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Experiências compartilhadas: casos de design contados por profissionais da área ajudam no desenvolvimento de um plano de negócios para um escritório de design

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Academic year: 2021

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CAMPUS CURITIBA

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL

MURILO MAFRA

RAPHAEL TAMOTSU INOUE

EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS: CASOS DE DESIGN

CONTADOS POR PROFISSIONAIS DA ÁREA AJUDAM NO

DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA UM

ESCRITÓRIO DE DESIGN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA

2012

(2)

MURILO MAFRA

RAPHAEL TAMOTSU INOUE

EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS: CASOS DE DESIGN

CONTADOS POR PROFISSIONAIS DA ÁREA AJUDAM NO

DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA UM

ESCRITÓRIO DE DESIGN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial - DADIN - da Universidade Tecnológico Federal do Paraná - UTFPR.

Prof. Orientador: Renato Bordenousky Filho

CURITIBA

(3)

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Curitiba

Diretoria de Graduação e Educação Profissional Departamento Acadêmico de Desenho Industrial

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Nº 024

“EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS: CASOS DE DESIGN CONTADOS POR PROFISSIONAIS DA ÀREA AJUDAM NO DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE

NEGÓCIOS PARA UM ESCRITÓRIO DE DESIGN” por

MURILO MAFRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no dia 24 de outubro de 2012 como requisito parcial para a obtenção do título de BACHAREL EM DESIGN do Curso de Bacharelado em Design, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O aluno foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que após deliberação, consideraram o trabalho aprovado.

Banca Examinadora:Prof(a). Drª. Cindy Renate Piassetta Xavier Medeiros DADIN - UTFPR

Prof(a). MSc. Kando Fukushima DADIN - UTFPR

Prof(a). MSc. Renato Bordenousky Filho Orientador(a)

DADIN – UTFPR

Prof(a). Drª. Elenise Leocádia da Silveira Nunes Professor Representante da Disciplina de TCC DADIN – UTFPR

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AGRADECIMENTOS

“No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.” São com essas palavras de Fernando Sabino que gostaríamos de iniciar os nossos agradecimentos a todos que, de alguma forma, contribuíram para este projeto.

Inicialmente, gostaríamos de agradecer a Deus que constantemente nos guardou.

Aos nossos pais que são nossos maiores incentivadores e nos deram força para continuar essa empreitada tão importante em nossas vidas.

E aos amigos e namoradas que acompanharam nossos esforços.

Além deles, outras merecem um agradecimento especial:

A ProDesign>PR, na pessoa de seus associados, que se disponibilizou a nos fornecer informações essenciais para o desenvolvimento deste projeto; O Professor Orientador Renato Cachorrão que acreditou em nosso projeto desde o seu momento inicial; O nosso amigo José Henrique Fernandes que, voluntariamente, trabalhou em prol do projeto; A Professora Ana Verdasca que no momento certo, nos auxiliou com conselhos decisivos.

Não podemos deixar de agradecer a todos os autores das referências que utilizamos.

E a todos que não foram citados, mas participaram desse projeto de alguma forma, nosso muito obrigado.

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“Design dá ao mundo algo que ele não sabia que sentia falta.” (ANTONELLI, Paola)

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RESUMO

MAFRA, Murilo. INOUE, Raphael Tamotsu. Experiências compartilhadas: Casos de design contados por profissionais da área ajudam no desenvolvimento de um plano de negócios para um escritório de design. 2012. 139f. Trabalho de Graduação, Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Este projeto final propõe uma publicação que contém relatos obtidos por entrevistas e um modelo genérico de plano de negócios voltado para designers que queiram abrir seus próprios escritórios. Este documento, voltado para empreendedores, contém dicas obtidas por meio da análise das entrevistas cedidas, entre Setembro de 2011 e Março de 2012, por vinte profissionais de design associados à ProDesign>PR, todos atuantes em Curitiba.

(7)

ABSTRACT

MAFRA, Murilo. INOUE, Raphael Tamotsu. Shared experiences: Cases told by design professionals help in the development of a business plan for a design office. 2012. 139l. Graduate Work, Federal University of Technology - Paraná.

This project proposes a final publication that contains reports obtained by interviews and a generic model of business plan focused on designers who want to open their own offices. This document contains tips toward entrepreneurs obtained through analysis of interviews given between September 2011 and March 2012, by twenty design professionals linked to ProDesign>PR, all working in Curitiba.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Número de brasileiros com acesso à internet entre 2009 e 2011 ... 16

Figura 2 - Espaçamento e Margem adaptado à web ... 17

Figura 3 - Contraste adaptado à web ... 18

Figura 4 - Comprimento e alinhamento adaptado à web ... 19

Figura 5 - Cores-pigmento opacas ... 20

Figura 6 - Cores-pigmento transparentes ... 21

Figura 7 - Cores-luz ... 21

Figura 8 - Círculo cromático ... 22

Figura 9 - Exemplos de localização do logotipo em sites ... 23

Figura 10 - Exemplos de barras de navegação e menus drop-down em sites ... 24

Figura 11 - Exemplos de links e informações para contato em sites ... 24

Figura 12 - Exemplos de conteúdo na área central da página de sites ... 24

Figura 13 - Resoluções de monitor utilizadas no Brasil ... 26

Figura 14 - Grid 960 de doze colunas ... 26

Figura 15 - Exemplos de site com aplicação do grid 960 ... 27

Figura 16 - Sociedades quanto à forma jurídica ... 29

Figura 17 - Exemplo de departamentalização funcional ... 32

Figura 18 - Exemplo de departamentalização de produtos e serviços ... 33

Figura 19 - Exemplo de departamentalização por cliente ... 34

Figura 20 - Exemplo de departamentalização por processo ou equipamento ... 34

Figura 21 - Exemplo de departamentalização matricial ... 35

Figura 22 - Exemplo de marca de produto ou serviço ... 38

Figura 23 - Exemplo de marca coletiva ... 39

Figura 24 - Exemplo de marca de certificação ... 39

Figura 25 - Exemplo de marca nominativa ... 40

Figura 26 - Exemplo de marca figurativa ... 40

Figura 27 - Exemplo de marca mista ... 40

Figura 28 - Exemplo de marca tridimensional ... 41

Figura 29 - Exemplo de capa de um plano de negócios ... 47

Figura 30 - Exemplo de sumário executivo de um plano de negócios ... 48

Figura 31 - Exemplo de estrutura organizacional (organograma) ... 49

Figura 32 - Exemplo de balanço patrimonial ... 55

Figura 33 - Exemplo de demonstração de resultados ... 56

Figura 34 - Fórmula do ponto de equilíbrio ... 57

Figura 35 - Exemplos de tags utilizadas para classificação das respostas ... 63

Figura 36 - Exemplo de processo de categorização das respostas ... 64

Figura 37 - Diagrama de respostas para a pergunta sobre problema ... 66

Figura 38 - Diagrama de respostas para a pergunta sobre solução ... 68

Figura 39 - Diagrama de respostas para a pergunta sobre atributos ... 70

Figura 40 - Diagrama de relação entre as respostas... 72

Figura 41 - Ciclo que demonstra o fortalecimento do mercado de design ... 81

Figura 42 - Fonte Museo (300, 500, 700) ... 82

Figura 43 - Fonte Helvetica (Regular, Bold, Italic, Bold Italic) ... 83

Figura 44 – Prévia da home page da publicação (versão 1) ... 84

Figura 45 – Prévia da home page da publicação (versão 2) ... 85

Figura 46 – Prévia da home page da publicação (versão 3) ... 86

Figura 47 – Prévia da página de conceito da publicação ... 87

Figura 48 – Prévia da página de entrevistas ... 87

Figura 49 - Prévia da página de plano de negócios ... 88

(9)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Causas dos fracassos dos novos empreendimentos ... 45

Quadro 2 – Dicas para um plano de negócios em “equipe gerencial” ... 77

Quadro 3 – Dicas para um plano de negócios em “manutenção de registros” ... 78

Quadro 4 – Dicas para um plano de negócios em “seguro” ... 79

Quadro 5 – Dicas para um plano de negócios em “terceiros” ... 80

Quadro 6 – Dicas para um plano de negócios em “parceiros estratégicos” ... 81

Quadro 7 – Dicas para um plano de negócios em “produtos e serviços” ... 82

Quadro 8 – Dicas para um plano de negócios em “fornecedores” ... 82

(10)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Cia. Companhia

CMYK Cian, Magent, Yellow and Black

CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

DADIN Departamento Acadêmico de Desenho Industrial

ed. Edição

f. Folhas

IBOPE Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística

INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial

l. Leaves

Ltda. Limitada

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

MIT Massachusetts Institute of Technology

p. Páginas

PE Ponto de Equilíbrio

PR Paraná

Prof. Professor

PUC Pontifícia Universidade Católica

PX Pixels

RGB Red, Green, Blue

RPI Revista de Propriedade Industrial

RYB Red, Yellow, Blue

S/A Sociedade Anônima

SBA Small Business Administration

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

UFPR Universidade Federal do Paraná

UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná

(11)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 12 1.1 JUSTIFICATIVA ... 13 2 CONCEITOS GERAIS ... 15 2.1 Entrevistas ... 15 2.2 Publicação ... 16

2.2.1 Design Para Web ... 16

2.2.1.1 Tipografia ... 17

2.2.1.2 Cor ... 19

2.2.1.3 Textura... 23

2.2.1.4 Sistema de Grid 960 ... 25

2.3 Estrutura Empresarial ... 28

2.3.1 Classificação Das Empresas ... 28

2.3.2.1Departamentalização funcional ... 32

2.3.2.2 Departamentalização por produto (ou serviço) ... 32

2.3.2.3 Departamentalização territorial ... 33

2.3.2.4 Departamentalização por cliente ... 33

2.3.2.6 Departamentalização matricial ... 34

2.3.3 Questões Legais De Constituição De Uma Empresa ... 35

2.3.4 Questões Legais Sobre Marca E Patentes ... 37

2.3.4.1 Marcas ... 38

2.3.4.2Patentes ... 41

2.4 Plano de negócios ... 42

2.4.1 A Importância De Um Plano De Negócios ... 43

2.4.2 Estrutura Do Plano De Negócios ... 45

2.4.2.1 Capa ... 46 2.4.2.2 Sumário ... 47 2.4.2.3 Sumário executivo ... 47 2.4.2.4 Descrição da empresa ... 49 2.4.2.5 Produtos e serviços... 51 2.4.2.6 Mercado e competidores ... 51 2.4.2.7 Marketing e vendas ... 53 2.4.2.8 Plano financeiro ... 55

3.1 Elaboração e condução das entrevistas ... 58

3.1.1 Roteiro De Perguntas... 58

3.1.2 Seleção Dos Entrevistados ... 60

3.1.2.1 ProDesign>PR ... 61

3.1.3 Transparência De Edição ... 61

3.2 Publicação ... 62

3.2.1 Dados Das Respostas ... 62

3.2.2 Considerações Sobre As Respostas ... 71

3.3 Modelo de plano de negócios para pequenas empresas de design ... 73

3.3.1 Descrição Da Empresa ... 73 3.3.2 Produtos E Serviços ... 78 3.3.3Mercado E Competidores ... 78 3.3.4Marketing E Vendas ... 79 3.4 Publicação ... 80 3.4.1 Conceito... 80 3.4.2 Memorial Descritivo ... 81 3.4.3 Divulgação ... 88 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 90 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 91 GLOSSÁRIO ... 95 APÊNDICES ... 97

(12)

APÊNDICE A - ENTREVISTA COM ALEXANDRE ROCHA ... 97

APÊNDICE B - ENTREVISTA COM ÁLVARO GUSSO ... 99

APÊNDICE C - ENTREVISTA COM ANA CAMARGO ... 100

APÊNDICE E - ENTREVISTA COM AULIO ZAMBENEDETTI ... 104

APÊNDICE F - ENTREVISTA COM DANIEL MAZER ... 106

APÊNDICE G - ENTREVISTA COM FLÁVIO LEONEL ... 107

APÊNDICE H - ENTREVISTA COM JOSIANE BORTOLOZZI ... 108

APÊNDICE J - ENTREVISTA COM KEN FONSECA ... 112

APÊNDICE P - ENTREVISTA COM PAULO STOLFO ... 123

APÊNDICE Q - ENTREVISTA COM RENATO BORDENOUSKY FILHO ... 125

APÊNDICE R - ENTREVISTA COM RICARDO MARTINS ... 127

APÊNDICE S - ENTREVISTA COM RODRIGO DANGELO ... 129

APÊNDICE T - ENTREVISTA COM TULIO FILHO ... 131

(13)

1 INTRODUÇÃO

Como o primeiro trabalho de conclusão de graduação envolvendo os cursos de Bacharelado em Design e Tecnologia em Design Gráfico, e visando união e fortalecimento do mercado de design, este projeto propõe uma publicação que contém relatos de profissionais e um modelo genérico de plano de negócios, voltado para designers que pretendem abrir seus próprios escritórios.

Para chegar a esse resultado abordaram-se, por meio de pesquisas, temas relacionados à metodologia de entrevistas, visto que 20 profissionais do mercado de design curitibano colaboraram com o projeto respondendo a um roteiro de perguntas anteriormente definidas. Relacionado a esse tema, foram pesquisados autores da área de jornalismo que fizeram as suas considerações sobre a boa conduta da entrevista e a forma de registro.

Tal registro fez-se necessário para o desenvolvimento de uma publicação contendo o resultado dessa pesquisa. Essa publicação foi projetada para o ambiente

online e para o seu desenvolvimento, uma pesquisa sobre design para web foi

realizada abordando temas como tipografia, layout, grid e cores. Essa pesquisa serve de base para a diagramação online das entrevistas e do plano de negócios, produtos deste trabalho.

Este documento, por ser voltado a empreendedores, demandou uma pesquisa sobre assuntos e autores relacionados à estruturação empresarial. Com isso, foi possível mostrar quais os procedimentos para abertura de uma empresa, quais os tipos de empresa que existem, além de outros conhecimentos necessários para tornar-se um novo empreendedor. E para aumentar as chances de êxito na carreira de empresário, indicou-se a geração de um plano de negócios.

Com relação a este, um estudo foi feito para possibilitar o desenvolvimento de um documento genérico contendo dicas, em determinados tópicos, para os designers empreendedores visando o crescimento profissional de todos que tiverem contato com o resultado deste trabalho.

(14)

1.1 JUSTIFICATIVA

Segundo Tsuji (2008) uma empresa bem estruturada, que possui um planejamento, tem a capacidade de corresponder mais do que se espera dela. Ou seja, terá uma maior probabilidade de gerar lucro e estabilizar-se, além de ter mais chances de atender às necessidades dos clientes que estão se tornando cada vez mais exigentes. Com mais empresas de design se encaixando nessa descrição de Tsuji, o mercado se torna mais estável, forte e reconhecido.

Na busca pela disseminação dos conhecimentos técnicos para a estruturação de novas empresas, e, consequentemente, o fortalecimento do mercado de design, esse trabalho de graduação adequou um modelo de plano de negócios genérico para que possa auxiliar novos profissionais e estudantes na montagem de seu próprio escritório de design.

Buscando subsídios para tal adequação, desenvolveram-se pesquisas ligadas aos temas, envolvendo novas leituras e contato com profissionais de design, que ocorreram por meio de entrevistas que buscaram relatos sobre acertos e erros em suas carreiras.

Faria (2008) estabelece que a estruturação e o planejamento incluem aprender com a experiência de outros, lendo outros planejamentos, livros, trabalhos, experimentando e, principalmente, estando sempre consciente da realidade acredita-se que relatos de profissionais contém uma excelente carga de informação, e contribuem para a adequação de um plano de negócios para novas empresas de design.

Considerando que o tema principal da pesquisa é a questão do planejamento para iniciar uma empresa de design e, que para isso, contatos com empresas em atuação hoje no mercado foram realizados, foi montada uma pequena publicação, com textos resultantes da edição de entrevistas realizadas com vinte profissionais. Essa publicação foi divulgada online para acesso livre de qualquer interessado, servindo como uma ilustração real dos efeitos do planejamento ou de sua falta.

Durante a pesquisa bibliográfica, o potencial da proposta deste trabalho pôde ser justificado pela leitura de publicações que se utilizaram deste mesmo método, como a série de livros “O que a vida me ensinou”, Editora Saraiva (2011) onde profissionais como Washington Olivetto, Reinaldo Polito e Mario Sergio Cortella comentam sobre suas experiências servindo de lição para profissionais mais jovens, o livro “Ah, se eu soubesse”, Editora Negócio (1997), o qual indagou homens de

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negócio sobre aquilo que gostariam de ter tomado conhecimento quando eram mais novos e “Aprendi com meu chefe”, Editora Saraiva (2008), onde apresenta o relato de profissionais notáveis sobre como aprenderam após o contato com profissionais ainda mais experientes que eles.

Confirmando o potencial desta abordagem, Piaget (1975), psicólogo e filósofo criador da visão Piagetista, postulou que a aprendizagem é induzida pela experiência, sendo o erro um componente importante, pois é uma excelente fonte de aprendizagem, onde o aprendiz deve sempre questionar-se sobre as consequências de suas atitudes e, a partir de erros ou acertos, ir construindo seus próprios conceitos.

Sendo assim, a proposta deste trabalho foi identificar erros e acertos de outros por meio das entrevistas, mostrá-los em uma nova perspectiva, dentro de um plano de negócios, disponibilizando essas informações para consulta pública permitindo que outros profissionais construam suas próprias conclusões.

Estes interesses estão de acordo com os objetivos específicos deste trabalho, que são:

 Criação de uma compilação de algumas experiências pelas quais profissionais da área de design já passaram, com o objetivo de entender comportamentos nas mais variadas situações.

 Desenvolvimento do projeto editorial da publicação que contém os relatos.

 Elaboração de um relatório destacando os principais pontos das respostas que auxiliarão no desenvolvimento do modelo de plano de negócios.

 Proposição de um modelo de plano de negócios para novos escritórios de design.

 Identificação de pontos relevantes para o desenvolvimento do plano de negócios.

A realização de cada passo acima descrito encerra em uma publicação distribuída online que contém a edição das entrevistas e o modelo de plano de negócios oriundo deste trabalho.

Para a captação desses depoimentos e desenvolvimentos dos passos subsequentes, realizou-se uma pesquisa sobre a literatura já disponível, a começar pelo método de coleta de dados apresentado a seguir.

(16)

2 CONCEITOS GERAIS

2.1 ENTREVISTAS

A entrevista é definida por Haguette (1997, p. 86) como um “processo de interação social entre duas pessoas na qual uma delas, o entrevistador, tem por objetivo a obtenção de informações por parte do outro, o entrevistado”. Garret (1981 apud Medina, 1988, p. 10) considera a entrevista, acima de tudo, como a “arte de ouvir, perguntar e conversar”, isso significa, neste trabalho, ouvir o perfil do profissional, perguntar sobre suas situações e conversar sobre o que aprendeu e considerou importante nessas experiências.

O Manual da Redação da Folha de São Paulo (2001) define que a finalidade da entrevista é a de permitir que o leitor conheça opiniões, ideias, pensamentos e observações do entrevistado. Recomenda que a entrevista seja marcada com antecedência e que o entrevistado seja informado sobre o tema da entrevista. Também aconselha que ela seja gravada, que perguntas sejam diretas e não contenham resposta implícita.

Este método se dá como um modo de aplicação de uma pesquisa qualitativa. Segundo Minayo (1996) as pesquisas qualitativas trabalham com questões que não podem ser simplesmente reduzidas a perguntas quantitativas, pois dizem respeito a noções particulares. Essa afirmação apoiou a decisão de utilizar questões abertas, afinal os relatos que compõem a publicação fazem parte de experiências individuais, contadas por quem as vivenciou, contando com uma forte carga de impressões pessoais.

Ramos (2004) compôs um roteiro sobre como proceder diante de uma entrevista. No encontro entre o entrevistado e entrevistador, as anotações, preferencialmente, devem ser feitas por outra pessoa, que não esteja conduzindo a entrevista. O registro também pode ser feito com um gravador. Apesar de Ramos (2004) considerar que utilizar este equipamento pode acuar o interlocutor, afirma que não chega a ser tão prejudicial para a entrevista a ponto de ser descartado.

Além da pesquisa sobre entrevistas, também foi percebida a necessidade de estudos sobre como o resultado dessas ações podem ser exibidos. A seguir, inicia-se uma revisão sobre esinicia-ses assuntos, já que o resultado faz parte de uma publicação online.

(17)

2.2 PUBLICAÇÃO

De acordo com o IBOPE Nielsen Online (2012), no final de 2011, o número de pessoas no Brasil com acesso à internet atingiu a marca de 79,9 milhões, em um crescimento cada vez maior de internautas que, se continuar assim, ainda aumentará por vários anos. A Figura 1 demonstra esse crescimento.

Figura 1 - Número de brasileiros com acesso à internet entre 2009 e 2011 Fonte: Adaptado de IBOPE Nielsen Online, 2012.

Portanto, visando a maior abrangência possível, para que qualquer interessado tenha acesso à publicação, foi decidido que esta seria distribuída online, ou seja, em uma página da internet aberta a qualquer usuário de qualquer parte do mundo.

Para que se desenvolvesse o projeto online, existiu a necessidade de uma pesquisa sobre as peculiaridades do design para web, explicada a seguir.

2.2.1 Design Para Web

Segundo Clarck (2012) o designer, enquanto estiver desenhando uma página para web, deve atentar para quatro tópicos:

● Tipografia, que diz respeito à fonte, sua formatação e os espaços em branco. ● Cor, onde é pensada a emoção e o vocabulário de interação.

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● Layout, que significa onde os elementos são colocados dentro de um grid. Sobre esses quatro tópicos, são levantadas as seguintes informações:

2.2.1.1 Tipografia

Maicon Sobczak (2010) comenta sobre a legibilidade nos textos de internet, falando que é importante que estes sejam rápidos para leitura ou, se forem textos longos, que tenham uma fluidez na leitura. Para isso, alguns aspectos devem ser observados com maior atenção, como o tamanho da fonte de texto. Sobczak (2010) afirma que um tamanho bom para um texto de leitura esteja entre 12 e 13 pixels.

Sobczak (2010) ainda fala sobre a importância de fazer com que a leitura seja fluída e, para tal, deve-se pensar em algo chamado ritmo vertical que, basicamente, seria o correto espaçamento entre as linhas e parágrafos do texto. O autor dá três conselhos para conseguir a citada fluidez, conforme mostra a Figura 2.

1. Definição do espaçamento entre as linhas ;

2. Esse espaçamento pode ser usado para definição da distância entre parágrafos;

3. Definição da distância de conteúdo em relação a margens e bordas

Figura 2 - Espaçamento e Margem adaptado à web Fonte: Adaptado de Sobczak, 2010.

É perceptível também na figura 2 que existe um contraste entre as letras e o seu fundo. Dito isso, logo se pensa em preto sobre branco ou vice-versa. Porém, Sobczak (2010) afirma que tem se usado muito o contraste de cores de fontes escuras sobre fundos claros, mas deixa indicado que existem outras formas de se fazer contraste, por exemplo: dar ênfase em alguns trechos do texto. Essa "tática",

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por assim dizer, facilita uma leitura rápida e a somatória dos trechos destacados acaba tornando-se um resumo de todo o texto. O autor fala que para fazer esse destaque é possível utilizar negrito, itálico, cor diferente ou caixa alta, mas utilizar apenas uma das ferramentas, caso contrário, esse trecho destacado de forma errada atrapalhará a leitura. Serrazina (2012) indica que para se certificar de que a página possui contraste suficiente, deve-se tirar um screen shot da página e transformá-la em tons de cinza. A Figura 3 demonstra isso.

Figura 3 - Contraste adaptado à web Fonte: Adaptado de Sobczak, 2010.

Ainda sobre a leiturabilidade do texto, é comum de se ver, seja em textos curtos ou longos, frases longas demais, afirma Sobczak (2010). Para resolver tal problema, o autor cita um cálculo simples que consiste em multiplicar o tamanho da fonte pelo número 30 (trinta), o resultado equivale à largura máxima do texto. Por exemplo, em um bloco de texto com uma fonte 13px, a largura máxima deste deve ser de 390px, como mostra a Figura 4.

Quanto ao alinhamento, Sobczak (2010) recomenda que o texto deve ter alinhamento à esquerda, mas deve-se observar se as linhas do bloco de texto não ficaram muito acidentadas à direita. Caso isso tenha acontecido, recomenda-se que seja feito um ajuste manual.

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Figura 4 - Comprimento e alinhamento adaptado à web Fonte: Adaptado de Sobczak, 2010.

Além dessas observações sobre tipografia, a web ainda leva em conta mais uma restrição, as fontes seguras para esse meio.

Nielsen (2000 apud Andrade, 2010) argumenta que o uso de fontes serifadas é inadequado para textos na internet, visto que, em baixa resolução da tela do computador, o texto pequeno é mais legível quando não possui serifa. Atualmente, é possível usar um número bem superior de fontes com o sistema de rasterização de fontes, que não deve ser confundido com termo de rasterização de imagens, já que a possibilidade de renderizar fontes diretamente no navegador é algo recente, o que significa que pode trazer alguns problemas em determinados navegadores. Abaixo, listam-se as fontes consideradas seguras para uso na web, segundo o MIT (Massachusetts Institute of Technology).

● Arial ● Courier ● Courier New ● Helvetica ● Times

● Times New Roman

Sobre a escolha da fonte, Filipe Serrazina (2012) aconselha que para a página da internet deve-se optar por uma fonte que seja simples, deixando a parte criativa para outros elementos que compõem a página. O autor ainda diz que o conteúdo deve ser mantido o mais simples e legível possível.

O segundo tópico abordado sobre desing para web é a cor.

2.2.1.2 Cor

Segundo Pedrosa (2008), a cor não tem existência material, mas ela é uma sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão. O autor afirma que

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existem dois tipos distintos de cores: as cores-pigmento e as cores-luz que serão mais bem explanadas abaixo:

● Cores-pigmento: Silveira (2011) define que essa cor é denominada de acordo com a sua natureza química, podendo absorver, refratar ou refletir os raios luminosos da luz que incide sobre ela. A autora defende o conceito de cor primária como sendo um dos conceitos mais importantes, e que essas cores são assim chamadas por serem indecomponíveis, ou seja, são as cores que quando misturadas produzem todas as demais cores do espectro visível. Silveira (2011) afirma que existem dois conjuntos de cores-pigmentos: as opacas e as transparentes.

○ Cores-pigmento opacas: as cores primárias são o vermelho, o amarelo e o azul, afirma Silveira (2011), como demonstra a Figura 5.

Figura 5 - Cores-pigmento opacas Fonte: Adaptado de Pedrosa, 2008.

○ Cores-pigmento transparentes: as cores primárias para este conjunto são o magenta, o amarelo e o ciano, define Silveira (2011), ou

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Figura 6 - Cores-pigmento transparentes Fonte: Adaptado de Pedrosa, 2008.

● Cores-luz: Silveira (2011) descreve que o estímulo dessa cor é obtido de duas maneiras distintas: podendo ser emitido por uma fonte de luz monocromática ou obtido por dispersão dos raios luminosos de luz não monocromática. A autora diz que as cores primárias são o vermelho, verde e azul-violetado, mais conhecido como RGB. Como observado na Figura 7.

Figura 7 - Cores-luz

Fonte: Adaptado de Pedrosa, 2008.

Baseados no estudo desses dois tipos de cores serão utilizados as cores-luz por serem utilizados em dispositivos eletrônicos como televisores, monitores, projetores, etc.

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Pedrosa (2008) define as cores da seguinte maneira. A Figura 8 representa essa classificação.

● Cor primária: também conhecida como cor-geratriz é cada uma das três cores indecomponíveis que, misturadas proporcionalmente, geram todas as demais cores do espectro solar. No caso das cores aplicadas a dispositivos eletrônicos são o vermelho, verde e azul, mais conhecidos como RGB (red,

green, blue).

● Cor secundária: é a cor constituída pela mistura equilibrada de duas cores primárias.

● Cor terciária: é uma cor intermediária entre uma cor secundária e qualquer uma das primárias que lhe originam.

● Cor quente: é a designação genérica utilizada para definição das cores em que predominam o amarelo e o vermelho.

● Cor fria: são as cores, cuja composição é dominada pelo azul.

Figura 8 - Círculo cromático

Fonte: Adaptado de Pedrosa, 2008.

Baseado em estudos de Amorim (2010), Carvalho (2011) e Marques (2010) conclui-se que as cores representam diferentes sensações. Segue algumas características marcantes das três cores que serão utilizadas na publicação.

● VERMELHO: aumenta a atenção, sendo considerado estimulante e motivador, além de sugerir perigo.

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● VERDE: é outra matiz estimulante, que remete à esperança, sugerindo crescimento e adaptabilidade.

● AZUL: essa cor transmite confiança e verdade.

Sobre o terceiro tópico relevânte para o assunto, levantaram-se as seguintes informações.

2.2.1.3 Textura

Clarck (2012) define a textura como os elementos gráficos que conduzem o projeto visual do site. Avellar e Duarte (2012) listam os elementos mais frequentes e onde normalmente encontram-se em uma página da web. Essa localização na página se dá pelo costume dos usuários de buscar essas informações em determinados espaços, tornando-se senso comum entre os usuários. Dentre os elementos listados pelos autores, a seguir alguns são destacados.

● Logotipo

A comodidade do usuário em encontrar informações relacionadas agrupadas por proximidade ou aparência, sendo as mais importantes mostradas em primeiro lugar, assim como o logotipo ou assinatura visual no alto, à esquerda da página, como pode-se observara Figura 9.

Figura 9 - Exemplos de localização do logotipo em sites Fonte: Autoria Própria, 2012.

● Barra de Navegação e Menus drop-down

Também é de senso comum e, portanto, mais fácil para o usuário que a barra de navegação mais importante esteja no alto, com links dispostos horizontalmente, ou no lado esquerdo da página, com links dispostos verticalmente, assim como menus drop down e atalhos para páginas localizadas em áreas mais profundas no alto da área de conteúdo ou ao longo do lado direito, como representado na Figura 10.

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Figura 10 - Exemplos de barras de navegação e menus drop-down em sites Fonte: Autoria Própria, 2012.

● Links e informações para contato

Links para voltar à página principal na área superior esquerda da página e as

informações para contato no alto da página, à direita, como mostrado na Figura 11.

Figura 11 - Exemplos de links e informações para contato em sites Fonte: Autoria Própria, 2012.

Além desses itens, Avellar e Duarte (2012) comenta sobre manter o conteúdo na área central da página, conforme exemplificado na Figura 12.

Figura 12 - Exemplos de conteúdo na área central da página de sites Fonte: Autoria Própria, 2012.

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Percebe-se, a partir dos exemplos, que há inúmeras formas de dispor o conteúdo em uma página, por isso, a seguir, demonstra-se um sistema para dispor esse conteúdo de forma organizada e bem apresentada.

2.2.1.4 Sistema de Grid 960

O Sistema de Grid 960 leva esse nome por possuir 960px de largura, que é resultado da seguinte equação: 1024px menos 24px da barra de rolagem menos 20px de respiro de cada lado da página.

Sendo assim, é um tamanho bem adaptado à maioria das resoluções utilizadas no mundo, já que a W3C (World Wide Web Consortium) (2012) mostra que 8 das 10 resoluções mais utilizadas são de 1024 pixels de largura. Isso significa que 72% das pessoas que utilizam a internet encaixam-se muito bem no grid 960 e mesmo as que não utilizam resolução acima de 1024px não sofrem problemas graves com a visualização, já que 960 é um número que gera várias divisões de números inteiros. A Figura 13 mostra um gráfico das resoluções mais utilizadas no Brasil que confirma a eficácia do grid, já que de acordo com o site Stat Counter (2012), apenas 13% dos internautas brasileiros usam uma resolução menor que 1024px de largura, mostrados na barra cinza clara.

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Figura 13 - Resoluções de monitor utilizadas no Brasil Fonte: Adaptado de Statcounter.com, 2012.

Croft (2012) descreve o Grid 960 como um grid que possui, por padrão, 12, 16 ou 24 colunas. Sendo a de 12 colunas com 60 pixels cada e 10 pixels de espaço entre si, como na proporção da Figura 14:

Figura 14 - Grid 960 de doze colunas Fonte: Adaptado de Croft, 2012.

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Figura 15 - Exemplos de site com aplicação do grid 960 Fonte: 960.gs, 2012.

Os elementos se alinham com o grid, criando um ambiente limpo e organizado. Entretanto, o mesmo autor que sugere o uso do grid comenta sobre seu desrespeito, devendo sempre prevalecer o bom senso. Samara (2007) reitera esse comentário afirmando que não há regras para a alteração do grid e que este dependerá do contexto inserido.

A organização por grid faz parte, neste trabalho, de uma revisão de escritos que auxiliam na criação de uma publicação online. Essa publicação, quem contém relatos de profissionais de design, também aborda conselhos sobre o desenvolvimento de um plano de negócios para pequenas empresas. Portanto, é necessário que se comente outro tipo de organização, não mais gráfica, mas sim, empresarial.

(29)

2.3 ESTRUTURA EMPRESARIAL

Duque (2010) diz que uma empresa é um conjunto de meios técnicos, humanos e financeiros, organizados com vista à concretização de um determinado fim econômico, o qual passa pelo exercício de uma atividade orientada para a satisfação das necessidades dos seus vários stakeholders.

Complementar a essa ideia, Drucker (1964 apud Duque, 2010) afirma que uma empresa é criada e dirigida por pessoas. As forças econômicas impõem limites ao empresário, criam oportunidades para sua ação, mas por si própria não determinam o que é ou o que a empresa faz.

Não existem duas empresas semelhantes, pois a maior característica destas é a grande diversidade que possuem, pois podem ter diferentes tamanhos e estruturas organizacionais (CHAGAS, 1999), e essas diferenças, quando analisadas, podem classificar uma empresa de diferentes formas.

Essas informações são de cunho significativo para um designer que pretende abrir um escritório de design, para que este saiba que o principal fator da empresa é a força humana, ou seja, ele mesmo. Porém, o designer empresário precisa ter conhecimentos acerca do tema "empresas" para que saiba o funcionamento do próprio escritório.

2.3.1 Classificação Das Empresas

Para discorrer sobre a classificação empresarial elegeu-se como referência-base duas publicações online:

● "Classificação das empresas", disponível no site do SCRIBD - site de compartilhamento de documentos online;

● "Gestão empresarial - as empresas", de autoria da Professora Patrícia Dias Ribeiro, disponível no site do EBAH.

De acordo com os materiais citados, a avaliação da empresa ao longo dos

anos e suas variáveis, que condicionam suas atividades, faz com que elas precisem ser enquadradas com diferentes critérios. Abaixo, estão listados os mais relevantes.

(30)

Quanto à forma jurídica: divide as empresas de acordo com suas responsabilidades civis e comerciais, e de seus direitos contratuais ou legais, ficando dispostas de acordo com a Figura 16.

Figura 16 - Sociedades quanto à forma jurídica Fonte: Autoria própria, 2012.

o Individuais: nesse tipo de empresa, o capital fica para apenas uma pessoa. Assim sendo, a responsabilidade do empresário é ilimitada, mas existe a possibilidade dos empresários individuais optarem por um regime de estabelecimento individual com responsabilidade limitada. o Sociedade em nome coletivo: o artigo de número 175 do Código das

Sociedades Comerciais diz que a responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada. Solidária pelo fato de vigorar o princípio dos três mosqueteiros juntos com D’Artagnan: um por todos e todos por um. E ilimitada porque respondem os bens da atividade econômica e os bens de cada sócio. No contrato social deve estar indicado quem, entre os sócios, exercerá o cargo de gerência. Caso isso não esteja indicada, ficará subentendido que todos exercem.

o Sociedade por cotas: neste tipo de sociedade a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor da cota de entrada que constar no contrato social. Obrigatoriamente, a firma deve utilizar a expressão “limitada” ou “Ltda.”.

o Sociedade em comandita: esta empresa possui sócios com responsabilidades diferentes. Os sócios comanditários que entram com capital têm responsabilidade limitada e não interferem na gestão da sociedade. Os sócios comanditados entram para a sociedade com o seu trabalho e possuem responsabilidade ilimitada.

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o Sociedade anônima: o capital social fica dividido em ações e a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor das ações que possuem. Ao fim de seu nome, a empresa deverá utilizar a expressão “sociedade anônima”, ou S/A, ou "Companhia", ou "Cia.". Porém, essas duas últimas titulações só poderão ser utilizadas no início ou no meio do nome comercial.

Após a realização desse estudo conclui-se que as empresas de design podem ser enquadradas em qualquer um dos tipos de empresas acima citados cabendo ao designer que pretende abrir o escritório, decidir qual a melhor forma jurídica.

Quanto a setores de atividade: neste critério, as empresas são classificadas de acordo com a natureza e origem de seus produtos e serviços.

o Setor primário: empresas dedicadas à agricultura, silvicultura, pescas, pecuárias e atividades extrativas.

o Setor secundário: empresas dedicadas às atividades transformadoras como eletricidade, gás, água, construção civil e obras públicas.

o Setor terciário: empresas dedicadas ao comércio, transportes, comunicações e prestação de serviços.

Nesse tipo de classificação, fica claro que um escritório de design enquadra-se no "enquadra-setor terciário” devido à sua característica de prestação de enquadra-serviços.

Quanto à propriedade:

o Empresas privadas: pertencem a particulares que tem como objetivo

a divisão de lucros. São administradas por particulares que têm direitos e obrigações.

o Empresas públicas: pertencem ao estado ou a outras entidades

públicas. São geridas por pessoas nomeadas. Suas atividades estão ligadas, sempre, a interesse social, segurança ou áreas estratégicas de infraestrutura.

o Empresas de economia mista ou comparticipada: empresas de

propriedade particular e do estado, sendo conhecidas também como empresas público-privadas. Geralmente, o controle administrativo pertence ao Estado.

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A maioria dos escritórios de design enquadra-se como "empresa privada", mas é válido ressaltar que existem alguns escritórios que são "empresas públicas".

Quanto à sua dimensão: é dividido de acordo com o número de empregados que a empresa possui.

o Pequenas empresas: até 250 empregados. o Médias empresas: entre 250 e 500 empregados. o Grandes empresas: mais de 500 empregados.

Tendo como base as definições acima, uma empresa de design encaixa-se como sendo uma "pequena empresa", em sua maioria absoluta.

Quanto ao tipo de atividade desenvolvida:

o Produtoras de bens: de consumo ou de produção. São conhecidas também com organizações industriais

o Prestadoras de serviços: é uma empresa que é remunerada em troca dos serviços que presta.

Como um escritório de design pertence ao setor terciário, e considerando o tipo de atividade desenvolvida, um escritório de design pode ser considerado uma empresa “prestadora de serviço”.

Além da classificação externa da empresa, também há classificações quanto à estrutura interna das empresas.

2.3.2 Estrutura organizacional das empresas

Um dos objetivos deste trabalho de graduação é a elaboração de um plano de negócios para a montagem de novos escritórios de design. E para auxiliar, apresenta-se a seguir uma visão sobre como se organizam estruturalmente tais empreendimentos.

Megginson (2005) afirma que as organizações que são melhor administradas possuem sua estrutura organizacional em organograma, que evidencia vários aspectos chaves da organização.

Megginson (2005), também, diz que há variadas formas de uma empresa decidir a sua estrutura organizacional para agrupar atividades a serem desempenhadas. Esse processo, denomina-se Departamentalização, que pode ser

(33)

de seis diferentes tipos, listados e melhor explicados abaixo de acordo Megginson (2005), Montana (2005) e Chiavenato (2000).

2.3.2.1Departamentalização funcional

O método mais antigo e mais comum, agrupa funções comuns ou atividades semelhantes para formação de uma unidade organizacional. Esse tipo de departamentalização pode ser usado em qualquer nível estrutural, mas, é comumente encontrado no nível da alta administração. Como vantagens pode-se citar a manutenção do poder e prestígio das funções primordiais, criação de eficiência através do princípio da especialização, centralização do conhecimento dos especialistas, permissão de um controle melhor, reunião de todas as pessoas de uma mesma função em um mesmo local. Porém, possui certas desvantagens também como a responsabilidade total pelo desempenho da equipe fica por conta da alta administração, o treinamento dos administradores para uma posição melhor é bastante limitado, e quanto mais a equipe cresce, mais difícil e complexo torna-se o trabalho do coordenador. A Figura 17 exemplifica tal situação.

Figura 17 - Exemplo de departamentalização funcional Fonte: Adaptado de Megginson, 2005.

2.3.2.2 Departamentalização por produto (ou serviço)

Diante dos problemas apresentados pela "departamentalização funcional", muitas organizações encontraram como saída transformá-las em organizações menores, relacionadas a produtos específicos, mas, cada qual com sua capacidade funcional. Ou seja, todas as atividades necessárias para produzir um produto ou serviço devem ser agrupadas em um mesmo departamento. Como vantagens, vê-se a possibilidade de maior atenção a linhas de produtos ou vê-serviços específicos, melhor coordenação de funções no nível de divisão do produto e determinação mais clara da responsabilidade do lucro. Como pontos negativos, têm-se a necessidade de mais recursos humanos e materiais, duplicação desnecessária de recursos e

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equipamentos e uma carga mais pesada para a alta administração. A Figura 18 demonstra isso.

Figura 18 - Exemplo de departamentalização de produtos e serviços Fonte: Adaptado de Megginson, 2005.

2.3.2.3 Departamentalização territorial

A departamentalização territorial, também conhecida como regional, por área ou geográfica, é a separação de atividades de acordo com os lugares onde se localizam as operações. Essa departamentalização geralmente é utilizada por empresas que cobrem grandes áreas geográficas e cujos mercados são extensos. Em questões de pontos positivos e negativos, tem-se algo parecido com a departamentalização por produtos (ou serviços), pois permite uma divisão a fim de focar nas necessidades específicas de cada área. Mas, é necessário um grau considerável de coordenação, além do controle de administração territorial.

2.3.2.4 Departamentalização por cliente

A depertamentalização por cliente consiste no agrupamento de atividades que foquem no uso de determinado produto (ou serviço), ou seja, muito utilizado em empresas de vendas ou serviços. As principais características dos clientes para constituir uma base para departamentalização são idade, sexo, nível sócio-econômico, tipo de consumidor, etc. A principal vantagem desse tipo de departamentalização é o fato de ser adaptável a um nicho de cliente específico. A dificuldade de coordenação, utilização mínima de recursos e a competição entre

(35)

administradores para conquistarem determinadas regalias a seus clientes são as desvantagens da departamentalização por cliente, conforme mostra a Figura 19.

Figura 19 - Exemplo de departamentalização por cliente Fonte: Adaptado de Megginson, 2005.

2.3.2.5 Departamentalização por processo ou equipamento

Departamentalização por processo ou equipamento é o agrupamento de atividades que focalizem o equipamento ou os processos de produção. Porém, mesmo o enfoque sendo em processos de produção ou equipamentos, normalmente, é utilizado em produção. Como vantagens, têm-se quando as máquinas exigem habilidades especiais ou possuem uma grande capacidade que necessitam ser utilizadas o tempo todo para que sejam econômicas. A Figura 20 mostra essa departamentalização.

Figura 20 - Exemplo de departamentalização por processo ou equipamento Fonte: Adaptado de Megginson, 2005.

2.3.2.6 Departamentalização matricial

Departamentalização matricial é um tipo de departamentalização híbrida que utiliza grupos com pessoas de várias especialidades para realização de tarefas em tempo limitado. Ela, geralmente, se faz necessária no caso de combinações especiais de habilidades de especializações diferentes. Em questões de vantagens tem-se a livre comunicação e coordenação de atividades entre as principais especialidades funcionais, além da flexibilidade com que a empresa responde

(36)

rapidamente a mudanças. Por outro lado, a falta de clareza e de coordenação nas funções a serem desempenhadas, e a possibilidade do surgimento de conflitos podem ser apontados como desvantagens da departamentalização matricial, como exemplifica a Figura 21.

Figura 21 - Exemplo de departamentalização matricial Fonte: Adaptado de Megginson, 2005.

Com base nos conhecimentos acima apresentados, conclui-se que a estruturação organizacional pode variar de escritório para escritório, pois cada um deve adequar-se a melhor forma de trabalhar. Porém, indica-se que se trabalhe com a "departamentalização funcional", por ser a mais comum e adequada, como define a autora Shaughnessy (2010), quando comenta que cada um dos sócios de um escritório de design deve assumir responsabilidades por diferentes áreas. No exemplo citado, Shaughnessy (2010) enumera três sócios onde cada um é responsável por mais de uma área da empresa.

Após a estruturação interna da empresa, o empreendedor precisa atentar-se às questões legais para constituição da empresa, que seguem abaixo.

2.3.3 Questões Legais De Constituição De Uma Empresa

A seguir, serão apresentadas algumas considerações em âmbito legal para a constituição de uma empresa. É importante que o empreendedor atente-se a esses detalhes para que isso não seja um incômodo no futuro quanto a problemas legais do escritório de design. Além disso, o acompanhamento de uma pessoa com conhecimentos específicos sobre esse assunto é necessário.

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O processo de criação de uma empresa às vezes é tedioso e estressante, mas todo empreendedor deve entender a legislação à qual sua empresa está enquadrada, buscando sempre tirar vantagem competitiva desse processo.(DORNELAS, 2001, p 211)

A primeira questão com a qual deve se cuidar é o registro. O registro da empresa varia de acordo com a região onde ela se encontra, além de depender da categoria de sociedade que será constituída. Categorias são divididas em: (DORNELAS, 2001).

Sociedade civil: visa à prestação de serviços devendo ser composta por dois sócios, no mínimo. O registro é feito no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas após serem efetuados os seguintes passos:

o Definição da razão social e solicitação da busca do nome nos Cartórios de Registro Civil e de Pessoa Jurídica;

o Elaboração do contrato social;

o Encaminhamento das vias do contrato social ao Posto da Receita Federal para obtenção do CNPJ;

o Providência da inscrição junto à Prefeitura Municipal.

Sociedade mercantil: é constituída por duas ou mais pessoas, visa à exploração de atividade no comércio ou indústria, podendo ser sociedades anônimas (S/A) ou sociedades por quotas de responsabilidade limitada. O registro deve ser feito na Junta Comercial, após os seguintes passos:

o Escolha do nome e tipo da empresa; o Elaboração do contrato social;

o Obtenção da inscrição do CNPJ;

o Obtenção da inscrição estadual na Secretaria da Fazenda; o Providência da sua inscrição junto à Prefeitura Municipal.

Firma individual: a pessoa que tem o interesse em obter uma personalidade jurídica como firma individual deverá seguir os mesmos passos do caso de constituição da sociedade comercial, porém não precisa elaborar um contrato social, mas deve providenciar uma Declaração de Firma Individual.

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Com base nos conceitos apresentados por Dornelas (2001), percebe-se que um escritório de design se enquadra melhor como uma "sociedade civil" porque visa à prestação de serviços.

Dornelas (2001) lembra que para que a empresa possa funcionar de forma legal, faz-se necessária a aquisição de vários livros fiscais, emissão de notas fiscais e registro dos empregados, sem esquecer-se de:

 Registro nos órgãos competentes.

 Solicitação do alvará de funcionamento.

 Emissão de notas fiscais na comercialização dos produtos e prestação de serviços.

 Recolhimento dos tributos devidos.

 Entrega das informações sócio-econômicas exigidas.

2.3.4 Questões Legais Sobre Marca E Patentes

Dornelas (2001) alerta para a infelicidade dos empreendedores iniciantes não pensarem na proteção de sua ideia. Ou seja, não depositam a patente do seu invento e nem registram a marca de sua empresa ou produto. E essa é a maneira legal de se proteger da concorrência e ganhar espaço no mercado.

No Brasil, a entidade responsabilizada por marcas e patentes é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) que foi criada em 1970, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). De acordo com a Lei 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial), “o INPI tem por finalidade principal executar no âmbito nacional, as normas que regulam a propriedade industrial, tendo em vista a sua função social, econômica, jurídica e técnica. É também sua atribuição pronunciar-se quanto à conveniência de assinatura, ratificação e denúncia de convocações, tratados, convênios e acordos sobre propriedade industrial” (BRASIL, 1996).

Acredita-se que quando o empreendedor decide colocar a sua ideia em prática, é porque este acredita na mesma. Então, é de suma importância que o empresário tenha conhecimentos de como proteger a sua ideia e marca.

(39)

2.3.4.1 Marcas

Neste tópico serão apresentadas questões legais a respeito das marcas. É essencial que o designer que pretende abrir seu próprio escritório de design tenha esses conhecimentos, pois eles são necessários para se fazer o registro da marca junto ao INPI.

“É todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros análogos, de procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas.” (INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, 2012)

O INPI (2012) classifica as marcas de acordo com alguns critérios.

Classificação das marcas quanto ao tipo:

o Brasileira: regularmente depositada no Brasil, por pessoa domiciliada no país.

o Estrangeira: regularmente depositada no Brasil, por pessoa não domiciliada no país. Ou, depositada regularmente em país vinculado a acordo ou tratado do qual o Brasil seja partícipe.

Classificação das marcas quanto ao uso:

o Produtos ou serviços: usadas para distinção de outros idênticos, semelhantes ou afins, de diversas origens (vide Figura 22).

Figura 22 - Exemplo de marca de produto ou serviço Fonte: Luisvuitton.eu, 2012.

o Coletivas: usadas para identificação de produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada identidade (vide Figura 23).

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Figura 23 - Exemplo de marca coletiva Fonte: Apple.com, 2012.

o Certificação: destinadas a atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas quanto a qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada (vide Figura 24).

Figura 24 - Exemplo de marca de certificação Fonte: Inmetro.gov.br, 2012.

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Classificação das marcas quanto à apresentação:

o Classificação das marcas quanto à apresentação

 Nominativa: constituída por uma ou mais palavras, compreendendo neologismos bem como combinações de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos (vide Figura 25).

Figura 25 - Exemplo de marca nominativa Fonte: E-marcas.com.br, 2012.

Figurativa: constituída por desenho, imagem, figura ou qualquer

forma estilizada de letra e número (vide Figura 26).

Figura 26 - Exemplo de marca figurativa Fonte: E-marcas.com.br, 2012.

 Mista: constituída pela combinação de elementos nominativos e de elementos figurativos, ou de elementos nominativos cuja grafia se apresente de forma estilizada (vide Figura 27).

Figura 27 - Exemplo de marca mista Fonte: E-marcas.com.br, 2012.

 Tridimensional: constituída pela forma plástica de produto ou de embalagem (vide Figura 28).

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Figura 28 - Exemplo de marca tridimensional Fonte: Os Autores, 2012.

Dornelas (2001) relembra que as marcas possuem um prazo de validade de 10 anos, contados a partir da data de concessão. Porém, esse prazo pode ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos.

2.3.4.2Patentes

Como complemento às questões legais sobre “marcas”, este tópico apresentará as questões legais quanto a patentes. A abordagem desse tópico faz-se importante para que o empreendedor saiba proteger os itens produzidos pelo escritório da má fé de terceiros.

“Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direito sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente. Durante o prazo de vigência da patente, o titular tem o direito de excluir terceiros, sem sua prévia autorização, de atos relativos à matéria protegida, tais como fabricação, comercialização, importação, uso, venda etc.” (INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, 2012)

Para o pedido de patente são necessárias o cumprimento de seis etapas, mas nem todas são obrigatórias, segundo Dornelas (2001) são elas:

Busca prévia: não é obrigatória, mas aconselhável que seja feita uma busca antes de efetuar o depósito de um pedido de patente.

Depósito e conteúdo do pedido de patente: o depósito de patente pode ser feito na sede do INPI no Rio de Janeiro ou nas Delegacias e Representações Regionais de outros estados.

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Sigilo do pedido depositado: o pedido fica em segredo até a sua publicação, que ocorre após um ano e meio, contados da data do exame ou da prioridade mais antiga. Ao final desse prazo de dezoito meses, o pedido será publicado na RPI - Revista da Propriedade Industrial.

Exame do pedido: o requerente deve apresentar uma solicitação de exame para que o pedido seja estudado por um examinador. Isso deve ser feito, de maneira protocolada, dentro dos primeiros 36 meses do depósito do pedido.

Carta-patente: caso o pedido seja deferido pelo INPI, deve-se aguardar o prazo de sessenta dias, contados a partir da data de deferimento do pedido, para pagamento da retribuição e respectiva contribuição correspondente à expedição da carta-patente.

Recurso/nulidade: é possível recorrer das decisões do INPI. Se o pedido for indeferido cabe recurso no prazo de sessenta dias. Se a patente for concedida em desacordo com a lei poderá ser anulada pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse.

Cientes das questões abordadas no tópico de "Estrutura Empresarial", foi desenvolvida uma pesquisa específica sobre a concepção de um plano de negócios.

2.4 PLANO DE NEGÓCIOS

Zuini (2011) afirma que inúmeras pessoas acreditam que para o início de um novo empreendimento, basta se ter uma boa ideia e começar a executá-la. Porém, Dornelas (2001) diz que os empreendedores precisam saber planejar as suas ações, bem como delinear as estratégias do negócio a ser criado. Mas, por que planejar?

Dados de uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) apontam que, aproximadamente, 500 mil empresas são criadas todos os anos no país. Porém, cerca de 40,40% encerram as atividades com até dois anos de existência, 56,40% com até três anos de atividades, e 59,90% não passam dos quatro anos.

Esses dados preocupantes da pesquisa, segundo Cláudio Afrânio Rosa (2007), demonstram a importância do planejamento das ações. E a necessidade de um planejamento é reforçada por uma estatística do SBA (Small Business

Administration) que demonstra que apenas 2% dos casos de fracasso dos novos

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MOTIVO %

Incompetência gerencial 45%

Expertise desbalanceada 20%

Inexperiência em gerenciamento 18%

Inexperiência no ramo 09%

Negligência nos negócios 03%

Fraudes 02%

Desastres 01%

TOTAL 98%

Quadro 1 – Causas dos fracassos dos novos empreendimentos Fonte: Small Business Administration, 1998.

Os dados dessa pesquisa do órgão do governo americano de auxílio às pequenas empresas dos Estados Unidos confirma que 98% das causas podem ser colocadas em um único grupo: falha ou falta de planejamento adequado do negócio.

Portanto, esses dados corroboram a tese de Dornelas citada anteriormente. E todo esse planejamento que é parte fundamental do processo empreendedor é conhecido como plano de negócios.

Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2007)

Campos (2007) diz que este documento estrutura as principais ideias e as opções que o empreendedor deverá analisar para decidir sua viabilidade.

2.4.1 A Importância De Um Plano De Negócios

Dornelas (2001) afirma que essa ferramenta de gestão pode, e deve, ser usada por todos os empreendedores que queiram transformar seus respectivos

(45)

sonhos em realidade. Mas ele alerta para o cuidado que se deve ter para escrever um plano de negócios com todo o conteúdo que se aplica ao novo negócio, e não escrever nada fora da realidade.

Ainda lembra que o empreendedor ao redigir um plano de negócios deve ter em mente que esse documento é como um cartão de visita aos possíveis investidores. Ele pode ser a chave do sucesso do negócio ou da desqualificação do empreendimento perante terceiros.

O empreendedor deve sempre se lembrar que a concorrência, o mercado e as pessoas mudam. Por isso, Sahlman (1997) reitera que o plano de negócios, como sendo uma ferramenta de planejamento que trata, essencialmente, de pessoas, oportunidades, contexto e mercados, riscos e retornos, também mudam. Portanto, não se pode achar que uma vez redigido o plano empresarial, ele nunca mais precisa ser alterado ou atualizado. Este documento é uma ferramenta que deve receber atualizações constantemente.

Dornelas (2001) indica que o plano de negócios não deve estar focado apenas na parte financeira. Outros aspectos como indicadores de mercado, capacitação interna da empresa e capacitação operacional são igualmente importantes para a viabilidade do negócio.

Segundo Sahlman (1997), um estudo realizado com alunos do curso de Administração da Harvard Business School concluiu que a elaboração de um plano de negócios aumenta em, aproximadamente, 60% a probabilidade de sucesso nos negócios.

Dornelas (2001) enumera seis itens que são possíveis devido ao plano de negócios:

 Entendimento e estabelecimento de diretrizes para o seu negócio.

 Gerenciamento mais eficaz da empresa e tomada de decisões acertadas.

 Monitoramento do dia-a-dia da empresa e tomada de ações corretivas quando necessário.

 Conquista de financiamentos e recursos juntos a investidores.

 Identificação de oportunidades e transformação destas em diferencial competitivo da empresa.

 Estabelecimento de uma comunicação interna eficaz na empresa e convencimento do público externo (fornecedores, parceiros, clientes, investidores, etc).

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Portanto, todos esses dados apresentados neste tópico demonstram, ao empreendedor, inúmeros motivos e dados importantes para o desenvolvimento de um plano de negócios a fim de potencializar as chances de seu negócio dar certo.

2.4.2 Estrutura Do Plano De Negócios

Dornelas (2001) afirma que cada negócio tem suas particularidades, portanto não há uma estrutura rígida e específica para redação do documento. Mas todo e qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de seções que proporcionarão aos leitores um entendimento completo do negócio.

Um bom plano de negócios deve mostrar claramente a competência da equipe, o potencial do mercado-alvo e uma ideia realmente inovadora; culminando em um negócio economicamente viável, com projeções financeiras realistas. (DORNELAS, 2001)

Barros (2005) diz que o plano de negócios, sendo novo ou uma revisão, deve envolver um padrão internacional de falar o que se pretende vender, por que, para quem, onde, por quanto e assim por diante, ou seja, explicar as diversas etapas de análise de ambiente.

Dornelas (2001) argumentou que cada negócio tem suas particularidades, não havendo assim uma estrutura rígida e específica para redação do documento. Porém, para melhor explicação de como redigir um plano de negócios são necessários os seguintes tópicos:

● Capa ● Sumário ● Sumário Executivo ● Descrição da Empresa ● Produtos e Serviços ● Mercado e Competidores ● Marketing e Vendas ● Análise Estratégica ● Plano Financeiro ● Anexos

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Nos tópicos subsequentes, os itens acima citados serão explanados para melhor entendimento.

2.4.2.1 Capa

Dornelas (2001) afirma que esse tópico serve como página de título, devendo conter as seguintes informações, como mostra a Figura 29.

● Nome da Empresa ● Endereço da Empresa ● Telefone da Empresa ● Site e E-mail da Empresa ● Marca da Empresa

● Nomes, Cargos, Endereços e Telefones dos proprietários da empresa ● Mês e Ano em que o plano foi feito

● Número da cópia

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Figura 29 - Exemplo de capa de um plano de negócios Fonte: Adaptado de Dornelas, 2001.

2.4.2.2 Sumário

Dornelas (2001) afirma que é comum que um leitor do plano de negócios tenha interesse por uma seção específica do plano, portanto é de suma importância que o sumário contenha o título de todas as seções e subseções, bem como a indicação de suas respectivas páginas.

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É definido por Dornelas (2001) como sendo a principal seção do plano de negócios, pois deve expressar a síntese de tudo o que será apresentado na sequência. Barros (2005) afirma que, embora o sumário executivo seja colocado sempre no início, ele deve ser sempre escrito ao fim de todo o planejamento e redação do plano de negócios. Dornelas (2001) recomenda que o empreendedor deve lembrar-se que essa seção deve ser dirigida ao público-alvo, ou seja, enfatizando assuntos que mais interessam aos leitores. A Figura 30 exemplifica como poderia ser feito um sumário executivo.

Figura 30 - Exemplo de sumário executivo de um plano de negócios Fonte: Adaptado de Dornelas, 2001.

Referências

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