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Diano. ftandador: J. E. DE MACEDO SOARES. ~~-...» i X.C. 0

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ASSUMPÇAO, 28 (A. B.) •ornai "El Liberal" annuncia, om suu edição de hoje, que dada a gravidade da situação relnan-te, deante da mobilização de tropas bolivianas e sua concen-tração na fronteira paraguaya, o governo tem recebido offereci-mento expontâneo de diversos aviadores profundos conhecedo-rea da quinta arma, que preten-dem expontaneamente prestar seus serviços ao exercito para-guayo,

Sabe-se, todavia, que o mln!s-tro do Exterior continua confe-rendando com diversos repre-sentantes diplomáticos sul-ame-ricanos, entre os quaes os do Brasil, Argentina e Chile, os qüáès vem mostrando o máximo empenho em ovitar a aggravaçâo rio conflicto, deante da immi-neriòia dc um novo choque entre tropas bolivianas e paraguayas uo Chaco.

UMA EXTRAORDINÁRIA ACTIVIDADE MILITAR LA PAZ, 28 (A. B.) —

Obser-va-se em todos os circulos mili- , . , , tares do paiz, uma actividade verno daquelle paiz, ante-hontem fora do commum, dando a im-, dão a conhecer as fronteiras boli pressão que sáo verídicas as no

ticias sobre —-¦-:>=

---ponha termo, de uma vez por todas, a uma questão que vem constituindo uma perenne amea-ça á tranqüilidade continental. HOMENAGEM AOS OFFICIAES

E SOLDADOS MORTOS ASSUMPÇAO, 28 (A. B.) — A "Liga Patriótica" realizou, ante-hontem, no Theatro Nacional uma sessão civica em homenagem aos officiaes e soldados paraguayos mortos no ultimo Incidente oceor-rido no Chaco, tendo usado da pa-lavra o dr. Manuel Domingues.

Como o recinto do theatro fosse pequeno para conter a multidão que compareceu á sessão, os ora-dores transferiram-sa para a Pra-ça do Congresso, onde a reunião continuou até ser interrompida pela tempestade que desabou sobre a cidade.

EM TORNO DA SITUAÇÃO BOLIVIANA

BUENOS AIRES, 28 (A .B.) — As noticias chegadas a esta capi-tal sobre a situação reinante na Bolivia, á despeito da censura telegraphica estabelecida pelo go . _. _ _ ,.„._ vianas estão fechadas e os meios a mobnTzaçáo

"de

de transporte estão sendo

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Diano Car

ftandador: J. E. DE MACEDO SOARES

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Anno V — Numero 1.219

Rio de Janeiro, Sexta-feira, 29 de Julho de 1932

Praça Ti:

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tropas bolivianas em direcçao ao

Chaco.

Os meios officiaes continuam a manter a mais absoluta reser-va quando interrogados a res-peito dos últimos acontecimen-tos.

A população continua exalta-da, sendo constantes as moções de solidariedade enviadas ao go-verno no caso da situação tomar um aspecto mais grave.

tados diariamente, para o trans-porte de forças em direcçao ao Chaco.

Os meios officiaes argentinos continuam a acreditar na solução pacifica do prolongado incidente. O ENTHUSIASMO DO POVO

PARAGUAYO

ASSUMPÇAO, 28 (A. B.) — O governo continua recebendo de to-das as localidades do paiz tele-grammas de solidariedade e

offe-O Raio da MartelAreconstitucion^açâo

do paiz

EMQUANTO BRIAND SE BATIA PELA PAZ UNIVERSAL,

MARCO-NI INVENTA UM MEIO TERRÍVEL DE DESTRUIÇÃO E DE MORTE

DECLARAÇÕES DE UMA PER- recimentos de voluntários, que ae-sejam alistar-se no Exercito, deante da aggravaçâo da situação criada pela questão do Chaco.

O povo está possuído de grande enthusiasmo cívico, o qual vem sendo demonstrado por oceasião das manifestações que têm sido le-vadas a effeito pelas ruas da ci-dade, durante as quaes têm usado da palavra diversos oradores, que concitam a população i conservar-se calma, confiante em que o go-verno só tomará uma attitude compativel cem a dignidade da nação paraguaya.

TONALIDADE PARAGUAYA ASSUMPÇAO, 28 (A. B.) — Pessoa autorizada a falar em nome do Ministério do Exterior, fazendo declarações em torno dos motivos da aggravaçâo da situação criada pelo conflicto do Chaco, acaba de declarar que as reclamações da Bolivia contra a attitude do Paraguay retomando o for tim "Carlos Antonto Lo-pez", quando se realizava a con-ferencia de Washington, não procedem, visto como as forças paraguayas só empreenderam uni ataque contra aquella praça cie guerra, depois de haverem or-denado a retirada de seus dele-gados que discutiam a questão da assignatura de um pacto de não-aggressão, e que de antemão isentava o governo de qualquer compromisso. Deste modo, as manifestações que se realizam nas ruas de La Paz, clamando pela declaração de guerra — continuou o declarante — não tém razão de ser, porque o pro-cedimento do Paraguay não foi nada mais, nada menos, do que unia attitude em defesa de uma posição que lhe pertencia.

Depois de algumas considera-ções sobre os esforços que diver-sos paizes vem envidando ha mais de cincoenta annos para solucionar a pendência de Cha-co, o declarante terminou fazen-do votos para que o Paraguay e a Bolivia consigam encontrar, auxilados pelas nações sincera-mente empenhadas em preser-var a paz da Amerlca do Sul, uma solução conciliatória, que

 Conferência do

Desarmamento

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Arrojada proeza

Um "raid" aéreo á volta

do mundo

PARIS, 28 (A. B.) — Os avia. dores norte-americanos, James

Mattérri e Bennett Griffin an-nunciaram, hoje que na próxima orhuavéra, intentarão um "raid aéreo, sem etapas. A volta do mundo, o primeiro neste gene-vo.

DE CIRCO!.

e e

Em torno das

declara-ções do sr. Arthur

Hen-dersoia

A notável proeza de um

acrobata hespanhol

MADRID 28 (Havas) — Com-municam de Santander.que a po-pulação local esteve, hoje, durante longos minutos, empolgada pelo ousado feito de um acrobata de circo, conhecido pelo alcunha de "Rigoletto", que, preso pelos den-tes a um trapezio pendente da barquinha de um baião, subiu a mais de cem metros de altura. O aerostato íóra carregado pelo ven-to até o centro da cidade, onde cairá sobre o tecto de uma casa. O acrobata atirára-se do trapezio ã chaminé do prédio, de onde al-cançára, üieso, a rua, debaixo de vibrantes applausos da multidão que assistia á proeza.

Marconi, o genlo italiano que acaba de descobrir o Raio da

Morte

O telegrapho espalhou por todos os cantos do mundo, uma sensa-cional noticia, que veiu abalar ainda mais a consciência numa-na, que vive, nesta hora de ex-treinas amarguras universaes, preoecupada com os destinos que possam ter as gerações futuras da terra. A noticia sensacional re-sume-se nisso: Marconi, o genial descobridor do radio, acaba de

A Conferência de

Ottawa

fazer uma outra descoberta: o raio da niortel

O sablo italiano, usando de on-das ultra-curtas, terá o poder ex-traordinario de amhiquilar, de distancias longas, tudo o que qui-zer.

Ao mesmo tempo, que, em Ge-nebra, se discute numa reunião de potências, o desarmamento das nações, reduzindo-lhes o poder bellico e prohibindo, o uso dos aviões como elementos de ataque, Marconi inventa uma arma po-derosissima que colloca a huma-nidade na situação de perpetuo desasocego e intranquillidade.

O que precisávamos descobrir, agora, era o raio da: vida, para que os homens tivessem mais tem-po de trabalhar pela civilização, pela paz e pela fraternidade inter-nacional.

O raio da Morte, como uma ad-miravel affirmação do gênio de Marconi, será, comtudo, a nega-ção da cultura humaha, orienta-da no sentido do Bem. Marconi constituir-se-á, talvez sem isso desejar, um inimigoída humani-dade.

Sua invenção não. poderá rece-ber os applausos dos povos. Po-dera servir aos interesses dos go-vernos. Mas nunca las aspirações dos homens, que desejam viver em paz, livres do flàgello maldi-to da guerra e dos seus meios de destruição e de morte. E foi por essas nobres aspirações que tan-to se bateu o grande! Briand!

O consolo, no momento, é que o raio da Morte, até agora só

at-RÁDIOS

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Em torno dos trabalhos

da assembléa

OTTAWA, 28 (A. B.) — Os jornalistas que acompanham os tiabalhos da Conferência Eco-nomica Imperial, embora sejam testemunhas dos esforços que ca-da uma ca-das commissões nomea-das com o;"'intuito de examinar «3p.''radamente os differentes as. pectos da situação economioo.tt uàhccíra do Império Britannico, vem desenvolvendo no sentido de desineumbir-se a contento de sua tor?ía, não escondem a impres-são de- que os interesses em ]ogo, e as propostas diversas apresen. te.tias pelas delegações presentes A reunião, apresentam tal dis-oppancia sob certos aspectos, que se exige dos estadistas aqui íeimidos um trabalho exhaustivo e hábil, afim de evitar mn Ira. coòíc final irremediável

"Pilot" e "Philips"

GRANDE ALCANCE. Pagamentos em parcellas mensaes pelo

CREDIÁRIO

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Exposição

AVENIDA '¦''JOSE'^"ÇSifclBE SAO

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entre a Inglaterra e o Canadá, mn paiz que até o presente mo mento vem sendo um dos grandes ruaveados importadores do pro dueto norte-americano, como as

nuestões economico.politicas én. tre a primeira dessas nações, a Irlanda e a índia, são assumptos que exigem o maior tino para se-rem resolvidos, em vista da for-rriidável influencia que o factor

Briand, o glorioso estadista-francez, que foi o maior

após-tolo da paz universal tingiu os morcegos. E desejamos que fique por ahi. Não será nada agradável, estarmos calmamente gosando a vida — embora sof-frendo aperturas e difficuldades — e, repentinamente, sermos fui-minados pelo tal raio da Morte.

Que o mestre Marconi fique nos morcegos, são os votos dos ho-mens!

swomÊKm

A Rumania politica

BUCAREST, 28 (HAVAS) — A recente entrevista do rei Car-los II com o ex-presidente do Partido Nacional Agrário, sr. Maniu, é considerada como uni acontecimento decisivo na evo. iüçáo da presente crise politi-ca..

A impressão predominante nos mei'.'!: bem informados, mesmo nes círculos officiosos, é, entre-tanto a de que o sr. Maniu náo aceitará o comitê que lhe fez o soberano para que assumisse a responsabilidade do poder. Jul-ga.se mesmov^oue9«HppovaVel que o sr. Maniu consinta em reassu, mir. a chefia do partido e voltar á srena politica.

A sessão de hoje no Tribunal Superior de Justiça

Eleitoral — Serão discutidas as suggestões que

deverão ser enviadas ao governo, quanto ao

prazo de installação dos Tribunaes Regionáes

Reuniu-se hoje em sessão ex traordinarla, sob a presidência do ministro Hermenegildo de Barros, o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral.

Entre os assumptos de relevan-cia que deverão ser tratados, avul-ta o da discussão das suggestões que deverão ser enviadas pelo Tribunal, ao chefe do Governo Provisório, para que sejam toma-das providencias definitivas quan-to à installação dos Tribunaes Regionáes, que faltam, e organi-zação de suas secretarias, dentro do mais curto prazo possivel, com applicação de penas disciplinares aos juizes faltosos.

Como ha poucos dias, o chefe do Governo Provisório, attenden-do ás suggestões attenden-do Tribunal Su-perior de Justiça Eleitoral, bai-xou o decreto fixando a data Pa-ra o inicio do alistamento eleito-ral, é de crer que, em se tratan-do de um assumpto de muito maior relevância como seja o da fixação do prazo para a instai-lação dos Tribunaes Regionáes, use da mesma bôa vontade e to-me as providencias immediatas que o caso requer.

As razões apresentadas até hoje, pelos presidentes dos ' Tribunaes Regionáes, que ainda não se ins-tallaram, giram quasi todas em torno da falta de verba e da au-sencia, em alguns, absoluta, dos funccionarios designados para or-ganização das secretarias, fogem por completo á competência do Tribunal Superior de Justiça Elei-toral, que, no que está ao seu al-cance, não tem poupado esforços nem energia para o conseguir, afim de apparelhar conveniente-mente o paiz, para as próximas eleições da Constituinte.

As deficiências verificadas no Código Eleitoral, para a sua per-feita execução e fiel observância,

só poderão ser sanadas pelo Go-verno Provisório, baixando dc-cretos especiaes, ouvidas as sug-gestões do Tribunal Superior, uni-ca autoridade uni-capaz de reconhecer aquellas falhas ao applicar a no-va Lei Eleitoral.

Para que não se verifique, pra-ticamente, grande disparidade quanto ã data do inicio do alista-mento eleitoral nos Estados, é de summa importância que seja le-vada em consideração a prompta installação dos Tribunaes

Reglo-________________________ ' \* --'>i^^^^^S

Ministro Hermenegildo de Bar-ros, presidente do Tribunal Su"

perior dc Justiça Eleitoral naes, em todo o paiz, medidas que serão solicitadas pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, ao chefe do Governo Provisório.

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A oroaiízação ü paz

o I politico exerce, hoje" em dia, so, anto as relações commerciaes bro os problemas commerciaes.

Conferenciaram com o

sr. Getulio Vargas

Com o sr. Getulio Vargas con

COMO O SR. RODRIGO OCTAVIO SE

MANI-FESTA SOBRE O "DESARMAMENTO

MO-RAL", PROPOSTO PELO MINISTRO ÜO

EX-TERIOR POLONEZ

O governo polonez apresentou, I

ferenciaram hontem no CatteJ

^^ f $S Cações eá te, os srs. Oswaldo Aranha, ge- n*X££«£ Tft&Sr rin neral Espirito Santo Cardoso e Conferência Internacional do almirante Protogenes Guimarães, Desarmamento um longo memo-tendo sido recebidos em audien-,-««dum. em que preconiza as se-cias os srs. Oliveira Vianna e gumtes Providense-cias:

Julião Peçanha. | 1°) introducção nos códigos de

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A CADEIRA E A TRIBUNA

Sala das sessões publicas Conheço meu logar e estou con da Academia Brasileira

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Arthur Henderson ROMA, 28 (A. B.) — As de-(..'araçóes do presidente da Con-ferencia do Desarmamento, sr. Arthur Henderson, em torno do resultado da primeira etapa dos trabalhos da importante reunião, náo causaram bôa impressão no seio da imprensa italiana, visto como as palavras do ex-ministro do Exterior da Inglaterra deram a impressão de que elle próprio não considera como um grande avanço a approvação da resolu-ção Benes.

Os jornaes dizem que o facto de haverem comparecido á ses-são em que se approvou a resolu-ção em apreço, sessenta e cinco nações, nada significa, deante dos votos contrários da Allemá-nha e da Rússia, da abstenção da Itália e da votação sob reserva por diversos paizes, mormente quando estes apresentaram fun-damentadas razões defendendo seu ponto de vista.

Os órgãos menos pessimistas espetam que a segunda parte dos trabalhos da Conferência do Desarmamento possa apagar a impressão do fracasso que se deduziu quando, depois de seis mezes, ficaram sem resolução os interesses de paizes que tanto -afiavam nos propósitos dos «tadistàs reunidos em Genebra.

de Letras. No centro, sobre o estrado cobcrlo de velludo azul, a mesa do presidente, tendo em frente as largas poltronas azul e ouro dos acadêmicos. Cercada por es. tas. a tribuna. Em baixo, Ia. deando esse grupo dc mo-veis aristocráticos, e esten-dendo-se até ás extremida-cies da sala, a multidão das cadeiras escuras e plebéias, destinadas ao publico. Apro. veitantío a penumbra, e o si-lencio do recinto deserto, a tribuna e unia das cadeiras humildes entabolam palestra. A TRIBUNA — Ainda estás ahi?

A CADEIRA — E para sempre, se me fizerem o gosto. Se acnas que a vida (se isto é vida!) te é lncommoda, eu não tenho mo-tivos de queixa. Tanto me; faz permanecer aqui, neste salão de conferências, como num salão de baile, para mim é o mesmo. Nao me queixo da sorte.

A TRIBUNA — Quem pouco merece acha sempre que o pouco que Jhe dão é muito

A CADEIRA — E quem tudo desf ja acha sempre que o multo que lhe dão é pouco.

A TRIBUNA — Pretendes, ac caso, comparar o teu destino ao meu?

A CADEIRA — Eu? Não, mi nh» filha. Destino é como mari. do em sociedade honesta; cada um tem o seu. Tu, que vives sem pre em contacto com os homens de letras, conheces com certeza aquelles versos em que se diz que "até nas flores se encontra a dif-ferença da sorte, umas enfeitam a viria.: outras enfeitam a morte", dos oiiaeí' ha uma parodia em que ó poeta affirma tambem, que "entre as arvores se vè estranha contra dicção: umas são p'ra Ia. zer santo, outras p'ra fazer car-vão".

A TRIBUNA — Estás ficando literata... Estás ahi, estás pas. sando aqui para cima...

A CADEIRA — Não pretendo.

ter,te com elle

A TRIBUNA — E que preten. desses. Isto aqui não é paia quem quer; é para quem pode Dahi para cá, ha uma altura de cera mil réis por semana!

A CADEIRA — Queres dizer, talvez, que és mais feliz do que eu...

A- TRIBUNA — Que duvida! Basla que examines de onde eu vim, e onde estou. Pau de que se ts.7. tribuna não se faz cade.ra.

A CADEIRA — Presumpção e ftgua-benta... De onde és tu, en-tão ? E's capaz de suppor, única-mente porque os literatos falam de rima de ti. que és feita de al-gum carvalho da floresta de Do. dona. como o mastro da náu de Jasão. E's o "pau falante" da myhologia...

A TRIBUNA — E tu* és Q fa-lante "pau"...

A CADEIRA —• Não te zan. gues, filha. Deves saber, pelos oradores que tém súbito a tua es. cadiuha, que os tribunos, e, con-seguintemente, as tribunas, não devem perder a calma nas dis_

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A TRIBUNA — Eu estou se. rena. Apenas, quero que saibas, de uma vez e para sempre, que a tribuna é uma só e as cadeiras são muitas e que, portanto, ha entre nós uma grande differença de posição.

A CADEIRA — E de nasci-mento...

A TRIBUNA — E de nasci, mento. sim, senhora. Eu sou de pinho de Riga, do verdadeiro, o pinheiro de que fui feita nasceu numa eminência, A margem do rio Duna, e ao meu tronco foi amarrado, durante a guerra, o cavallo do general Bruzilloff. A fronde que eu sustentei cobriu-se da neve de quarenta invernos. E qoa"do cortaram a arvore no. bre de que sou com muita honra uni co? remanescentes, desci, co. mo despojo soberbo, a corrente do rio de mistura com blocos de çelo que iam dissolver-se no Bftltlcfc

A CADEIRA — Eu já havia dssconfiüdo...

A TRIBUNA — Desconfiado cie oue?

A CADEIRA —¦ De tanto gelo. Tudo que desce de ti vem gela. do...

A TRIBUNA — A pilhéria não tem graça nenhuma.

A CADEIRA — Continua. A TRIBUNA — Em Riga, o tronco de que eu fazia parte foi dividido em tres blocos, cada um dos quaes teve destino mais hon-roso. Do primeiro foi feito o cai-xão em que enterraram, em 1921, o grande poeta Nikolai Stephano-vith Gumilov. Do segundo foi fa-brioada a caixa em que foram queimados os livros contrários á revolução russa encontrados nas bibliothecas de Riga. Do ul-time fui eu fabricada depois de expertada, em taboas, para o Brasil.

A CADEIRA -- Triste destino o desse pinheiro!

A TRIBUNA — Triste, por que? A CADEIRA — Achas então que é pouco só ter servido para enterrar a literatura?

A TRIBUNA — Peste! Conhe-cesses a tua origem, e verias se o teu passado é tão illustre.

A CADEIRA — E porque não? Olha, eu sou madeira nacional.

A TRIBUNA — Páo-Brasil, tal-vez...

A CADEIRA — Não, senhora. Não vou tão longe. Eu nasci no Paraná, nas faldas da Serra Azul E a arvore*de que fui parte, uma frondosa perobeira alinhada, nào se cobriu de neve nem amorrou cavallo de general nenhum. Em compensação, a sua fronde hospi-taleira aninhou muito pássaro ca-boclo e agasalhou muita rola na-moradeira, que lhe ia arrulhar ly-ricamente entre as folhas. De-pois de abatida, a alegre perobei-ra do pé da serperobei-ra foi despida dos seus galhos, das suas ramagens que dansavam o catêrêtè com a brisa, e conduzida á serraria. E da divisão de que foi victima não suecedeu baixar ao seio da terra funebremerte, nenhum dos seus pedaços: de um delles foi feita uma cama de noivado...

A TRIBUNA — Que vergonha agasalhar unicamente homens, e"a não escutar nupca — nunca, ouviste ? — a voluptuosa caricia para uma arvore!

A CADEIRA — De outro, sai-mos nós, doze cadeiras que aqui vês e a mesa de cabeceira de uma senhora elegantissima que mora em Corityba. Não temos literatos na familia, e... graças a DeusJ

A TRIBUNA — Graças a Deus, por que? Se despresas a li terá-tura não devias ter vindo para a Academia.

A CADEIRA — Eu não vim para a Academia: vim para um salão mundano onde vêm , mu-lheres bonitas. Não vim pela glo-ria, que não vale nada, vim pela belleza, que vale tudo. Aqui, onde me vês, tenho sentido o contacto dos corpos mais bellos e o perfume da carne mais jo-ven. O meu espaldar tem acari-ciado espaduas que jamais ima-ginaste. Os meus braços têm sentido a pressão meiga de mãos que parecem pluma e de unhas que parecem coral. Os meus pés têm friecionado outros, pequeni-nos, quasi tão meudos quanto elles. E eu toda tenho estreme-cido de volúpia ao sentir que sustento com a força da minha fragilidade um vulto de mulher, isto é, a coisa mais perfeita e preciosa da Criação. Só por isso valeria ter descido da serra na-tal e abandonado os pintasil-gos e as rolas, e deixar-me de-cepar, serrar, sacrificar, mumiíi-car neste movei em qué me tor-nei. A belleza é a suprema 'razão da vida. Eu ouvi dizer, uma vez por uma senhora que se acolheu entre os meus braços, que um sa-bio antigo havia dado a sua al-ma ao Diabo em troca de uns dias de mocidade e de belleza varonil. E tinha razão, o velho. Que prazer sentes tu, ahi, onde estás ? Para que sejas infeliz basta que guardes isto no pen-samento: nunca sentirás o con-tacto de um busto de mulher, o calor de um seio debruçado so-bre ti ! Estás destimda, pelos es-tatutos da instituição a que ser-ves com esse orgulho todo, a

de uma voz feminina! Haverá no mundo desgraça maior ?

A TRIBUNA — Mas... A CADEIRA •— A conjuneção é inútil nesta emergência. O teu destino, é doloroso e aggrava-se com a circumstarícia de não se-res, jamais, a confidente de um pensamento intimo. As palavras que ouves, dos homens que de-ti se approximam, são ditas para toda gente e, como tudo que se diz em voz alta, falsas e menti-rosas.v Nâo serás, nunca, deposi-taria de um segredo, nem teràs a ventura de, escutar uma confí-dencia. umá dessas expressões sem literatura e sem grammatica, mas que são toda a alma huma na, e que sè dizem de uma sim. pies cadeira para; outra cadeira que lhe fica ao iado. Ó que es-cutas é escutarás eternamente, é o ficticio, é o estudado, é o con-vencional. E eu, daqui, te juro. sem despeito ou maldade: antes quizera ser o pinho; do caixão que apodreceu na Rusáia com o corpo do poeta Gumjjpvj

A TRIBUNA — Tens, talvez, razão. A beileza e a mocidade va-lem mais que a riqueza e a glo-ria. E eu estou cansada de oavir discursos, e, o que é peior, todos elles ern voz masculina, e em que os homens dizem o que não pen sam sobre os outros. Acresce que, por uma fatalidade do meu desti-no, quando um de*sses corrupiões de peito amarello ge aproxima de mim, é sempre para falar de um defunto. A arvore de que fui tei-ta nasceu para o serviço da Mor-te...

A CADEIRA (compadecida) — Desce dahi; dá-me a tua mão... A TRIBUNA (triste) — Eu não tenho braços, como tu...

A CADEIRA — Foge, então, sosinha...

A TRIBUNA — Não posso! Não tenho pés...

(Escuta-se uua choro, na pc-numbra)0

cada paiz de disposições punin-do a instigação á guerra;

2U) convocação de uma con-ferencia universal dos represen-tantes da imprensa afim de cs-tudar e estabelecer os meios pra-ticos para intensificar a collabo-ração da imprensa e da organi-zação da paz;

3o) revisão dos manuaes esco-lares para eliminar tudo o que possa fomentar o ódio contra o estrangeiro;; e' •tièlles' incluir o ensinamento dòs,'fins' e ,da orga-nização da Liga.das-Nações;

4o) conclusão de um accordo internacional que prohiba fazer uso da. radiophonia para pertur-bar as relações', internacionaes. A revista- "Pologne Literaire" tomou a iniciativa de um inque-rito sobre as medidas propostas pelo sr. -Augusto. Zaleski, minis-tro do Exterior da Polônia. Re-ceberam consultas vários intel-lectuaes brasileiros e á Socieda-de Polono-Brasileira " Kos-ciusko".

O eminente jurisconsulto pa-tricio, sr. Rodrigo Octavio res-pondeu ao inquérito como presi-dente da Sociedade "Kosclus-ko", mostrando-se inteiramente favorável á idéa do sr. Zaleski

No documento em que expõe detalhadamente o seu ponto de vista, diz o ministro Rodrigo Octavio:

"E' bem certo que são os go-vemos que declaram as guerras, segundo a lei de cada povo; mas, governo algum assumiria a responsabilidade de se aventu-rar a uma guerra que já não houvesse sido declarada pela opinião publica do seu paiz. E', pois, a opinião publica que de-clara guerra, que toma a guerra possível e assim, o melhor meio, sinão o unico meio de evitar a guerra é promover a harmonia dos espiritos entre os povos dos diversos Estados.

No dia em que os povos con-fraternizarem realmente e não alimentarem, uns para com os outros, sentimentos, de rivalida-de ou animadversão, póde-se afirmar que soou a hora da paz universal".

E, mais adeante:

"Não dispondo de elementos de força, de qualquer natureza, já a acção da Liga das Nações assenta puramente no prestigio da força moral. E' mister, porém, que essa força moral que deve preponderar definitivamente na solução do problema da paz universal, seja augmentada e prestigiada com ou-tros elementos. Para sua autori-dade definitiva, é mister que. ao lado da acçáo do Instituto de Ge-nebra, amparando-o, ammando-o,

(Continua na 8a pagina).

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VIDA SOCIAL

Diário Carioca — Sexta-feira, 29 de Julho de 1932

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Cambio — S 10|128 d. Apólices unlformisadas, 790$. Oafé, typo 7, 12S30O.

Assucar, crystal noVo 39J0OO Algodão, Serldó 378500

No Itamaraty

Esteve, no Itamaraty, o er. Ra-lael R. Seppala, oncarregado «le ne-goclos interino da Finlândia, para apresentar ao dr. Afranlo de Mello Franco, ministro das Relações Ex-erblores, condolências pelo íalleol-mento de Santos Dumont.

O ministro das Relações Ex-teriores. mandou apresentar ao dr. Carlos Valera, encarregado de nego-cios do Peru', os seus cumprimentos pela passagem da data «acionai pe-ruana por Intermédio do secretario Rubens do Mello. Introductor dlplo-ma tico.

O dr. Aíranlo de Mello Fran-co. ministro das Relações Exteriores, recebeu, em audiências previamente designadas, os srs. Antônio Mora y Araújo, embaixador da Argentina, e David Alvestegul, ministro da Bo-Uvla.

O ministro' Cavalcanti de Lacerda, secretario geral do Mlnls-terio das Relações ExMlnls-teriores, rece-beu oe srs. Martlnho Nobre de Mel-lo, embaixador de Portugal; Antônio Benttez, mlnlftro da Hespanha e Thadeu Grabowskl, ministro da Po-lonla.

O dr. Afranlo de Mello Fran-co, ministro das Relaçõoa Exteriores, recebeu o ar. Samuel Quy Inman o d. Ellsabeth Bezerra de Freitas.

Nos listados

PERNAMBUCO Foi fundado, na oapltai do Estado, o Club de Gui-tura. Physica.

A Escola de Bellas Artes re-servou uma matricula gratuita pa-ra cada Jornal de Recito, quo Insere. verá um alumno de sua escolha,

BAHIA — O capitão de Portos do Estado concedeu licença á Compa-nhia Industria e Vlaçfto do Ptrapora para iniciar o serviço de salvamento Uo vapor "Santa Clara", quo, em Ja-neiro deste anno, naufragou ao rio Sáo Francisco.

Falleceu, em São Salvador, a senhora Virgínia Peixoto, mio do dr, Aíranlo Peixoto, professor da Faculdade de Medicina do Rlq de Janeiro e membro da Academia Brasileira de Letras.

No Exterior

O padre James Cos, apoiado pelos deróecupados norte-americanos, apro-sentou e, sua candidatura á presi-dencia dos Estados Unidos.

Reunlr-se-á, no dia seis de agosto, o Congreso da Bolívia, afim do discutir a adopçâo do medidas suggeridas pelo governo a respeito do conflicto com o Paraguay.

Inaugurou-se, em Turim; o 17» Congresso Nacional do Expe-ranto.

Falleceu, ua capital chilena, o conhecido político e Jornalista Eliodoro Yanea, fundador de "La Na-ciou".

Por motivo da ealastrophe do "Nlobo". o

presidente Hindenburg recebeu, entre outros, expreaivo* telegrammas de peaames dos reis do Itália e da Dinamarca.

A Hespanha adhorlu ao Pacto Consultivo Europeu.

Registraram-se, cm Lelpalg sangrentos conflictos outro hltJerls-tas e communishltJerls-tas.

O Vaticano o o Panamá re-conheceram a Junta Governativa tio Chile, presidida pelo sr. Carlos Da-vila.

Falleceu, um Parma, o almi-ranto reformado conde Alberto deJ Ecmo, antigo mllsstro da Marinha da Itália.

A capital paraguaya íol varri-da por um violentíssimo tufão, que causou conslderavets prejuízos.

Foi posto em liberdade provi-sorla. na Allemanha, o escriptor so-ciallsta Bremer, suspeito de cumpll-cidade numa. conspiração contra o Estado.

O aviador von Gronau mostra-se disposto a promostra-seguir no mostra-seu vôo ao redor do mundo.

Falleceu, em Berlim, o alml-rante reformado Felix Funlce,

LOTERIAS

PARANÁ': 5225 „„ „„ 50;0OOSO00 1784 .„ „„ .". 3:0003000 ¦4204 .. .. 1:0003000 %*16 .. ,. .. „„ .„ „„ 500*000 9B74 'i. 5CO5O00 9684 .:, „„ .. .. „„ .. 200SCJ0 885S .„ „¦„ .. .. „. .. 200S00Ü 8852 J, .-. .--, „„ b. „„ 200SOOÜ 4546 ,„ v„ .-. -,, .. .. 200$000 10991 .. 'J005000

Broadway Cocktaii

Vêm constituindo uma note d» ac-centuado cunho mundano os espe-ctaculos do Broadway, onde vel actuando com Invejável exlto os co-nheoldos e applaudidos artistas: Lau-ra Suarez Lamartine Babo, Sylvio Caldas, Elisa coelho o Carollna Car-doso de Menezes.

Ainda hontem, foi o "Broadway Cocktaii" freqüentado pelas ílguraa mala expressivas da nossa elite tendo sido notadas as seguintes: sra. em-balxador Oscar Teífé; sra. marqueza de Cannella; sra. Bica dc Almeida; 3ra. Rocha Miranda; sra, Sylvla de Mello Macedo; sra, Llnneo de Paula Machado; sra. Feitas Bastos; srta Otüilo Mattos; sra. Acy Coelho; sra. A!leu Cordovil; sra, Paulo do Bet-tenoourt; mme. Murtinho Nobre; sra. Penna da Rocha; sra. Helena Fernandes; sra, Iveta Ribeiro; sra. Maria Eugenia CeUon ;srta. Cal-delia; srta. Aurora Tavares; sra. Arthur Lobo; srta. Lucla e Ernes-tina Lobo; sra. Lengruber; srta. Jíadelon de Assis; srta, Victorla Bor-dl, srta. Moutlnho de Almeida.

ANNIVERSARIOS

Fazem annos hoje:

As senhorinhas — Maria Dolores Ouudldo do Oliveira; Diva Mendes Tavares; Odette Silve; Therezinha Adobar e Maria Antonletta de Brito. Aa senhoras — Julla de Abreu Ma. chado; Olga Pereira; Dulce R. Abranches, e Gulomar de Figueiredo Ramos.

—> Passou, hontem, a data nata-Ucla da sra. Julla Cabral, esposo, do dr. Horacio R. Cabral

Fez annos hontem a sra. d, E.lna Rodrigues de Souza, digna consorte do sr. Wladomiro Rodri-gues de Souza, estimado íuncclona-rio do Ministéíuncclona-rio da Agricultura

Os senhores — Capltio Francisco Ramos, da Marinha Mercante; Al-berto Lima, nosio collega de lm-prensa; Aloysio Novaes, 0 Hellodoro Barreto, do alto commerclo desta praça.

Cezira Tuplnambá, — Festejou o seu annlversarlo natalicio, sendo por esso motivo multo cumprimentada por suas amiguinhas, epUègàs e ad-mlradores a graciosa srta. Cezlra Tupluambá, estimada e esforçada íuncclonarla da acreditada Compa-nhia Anglo Mexlcan, e filha da viuva sra. d. Esther Madeira Tuplnambá.

Transcorre, hoje, a data ua/ta-Ucla da exma. sra| d. Maltlnha Lalto de Souza Dantas, esposa do sr. Zeno de Souza Dantas. O joven ca-ral commemora, egualmente nesta data o primeiro annlversarlo do seu casamento, recebendo, portanto, das pessoas do suas relações de amizade, as malB effu-lvas saudações pelo du. pio acontecimento.

THEA i KÜS — LjBTKAS

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VIDA MUNDANA

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Fez o roca passado 250 an-nos que o bom padre Perlgnon descobriu o champagne. Sem duvida, o vinho já. existia an-tes delle. Mas...

No decurso do terceiro século da nossa éra, a vinha foi in-troduzida naquella região íran-ceza pelos romanos. Nesse so-lo calcareo, os vinhedos tive-ram, desde logo, grande des-envolvimento; e de todos os vinhos fabricados na região, um conheceu notoriedade ra-plda, tomando-lhe o próprio nomo e merecendo do poeta Dominique Beaudler, que es-crevia seus poemas em latim, o enthuslastico titulo de "vi-num dei".

Salnt Rémy, celebre arcebls-po de Reims, foi grande pro-prietarlo ds vinhe des cham-nunheres; dois uapas illustres, Urbano II e Leão X, tinham pela mágica bebida "dmiração sem fronteiras, e La Fontalne

cantou soberbamente "le bon vln rc:r.ols".

Tudo Isso foi recordado ago-ra, á passagem tío 250° annl-vers: rio da descoberta do champagne. Entre1-"to, nem o poeta Dominique, nem Salnt Rémy, nem os dois papas, nem La Fontalne conb-ceram o verdadeiro champagne... Só mais tarde um religioso, Dom Perignon, homem genial, con-seguiu tornar o vinho claro e"""•^emente eepumante, Era elle a esse tempo admi-nlstrador da abbadla benedi-ctlna de Hauvilers, não' longe de Epernay, que logo se fez grande centro viticultor e vi-nicultor.

Compreendendo a fonte de lucros que podia ser a expio-ração dos vinhedos abundantes' em torno da abbadla, Don Pe-rlgnon -j.Hou de melhorar o vinho -ue elles produziam.

Fermentando durante a pri-mavera, ao tomal-os, certa vez,

notou o padre o picante agra-davel que lhes dava a espuma da fermentação, Infelizmente ¦•nhemp- n. Como tornal-a per-manente? Após longas e pacl-entes pesquisas, encontrou elle, emfim, o melo, cortando os 'Hííerentes vinhos verdes, ad-diclonando assucar, obturando as garrafas (até então tapadas com estòpa oleosa), com rô-lhas de cortlça, conseguindo, dess'arte, estabilizar a espuma e dar ao vinho uma Ilmpidez, uma transparência que até en-tao náo possuía.

Tinha nascido o divino ne-ctar! E foram os 250 annos dessa genial façanha de Dom Perignon que a província de Champagne celebrou, e, com ella, o mundo civilizado, em e ', dias do mez de junho findo.

Não acha o leitor que o acontecimento valia bem um assumpto para o chronista, baldo de assumptos? — Fan-fcaslo.

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T H E A T R O

Uma revista no Phenix

A empresa do Theatro Phenix, organizou para amanhã e depois, dois sensacionaes espectaculos para despedida da sua compa-nhia. que embarca na prcocjma semana para uma "tournée" ao Norte, iniciando-se na cidade de Victoria.

Assim, os artistas em homena-gem ao publico carioca, organi. saram um espectaculo monstro, a preços do costume.

Constará o espectaculo de uma •'revuette" em um acto. com dez números de musica brilhantes e rio vaudeville em 3 actos (30 dias dc jejum".

A ordem do espectaculo é a se. guinle: Ia parte: ás 20 horas — •'Caixa de ¦¦surpresas", revuette. que como o nome Indica, propor-cionará ao publico agradáveis surpresas.

AuBUsto Annibal e Manoelino Teixeira, a dupla cômica da com. oanbia. fará a cwnperagem; Ivo-ne Brand, dará a conhecer os seiis últimos suecessos ante as pla'éas portenhas: João Llno, dentro de um legitimo "jeca" contará aneedotas caipiras; Au-gÜBtp Guimarães, dirá "A fei joa. da" cançoneta cômica de grande wcnefso; Milly Portella, Carlos Machado e Pepa- Ruiz.

A terceira recita de

assi-gnatura de Gaby Morlay

em

"Melo"

de Bernstein

Se bodos os espectaculos da temporada franceza de Gaby Morlay provocam grande reper-cussáo em nosso mundo social, o de hoje»* está por isso destina-do a uma repercussão ainda maior, proveniente do enome da peça escolhida. Com effeito, "Melo" que nos apresenta uma nova maneira theatral do autor de "La Serret", provoca a mais intensa curiosidade entre os apre-ciadores do theatro francez, pela sua nova feição technica, como! pela sua expressão dramática, i Toda a gente a deseja conhecer, pois que toda gente sabe de seu exlto, quando de sua creaçáo > em março de 1920 no Theatre du Gyinnase, por essa mesma Gaby Morlay, que hoje iremos ver no mesmo papei de Romalne. Mas, o espectaculo de hoje apresenta um outro grande interesse. O da pre-sença de mr. Debucourt que' pela primeira vez se fará applaudir em recita de assignatura. E' a se guinte a distribuição de papeis pela ordem de entrada em scena: Romalne, melle. Gaby Morlay; Mareei, mr. Debucourt; *ja Bon-ue, melle, Nicole Rozan; Un dan-seur, mr. Luxeuil; Un maltve d'hotel, mr. Darleys; ChrisLiane, melle. Janlne Leduc; Un.medi cin, mr. Marcus Bloch; Un con-sommateur, mr. Lucien Gadry; Un autre consommateur, mr. Re-né Delslnne; Un oretre. nr. Mau-rice Jacquelin; Un valet üe cham bre, mr. René Delslnne.

Companhia de

Especta-culos Modernos do Carlos

Gomes

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e

as artes...

Benjamin Lima Comediantes de valor, como Portugal os tem, no Casino Bel-ra-Mar installaram-se para in-terpretar autores de mérito, como os tem o Brasil. Tudo devia, tu-do parecia garantir o exito pleno da temporada — exlto material, está claro, que o outro assegurado se achava. Foi, porém, um mal-logro ccmpleto que se verificou. Desde o espectaculo inaugural, até o ultimo, conservou-se ás mos-cas a bilheteria. Se, conforme se diz, as senhoras Abranches orga-niaaram tal serie de representa-ções por estarem "á court d'ar-gent", saiu-lhes o trunfo ás aves-sas, avolumou-se-lhes ainda mais o prejuízo.

Quaes os motivos do fracasso? Dois, pelo menos, são, de inven» tario fácil.

O primeiro é a pousa felicidade do próprio theatro escolhido. Lin-da sala, bem aconchegaLin-da, multo própria, consequentemente, para a cc"~-!dia. Não ha, porém, negar que sua localização a desfavorece. Somente está bem collocada em relação aos bairros atlânticos, que uma parte, apenas, da cidade con-stituem, e, ademais, são habita-dos principalmente nor snobs, para quem só é chie vêr os írancezes no Municipal — vêr, sim, que isse de ouvir mais fino fia. O Casino é, relativamente á maio. parte da urbs, um theatro positivamente contra a mão.

A segunda causa do desastre, a onto-a no facto, mesmo, de se tf"ter de uma "temporada por-Jiügueza iis comedia brasileira".

Os compatriotas das Abranches lá não foram, porque ellas esta-vam a representar peças do Bra-sil e os nossos tambem lá não put^ram os pés, porque eram por-ti •eze os artistas em actuação. Tudo isso tem a sua lógica, uma lógica desencantada.

Adiada a

"premiére"

de

1 remoço oalcio , no

Theatro Republica

A companhia portugueza de re-vista do Republica, que tantos triumphos tem alcançado com as peças de seu repertório, tem actu-á1 mente em ensaios una revista LT.asilelra de Luiz Peixoto e Frei-re Júnior, Frei-revista que cem o sug-gestivo titulo, bem nacional, de "Me deixa, Yôyô ..". Essa revls-ta que os applaudidos escriptores brasileiros escreveram especial-mente para a companhia, desti na-se não somente ao 3rasil, mas tambem á Portugal, por Isso aquelles intelll'í3ntes escriptores estão fazendo uma oeça em que sejam apresentadas coisas inte-ressantes do nosso paiz e que possam fazer suecesso lambem em Portugal. A musica de -'Me dei-xa, Yôyô...", vae ser toda origi-nal dos afamados musicistas Ary Barroso e Sá Fer nira e isto é tam-bem uma grande recommenda ção para essa peça.

Uma festa caipira pelos

seus maiores expoentes

no Democrata

O que o gênero sertanejo tem de mais expressivo vae reunir-se, sabbado, no Democrata A empresa desse pavilhão contra-to', para realizar a 'Festa Cai-pira", nessa noite, Juvenal Foi-t'ê!> (Jeca Tatu», que ora dirige o conjunto \ü.e ttnbalha no El-dcvàao, O querido artista e mais Rangel, (Ratinho) e Calazans, (Jararaca), organizaram um pro-gramma com o que de. melhor existe de coisas roceiras.

Com elles, collaborarão elemen-tos do Democrata e mais Cecilia Aragão o Vana Calazans, as mais interessantes interpretes da can-ção regional, e Joáo do Rio, o maior imitador de turco, em ane-cdotas espirituosas de coisas do matto.

O violão, o "banza", o prato. o chocalho, o pandeiro, o saxopho-ne tocado por João do Rio, todos os instrumentos, emfim, que elles tocam como mestres, váo ser ou-vidos, nessa noite, acompanhan-do, emboladas, sambas e outras musicas características do nosso sertão.

Coordenada com vários trechos de musicas, Irá á scena, sob a dl-recção de Juvenal Fontes e re-presentada por seus companheiros a "Revista Sertaneja", cujo sue-cesso está garantido.

O espectaculo de sabbado é da-quelles que não se devem perder.

Olga Navarro, que faz parte do elenco da nova companhia

do Carlos Gomes

Jardel Jercolls o dynamico animador da revista nacional, de máos dadas com a empresa Pas-choal Segreto, trabalha victorlo-samente para a apresentação da sua Grandes Companhia de Espe-ctaculos Modernos, no Carlos Gomes.

Além de "The Black Stars", ou "Os demônios da dansa", o sensacional numero do Roxy, de Nova York, e que íoi o grande suecesso da fita "Alleluia!", de Kint? Victor; das vedettes Mary e Alba Lopez, do Gran Tlieatro, de Madrid; de Lou e -Tanot, os bailarinos franco-russos que aca-bain de regressar de Paris com um punhado de novidades inte-restantes, o director emnreíario do novo conjunto con«guiu for-mar um elenco nacional de pri-meira ordem.

Aracy Cortes — a alma do samba; Sylvio Caldas, o próprio samba .que se apresentará ago-ra. tambem. como um delicioso "chansoniT"; Pinto Fi'ho, o co-mino mais popular da cidade: Lodia Silva — uma boneauinha oue se move com graça loura de mulher, e Barbosa Júnior, o criador de tantos typos engraça-dos da nossa comedia, que vae estrear na revista, serão os es-feios do elenco da Companhia de EsPéctàç.rnrç Modernos, onde íl-wra.m ainda a elegância de Otoa Navarro e muitos outrof nom0-0 de nrestigio no nosso theatro li-geiro.

Um suecesso authentico

no Recreio

Um grande, um Inconteste, um invulgar suecesso acaba de ob-ter o Recreio, com a revista mo-dernlsslma de N. Tangerlnl, "Ganhando tempo...", que des-de terça-feira está sendo ali re presentada. A Imprensa, na to talidade de seus órgãos, regls-trou que a peça tem originalida-de e tem graça, dois elementos decisivos para o agrado. Não é facll explicar o que conseguem Mesquitinha, Arthur de Olivel-ra e Oscarlto, nos seui interes-santes paneis, nem sè pôr o lei-tor ao corrente do que fazem o Pedro Dias, no Malandro sabe-dor de aue a mulata é doidinha nor pancada; o Of^av Sopres, o Jurandyr e o Cardona. O ele-mento feminino tambem nratir-a inauditas proezas. Amélia de Oli-veira, Vanise Melrelles, Diva ¦Rertl, Luiza

Fonseca, Leonor Pinto, Isabel Ferreira. Olca Bas-t-os e Hemiciucta Romanita. to-das têm naneis de relevo e lhes dãn o brilho preciso.

Uma estréa retumbante, sur-nreendente foi a de Luiza Pe-loggio. oue blsou os dote nume-ror, que lhe coub°ram, o da mu-latn, ane tira o feitiço do corno, e aauelie em aue nos conta a dor da saudade. As girls... são as inconinaraveis trirls do Recreio, aue Nem?>noff orienta. Um sue-re?so authentico, o de "Gar.han-do tempo...".

NASCIMENTOS

Abdon — E' o nome oue, n» pia-baptilsma», recebera o Interessante menino, íllho do dr. Abdon Torres, nosso collega de Imprensa e do aua exma. esposa,

NOIVADOS

:

.

EstSo noivos, desde o dia 24 do corrente, a srta. Hylde Ferreira, filha do ar. e sra. Ignaclo Gomes Fer-relrt, o o sr. Oseas O. d» AveUar. oommerelanto nesta praça.

— Está em íestas o lar do sr. Leonldio Wanderley, funcclonarlo da Atlantic eílnlng Co. e de sua exma. esposa, com o nasòlmento de uma menina que receberá o nome de Wanda.

ALMOÇOS

Os bacharéis de 1927 da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro váo commemorar em 11 de agosto p. v., o 5o annlversarlo de sua formatura uum almoço lntl-mo. A lista dos que quiserem per-tlclpar dessa reunlfio se encontra no oartorlo do distribuidor do 2» Offi-elo, no 4° andar do Palácio da. Jus-tlca

FESTAS

Sallo Olub levará a effelto, no dia 13 de agosto próximo, doe 15 ás 20 horas, no Pavilhão Mourisco, uma interessante festa que constará de uma parte artística e dansas

LUTO

MISSAS

Será rezada, hoje, ás 9 horas, na egreja de Conceição e Boa Morte, mlsa por alma da senhora Marianna Barreto, em commemoração do Io annlversarlo do seu íaíleclmento

Beira-Mar

Casino

O Casino Beira-Mar tem tido as suas noites concorridas. Os bohemios e toda a gente da éli-te não deixam de comparecer no seu ponto de reunião.

Uma "jazz", completamente brasileira, tem 'orilhado ao de-correr das horas, com seu novo repertório.

Podem passar os dias:

exito é sempre o mesmo!

Não importa que a semana passe e que os dias vão correndo um após outro.

O publico não se farta e o Bioadway continua a ter, para o seu "Broadway Cocktaii", aquel-Ia mesma affluencia elegante e fina que encheu o grande cine. ma no die da estrea da celebra, da novidade.

E' que hoje, o "Broadway Co-cktai)'' entrou nos hábitos da ci-dade, mais ainda, entrou nos ha-bltos da nossa ellta. Elegante por excellencia, ornado por figuras a cujo "charme" ninguem foge, o empreendimento dos irmãos Pimce passou a fazer parte das coisas que os ociosos elegantes rjrocuram nas tardes douradas do Rio e ninguem mais conseguirá quebrar o encantamento.

Vanize Meirelles e o

Diário Carioca

De Vanize Melrelles. a festeja da "estrella" do Recreio, recebe-mos um gentil cartão de -".grade-cimentos, pelo que iissemos de sua actuação brilhante ern "Ga-nhando tempo".

"Bazar

de brinquedos"

no Trianon

Por absoluta falta de espaço, deixamos de publicar hoje, a cri-tica de "Bazar de -rinquedos" a linda comedia de Joracy Ca-margo, com que estreou hontem com marcado exito. a nova com-panhia desse theatro.

Os mais sensacionaes

sa-pateados, segunda-feira,

no Eldorado

O sapateado é uma forma de daiisi» que tem, entre nós, como na America do Norte, o seu paiz de origem, milhares de aprecia-doreb.

Póde.se mesmo dizer que toda gente gosta de ver e ouvir o acompanhamento da musica feito pelo bater dos pés no chão. Esse bnter communica ao espectador uma espécie de enthusiasmo que mlle provoca movimentos invo-¦untarios de quem quer tambem entrar na dansa.

Os mais sensacionaes sapatea. dos americanos é que vamos as-slstir, segunda-feira, no Eldora-do, executados por "Linder Bro-thfrf;". os eximios sapateadores yarlcees, contratados especial, mente pela empresa daquelle ci-ne-theatro.

Valsas, foxs, blues, charlestons, tudi elles sapateam impeccavel-mente.

No mesmo programma, veremos "Miss Íris", a admirável gy-mr/astà aérea para a qual a ver. tietem não existe: "Togo Boby", e sua estupenda troupe de cães amestrados; "Troupe Ponthus" formada por esplendidos acroba-t'is e eauiUbristas; e "Alfredo Al. imouerque", o festejado excentrl. co patrício no seu engraçadlssimo programma.

Dlstrlcto Federal c Nlctheroy: Tempo — Bom oom nebulosidade e nevoeiro. ¦ \

Temperatura — Estável,

Ventos — Predominar *j oa úo norte a leste.

Estado do Rio de Janeiro: Tempo — Bom com nebulosidade e nevoeiro.

Temperatura — Estável.

Trajecto Rodoviário Rlo-S, Paulo: Tempo — Bom com nebulosidade e'nevoeiro.

Temperatura — Estável. Ventos — De norte a léste „

Navios a chegar

ITAPUHV — Nacional sem hora determinada de Cabedello e'esca-Ias.

NOTHERN PRINCE — Inglez, ás 7 horas, de Nova Yorlc,

COMMANDANTE ALCIDIO — Na-clonal, entre 8 e 9 horas, da Porto Alegre e escalos

Navios a partir

ITANAGÉ* — Nacional, ás 14 horas do Armazém 13, com destino a Be-lém e escalas.

ARATIMBO* Nacional, ás 18 horas, dq Armazém 11, com desttnu a R«clfe e escalas,

NORTHERN PRINCE — Inglez, a tarde, do Armazém 17, com destine oo Rto da Prata.

Theatros

MüNIOTPAIi — "Melo", ás 21 ho-ras.

TRIANON •- "Bazar do brinque-dos".

PHENIX —, "Trinta dias de Jc-Jum", ás 20 e 24 horas.

RECREIO — "Ganhando tempo", ás 20 1)2 horas.

REPUBLICA — "A1-U3'**, ás 30 e 22 horas,

RIALTO — "Moulln Bleu". de 20 horas em deante. ELDORADO — Palco, ás 10 e 21 horas. BROADWATT ~- Pulco. Aa 17 e os 21 horas.

Jinemas

PALÁCIO — "Trocando de ea-posa"

ALHAMBRA — "Feia máo de sun dama",

ODEON — "O par dtt fama", IMPÉRIO — "Uma hora uomtleo" GLORIA — "Mata Hari»

PATHE' PALÁCIO — "O" batalhão da morto",

BROADWAY — "Sacrifício" ELDORADO — "Aloah" PATHE' — "Audácia"

PARISIENSE — "Alma de Notro Dame".

Ainda a

"Ganhando

"piremiére"

de

tempo"

Na apreciação que fizemos da nova revista que ^stá em scena no Recreio, esquecemos Involun-tarlamente a cooperação brilhan-te e efficienbrilhan-te que ?«ve J. Cam-pos', na sua confecção.

Aqui vae o reparo, que serve de opportunidade para assignalar que elle, sem elementos quasi conseguiu apresentar .m bonito e vistoso guarda-roupa.

0 que vae ser a

têmpora-da Procopio no Alhambra

Procopio é o nosso maior expoen-te theatral. Elle é o nosso melhor Interprete quer das obras naclonaes, quer das estrangeiras adaptadas

Agora mesmo vamos ter Procodlo no Alhambra, por slgnal que a sua estréa ee fará no dia 9 de agosto com a comedia de Oduvaldo Vlanna'Feitiço...". Pois Procopio e Oduvaldo pro-curaram para essa peça — que aliás Já venceu cem dias de enorme sue-cesso em São Paulo e no Rio Gran-do Gran-do Sul — a par de um enreGran-do e apresentação que sSo tudo quanto ha de mais moderno, um motivo de apresentação elegante, e melhor náo haveria que o de apresentação das própria1» artistas, cujas toiletties, di-zem todos quantos Já assistiram essa peça, é o que se poderia encontrar de mais refinado em elegância ca-rloca, ou parisiense.

For isso mesmo acreditamos que. a par do valor dos artl-tas e da pe-ça, essa eleganola tem sido e eerá aqui no Rio um dos motivos espe-ciaes de attracçao

Rádios, Discos e Vlctroias a longo prazo

A .MELODIA

R. GONÇALVES DIAS, 40

%\ Samuel Kanitz

CLINICA

UR0L0GICA

Membro da Socicddáe de Urologia da Allemanha. ex-assistente Uo» professores; Lichtemberg, tic-wui Joseph, de Berlim e (laslmger de Vienna. Especialista em doenças ãos Ruis, Bexiga. Próstata. Urethra. Doenças de Senhoras, Diatbermia. Ultra Violeta. Cons.: 7 de Setem-Oro, 42-soo.. das 13. ás 16 horas. Phone: 4-4493.

"Me

deixa, Yoyó"...

re-vista brasileira, pela

com-panhia portugueza do

Re-publica

Por motivo da grande monta-gem oue tem a revista portugue-za "Tremoço Saloio". não pou-de a mesma ser oreparada para levar essa peça hoje, á cena, no theatro Republica, ficando a "premiére",

que istava marcada para hoje, ¦ adiada para ama-nhã.

0 commentario da noite

O Recreio vae ganhando tempo — cllzla do :N< Tangirini.

Eu preferia que elle estivesse sa nhando dinheiro. — replicou o Neves.

*3 fíepois dizem que "time is moncy". r—

Assim foi

• 0^*0++-*ay^********0+*m•*¦+•¦***

Antônio..

fiai de Escolas

Dn-Não pretendo formular um va-ticinio. Supponho, porém, que um dos thronos, ao presente, mais frágeis, dentre os frágeis thronos que ainda restam na Europa, é o da Rumania. Aliás, mais de um claro symptoma, através de conjuras mallogradas, tem revelado a pre-cariedada da dynastia dos Hohen-zollern da Europa Oriental. Mes-mo porque, de si mesma, essa dy-nastla se acha, após a morte do rei Fernando, virtualmente dila-cerada.

O rei Carol é o que os f rancezees chamam "un homme fantasque". Seus amores com a senhora Lupescu, seu rompimento com a princezá Helena, da Grécia, espo-sa legitima, seu exilio da corte de Bucarest, a discórdia domestica que provocou e conserva ainda hoje, sua briga com o irmáo Ni-coláo, exilado a seu turno, sua descida inopinada, de avião, certo dia, na capital do reino, para desthronar o filho Miguel que, as-sístldo de uma regência, já reina-va, ou, quando menos, já cingia a coroa — tudo tem causado o mais razoável descontentamento ao

no-bre e sympathlco povo rumaico, que se habituara ã austera bon-dade do primeiro rei Carol, ao modelar patriotismo do rei Fei-nando, á radiosa intelligencia da rainha Elisabeth, que o pseudo-nymo de Carmen Sylva sagrou na admiração das "elites" iutelle-ctuaes do mundo.

Prever,- portanto, que o actual monarcha hoje ou amanhã rôa, no estrangeiro, a códea do ostracis-mo, nada tem de temerário. Elle, aliás, parece afastado em desafiar essa eventualidade. Falou-se ha tempo, insistentemente, em tenta, tiva de approximacáo dos reaei esposas desavindos, do que parecia discrepar energicamente a prin-ceza Helena. O certo é que a fa-vorita, pela qual mostra ter o so-berano incoerclvel paixão, foi ins-talar-se em Bucarest, reatando os ruidosos amores do tempo do des-terro.

Seguramente, esse espectaculo não redunda em prestigio pessoal para o dynasta e muito menos em solidez para a dynastia. Ainda agora isso se comprova numa

communicasão telegraphica dei succedeu após a vexatória lntl Vienna, sufíiclentemente explicita para não deixar duvidas sobre as possíveis conseqüências dessp "odor di femina" illegal na poli-tica interna da Rumania.

Em virtude do resultado das ul-timas eleições, o sr. Julih Maniu, chefe do pujante partido agrário tomou no scenario f olitico uma importância considerável; e tão considerável, que lhe deu animo, não para impor esta ou aquella directiva nos públicos negócios, mas para exigir de Sua Majestade, peremptoriamente, a retirada da comborça do território nacional.

A significação do ultimato é inilludivel! Sem duvida, o "lea-der" camponez não cogita ainda de destituir o reif mas vae mais longe: quer destituir o amor do rei... E como elle fala escudado no partido vencedor, se o monar-cha recalcitrar, é provável que os acontecimentos tomem uma feição admissível sem ousadia, ou ex-cesso de pessimismo .

Que o rei Carol não se sente garantido, demonstra-o o que

maçao: convidou elle o sr. Jullu Manlu para jantar em palácio e pediu-lhe que organizasse um no-vo gabinete. Em outras circum-stancias, talvez, o aífrontoso ve-xame teria sido repellido com a energia compreensível no desag-gravo do Poder. Maniu comeu o jantar, mas, á sobre-mesa, com risco de perturbar a regia diges-tão. subordinou o aceitar a mi-nisierial incumbência á expulsão pura e -simples da senhora Lu-pescu.

Ahi encalhou o caso por em-quanto; imagina-se, porém, que. não havendo na gentileza de Sua Majestade resquiclo de suborno alimentar, a questão, não encer-rada, se resolva de dois modos: ou o rei recambia a dama, entra na graça dos agrários e vae-se agüentando, ou i ^sta, retem-na, rejeitando o apoio de agrários e urbanos, e desaba.

Ignoro se a senhora Lupescu é egeria ou amante, ou ambas, si-multaneamente. Provavelmente, é a^nas uma paixão formidável, valendo bem um throno, uma co-rôa, uin manto, a vacuidade ou a gloria de um reinado. Em fim

ie contas, o rei Carol já não tem mulher legitima, é moço, bom-to, saudável, rico. e acredita ter direito a um amor que pode não convir ao seu povo, mas que lhe 3o:.vém deliciosamente. Por isso, talvez que entre o senhor Maniu, com toda a sua agricultura, e a senhora Lupescu, com a sua sim-pies fascinação, "le rol fantasque" não vacllle.

Já Cleopatra perdeu a Marco Antônio. O sobrinho de Julio Ce-sar partilhava os destinos de Ro-ma com Octavio e Lépido. Sur-giu-lhe, porém, a rainha do Egy-pto, que um momento já desmio-lára a victima de Brutus e, por ella seduzido, naquellé deslum-bramento de paixão culo desvario só a grande amorosa sabia atear trocou pela divina Lágida o se-gundo triumvlrato, rompeu com Octavio, foi destroçM-t r0 Actium matou-se em Alexandria.

Para Marco Antônio, Cléopa-tra valia bem Roma. Para o rei Carol, não digo que Lupescu va-lha bem a Rumania. Em todo caso...

RICARDO PALMA

E A SUA EXPOSIÇÃO PUBLICA NA ESCOLA DE BELLAS ARTES Nas salas de Exposição da Escola N. de Bellas Artes os promotores do 11? Con gre so Mundial de Escolas Domlnicaes organizaram uma expo-síçâo de material dldnotlco das Es-colas Domlnicaes Ulustraçáo de me-thodos, copias de quadros celebres, etc., representando a obra evange-Uca nos cinco /continentes

E' Interessante de se verem Ulus-trados os differentes methodos de se registrar a freqüência dos alu-mnos; impresOona o numero de agencias de educação religiosa que alt estão representadas e se encon-tram ns, expor-içào livros das maio-res casas editoras do mundo,

A exposição francesa, a laponeza. a da China, de Koréa, e multas ou-iras apresentam aspectos interessan-tes da obra evangélica no mundo.

Livrarias Evangélicas e Sociedades Bíblicas têm ali seus "stands" Uma boa exposição da "E-cola Bíblica da.» Férias" e outra não Inferior da "So-cledade Brasileira Pro-Temperança" lllustram a obra soclal-evangelica no Brasil.

Estatísticas e mappas dão uma perspectiva da obra em geral

O "Templo de Arte Religiosa", or-fanteado pelo prof H. Augustme amith, com copias de quadros ce-lebres, e que sao de sua proprieda-de, emprestam arte á exposição.

Neste "Templo de Arte" prof. Au-B-ustine Bmlth faz diariamente ás 16.45. palestras sobre a Arte Sacra.

A exposição das E colas Dominl-caes- »a Escola Nacional de BellasArtes é publica e estã aberta do mtl? dla ás 9 horas da noite.

Ninguém deve perder a opportunt-anae do visitar uma exposição orl-glnal.

Referências

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