r r o z sob lâminas de submergência de 5, 10, 15 e 20 cm. E n t r e t a n t o , F U K A J I , c i t a d o p o r PANDE & MITTRA,

(.19 70) e n c o n t r o u m a i o r e s r e n d i m e n t o s em grãos de a r r o z sob uma lâmina de água de 3 cm de p r o f u n d i d a d e , quando compara da com m a i o r e s ou menores níveis de submergência. T r a b a l h o s r e a l i z a d o s no I n s t i t u t o I n t e r n a c i o n a l de P e s q u i s a do A r r o z

( I R R I ) , i n d i c a m que lâminas d'ãgua de 2,5 cm rendem 5% mais que lâminas p r o f u n d a s ( c . f . HERNANDEZ, 1 9 6 9 ) . E s t u d a n d o vã r i o s s i s t e m a s de manejo d'ãgua em a r r o z d u r a n t e 3 a n o s , OEL KE & MUELLER, ( 1 9 6 9 ) e n c o n t r a r a m diferenças a f a v o r das lã minas b a i x a s (4 cm), achando i n c l u s i v e 33% a mais no r e n d i mento o b t i d o com e s t a lâmina, quando comparado com os o b t i dos com p r o f u n d a s lâminas d' ãgua (.18 cm) . C i t a a i n d a que a t e m p e r a t u r a diária da ãgua, numero de p e r f i l h o s p o r p l a n t a , população de p l a n t a s , ãrea de f o l h a s a t i v a s p o r p l a n t a , paní c u i a s p o r metro q u a d r a d o e nitrogênio t o t a l no grão f o r a m

(29)

m a i o r e s em águas r a s a s do que n o s o u t r o s s i s t e m a s de manejo d'água. CKANG, c i t a d o p o r HERNANDEZ, ( 1 9 6 9 ) c o n d u z i u e x p e r i mentos onde a s p l a n t a s de a r r o z f o r a m s u b m e t i d a s a diferentes p r o f u n d i d a d e s de lâminas de agua, e n c o n t r a n d o que a s p l a n t a s s o b água r a s a ( 2 , 5 cm) p r o d u z i r a m 5% m a i s de r e n d i m e n t o do que a q u e l a s c u j a p r o f u n d i d a d e d a água f o i m a i o r do que

10 cm. NOJIMA & TANAKA c i t a d o s p o r MORAES & F R E I R E ( 1 9 7 4 ) ,

r e l a t a m e x p e r i m e n t o s c o n d u z i d o s no Japão, nos q u a i s v e r i f i c o u - s e que n a s p a r c e l a s i n u n d a d a s com ãgua r a s a (3 c m ) , a s p l a n t a s a p r e s e n t a r a m m a i o r produção de grãos, m a i o r produ ção de matéria s e c a e m a i o r número de grãos p o r p l a n t a do que a s c u l t i v a d a s em p a r c e l a s com lâminas de 6 cm de p r o f u n d i d a d e , ou c u j o s o l o f o i m a n t i d o s a t u r a d o , (0 c m ) . ARASHI, c i t a d o p e l o s mesmos a u t o r e s , a f i r m a que a produção de a r r o z d i m i n u i â m e d i d a que s e aumenta a lâmina de submergência. E s t e a u t o r o b s e r v o u que s e a produção d a s p a r c e l a s m a n t i d a s com 3 cm de lâmina d'ãgua f o s s e r e p r e s e n t a d a p o r 1 0 0 , a d a s p a r c e l a s com 15 cm de lâmina d'ãgua s e r i a i g u a l a 82. Há a i n d a a indicação de BERNARDES, (19 56) que t e s t o u d u r a n t e 6 anos lâminas de submergência de 1 0 , 1 5 , 20 e 2 5 cm no R i o Grande do S u l , e n c o n t r a n d o m a i o r e s produção de grãos de a r r o z com uma lâmina d'ãgua de 20 cm. Citações de OELKE & MUELLER, ( 1 9 6 9 ) i n d i c a m que EVATT, e n c o n t r o u m e l h o r e s r e n d i mentos com lâminas de 10 e 15 cm de ãgua, quando comparados com o s o b t i d o s com lâminas de 25 e 30 cm, e que HAVE obteve, no S u r i n a m e , d u r a n t e um período de 10 c i c l o s c u l t u r a i s , um i n c r e m e n t o de r e n d i m e n t o de 7,5% quando s e u s o u uma lâmina de submergência de 10 cm de água, quando comparado com o o b t i d o com uma lâmina de 2 5 cm. YAMADA, c i t a d o p o r PANDE & MITTRA, ( 1 9 7 0 ) i n d i c a que submergência m a i o r do que 10 cm ê p r e j u d i c i a l â c u l t u r a do a r r o z .

E x p e r i m e n t o s c o n d u z i d o s n a Califórnia, em 1914, m o s t r a r a m que os m e l h o r e s r e n d i m e n t o s foram o b t i d o s com sub

(30)

1 8

-m e r g e n c i a de 15 a 20 c-m de ãgua, c o l o c a d a s 30 d i a s após a germinação do a r r o z (ADAIR & ENGLER, 1 3 5 5 ) , NOJIMA, ( c . f . , OELKE & MUELLER, 1 9 6 3 ) no e n t a n t o , c o n c l u i u q u e uma c o n s t a n t e relação não ê s e m p r e e n c o n t r a d a e n t r e p r o f u n d i d a d e de lã m i n a s d? ãgua e r e n d i m e n t o do a r r o z , d e s d e q u e , f r e q u e n t e m e n

t e , a ótima lâmina de água p a r a o c r e s c i m e n t o do a r r o z v a r i a com o c l i m a , s o l o e condições de c u l t i v o .

c ) Interação V a r i e d a d e s e Lâminas de Submergência

BERNARDES ( 1 9 5 6 ) e s t u d a n d o a influência de d i f e r e n t e s lâminas de submergência s o b r e 8 v a r i e d a d e s de a r r o z , c o n c l u i u que as v a r i e d a d e s de m a i o r p o r t e e . grãos

m é d i o s , m a n i f e s t a r a m m a i o r e s diferenças de produção com as q u a t r o a l t u r a s de ãgua t e s t a d a s , ( 1 0 , 1 5 , 20 e 25 c m ) . As de menor p o r t e e grãos c u r t o s v a r i a r a m m u i t o menos as p r o d u çoes com as lâminas d'ãgua. LENKA e t a l i i , ( 1 9 7 1 ) p e s q u i s a n do s o b r e s i s t e m a s de m a n e j o d'ãgua em a r r o z p a r a v a r i e d a d e s de p o r t e a l t o e a n ã s , i n d i c a r a m o u s o de p e q u e n a s lâminas de submergência ( 4 e 5 cm) d u r a n t e t o d o o c i c l o v e g e t a t i v o p a r a as v a r i e d a d e s de p o r t e a l t o , e m a n t e r o s o l o s a t u r a d o

até a máxima perfilhação e uma p e q u e n a lâmina até a m a t u r a ção p a r a as v a r i e d a d e s anãs.

(31)

MATERIAIS E MÉTODOS

A - LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO

O t r a b a l h o f o i c o n d u z i d o no campo e x p e r i m e n t a l d a Empresa B r a s i l e i r a de P e s q u i s a Agropecuária (EMBRAPA), na U n i d a d e de Execução de P e s q u i s a de Âmbito E s t a d u a l (UEPAE) na c i d a d e de P e n e d o , e s t a d o de A l a g o a s , d u r a n t e o a n o agríco-l a 7 6 / 7 7 . A c i d a d e de Penedo s i t u a - s e ao s u agríco-l do e s t a d o de A l a g o a s , n a região do B a i x o São F r a n c i s c o , a 109 1 7 ' de l a t i t u d e s u l e 369 35* de l o n g i t u d e , â uma a l t i t u d e de 28 m e t r o s a c i m a do nível d o mar. (HARGREAVES, 1 9 7 1 ) . E s t a região I c a r a c t e r i z a d a p r i n c i p a l m e n t e p e l a extensão de s e u s v a l e s ümi dos inundáveis, d e formação t i p i c a m e n t e a l u v i a l e s o l o s h j _ d r o m o r f i c o s . 0 c l i m a ê", s e g u n d o KOPPEN, s e m i - u m i d o , com c h u v a s p r e d o m i n a n t e s de i n v e r n o e o u t o n o , a p r e s e n t a n d o m e d i a s a n u a i s d e 1 . 1 6 1 mm, s e n d o q u e 7 4 % I d i s t r i b u i d a de a b r i l a s e t e m b r o . A t e m p e r a t u r a m e d i a do a r é de 2 59C e a u m i d a d e r e l a t i v a de 7 7 % . 0 balanço hídrico a c u s a d e f i c i t s de 130 a 160 mm n o s meses d e o u t u b r o a m a r ç o , s e n d o q u e a máxima e v a p o r a ção o c o r r e n o mês de d e z e m b r o . (HARGREAVES, 19 7 4 , MILLAR,

(32)

20

-1 9 7 6 ) . Os d a d o s climáticos do período de d e s e n v o l v i m e n t o d a c u l t u r a são a p r e s e n t a d o s na T a b e l a 1 e F i g u r a s 1 e 2 do Apên

C€2 •

0 s o l o do campo e x p e r i m e n t a l e do t i p o a l u v i ã o , t e n d o como m a t e r i a l originário o s s e d i m e n t o s dos R i o s São F r a n c i s c o e s e u a f l u e n t e o R i o B a r r e i r a . (SCET INTERNA T I O N A L , 1 9 7 0 ) . As características físicas e químicas do so l o , o n d e f o i i n s t a l a d o o e x p e r i m e n t o , são a p r e s e n t a d a s no Q u a d r o 1 .

B - TRATAMENTOS

0 d e l i n e a m e n t o u s a d o f o i d e b l o c o s c a s u a l i z a d o s , com p a r c e l a s s u b d i v i d i d a s ( s p l i t p l o t ) , com 4 r e p e t i -ções. Nas p a r c e l a s a p l i c a r a m - s e as lâminas de água de 0 ( s o l o s a t u r a d o ) , 5, 1 0 , 1 5 , 20 e 25 cm. E as 4 v a r i e d a d e s e seleção de a r r o z f o r a m d i s t r i b u i d a s nas s u b - p a r c e l a s . As v a r i e d a d e s e seleção u t i l i z a d a s f o r a m e s c o l h i d a s e n t r e as q u e d e s t a c a r a m m a i s em p e s q u i s a s r e a l i z a d a s n a região. U t i l i z a r a m - s e a s s i m as v a r i e d a d e s S u v a l e - 1 - 7 0 , SML-5/65, I R - 6 6 5 - 4 - 5 - 5 e a Seieçáç_ 1 0 . As características de c a d a uma d e l a s são d e s c r i t a s a s e g u i r : ( S I L V A , 1 9 7 6 ) . SML-5/65 Originária do S u r i n a m e C i c l o c u l t u r a l a p r o x i m a d a m e n t e de 145 a i a s P o r t e em t o r n o de 100 cm Boa c a p a c i d a d e de perfilhação Grãos s u p e r l o n g o s e vítreos R e s i s t e n t e ao acamamento P r o d u t i v i d a d e m u i t o b o a , t e m e x c e d i d o 7.700 Kg p o r h e c t a

(33)

d i d a d e ( cm) r e a l 3 (g/cm ) G r a n u l o m a t r i c a (%) Classificação T e x t u r a l * d i d a d e ( cm) r e a l 3 (g/cm ) J^klÉ? ÍZ- ZL, L i m o A g i l a Classificação T e x t u r a l * Equíva M u r c h a m e n t o 0-20 2^X3 17 31 52 A r g i l o s o 47,8 30,5 20-40 2,25 24 23 53 A r g i l o s o 42 ,2 28,4 40-60 2,17 15 37 48 A r g i l o s o 41,2 2 8,1 60-80 2,00 14 4 1 45 A r g i l o - S i l t o s o 3 6 , 1 23,9 80-100 2 5 3 5 16 4 1 43 A r g i l o - S i l t o s o 39 ,8 24,4 100-120 2,25 4 43 5 3 A r g i l o - S i l t o s o 43,5 31,7 pH M a t e r i a Fósforo

Assimilável Complexo S o r t i v o em meq/100 g de s o l o pH Orgânica g/100 g de s o l o „ ++ Ca + 4-Mg + K H++ A 13 + 3 + A ld 5,0 3,48 2,59 4,48 4,92 0,47 6,10 1,30 5,0 X 5 5 S 2,07 4,41 4 , 7 1 0,20 '6,27 1,20 4,9 X 5 3 3 1,55 4,26 4,17 0,17 9 ,40 1,60 5,6 2,20 1,48 3,80 4,71 0,18 7,42 1,30 4,7 3,48 X 5 5 5 4,17 5 , 30 0,23 10 ,06 1,40 4,7 3,17 i , i i 3,93 4,77 0,46 10 ,06 2,10 * Classificação a m e r i c a n a (U.S.D.A. H a n d b o o k , N? 18 S o i l S u r v e y M a n u a l , 1 9 5 1 )

(34)

22 -r e n a f a i x a e x p e -r i m e n t a l . Em l a v o u -r a s c o m e -r c i a i s t e m a t i n g i d o 5.6 00 Kg p o r h e c t a r e . R e n d i m e n t o no b e n e f i c i a m e n t o de 6 9 , 5 % , s e n d o 60% de grãos i n t e i r o s e 9,5% q u e b r a d o s . SUVALE-1-7 0 O r i g i n a r i a d a região do B a i x o São F r a n c i s c o C i c l o c u l t u r a l de a p r o x i m a d a m e n t e 13 5 d i a s P o r t e em t o r n o de 110 cm Boa c a p a c i d a d e de perfilhação Grãos l o n g o s R e s i s t e n t e ao acamamento P r o d u t i v i d a d e m u i t o b o a , c o n s e g u i n d o - s e 7.300 Kg p o r h e c t a r e n a f a i x a e x p e r i m e n t a l , e em t o r n o de 5.000 Kg p o r h e c t a r e em l a v o u r a s c o m e r c i a i s R e n d i m e n t o no b e n e f i c i a m e n t o de 6 9 , 5 % , s e n d o 63,5%de grãos i n t e i r o s e 6,0% de grãos q u e b r a d o s . I R - 6 6 5 - 1 4 - 5 - 5 O r i g i n a r i a das F i l i p i n a s C i c l o c u l t u r a l de a p r o x i m a d a m e n t e 120 d i a s P o r t e de 6 5 cm em m e d i a Boa c a p a c i d a d e de perfilhação Grãos médios e g r o s s o s R e s i s t e n t e ao acamamento P r o d u t i v i d a d e em t o r n o de 6.800 Kg p o r h e c t a r e na f a i x a e x p e r i m e n t a l R e n d i m e n t o no b e n e f i c i a m e n t o d e 6 5 , 7 % , s e n d o 5 6 , 5 % de grãos i n t e i r o s e 9,2% q u e b r a d o s . SELEÇÃO - 10 O r i g i n a r i a d a região do B a i x o São F r a n c i s c o

(35)

C i c l o c u l t u r a l em m e d i a de 15 0 d i a s P o r t e em t o r n o de 10 0 cm Boa c a p a c i d a d e d e perfilhação Grãos l o n g o s P r o d u t i v i d a d e em t o r n o de 7.500 Kg p o r h e c t a r e n a f a i x a e x p e r i m e n t a l R e n d i m e n t o n o b e n e f i c i a m e n t o de 6 5,2%, s e n d o 50% de grãos i n t e i r o s e 1 5 , 2 % de grãos q u e b r a d o s . C - CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO A s e m e n t e i r a f o i e s t a b e l e c i d a em 18/08/76 em área próxima do l o c a l onde f i c o u i n s t a l a d o , p o s t e r i o r m e n t e , o e x p e r i m e n t o p r o p r i a m e n t e d i t o . 0 s e m e i o f o i f e i t o a lanço n a proporção de 1000 Kg/ha. A adubação f o i f e i t a na p r o p o r ção de 300 Kg de s u l f a t o de amónia, 230 Kg de s u p e r f o s f a t o s i m p l e s e 70 Kg de c l o r e t o d e Potássio, p o r h e c t a r e . ( S I L V A , 1 9 7 5 ) . A germinação o c o r r e u o i t o d i a s após o s e m e i o . 0 t r a n s p l a n t e f o i e f e t u a d o n a p r i m e i r a semana de o u t u b r o , c o l o c a n d o - s e 3 mudas p o r c o v a . Em c a d a s u b p a r c e l a f o r a m c u l t i v a d a s 7 f i l e i r a s p o s s u i n d o c a d a uma d e s t a s 27 c o v a s . 0 espaçamento u s a d o f o i de 0,30 m e n t r e f i l e i r a s e 0,3 0 m e n t r e c o v a s . Como área útil f o i c o n s i d e r a d a a área o c u p a d a p e l a s 3 f i l e i r a s c e n t r a i s , e l i m i n a n d o - s e d u a s c o v a s

2 d e c a d a e x t r e m i d a d e , t o t a l i z a n d o a s s i m 6,21 m .

No campo, a adubação u s a d a f o i f e i t a ; s e g u n d o a fórmula 5 0 - 6 0 - 0 , u s a n d o - s e como f o n t e s de nitrogênio e fósforo, s u l f a t o de amónia, e s u p e r f o s f a t o t r i p l o , r e s p e c t i vãmente. 0 fósforo f o i a p l i c a d o t o t a l m e n t e em cobertura q u i n

ze d i a s após o t r a n s p l a n t e , j u n t a m e n t e com 1/3 do nitrogê n i o . Os 2/3 r e s t a n t e s de N f o i a p l i c a d o 3 5 d i a s após o t r a n s p l a n t e . D u r a n t e o c i c l o d a c u l t u r a f o r a m f e i t a s l i m p a s ma n u a i s , e m e n s u r a d a s as incidências d e e r v a s d a n i n h a s .

(36)

24

-A exceção do t r a t a m e n t o em que não e x i s t i u lã m i n a de s u b m e r g e n c i a CO cm) o método de irrigação u s a d o f o i p o r inundação estática contínua. Na p a r c e l a com s o l o s a t u r a do ( l a m i n a s i g u a i s a 0 cm) s e f a z i a a reposição das p e r d a s p o r percolação e evapotranspiração através d a inundação i n t e r m i t e n t e . Em t o d a s as p a r c e l a s se i r r i g a v a d i a r i a m e n t e , p a r a r e p o r as p e r d a s o c o r r i d a s . P a r a a conservação d a s lâmi n a s d'ãgua n a s p a r c e l a s os b o r d o s d a s mesmas f o r a m r e v e s t i dos com p o l i e t i l e n o de c o r p r e t a , de t i p o próprio p a r a r e v e s t i m e n t o de c a n a i s . D u r a n t e a - q u i n z e n a i n i c i a l t o d a s as p a r c e l a s do e x p e r i m e n t o r e c e b e r a m uma p e q u e n a lâmina de s u b mergência ( 5 c m ) , p a r a não p r e j u d i c a r a recuperação d a p l a n t a ao t r a n s p l a n t e . Após e s t e período f o r a m e s t a b e l e c i d o s os t r a t a m e n t o s e s u s p e n s o s p o r ocasião d a efetivação d a c o l h e i t a .

A c o l h e i t a d a v a r i e d a d e I R - 6 6 5 - 4 - 5 - 5 f o i e f e t u a d a n a p r i m e i r a semana de j a n e i r o , e a d a s d e m a i s v a r i e d a des e seleção de a r r o z t e s t a d a s , n a p r i m e i r a semana de f e v e r e i r o .

P a r a a irrigação das p a r c e l a s s a t u r a d a s se f e z necessário a determinação d a evapotranspiração p o t e n c i a i e d a p e r d a p o r percolação p r o f u n d a . 0 p r i m e i r o f o i c a l . c u l a d o s e g u n d o a fórmula de G a r c i a e L o p e z , i n d i c a d a p a r a s e r u s a d a em z o n a s t r o p i c a i s e s u b t r o p i c a i s (MILLAR, 1 9 7 3 ) .

A determinação d a percolação f o i b a s e a d a n a identificação da

infiltração básica, através do método do c i l i n d r o i n f i l t r o m e t r o .

Os d a d o s o b t i d o s do t e s t e de infiltração, f o r n e c e r a m p e l o método de regressão l i n e a r a equação de i n f i l

0 57 ~ ~ tração a c u m u l a d a D = 0,2 2T ; e a equação de infiltração

~ -0 43 • — instantânea I = 7 ,52T ' , f o i e n c o n t r a d a p o r derivação da equação a c u m u l a d a em função do t e m p o . A v e l o c i d a d e básica de infiltração f o i de 0,66 mm/h. E s t e v a l o r p o d e s e r c o n s i

(37)

d e r a d o como a c o n d u t i v i d a d e hidráulica do solo» p o r s e t r a t a r de f l u x o em m e i o s a t u r a d o . ( H I L L E L , 1 9 7 0 ) . Os v a l o r e s d a evapotranspiraçlo p o t e n c i a l do período de d e s e n v o l v i m e n t o da c u l t u r a e as c u r v a s de Infiltração, são m o s t r a d o s , r e s p e c t i vãmente n a s f i g u r a s 3 e 4 d o apêndice. As equações de i n f i l tração d o s o l o e n c o n t r a d a s , são s i m i l a r e s ãs o b t i d a s p o r RESENDE, em 1972 p a r a s o l o s a r g i l o s o s , s e g u n d o citação de QUEIROZ FILHO e t a l i i ( 1 9 7 5 ) . Concordam também os r e s u l t a d o s e n c o n t r a d o s p a r a a v e l o c i d a d e de infiltração básica n e s t e t r a b a l h o , com o s o b t i d o s p e l a SCET INTERNATIONAL ( 1 9 7 0 ) , n a mesma área.

D - AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS ESTUDADAS

A m e t o d o l o g i a e m p r e g a d a n a avaliação d a s c a racterísticas e s t u d a d a s , f o i b a s e a d a n a u s a d a p o r LIMA E S I L VA ( 1 9 7 6 ) . 1 . A l t u r a d a P l a n t a M e d i u - s e as a l t u r a s d o s c o l m o s d a s p l a n t a s m a i s a l t a s da f i l e i r a c e n t r a l da ãrea ú t i l , num t o t a l de 23 c o v a s . E a média d a s 2 3 a l t u r a s d e t e r m i n a d a s f o i c o n s i d e r a d a a a l t u r a média d a p l a n t a . C o n s i d e r o u - s e como a l t u r a da p l a n t a a distância do nõ da- panícula ao s o l o .

2. C o m p o n e n t e s d a Produção

2.1 - Número de p e r f i l h o s , número de panícuias e f e r t i l i d a d e de p e r f i l h o s .

0 número médio de p e r f i l h o s e de panícuias p o r c o v a f o i d e t e r m i n a d o a p a r t i r d a c o n t a g e m , p o r

(38)

ocasião d a c o l h e i t a , do número de p e r f i l h o s e de pa nículas em c a d a uma das 2 3 c o v a s u t i l i z a d a s p a r a a medição das a l t u r a s das p l a n t a s .

A f e r t i l i d a d e de p e r f i l h o s f o i o b t i d a expres_ s a n d o - s e em p o r c e n t a g e n s , o r e s u l t a d o d a divisão do número médio de panículas p e l o número médio de p e r

2.2 - Número de e s p i g u e t a s , número de grãos c h e i o s e f e r t i l i d a d e de e s p i g u e t a s .

C o l h e r a m - s e as 2 3 panículas d a s p l a n t a s onde se m e d i u as a l t u r a s , e o número médio de e s p i g u e t a s

(soma de grãos c h e i o s e f a n a d o s ) e de grãos c h e i o s f o i e s t i m a d o a p a r t i r d a determinação do número de grãos em c a d a uma d a s 2 3 panículas.

A f e r t i l i d a d e média de e s p i g u e t a s f o i c a l c u l a da d i v i d i n d o - s e o número médio de grãos c h e i o s p e l o número médio de e s p i g u e t a s , e x p r e s s a n d o - s e o r e s u l t a d o em p o r c e n t a g e n s . 2.3 - Peso de 1000 grãos F o i o b t i d a a e s t i m a t i v a do p e s o médio de 1000 grãos a p a r t i r - do p e s o médio de três a m o s t r a s de 100 grãos em c a s c a , t o m a d a s do c o n j u n t o de grãos c h e i o s d a s 2 3 panículas c o l e t a d a s . 3. Produção de Grãos

As panículas p r o d u z i d a s n a área útil de c a d a s u b - p a r c e l a f o r a m c o l h i d a s p o r " c a c h e a m e n t o " e d e g r a n a d a s ma n u a l m e n t e . Os grãos p r o d u z i d o s em c a d a s u b - p a r c e l a , f o r a m so

(39)

p r a d o s e pesados» d e t e r m i n a n d o - s e a i n d a s e u t e o r de u m i d a d e . P a r a d e t e r m i n a r o t e o r de u m i d a d e u s o u - s e um a p a r e l h o d a mar c a A q u a Bay» de fabricação Alemã» c u j o princípio de f u n c i o n a m e n t o ê a medição do f l u x o de e l e t r i c i d a d e . Com b a s e no t e o r de u m i d a d e determinado» c o r r i g i u - s e o p e s o dos grãos p a r a um t e o r de u m i d a d e i g u a l a 1 3 % , e x p r e s s a n d o - s e e s t e p e s o em t e r m o s de t o n / h a .

E - ANALISES DOS RESULTADOS

Os d a d o s r e f e r e n t e s a t o d a s as características e s t u d a d a s f o r a m a n a l i s a d o s estatisticamente» p e l o s métodos c o n v e n c i o n a i s de análise d a variância. Os t e s t e s u t i l i z a d o s f o r a m o s de F p a r a comparação d a s variâncias e o de T u k e y p a r a a comparação d o s c o n t r a s t e s e n t r e mídias. Os d a d o s e x p r e s sos em porcentagem» t a i s como f e r t i l i d a d e de p e r f i l h o s e f e r tílidade de e s p i g u e t a s , f o r a m t r a n s f o r m a d o s em a r c s e n V

0 r e s u m o d a s análises de variância e f e t u a d a s é a p r e s e n t a d o

Referências

Documentos relacionados

Outra surpresa fica por conta do registro sonoro: se num primeiro momento o som da narração do filme sobre pôquer, que se sobrepõe aos outros ruídos da trilha, sugere o ponto de

Na Figura 4.7 está representado 5 segundos dos testes realizados à amostra 4, que tem os elétrodos aplicados na parte inferior do tórax (anterior) e à amostra 2 com elétrodos

Como corolário deste resultado obtemos o Teorema 5.2.10 que conclui acerca da existência genérica de ramos de soluções espacialmente periódicas por uma rede hexagonal e com

the following characteristics: basidiomata perennial, resupinate to pileate, smooth pileus, ochraceous to blackish with age, hard and woody, a di- to trimitic hyphal system,

É preciso aproveitar, em meio aos ciclos viciosos da dogmática jurídica e seus pontos cegos, momentos de abertura cognitiva possíveis de inserir algum elemento da

Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa, e o ciclo de vida do Aedes aegypti compreende quatro fases (FIGURA 1): ovo, que mede, aproximadamente 1 mm

Aplicar o modelo Soil & Water Assessment Tool (SWAT) para simulação de dados hidrológicos com ênfase no estudo de vazões na região de Londrina, em parte da sub-bacia do

Este aumento de temperatura do condensado formado na permuta entre o ar dos peixes e o vapor, aumenta o excesso de energia no depósito de recolha de condensados, o que permite