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05/05/2009. Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. Etd Estado de homeostase nos níveis:

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(1)

Medicina da Conservação

Medicina da Conservação

O O

papel dos patógenos na biologia da 

papel dos patógenos na biologia da 

conservação

conservação

Fabiana Lopes Rocha Fabiana Lopes Rocha

Projeto Lobos da Canastra Pró carnívoros Projeto Lobos da Canastra - Pró-carnívoros

Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ Maio, 2009 Maio, 2009

Saúde 

Saúde 

ambiental

ambiental

Medicina da 

Medicina da 

Saúde 

Saúde 

animal

animal

humana

humana

Saúde 

Saúde 

Conservação

Conservação

“Ciência interdisciplinar que  estuda as múltiplas interações  entre patógenos e doenças,  por um lado, e entre espécies  e ecossistemas, por outro,  com o objetivo de atingir a com o objetivo de atingir a 

saúde ecológica” Tabor, GM. 2002. Defining conservation medicine. Chap 2. In: Conservation Medicine: Ecological Health in Practice.

(Tradução: Tríade

http://www.triade.org.br/medcons.htm)

Definição de saúde 

Definição de saúde ‐‐ OMS

OMS

“Saúde é um estado de completo bem‐estar  físico, mental e social, e não apenas a  ausência de doença.” E t d d h t í i Estado de homeostase nos níveis: Molecular Individual Populacional Espécies Ecossistemas Global

Saúde ecológica

Saúde ecológica

“Estado sustentável e estável de sistemas  ecológicos capaz de manter organização,  autonomia e resistência ao stress.” Constanza et al., 1992

Por que Medicina da Conservação?

Por que Medicina da Conservação?

Considerando que: 

A taxa de morte por doenças infecciosas nos Estados Unidos, que caiu no início do século 20 e  estabilizou, agora é o dobro do que era em 1980.

(2)

Por que Medicina da Conservação?

Por que Medicina da Conservação?

Disrupção de ecossistemas;

Disrupção de processos naturais;

Disrupção da seleção natural;

Disrupção de processos evolucionários

Disrupção de processos evolucionários. Emergência de doenças é um processo ecológico Emergência de doenças é um processo ecológico

Por que Medicina da Conservação?

Por que Medicina da Conservação?

Mudanças  Mudanças  ambientais ambientais Aumento  Aumento  das taxas de  das taxas de  contato contato Dominância  Dominância  de   de   patógenos  patógenos  mais  mais  adaptados adaptados 75% das  75% das  doenças  doenças  humanas  humanas  vem de  vem de  animais animais DIE 

DIE ‐‐ Animais Animais  de vida livre de vida livre Translocação • Invasão humana • Contato ex situ • Manipulação ecológica • Invasão; •Introdução •“Spillover” e “Spillback” c e , 287: 443-449 DIE  DIE  Humanas Humanas DIE  DIE  Animais  Animais  domésticos domésticos •Viagens globais • Urbanização •Manipulação biomédica Tecnologia e indústria Intensificação da agricultura Dasz a k et al . (2000 ) S c ie n c

Contribuem para o risco de extinção;

Matam mais rapidamente que os

Quando as doenças são um 

Quando as doenças são um 

problema de conservação?

problema de conservação?

Woodroffe (1999). Animal Conservation, 2: 185 Woodroffe (1999). Animal Conservation, 2: 185‐‐193.193.

Matam mais rapidamente que os hospedeiros podem reproduzir;

Suprimem o tamanho ou taxa de crescimento da população – efeitos estocásticos.

Spillover

Spillover

“Mudança na dinâmica de uma doença, causada pelo contato de uma população de hospedeiros com propágulos de parasitas (a despeito do modo de

)

transmissão) de uma outra população reservatória a qual possui uma alta abundância dos parasitas”

(Power & Mitchell, 2004)

Risco de spillover

Risco de spillover

Presença do parasita selecionado na

população de hospedeiros;

Susceptibilidade da população alvo;

Mecanismo ecológico que possibilite a transmissão.

(3)

Patógenos generalistas;

Doenças de animais domésticos – risco de “spillover”;

Quais doenças são importantes 

Quais doenças são importantes 

para conservação?

para conservação?

Doenças em populações pequenas. Funk 

Funk et al. (et al. (2003), Woodroffe (1999)2003), Woodroffe (1999)

O papel dos patógenos 

O papel dos patógenos 

Bi l

i d

Bi l

i d

na Biologia da 

na Biologia da 

Conservação

Conservação

Exemplos de infecções transmitidas por populações  Exemplos de infecções transmitidas por populações  simpátricas

simpátricas que causaram declínios populacionais em que causaram declínios populacionais em  mamíferos ameaçados

mamíferos ameaçados

Espécie

Espécie PatógenoPatógeno HospedeiroHospedeiro

Cachorro selvagem africano Raiva, Cinomose Cão doméstico

Chipanzé Polio Pessoas

Ovelha da montanha Pasteurella Ovelha doméstica Furão preto americano Cinomose Diversos carnívoros selvagens Foca Baikal   Cinomose Cachorro doméstico

Leão africano Cinomose Cão doméstico

Lobo da etiópia Raiva, Cinomose Cão doméstico

Gorila da montanha Sarampo Pessoas

Raposa do artico Sarna otodética Cão doméstico Hudson  Hudson et al. et al. 20032003

www.farmersguardian.com

Donnelly 

Donnelly et al et al (2003). Nature, (2003). Nature, 

O cachorro

O cachorro‐‐dodo‐‐mato nãomato não

www.senado.gov.br www.senado.gov.br

O cachorro

O cachorro dodo mato não mato não  é importante para a  é importante para a 

transmissão da  transmissão da 

Leishmania

Leishmania infantuminfantum

para cães domésticos para cães domésticos

(4)

Ecologia Ecologia comportamental comportamental Taxas de  contato Efeitos na  Efeitos na  estrutura da  estrutura da  comunidade comunidade Efeito  cascata Efeitos na  Efeitos na  estrutura da  estrutura da  população população Tamanho da  população Interações ecológicas Interações ecológicas contato Estrutura  social Doentes x  Sadios cascata Predação ‐ competição Comunidade  de parasitas população Densidade Distribuição

Peste bovina (

Peste bovina (Rinderpest

Rinderpest))

Peste bovina teve um grande impacto ecológico no Serengeti (Africa);

Pandemia da Peste bovina: mortalidade massiva em ungulados domésticos e selvagens;

Efeitos na  Efeitos na  estrutura da  estrutura da  comunidade comunidade

Vacinação no gado eliminou a peste bovina do ecossistema (animais selvagens não eram reservatórios). Estrutura  Estrutura  social  social  Doentes x  Doentes x  Sadios Sadios (Gompper, 2004) (Rocha, 2006) Taxas de  Taxas de  contato contato Áreas de  Áreas de  uso uso (Fromont et al. 1997) (Funk 1994,1995)

Fatores  genéticos Contaminação  Contaminação  por  por  substâncias  substâncias  tóxicas tóxicas Estresse  crônico Resistência  e  Resistência  e  susceptibilidade susceptibilidade a doenças a doenças

Fatores genéticos

Fatores genéticos

Populações pequenas: perda da variabilidade

genética;

Alelos deletérios recessivos podem tornar‐se fixos por deriva genética aleatória ou serem expressados mais frequentemente;

expressados mais frequentemente;

www.calliebowdish.com

(Phoca vitulina)

www.heartofthewolf.org

(Canis lupus) www.tenan.vuurwerk.nl(Puma concolor)

Fatores genéticos

Fatores genéticos

Cruzamento consanguíneo (inbreeding):

perda da heterozigosidade no complexo de histocompatibilidade principal (CHP) – crítico para a resposta imune de vertebrados (Klein, 1986);

Impacto da perda da variabilidade genética na resistência e susceptibilidade a doenças:

‐ Escala de tempo lenta;

‐Efeito pode ser aumentado pela fragmentação de habitat e isolamento de populações pequenas.

(5)

Substâncias tóxicas

Substâncias tóxicas

Animais de topo de cadeia: mais susceptíveis

a bioacumulação de substâncias tóxicas;

Efeitos:

‐ Mudanças na imunocompetência;

T l ã

‐ Termoregulação; ‐ Balanço energético;

‐ Outros processos fisiológicos; ‐ Diminuição do sucesso reprodutivo; ‐ Diminuição da expectativa de vida.

Estresse crônico

Estresse crônico

•• InteraçãoInteração parasitaparasita hospedeirohospedeiro nãonão ocorreocorre emem

um

um vácuovácuo ecológicoecológico;;

•• DiversasDiversas ameaçasameaças aa saúdesaúde ocorremocorrem simultâneamente

simultâneamente;;

•• EstresseEstresse –– malmal nutrição,nutrição, doençasdoenças subclínicas,subclínicas, atividades

atividades humanas,humanas, fogo,fogo, etcetc..

•• CoCo‐‐infecçõesinfecções alteramalteram significativamentesignificativamente aa resposta

resposta imuneimune (interações(interações entreentre parasitasparasitas nono hospedeiro) hospedeiro).. Acesso ao risco: fatores que afetam a  Acesso ao risco: fatores que afetam a  transmissão transmissão 1) Rota (s) de infecção; 2) Posição anatômica da infecção e lesões,  estruturas das lesões; 3) í i d ã 3) Rotas e níveis de excreção; 4) Rotas de infecções para animais domésticos; 5) Conhecimento da dose infectante mínima  em cada rota. Cornell (2006). Microbiology, 112: 303-312

Identificando o reservatório da doença

Identificando o reservatório da doença

Haydon

Haydon et alet al. (2002). Emerging Infectious Diseases, 8(12): 1468. (2002). Emerging Infectious Diseases, 8(12): 1468--1473.1473.

Estratégias de manejo  de doenças em animais  Estratégias de manejo  de doenças em animais  selvagens selvagensEstratégias diferenciadas para populações  grandes e pequenas.Grandes populações podem agir como  reservatório;Efeitos indesejáveis na comunidade;Doenças transmitidas por humanos ou  animais domésticos – impacto econômico e  saúde pública.

Considerações para futuras intervenções

Considerações para futuras intervenções

• Sistemas multi‐hospedeiros • Modelos epidemiológicos – acesso aos  possíveis impactos epidemiológicos; • Vacinação – amplitude de cobertura, escala  espacial e temporal. Considerações  Considerações  epidemiológicas epidemiológicas • Disponibilidade de vacinas ou tratamento – doses e formas de aplicação; • Financiamento. Limitações  Limitações  práticas práticas • Seleção natural para resistência hereditária a  doenças; Considerações  Considerações  evolucionárias evolucionárias

(6)

Estratégias  e tentativas anteriores de manejo de  Estratégias  e tentativas anteriores de manejo de  doenças em animais de vida livre doenças em animais de vida livre Tratamento de animais infectados Tratamento de animais infectados •• Diminuir N de animais infectados, controlar transmissão;Diminuir N de animais infectados, controlar transmissão; •• Disponibilidade de tratamento/Efeito nos indivíduos.Disponibilidade de tratamento/Efeito nos indivíduos. Vacinação de hospedeiros ameaçados Vacinação de hospedeiros ameaçados •• Diminuição do N de animais susceptíveis;Diminuição do N de animais susceptíveis;çç pp ;; •• A maioria dos programas falhou em fornecer proteção efetiva.A maioria dos programas falhou em fornecer proteção efetiva. Minimizar contato com hospedeiros alternativos Minimizar contato com hospedeiros alternativos •• Redução do risco de transmissão de doenças;Redução do risco de transmissão de doenças; •• Animais domésticos, manejo de populações selvagens. Animais domésticos, manejo de populações selvagens.  Manejar a doença nos hospedeiros Manejar a doença nos hospedeiros •• Proteção das espécies ameaçadas/controle da doença;Proteção das espécies ameaçadas/controle da doença; •• Limitar o tamanho da população de hospedeirosLimitar o tamanho da população de hospedeiros

Outras considerações

Outras considerações

•• Confronto com o público em geral: aspectos Confronto com o público em geral: aspectos  filosóficos e éticos; filosóficos e éticos; •• Desenhar um programa de manejo com Desenhar um programa de manejo com  critérios claros para medidas de sucesso e falha  critérios claros para medidas de sucesso e falha  antes da implementação; antes da implementação;

••Foco no indivíduo e bemFoco no indivíduo e bem‐‐estar animal x estar animal x  impactos em nível populacional;

impactos em nível populacional;

•• Trabalho com grupos multiTrabalho com grupos multi‐‐disciplinares e disciplinares e  extensiva troca de informações. extensiva troca de informações.

Prioridades em Medicina da Conservação

Prioridades em Medicina da Conservação

Análises estatística e modelagem  epidemiológica; Importância de animais domésticos como  reservatórios para patógenos generalistas;Efeito das doenças nos indivíduos e  populações;Pesquisa de vacinas e tratamentos;Levantamento preventivo do status de  potenciais doenças.  Funk et al. (2003). Carnivore Conservation Prioridades de pesquisa em Medicina da  Prioridades de pesquisa em Medicina da  Conservação ConservaçãoExpansão da transdisciplinaridade;Monitoramento ecológico integrado;Expansão da capacidade de diagnóstico;Resolução do conflito entre seres humanos e  animais de vida livre;Implementação da prática da medicina da  conservação

Referências

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