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(PONTE PRETA, Stanislaw. A velha contrabandista. In: Contos brasileiros I. 19. ed. São Paulo: Ática, 2010)

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Texto

(1)

PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS

BANCO DE QUESTÕES - PORTUGUÊS - 8º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

==============================================================================================

Nas questões em que se pede a função sintática, dê a classificação completa, ou seja, se for sujeito, informe o tipo, por exemplo; se for adjunto adverbial, indique a circunstância, e assim com as demais.

Texto 1

A VELHINHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega — tudo malandro velho — começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

— É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

— Mas no saco só tem areia! — insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

— O senhor promete que não "espáia"? — quis saber a velhinha. — Juro — respondeu o fiscal.

— É lambreta.

(PONTE PRETA, Stanislaw. A velha contrabandista. In: Contos brasileiros I. 19. ed. São Paulo: Ática, 2010)

01- Reescreva o fragmento a seguir, substituindo o termo em destaque por outro de sentido equivalente. Faça as adaptações necessárias.

a) "Muito ENCABULADO, ordenou à velhinha que fosse em frente."

R.: __________________________________________________________________________

b) "MANJO essa coisa de contrabando PRA BURRO."

(2)

c) "Ninguém me TIRA DA CABEÇA que a senhora é contrabandista."

R.: __________________________________________________________________________

02- Observe o fragmento a seguir.

O pessoal da alfândega – TUDO MALANDRO VELHO – começou a desconfiar da velhinha.

a) No texto, qual o sentido da expressão "tudo malandro velho"?

R.: __________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

b) A razão objetiva para que os fiscais da alfândega começassem a desconfiar da velhinha se refere ao fato de:

(A) uma velhinha andar de lambreta não ser algo tão comum.

(B) a velhinha, diariamente, passar pela fronteira em uma lambreta com um "bruto saco". (C) o pessoal da alfândega ser "tudo malandro velho".

(D) a velhinha sorrir ao responder a pergunta do fiscal. (E) um fiscal mandar a velhinha parar certa vez.

c) Por que, mesmo após ver o conteúdo do saco que a velhinha carregava, o fiscal continuou desconfiado?

R.: __________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

d) Adaptando um fragmento do texto, explique o motivo sintático de não ser possível criar a voz passiva de "O pessoal da alfândega desconfiava da velhinha."

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

03- O motivo de o fiscal ter se chateado com a velhinha é melhor expresso pela seguinte alternativa: (A) Ele tinha certeza de que ela estava contrabandeando algo, mas não conseguia descobrir o que

era.

(B) Ele tinha se enganado achando que a velhinha estava contrabandeando alguma coisa, quando não estava.

(C) Ele era fiscal da alfândega fazia quarenta anos e essa era a primeira vez que alguém contrabandeava areia.

(D) Ele se sentiu obrigado a facilitar a passagem da velhinha apenas para saciar toda a sua curiosidade.

(E) Ele examinou o saco e percebeu que era, de fato, areia o que a velhinha transportava em sua lambreta.

(3)

04- Observe o fragmento a seguir.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

a) Que efeito causado no fiscal era esperado, na verdade, que ocorresse na velhinha? Justifique sua resposta.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

b) Em "Talvez a velhinha PASSASSE um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele

maldito saco", qual a transitividade do verbo em destaque? Justifique sua resposta

baseando-se nos termos colocados posteriormente ao verbo.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

05- Observe o fragmento a seguir.

– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

– MAS NO SACO SÓ TEM AREIA! – insistiu a velhinha. [...]

O termo destacado vai ao encontro da expectativa de resposta da velhinha à situação gerada pela fala do fiscal? Justifique sua resposta.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

06- Observe o fragmento a seguir.

"E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs [...]"

a) No fragmento, o sentido do verbo "tocar" é o mesmo que na frase: (A) João tocou o ombro do amigo.

(B) Diariamente, ele tocava a boiada para o pasto. (C) A morte de Ayrton Senna tocou o país.

(D) Andreia toca muitos instrumentos.

(4)

b) O efeito causado pelo uso do termo "quando" no texto é:

(A) definir a ideia de tempo em relação à ação do fiscal, informando o momento da ação do fiscal.

(B) separar os responsáveis por diferentes ações no texto, delimitando cada espaço dos personagens.

(C) antecipar o final em relação às ações do texto, revelando o humor da história. (D) preparar a pergunta que o fiscal fará à velhinha, apresentando a ação final do texto. (E) alterar a rotina das ações do texto, preparando-o para o clímax.

07- O motivo de o fiscal ter se chateado com a velhinha é melhor expresso pela seguinte alternativa: (A) Ele tinha certeza de que ela estava contrabandeando algo, mas não conseguia descobrir o

que era.

(B) Ele tinha se enganado achando que a velhinha estava contrabandeando alguma coisa, quando não estava.

(C) Ele era fiscal da alfândega fazia quarenta anos e essa era a primeira vez que alguém contrabandeava areia.

(D) Ele se sentiu obrigado a facilitar a passagem da velhinha apenas para saciar toda a sua curiosidade.

(E) Ele examinou o saco e percebeu que era, de fato, areia o que a velhinha transportava em sua lambreta.

08- O humor do conto é provocado pela última frase. Explique por que isso acontece.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

09- Quanto à linguagem utilizada no texto, o que podemos observar no fragmento "[...] o fiscal da alfândega mandou ela parar"?

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

10- Indique a função sintática dos termos destacados nas frases a seguir. a) "NINGUÉM me tira da cabeça [...]"

R.: ___________________________________________________________________________

b) "[...] a senhora é CONTRABANDISTA."

R.: ___________________________________________________________________________

c) "Eu prometo À SENHORA que deixo a senhora passar."

(5)

d) "[...] DENTRO só tinha areia."

R.: ___________________________________________________________________________

e) "[...] mandou a velhinha saltar DA LAMBRETA."

R.: ___________________________________________________________________________

f) "[...] não conto NADA a ninguém [...]"

R.: ___________________________________________________________________________

11- No fragmento "Mas o fiscal ficou DESCONFIADO ainda", indique a função sintática do termo destacado e justifique sua aplicação.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

12- Transforme os fragmentos a seguir em voz passiva analítica. a) "Que diabo a senhora leva nesse saco?"

R.: ___________________________________________________________________________

b) "Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha [...]"

R.: ___________________________________________________________________________

Texto 2

(6)

13- Baseado no vocabulário utilizado no primeiro quadrinho, a alternativa que melhor representa a relação que os telespectadores têm com a TV na tirinha é:

(A) a programação da TV lida excessivamente com o aspecto religioso; por isso, aparece o termo "divindade".

(B) os programas em que o telespectador participa de maneira ativa daquilo a que assiste estão cada vez mais raros; por isso, aparece o termo "passivo".

(C) a TV consegue atrair fortemente a atenção dos telespectadores, em relação de idolatria e veneração; por isso, aparecem os termos "divindade" e "passivo".

(D) a TV ajuda a acalmar as crianças agitadas; por isso, aparecem os termos "divindade" e "passivo".

(E) os aparelhos de TV servem exclusivamente para prender a atenção das pessoas; por isso, aparecem os termos "divindade" e "entretenimento".

14- Apresente um recurso não verbal que comprove que Calvin se dirigia à TV.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

15- Além de produzir humor, a tirinha também faz uma crítica. Explique-a.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

16- Em relação à oração "Derrama sobre mim tuas imagens conflitantes em velocidade tal [...]", no segundo quadrinho:

a) transcreva e classifique o sujeito.

R.: ___________________________________________________________________________

b) informe a função sintática de "em velocidade tal".

R.: ___________________________________________________________________________

c) informe a transitividade do verbo.

R.: ___________________________________________________________________________

d) passe a oração "Derrama sobre mim tuas imagens conflitantes em velocidade tal [...]" para a voz passiva analítica.

(7)

17- O sentido do modo imperativo na fala de Calvin registra: (A) ordem de superior para inferior.

(B) súplica de inferior para superior. (C) solicitação arrogante.

(D) desejo de um evento futuro. (E) ação incompleta no tempo.

Texto 3

TEXTO FUTURO

O que vão descobrir em nossos textos, não sabemos.

Temos intenções, pretensões inúmeras. Mas o que vão descobrir em nossos textos,

não sabemos. 5

Desamparado o texto, desamparado o autor, se entreolham, em vão. Órfão,

o texto aguarda alheia paternidade. 10 Órfão,

o autor considera entre o texto e o leitor - a desletrada solidão.

(SANT'ANNA, Affonso Romano de. Intervalo amoroso e outros poemas escolhidos)

18- Como podemos relacionar o título à primeira estrofe?

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

19- O que significa dizer que o texto, órfão, aguarda alheia paternidade?

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

(8)

20- Que tipo de sujeito temos em "O que vão descobrir em nossos textos" (verso 1)? Justifique sua resposta não em relação à pessoa do verbo, mas ao conteúdo do poema.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

21- É correto dizer que, no verso "se entreolham, em vão" (verso 8), temos um sujeito indeterminado? Justifique a resposta com base no texto.

R.: ___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

22- Transcreva e classifique os predicados em: a) "não sabemos." (verso 2)

R.: ___________________________________________________________________________

b) "o texto aguarda alheia paternidade." (verso 10)

R.: ___________________________________________________________________________

OS ITENS A SEGUIR NÃO ESTÃO CONTEMPLADOS EM NENHUM DOS TEXTOS ANTERIORES.

23- Classifique os verbos quanto à transitividade em VL (verbo de ligação), VI (verbo intransitivo), VTD (verbo transitivo direto), VTI (verbo transitivo indireto) ou VTDI (verbo transitivo direto e indireto). ( ) Ela está feliz.

( ) Ninguém está na rua. ( ) O menino anda depressa.

( ) Aquele cidadão anda preocupado. ( ) Caiu o lápis.

( ) O noivo ofereceu uma rosa à noiva. ( ) José precisava do livro.

( ) Inventou uma série de mentiras. ( ) A vida continua.

( ) O secretário acabou o trabalho. ( ) A guerra acabou.

(9)

24- Classifique o termo destacado como VL (verbo de ligação), VI (verbo intransitivo), VTD (verbo transitivo direto), VTI (verbo transitivo indireto), VTDI verbo de ligação, OD (objeto direto), OI (objeto indireto) ou ADV (adjunto adverbial).

( ) Estou lendo um novo romance.

( ) A minha mãe preparou uma linda festa.

( ) As crianças só ficavam na frente do computador. ( ) As crianças ficavam tristes quando ele viajava. ( ) O menino correu para casa. ( )

( ) A escola ensina apenas conteúdo aos alunos? ( ) Encontrei o jovem hoje pela manhã.

( ) Discutia com o vizinho diariamente. ( ) Obedeça aos seus pais.

25- O uso do "se" nas frases a seguir marca a construção com sujeito indeterminado (SI), voz passiva sintética (VPS) ou voz reflexiva (VR)?

( ) Aluga-se esta casa. ( ) Fala-se sobre isso. ( ) Corta-se cana. ( ) Precisa-se de ajuda. ( ) Pensa-se em você.

( ) Mostra-se sempre o exercício. ( ) O homem se olhava no espelho. ( ) A mulher se exercitava.

( ) Anda-se muito por aqui.

( ) O técnico e os jogadores se insultaram. ( ) Encontram-se erros até em bons autores. ( ) Falou-se de você.

( ) Falou-se o necessário de você. ( ) Não se corrigirão as provas. ( ) Quebrou-se a vidraça.

( ) Tratava-se de um problema sério. ( ) Entregou-se um requerimento ao diretor. ( ) Não se vê isso há muito tempo.

( ) Vive-se bem nesta fazenda. ( ) Vive-se bem esta semana.

( ) Ficava-se triste quando ela ia embora. ( ) Ficava-se na frente do computador.

( ) Abraçaram-se os torcedores na hora do gol. ( ) Come-se pagando pouco neste restaurante. ( ) Come-se camarão neste restaurante.

(10)

Gabarito

Nas questões em que se pede a função sintática, dê a classificação completa, ou seja, se for sujeito, informe o tipo, por exemplo; se for adjunto adverbial, indique a circunstância, e assim com as demais.

Texto 1

A VELHINHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega — tudo malandro velho — começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

— É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

— Mas no saco só tem areia! — insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

— O senhor promete que não "espáia"? — quis saber a velhinha. — Juro — respondeu o fiscal.

— É lambreta.

(PONTE PRETA, Stanislaw. A velha contrabandista. In: Contos brasileiros I. 19. ed. São Paulo: Ática, 2010)

01- Reescreva o fragmento a seguir, substituindo o termo em destaque por outro de sentido equivalente. Faça as adaptações necessárias.

a) "Muito ENCABULADO, ordenou à velhinha que fosse em frente."

R.: Envergonhado, acanhado, sem graça...

b) "MANJO essa coisa de contrabando PRA BURRO."

R.: Entendo muito, conheço muito

c) "Ninguém me TIRA DA CABEÇA que a senhora é contrabandista."

(11)

02- Observe o fragmento a seguir.

O pessoal da alfândega – TUDO MALANDRO VELHO – começou a desconfiar da velhinha.

a) No texto, qual o sentido da expressão "tudo malandro velho"?

R.: Espera-se que o aluno mencione a experiência, o tempo de trabalho das pessoas que trabalham

na alfândega.

b) A razão objetiva para que os fiscais da alfândega começassem a desconfiar da velhinha se refere ao fato de:

(A) uma velhinha andar de lambreta não ser algo tão comum.

(B) a velhinha, diariamente, passar pela fronteira em uma lambreta com um "bruto saco".

(C) o pessoal da alfândega ser "tudo malandro velho". (D) a velhinha sorrir ao responder a pergunta do fiscal. (E) um fiscal mandar a velhinha parar certa vez.

c) Por que, mesmo após ver o conteúdo do saco que a velhinha carregava, o fiscal continuou desconfiado?

R.: O fiscal imaginou que ela podia carregar areia em um dia e muamba em outro.

d) Adaptando um fragmento do texto, explique o motivo sintático de não ser possível criar a voz passiva de "O pessoal da alfândega desconfiava da velhinha."

R.: Espera-se que o aluno mencione que, para formar voz passiva, é necessário haver verbo transitivo direto, o que não é o caso da referida oração.

03- O motivo de o fiscal ter se chateado com a velhinha é melhor expresso pela seguinte alternativa:

(A) Ele tinha certeza de que ela estava contrabandeando algo, mas não conseguia descobrir o que era.

(B) Ele tinha se enganado achando que a velhinha estava contrabandeando alguma coisa, quando não estava.

(C) Ele era fiscal da alfândega fazia quarenta anos e essa era a primeira vez que alguém contrabandeava areia.

(D) Ele se sentiu obrigado a facilitar a passagem da velhinha apenas para saciar toda a sua curiosidade.

(E) Ele examinou o saco e percebeu que era, de fato, areia o que a velhinha transportava em sua lambreta.

04- Observe o fragmento a seguir.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

a) Que efeito causado no fiscal era esperado, na verdade, que ocorresse na velhinha? Justifique sua resposta.

R.: Espera-se que o aluno mencione a chateação ou o incômodo, pois era mais comum imaginar que a velhinha ficasse chateada pelo fato de ter sido abordada durante um mês seguido.

(12)

b) Em "Talvez a velhinha PASSASSE um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele

maldito saco", qual a transitividade do verbo em destaque? Justifique sua resposta

baseando-se nos termos colocados posteriormente ao verbo.

R.: Verbo intransitivo. Espera-se que o aluno mencione que os termos posteriores não são complementos verbais (objetos), mas apenas adjuntos adverbiais; ou justificativa semelhante.

05- Observe o fragmento a seguir.

– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

– MAS NO SACO SÓ TEM AREIA! – insistiu a velhinha. [...]

O termo destacado vai ao encontro da expectativa de resposta da velhinha à situação gerada pela fala do fiscal? Justifique sua resposta.

R.: Não. A velhinha não responde exatamente o que há no saco. Ao contrário, ela disfarça, omitindo a informação que realmente interessa: o objeto do contrabando.

06- Observe o fragmento a seguir.

"E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs [...]"

a) No fragmento, o sentido do verbo "tocar" é o mesmo que na frase: (A) João tocou o ombro do amigo.

(B) Diariamente, ele tocava a boiada para o pasto.

(C) A morte de Ayrton Senna tocou o país. (D) Andreia toca muitos instrumentos.

(E) Ele não se tocou de que estava fazendo besteira.

b) O efeito causado pelo uso do termo "quando" no texto é:

(A) definir a ideia de tempo em relação à ação do fiscal, informando o momento da ação do fiscal.

(B) separar os responsáveis por diferentes ações no texto, delimitando cada espaço dos personagens.

(C) antecipar o final em relação às ações do texto, revelando o humor da história. (D) preparar a pergunta que o fiscal fará à velhinha, apresentando a ação final do texto.

(E) alterar a rotina das ações do texto, preparando-o para o clímax.

07- O motivo de o fiscal ter se chateado com a velhinha é melhor expresso pela seguinte alternativa:

(A) Ele tinha certeza de que ela estava contrabandeando algo, mas não conseguia descobrir o que era.

(B) Ele tinha se enganado achando que a velhinha estava contrabandeando alguma coisa, quando não estava.

(C) Ele era fiscal da alfândega fazia quarenta anos e essa era a primeira vez que alguém contrabandeava areia.

(D) Ele se sentiu obrigado a facilitar a passagem da velhinha apenas para saciar toda a sua curiosidade.

(E) Ele examinou o saco e percebeu que era, de fato, areia o que a velhinha transportava em sua lambreta.

(13)

08- O humor do conto é provocado pela última frase. Explique por que isso acontece.

R.: A resposta da velhinha foi inesperada, inusitada. Ninguém esperava que as lambretas fossem o objeto do contrabando, mas sim o possível conteúdo dos sacos que eram carregados.

09- Quanto à linguagem utilizada no texto, o que podemos observar no fragmento "[...] o fiscal da alfândega mandou ela parar"?

R.: Espera-se que o aluno mencione a linguagem coloquial (ou a marca de oralidade) da anedota, justificando-se pelo uso do pronome pessoal do caso reto como objeto direto; ou semelhante.

10- Indique a função sintática dos termos destacados nas frases a seguir. a) "NINGUÉM me tira da cabeça [...]"

R.: Sujeito simples

b) "[...] a senhora é CONTRABANDISTA."

R.: Predicativo do sujeito

c) "Eu prometo À SENHORA que deixo a senhora passar."

R.: Objeto indireto

d) "[...] DENTRO só tinha areia."

R.: Adjunto adverbial de lugar

e) "[...] mandou a velhinha saltar DA LAMBRETA."

R.: Adjunto adverbial de lugar

f) "[...] não conto NADA a ninguém [...]"

R.: Objeto direto

11- No fragmento "Mas o fiscal ficou DESCONFIADO ainda", indique a função sintática do termo destacado e justifique sua aplicação.

R.: Predicativo do sujeito. Espera-se que o aluno informe que o termo destacado se refere a uma qualidade – neste caso, passageira – do sujeito "fiscal"; ou ainda que o verbo não se trata de uma ação (semelhante a ficar parado, por exemplo); ou resposta semelhante.

12- Transforme os fragmentos a seguir em voz passiva analítica. a) "Que diabo a senhora leva nesse saco?"

R.: Que diabo é levado pela senhora nesse saco?

b) "Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha [...]"

(14)

Texto 2

(WATTERSON, Bill. O melhor de Calvin. O Estado de São Paulo, São Paulo, 15 out 2014.)

13- Baseado no vocabulário utilizado no primeiro quadrinho, a alternativa que melhor representa a relação que os telespectadores têm com a TV na tirinha é:

(A) a programação da TV lida excessivamente com o aspecto religioso; por isso, aparece o termo "divindade".

(B) os programas em que o telespectador participa de maneira ativa daquilo a que assiste estão cada vez mais raros; por isso, aparece o termo "passivo".

(C) a TV consegue atrair fortemente a atenção dos telespectadores, em relação de idolatria e veneração; por isso, aparecem os termos "divindade" e "passivo".

(D) a TV ajuda a acalmar as crianças agitadas; por isso, aparecem os termos "divindade" e "passivo".

(E) os aparelhos de TV servem exclusivamente para prender a atenção das pessoas; por isso, aparecem os termos "divindade" e "entretenimento".

14- Apresente um recurso não verbal que comprove que Calvin se dirigia à TV.

R.: O recurso não verbal é a resposta em forma de movimento do televisor no terceiro quadrinho, como que respondendo à invocação do menino; ou a tela preta que se acende; ou os olhos do menino atentos ao programa que é exibido.

15- Além de produzir humor, a tirinha também faz uma crítica. Explique-a.

R.: Há a crítica à televisão que apenas transmite as informações e às pessoas que não refletem criticamente sobre as coisas a que assistem.

16- Em relação à oração "Derrama sobre mim tuas imagens conflitantes em velocidade tal [...]", no segundo quadrinho:

a) transcreva e classifique o sujeito.

R.: Sujeito desinencial "tu"

b) informe a função sintática de "em velocidade tal".

R.: Adjunto adverbial de modo

c) informe a transitividade do verbo.

(15)

d) passe a oração "Derrama sobre mim tuas imagens conflitantes em velocidade tal [...]" para a voz passiva analítica.

R.: (Que) Tuas imagens conflitantes sejam derramadas sobre mim em velocidade tal (...)

17- O sentido do modo imperativo na fala de Calvin registra: (A) ordem de superior para inferior.

(B) súplica de inferior para superior.

(C) solicitação arrogante. (D) desejo de um evento futuro. (E) ação incompleta no tempo.

Texto 3

TEXTO FUTURO

O que vão descobrir em nossos textos, não sabemos.

Temos intenções, pretensões inúmeras. Mas o que vão descobrir em nossos textos,

não sabemos. 5

Desamparado o texto, desamparado o autor, se entreolham, em vão. Órfão,

o texto aguarda alheia paternidade. 10 Órfão,

o autor considera entre o texto e o leitor - a desletrada solidão.

(SANT'ANNA, Affonso Romano de. Intervalo amoroso e outros poemas escolhidos)

18- Como podemos relacionar o título à primeira estrofe?

R.: Espera-se que o aluno mencione a ideia de futuro expressa no título com a impossibilidade de o eu lírico saber o que será descoberto em nossos textos; ou mencione que o poema se refere ao futuro e isso é desconhecido; ou semelhante.

19- O que significa dizer que o texto, órfão, aguarda alheia paternidade?

R.: Espera-se que o aluno mencione que o texto que será lido no futuro poderá ter uma interpretação, uma leitura, uma ideia diferente de quando foi elaborado, ou seja, um outro pai; ou

semelhante.

20- Que tipo de sujeito temos em "O que vão descobrir em nossos textos" (verso 1)? Justifique sua resposta não em relação à pessoa do verbo, mas ao conteúdo do poema.

R.: Sujeito indeterminado, justificado pela impossibilidade de afirmar quem lerá os textos (e fará as descobertas); ou semelhante.

(16)

21- É correto dizer que, no verso "se entreolham, em vão" (verso 8), temos um sujeito indeterminado? Justifique a resposta com base no texto.

R.: Não. Trata-se de sujeito desinencial "eles" (o texto e o autor, expressos nos versos anteriores); compreender caso o aluno mencione a noção de sujeito composto.

22- Transcreva e classifique os predicados em: a) "não sabemos." (verso 2)

R.: "não sabemos", predicado verbal

b) "o texto aguarda alheia paternidade." (verso 10)

R.: "aguarda alheia paternidade", predicado verbal

OS ITENS A SEGUIR NÃO ESTÃO CONTEMPLADOS EM NENHUM DOS TEXTOS ANTERIORES.

23- Classifique os verbos quanto à transitividade em VL (verbo de ligação), VI (verbo intransitivo), VTD (verbo transitivo direto), VTI (verbo transitivo indireto) ou VTDI (verbo transitivo direto e indireto).

(VL) Ela está feliz.

(VI) Ninguém está na rua.

(VI) O menino anda depressa.

(VL) (em outro contexto, pode ser VI) Aquele cidadão anda preocupado.

(VI) Caiu o lápis.

(VTDI) O noivo ofereceu uma rosa à noiva.

(VTI) José precisava do livro.

(VTD) Inventou uma série de mentiras.

(VI) A vida continua.

(VTD) O secretário acabou o trabalho.

(VI) A guerra acabou.

24- Classifique o termo destacado como VL (verbo de ligação), VI (verbo intransitivo), VTD (verbo transitivo direto), VTI (verbo transitivo indireto), VTDI verbo de ligação, OD (objeto direto), OI (objeto indireto) ou ADV (adjunto adverbial).

(OD) Estou lendo um novo romance.

(VTD) A minha mãe preparou uma linda festa.

(VI) As crianças só ficavam na frente do computador.

(VL) As crianças ficavam tristes quando ele viajava.

(ADV) O menino correu para casa. ( )

(VTDI) A escola ensina apenas conteúdo aos alunos?

(OD) Encontrei o jovem hoje pela manhã.

(OI) Discutia com o vizinho diariamente.

(17)

25- O uso do "se" nas frases a seguir marca a construção com sujeito indeterminado (SI), voz passiva sintética (VPS) ou voz reflexiva (VR)?

(VPS) Aluga-se esta casa.

(SI) Fala-se sobre isso.

(VPS) Corta-se cana.

(SI) Precisa-se de ajuda.

(SI) Pensa-se em você.

(VPS) Mostra-se sempre o exercício.

(VR) O homem se olhava no espelho.

(VR) A mulher se exercitava.

(SI) Anda-se muito por aqui.

(VR) O técnico e os jogadores se insultaram.

(VPS) Encontram-se erros até em bons autores.

(SI) Falou-se de você.

(VPS) Falou-se o necessário de você.

(VPS) Não se corrigirão as provas.

(VPS) Quebrou-se a vidraça.

(SI) Tratava-se de um problema sério.

(VPS) Entregou-se um requerimento ao diretor.

(VPS) Não se vê isso há muito tempo.

(SI) Vive-se bem nesta fazenda.

(VPS) Vive-se bem esta semana.

(SI) Ficava-se triste quando ela ia embora.

(SI) Ficava-se na frente do computador.

(VR) Abraçaram-se os torcedores na hora do gol.

(SI) Come-se pagando pouco neste restaurante.

(VPS) Come-se camarão neste restaurante.

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Referências

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