Novas Linguagens em Educação
Eliane dos Santos
Pascoal
Algumas questões
1- O que são novas linguagens para a
educação?
2- Para que servem?
3- Como são utilizadas normalmente no
processo educacional?
A apropriação das múltiplas
linguagens pela escola
Gláucia Guimarães (UERJ/FFP)
Eixo temático: Fazendo escola com múltiplas linguagens
Relação entre tecnologias e suas linguagens e a educação. Três tendências predominantes nos estudos sobre o tema;
(a) a primeira aborda o papel das tecnologias e linguagens, enquanto
instrumentos que possibilitam a Educação a Distância;
(b) a segunda pensa nas tecnologias e suas linguagens para diversos
usos, destinos e finalidades (para registro e ilustração de fenômenos que não podem ser presenciados facilmente; para auxiliar no ensino para portadores de necessidades especiais; para simular fenômenos e situações reais; para aprendizagem eletrônica etc.);
(c) a terceira propõe sua inserção no ensino escolar, privilegiando sua
dimensão técnica ou lúdica, com vistas a redimensionar ou modernizar as práticas escolares;
Novas Linguagens e Tecnologias
Ocorre que apesar da contribuição valiosa que os estudosrealizados no âmbito dessas três tendências trouxeram para a área de Educação e Tecnologia, é preciso reconhecer que elas, na maioria das vezes, reduziram as tecnologias, ora à sua dimensão técnica, ora à sua dimensão lúdica ignorando outras possibilidades da relação entre a escola e as
tecnologias
Isso porque, ao propor sua inserção na escola apenas como
recursos, alimentando a esperança de que elas pudessem tornar as instituições de ensino mais contemporâneas e as
aulas mais lúdicas, essas abordagens deixaram de lado muitas questões que nos parecem fundamentais na crise que a
sociedade e que a escola enfrentam e acabaram abrindo espaço para que as práticas pedagógicas que tentamos superar na escola continuem as mesmas.
Seu “uso” ou sua presença na escola é necessária,
mas que não é suficiente para reconfiguração das práticas escolares.
Não basta, portanto, inseri-la na escola privilegiando
sua dimensão técnica ou lúdica, de “uso”, isto
apenas disfarça práticas escolares antigas e, muitas vezes, circunscritas, passionais e autoritárias,
impondo mais obstáculos para a construção de uma instituição que possa atender os mais diversos
A apropriação educacional das tecnologias da comunicação e da informação –
Raquel Goulart Barreto (In Currílo: debates contemporâneos)
Não é somente o espaço convencional, mas
até nos meios mais rudes temos a tentativa
de reproduzir este espaço como único
Papert (1994) estudando os traços
definidores do trabalho docente faz uma
analogia (parábola) – Viajantes pensam
como seria 100 anos depois sua profissão
Os únicos que se sentiram a vontade eram os
professores. – Discurso autoritário, institucionalizado – não deixando margem a dúvidas - tendência a falar
sobre coisas, mas não das as coisas, como se pudesse excluir os fatos
Predominância da linguagem verbal – livro didático (que
normalmente não deixa espaço para outras questões, nem para os professores)– giz e lousa – Pasteurização dos conhecimentos
- Esta analogia também podem ser pensadas nas linguagens usadas
Meramente reprodutora de conhecimento(diálogos ou
monólogo, cede a palavra etc) no sentido de aproximar aluno do conhecimento
Novas Linguagens
Presença das múltiplas linguagens – ruptura de
limites impostos
A convivência com a música, a pintura, a fotografia,
o cinema, com outras formas de utilização de som e com imagem, assim como a convivência com as
linguagens artificiais poderiam nos apontar para uma inserção em um universo simbólico que não é o que estabelecemos com a escola.
Na escola textos simples com uma ou outra figura,
enquanto que no mundo lá fora os TIC produzem textos cada vez mais diversificados e complexos – lacuna entre os textos da escola e os produzidos fora dela
Aula 1- Novas Linguagens e a Construção do Conhecimento
Do mundo do conhecimento ao conhecimento do mundo
Novas Linguagens e a educação Construção de Relações
Atribuição de Significados Realização de Descobertas Mudança de Paradigmas
Mergulho solitário no mundo da cultura (cada um de
nós é único)
Mergulho solidário no mundo das experiências
humanas
Conhecimento
Conhecimento não é fragmentado mas
interdependente, interligado, intersensorial..
Conhecer significa compreender todas as
dimensões da realidade, captar e expressar
esta realidade de forma cada vez mais
Pensamento
Pensar é aprender a raciocinar, organizar
logicamente, inferir, ler, escrever, ouvir,
calcular...
Hoje hipertexto, várias linguagens
Interação com o mundo e depois “voltamos para
dentro”fazendo nossa própria síntese;
Estímulo e motivação de quem fala;
Aprendemos mais quando temos motivação clara; Quando conseguimos ajuntar todos os fatores;
Linguagem
Conhecer Integrar Relacionar Comparar Contextualizar Signos Símbolos Histórica Social Cultural Interação com o mundo e
depois “voltamos para dentro”fazendo nossa própria síntese
Estímulo e motivação de
Novas linguagens - Educação
Aprendemos melhor equilibrando os processos
de interação e interiorização;
Pela interação:entramos em contato, captamos
as mensagens, ampliamos a percepção;
Pela interiorização:processo de síntese pessoal,
reelaboração;
Novas Linguagens
Não é uma receita, nem modelo único;
Professor tem um grande leque de opções;
Cada docente deve encontrar a forma mais
adequada;
Importante que ele inclua e aprenda a
Princípios metodológicos
norteadores
Integrar metodologias, linguagens, atividades Se possível colocar o mesmo conteúdo em diferentes linguagens Variar a forma de dar aula Planejar e improvisar
(cada aula é única)
Pensar nos objetivos
pretendidos
Pesquisar materiais Pensar possibilidades
Pensar o professor como
intermediador do processo (nenhuma linguagem pode
Caminhos que facilitam a
aprendizagem
Tornar a informação significativa
Escolher as informações verdadeiramente importantes Aprendemos melhor quando vivenciamos, sentimos,
relacionamos, integramos a um novo contexto
Aprendemos quando integramos o sensorial o racional, o ético,
o pessoal, o social...
Aprendemos pelo pensamento divergente, pela busca, pela
organização e integração
Aprendemos quando interagimos com o mundo, depois
interiorizamos fazendo nossa própria síntese...
Novas linguagens
Aprendemos quando relacionamos,
integramos. Uma parte importante da
aprendizagem acontece quando
conseguimos integrar todas as
tecnologias, as telemáticas, as
audiovisuais, as textuais, as orais,
musicais, lúdicas e corporais.
Professores e gestores neste
processo
Seu principal papel é de:
Orientador/mediador intelectual:orienta, informa, ajuda a
escolher, amplia a visão de compreensão;
Orientador/mediador emocional: motiva, estimula,
estabelece limites;
Orientador/mediador gerencial e comunicacional: Organiza
Algumas estratégias
Descritivas (o que vemos, o que representa);
Analíticas (que componentes ou elementos configuram o
processo de representação);
Interpretativas(centrado na produção de significados
relacionados com outras imagens);
Críticas(baseadas em argumentos fundamentados e com a
finalidade de formular novos problemas e possibilidades de representação e interpretação);
Mudanças no ensino presencial
Equilibrar o presencial e o virtual
Mudança de paradigma- sala de aula (vários
espaços e tempos diferentes)
Aulas a distância, teleconferências
Mix de tecnologias
Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente
Educar em um tempo de grandes transformações
Transmissão do Professor Memorização
Aprendizagem competitiva e Individualista
Prioriza a linguagem oral e escrita
Aprender a aprender Conhecimentos amplos Complexidade Outras linguagens Linguagem digital Múltiplas inteligências Aprendizagem colaborativa Pensamento newtoniano-cartesiano
(Fragmentação, parte – verdade absoluta, Positivismo etc)
Pensamento Holístico
(Unificação-inter-relação, pensar coletivamente, Problematização, administrar conflitos, conhecimento Provisório e relativo) etc)
Aprendizagem colaborativa e prática
pedagógica em um paradigma emergente
Ensino como pesquisa (superação da
reprodução para a produção de
conhecimento)
Abordagem Progressista (transformação
social, diálogo e discussão coletiva)
Visão Holística ou Sistêmica (busca a
superação da fragmentação do
conhecimento)
Mediação Pedagógica e o uso da
tecnologia
Processo de aprendizagem e tecnologia 4
elementos a se pensar:
1- o conceito de aprender (não ensinar)
2- O papel do aluno (ativo)