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Relatório de Gestão. do Ano 2015

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Relatório

de Gestão

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__________________________________________________________________________________ Município de Lagos – Índice

Índice Geral

Pág. RELATÓRIO DE GESTÃO DO ANO ECONÓMICO DE 2015

I – INTRODUÇÃO 2

II – AÇÃO DO EXECUTIVO 4

III – RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FINANCEIRA 9

1. Análise Orçamental 9

1.1 Orçamento Inicial, Final e Executado 9

1.2 Modificações aos Documentos Previsionais 10

1.3 Equilíbrio Orçamental 11

1.4 Execução Orçamental da Receita 12

1.4.1 Receita Corrente 13

1.4.2 Receita de Capital 18

1.5 Execução Orçamental da Despesa 20

1.5.1 Despesa Corrente 21

1.5.2 Despesa de Capital 27

1.6 Investimento Municipal 29

1.7 Execução do Plano Plurianual de Investimentos 31

1.8 Síntese da Situação Económica e Financeira 34

1.9 Autofinanciamento 36

1.10 Indicadores Orçamentais 37

2. Dívida Total 38

3. Transferências para as Empresas Locais 40

4. Análise Financeira e Patrimonial 41

4.1 Análise do Balanço 41

4.2 Análise da Demonstração de Resultados 44

4.3 Resultados 46

4.4 Indicadores Patrimoniais 46

5. Proposta para aplicação do Resultado Líquido do Exercício 48

6. Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas ao Balanço e à

Demonstração de Resultados 49

7. Anexos

Lista da Posição de Compromissos (transferidos para o ano seguinte) Dívida a Fornecedores 2015 – Por Entidade Credora

PAEL - Impacto das Medidas Económicas Adotadas no Cumprimento do Plano de Ajustamento Financeiro

Análise Sintética - Relatório de Atividades da Formação de 2015 Balanço Social 2015

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__________________________________________________________________________ Município de Lagos – Introdução

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RELATÓRIO DE GESTÃO DO ANO ECONÓMICO DE 2015

I – INTRODUÇÃO

Nos termos dispostos na alínea i), do nº 1, do artigo 33º, do Anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais, estabelece o regime jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais e aprova o regime jurídico do associativismo autárquico, compete à Câmara Municipal elaborar e aprovar os Documentos de Prestação de Contas, cabendo à Assembleia Municipal a sua apreciação e votação, em conformidade com o disposto na alínea l), do n.º 2, do artigo 25º do Anexo I da mesma Lei.

Os Documentos de Prestação de Contas são apresentados conforme estabelecido pelo Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), bem como pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, que estabelece o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais.

De acordo com o ponto 13 do POCAL, apresenta-se o presente Relatório de Gestão relativo ao ano de 2015, que procura traduzir, de uma forma sucinta, mas rigorosa, nas suas diversas peças escritas, mapas e gráficos, a execução das Grandes Opções do Plano e do Orçamento.

Este relatório contempla os seguintes aspetos:

a) Balanço da atividade desenvolvida pelo Executivo;

b) Justificação dos níveis de execução alcançados, referenciando-os aos aspetos mais relevantes da atividade financeira municipal, no que respeita à sua natureza económica e financeira, nos domínios das receitas, das despesas e de tesouraria;

c) Retrata a situação económica, observando a evolução da gestão nos diferentes setores de atividade da autarquia, designadamente no que respeita ao investimento, receitas e despesas, comparando-os com o mesmo período do exercício anterior;

d) Apresenta uma síntese da situação financeira da autarquia medida através de um conjunto apropriado de indicadores de gestão financeira;

e) Analisa a situação financeira da autarquia do ponto de vista patrimonial considerando o Balanço e a Demonstração dos Resultados do exercício de 2015;

f) Apresenta uma proposta fundamentada da aplicação do resultado líquido do exercício.

A adesão ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), em 2012, veio permitir ao município a celebração de um contrato de empréstimo com o Estado nos termos e nas condições previstas na Lei n.º 43/2012 de 28 de agosto, ficando assim o município obrigado a “incluir no relatório da conta de gerência um anexo relativo à execução do PAEL”, conforme previsto no n.º 2 do art.º 12º da Lei n.º 43/2012, de 28 de agosto.

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3 O POCAL permite-nos ainda, adicionar ao Relatório de Gestão outras informações, pelo que se anexa também a este relatório, o Balanço Social relativo ao ano de 2015 e a “Análise Sintética” constante no Relatório da Atividade de Formação do Município de Lagos – 2015, de acordo com o n.º 2 do art.º 22 do Decreto-Lei n.º 50/98, de 30 de março.

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II – AÇÃO DO EXECUTIVO

Conforme o estatuído, o presente documento de prestação de contas, assume-se sobretudo como um reflexo do esforço despendido na concretização das principais linhas estratégicas assumidas pelo Município para o ano de 2015, assentes em três grandes pilares - SUSTENTABILIDADE, QUALIDADE, SOLIDARIEDADE-, mas também reflexo do Plano Plurianual de Investimentos e do Plano de Atividades Municipal.

Recorde-se que pugnámos pela afirmação da sustentabilidade quer dos equipamentos construídos, quer do património histórico edificado, assim como procurámos a regeneração económica do concelho através do investimento, quer municipal, quer em parcerias com outras entidades. Exemplos expressivos foram as obras no Centro Cultural de Lagos, nomeadamente os trabalhos de conservação, beneficiação e adequação do espaço a condições de higiene, segurança e técnicas, as quais, entre outros aspetos, permitiram a substituição do mobiliário existente e a aquisição de outros para apoio a eventos dinamizados e/ ou apoiados pelo Município, assim como o reforço de equipamentos de som e imagem ou mesmo, as obras de requalificação do edifício «Mercado de Escravos» que, para além da requalificação do espaço a nível estrutural, visaram igualmente a renovação dos conteúdos expositivos para a futura instalação do espaço museológico “Núcleo do Mercado de Escravos”. Ainda ao nível da reabilitação de equipamentos e património edificado, destacam-se as obras de conservação e restauro da Igreja de Santo António, que resultaram da constatação de deformações no intradorso da abóbada e que levaram ao encerramento do imóvel, em 2013, e posteriormente ao seu acesso condicionado. Nesta perspetiva desenvolveu-se um projeto integrado de reabilitação, incluindo as vertentes de reforço estrutural e recuperação da cobertura, pintura do exterior do imóvel, consolidação e restauro do intradorso da abóbada, reformulação dos sistemas de iluminação interior, exterior e de segurança, limpeza e reparação da talha dourada e recuperação dos vãos do edifício. Foi ainda desenvolvido projeto para a remodelação do edifício da antiga esquadra da PSP, visando a instalação do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal Dr. José Formosinho, o qual, à semelhança dos anteriores e outros, foi objeto de candidatura a fundos comunitários, encontrando-se o projeto de execução em apreciação pelos serviços. Para as atuais instalações do Museu Municipal, foi desenvolvido estudo prévio para a sua remodelação e executadas obras de conservação, de cariz prioritário, para garantir as adequadas condições de funcionamento.

Estabelecemos protocolo com a Guarda Nacional Republicana, cedendo em regime de comodato, uma parcela do prédio conhecido como “Edifício Multifunções do Chinicato”, possibilitando a condigna instalação dos serviços desta força de segurança, assim como com a DOCAPESCA, estabelecemos contrato de gestão da Frente Ribeirinha de Lagos – Avenida dos

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5 Descobrimentos, permitindo à Câmara, para além da gestão e dinamização do espaço, também a sua fiscalização.

Numa ótica de resposta ao desafio permanente que é a adaptação da oferta às novas exigências dos mercados, tem o investimento privado vindo a ser cada vez mais dinamizado na área do nosso concelho, destacando-se pela sua multiplicidade de serviços e abrangência de áreas de interesse, a construção do empreendimento turístico Casa Mãe, a criação de campo de golfe e club house, nos Matos Brancos, freguesia da Luz ou o campo de Golfe em Mata Porcas, União de freguesias de Bensafrim e Barão de S. João, o investimento ao nível do agroturismo no Sítio do Monte Alto, em Odiáxere, o turismo rural no Vale da Lama, Sargaçal e Sítio do Ferrel, entre outros, em áreas tão diversificadas como apoio a trilhos de natureza, construção de central fotovoltaica, operações de loteamento, ampliações e alterações de unidades hoteleiras, criação de centro de arborismo e paintball.

Resultado de parcerias realizadas entre organismos da Administração Pública Central e a autarquia, o Espaço do Cidadão, destinado a dar assistência digital aos cidadãos para utilização de plataformas digitais, por um lado, e a servir como ponto único de contacto do cidadão com os diferentes serviços e organismos da Administração Pública, por outro, teve o seu acolhimento no nosso município também em 2015. O atendimento digital assistido corresponde ao auxílio ao cidadão ou agente económico no acesso e interação com os portais e sítios na Internet da Administração Pública, prestado por trabalhadores da autarquia, na qualidade de mediadores, dando um especial auxílio a quem apresente qualquer dificuldade e/ ou incapacidade de utilização dos meios digitais de interação com o Estado.

O ano de 2015 foi um ano de charneira entre os quadros em vigor: o QREN 2007-2013 e o “Portugal 2020”. Assim, durante o ano de 2015 foram concluídas as intervenções / ações candidatadas no âmbito do “Quadro de Referência Estratégica Nacional – QREN” e desenvolvidas algumas ações com vista à apresentação futura de candidaturas, já enquadradas no “Portugal 2020”. No âmbito do desenvolvimento de planos estratégicos no quadro da região do Algarve, indispensáveis para a posterior submissão de candidaturas com vista ao apoio comunitário das ações vertidas nestes planos estratégicos, o Município participou, com a AMAL, em projetos de âmbito intermunicipal, a saber: “Plano de Alinhamento Intermunicipal com a Estratégia do Algarve 2020”, “Plano de Ação de Desenvolvimento de Recursos Endógenos” e “Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável”, “Mapeamento das Infraestruturas Culturais e Patrimoniais, de Saúde e de Educação”. Ainda no quadro da prossecução dos objetivos da “Estratégia Europa 2020” e visando a promoção do crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, o Municípios de Lagos é parceiro em três parcerias territoriais de estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC), tendo sido aprovadas todas as candidaturas submetidas, nas suas três vertentes:

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6 a) Costeira – Parceiro no acordo de parceria “Grupo de Ação Local – Pesca do Barlavento

do Algarve”, por contrato de parceria assinado a 10 de fevereiro de 2015, sendo a “Agência de Desenvolvimento do Barlavento” a entidade gestora;

b) Rural – Parceiro no acordo de parceria “ADERE 2020”, por contrato de parceria assinado a 9 de fevereiro de 2015, sendo a “Vicentina – Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste” a entidade gestora;

c) Urbana - Parceiro no acordo de parceria “Lagos Cidade 2020”, por contrato de parceria assinado a 9 de fevereiro de 2015, sendo a “Vicentina – Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste” a entidade gestora.

No âmbito da Área de Reabilitação Urbana da Cidade de Lagos foi concluído e aprovado pela Assembleia Municipal de Lagos, na sua sessão de Outubro, o Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU), o qual define a estratégia a prosseguir no âmbito da operação de reabilitação urbana aprovada. É assim um documento enquadrador de toda a ação a desenvolver naquele território, definindo os objetivos estratégicos a atingir e as ações a implementar.

2015 foi também o ano da tomada de eficácia do PDM – Plano Diretor Municipal, importante instrumento de gestão territorial, dotando formalmente o Município de uma ferramenta estabelecedora da estratégia de desenvolvimento e do modelo de organização espacial do território, permitindo a materialização de ações que, por força da sua inexistência legal, não eram passíveis de concretização. Com o Plano Diretor Municipal, estão reunidas as condições para que o seu macro objetivo de reforço da imagem de Lagos como território inovador e competitivo, socialmente coeso e ativo cultural e cientificamente, na linha da sua tradição histórica e marítima de relação com o Mar e de sede dos Descobrimentos Portugueses, seja concretizado.

Ao nível da valorização do nosso património ambiental, da sua sustentabilidade e acessibilidade há a destacar o reconhecimento que o nosso Município tem vindo a adquirir nomeadamente através de iniciativas como o Quality Coast, projeto a nível internacional que reconhece destinos turísticos sustentáveis e, que nos atribui o galardão ouro em 2015, classificando-nos a nível nacional como segundo e nono, a nível internacional; o projeto Praias com Qualidade de Ouro, classificação atribuída pela QUERCUS a várias zonas balneares do nosso município ou o projeto Lagos na Onda do Verão que, através da Associação Bandeira Azul, distinguiu o Município com o primeiro prémio na categoria folheto.

Assumimos a valorização da memória das realizações passadas e apostámos no associativismo cultural e desportivo, incentivando novas aventuras criativas. Promovemos a história e a cultura. Dinamizámos eventos de referência como o Festival dos Descobrimentos, a sua oitava edição, que teve como mote os 600 anos da tomada de Ceuta e contou com a

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7 participação de diversos parceiros – públicos e privados - que contribuíram de forma muito positiva para um conjunto de atividades diversificadas e de impacto, quer ao nível do nosso público local, uma vez que se promoveu uma maior envolvência do mesmo, quer ao nível da atração de novos públicos. Foi dada continuidade a mais uma edição da Arte Doce, que na sua vigésima oitava ação, versou sobre a temática “Lagos – Memórias da Cidade” e congregou, ao longo de três dias, uma série de diferenciadas atividades que passaram pela inigualável mostra de doces e artes, de caráter mais artesanal, a constante animação musical e pela realização de diversos momentos de índole mais prática e mais sintetizadora da atividade das doceiras. O ano de 2015 apresentou ainda a oportunidade de retomar a MALA – Mostra de Artistas de Lagos, evento de referência a nível artístico, que refletiu, apresentou e acompanhou o trabalho dos artistas do concelho, promovendo as suas obras e ideias. Alicerçámos um novo impulso cultural, determinante para o desenvolvimento turístico-económico de Lagos, assente na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos.

Elaborámos a Carta de Sensibilidade, como ferramenta para o planeamento urbano, permitindo valorizar a história de Lagos através da produção de conhecimento contudo, tentando reduzir ao mínimo a intervenção arqueológica.

Reforçámos a coesão municipal focando-nos na conservação e reparação de vias municipais, favorecendo a mobilidade dos cidadãos e a otimização das acessibilidades. Concluímos as obras de reabilitação da Ponte D. Maria, intervenção vital para o Município e desenvolvemos diversas intervenções nas ruas do Centro Histórico, nas artérias em que a mobilidade e acessibilidade viária e pedonal se encontravam mais fortemente condicionadas, bem como executámos trabalhos de correção pontual de pavimentos em asfalto, noutras vias e arruamentos do município. Iniciámos a remodelação da rede de águas, nomeadamente a substituição da conduta da Rua do Cemitério, na Vila da Luz, assim como, apostando numa política de proteção e promoção da qualidade ambiental, iniciámos o projeto de eficiência energética com a substituição da iluminação municipal por luminárias de tecnologia LED.

Assumimos a manutenção e o reforço dos apoios aos estratos sociais mais vulneráveis como uma prioridade inabalável da ação municipal. Exercemos o poder autárquico de forma inclusiva. Assegurámos necessidades essenciais como a alimentação, a higiene ou a saúde, assim como, ao nível da habitação, promovemos a realização de concurso para atribuição de 22 habitações, em regime de arrendamento apoiado, no empreendimento do Rossio das Eiras, em Odiáxere e procedemos à reparação e beneficiação de fogos municipais e tratamento de espaços comuns. Cientes da importância do envolvimento de toda comunidade na procura de dinâmicas que potenciem a eficácia de todo o conjunto de respostas sociais existentes, o Conselho Local de Ação Social/ Rede Social também deu continuidade à sua atividade, promovendo a justiça e equidade de tratamento entre os beneficiários dos apoios prestados pelos diversos agentes. A Rede Social foi enriquecida com a entrada de mais parceiros. A par,

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8 a atualização de um dos mais importantes instrumentos de planeamento em matéria social - o Diagnóstico Social do Município de Lagos - também ocorreu em 2015. O Município continuou a promover a sua política de inclusão e estimulação da participação da população na vida ativa do Município e dinamizou ainda o Conselho Municipal Sénior e o Orçamento Participativo, o qual visou a eleição de projetos valorizadores do Município, propostos pelos nossos munícipes. A aposta na educação dos nossos jovens continuou a ser forte e empenhada e, para além da manutenção do parque escolar, dêmos continuidade à estratégia de incentivos à prossecução de estudos a nível superior - bolsas de estudo (aumentámos substancialmente o número de bolsas) - e prémios de educação, reconhecedores do mérito dos resultados atingidos pelos nossos jovens, ao longo do ensino básico e secundário.

Traçámos, com as Juntas de Freguesia do nosso concelho, um rumo firme, passível de concretizar as nossas competências, passível de tornar melhor a experiência de viver no nosso concelho.

Dando continuidade à política rigorosa de contenção de custos da autarquia, no final de 2015, o Município transitou de uma situação de endividamento excessivo para uma margem disponível, revelando uma substancial melhoria da sua situação financeira face ao ano transato. O prazo médio de pagamentos reduziu substancialmente, rondando os 10 dias (dados provisórios da DGAL). Visando o cumprimento do estatuído no nº 3, do art.º 56º da Lei nº 73/2013, de 3 de setembro - Regime Financeiro das Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais - RFALEI, o qual reconhece mecanismos de alerta precoce e de recuperação financeira e considera como mínimos a atingir uma taxa de 85%, verificou-se que a taxa de execução (líquida) da receita atingiu em 2015 uma taxa de 99,97%. Ao nível do equilíbrio orçamental, conforme o nº2, do art.º 40º do RFALEI, verificou-se que a receita corrente bruta cobrada foi superior às despesas correntes acrescidas das amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazos.

Ao longo de 2015 continuámos a fortalecer a nossa estratégia de desenvolvimento sustentável, responsável e pró ativo, focada na construção de um município mais coeso, mais inclusivo, mais competitivo, inovador e moderno, garante da elevação das condições de vida das suas gentes.

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III – RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FINANCEIRA

1. A

NÁLISE

O

RÇAMENTAL

O presente capítulo inicia-se com uma análise ao orçamento e respetivas modificações. São também analisados o equilíbrio orçamental, a execução orçamental da receita e da despesa, assim como a execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI) tendo em conta os montantes previstos e o período homólogo do ano anterior. Este capítulo termina com uma síntese da situação económica e financeira da autarquia e um conjunto de indicadores orçamentais.

A análise desenvolvida é suportada nos elementos constantes nos diversos documentos de prestação de contas, devidamente evidenciados nos quadros e gráficos que se apresentam.

1.1 Orçamento Inicial, Final e Executado

O Orçamento de 2015 foi aprovado com um valor global de € 46 322 885,00. Ao longo do ano de 2015 foram feitas várias modificações orçamentais, as quais alteraram a previsão do Orçamento, cifrando-se no final do exercício económico em € 50 459 009,00.

Quadro 1

Taxa de

DESIGNAÇÃO Inicial Final Execução Execução

(1) (2) (3) (4)=(2)-(1) (5)=(3)-(2) (6)=(3)/(2)

RECEITAS

Correntes 43 860 602,00 44 180 602,00 44 467 091,68 320 000,00 286 489,68 101%

Capital 2 452 283,00 2 452 283,00 2 493 444,67 0,00 41 161,67 102%

Sub -total 46 312 885,00 46 632 885,00 46 960 536,35 320 000,00 327 651,35 101%

Rep. não Abatidas nos pagamentos 10 000,00 10 000,00 13 431,81 0,00 3 431,81 134%

Saldo da Gerência Anterior 0,00 3 816 124,00 3 816 124,00 3 816 124,00 0,00 100%

TOTAL 46 322 885,00 50 459 009,00 50 790 092,16 4 136 124,00 331 083,16 101% DESPESAS

Correntes 37 921 350,00 39 798 350,00 35 681 948,42 1 877 000,00 -4 116 401,58 90%

Capital 8 401 535,00 10 660 659,00 8 433 386,73 2 259 124,00 -2 227 272,27 79%

TOTAL 46 322 885,00 50 459 009,00 44 115 335,15 4 136 124,00 -6 343 673,85 87%

Orçamento Inicial, Final e Executado

Orçamento 2015 Desvio

Em termos de grandes agregados, o município gerou no final do ano, receitas no montante de € 46 973 968,16 e despesas pagas no montante de € 44 115 335,15. Com a afetação do saldo da gerência transitado de 2014, no montante de € 3 816 124,00, o valor global da receita ascendeu a € 50 790 092,16.

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1.2 Modificações aos Documentos Previsionais

Na elaboração dos documentos previsionais para o ano económico de 2015, seguindo os princípios e regras previstas no ponto 3 do POCAL, procurou-se aproximar o mais possível, do real desempenho do município.

Sendo estes documentos de natureza previsional, a sua execução implica naturalmente a existência de ajustamentos, tornando-se necessário, ao longo do ano a realização de modificações ao orçamento.

Sem prejuízo dos princípios orçamentais e das regras previsionais, para ocorrer a despesas não previstas ou insuficientemente dotadas, o orçamento pode ser objeto de revisões e de alterações, sendo que o aumento global da despesa prevista dá sempre lugar a revisão do orçamento, salvo em casos excecionais previstos na lei (pontos 8.3.1.2 e 8.3.1.3 do POCAL).

Assim, no decorrer do ano económico de 2015, foram realizadas 17 modificações orçamentais, as quais se traduziram em 15 alterações e 2 revisões orçamentais. No primeiro caso, introduziram-se modificações nas despesas correntes e de capital através da transferência de verbas de rubricas dotadas em excesso ou que não tiveram execução orçamental, para rubricas insuficientemente dotadas.

As revisões orçamentais permitiram, incorporar o saldo da gerência anterior no montante de € 3 816 124,00 € (1ª Revisão Orçamental aprovada na reunião da Assembleia Municipal realizada no dia 29/06/2015) e integrar a previsão da receita a arrecadar referente aos Transporte Urbanos “Onda”, relativa aos meses de abril a dezembro, no montante de € 320.000,00 que não tinha sido considerada aquando da elaboração do orçamento de 2015 (2ª Revisão Orçamental aprovada na reunião da Assembleia Municipal realizada no dia 06/10/2015).

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11 Quadro 2 Inscr./Reforços Dimin./Anulações Alteração 1 09/01/2015 1 068 000,00 -1 068 000,00 Alteração 2 02/03/2015 224 500,00 -224 500,00 Alteração 3 23/03/2015 631 500,00 -631 500,00 Alteração 4 14/04/2015 206 500,00 -206 500,00 Alteração 5 21/05/2015 941 000,00 -941 000,00 Alteração 6 25/05/2015 232 625,00 -232 625,00 Alteração 7 11/06/2015 195 000,00 -195 000,00 Alteração 8 23/06/2015 184 000,00 -184 000,00 Revisão 1 29/06/2015 3 816 124,00 0,00 Alteração 9 29/07/2015 252 500,00 -252 500,00 Alteração 10 21/08/2015 270 000,00 -270 000,00 Alteração 11 27/08/2015 222 500,00 -222 500,00 Alteração 12 24/09/2015 322 200,00 -322 200,00 Revisão 2 06/10/2015 320 000,00 0,00 Alteração 13 22/10/2015 37 300,00 -37 300,00 Alteração 14 23/11/2015 171 350,00 -171 350,00 Alteração 15 28/12/2015 3 017 300,00 -3 017 300,00 Resumo das Modificações ao Orçamento de 2015

Tipo N.º Data Valor

Total 12 112 399,00 -7 976 275,00

O Orçamento Inicial foi aprovado pelo valor de € 46 322 885,00. Durante o ano económico de 2015, o montante de reforços ascendeu a € 12 112 399,00 e de anulações € 7 976 275,00, resultando no final um Orçamento com uma dotação de € 50 459 009,00.

1.3 Equilíbrio Orçamental

Nos termos do POCAL, no ponto 3.1.1., alínea e), o princípio do equilíbrio orçamental consiste em garantir que os orçamentos prevejam os recursos necessários para cobrir todas as despesas, e ainda que as receitas correntes sejam pelo menos iguais às despesas correntes.

A Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, Regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais – RFALEI, veio determinar através do n.º 2 do artigo 40º, relativamente ao Equilíbrio Orçamental, que “… a receita corrente bruta cobrada deve ser pelo menos igual à despesa corrente acrescida das amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazo”. Refere ainda o n.º 4 do mesmo artigo que “Para efeitos do disposto no n.º 2, considera-se amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazos o montante correspondente à divisão do capital contraído pelo número de anos do contrato, independentemente do seu pagamento efetivo”.

O artigo 83ª da lei anteriormente citada acrescenta que, “Para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 40º, no caso de empréstimos já existentes quando da entrada em vigor da presente lei, considera-se amortizações médias de empréstimos o montante correspondente à divisão do capital em dívida à data da entrada em vigor da presente lei pelo número de anos de vida útil remanescente do contrato”.

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12 Taxa de

DESIGNAÇÃO Final Execução Execução

RECEITAS

Correntes 44 180 602,00 44 467 091,68 101%

Capital 2 452 283,00 2 493 444,67 102%

Sub -total 46 632 885,00 46 960 536,35 101%

Rep. não Abatidas nos pagamentos 10 000,00 13 431,81 134%

Saldo da Gerência Anterior 3 816 124,00 3 816 124,00 100%

TOTAL 50 459 009,00 50 790 092,16 101%

Orçamento Final e Executado

Orçamento 2015

Ou seja, tendo em conta o definido no RFALEI, relativamente ao Equilíbrio Orçamental, verificamos no município de Lagos a seguinte situação:

Quadro 3

DESIGNAÇÃO 2014 2015 Variação

(1) (2) (2-1)/(1)

Receita Corrente Bruta Cobrada (1) 42 175 192,39 44 467 091,68 5%

Despesa Corrente (2) 35 317 224,03 35 681 948,42 1%

Amortizações Médias M/L Prazo (3) 1 960 021,91 1 960 021,91 0%

Total (4) = (2+3) 37 277 245,94 37 641 970,33 1%

Equilíbrio Orçamental (5)=(1-4) 4 897 946,45 6 825 121,35 39%

Orçamento Final Equilíbrio Orçamental

Pelo atrás exposto verificamos que no final do ano o Município cumpriu o Equilíbrio

Orçamental.

1.4 Execução Orçamental da Receita

A execução orçamental da receita permite apurar os recebimentos efetuados durante o ano económico de 2015, em termos globais, por tipologia de rubrica orçamental bem como os respetivos desvios. Para além disso, dão-se também a conhecer as rubricas com maior peso no total do orçamento. É ainda feita uma análise tendo em conta o período homólogo do ano anterior.

No final do ano económico de 2015, a receita bruta cobrada totalizou € 50 790 092,16 correspondendo € 44 467 091,68 a receitas correntes, € 2 493 444,67 a receitas de capital e € 3 829 555,81 a outras receitas (€ 3 816 124,00 referente ao saldo apurado no exercício anterior e € 13 431,81 a reposições não abatidas nos pagamentos).

Quadro 4

Relativamente ao período homólogo do ano anterior, registou-se um aumento de cerca de 12% no total da receita arrecadada, ou seja, recebeu-se mais € 5 420 070,78, justificado mais à frente neste relatório.

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13 Tendo em conta os valores arrecadados relativamente à receita bruta, neste período (€ 50 790 092,16), verificou-se uma execução das receitas totais de cerca de 100,65% face aos valores finais previstos no orçamento (€ 50 459 009,00), cumprindo desta forma o limite previsto no n.º 3 do artigo 56.º do RFALEI que entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 2014 e que refere que “No caso de o município registar durante dois anos consecutivos uma taxa de execução da receita prevista no orçamento respetivo inferior a 85% são informadas as entidades referidas no n.º 1”.

Assim, a taxa de execução da receita constitui, um indicador de base para determinar a situação de recuperação financeira municipal ficando demonstrado pelo quadro seguinte que o município apresentou, no final de 2014, uma taxa de execução da receita de cerca de 91% e em 2015 de cerca de 101%, tendo respeitado desta forma o limite estipulado para este indicador.

Quadro 5

Execução da receita (art. 56.º da RFALEI)

2014 2015

Receita prevista 49.984.437,00 50 459 009,00

Receita bruta 45.370.021,38 50 790 092,16

Taxa de execução 90,77% 100,65%

1.4.1 Receita Corrente

As receitas correntes são por natureza, as que detêm maior impacto na receita total. Este agregado da receita, durante o ano económico de 2015, contribuiu com € 44 467 091,68 para o total da receita corrente bruta cobrada, com uma execução de cerca de 101%.

Neste ponto é feita uma análise do desempenho da receita corrente relativamente ao período em análise e relativamente ao período homólogo do ano anterior.

A estrutura e execução da receita corrente, durante o ano de 2015, encontra-se representada no quadro seguinte:

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14

DESIGNAÇÃO Orçamento Receita Desvio Taxa de

Final % Cobrada % Execução

Impostos Diretos 19 925 208,00 45% 24 047 928,70 54% 4 122 720,70 121%

Impostos Indiretos 1 286 335,00 3% 1 310 351,25 3% 24 016,25 102%

Taxas, Multas e Penalidades 2 412 057,00 5% 1 932 199,86 4% -479 857,14 80%

Rendimentos de Propriedade 465 100,00 1% 198 016,41 0% -267 083,59 43%

Transferências Correntes 7 187 264,00 16% 5 831 996,16 13% -1 355 267,84 81%

Venda de Bens e Serviços Correntes 12 732 538,00 29% 11 101 573,49 25% -1 630 964,51 87%

Outras Receitas Correntes 172 100,00 0% 45 025,81 0% -127 074,19 26%

TOTAL 44 180 602,00 100% 44 467 091,68 100% 286 489,68 101%

Receitas Correntes

A estrutura das receitas correntes, representada no gráfico seguinte, permite-nos visualizar a excessiva dependência dos Impostos Diretos (54%) e da Venda de Bens e Serviços Correntes (25%).

Gráfico 1

Os Impostos Diretos com uma execução de 121%, face aos valores previstos, representaram a maior parcela da receita corrente totalizando € 24 047 928,70. Destes, € 13 657 096,79 dizem respeito a receita arrecadada através do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), € 9 294 233,84 são respeitantes ao Imposto Municipal sobre Transmissão de Imóveis (IMT), € 803 625,13 correspondem ao Imposto Único de Circulação (IUC) e € 292 972,94 referem-se a receita arrecadada através da Derrama, apresentando taxas de execução respetivamente de 105%, 159%, 92% e 131%.

De referir que, em relação ao IMT, no período em análise, há que deduzir o montante de € 265 540,57 referente a reembolsos, encargos de liquidação e cobrança e más cobranças. Assim a receita líquida deste imposto, neste período, perfez o montante de € 9 028 693,27.

Os Impostos Indiretos registaram uma execução de 102%, face aos valores previstos, tendo registado um montante de receita arrecadada de € 1 310 351,25. Destes impostos a maior fatia

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15 arrecadada diz respeito ao pagamento por parte das empresas da Tarifa de Saneamento (€ 678 724,32), com uma execução de cerca de 93% e da receita proveniente de Loteamentos e Obras (€ 425 798,80) com uma execução de cerca de 168%.

Nas Taxas Multas e Outras Penalidades com uma execução de 80% face aos valores previstos, arrecadou-se, no exercício económico em análise € 1 932 199,86. Neste grupo de receitas aquelas que mais se destacam referem-se à Tarifa de Saneamento cobrada a particulares, com uma execução de 82% face aos valores previstos, a receita proveniente de Loteamentos e Obras de particulares, com uma execução de 60% e a receita relativa a Taxas de Relaxe – água, com uma execução de cerca de 81%.

Os Rendimentos de Propriedade tiveram uma execução de 43%, arrecadando-se € 198 016,41. Para isso contribuiu a receita arrecadada relativa aos dividendos das Aguas do Algarve, S.A no montante de € 169 299,62 e dividendos da Algar – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A no montante de € 8 910,34.

As Transferências Correntes tiveram uma execução de cerca 81%, com € 5 831 996,16 arrecadados, das quais se destacam as receitas provenientes do Estado, nomeadamente o Fundo Equilíbrio Financeiro no montante de € 1 654 414,00, Outras Transferências Correntes provenientes do Estado, com € 1 411 243,51, merecendo especial destaque as receitas provenientes do Gabinete de Gestão Financeira do Ministério de Educação para pagamento ao pessoal não docente das Escolas (€ 1 073 494,46), da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, no que se refere às Atividades Extra Curriculares, ao Acordo de Colaboração de Educação Pré-Escolar e à componente de apoio à família – Pré-Escolar (€ 272 860,33), a participação no IRS no montante de € 1 023 875,00 e o Fundo Social Municipal, com € 523 480,00. Nas Outras Transferências Correntes provenientes de Sociedades e quase sociedades não financeiras – públicas arrecadou-se € 1 189 391,93 referente a transferências provenientes da EDP relativas às rendas de concessão.

A Venda de Bens e Serviços Correntes com uma execução de 87% face aos valores previstos representaram cerca de 25% do total da receita corrente, totalizando € 11 101 573,49. As componentes desta rubrica que tiveram maior peso na arrecadação de receita foram a Tarifa de Disponibilidade, com € 3 991 969,05, a receita arrecadada pela faturação da água no montante de € 3 923 676,70, a Tarifa de Resíduos Sólidos, no montante de € 1 053 576,68, a receita proveniente de Outros Serviços no montante de € 445 883,38 que engloba receitas relativas à Taxa de recursos hídricos – água, à Taxa de recursos hídricos – saneamento, limpeza de fossas, algumas licenças, arrematação de bancas, venda de senhas de refeição nas escolas, tarifa de ligação de contadores, aferições, restabelecimento de ligações, tarifas dos titulares de contratos, fotocópias simples. Com um valor significativo, contribuem ainda para a Venda de Bens e Serviços Correntes as receitas provenientes de

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16 Rendas – Outras, com € 432 322,46. Esta receita diz respeito principalmente a rendas pagas por empresas para a exploração de energia eólica no concelho. A receita proveniente da rubrica Transportes Coletivos no montante de € 372 649,54, relativa sobretudo ao serviço de transporte de passageiros no concelho de Lagos efetuado pela “ONDA – Transportes Urbanos de Passageiros” também contribuiu para os montantes verificados na componente da receita Venda de Bens e Serviços Correntes.

As Outras Receitas Correntes tiveram pouca expressão, apresentando uma execução de cerca de 26% com € 45 025,81. Estas receitas dizem respeito sobretudo aos montantes provenientes das companhias de seguros relativos a acidentes/doenças de trabalho e a inscrições dos participantes em várias feiras realizadas durante o ano.

Relativamente ao período homólogo do ano anterior verificou-se um aumento nas receitas correntes de cerca de 5%. Quadro 7 Taxa DESIGNAÇÃO de 2014 2015 Variação Impostos Diretos 21 802 474,65 24 047 928,70 10% Impostos Indiretos 1 097 997,72 1 310 351,25 19%

Taxas, Multas e Penalidades 1 995 219,02 1 932 199,86 -3%

Rendimentos de Propriedade 156 898,22 198 016,41 26%

Transferências Correntes 6 000 861,12 5 831 996,16 -3%

Venda de Bens e Serviços Correntes 11 064 572,41 11 101 573,49 0%

Outras Receitas Correntes 57 169,25 45 025,81 -21%

Total de Receitas Correntes: 42 175 192,39 44 467 091,68 5% Receita Corrente

Orçamento

Nos Impostos Diretos registou-se um aumento de cerca de 10%, € 2 245 454,05, consolidando assim a tendência de crescimento dos últimos anos. As principais componentes que justificaram este aumento foram o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), com um aumento de cerca de 4 %, + € 541 635,08 e o Imposto Municipal sobre Transmissão de Imóveis (IMT), com um aumento de cerca de 23 %, + € 1 750 966,82 face ao ano de 2014. Esta última receita tem mostrado sinais de recuperação nos últimos dois anos, consequência da recuperação no sector imobiliário.

Os Impostos Indiretos apresentaram um aumento de cerca de 19%, + € 212 353,53, relativamente ao período homólogo do ano anterior, justificado principalmente pela receita proveniente da rubrica Loteamento e Obras cobrada a empresas que sofreu um aumento de cerca de € 194 178,12.

No que toca às Taxas, Multas e Outras Penalidade registou-se uma quebra de 3% face ao ano de 2014 no montante de € 63 019,16, contribuindo especialmente para esta redução a

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17 receita proveniente das rubricas Tarifa de Saneamento, Juros Compensatórios e Multas e Penalidades Diversas com menos € 48 916,62, € 12 209,69 e € 11 377,68 respetivamente.

Os Rendimentos de Propriedade apresentaram um aumento de cerca de 26%, + € 41 118,19, face aos valores registados no ano económico de 2014. Este acréscimo foi justificado principalmente pelo aumento dos dividendos da empresa Águas do Algarve, S.A.

As Transferências Correntes, onde se incluem o Fundo Equilíbrio Financeiro (FEF) e outras transferências do Estado, tiveram uma quebra de € 168 864,96 face a 2014, cerca de 3%. O Fundo Equilíbrio Financeiro registou uma diminuição de 10% (- € 192 919,00) em relação ao ano anterior e as Outras Transferências sofreram uma quebra de € 201 835,81, principalmente nas receitas provenientes da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares e da Direção Geral das Autarquias Locais. No entanto a participação fixa no IRS aumentou € 165 762,00 face a 2014 e o Fundo Social Municipal também registou um acréscimo de € 63 217,00.

A receita com a Venda de Bens e Serviços Correntes registou valores semelhantes aos verificados no período homólogo do ano anterior, totalizando € 11 101 573,49, mais € 37 001,08.

As Outras Receitas Correntes são uma rubrica residual que no período em análise registou um decréscimo de € 12 143,44 correspondendo a 21% face aos valores registados em 2014. O decréscimo foi justificado pela rubrica residual Outras Receitas – Diversas cuja receita sofreu um decréscimo de € 17 142,49.

A evolução das receitas correntes relativamente ao período homólogo do ano anterior pode ser comprovada pelo gráfico seguinte:

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18

DESIGNAÇÃO Orçamento Receita Desvio Taxa de

Final % Cobrada % Execução

Venda de Bens de Investimento 225 757,00 9% 845 419,56 34% 619 662,56 374%

Transferências de Capital 1 759 561,00 72% 1 585 733,64 64% -173 827,36 90%

Ativos Financeiros 600,00 0% 0,00 0% -600,00 0%

Passivos Financeiros 387 215,00 16% 0,00 0% -387 215,00 0%

Outras Receitas de Capital 79 150,00 3% 62 291,47 2% -16 858,53 79%

Total de Receitas de Capital: 2 452 283,00 100% 2 493 444,67 100% 41 161,67 102%

Receita de Capital

1.4.2 Receita de Capital

A receita de capital bruta cobrada neste período, não incluindo as reposições não abatidas nos pagamentos e o saldo transitado da gerência anterior, totalizou o montante de € 2 493 444,67, com uma execução de cerca de 102%.

Quadro 8

A estrutura da receita de capital, representada no gráfico seguinte, permite-nos visualizar a importância das Transferências de Capital (FEF e FEDER) e Venda de Bens de Investimento, durante o ano de 2015, no total desta componente da receita.

Gráfico 3

A Venda de Bens de Investimento registou no período em análise um montante de € 845 419,56, correspondendo a uma execução de 374% e representa cerca de 34% da receita de capital.

As Transferências de Capital, com uma execução de cerca de 90% face aos valores previstos, constituem uma das principais componentes da receita de capital, totalizando no período em análise € 1 585 733,64. Esta rubrica corresponde às transferências do Estado, nomeadamente o Fundo Equilíbrio Financeiro (€ 177 672,00) e do FEDER para financiamento

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19 de projetos (€ 1 408 061,64). Esta componente da receita de capital representou cerca de 64% do total da receita de capital arrecadada.

As comparticipações provenientes do FEDER destinaram-se aos seguintes projetos: - Intervenção de Recuperação da Ponte D. Maria II – Lagos - € 531 250,95; - Reequipamento Estratégico da Proteção Civil - € 111 695,96;

- Eficiência Energética na Iluminação Pública - € 113 967,79; - M.A. – Intermunicipal 2,0 - € 325 548,48;

- Reabilitação Urbana da Cidade de Lagos – Fase II - € 163 336,20; - Reabilitação Urbana da Cidade de Lagos – Fase III - € 162 262,26.

A rubrica Outras Receitas de Capital é de caráter residual apresentando em 2015 um montante arrecadado de € 62 291,47, com uma execução de cerca de 79% face ao previsto.

Relativamente ao período homólogo do ano anterior, verificou-se um acentuado acréscimo nas receitas de capital, cerca de 761%. Este aumento verificou-se praticamente em todas as rubricas da componente capital da receita.

Quadro 9

DESIGNAÇÃO Taxa de

2014 2015 Variação

Venda de Bens de Investimento 6 653,48 845 419,56 12606%

Transferências de Capital 274 772,06 1 585 733,64 477%

Ativos Financeiros 562,29 0,00 -100%

Outras Receitas de Capital 7 763,95 62 291,47 702%

Total de Receitas de Capital: 289 751,78 2 493 444,67 761% Receita de Capital

Orçamento

Na Venda de Bens de Investimento registou-se um aumento significativo de € 838 766,08 face a 2014, que resultou essencialmente da venda de um terreno à empresa Casa M – Investimentos, S.A.

Quanto às Transferências de Capital registaram na sua totalidade um aumento de cerca de 477% (+ € 1 310 961,58) justificado sobretudo pelo aumento das transferências provenientes de Fundos Comunitários – FEDER (+ € 1 370 178,34). No que diz respeito às transferências do Orçamento do Estado, nomeadamente o Fundo Equilíbrio Financeiro, estas têm vindo sempre a decrescer, registando em 2015 o montante de € 177 672,00, o que significa um decréscimo de 16% face a 2014.

Nas Outras Receitas de Capital houve um aumento de € 54 527,02 justificado pelo acionamento de garantias bancárias, que não tinha acontecido no ano anterior.

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20

Taxa de

DESIGNAÇÃO Final Execução Execução

DESPESAS

Correntes 39 798 350,00 35 681 948,42 90%

Capital 10 660 659,00 8 433 386,73 79%

TOTAL 50 459 009,00 44 115 335,15 87%

Orçamento Final e Executado

Orçamento 2015

A evolução das receitas de capital relativamente ao período homólogo do ano anterior pode ser comprovada pelo gráfico seguinte:

Gráfico 4

1.5 Execução Orçamental da Despesa

Neste ponto são identificadas as parcelas mais relevantes da estrutura da despesa e justificadas as principais variações. É ainda feita uma análise tendo em conta os valores pagos neste período e o período homólogo do ano anterior.

É também analisado o comportamento do Pessoal em relação à redução imposta pelo Orçamento de Estado de 2015.

No final do ano económico de 2015, o montante total de despesas pagas foi de € 44 115 335,15, sendo € 35 681 948,42 relativo a despesas correntes e € 8 433 386,73 relativo a despesas de capital.

Tendo em conta os valores pagos em 2015, verificou-se uma execução das despesas totais de cerca de 87% face aos valores previstos no orçamento.

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21 Relativamente ao período homólogo do ano anterior, registou-se um aumento de cerca de 6% no total da despesa paga, ou seja, o que significa que houve mais pagamentos no montante de 2 561 437,93, sobretudo nas despesas de capital.

1.5.1 Despesa Corrente

A despesa corrente no montante pago de € 35 681 948,42, teve uma execução de cerca de 90% face ao previsto.

A despesa corrente mantém a sua estrutura essencialmente assente nas despesas com pessoal e na aquisição de serviços. Estas duas componentes apresentaram uma despesa no montante de € 26 544 380,75, o que representou cerca de 74% do total da despesa corrente paga no ano económico de 2015.

Quadro 11

DESIGNAÇÃO Orçamento Despesa Desvio Taxa de

Final % Paga % Execução

Pessoal 11 582 765,00 29% 11 400 980,94 32% -181 784,06 98%

Aquisição de Bens e Serviços

Aquisição de Bens 5 896 687,00 15% 5 038 993,93 14% -857 693,07 85%

Aquisição de Serviços 17 576 872,00 44% 15 143 399,81 42% -2 433 472,19 86%

Encargos Correntes da Dívida 855 269,00 2% 831 439,86 2% -23 829,14 97%

Transferências e Subsídios Correntes 2 511 200,00 6% 2 188 914,78 6% -322 285,22 87%

Outras Despesas 1 375 557,00 3% 1 078 219,10 3% -297 337,90 78%

Total das Despesas Correntes 39 798 350,00 100% 35 681 948,42 100% -4 116 401,58 90% Despesa Corrente

O gráfico seguinte mostra a estrutura das despesas correntes em 2015, verificando-se que 42% do total da despesa corrente foi utilizado para a aquisição de serviços e 32% para despesas com pessoal.

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22 As Despesas com Pessoal, no montante de € 11 400 980,94, com uma execução de cerca de 98% face à dotação corrigida, representaram cerca de 32% das despesas correntes e cerca 26% do total da despesa paga no período em análise.

A Aquisição de Bens e Serviços, no seu conjunto, com € 20 182 393,74, continua a ter um elevado peso no orçamento, representando cerca de 57 % do total da despesa corrente e reflete as despesas inerentes ao funcionamento e manutenção de toda a estrutura municipal, como é o caso dos encargos com instalações, locação de bens, pequenas reparações e conservações, transporte e comunicações, estudos e consultoria, vigilância e segurança, encargos da cobrança de receita, formação, permitindo conjuntamente com as despesas de pessoal, incluindo o pessoal em serviço nas escolas, assegurar uma prestação dos serviços a que o município se propõe, com a devida qualidade.

Pela rubrica Aquisição de Bens, foram pagos € 5 038 993,93, cerca de 14% da despesa corrente. A principal despesa refere-se ao pagamento de faturas relativas a compra de água à empresa Águas do Algarve, concessionária do sistema em alta, representando cerca de 83% (€ 4 179 635,59) do total da Aquisição de Bens e 12% do total das despesas correntes.

As despesas com Aquisição de Serviços, no montante de € 15 143 399,81, com uma execução de cerca de 86% da dotação prevista, constituem as despesas com maior peso na componente corrente, cerca de 42%. Os gastos mais significativos nesta rubrica foram os referentes a:

Outros Trabalhos Especializados – referente, na sua maioria, ao

pagamento de faturas relativas ao tratamento de saneamento à empresa Águas do Algarve, S.A. e à amortização do acordo de pagamento celebrado com esta mesma entidade;

€ 5 345 429,67

Locação de Edifícios – inclui o pagamento à empresa NEOFUTUR,

S.A das rendas relativas ao edifício municipal, o pagamento à empresa EL– Estacionamentos de Lagos, S.A das rendas dos parques de estacionamento do Anel Verde e Frente Ribeirinha, o pagamento de rendas de outros edifícios ocupados por serviços municipais e o pagamento ao Fundo de Investimento Imobiliário relativo ao arrendamento de 56 fogos para realojamento;

€ 3 121 851,59

Outros Serviços – inclui o pagamento de faturas referentes à

concessão do tratamento final de resíduos sólidos urbanos à empresa Algar, S.A., o pagamento de refeições escolares e o pagamento à empresa local Lagos-em-Forma, E.M, S.A de faturas relativas à utilização de instalações desportivas por parte dos clubes;

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Encargos das Instalações – refere-se ao pagamento à EDP de

eletricidade das instalações e iluminação pública;

€ 1 407 829,56

Limpeza e Higiene – inclui as despesas referentes à aquisição de

serviços de limpeza e higiene na zona urbana da cidade, zonas balneares e recinto da feira e à limpeza de instalações dos serviços, nomeadamente a limpeza do Edifício Paços do Concelho Séc. XXI;

€ 997 875,66

Encargos de Cobrança de Receitas - refere-se ao pagamento de

encargos de cobrança de receitas efetuadas por outras entidades, nomeadamente, a percentagem paga à Autoridade Tributária e Aduaneira pela cobrança de impostos que constituem receita municipal.

€ 639 935,14

TOTAL € 13 305 944,07

Estas despesas representaram cerca de 88% do total da aquisição de serviços e 37% do total das despesas correntes.

Os Juros e Outros Encargos, com uma execução de cerca de 97%, € 831 439,86, incluem o pagamento de juros relativamente aos empréstimos de médio e longo prazo com instituições bancárias, o empréstimo contratado com o Estado Português, no âmbito da candidatura ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), juros de locação financeira e ainda os juros relativos ao acordo com a empresa Águas do Algarve, S.A e ao plano de amortização celebrado na sequência de uma alteração ao contrato de cedência da Escola Tecnopólis.

As Transferências Correntes e Subsídios pagos no montante de € 2 188 914,78 tiveram uma execução de cerca de 87% durante o ano de 2015.

As Transferências Correntes no montante de € 1 249 442,90 referem-se a transferências efetuadas no âmbito de protocolos assinados com algumas entidades, bem como transferências para associações sem fins lucrativos, coletividades e associações de Municípios, bolsas de estudo e apoios económicos.

Os montantes mais significativos registados neste período dizem respeito às seguintes transferências:

- Juntas de Freguesia – € 288 290,48;

- Associação Humanitária dos Bombeiros – € 262 145,40; - Agrupamento de Escolas – € 100 196,29;

- Santa Casa da Misericórdia – € 87 142,00; - Ciência Viva – € 66 704,00;

- Região Turismo do Algarve – € 50 000,00; - Academia de Música de Lagos – € 47 952,00;

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24 - Cruz Vermelha Portuguesa – Núcleo de Lagos - € 43 002,26;

- CI-AMAL- Comunidade Intermunicipal do Algarve – 37 428,02; - Associação Musical do Algarve – € 30 000,00;

Os Subsídios, no montante de € 939 471,88 referem-se a transferências para as empresas locais, de acordo com os contratos-programa aprovados, nomeadamente:

- Futurlagos – Empresa Local para Desenvolvimento, E.M., S.A:

- € 430 000,00 – Transferência efetuada ao abrigo da cláusula VI do Contrato de Gestão aprovado na Reunião de Câmara de 19/03/2008 e revisto em 03/09/2008, relativo à gestão do Sistema de Transportes Públicos de Lagos ONDA.

- Lagos-em-Forma – Gestão Desportiva, E.M., S.A:

- € 509 471,88 – Transferência efetuada ao abrigo do contrato celebrado em 26/12/2007, deliberação 21/11/2007.

Estas rubricas (Transferências Correntes e Subsídios) correspondem a 6% da despesa corrente paga neste período.

As Outras Despesas Correntes correspondem a despesas de caráter residual e apresentaram um montante de € 1 078 219,10, com uma execução de 78% face à dotação prevista. Este tipo de despesas inclui despesas respeitantes a Impostos e Taxas, ou seja, os reembolsos emitidos para a Autoridade Tributária e Aduaneira referentes ao IMI, IMT, IUC, restituições referentes às tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos urbanos, restituições da tarifa de ligação de saneamento e ainda restituições relativas ao pagamento de taxas e licenças. Inclui também o pagamento de quotas das associações de municípios e o pagamento de condomínios relativo a frações em que a autarquia é proprietária.

A despesa corrente paga neste período, no montante de € 35 681 948,42, apresentou valores inferiores à receita corrente bruta cobrada, no montante total de € 44 467 091,68, gerando por esse efeito, uma poupança no valor de € 8 785 143,26.

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25

DESIGNAÇÃO Taxa de

2014 2015 Variação

Pessoal 11 761 726,22 11 400 980,94 -3%

Aquisição de Bens e Serviços

Aquisição de Bens 4 715 299,21 5 038 993,93 7%

Aquisição de Serviços 13 096 152,57 15 143 399,81 16%

Encargos Correntes da Dívida 1 080 178,95 831 439,86 -23%

Transf. Correntes e Subsídios 3 655 189,57 2 188 914,78 -40%

Outras Despesas 1 008 677,51 1 078 219,10 7%

Total de Despesas Correntes: 35 317 224,03 35 681 948,42 1% Despesas Correntes

Orçamento

Relativamente ao período homólogo do ano anterior, verificou-se um aumento da despesa corrente paga de € 364 724,39, cerca de 1%. Este aumento verificou-se particularmente na aquisição de serviços e na aquisição de bens.

Quadro 12

Nas Despesas com Pessoal registou-se uma diminuição de cerca de 3% nos montantes pagos, justificada sobretudo pela redução do número de trabalhadores, face ao período homólogo de 2014.

O artigo 63.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro (Orçamento de Estado para 2015) determina para as autarquias a redução, no mínimo, em 2% o número de trabalhadores face aos existentes em 31 de dezembro de 2014. Para efeitos deste cálculo não é considerado o pessoal necessário para assegurar o exercício de atividades objeto de transferência ou contratualização de competências da administração central para a administração local (neste caso refere-se ao pessoal não docente a exercer funções de assistente técnico e assistente operacional nos agrupamentos das escolas). Ainda para efeitos deste cálculo são considerados os trabalhadores de empresas locais.

Durante o ano de 2015, a autarquia registou uma redução de 8% do número de trabalhadores, tendo cumprido o objetivo de redução previsto, conforme se pode verificar no quadro seguinte:

Quadro 13

Redução do n.º de trabalhadores (art.º. 63.º do OE 2015)

N.º de trabalhadores em 01/01/2015 N.º de trabalhadores em 31/12/2015 Variação 649 596 -8%

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26 A Aquisição de Bens e Serviços, no montante de € 20 182 393,74 apresentou, face ao período homólogo do ano de 2014, um aumento de cerca de 13%, € 2 370 941,96, tendo em conta os montantes pagos. Este aumento registou-se tanto na aquisição de bens (+7%) como na aquisição de serviços (+16%).

Na Aquisição de Bens o aumento foi justificado sobretudo pela rubrica Mercadorias para Venda – Água referente à amortização da totalidade do acordo de pagamento celebrado com a empresa Águas do Algarve, S.A. (deliberação de 24/06/2013).

Na Aquisição de Serviços o aumento foi justificado principalmente pelo pagamento da prestação de serviços de transportes urbanos de Lagos “A Onda” e pela amortização da totalidade do acordo de pagamento celebrado com a empresa Águas do Algarve, S.A. (deliberação de 24/06/2013) referente ao tratamento de saneamento.

Nos Juros e Outros Encargos, registou-se um decréscimo de cerca de 23% face ao mesmo período do ano anterior. Esta diminuição foi justificada por vários fatores. Por um lado, pela quebra das taxas de juro durante o ano de 2015, por outro lado, pela amortização da totalidade do acordo de pagamento com a empresa Aguas do Algarve, S.A. Outro dos motivos foi ainda o facto de se ter amortizado em 2014 a totalidade do acordo de pagamento com a empresa ALGAR, S.A.

Nas Transferências e Subsídios Correntes registou-se, relativamente ao mesmo período do ano anterior, um decréscimo de cerca de 40%, sobretudo nos Subsídios Correntes, justificado pelo facto do serviço de transportes urbanos de Lagos “A Onda”, ter passado para exploração da Câmara, deixando assim de se transferir os montantes relativos a este serviço para a Futurlagos, Empresa Local para o Desenvolvimento, E.M, S.A.

Nas Outras Despesas Correntes, registou-se um aumento de cerca de 7%, cerca de mais € 69 541,59 face ao ano de 2014.

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DESIGNAÇÃO Orçamento Despesa Desvio Taxa de

Final % Paga % Execução

Aquisição de Bens de Investimento 6 853 424,00 64% 5 023 625,57 60% -1 829 798,43 73%

Transferências de Capital 1 309 610,00 12% 1 272 423,22 15% -37 186,78 97%

Ativos Financeiros 237 625,00 2% 232 625,00 3% -5 000,00 98%

Passivos Financeiros 2 210 000,00 21% 1 883 583,08 22% -326 416,92 85%

Outras Despesas 50 000,00 0% 21 129,86 0% -28 870,14 42%

Total das Despesas de Capital 10 660 659,00 100% 8 433 386,73 100% -2 227 272,27 79% Despesas de Capital

1.5.2 Despesas de Capital

No total, as despesas de capital tiveram uma execução de € 8 433 386,73 que corresponde a cerca de 79% da dotação final prevista.

Quadro 14

O gráfico seguinte permite-nos visualizar, de forma clara e rápida, a estrutura da despesa de capital sobressaindo o peso da aquisição de bens de investimento, com mais de metade do total deste tipo de despesas (60%).

Gráfico 8

Consoante a natureza das suas aplicações a Aquisição de Bens de Investimento, com uma execução de cerca de 73%, poderá incluir a aquisição de terrenos, edifícios ou habitações, outros edifícios, construções diversas, material de transporte, maquinaria e equipamento.

Mais à frente neste relatório, na análise ao Plano Plurianual de Investimentos, são evidenciados os projetos mais significativos que contribuíram para a execução desta rubrica.

(34)

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28 As Transferências de Capital, no montante de € 1 272 423,22, com uma execução de cerca de 97%, incluem importâncias cedidas por conta do orçamento municipal destinadas a financiar despesas de capital realizadas por outras entidades. Esta rubrica corresponde a cerca de 15% das despesas de capital e destinaram-se a:

Os Ativos Financeiros registaram um montante de € 232 625,00, com uma execução de 98%. Esta rubrica inclui os valores da contribuição financeira do município para o Fundo de Apoio Municipal (FAM), conforme n.º 4 do artigo 17º da Lei n.º 53/2014, de 25 de agosto.

Os Passivos Financeiros, no montante de € 1 883 583,08 que incluem as amortizações de empréstimos de médio e longo prazo (€ 1 227 434,08) e a amortização do PAEL no montante de € 656 149,00, tiveram uma execução de cerca 85% face ao previsto.

A rubrica Outras Despesas de Capital é uma rubrica residual que praticamente não tem expressão no total da despesa de capital, tendo-se despendido cerca de € 21 129,86.

Relativamente ao mesmo período do ano anterior e tendo em conta os valores pagos, registou-se um aumento de 35% na despesa de capital, o que corresponde a mais € 2 196 713,54, justificado, sobretudo, pela variação registada nas aquisição de bens de investimento, com mais 62%.

Quadro 15

DESIGNAÇÃO Taxa de

2014 2015 Variação

Aquisição de Bens de Investimento 3 105 457,83 5 023 625,57 62%

Transferências de Capital 1 253 211,73 1 272 423,22 2%

Ativos Financeiros 0,00 232 625,00 #DIV/0!

Passivos Financeiros 1 870 147,98 1 883 583,08 1%

Outras Despesas 7 855,65 21 129,86 169%

Total de Despesas de Capital: 6 236 673,19 8 433 386,73 35% Orçamento

Despesa de Capital

- NEOFUTUR – Promoção e Conservação de Imóveis, S.A – pagamento referente à renda do Edifício Paços do Concelho séc. XXI, conforme contrato cessão da posição contratual – Neofutur, Futurlagos e Município de Lagos

€ 732 267,12

- EL – Estacionamentos de Lagos, S.A. – pagamento da parte capital relativo ao Parque de Estacionamento da Frente Ribeirinha

- Clube de Ténis de Lagos

- Agrupamento de Escolas Gil Eanes - Agrupamento de Escolas Júlio Dantas

€ 478 606,08

€ 20 000,00 € 15 000,00 € 14 050,02 - Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos € 12 500,00 TOTAL € 1 272 423,22

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29 Na rubrica Aquisição de Bens de Investimento que concentra os investimentos do município, foram gastos mais € 1 918 167,74 que no ano de 2014, o que corresponde a mais 62%. Este aumento foi justificado pelo pagamento, em 2015, de faturas relativas a várias obras, sendo as mais expressivas a Reabilitação e Reforço Estrutural da Ponte D. Maria, obras no Centro Cultural de Lagos (auditório e trabalhos de conservação, correção e beneficiação), requalificação do Mercado dos Escravos, obras em fogos municipais pavimentação de ruas da cidade e freguesias.

As Transferências de Capital registaram um aumento de cerca de 2%, mais € 19 211,49, face a 2014.

Os Ativos Financeiros, com um montante de € 232 625,00, referem-se à contribuição financeira do município para o Fundo de Apoio Municipal (FAM), conforme n.º 4 do artigo 17º da Lei n.º 53/2014, de 25 de agosto, que teve início em 2015.

Em relação ao mesmo período de 2014, os Passivos Financeiros registaram um acréscimo pouco significativo de cerca de 1%.

A evolução das despesas de capital relativamente ao período homólogo do ano anterior pode ser comprovada pelo gráfico seguinte:

Gráfico 9

1.6 Investimento Municipal

O Investimento Municipal registou um montante de € 5 023 625,57, tendo em consideração os montantes pagos na rubrica Aquisição de Bens de Investimento, o que corresponde a uma

Referências

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