• Nenhum resultado encontrado

PROCESSO PENAL MILITAR

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROCESSO PENAL MILITAR"

Copied!
35
0
0

Texto

(1)

PROCESSO PENAL MILITAR

Prof. RODRIGO VARELA

PROGRAMA DE PROCESSO PENAL MILITAR

1. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR

2. POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR / INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

3. AÇÃO PENAL MILITAR / JUIZ, AUXILIARES E PARTES DO PROCESSO

4. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO

(2)

1 ª AULA

APLICAÇÃO DA

LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR

PROCESSO PENAL MILITAR

SUMÁRIO:

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL MILITAR

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

6. QUESTÕES COMENTADAS

(3)

SUMÁRIO:

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL MILITAR

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL MILITAR

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

6. QUESTÕES COMENTADAS

Prof. RODRIGO VARELA

PROCESSO PENAL MILITAR

1.1. PRINCÍPIO DA VERDADE REAL

Visa descobrir realmente como se deram os fatos

Não é suficiente a análise das provas trazidas pelas partes

O Juiz pode requerer produção de provas de ofício

É o oposto do Princípio Dispositivo que existe no Processo Civil 1.2. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA

Art 5º LV CF - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

• As partes devem manifestar-se acerca de cada fato ou prova apresentada • São assegurados todos os meios lícitos de defesa

(4)

1.3. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

Art 5º LVII CF - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

• Isso não impede as modalidades de prisões cautelares que são admitidas pela própria CF

• IMPORTANTE !!! – O STF decidiu que após a condenação criminal confirmada em segunda

instância por um Tribunal colegiado, o réu deve iniciar o cumprimento da pena, sem prejuízo de eventuais recursos que ainda possam ser impetrados !!!

1. PRINCÍPIOS

1.4. PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

• Em regra os réus tem direito a um reexame da sua conduta por outros julgadores (recursos) • Esse segundo julgamento ocorre normalmente nos Tribunais por Turmas Recursais (órgão

colegiado)

• Existem exceções: Crimes julgados originalmente pelo STF

• JMU – Oficiais Generais julgados originalmente pelo STM com recurso ao STF.

(5)

1.5. PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL

Art 5º LIV CF - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Os procedimentos adotados durante o processo penal devem estar rigorosamente de acordo

com a lei

1.6. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA PROVA ILÍCITA

Art 5º LVI CF - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; • São inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos

• Pode ser admitida quando é o ultimo recurso para provar a inocência do réu

1. PRINCÍPIOS

1.7. PRINCÍPIO DO “Favor Rei” X PRINCÍPIO “In Dubio pro Societates”

• In Dubio pro Societates vigora durante as investigações • In dúbio pro réu vigora no momento do julgamento

Na dúvida o réu deve ser absolvido, porém na dúvida o suspeito deve ser investigado.

• “É muito melhor um culpado solto do que um inocente cumprindo pena”

1.8. PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL

Art 5º LIII CF - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; Art 5º XXXVII CF - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

As regras que estabelecem quem julga determinado crime devem ser claras e estar previstas em lei ou na própria CF

São os chamados critérios de jurisdição e competência

(6)

1.9. PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE

A repressão dos crimes é em regra função do Estado

A ocorrência de um crime faz surgir para o Estado o direito e o dever de punir o criminoso. 1.10. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

Art 5º LX CF - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

• Todos os atos processuais são públicos

• O juiz pode entretanto limitar ou proibir o acesso do público, sempre que a publicidade puder

gerar escândalo inconveniente grave ou perturbação da ordem pública

1. PRINCÍPIOS

1.11. NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS MILITARES 1.11.1. FORÇAS ARMADAS

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

• Instituições permanentes • Hierarquia e disciplina

• Comandante supremo – Presidente da República

• Atribuições – defesa da pátria / garantia dos 3 poderes / garantia da Lei e da Ordem

(7)

1.11. NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS MILITARES 1.11.2. LEI COMPLEMENTAR 97/99

Art. 142. § 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparoe no empregodas Forças Armadas.

• Define como deve ser o emprego das Forças Armadas • Especialmente na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) • Estudo da lei será na aula de COMPETÊNCIA

1.11.3. HC EM PUNIÇÃO DISCIPLINAR

Art. 142. § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.

• POSIÇÃO DO STF: Não cabe em prisão disciplinar quanto ao mérito, mas pode caber se

houver ilegalidade na medida ou abuso de poder. (HC 88.543 / 2007)

1. PRINCÍPIOS

1.11. NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS MILITARES 1.11.4. PRERROGATIVAS DOS MILITARES

Art. 142. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:

I - as patentes, com prerrogativas, direitose deveresa elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militarese, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformesdas Forças Armadas;

• GARANTIAS: as patentes com suas prerrogativas; uso do uniforme • PATENTES : conferidas pelo Presidente da República

(8)

1.11. NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS MILITARES 1.11.5. VEDAÇÃO DE CUMULAÇÃO DE CARGO PERMANENTE

Art. 142. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:

II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente,

ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei;

• POSSE EM CARGO PÚBLICO PERMANENTE – transferência para a reserva • EXCEÇÃO: Professor e profissionais de saúde (compatibilidade de horários) • MILITAR DA RESERVA – pode exercer outro cargo

1. PRINCÍPIOS

1.11. NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS MILITARES 1.11.6. POSSE EM CARGO PÚBLICO TEMPORÁRIO NÃO ELETIVO

Art. 142. § 3º III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei

• CONSEQUÊNCIAS : agregado / promoção apenas por antiguidade / limite máximo de 2 anos

(após isso passa para a reserva)

(9)

1.11. NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS MILITARES 1.11.7. VEDAÇÕES AOS MILITARES

Art. 142. IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;

V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; • SINDICALIZAÇÃO E GREVE – afrontam a hierarquia e disciplina

• FILIAÇÃO POLÍTICO PARTIDÁRIA – missão constitucional de garantia dos poderes / carreira

de Estado e não de Governo.

1. PRINCÍPIOS

1.11. NORMAS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS MILITARES 1.11.8. VITALICIEDADE DOS OFICIAIS DAS FORÇAS ARMADAS

Art. 142. VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;

VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior • VITALICIEDADE DOS OFICIAIS – somente perdem posto e patente por decisão de Tribunal

Militar (STM)

• ESTABILIDADE DAS PRAÇAS – podem ser demitidas por decisão em processo disciplinar ou

condenação criminal

(10)

PROCESSO PENAL MILITAR

SUMÁRIO:

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL MILITAR

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

MILITAR

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

6. QUESTÕES COMENTADAS

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI

2.1. FONTES DE DIREITO JUDICIÁRIO MILITAR

Art. 1º O processo penal militar reger-se-á pelas normas contidas neste Código, assim em tempo de paz como em tempo de guerra, salvo legislação especial que lhe for estritamente aplicável.

• O CPPM é norma permanente inclusive em Tempo de Guerra

2.2. PREVALÊNCIA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS

Art. 1º 1º Nos casos concretos, se houver divergência entre essas normas e as de convenção ou tratadode que o Brasil seja signatário, prevalecerão as últimas.

(11)

2.3. APLICAÇÕES DE OUTRAS LEIS

Art. 1º 2º Aplicam-se, subsidiariamente, as normas deste Código aos processos regulados em leis especiais.

• Aplicava-se o CPPM subsidiariamente, nos crimes contra a Segurança Nacional, porém A

CF/88 passou os crimes contra a Segurança Nacional para a Justiça Federal

• Esse artigo não se aplica mais, embora não tenha sido revogado

• OBS: Crimes contra a Segurança Externa do País (Art 136 a 148) são julgados pela JMU de

acordo com o CPPM. (motivação não política) 2.4. INTERPRETAÇÃO LITERAL COMO REGRA

Art. 2º A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões. Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente

empregados com outra significação.

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI

2.5. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA OU RESTRITIVA

Art. 2º 1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.

• EXTENSIVA – amplia a aplicação da lei • RESTRITIVA – reduz a abrangência da lei

2.5.1. INTERPRETAÇÃO LITERAL OBRIGATÓRIA

Art. 2º 2º Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando: a) cercear a defesa pessoal do acusado; b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza; c) desfigurar de plano os fundamentos da acusaçãoque deram origem ao processo.

(12)

2.5. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA OU RESTRITIVA 2.5.1. INTERPRETAÇÃO LITERAL OBRIGATÓRIA

• “Cercear a defesa pessoal do acusado” – lesar qualquer direito do acusado

“Prejudicar ou alterar o curso normal do processo” – desobedecer o rito ou formalidade de julgamento

• “Desvirtuar a natureza do processo” – deixar de aplicar a lei processual militar, aplicando a lei

processual comum, fora dos casos omissos

“Desfigurar de plano os fundamentos da acusação” – contrariar a motivação que levou ao oferecimento da denúncia

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI

2.6. OMISSÃO LEGAL

Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:

a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar;

b) pela jurisprudência;

c) pelos usos e costumes militares; d) pelos princípios gerais de Direito; e) pela analogia.

• Apenas vale nos casos omissos. Não pode o Juiz escolher aplicar dispositivo da legislação

processual comum ou a militar

• No entanto, deve o Juiz atentar pela aplicação da “índole do processo penal militar” (havendo a omissão e se não ferir os princípios militares pode atender os princípios processuais penais comuns) Ex: Rejeição da Denúncia por falta das condições da ação. (não previsto no Art 78 do CPPM, aplica-se o art 43 III do CPP c/c Art 3º CPPM)

(13)

2.6. OMISSÃO LEGAL

Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:

a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar;

b) pela jurisprudência;

c) pelos usos e costumes militares; d) pelos princípios gerais de Direito; e) pela analogia.

• USOS E COSTUMES MILITARES – regras de antiguidade; círculos hierárquicos; antiguidade

entre as Forças Armadas

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI

2.7. JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL

Art. 6º Obedecerão às normas processuais previstas neste Código, no que forem aplicáveis, salvo quanto à organização de Justiça, aos recursos e à execução de sentença, os processos da Justiça Militar Estadual, nos crimes previstos na Lei Penal Militar a que responderem os oficiais e praças das Polícias e dos Corpos de Bombeiros, Militares.

• CPM – aplica-se normalmente aos militares estaduais

• CPPM – aplicado parcialmente (organização judiciária própria, recursos e execução da pena

diferentes)

(14)

SUMÁRIO:

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL MILITAR

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

MILITAR

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

6. QUESTÕES COMENTADAS

PROCESSO PENAL MILITAR

3. LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

3.1. EM TEMPO DE PAZ

Art. 4º Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, aplicam-se as normas deste Código:

I - em tempo de paz:

a) em todo o território nacional;

b) fora do território nacional ou em lugar de extraterritorialidade brasileira, quando se tratar de crime que atente contra as instituições militares ou a segurança nacional, ainda que seja o agente

processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira;

• Na alinea b mesmo julgado no exterior será julgado novamente no Brasil; • Mesma regra do CPM e do CP comum (extraterritorialiedade incondicionada)

(15)

3.1. EM TEMPO DE PAZ

Art. 4º Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, aplicam-se as normas deste Código:

I - em tempo de paz:

c) fora do território nacional, em zona ou lugar sob administração ou vigilância da força militar brasileira, ou em ligação com esta, de força militar estrangeira no cumprimento de missão de caráter internacional ou extraterritorial;

• Crimes praticados durante operação de Força de Paz

3. LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

3.1. EM TEMPO DE PAZ

Art. 4º Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, aplicam-se as normas deste Código:

I - em tempo de paz:

d) a bordo de navios, ou quaisquer outras embarcações, e de aeronaves, onde quer que se encontrem, ainda que de propriedade privada, desde que estejam sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem de autoridade militar competente;

e) a bordo de aeronaves e navios estrangeiros desde que em lugar sujeito à administração militar, e a infração atente contra as instituições militares ou a segurança nacional;

• Navios e aeronaves militares brasileiros em qualquer lugar do mundo

• NAVIOS E AERONAVES ESTRANGEIROS: área militar brasileira + crime contra instituições

militares ou segurança nacional

(16)

3.2. EM TEMPO DE GUERRA

Art. 4º Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, aplicam-se as normas deste Código:

II - em tempo de guerra:

a) aos mesmos casos previstos para o tempo de paz;

b) em zona, espaço ou lugar onde se realizem operações de força militar brasileira, ou estrangeira que lhe seja aliada, ou cuja defesa, proteção ou vigilância interesse à segurança nacional, ou ao bom êxito daquelas operações;

c) em território estrangeiro militarmente ocupado. • TEATRO DE OPERAÇÕES

• Qualquer território estrangeiro ocupado militarmente

3. LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

SUMÁRIO:

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL MILITAR

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

MILITAR

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

6. QUESTÕES COMENTADAS

(17)

4. LEI PROCESSUAL NO TEMPO

4.1. PRINCÍPIO DO EFEITO IMEDIATO

Art. 5º As normas deste Código aplicar-se-ão a partir da sua vigência, inclusive nos processos pendentes, ressalvados os casos previstos no art. 711, e sem prejuízo da validade dos atos realizadossob a vigência da lei anterior.

• A lei processual aplica-se tão logo ela entre em vigor. • Os atos processuais já praticados consideram-se válidos

• O réu não tem direito subjetivo a lei processual vigente ao tempo do crime.

• Ainda que lei processual nova seja mais gravosa para o réu será aplicada nos atos seguintes

a suas vigência.

• Mesma regra do Processo Penal Comum

• Art 711 – Regras de transição quando o CPPM entrou em vigor

SUMÁRIO:

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL MILITAR

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

MILITAR

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

6. QUESTÕES COMENTADAS

(18)

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.1. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO

Art. 1° São órgãos da Justiça Militar: I o Superior Tribunal Militar;

II a Auditoria de Correição; III os Conselhos de Justiça;

IV os Juízes-Auditorese os Juízes-Auditores Substitutos.

• LEI 8457/92 - Organiza a Justiça Militar da União e regula o funcionamento de seus Serviços

Auxiliares.

• O STM é a segunda instância

• CONSELHOS DE JUSTIÇA – primeira instância colegiada

5.2. STM

5.2.1. COMPOSIÇÃO

Art. 3° O Superior Tribunal Militar, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional, compõe-se de quinze ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército e três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.

• ÚLTIMO POSTO EM TEMPO DE PAZ - Almirante de Esquadra; General de Exército; Tenente

Brigadeiro (permanecem na ativa)

• Dos 15 membros, 10 são militares sem formação jurídica

• Exército tem um membro a mais pelo efetivo da força ser maior

(19)

5.2. STM

5.2.1. COMPOSIÇÃO

Art. 3° § 1° Os Ministros civis são escolhidos pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, sendo:

a) três dentre advogadosde notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional;

b) dois por escolha paritária, dentre Juízes-Auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.

• MINISTROS CIVIS - 3 advogados; 1 Juiz auditor e 1 MPM • Tribunal com 15 membros que só possui um Juiz de carreira !!

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.2. STM

5.2.2. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA

Art. 6° Compete ao Superior Tribunal Militar: I - processar e julgar originariamente:

a) os oficiais generais das Forças Armadas, nos crimes militares definidos em lei; • FORO POR PRERROGATIVA DO CARGO – Oficiais Generais;

• OBS: não importa se o Oficial General está na ativa, reserva ou reformado. (Mantém as

prerrogativas do posto)

(20)

5.2. STM

5.2.2. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA

Art. 6° Compete ao Superior Tribunal Militar: I - processar e julgar originariamente:

c) os pedidos de habeas corpus e habeas data, nos casos permitidos em lei;

d) o mandado de segurança contra seus atos, os do Presidente do Tribunal e de outras autoridades da Justiça Militar;

• Auditorias Militares não julgam HC, mesmo que seja contra ato praticado durante o IPM (Direto no STM)

• MS apenas contra ato da Justiça Militar (Ato de Comandante militar é competência da Justiça

Federal)

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.2. STM

5.2.2. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA

Art. 6° Compete ao Superior Tribunal Militar: I - processar e julgar originariamente:

e) a revisão dos processos findos na Justiça Militar;

f) a reclamaçãopara preservar a integridade da competência ou assegurar a autoridade de seu julgado;

g) os procedimentos administrativos para decretação da perda do cargo e da disponibilidadede seus membros e demais magistrados da Justiça Militar, bem como para remoção, por motivo de interesse público, destes últimos, observado o Estatuto da Magistratura;

• Ação Rescisória / Reclamação (descumprimento de seus julgados) • Perda do cargo e remoção por interesse público dos Juízes

(21)

5.2. STM

5.2.2. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA

Art. 6° Compete ao Superior Tribunal Militar: I - processar e julgar originariamente:

h) a representação para decretação de indignidade de oficial ou sua incompatibilidade para com o oficialato;

i) a representação formulada pelo Ministério Público Militar, Conselho de Justiça, Juiz-Auditor e advogado, no interesse da Justiça Militar;

• Perda de posto e patente de oficial (somente o STM pode decretar) • Representações no interesse da Justiça Militar

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.2. STM

5.2.3. COMPETÊNCIA RECURSAL

Art. 6° Compete ao Superior Tribunal Militar: II - julgar: a) os embargos opostos às suas decisões;

...

c) as apelaçõese os recursos de decisões dos juízes de primeiro grau;

5.2.4. OUTRAS COMPETÊNCIAS

Art. 6° Compete ao Superior Tribunal Militar: II - julgar:

f) os feitos originários dos Conselhos de Justificação; (processo administrativo de demissão de

oficial)

g) os conflitos de competência entre Conselhos de Justiça, entre Juízes-Auditores, ou entre estes e aqueles, bem como os de atribuição entre autoridades administrativa e judiciária militares;

• CUIDADO !! Conflito de competência entre Justiça Militar e Justiça comum é competência do

STJ

(22)

5.3. AUDITORIAS MILITARES 5.3.1. COMPOSIÇÃO

Art. 15. Cada Auditoria tem um Juiz-Auditor, um Juiz-Auditor Substituto, um Diretor de Secretaria, dois Oficiais de Justiça Avaliadores e demais auxiliares, conforme quadro previsto em lei. ... • Equivale a 1ª Instância da JMU

JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO JUSTIÇA COMUM

CIRCUNSCRIÇÃO DA JUSTIÇA MILITAR - CJM COMARCA

AUDITORIAS MILITARES VARAS

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.4. CONSELHOS DE JUSTIÇA

5.4.1. CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA

Art. 16. São duas as espécies de Conselhos de Justiça:

a) Conselho Especial de Justiça, constituído pelo Juiz-Auditor e quatro Juízes militares, sob a presidência, dentre estes, de um oficial-general ou oficial superior, de posto mais elevado que o dos demais juízes, ou de maior antiguidade, no caso de igualdade;

• O Presidente do Conselho é o Oficial mais antigo (não é o Juiz auditor) • O Presidente deve ser pelo menos oficial superior

• Os outros 3 militares devem ser superiores ou mais antigos que o réu

(23)

5.4. CONSELHOS DE JUSTIÇA

5.4.1. CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA

Art. 23. Os juízes militares que integrarem os Conselhos Especiais serão de posto superior ao do acusado, ou do mesmo posto e de maior antiguidade.

§ 1° O Conselho Especial é constituído para cada processo e dissolvido após conclusão dos seus trabalhos, reunindo-se, novamente, se sobrevier nulidade do processo ou do julgamento, ou

diligência determinada pela instância superior.

• O Conselho Especial julga apenas oficiais e é sorteado para um único processo. (NÃO

CONSTITUI TRIBUNAL DE EXCEÇÃO – PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL)

• É composto por oficiais sorteados que sejam obrigatoriamente, superiores ou mais antigos

que o réu. (HIERARQUIA MILITAR)

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.4. CONSELHOS DE JUSTIÇA

5.4.1. CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA

Art. 23. § 2º No caso de pluralidade de agentes, servirá de base à constituição do Conselho Especial a patente do acusado de maior posto.

§ 3° Se a acusação abranger oficial e praça ou civil, responderão todos perante o mesmo conselho, ainda que excluído do processo o oficial.

• COAUTORIA ENTRE OFICIAIS – vale a hierarquia do réu mais antigo para a composição do

conselho

• COAUTORIA DE OFICIAL COM PRAÇAS OU CIVIL – todos são julgados pelo Conselho

Especial, ainda que o réu oficial seja excluído do processo (UNIDADE PROCESSUAL)

(24)

5.4. CONSELHOS DE JUSTIÇA

5.4.2. CONSELHO PERMANENTE DE JUSTIÇA

Art. 16. São duas as espécies de Conselhos de Justiça:...

b) Conselho Permanente de Justiça, constituído pelo Juiz-Auditor, por um oficial superior, que será o presidente, e três oficiais de posto até capitão-tenente ou capitão.

• COMPOSIÇÃO – 1 Oficial Superior (presidente); 1 juiz auditor e 3 Oficiais intermediário ou

subalternos

• COMPETÊNCIA – julgar praças ou civis

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.4. CONSELHOS DE JUSTIÇA

5.4.2. CONSELHO PERMANENTE DE JUSTIÇA

Art. 24. O Conselho Permanente, uma vez constituído, funcionará durante três meses consecutivos, coincidindo com os trimestres do ano civil, podendo o prazo de sua jurisdição ser prorrogado nos casos previstos em lei.

• FUNCIONAMENTO – 3 meses podendo ser prorrogado nos casos previstos em lei • CRÍTICA – componentes são trocados varias vezes durante um processo !!

• Relativização do PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ existente no Processo penal

comum. ( Nos Conselhos Permanentes de Justiça só vale para o Juiz Auditor)

(25)

5.4. CONSELHOS DE JUSTIÇA

5.4.2. CONSELHO PERMANENTE DE JUSTIÇA

Art. 24. Parágrafo único. O oficial que tiver integrado Conselho Permanente não será sorteado para o trimestre imediato, salvose para sua constituição houver insuficiência de oficiais.

• Não pode o oficial ser sorteado para dois trimestres seguidos, exceto se comprovada falta de

oficiais

• Não impede que seja sorteado por outra auditoria ou que componha conselho especial.

OBS: É sorteado um conselho para cada Força Armada a cada trimestre.

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.1. COMPOSIÇÃO

Art. 89. Na vigência do estado de guerra, são órgãos da Justiça Militar junto às forças em operações: I - os Conselhos Superiores de Justiça Militar;

II - os Conselhos de Justiça Militar; III - os Juízes-Auditores.

(26)

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.2. INÍCIO DO TEMPO DE GUERRA

Art. 90. Compete aos órgãos referidos no artigo anterior o processo e julgamento dos crimes praticados em teatro de operaçõesmilitares ou em território estrangeiro, militarmente ocupados por forças brasileiras, ressalvado o disposto em tratados e convenções internacionais.

Parágrafo único. O agente é considerado em operações militares desde o momento de seu deslocamento para o teatro de operações ou para o território estrangeiro ocupado.

• Define o LUGAR DO CRIME e o TEMPO DO CRIME

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.3. CONSELHO SUPERIOR DE JUSTIÇA MILITAR

Art. 91. O Conselho Superior de Justiça é órgão de segunda instância e compõe-se de dois oficiais-generais, de carreira ou reserva convocado, e um Juiz-Auditor, nomeados pelo Presidente da República.

Parágrafo único. A Presidência do Conselho Superior de Justiça Militar é exercida pelo juiz de posto mais elevado, ou pelo mais antigo, em caso de igualdade de posto.

• COMPOSIÇÃO – 2 Of Gen (de carreira ou convocado) e 1 Juiz Auditor • PRESIDÊNCIA DO CONSELHO – Oficial General mais antigo

• NOMEAÇÃO – Presidente da República

(27)

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.3. CONSELHO SUPERIOR DE JUSTIÇA MILITAR

Art. 92. Junto a cada Conselho Superior de Justiça funcionarão um Procurador e um Defensor Público, nomeados pelo Presidente da República, dentre os membros do Ministério Público da União junto à Justiça Militar e da Defensoria Pública da União, respectivamente.

Parágrafo único. O Presidente do Conselho Superior de Justiça requisitará, ao Ministro militar competente, o pessoal necessário ao serviço de secretaria, designando o Secretário, que será de preferência bacharel em Direito.

• MPM e DPU – um de cada nomeado pelo Presidente da República

• SECRETÁRIO – designado pelo Presidente do Conselho preferencialmentecom formação jurídica

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.3. CONSELHO SUPERIOR DE JUSTIÇA MILITAR

Art. 95. Compete ao Conselho Superior de Justiça:

I -processar e julgar originariamente os oficiais-generais;

II - julgar as apelaçõesinterpostas das sentenças proferidas pelos Conselhos de Justiça e Juízes-Auditores;

III - julgar os embargosopostos às decisões proferidas nos processos de sua competência originária.

Parágrafo único. O comandante do teatro de operações responderá a processo perante o Superior Tribunal Militar, condicionada a instauração da ação penal à requisição do Presidente da República. • COMPETÊNCIA – segunda instância dos crimes de guerra e julgamento de Oficiais Generais • COMANDANTE DO T. O. – responde perante o STM (Ação condicionada a requisição do

Presidente da República)

(28)

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.4. CONSELHO DE JUSTIÇA MILITAR

Art. 93. O Conselho de Justiça compõe-se de um Juiz-Auditor ou Juiz-Auditor Substituto e dois oficiais de posto superior ou igual ao do acusado, observado, na última hipótese, o princípio da antiguidade de posto.

§ 1° O conselho de que trata este artigo será constituído para cada processo e dissolvido após o término do julgamento, cabendo a presidência ao juiz de posto mais elevado, ou ao mais antigo em caso de igualdade de posto.

§ 2° Os Oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão julgados, quando possível, por juízes militares da respectiva Força.

• COMPOSIÇÃO – 2 Oficiais (mais antigos ou superiores ao acusado, preferencialmenteda mesma Força) e 1 Juiz Auditor (composto para cada processo)

• Similar ao Conselho Especial de Justiça em tempo de paz

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.4. CONSELHO DE JUSTIÇA MILITAR

COMPETÊNCIA

Art. 96. Compete ao Conselho de Justiça:

I - o julgamento dos oficiais até o posto de coronel, inclusive;

II - decidir sobre arquivamento de inquérito e instauração de processo, nos casos de violência praticada contra inferior para compeli-lo ao cumprimento do dever legal, ou em repulsa a agressão. • Julgamento de oficiais até Coronel

• Arquivamento de IPM ou instauração de processo.

(29)

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.5. JUIZ AUDITOR

Art. 97. Compete ao Juiz-Auditor:

I -presidir a instrução criminaldos processos em que forem réus praças, civis ou oficiais até o posto de capitão-de-mar-e-guerra ou coronel, inclusive;

II -julgar as praças e os civis.

• COMPETÊNCIA – instrução criminal e julgamento de praças e civis e instrução criminal de

oficiais.

• Em tempo de guerra o julgamento de praças e civis não é colegiado

• CUIDADO !! Em relação a oficiais o Juiz auditor apenas faz a instrução criminal – o

Julgamento é competência do Conselho de Justiça Militar

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

5.5. JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA 5.5.6. AUDITORIAS

Art. 94. Haverá, no teatro de operações, tantas Auditorias quantas forem necessárias.

§ 1° Compõe-se a Auditoria de um Juiz-Auditor, um Procurador, um Defensor Público, um Secretário e auxiliares necessários, podendo as duas últimas funções ser exercidas por praças graduadas.

§ 2°Um dos auxiliares de que trata o parágrafo anterior, exercerá, por designação do Juiz-Auditor, a função de oficial de justiça.

• COMPOSIÇÃO – 1 Juiz Auditor; 1 MPM; 1 DPU; 1 Secretário e auxiliares (OFICIAL DE JUSTIÇA

– designado pelo Juiz Auditor e escolhido dentre os auxiliares)

• Todos os órgãos citados são instalados e funcionam no TO • Número de Auditorias é variável (efetivo e frentes de batalhas) • SECRETÁRIOS E AUXILIARES – podem ser praças graduadas

(30)

5.6. RESUMO

RÉUS TEMPO DE PAZ TEMPO DE GUERRA

COMANDANTE DO T.O. Não existe STM

- Mediante requisição do Pres Rep OFICIAIS GENERAIS STM

CONSELHO SUPERIOR DE JUSTIÇA MILITAR

- 1 juiz auditor e 2 Of Gen - Nomeados pelo Pres Rep

DEMAIS OFICIAIS

CONSELHO ESPECIAL DE JUSTIÇA - 1 juiz auditor e 4 Oficiais mais antigos ou superiores ao réu (da mesma Força do réu)

CONSELHO DE JUSTIÇA MILITAR - 1 juiz auditor e 2 Oficiais mais antigos ou superiores ao réu (preferencialmente da mesma Força do réu)

PRAÇAS E CIVIS

CONSELHO PERMANENTE DE JUSTIÇA

-1 Juiz Auditor e 1 Of Sup e

3 Of até Cap

JUIZ AUDITOR

OBS: Realiza também a Instrução Criminal dos Oficiais até Coronel

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

PROCESSO PENAL MILITAR

SUMÁRIO:

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL MILITAR

2. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

MILITAR

3. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

4. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

5. LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

(31)

6. QUESTÕES COMENTADAS

6.1. QUESTÃO 1

Com base nas normas positivadas no Código de Processo Penal Militar (CPPM), Decreto Lei 1002/69, analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, se a afirmativa for verdadeira, e a letra F se a afirmativa for falsa. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta. ( ) Em tempo de paz, as normas do Código de Processo Penal Militar não se aplicam fora do território

nacional.

( ) Jurisprudência e usos e costumes militares podem suprir casos omissos do CPPM.

( ) Quando militares estaduais responderem na justiça militar estadual por crimes previstos na lei penal militar, os recursos, a execução da sentença e a organização da justiça serão regulados pelo CPPM.

(A)F-F-F (B)F-V-F (C)V-F-V (D)V-V-F (E)F-V-V

6.1. QUESTÃO 1 RESPOSTA LETRA B

( F ) Em tempo de paz, as normas do Código de Processo Penal Militar não se aplicam fora do território nacional. (Art 4 b , c - fora do território nacional ou em lugar de extraterritorialidade

brasileira, quando se tratar de crime que atente contra as instituições militares)

( V ) Jurisprudência e usos e costumes militares podem suprir casos omissos do CPPM. (Art 3º b c) ( F ) Quando militares estaduais responderem na justiça militar estadual por crimes previstos na lei

penal militar, os recursos, a execução da sentença e a organização da justiça serão regulados

pelo CPPM.

(Art. 6º Obedecerão às normas processuais previstas neste Código, no que forem aplicáveis,

salvo quanto à organização de Justiça, aos recursos e à execução de sentença, os processos da Justiça Militar Estadual,....)

(32)

6.2. QUESTÃO 2

São órgãos da Justiça Militar da União em tempo de paz:

a) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; o Conselho Superior de Justiça Militar; os Juízes-Auditores e os Juízes-Juízes-Auditores Substitutos.

b) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; o Ministério Público Militar; os Juízes-Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos.

c) o Superior Tribunal Militar; o Conselho Superior de Justiça Militar; os Conselhos Permanentes de Justiça; os Juízes-Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos.

d) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; os Conselhos Especiais de Justiça; os Juízes-Auditores e os Juízes-Juízes-Auditores Substitutos.

e) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; o Conselho Superior de Justiça Militar; os Juízes-Auditores e os Juízes-Juízes-Auditores Substitutos.

6. QUESTÕES COMENTADAS

6.2. QUESTÃO 2 RESPOSTA LETRA D

a) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; o Conselho Superior de Justiça Militar; os Juízes-Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos.

b) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; o Ministério Público Militar; os Juízes-Auditores e os Juízes-Juízes-Auditores Substitutos.

c) o Superior Tribunal Militar; o Conselho Superior de Justiça Militar; os Conselhos Permanentes de Justiça; os Juízes-Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos.

d) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; os Conselhos Especiais de Justiça; os Juízes-Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos.

e) o Superior Tribunal Militar; a Auditoria de Correição; o Conselho Superior de Justiça Militar; os Juízes-Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos.

(33)

6.3. QUESTÃO 3

Analise as proposições abaixo que versam sobre o processo penal militar e julgue se são certas ou erradas :

( ) Conforme positivado no CPPM, deve ser aplicada, por analogia, a legislação de processo penal comum sempre que beneficiar a defesa pessoal do acusado.

6. QUESTÕES COMENTADAS

6.3. QUESTÃO 3 RESPOSTA ERRADO

Conforme positivado no CPPM, deve ser aplicada, por analogia, a legislação de processo penal comum

sempre que beneficiar a defesa pessoal do acusado.

A lei processual comum pode ser aplicada apenas nos casos omissos pela Legislação processual

militar e mesmo assim de não prejudicar a índole do processo penal

Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:

a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar;

(34)

6.4. QUESTÃO 4

Em relação ao cargo do militar e sua carreira é correto afirmar que:

a) É vedado a todos os militares a cumulação de cargos estranhos à carreira militar. b) Em hipótese alguma caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares

c) Aos militares são proibidas a sindicalização e a greve e enquanto estiverem em serviço ativo, não podem estar filiados a partidos políticos;

d) O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, perderá automaticamente posto e patente;

e) O oficial em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente perderá posto e patente.

6. QUESTÕES COMENTADAS

6.4. QUESTÃO 4 RESPOSTA LETRA C

a) É vedado a todos os militares a cumulação de cargos estranhos à carreira militar. (Professor e

profissionais de saúde com compatibilidade de horários)

b) Em hipótese alguma caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares (STF

admite quando houver ilegalidade ou abuso de poder)

c) Aos militares são proibidas a sindicalização e a greve e enquanto estiverem em serviço ativo, não podem estar filiados a partidos políticos;

d) o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, perderá automaticamente posto e patente; (Vitaliciedade – só o

STM pode decretar a perda de posto e patente)

e) O oficial em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente perderá

posto e patente. (será transferido para a reserva, nos termos da lei)

(35)

6.5. QUESTÃO 5

Com base nas normas positivadas no Código de Processo Penal Militar (CPPM), Decreto Lei 1002/69, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

a) Em regra, a lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões, admitindo-se excepcionalmente a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva em algumas situações.

b) É admissível a aplicação da lei processual penal comum em casos de omissão da lei processual penal militar ou quando essa última for mais gravosa ao réu.

c) O CPPM deve ser aplicado integralmente nos processos de competência da Justiça Militar Estadual. d) Assim como a lei processual penal comum, a lei processual penal militar só é aplicável dentro do território nacional, exceto em tempo de guerra.

e) Surgindo nova lei processual penal militar esta deverá ser aplicada imediatamente a todos os

processos que se iniciem após a sua vigência e também aos processos em andamentos caso seja mais favorável ao réu.

6. QUESTÕES COMENTADAS

6.5. QUESTÃO 5 RESPOSTA LETRA A

a) Em regra, a lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões, admitindo-se excepcionalmente a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva em algumas situações. (Art. 2º CPPM)

b) É admissível a aplicação da lei processual penal comum em casos de omissão da lei processual penal militar ou quando essa última for mais gravosa ao réu. (Art. 3º CPPM)

c) O CPPM deve ser aplicado integralmente nos processos de competência da Justiça Militar Estadual. (Art. 6º CPPM)

d) Assim como a lei processual penal comum, a lei processual penal militar só é aplicável dentro do

território nacional, exceto em tempo de guerra. (Art. 4º I b , c CPPM)

e) Surgindo nova lei processual penal militar esta deverá ser aplicada imediatamente a todos os processos que se iniciem após a sua vigência e também aos processos em andamentos caso seja

mais favorável ao réu. (Art. 5º CPPM)

Referências

Outline

Documentos relacionados

(2001) e o uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) foram eficientes no mapeamento da vulnerabilidade à degradação dos solos da Bacia Experimental de Iguatu, para as

O Reitor da Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF, no uso das suas atribuições conferidas pelo Decreto de 28 de março de 2016, publicado

c) Favorecimento a desertor (art. 193 do Código Penal Militar). d) Omissão de socorro (art. 201 do Código Penal Militar). Acerca do concurso de agentes, assinale a opção correta à

É com este objetivo que propomos o desenvolvimento do presente projeto, tendo como escala de análise estudos de caso a ser realizados em diferentes contextos

Avalizando tal assertiva temos leis Constitucionais e infraconstitucionais, a Declaração dos Direitos Humanos, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da

Analisando o Código Penal militar, verifica-se que o Direito Penal Militar e a Justiça Militar atuam na materialidade do crime militar, coibindo condutas que não são adequadas para

Art. No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que estêve sôlto o liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, nôvo livramento...

Após as verificações da resistência estrutural das estacas, baseadas nos ensaios de prova de carga, o PIT (Pile Integrity Testing) e o PDA (Pile Driving Analyzer), em que