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Análise da viabilidade de implantação de um centro de terapias complementares na cidade de Caxias do Sul

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ÁREA DO CONHECIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ANDIARA MACIEL DE SOUZA

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE TERAPIAS COMPLEMENTARES NA CIDADE DE CAXIAS DO SUL

CAXIAS DO SUL 2019

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ANÁLISE DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE TERAPIAS COMPLEMENTARES NA CIDADE DE CAXIAS DO SUL

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação apresentado à Área do Conhecimento das Ciências Sociais da Universidade de Caxias do Sul como requisito para a obtenção do título de Bacharela em Administração.

Área de concentração: Novos Negócios Orientador TCC II: Prof. Me. Leonardo Roth

CAXIAS DO SUL 2019

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Este estudo objetiva analisar a viabilidade de implantação de um centro de terapias complementares na cidade de Caxias do Sul, onde serão disponibilizadas terapias que contribuem para melhorar a qualidade de vida das pessoas nos aspectos da saúde e bem-estar por meio de práticas que tratam do corpo, mente e espírito. Para facilitar o entendimento este projeto foi elaborado em etapas com base em referências bibliográficas e outras fontes de seguras de informação. A fase inicial aborda a importância do empreendedorismo e do empreendedor para o crescimento e desenvolvimento econômico da sociedade, menciona o aumento na taxa de longevidade e a busca pela saúde e bem estar como oportunidade para o negócio proposto e se consolida com a pesquisa de marketing através de questionário quantitativo, valendo-se da técnica não-probabilística. Os dados obtidos com a pesquisa foram compilados, analisados e relacionados no trabalho utilizando-se figuras e tabelas.

A segunda parte deste projeto desenvolve-se com a elaboração do planejamento estratégico, seguido do planejamento financeiro, análise de indicadores e por fim os apontamentos sobre planos de contingência, riscos e limitações do estudo.

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Figura 1– Fases da pesquisa de marketing ... 31

Figura 2 – Gênero ... 37

Figura 3 – Faixa Etária ... 38

Figura 4 – Estado civil ... 39

Figura 5– Escolaridade... 40

Figura 6 – Renda mensal ... 41

Figura 7– Frequência em que utilizaria as terapias ... 42

Figura 8 - Melhores dias da semana para fazer terapia ... 43

Figura 9 –Principais horários para a prática de terapias ... 44

Figura 10 – Interesse ou relevâncias das terapias listada ... 45

Figura 11 – Interesse ou relevância das terapias listadas ... 45

Figura 12 – Interesse ou relevância das terapias listadas ... 46

Figura 13 – Interesse ou relevância das terapias listadas ... 46

Figura 14– Importância dos recursos ofertados no negócio ... 48

Figura 15 – Importância dos recursos ofertados no negócio ... 49

Figura 16 – Importância dos recursos ofertados no negócio ... 49

Figura 17 – Melhor forma de pagamento... 50

Figura 18 – Melhor forma para anunciar as terapias ... 51

Figura 19 -Melhor localização do centro de terapias ... 52

Figura 20 – Características dos objetivos da organização ... 55

Figura 21 – Principais conceitos de marketing ... 57

Figura 22 – Dimensões do marketing holístico ... 58

Figura 23 – Os quatro P’s do composto de marketing ... 65

Figura 25 – Logotipo do negócio ... 68

Figura 26- Mapa da localização ... 76

Figura 27 – Anúncio no Jornal Nosso Bem Estar de Caxias do Sul ... 78

Figura 28- Cartão fidelidade Connection ... 80

Figura 29 – Principais etapas do gerenciamento da força de vendas ... 81

Figura 30 – Estrutura de cenários de serviços ... 83

Figura 31– Apresentação da fachada e acess ... 91

Figura 32– Recepção ... 92

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Figura 36– Salas de meditação e espaço verde ... 93

Figura 37- Layout do Centro de Terapias Connection ... 94

Figura 38 – Fluxograma do processo de atendimento ao cliente (etapa 1)) ... 98

Figura 39– Fluxograma do processo de atendimento ao cliente (etapa 2)) ... 98

Figura 40– Organograma do centro de terapias Connection ... 100

Figura 41– Alíquotas do Simples Nacional ... 111

Figura 42 - Fórmula retorno sobre as vendas ... 144

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Quadro 1 - Variações das funções do empreendedor em relação ao risco do negócio ... 19

Quadro 2 - Características fundamentais do empreendedor de sucesso ... 20

Quadro 3 - Relação dos 15 países mais empreendedores do mundo em 2015 ... 21

Quadro 4 - Relação dos 15 países menos empreendedores do mundo em 2015 ... 21

Quadro 5 - Fatores limitantes para início e manutenção dos empreendimentos no Brasil ... 25

Quadro 6 - Perfil do Empreendedor do Rio Grande do Sul ... 26

Quadro 7- Grau de escolaridade dos empreendedores do Rio Grande do Sul ... 26

Quadro 8– Nível de formação da mulher empreendedora no Rio Grande do Sul ... 27

Quadro 9– Relação e conceito das terapias complementares ofertadas no negócio ... 29

Quadro 10– Diferenças entre as pesquisas qualitativa e quantitativa ... 33

Quadro 11– Vantagens e desvantagens da utilização da Escala Likert. ... 34

Quadro 12 – Serviços terapêuticos ofertados ... 67

Quadro 13 – Estratégias de determinação de preços. ... 70

Quadro 14 – Composto de comunicação de marketing para serviços ... 77

Quadro 15– Perspectivas da empresa X perspectivas do cliente ... 86

Quadro 16 - Indicadores de desempenho do processo produtivo ... 90

Quadro 17 – Processos básicos de recursos humanos ... 99

Quadro 18 - Conceito das terapias ... 101

Quadro 19 – Relação dos cargos do negócio ... 102

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Tabela 1 - Percentual de contratações em empresas de alto crescimento do Brasil até 2015 .. 23

Tabela 2 - Dados sobre o empreendedorismo no Brasil em 2017 ... 23

Tabela 3 – Empreendedorismo por oportunidade e necessidade no Brasil ... 24

Tabela 4 - Percentual de empreendedores por gênero no Brasil em 2017 ... 24

Tabela 5– Número de empresas nas maiores cidades do RS ... 28

Tabela 6 - Gênero ... 37

Tabela 7– Faixa Etária ... 38

Tabela 8 – Estado civil ... 39

Tabela 9 – Escolaridade ... 39

Tabela 10 – Renda mensal ... 40

Tabela 11 – Frequência em que utilizaria as terapias ... 41

Tabela 12– Melhores dias da semana para fazer terapia ... 42

Tabela 13 – Principais horários para a prática de terapias ... 43

Tabela 14 – Interesse ou relevâncias das terapias listadas ... 44

Tabela 15 – Análise individual da relevância das terapias listadas ... 46

Tabela 16 – Importância dos recursos ofertados no negócio... 48

Tabela 17 – Melhor forma de pagamento ... 49

Tabela 18 – Melhor forma de divulgação ... 50

Tabela 19 Melhor localização... 51

Tabela 20 – Preços dos serviços de terapia ... 74

Tabela 21 – Pacotes promocionais para grupos... 75

Tabela 22– Investimento em infraestrutura e equipamentos ... 93

Tabela 23– Relação de materiais e insumos ... 95

Tabela 24 – Serviços terceirizados ... 96

Tabela 25– Remuneração dos terapeutas... 105

Tabela 26 – Investimento Inicial ... 110

Tabela 27– Projeção de crescimento econômico ... 113

Tabela 28– Previsão de atendimento mensal cenário realista ... 114

Tabela 29– Previsão de atendimento mensal cenário pessimista ... 114

Tabela 30– Previsão de atendimento mensal cenário otimista ... 114

Tabela 31– Previsão de venda mensal cenário realista... 115

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Tabela 34 – Previsão de venda anual cenário realista ... 117

Tabela 35– Previsão de venda anual cenário pessimista ... 117

Tabela 36– Previsão de venda anual cenário otimista ... 118

Tabela 37 – Custos fixos anuaisFonte: elaborado pela autora (2019). ... 119

Tabela 38– Despesas administrativas anuaisFonte: elaborado pela autora (2019). ... 119

Tabela 39– Fluxo de caixa mensal cenário realista ... 122

Tabela 40– Fluxo de caixa mensal cenário pessimista ... 123

Tabela 41– Fluxo de caixa mensal cenário otimista ... 124

Tabela 42– Fluxo de caixa anual cenário realista ... 126

Tabela 43– Fluxo de caixa anual cenário pessimista ... 127

Tabela 44– Fluxo de caixa anual cenário otimista ... 128

Tabela 45– DRE mensal cenário realista ... 131

Tabela 46– DRE mensal cenário pessimista... 132

Tabela 47– DRE mensal cenário otimista ... 133

Tabela 48– DRE anual cenário realista ... 135

Tabela 49– DRE anual cenário pessimista ... 136

Tabela 50– DRE anual cenário otimista ... 137

Tabela 51 - Balanço patrimonial cenário realista ... 139

Tabela 52- Balanço patrimonial cenário pessimista ... 140

Tabela 53- Balanço patrimonial cenário otimista ... 141

Tabela 54 –Índice RSV anual cenário realista... 144

Tabela 55 –Índice RSV anual cenário pessimista ... 144

Tabela 56 - Índice RSV anual cenário otimista ... 145

Tabela 57 – ROI anual cenário realista ... 145

Tabela 58– ROI anual cenário pessimista ... 145

Tabela 59– ROI anual cenário otimista ... 145

Tabela 60- Valor presente líquido cenário realista ... 146

Tabela 6161- Valor presente líquido cenário pessimista ... 146

Tabela 62- Valor presente líquido cenário otimista... 147

Tabela 63 – TIR cenário realista ... 147

Tabela 64 - TIR cenário pessimista ... 148

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Tabela 67 - Payback pessimista... 149

Tabela 68 – Payback otimista ... 149

Tabela 69 - Ponto de equilíbrio cenário realista ... 150

Tabela 70 – Ponto de equilíbrio cenário pessimista ... 150

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1 INTRODUÇÃO ... 13

2 TEMA, PROBLEMA E OBJETIVOS ... 15

2.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ... 15

2.2 OBJETIVOS ... 15

2.3 JUSTIFICATIVA ... 16

3 NOÇÕES SOBRE EMPREENDEDORISMO ... 17

3.1 EMPREENDEDOR ... 18

3.1.1 Perfil do empreendedor... 19

3.2 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO ... 20

3.3 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ... 22

3.3.1 Empreendedorismo no Rio Grande do Sul ... 26

3.3.2 Perfil do empreendedor em Caxias do Sul ... 27

3.4 EMPREENDEDORISMO DO NEGÓCIO ... 28 4 PESQUISA DE MARKETING ... 31 4.1 TIPOS DE PESQUISA ... 32 4.1.1 Pesquisa qualitativa ... 32 4.1.2 Pesquisa quantitativa ... 33 4.2 ESCALA DE LIKERT ... 34 4.3 AMOSTRAS E POPULAÇÕES ... 34 4.4 QUESTIONÁRIO ... 35 4.5 PRÉ-TESTE ... 36

5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ... 37

6 MISSÃO, VALORES E OBJETIVOS ... 53

6.1 MISSÃO ... 53

6.2 VALORES OU PRINCÍPIOS ... 54

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7 MARKETING ... 57 7.1 TIPOS DE MERCADO ... 58 7.1.1 Marketing de massa ... 59 7.1.2 Marketing de segmento ... 60 7.1.3 Marketing de nicho ... 60 7.1.4 Marketing local ... 60 7.1.5 Marketing individual ... 61 7.1.6 Identificação do negócio ... 61

7.2 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO E POSIOCIONAMENTO ... 61

7.2.1 Posicionamento do negócio ... 64

7.3 COMPOSTO (MIX) MERCADOLÓGICO ... 64

7.3.1 Produto e/ou serviço... 66

7.3.2 Preço ... 69 7.3.3 Praça ... 75 7.3.4 Promoção ... 76 7.4 P’S DOS SERVIÇOS... 83 7.4.1 Ambiente físico ... 83 7.4.2 Processos ... 84 7.4.3 Pessoas ... 85 7.3.8 Produtividade e qualidade: ... 86

7.4 RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES ... 86

8 OPERAÇÃO ... 89

8.1 INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA e equipamentos ... 90

8.2 MATÉRIAS-PRIMAS, INSUMOS E MATERIAIS ... 95

8.3 AGREGADOS E TERCEIRIZAÇÃO ... 95

8.4 PROCESSOS ... 96

9 ORGANIZAÇÃO E RECURSOS HUMANOS ... 99

9.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 100

9.2 DESCRIÇÃO DE CARGOS ... 102

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9.6 SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO ... 107

9.7 RELAÇÃO EMPRESA X FUNCIONÁRIOS ... 107

10 PROJEÇÕES FINANCEIRAS ... 109

10.1 PLANO DE INVESTIMENTOS... 109

10.2 FONTES DE FINANCIAMENTO ... 111

10.3 PROJEÇÕES ECONÔMICAS ... 112

10.4 PREVISÕES DE VENDAS ... 113

10.5 CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS E FIXOS ... 119

10.6 AVALIAÇÃO ECONÔMICA ... 120

10.7 FLUXO DE CAIXA ... 121

10.8 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO ... 130

10.9 BALANÇO PATRIMONIAL ... 138

10.10 ÍNDICES ECONÔMICOS ... 144

10.10.1 Retorno sobre as vendas (RSV) ... 144

10.10.2 Retorno sobre o investimento (ROI) ... 145

10.10.3 Valor presente líquido (VPL) ... 146

10.10.4 Taxa interna de retorno (TIR) ... 147

10.10.5 Período de retorno do investimento (Payback) ... 148

10.10.6 Ponto de equilíbrio ... 149

11 PLANOS DE CONTINGÊNCIAS E ANÁLISE DE RISCOS ... 151

12 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ... 153

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 155

REFERÊNCIAS...157

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta a proposta de um novo negócio direcionado para a área de saúde e bem estar com o intuito de analisar a viabilidade de um Centro de Terapias Complementares na cidade de Caxias do Sul, bem c omo, quais terapias são consideradas importantes para o público alvo.

O projeto inicia com a definição do tema, problema e objetivos e em seguida discorre, através de embasamentos teóricos, sobre empreendedorismo enfatizando a sua importância para o crescimento e desenvolvimento da economia das nações, assim como ilustrando dados relevantes a nível mundial e para o Brasil. De acordo com as informações, o país apresenta maior índice de empreendedorismo por oportunidade do que por necessidade. Os conceitos sobre o empreendedor e seu perfil também são abordados.

A pesquisa de marketing está fundamentada em considerações consolidadas que apontam as suas fases e as etapas da pesquisa de mercado. Destaca-se a pesquisa qualitativa e quantitativa como forma de abordagem do problema descrevendo as características e diferenças das mesmas. A ferramenta utilizada para a obtenção de dados para a pesquisa de marketing foi o questionário, o qual está estruturado de acordo com as dez etapas necessárias. A análise e interpretação dos resultados estão compiladas em planilhas e gráficos, assim como o registro descritivo que demostram as opiniões dos respondentes quanto à possibilidade de criação de um Centro de Terapias Complementares em Caxias do Sul.

Através do questionário são identificadas as preferencias do público como a frequência de utilização e relevância de cada terapia, quais dias e horários preferidos, a melhor localização, forma de pagamento e mídia para divulgação, além dos recursos essenciais no ambiente do negócio.

A segunda etapa do estudo inicia com o planejamento estratégico, realizando a elaboração da missão, visão, princípios e objetivos estratégicos do negócio. São abordados conceitos do marketing como tipo de mercado, segmentação e posicionamento, com destaque para os P’s relacionados aos serviços, além dos relacionamento com o cliente. No tópico sobre recursos humanos é destacada a importância das pessoas para as organizações, iniciando pelo processo de recrutamento e seleção e passando pelo treinamento, desenvolvimento, remuneração, segurança e higiene do trabalho e a relação entre a empresa e o colaborador. Nas projeções financeiras são realizadas as previsões de vendas, relacionados os custos e despesas e calculado a receita com a finalidade analisar os indicadores para identificar se o negócio é viável ou não.

Os resultados obtidos na pesquisa de marketing apontam a oportunidade de atender as necessidades de um segmento, além disso, as projeções realizadas em três cenários diferentes, realista, pessimista e otimista, indicam que mesmo com um cenário desfavorável o negócio pode ser viável, pois o fluxo de caixa não é negativo e mesmo analisando dos indicadores no cenário pessimista a TIR (taxa interna de retorno) do cenário é superior a TMA (taxa mínima de atratividade), o VPL (valor presente líquido) é maior que zero e o Payback é menor que o tempo máximo aceitável de cinco anos.

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2 TEMA, PROBLEMA E OBJETIVOS

2.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Mascarenhas (2012, p. 65) afirma que, a escolha de um tema é o primeiro passo na idealização da pesquisa. O tema deve permitir um estudo profundo que garanta uma experiência de valor e colabore para o progresso da ciência. Delimitar o tema é escolher um tópico ou parte a ser evidenciada.

De acordo com Cervo (2007), depois de selecionar o tema e delimitá-lo é o momento de formular o problema. O problema é a parte mais relevante da pesquisa e pode ser uma questão teórica ou prática que expresse uma relação entre duas ou mais variáveis e que requer uma elucidação.

Para Shiraishi (2012, p. 11), é imprescindível entender a importância e finalidade da pesquisa para definir o problema. Assegura ainda que, há perguntas que podem nortear o pesquisador na determinação do problema, tais como:

a) identificar o porque a pesquisa deve ser realizada?

b) quais decisões serão adotadas a partir dos resultados alcançados com a pesquisa? c) quais possíveis respostas serão conseguidas para os problemas ou oportunidades

definidos?

Cervo (2007) salienta que, as perguntas precisam ser formuladas de forma que a pesquisa possa encontrar as respostas. As vantagens de definir o problema são:

a) determinar com precisão o tipo de resposta a ser encontrado; b) promover suposições ao pesquisador sobre o tema;

c) estabelecer planos para iniciar a pesquisa bibliográfica e a coleta de dados; d) contribuir de forma prática na escolha de títulos para o sistema de registro; e) definir de maneira objetiva os registros que respondem as perguntas formuladas.

2.2 OBJETIVOS

De acordo com Samara e Barros (2007, p. 12), os objetivos da pesquisa são a fonte de informações que podem elucidar o problema, por isso precisam ser elaborados de forma coerente com o objeto de estudo. Devem ser minuciosos e específicos para servir de apoio na construção do formulário para coletas de dados ou questionário.

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O objetivo geral deste trabalho é analisar a viabilidade de um centro de terapias complementares na cidade de Caxias do Sul, as quais auxiliam à medicina tradicional e proporcionam saúde, bem estar e qualidade de vida para as pessoas.

Os objetivos específicos podem ser definidos como: a) elaborar uma pesquisa para identificar o público alvo;

b) analisar a faixa etária, a escolaridade e a renda dos respondentes; c) avaliar quais as terapias são mais procuradas;

d) identificar quais são os recursos considerados essenciais para a clientela.

2.3 JUSTIFICATIVA

Para Costa e Costa (2015, p. 32), justificar um trabalho é fundamental para comprovar como os resultados encontrados irão cooperar para a solução do problema. A justificativa deve estar ajustada em fatores sociais, políticos e de aplicabilidade, além de apontar os motivos que levaram o pesquisador a escolher o objeto de estudo.

Este trabalho está embasado em informações sobre o aumento da perspectiva de vida das pessoas e a busca pelo bem estar e saúde. Conforme dados divulgados pelo IBGE (2017) sobre a expectativa de vida da população brasileira, indicam que houve um crescimento de 75,5 anos em 2015, para 75,8 anos em 2016. Por esse motivo, a procura pelo bem estar, saúde e qualidade de vida está em alta, contido nesse aspecto, a busca por terapias complementares.

Com essa percepção e evidências comprovadas, nasceu a ideia de ofertar um espaço que possibilite as pessoas praticarem diversas terapias que podem contribuir para melhorar a qualidade de vida, promover o bem estar e a saúde. Notou-se ainda que na cidade de Caxias do Sul, há alguns espaços que oferecem algumas opções de terapias, mas nenhum tão completo e capaz de disponibilizar recursos essenciais em sua estrutura.

As terapias ofertadas pretendem se complementar, possibilitando uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos do indivíduo, isto é, corpo, mente e espírito.

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3 NOÇÕES SOBRE EMPREENDEDORISMO

A palavra empreendedorismo expressa característica ou personalidade daquele que é empreendedor. Representa a atitude do indivíduo que executa ações ou elabora novas práticas com a finalidade de ampliar e fomentar serviços, produtos ou outras atividades de organização e administração (AURÉLIO, 2018).

Para Chiavenato (2012, p. 2), o empreendedorismo é decorrente da percepção inovadora do empreendedor em criar algo novo ou reinventar algo que já existe.

Bagio (2012, p. 3) evidencia que, o empreendedorismo denota executar ou colocar em prática, ou ainda levar adiante uma ideia, com a intenção de atingir objetivos e resultados. O empreendedorismo pode ocorrer de três maneiras: quando surge uma nova empresa com uma ideia inovadora; ao adquirir uma empresa já existente e promover inovação e; ao perceber oportunidades de melhoria e inovação que agregam valor a empresas de terceiros.

Dessa forma, Razzolini Filho (2012, p. 17) enfatiza que o empreendedorismo é uma qualidade diferenciada, seja para indivíduos ou organizações que tomam uma conduta empreendedora. Conclui que, este conceito, se apresenta como uma disciplina suscetível de ser aprendida e praticada, sendo necessário que os empreendedores busquem com determinação fontes de inovação, mudanças e sinais que apontem novas chances a serem exploradas para que a inovação aconteça.

De acordo com Baron e Shane (2011, p. 10), o empreendedorismo deve ser entendido como um processo e para tanto precisa ponderar as condições tecnológicas, econômicas e sociais de um país as quais definem as oportunidades que podem ser percebidas e empreendidas. Equivalente a isso, deve também estudar as pessoas que são capazes de empreender, os conhecimentos técnicos e jurídicos que utilizam e as implicações de suas inovações no ambiente em que estão inseridas.

O empreendedorismo por necessidade é uma forma de encontrar uma atividade que garanta renda digna para as pessoas. Na maioria das vezes não é algo planejado, portanto, o indivíduo assume os riscos do negócio com o objetivo de obter resultados positivos (MENDES, 2009, p. 13).

Para Dolabela (2008, p. 24) o desenvolvimento social e o crescimento econômico de um país estão diretamente relacionados ao grau de empreendedorismo que possui. Ressalta que a pesquisa realizada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) indica que o surgimento de empresas colabora efetivamente para a geração de trabalho, promove o crescimento econômico e o desenvolvimento social e consequentemente reduz a pobreza. A

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pesquisa reitera ainda, que a existência de um conjunto de valores sociais e culturais estruturados e fortalecidos estimula a inovação de um país.

Ahmad e Hoffman (2008, apud CAVARARO, 2017), consideram o

empreendedorismo excelente fonte para o crescimento da produtividade, da competitividade e surgimento de novas oportunidades de trabalho, salientam, no entanto, que realizar o cálculo das informações sobre essa área é uma tarefa bastante complexa.

Cavararo (2017, p. 10) informa que, objetivando tornar mais fácil a mensuração das informações e permitir a comparação internacional sobre empreendedorismo, a Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgou um estudo das regras necessárias para ser qualificado no programa.

Conforme Montenegro (2015), atualmente há um novo termo derivado do empreendedorismo que é o intraempreendedorismo, este novo conceito constitui que os colaboradores da empresa adotam o papel de empreender e dessa maneira as inovações são continuas. Faz-se necessário que as empresas estejam abertas a essa nova abordagem e propiciem um ambiente que estimule o desenvolvimento desta prática.

3.1 EMPREENDEDOR

Para Mattos (2017, p. 20), as transformações ocorridas neste século tornaram o conceito de empreendedor algo dinâmico. Considera que o empreendedor é um agente de mudança, um sujeito proativo, ciente de seu empoderamento e em virtude disso transforma positivamente a realidade do ambiente que está inserido.

Consonante a isso, Dornelas (2012, p. 1) acrescenta que o empreendedor é alguém que indaga, arrisca, promove mudanças, realiza algo diferente, portanto, que se difere dos demais, pois tem visão de futuro e pretende deixar um legado.

Degen (2009, p. 9) salienta que, os indivíduos que iniciam um novo negócio devem estar preparados para desempenhar quatro papeis diferentes, ao quais são delimitados pelo tipo, desenvolvimento e crescimento do negócio. As funções que devem ser assumidas são de empreendedor, empresário, executivo e empregado, sendo que cada cargo exige conhecimentos, habilidades e atitudes específicas. No Quadro 1, está relacionada à importância de cada papel de acordo com o risco do negócio.

Maximiano (2011, p. 3), explica as principais diferenças entre empreendedor e empresário. Enfatiza que o empresário está voltado para a parte formal e administrativa do negócio, já o empreendedor é um sujeito criativo e prático, capaz de inovar e agir

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estrategicamente para o desenvolvimento do negócio. O empresário deve buscar esse espírito empreendedor.

Quadro 1 - Variações das funções do empreendedor em relação ao risco do negócio Papéis do empreendedor Importância de cada papel do empreendedor

Negócios de alto risco Negócios de baixo risco

Empreendedor Muito importante Pouco importante

Empresário Importante Algo importante

Executivo Algo importante Importante

Empregado Pouco importante Muito importante

Fonte: Degen (2009, p. 9).

Algumas questões ajudam a identificar o perfil do indivíduo que deseja empreender (ENDEAVOR, 2015). São elas:

a) quais suas melhores qualidades e habilidades? b) quais suas motivações intensas?

c) quais seus pontos fracos? Eles estão sendo trabalhados?

d) qual seu propósito de vida? Com o que se identifica? Quais seus valores? e) a atividade que desenvolve hoje faz sentir-se plenamente realizado? f) o que ainda precisa aprender? Quais suas metas? Onde deseja chegar? g) qual sua perspectiva de futuro?

3.1.1 Perfil do empreendedor

O comportamento do empreendedor esta vinculado a determinadas características identificadas e estudadas como competências do perfil. Esses atributos são definidos como: criatividade e competência de implementação, habilidade para assumir riscos, persistência e otimismo, percepção de independência (MAXIMIANO, 2011, p. 4).

Dornelas (2012, p. 23) relaciona predicados específicos do empreendedor de sucesso como: visão de futuro, diferenciados, criativos, comprometidos, exploradores, questionadores, otimistas, proativos, líderes, bom relacionamento interpessoal, mentores, criam e agregam valor para a comunidade.

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De forma semelhante, o SEBRAE (2018) elenca as qualidades consideradas fundamentais para o empreendedor, além de enfatizar a necessidade de empenho pessoal e trabalho árduo. No quadro 2 estão descritas essas características.

Quadro 2 - Características fundamentais do empreendedor de sucesso

Criatividade Encontrar a melhor solução para os desafios que se apresentam.

Liderança Ser capaz de influenciar as pessoas estabelecendo uma relação de

confiança, respeito, sabendo ouvir, elogiar e dar feedbacks.

Perseverança Permanecer seguro de seus objetivos mesmo em circunstâncias

difíceis.

Flexibilidade Ser capaz de adequar-se a mudanças e estar disposto a estudar e aprender sempre.

Vontade de

trabalhar: Empenhar-se ao negócio com afinco e ânimo.

Automotivação Sentir prazer e satisfação com a atividade que realiza.

Formação permanente

Manter-se informado sobre o mercado e reciclar-se profissionalmente.

Organização Compreender o micro e o macro ambiente para tomar as melhores

decisões para o seu negócio.

Senso crítico Prever possíveis cenários

.

Fonte: adaptado do SEBRAE (2018).

O autoconhecimento é um fator determinante para o sucesso do empreendedor (ENDEAVOR, 2015). Através desse processo o indivíduo identifica seus pontos fortes e fracos; as habilidades que possui e aquelas que deve desenvolver; os conhecimentos que adquiriu e o que ainda precisa aprender, resultando nas melhores escolhas para o seu negócio.

3.2 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO

Dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional - FMI (CAVARARO, 2017, p. 19), destacam que a economia mundial atingiu o índice de 3,1% no ano de 2015. Esse indicador ocorreu principalmente pela redução do valor do petróleo e insumos de energia, além da mudança da política monetária dos Estados Unidos, tornando-a mais recessiva. Outros fatores também interferiram nesse resultado como o brando recobramento das economias avançadas, a diminuição da economia da China e a queda dos preços das commodities.

(31)

A Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN, 2015), citou com base na pesquisa da Approved Index, a lista dos 15 países mais empreendedores do mundo. Para surpresa dos observadores, o primeiro país da tabela é Uganda, considerado uma economia em desenvolvimento, já o Brasil ocupa o terceiro lugar na lista. Através de uma análise mais detalhada foi possível identificar que as nações em desenvolvimento são as primeiras colocadas em razão do alto índice de empreendedorismo por necessidade. A classificação dos países está expressa no Quadro 3 (PEGN,2015).

Quadro 3 - Relação dos 15 países mais empreendedores do mundo em 2015

Classificação País Taxa Percentual

1º Uganda 28,1% 2º Tailândia 16,7% 3º Brasil 13,8% 4º Camarões 13,7% 5º Vietnã 13,3% 6º Angola 12,4% 7º Jamaica 11,9% 8º Botsuana 11,1% 9º Chile 11% 10º Filipinas 10,5% 11º China 10,2% 12º Indonésia 10,1% 13º Equador 9,9% 14º Burkina Faso 9,7% 15º Guatemala 9,2%

Fonte: adaptado da Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios (2015).

Quadro 4 - Relação dos 15 países menos empreendedores do mundo em 2015

Classificação País Taxa Percentual

1º Suriname 0,2% 2º Porto Rico 1,3% 3º Itália 1,3% 4º Japão 1,3% 5º França 1,3% 6º Kosovo 1,8% 7º Suécia 1,9% 8º Croácia 2% 9º Espanha 2,2% 10º Luxemburgo 2,3% 11º Finlândia 2,3% 12º Alemanha 2,3% 13º Rússia 2,4% 14º Irlanda 2,5% 15º Índia 2,5%

(32)

Ainda de acordo com a análise, foram relacionadas as nações que possuem os menores percentuais de empreendedorismo, as quais estão no Quadro 4. Em primeiro lugar está o Suriname com 0,2% e em décimo quinto a Índia, com 2,5% (PEGN, 2015).

Em 2014, ao avaliar a TTE (Taxa Total de Empreendedores), o Brasil ocupava o primeiro lugar na classificação dos países mais empreendedores do mundo, com percentual de 34,5%. Em segundo lugar, estava a China com 26,7%, em seguida EUA com 20%, Reino Unido com 17% e em quinta colocação o Japão com 10,5% de TTE (GEM, 2014).

A pesquisa GEM (2017/18), aponta que o percentual de empreendedorismo por oportunidade está em alta, alcançando o patamar de 74% entre os cinquenta e quatro países que participaram da análise, isto representa 68% da população global e 86% do PIB mundial. A menor Taxa de Atividade Empresarial Total em Estágio Inicial (TEA) encontra-se na Europa, 8%, já o maior percentual dessa atividade fica na América Latina e no Caribe (EXAME, 2018).

Outros dados relatados pela Revista Exame (2018), informam que os maiores índices de mulheres empreendedoras concentram-se na ALC (América Latina e Caribe) e América do Norte com percentuais de 17% e 13% respectivamente. Essas regiões apresentam, também, maiores indicadores de jovens empreendedores, constituindo 17% e 14%. Entretanto os menores índices dessas categorias estão na Europa, onde as mulheres atingem apenas 6% e os jovens 7% dos indivíduos que empreendem.

3.3 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

No Brasil, a partir de 1990, começaram as primeiras abordagens sobre empreendedorismo quando surgiu o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) e a SOFTEX (Sociedade Brasileira de Exportação de Sofware), essa ação provocou um avanço no crescimento do país (DORNELAS, 2012, p. 14).

De acordo com uma pesquisa realizada no ano de 2015, em empresas de alto crescimento, ou seja, empresas que acresceram em torno de 20% ao ano o quadro de colaboradores por três anos seguidos e no inicio da análise tinham pelo menos 10 pessoas contratadas, a taxa de geração de empregos estimada ficou em 67,7%. Isso significa que, mesmo essa categoria representando apenas 1% das empresas ativas, foi responsável pela empregabilidade de 3,5 milhões de pessoas (IBGE, 2017).

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crescimento, observando que no biênio de 2014/2015 houve a menor taxa de contratação.

Tabela 1 - Percentual de contratações em empresas de alto crescimento do Brasil até 2015

Ano

Taxa de crescimento percentual de pessoas assalariadas (%) Número de Empresas Total no triênio correspondente 2010-2011 2011-2012 2012-2013 2013-2012 2014-2015 2013 33 374 172,0 56,4 31,9 31,9 2014 31 223 175,0 60,5 36,3 25,7 2015 25 796 172,1 71,5 32,4 19,8

Fonte: adaptado do IBGE - Cadastro Central de Empresas (2010-2015).

A pesquisa GEM 2017 (SEBRAE, 2018) realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o SEBRAE aponta que a taxa de empreendedorismo no Brasil foi de 36,4%.

Tabela 2 - Dados sobre o empreendedorismo no Brasil em 2017

Estágio Taxas Estimativa

TOTAL DE EMPREENDEDORES 36,4 49.332.360

Iniciais 20,3 27.482.078

Novos 16,3 22.093.966

Nascentes 4,4 6.010.858

Estabelecidos 16,5 22.337.649

Fonte: adaptado da pesquisa GEM Brasil (2017).

Foram entrevistados um total de 2 mil pessoas entre 18 e 64 anos e de acordo com a Tabela 2, o percentual total foi divido em duas categorias com base no estágio do empreendimento. O empreendedorismo inicial, relacionado aos negócios nascentes e novos e o empreendedorismo estabelecido, mencionando os negócios já consolidados, com mais de 3,5 anos.

A Tabela 3 indica que o empreendedorismo por oportunidade é superior ao por necessidade, destacando que para cada indivíduo que empreende por necessidade há 1,5 por

(34)

oportunidade. O percentual de TEA (Taxa de Empreendedorismo Inicial) refere-se aos empreendimentos nascentes e novos, sendo que os primeiros não remuneraram os proprietários por mais de três meses, já o segundo denota que ocorreram pagamentos de pró-labore ou salários inferior a 42 meses.

Tabela 3 – Empreendedorismo por oportunidade e necessidade no Brasil

Motivação Taxas Percentual da TEA Estimativas

Oportunidade 12,1 54,4 16.313.253

Necessidade 8,1 39,9 10.965.755

Razão Oportunidade/Necessidade 1,5

Fonte: adaptado da pesquisa GEM Brasil (2017).

A Revista Exame (2018) expõe com referência na pesquisa GEM 2016, que o crescimento do número de mulheres empreendedoras no Brasil, nesse ano, foi superior ao de homens, atingindo um percentual de 51,5% dos negócios em fase inicial. Em relação aos negócios já estabelecidos o índice ainda é inferior, 42,7% feminino e 57,3% masculino. Destacam-se, também, as dificuldades que as mulheres encontram nesse meio em relação ao gênero, a competência para o negócio e o menor valor crédito.

Na Tabela 4 estão relacionados os percentuais de empreendedores por gênero no Brasil, de acordo com a pesquisa GEM (2017) considerando a população entre 18 e 64 anos e indicando os diferentes estágios do negócio.

Tabela 4 - Percentual de empreendedores por gênero no Brasil em 2017

Estágio dos Negócios Mulheres Homens

Negócios Iniciais Percentual População Percentual População

20,7% 14,2 milhões 19,9% 13,3 milhões

Negócios Estabelecidos 14,4% 9,9 milhões 18,6% 12,5 milhões

Negócios Totais 35% 23,9 milhões 37,9% 25,4 milhões

Fonte: adaptado de GEM BRASIL (2017).

Um indicador importante citado pela GEM (2017) refere-se ao nível de escolaridade dos empreendedores brasileiro. Apenas 14,3% dos empreendedores iniciais possuem ensino superior completo, o maior percentual deste grupo é composto por indivíduos com ensino fundamental completo, 23,9%, ou seja, mais de 7 milhões de pessoas. Na categoria de

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empreendedores estabelecidos identificou-se que a maior taxa, 22,5% é constituída por empreendedores com ensino fundamental incompleto e somente 17% possui graduação completa. Em relação ao empreendedorismo total no Brasil, a maior taxa é 41,6% com ensino fundamental incompleto, seguido de 36,8% com ensino fundamental completo. Em terceiro lugar estão os que possuem ensino médio completo, 34,4% e por último aqueles com graduação superior, 30,7%.

Os processos burocráticos brasileiros e a ausência de preparo dos empreendedores são as principais dificuldades para abrir um negócio no Brasil (REVISTA EXAME, 2017). Para complementar essa afirmativa, a pesquisa GEM (2017) entrevistou alguns especialistas que citaram os principais fatores impeditivos para o início e manutenção dos empreendimentos. O Quadro 5 relaciona os fatores abordados e seus percentuais.

Quadro 5 - Fatores limitantes para início e manutenção dos empreendimentos no Brasil

Fatores % dos especialistas

Políticas governamentais e programas 86,7

Apoio financeiro 45,0

Contexto político e clima econômico 28,3

Fonte: adaptado da GEM (2017).

Segundo a Revista Exame (2017), em contrapartida às dificuldades estão surgindo cada vez mais programas que incentivam o empreendedorismo. Evidencia-se os avanços na qualidade dos serviços de telecomunicações e internet, crescimento do uso de sistemas de gestão e estímulos a concepção de negócios como o Fundo de Coinvestimento Anjo, uma ideia do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), o programa Empreender Mais Simples do Banco do Brasil com apoio do Sebrae e outros programas de instituições vinculadas à pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de incubadoras e aceleradores de negócios.

Para os especialistas indagados pela GEM (2017), a pluralidade cultural e étnica, além da capacidade de resiliência são fatores significativos para a abertura e manutenção de empreendimentos no Brasil, representando 65%. Enfatizam, também, a abertura de mercado e as poucas barreiras a entrantes, com índice de 50%, e por último as políticas governamentais e programas de incentivo, com taxa de 26,7%.

Os principais conselhos para quem deseja empreender no Brasil são elencados pelos especialistas com forte ênfase na observação das políticas governamentais e programas de incentivos, com 88,3%, seguidos da educação e capacitação, com 41,7% e em terceiro lugar, mas não menos importante a ajuda financeira, com 40% (GEM, 2017).

(36)

3.3.1 Empreendedorismo no Rio Grande do Sul

O SEBRAE (2017) em parceria com o IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Pesquisa) realizou a publicação das principais características evidenciadas pela GEM em relação aos empreendedores no Rio Grande do Sul. Foram entrevistadas 2.000 pessoas entre 18 e 64 anos, além de 23 especialistas. Quanto ao perfil dos empreendedores gaúchos observou-se que o percentual de empreendedorismo inicial está 6,2% menor que os dados do país. Esse indicador contribuiu para que percentual de empreendedorismo total também obtivesse um resultado inferior. O Quadro 6 exibe as informações.

Quadro 6 - Perfil do Empreendedor do Rio Grande do Sul

Estágio Taxas Estimativa

TOTAL DE EMPREENDEDORES 26 1.900.000

Iniciais 12,4 235.000

Estabelecidos 13,7 260.300

Fonte: adaptado da pesquisa GEM Brasil (2016).

Com relação à formação dos indivíduos os indicadores são semelhantes aos dados do Brasil, onde a maioria é composta por pessoas com ensino fundamental incompleto e minoria com formação superior completa. O Quadro 7 apresenta os percentuais de cada nível escolar.

Quadro 7- Grau de escolaridade dos empreendedores do Rio Grande do Sul

ESCOLARIDADE TAXAS

Nenhuma educação formal e ensino fundamental incompleto 34,4%

Ensino fundamental completo e ensino médio incompleto 25,8%

Ensino médio completo e ensino superior incompleto 31%

Superior completo, especialização, mestrado e doutorado 8,8%

Fonte: adaptado da pesquisa GEM (2016).

A pesquisa identificou que houve mais empreendimentos por oportunidade, 66,7%, do que por necessidade, 33,3%. Quanto ao percentual de mulheres empreendedoras, o indicador ainda está abaixo do masculino, sendo respectivamente 44% e 56%. Reforçando essa informação, o portal Gaúcha ZH (2018) divulgou uma pesquisa realizada pela Câmara Americana do Comércio (AMCHAM) de Porto Alegre, apontando as principais características

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das mulheres gaúchas empreendedoras e os obstáculos que para essa atividade.

Dentre as 150 entrevistadas, 40% consideram como forte obstáculo à carreira os poucos cargos de lideranças ocupados por mulheres além das tradições culturais do estado. Há a exigência de formação e qualificação para que as mulheres ocupem os mesmos cargos que os homens, sendo que para estes a formação superior é um diferencial. O Quadro 8 destaca o alto nível de formação feminino, sendo que 43,5% possuem pós graduação, 23% têm MBA e 19% superior completo.

Quadro 8– Nível de formação da mulher empreendedora no Rio Grande do Sul

ESCOLARIDADE TAXAS

Ensino médio incompleto 5,7%

Ensino médio completo 1,4%

Ensino superior completo 19%

Pós-graduação 43,5%

MBA 23%

Mestrado 6%

Doutorado 1,4%

Fonte: adaptado da pesquisa Amcham (2018).

Para contornar as barreiras do mercado, as mulheres gaúchas apostam na gestão de pessoas e liderança como diferencial competitivo (AMCHAM, 2018). No entanto, o desafio mais significativo está em conciliar a vida pessoal e profissional, onde 74% das respondentes identificaram como fator determinante para crescer profissionalmente.

3.3.2 Perfil do empreendedor em Caxias do Sul

De acordo com a Qualytool Reserch Center (2016), a cidade de Caxias do Sul ocupou o 29º lugar entre as cidades brasileiras com maior número de empresas abertas, entre 2014 e 2016, representando um crescimento de 11,13%. Os dados foram obtidos ao analisar o perfil dos empreendedores da cidade, a partir de pesquisa realizada com 413 empresas do setor de comércio, indústria e serviços. O município alcançou o 35º lugar, como a cidade com maior número de empresas no Brasil, sendo a 2ª colocada no estado do Rio Grande do Sul.

A Tabela 5 informa o número de empresas nas cinco maiores cidades do Rio Grande do Sul, entre o período de 2014 a 2016. Porto Alegre é a cidade com o maior número de

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empresas e Pelotas ocupa a 5ª colocação.

Tabela 5– Número de empresas nas maiores cidades do RS Cidades Nº de Empresas 2014 Variação 2014- 2015 Nº de Empresas 2015 Variação 2015- 2016 Nº de Empresas 03/01/2016 Percentual do Total Porto Alegre 231.579 7,63% 249.255 0,00% 249.266 18,89% Caxias do Sul 56.025 11,13% 62.263 0,00% 62.264 4,72% Canoas 36.976 10,10% 40.711 0,00% 40.713 3,09% Novo Hamburgo 35.442 8,40% 38.420 0,00% 38.421 2,91% Pelotas 33.559 9,82% 36.856 0,02% 36.862 2,79% Total 1.207.321 9,28% 1.319.390 0,01% 1.319.464 100%

Fonte: adaptado de (Qualytool, 2016).

3.4 EMPREENDEDORISMO DO NEGÓCIO

A Organização Mundial da Saúde incentiva, desde 1970, a prática de terapias integrativas e complementares na área da saúde. Frente a isso, o Ministério da Saúde do Brasil, através da Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006, aprovou algumas práticas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. A partir de 2017 foram acrescidas 14 terapias, são elas: yoga, reiki, biodança, dança circular, arteterapia, ayurveda, meditação, quiropraxia, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia, reflexoterapia, shantala e terapia comunitária integrativa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Durante o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS), que ocorreu em 12 de Março de 2018 e reuniu pesquisadores nacionais e internacionais, foram inclusas mais 10 terapias alternativas pelo SUS, somando um total de 29 técnicas. As novas práticas acrescidas são: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais (AUR, 2018).

Conforme O Globo (2018), a Associação Médica Brasileira (AMB) manifestou-se descontente com a publicação do Ministério da Saúde sobre a inclusão de novas terapias complementares. A AMB considera que somente duas das novas práticas são reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

(39)

procura pelas terapias alternativas e complementares oferecidas pelo SUS, cresceram 670% em oito anos, ou seja, de 270 mil atendimentos em 2008 para 2,1 milhões em 2016.

Consonante a isso, o SEBRAE (2018) evidencia uma tendência no crescimento do mercado de saúde e bem estar como consequência da maior expectativa de vida das pessoas, da melhoria dos hábitos alimentares, do estimulo a atividades físicas e dos progressos na medicina. Afirma, ainda, que o segmento já se compara ao agronegócio, indústria, comércio e serviços.

Para corroborar, as informações divulgadas pelo IBGE (2017) sobre a expectativa de vida da população brasileira, indicam que em 2015 era de 75,5 anos, porém em 2016 subiu para 75,8 anos. O Rio Grande do Sul apresentou uma média superior a nacional, 77,8 anos.

De acordo com o Santander Negócios e Empresas (2018), alguns acontecimentos importantes promovem o avanço na fatia de mercado da saúde e bem estar. Um dado relevante é o setor de Saúde Humana, constituído por 184 mil empreendimentos, sendo que 95% são formadas por empresas de micro, pequenas e médias porte. Nos últimos quatro anos houve um crescimento de 10% nesse segmento e aumento no faturamento de 47%, no mesmo período, representando 161,9 bilhões.

As práticas ofertadas neste trabalho tem a finalidade de auxiliar a medicina tradicional e contribuir para melhorar a saúde do corpo, mente e espírito, sendo possível utilizar uma ou mais terapias, de acordo com a necessidade de indivíduo. Oferecer diversas terapias em um só local com horários flexíveis e profissionais de alto nível de qualificação possibilita praticidade, comodidade, segurança e tranquilidade para o público alvo, além de ser um diferencial no mercado de Caxias do Sul.

No Quadro 9 estão relacionadas as terapias ofertadas no negócio proposto, assim como estão relatados os conceitos de cada terapia com base nas definições do Ministério da Saúde.

Quadro 9– Relação e conceito das terapias complementares ofertadas no negócio

Acupuntura: técnica milenar chinesa que utiliza agulhas metálicas em pontos específicos

do corpo humano para tratar doenças e melhorar a saúde.

Antiginástica: método francês que relaxa e fortalece a musculatura, além de corrigir a

postura.

Aromaterapia: uso de óleos essenciais ou fragrâncias que promovem bem estar no

indivíduo.

Ayurveda: terapia milenar indiana que trata o corpo, a alma e a mente.

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Bio Saúde: teste do anel que avalia a saúde do corpo através do inconsciente.

Constelações Sistêmicas: aborda aspectos conscientes e inconscientes do sistema familiar

de cada pessoa.

Cromoterapia: utiliza cores para promover o equilíbrio entre corpo, mente e alma. Dança Circular: movimentos que promovem a consciência corporal e o respeito ao

próximo.

Florais: extratos líquidos sutis que auxiliam o equilíbrio emocional e tratamento do corpo. Hipnose: usa técnicas verbais e não verbais para induzir o individuo a um estado de

consciência focada.

Meditação: prática que exercita a concentração e expansão de consciência.

Reiki: técnica japonesa que utiliza a imposição das mãos para harmonizar o corpo e a

mente.

Yoga: é uma filosofia que trabalha o corpo e a mente através de movimentos. Fonte: adaptado do Ministério da Saúde (2018)

(41)

4 PESQUISA DE MARKETING

A definição de pesquisa de marketing é identificar, coletar, analisar e disseminar sistemática e objetivamente as informações com a finalidade de tomar decisões para identificar e solucionar problemas ou oportunidades (MALHOTRA, 2005, p. 4).

Shiraishi (2012, p. 3) salienta que, a pesquisa de marketing é um processo objetivo, imparcial e que deve obedecer aos passos estabelecidos, além de ser planejada e registrada. Na Figura 1 estão representadas as fases da pesquisa.

Figura 1– Fases da pesquisa de marketing

Fonte: adaptado de Malhotra (2005).

Para Mady (2014, p. 33) as organizações devem obter informações atualizadas e constantes através da pesquisa de marketing, mantendo-as organizadas para identificar as necessidades dos clientes e as oportunidades de mercado.

De acordo com Samara e Barros (2007, p. 20), o projeto de pesquisa é composto por 15 passos ordenados, são eles: definir o problema, determinar os objetivos, tipo de pesquisa, métodos de pesquisa, métodos de coleta de dados, formulário de coleta de dados, amostragem, técnicas amostrais, cálculo amostral, pré-teste dos formulários de coleta de dados, trabalho de campo, tabulação e análise de dados, elaboração do relatório de pesquisa, análise geral e recomendações do cliente. Classificam as pesquisas em dois grandes grupos:

a) pesquisas de oportunidades de vendas: abrange a pesquisa de mercado e a pesquisa de produto;

b) pesquisas de organização de vendas: compreende a pesquisa de distribuição, comunicação e análise de vendas.

De maneira mais simples, Izidoro (2015, p. 24) defende que a pesquisa de mercado possui seis etapas, são elas:

Coletar dados. Analisar dados. Disseminar dados.

Identificar as informações necessárias.

Identificar e solucionar os problemas de marketing.

(42)

a) definir o problema: está é a primeira etapa de qualquer pesquisa, é imprescindível especificar qual o problema a ser analisado. Para chegar à definição é preciso fazer questionamentos e entender a finalidade do estudo;

b) desenvolver uma abordagem para o problema: para desenvolver uma abordagem é necessário estabelecer a estrutura analítica e os modelos a serem seguidos. Em seguida abordar as questões e as hipóteses do problema. Neste momento é definido o público-alvo e a melhor forma de aplicar as questões;

c) formular o projeto de pesquisa: o projeto de pesquisa conduz a pesquisa de marketing, pois nesta etapa os processos são delineados para encontrar as informações desejadas. Também é possível examinar e testar as hipóteses ou definir possíveis respostas às questões, ambas com a finalidade de colaborar na tomada de decisão;

d) fazer o trabalho de campo e coletar os dados: ocorre através de entrevistas pessoais ou a distância, fazendo uso de tecnologias. É fundamental que o entrevistador seja bem selecionado, treinado, supervisionado e avaliado para que a coleta de dados alcance uma excelente qualidade;

e) prepara e analisar os dados: esta é a etapa do processamento de dados que reúne a edição, codificação e a transcrição para chegar à análise e interpretação dos resultados e encontrar as conclusões a respeito do problema definido;

f) preparar e apresentar o relatório: toda a pesquisa deve ser documentada e lavrada por escrito, abordando as questões debatidas, descrevendo a abordagem, a elaboração do projeto, a coleta e análise dos dados, além de apresentar as conclusões fundamentais. O relatório deve ser complementado por tabelas, figuras e gráficos para enfatizar a nitidez e o impacto dos resultados obtidos.

4.1 TIPOS DE PESQUISA

Pode ser classificada como qualitativa e quantitativa em relação à forma e abordagem do problema.

4.1.1 Pesquisa qualitativa

A pesquisa qualitativa é usada quando há ênfase no comportamento individual ou coletivo. As principais características desta técnica podem ser identificadas como: dados

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coletados e analisados ao mesmo tempo; estudos descritivos; o pesquisador interfere na pesquisa, além da flexibilidade nas etapas deste método (MASCARENHAS, 2012 p. 46).

Da mesma forma, Shiraishi (2012, p. 31) afirma que a principal finalidade da pesquisa qualitativa é conseguir melhor entendimento do objeto de estudo, além da maleabilidade em sua estrutura, a possibilidade de elaborar as perguntas no decorrer do processo e a análise de pequenas amostras.

Para o Gomes (2013), o foco da pesquisa qualitativa está em dados subjetivos, que pretendem indicar o que pensam os entrevistados sobre produtos, serviços ou empresas, identificando comportamentos e tendências. Dessa forma, possui modo descritivo, sendo sua ênfase no seu significado e não na abordagem.

4.1.2 Pesquisa quantitativa

Para Mascarenhas (2012, p. 45), a pesquisa quantitativa está abalizada na coleta de dados e posterior análise, sendo necessário utilizar técnicas estatísticas como porcentagem, média e desvio padrão, o que permite maior confiabilidade e generalização, evitando o controle do pesquisador nos resultados. Ressalta, ainda, dois estudos quantitativos importantes, são eles: correlação de variáveis e comparativos causais, sendo que o primeiro verifica se há uma relação entre variáveis e ou segundo busca a causa de um acontecimento.

Izidoro (2015, p. 53) afirma que a pesquisa quantitativa está fundamentada em amostras grandes e representativas que quantificam os dados e apontam provas conclusivas que podem ser empregadas no planejamento de ações. No Quadro 10 estão descritas as diferenças entre a pesquisa quantitativa e qualitativa.

Quadro 10– Diferenças entre as pesquisas qualitativa e quantitativa

Pesquisa Qualitativa Pesquisa Quantitativa

Objetivo

Obter uma compreensão qualitativa das razões e dos

motivos básicos

Quantificar os dados e generalizar os resultados das

amostras para a população de interesse

Amostra Número pequeno de casos

representativos

Número grande de casos representativos

Coleta de dados Não estruturada Estruturada

Análise de dados Não estatística Estatística

Resultado Desenvolver uma

compreensão inicial.

Recomendar um curso de ação final.

Fonte: adaptado de Malhotra et al. (2005, p. 14).

(44)

empenho na interpretação das informações (FAZENDA, TAVARES E GODOY, 2017, p. 63). Cervo (2007, p. 33) salienta que a análise e a síntese são metodologias distintas, mas intrínsecas. Enquanto a primeira separa o todo em partes para examinar a segunda reúne as partes para a elucidação do todo.

4.2 ESCALA DE LIKERT

De acordo com a Revista Brasileira de Pesquisa de Marketing, Opinião e Mídia (2014), a escala de Likert foi criada por Rensis Likert e é muito utilizada entre os pesquisadores como instrumento para medir comportamentos. Esta escala consiste em formular afirmações sobre o objeto em estudo e em seguida os entrevistados devem apontar seu grau de concordância em relação ao assunto. Pode apresentar itens com cinco, sete ou mais pontos. Quanto maior o número de pontos, maior é a confiabilidade da escala, porém mais difícil de ser respondida.

Llauradó (2015) apresenta as possibilidades de avaliação através da escala de Likert como: nível de concordância de uma afirmação, a frequência que uma atividade pode ser realizada, o grau de importância de uma atividade específica, a avaliação de um serviço, produto ou empresa e a probabilidade de realizar ações futuras.

As vantagens e desvantagens na utilização da escala Likert estão descritas no Quadro 11 (LLAUDARÓ, (2015).

Quadro 11– Vantagens e desvantagens da utilização da Escala Likert.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Fácil de construir do ponto de vista do desenho do questionário.

Duas pessoas podem obter o mesmo valor com diferentes opções escolhidas. Possibilita a intensidade de opinião do

entrevistado em perguntas complexas.

Dificuldade de trabalhar com respostas neutras, como: não concordo, nem discordo. Na inernet, permite que o entrevistado faça

comparações entre itens, modificações e ajustes em suas respostas.

Os entrevistados tendem a concordar com as declarações apresentadas.

Fonte: adaptado de Llaudaró, 2015.

4.3 AMOSTRAS E POPULAÇÕES

Conforme Costa e Costa (2015, p. 43) a população de um projeto de pesquisa significa o agrupamento de todos os elementos que apresentam um ou mais atributos em comum. Já a amostra é parte dessa população e a amostragem é a forma de obter a amostra.

(45)

Shiraishi (2012, p. 81) corrobora afirmando que, a população é formada por todos os dados que compartilham alguns conjuntos de particularidades que são importantes para o pesquisador. É possível escolher dois caminhos para conseguir as informações sobre a população: abordar toda a população ou encontrar um grupo que a represente com um impecável grau de confiança e margem de erro inadmissível. Abordar toda a população é definido como censo e utilizar subgrupos representativos denomina-se amostra.

De acordo com Izidoro (2015, p. 121), as definições estatísticas empregadas na deliberação do tamanho da amostra são: parâmetro, estatística, nível de precisão, intercalo de confiança, erro de amostragem aleatória.

Este estudo utilizou a população residente na cidade de Caxias do Sul e Serra Gaúcha, assim como, para a amostra foram escolhidas pessoas de forma aleatória que se dispuseram a responder o questionário.

4.4 QUESTIONÁRIO

Malhotra (2011, p. 240) conceitua questionário como um agrupamento de perguntas executadas para conseguir as informações do respondente. Contêm três finalidades específicas, sendo a principal delas a de transformar as necessidades de informação do pesquisador em questões específicas que os entrevistados queiram e consigam responder. Deve também, motivar e manter os participantes interessados pelo assunto e por último deve permitir menor erro de respostas.

Shiraishi (2012, p. 63) enfatiza que a elaboração do questionário depende da criatividade, habilidade e experiência do pesquisador, no entanto, há dez etapas que contribuem para uma melhor preparação desta ferramenta. São elas:

a) explicitar as informações necessárias; b) apontar o tipo de método de entrevista; c) definir o conteúdo das questões individuais;

d) organizar as questões de maneira a ultrapassar a incapacidade ou relutância para responder;

e) decidir sobre a estrutura das questões; f) definir o texto das questões;

g) ordenar as questões de modo adequado; h) decidir o aspecto visual;

(46)

j) pré-testar o questionário.

O questionário deste projeto foi elaborado em duas seções, sendo respectivamente seis e oito perguntas, somando um total de 14 questões que tem objetivo de obter informações gerais e específicas dos entrevistados em relação a abertura de um centro de terapias que possibilita várias práticas em um só lugar.

As primeiras cinco questões são de identificação de gênero, faixa etária, estado civil, escolaridade e renda mensal. A sexta questão aborda a frequência em que o respondente utilizaria as terapias e possibilita passar para a segunda seção ou finalizar o questionário, caso escolha a opção de não utilizar.

As questões seguintes são específicas do negócio. Nas questões sete e oito o objetivo é identificar quais os dias da semana e os melhores horários para atendimento. A questão nove descreve as terapias ofertadas e demanda qual o grau de relevância das mesmas para o respondente, partindo de nada relevante à totalmente relevante. A questão dez solicita a importância de que o entrevistado dá aos recursos listados, variando de nada importante à muito importante. As questões onze, doze e treze referem-se a formas de pagamento, meios de divulgação e localização do negócio. E por fim, a questão quatorze possibilita a opinião e comentários dos entrevistados.

O questionário foi aplicado de 30 de outubro a 28 de Novembro de 2018, onde foram respondidos e utilizados 212 questionários.

4.5 PRÉ-TESTE

Para Malhotra (2011, p. 245), o pré-teste significa testar o questionário em uma pequena amostra de respondentes para detectar e excluir possíveis erros. Deve ser testado o conteúdo, o formato e o layout do questionário, assim como a dificuldade das questões e as instruções, Até mesmo o questionário mais perfeito pode ser a aprimorado.

Conforme Shiraishi (2012, p. 81), o pré-teste é a aplicação do questionário em um grupo pequeno de entrevistados para identificar, eliminar e melhorar as questões. Possibilita avaliar aspectos como: qualidade do texto, sequência, formato, layout e nível de dificuldade e formação das questões.

O pré-teste deste estudo foi realizado de 25 a 29 de Novembro de 2018, foram aplicados oito questionários e com o retorno obtido foram feitas alterações nas questões 6 e 9 e 14.

(47)

5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

A natureza da pesquisa utilizada neste trabalho é descritiva e a metodologia é qualitativa e quantitativa quanto a forma de abordagem.

Para Samara e Barros (2007, p. 103), tabular é uniformizar e compilar as respostas de uma pesquisa. Para tornar mais fácil a análise e interpretação das informações é importante dispor de forma ordenada os resultados numéricos obtidos.

A análise dos dados coletados representa as opiniões dos respondentes quanto a viabilidade de abertura de um centro de terapias na cidade de Caxias do Sul, no que diz respeito a relevância das práticas terapêuticas, os melhores dias e horários para atendimento, a importância dos recursos essenciais que o local deve ter, os meios de comunicação, formas de pagamento e localização.

Os resultados coletados foram tabulados em planilhas e gráficos para uma melhor análise dos dados, os quais são apresentados a seguir:

Questão 1: Gênero

Objetivo: Identificar o gênero dos respondentes.

Referente a essa questão, a Tabela 6 e a Figura 2 expõem que dos 212 respondentes, 65 são do gênero masculino e 147 feminino, representando 30,7% e 69,3% respectivamente.

Tabela 6 - Gênero

Gênero Frequência Porcentagem

Masculino 65 30,7%

Feminino 147 69,3%

Total 212 100%

Base: 212 questionários.

Fonte: elaborado pela autora (2018)

Figura 2 – Gênero

(48)

Questão 2: Faixa etária

Objetivo: Identificar a idade dos entrevistados.

Na Tabela 7 e Figura 3 percebe-se que a maioria dos entrevistados tem acima de 26 anos, sendo o maior percentual referente a faixa de 35 a 44 anos com 41% e logo em seguida com 18,4% estão as faixas de 26 a 34 anos e de 45 a 54 anos.

Tabela 7– Faixa Etária

Faixa etária Frequência Porcentagem

Até 25 anos 19 9% De 26 a 34 anos 39 18,4% De 35 a 44 anos 87 41% De 45 a 54 anos 39 18,4% De 55 a 64 anos 25 11,8% Acima de 65 anos 3 1% Total 212 100% Base: 212 questionários.

Fonte: elaborado pela autora (2018).

Figura 3 – Faixa Etária

Fonte: elaborado pela autora 2018.

Questão 3: Estado civil

Objetivo: Verificar o estado civil dos entrevistados.

É possível verificar na Tabela 8 e Figura 4 que, a maioria dos entrevistados, 130 pessoas, 61,3%, são casadas ou vivem em união estável, em seguida com 24,5% estão os solteiros, separados e divorciados correspondem à 11,3% e viúvos apenas 2,9%.

(49)

Tabela 8 – Estado civil

Estado civil Frequência Porcentagem

Solteiro(a) 52 24,5% Casado(a)/União estável 130 61,3% Separado(a)/Divorciado(a) 24 11,3% Viúvo(a) 6 2,9% Total 212 100% Base: 212 questionários.

Fonte: elaborado pela autora (2018).

Figura 4 – Estado civil

Fonte: elaborado pela autora (2018).

Questão 4: Escolaridade

Objetivo: Constatar o nível de escolaridade dos respondentes.

Quanto ao nível de escolaridade dos 212 respondentes constatou-se que 34,4% ou 73 pessoas, possuem ensino superior incompleto. No entanto, os indivíduos que têm ensino superior completo, 18,4% e pós-graduação, 20,3%, somam o maior índice dos entrevistados, 38,7%. Já os que possuem ensino médio completo compõem 24,1% e ensino médio incompleto, 2,4%. O menor índice é 0,5% do ensino fundamental. A Tabela 9 e Figura 5 representam esses resultados.

Tabela 9 – Escolaridade

Estado civil Frequência Porcentagem

Fundamental 1 0,5%

Ensino médio incompleto 5 2,4%

Ensino médio completo 51 24,1%

(50)

Superior completo 39 18,4%

Pós-graduação 43 20,3%

Total 212 100%

Base: 212 questionários.

Fonte: elaborado pela autora (2018).

Figura 5– Escolaridade

Fonte: elaborado pela autora (2018). Questão 5: Renda mensal

Objetivo: Identificar a renda mensal dos respondentes.

Observa-se na Tabela 10 e Figura 6 que a renda predominante dos entrevistados ficou na faixa de R$ 2.001,00 a R$ 3.500,00 com um percentual de 37,7%, ou seja, 80 respondentes. Em seguida a faixa de até R$ 2.000,00 com 23,6%, ou 50 pessoas. A renda estimada de R$ 3.501,00 a R$ 4.500,00 obteve um índice de 16,5%, seguida pela faixa acima de R$ 5.501,00 com 12,7%. O menor percentual de renda, 9,4%, corresponde a faixa de R$ 4.501,00 a R$ 5.500,00.

Tabela 10 – Renda mensal

Renda mensal Frequência Porcentagem

Até R$ 2.000,00 50 23,6% De R$ 2.001,00 a R$ 3.500,00 80 37,7% De R$ 3.501,00 a R$ 4.500,00 35 16,5% De R$ 4.501,00 a R$ 5.500,00 20 9,4% Acima de R$ 5.501,00 27 12,7% Total 212 100% Base: 212 questionários.

(51)

Figura 6 – Renda mensal

Fonte: elaborado pela autora (2018).

Questão 6: Frequência que utilizaria as terapias

Objetivo: Analisar a frequência que os entrevistados utilizariam as terapias.

Tabela 11 – Frequência em que utilizaria as terapias

Estado civil Frequência Porcentagem

Uma vez por semana 102 48,1%

Duas vezes por semana 24 11,3%

Três vezes por semana 9 4,2%

Quatro vezes por semana 2 0,9%

Cinco vezes por semana 0 0%

Não utilizaria 75 35,4%

Total 212 100%

Base: 212 questionários.

Fonte: elaborado pela autora (2018).

Ao analisar a Tabela 11 e a Figura 7 percebe-se que 35% dos respondentes não utilizariam as terapias, ou seja, 75 pessoas. Porém, o maior índice é formado de pessoas que utilizariam as práticas, sendo 48,1% (102 pessoas) uma vez por semana, 11,3% (24 pessoas) duas vezes por semana, 4,2% três vezes por semana e 0,9% quatro vezes por semana.

Na questão seis os respondentes que escolheram a opção que não utilizariam as terapias concluíram o questionário, dessa forma a partir da questão sete participaram da pesquisa 137 pessoas.

Referências

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