RELATÓRIO E CONTAS
EXERCÍCIO DE 2012
Sociedade Aberta
Sede: R. Ribeiro Sanches, 65 - LISBOA Capital Social: 84.000.000 €uros
RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO DE 2012
Dando cumprimento às exigências impostas por lei às sociedades abertas, o Conselho de
Administração da IMPRESA – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. vem
apresentar o seu RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO relativo ao exercício do ano 2012. Ao
fazê-lo, teve a natural preocupação de que o mesmo contenha elementos e informação suficientes
para que os senhores acionistas e o público investidor em geral possam avaliar, com clareza e
objetividade, a atividade do GRUPO IMPRESA no respetivo horizonte de intervenção.
A) CONTAS CONSOLIDADAS
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no cumprimento das disposições
dos IAS/IFRS tal como adotado pela União Europeia, que incluem os International Accounting
Standards (“IAS”) emitidos pela International Standards Commitee (“IASC”), os International
Financial Reporting Standards (“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board
(“IASB”), e respetivas interpretações “SIC” e “IFRIC” emitidas pelo International Financial
Reporting Interpretation Commitee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Commitee (“SIC”).
1. Sumário executivo de 2012
•
Os Resultados Líquidos, excluindo custos de re-estruturação e perdas de imparidade,
atingiram 1,36 M€ no final de 2012, face aos 187 mil euros registados em 2011.
•
A IMPRESA atingiu, em 2012, um EBITDA corrente (não considerando os efeitos da
re-estruturação, menos valias e perdas de imparidade) de 24,3 M€, menos 6,7% face a 2011.
•
Este resultado do EBITDA foi alcançado, apesar de uma quebra de receitas de 20,7 M€,
graças à implementação de um rigoroso programa de controlo de custos, que provocou uma
poupança de 20,1 M€, sem considerar custos de re-estruturação. Este programa permitiu
2
uma redução dos custos totais em 8,0% face a 2011. A este propósito é bom recordar que a
SIC continua a amortizar toda a sua ficção nacional a 100%, logo na 1ª exibição.
•
A re-estruturação efetuada no último trimestre de 2012 representou um gasto de 4,9 M€ e
incidiu quase integralmente sobre a área do publishing, onde foi necessário efetuar um
realinhamento do portefólio, e permitirá uma poupança de igual montante nos próximos 13
meses.
•
Apesar de uma conjuntura muito desfavorável no mercado publicitário, e apesar da
aplicação do programa de redução de custos, a IMPRESA conseguiu aumentar de forma
significativa a sua competitividade e a sua quota de mercado, passando de 24,3% em
dezembro de 2011 para 25,9% no final de 2012. Esta tendência de reforço de quota parece
confirmar-se nos primeiros meses de 2013.
•
A melhoria dos indicadores de dívida líquida foi ainda mais impressiva e é reflexo da aposta
continuada na desalavancagem financeira do grupo. Assim, a dívida líquida atingiu 204,1
M€ no final de 2012, uma redução de 8,9 M€ face aos 213 M€ de dezembro de 2011. Em
termos médios a dívida líquida caiu 9,2 M€ em 2012. No final de 2012, os empréstimos de
médio e longo prazo representavam 70,9% do total do passivo remunerado.
•
A SIC, que cumpriu, em 2012, os seus 20 anos de existência, subiu o seu EBITDA em 0,7%,
para 22,8 M€, mau grado uma conjuntura muito desfavorável e uma queda de faturação de
5,5 M€. A margem EBITDA da SIC subiu para 14,4%, em 2012 subiu o seu EBITDA em
0,7%, para 22,8 M€, apesar de uma conjuntura muito desfavorável e de uma queda de
faturação de 5,5 M€. A margem EBITDA da SIC subiu para 14,4%, em 2012.
•
A SIC, no horário nobre, foi o único canal generalista a subir face a 2011, atingindo uma
média de 25,2%, mais 0,5 pontos percentuais que no ano transato. A SIC liderou as
audiências nos “targets” comerciais, do dia e do horário nobre, com 24,0% e 28,5%,
respetivamente.
•
O Expresso, que festejou 40 anos já em 2013, manteve-se como o semanário mais vendido,
com valores de circulação paga de 98 mil exemplares, e terminou o ano com vendas e
assinaturas digitais superiores a 6.000 downloads semanais. Estes números permitiram que
o jornal Expresso seja a publicação líder, destacada, nas vendas digitais e nas assinaturas
online.
•
O segmento Outras beneficiou da reorganização efetuada em junho de 2011, e viu o seu
EBITDA melhorar 1,52 M€.
•
Os sites do Grupo IMPRESA continuaram a crescer em termos de tráfego. Em média
mensal, em 2012, os sites atingiram 19,1 milhões de visitas (um crescimento médio de
27,5%) e 110 milhões de pageviews. Este crescimento foi impulsionado pela passagem dos
sites IP para o domínio Sapo no âmbito de uma parceria assinada com a PT para o
desenvolvimento de apps e soluções para TV interativa.
•
Em outubro de 2012 a IMPRESA adotou uma nova orgânica de gestão alinhada com uma
3
Tabela 1. Principais Indicadores
(Valores em 000 €)
Dez-12
Dez-11
var %
4ºT 12
4ºT 11
var %
Receitas Consolidadas
229.058
249.791
-8,3%
61.886
67.174
-7,9%
Receitas Televisão
158.650
164.136
-3,3%
43.952
45.105
-2,6%
Receitas Publishing
68.659
81.594
-15,9%
17.687
21.531
-17,9%
Receitas Outras
1.749
4.061
-56,9%
248
537
-53,8%
EBITDA
19.495
22.271
-12,5%
7.339
10.169
-27,8%
Margem EBITDA
8,5%
8,9%
11,9%
15,1%
EBITDA Corrente (1)
24.350
26.107
-6,7%
11.883
12.280
-3,2%
Margem EBITDA
10,6%
10,5%
19,2%
18.3%
EBITDA Televisão
22.799
22.636
0,7%
11.426
11.230
1,8%
EBITDA Publishing
-1.093
3.363
n.a
-2.505
986
n.a.
EBITDA Outras
-2.211
-3.728
40,7%
-1.515
-2.047
26,0%
Resultados Líquidos
-4.894
-35.059
86,0%
-1.285
-1.004
28,0%
Resultados Líquidos Ajust. (2)
1.357
187
625,7%
4.205
3.472
21,1%
Dívida Líquida (M€)
204,1
213,0
-4,2%
204,1
213,0
-4,2%
Nota: EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações+ Perdas de Imparidade de goodwill e ativos intangíveis. Dívida líquida = Dívida bancária (CP+MLP) – Caixa e equivalentes de Caixa. (1) O EBITDA corrente é ajustado dos custos com re-estruturação, menos valias e perdas de imparidade. (2) Resultado Líquido ajustado dos custos com re-estruturação (4,9 M€) e perdas de imparidade (2,7 M€).
2. Análise das Contas consolidadas
Tabela 2. Receitas Totais
(Valores em 000 €)
Dez-12
Dez-11
var %
4ºT 12
4ºT 11
var %
Total Receitas
229.058
249.791
-8,3%
61.886
67.174
-7,9%
Publicidade
117.316
133.608
-12,2%
31.861
35.786
-11,0%
Subscrições Canais
45.101
43.109
4,6%
11.296
10.428
8,3%
Publicações
30.435
34.545
-11,9%
7.137
8.257
-13,6%
Multimédia
19.987
16.850
18,6%
7.390
5.785
27,8%
Produtos Associados
3.545
4.920
-27,9%
882
1.440
-38,8%
Outras
12.673
16.759
-24,3%
3.320
5.478
-39,9%
A IMPRESA atingiu, em 2012, receitas consolidadas de 229,1 M€, o que representou uma
descida de 8,3% em relação aos valores registados em 2011. No 4º trimestre, a descida foi de
7,9%. Da atividade de 2012 é de referir:
4
• Descida de 12,2% das receitas publicitárias o que representa um comportamento
significativamente melhor do que o mercado que desceu 18,0%. No 4º trimestre de
2012, aquela quebra atenuou-se para 11,0%.
• Crescimento de 4,6% das
receitas com subscritores dos
canais temáticos e
interna-cionais, com o 4º trimestre a
crescer 8,3%.
• Descida de 11,9% das
recei-tas de venda de publicações,
provocada pela quebra das
vendas em banca e pela
descontinuação de algumas
publicações, durante 2012.
• Subida de 18,6% das receitas
de multimédia. No 4º trimestre,
estas receitas subiram 27,8%,
em termos homólogos.
• Descida de 27,8% na venda de produtos associados, afetada pela retração do consumo
privado durante 2012.
• Descida das outras receitas em 24,3%, afetada pela alienação da IMPRESA.DGSM,
apesar da subida das receitas da InfoPortugal, do Customer Publishing e da Academia
Olhares.
Os custos operacionais, excluindo perdas de imparidades, atingiram 209,6 M€, o que
representou uma descida de 7,9% em relação a 2011. Em 2012 e 2011, estes custos
operacionais incluíram custos re-estruturação elevados. Expurgando este efeito não recorrente,
a queda dos custos operacionais foi de 9,0%. Esta descida foi conseguida tanto nos custos
variáveis, que caíram 7,3% (9,0% sem custos de re-estruturação), em consequência da redução
da atividade, como nos custos fixos, que desceram 7,6%, refletindo os esforços de contenção e
de reorganização realizados em 2012 e nos últimos anos.
A evolução dos principais custos foi a seguinte:
• Os custos com re-estruturação atingiram 4,9 M€, em 2012, um aumento de 81,3%, em
relação a 2011. Após esta reorganização, a IMPRESA terminou o ano de 2012 com
1.161 trabalhadores.
• Os custos com programação desceram 4,7%. Esta descida foi influenciada pela redução
dos custos da programação dos períodos da manhã e da tarde e do fim de semana. Em
compensação a SIC reforçou a sua aposta no horário nobre. A SIC continua a amortizar
toda a sua ficção nacional a 100%, na 1ª exibição.
Publicidade 51% Subscrições Canais 20% Publicações 13% Multimedia 9% Produtos Associados 2% Outras 5%
IMPRESA ‐ Estrutura de Vendas 2012
5
Tabela 3. Demonstração de Resultados
(Valores em 000 €)
Dez-12
Dez-11
var %
4ºT 12
4ºT 11
var %
Receitas totais
229.058
249.791
-8,3%
61.886
67.174
-7,9%
Televisão
158.650
164.136
-3,3%
43.952
45.105
-2,6%
Publishing
68.659
81.594
-15,9%
17.687
21.531
-17,9%
Outras & Inter-Segmentos
1.749
4.061
-56,9%
248
537
-53,8%
Custos Operacionais (1)
209.563
227.521
-7,9%
54.548
57.005
-4,3%
Total EBITDA
19.495
22.271
-12,5%
7.339
10.169
-27,8%
EBITDA margem
8,5%
8,9%
11,9% 15,1%
EBITDA Corrente (2)
24.350
26.107
-6,7%
11.883
12.280
-3,2%
EBITDA margem
10,6%
10,5%
19,2% 18,3%
Televisão
22.799
22.636
0,7%
11.426
11.230
-1,8%
Publishing
-1.093
3.363
n.a.
-2.565
986
n.a.
Outros & Holding
-2.211
-3.728
40,7%
-1.515
-2.047
26,0%
Amortizações
7.117
8.174
-12,9%
1.639
1.990
-17,6%
EBIT
12.378
14.097
-12,2%
5.700
8.180
-30,3%
EBIT Margem
5,4%
5,6%
9,2%
12,2%
Resultados Financeiros (-)
13.349
13.420
-0,5%
3.306
3.579
-7,6%
Res. antes Imp. e Minoritários
-971
677
n.a
2.394
4.600
-48,0%
Impostos (IRC)(-)
1.162
2.404
-51,7%
1.460
1.811
-19,4%
Interesses Não Controláveis (-)
5
15
66,7%
1
3
66,7%
Imparidades
2.755
33.317
-91,7%
2.218
3.789
-41,5%
Resultados Líquidos
-4.894
-35.059
86,0%
-1.285
-1.004
28,0%
Resultados Líquidos Ajust (3)
1.357
187
625,7%
4.205
3.472
21,1%
Nota: EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações+ Perdas de Imparidade de goodwill e ativos intangíveis. (1) Os custos operacionais não incluem amortizações e perdas de imparidade. Nos custos operacionais de 2012 estão incluídos 4,9 M€ de custos com re-estruturação. (2) O EBITDA corrente é ajustado dos custos com re-estruturação, menos valias e perdas de imparidade. (3) Resultado Líquido ajustado dos custos com re-estruturação (4,9 M€) e perdas de imparidade (2,75 M€).
• Os custos com pessoal desceram 6,8%, consequência da redução do quadro de
pessoal. De referir que em setembro de 2011, e com efeitos renovados até dezembro de
2013, ocorreu a redução voluntária de 10% dos salários dos membros do Conselho de
Administração e dos principais quadros da IMPRESA.
• Os custos com papel desceram 14,2%, efeito conjugado da redução do número de
publicações e de páginas de publicidade e descida do preço do papel em termos
médios, durante 2012.
6
• Os custos relacionados com produtos associados e multimédia baixaram 4,7%,
resultando dos efeitos conjugados de quebra da atividade dos produtos e crescimento
da multimédia.
• Os custos gerais tiveram uma redução de 6,1%.
• As perdas de imparidade para cobrança duvidosa e outras provisões atingiram 2,1 M€,
uma descida de 30%.
O EBITDA consolidado corrente, ajustado de custos com re-estruturação, menos valias e
perdas de imparidades, atingiu 24,3 M€ no final de 2012, em linha com o atingido em 2011, com
uma margem de 10,6%. No 4º trimestre de 2012, o EBITDA atingiu uma margem de
19,2%.
O volume de amortizações desceu 12,9%, para 7,1 M€, consequência da alienação da
IMPRESA.DGSM e da redução dos investimentos durante 2012. O investimento, em 2012,
incluindo locação financeira, atingiu 1,1 M€.
Os resultados financeiros negativos reduziram-se em 0,5%, para 13,3 M€, beneficiando da
descida das taxas de juro, principalmente no 2º semestre de 2012, da redução da dívida em
termos médios e do aumento dos resultados das associadas - LUSA e VASP. Pelo lado
negativo, de registar
perdas cambiais, em comparação com os ganhos obtidos em 2011.
A dívida líquida atingiu, no final de
2012, o valor de 204,1 M€, uma
redução de 8,9 M€ em relação ao
valor registado no final de 2011. A
descida da dívida líquida deveu-se,
em grande parte, à redução das
necessidades de fundo de maneio.
De referir também que a dívida média
desceu 9,2 M€ ao longo do ano. Nos
últimos 5 anos, a dívida líquida foi
reduzida em cerca de 44 M€.
No final de 2012, os empréstimos de
médio e longo prazo representavam 70,9% do total do passivo remunerado.
Em 2012, foram registadas perdas de imparidade de goodwill e ativos intangíveis no montante
total de 2,75 M€. Este valor resultou de uma degradação das perspetivas de geração dos
cash-flows da Medipress (fruto da conjuntura recessiva) e da perda registada com alienação da
IMPRESA.DGSM. Em 2011, tinham sido registadas perdas de imparidade goodwill no montante
de 33,3 M€.
No final de 2012, os resultados líquidos, excluindo perdas de imparidade e custos de
re-estruturação, foram positivos no montante de 1,36 M€.
Os resultados líquidos em 2012, sem ajustamentos, atingiram o valor negativo de 4,9 M€, que
comparam com prejuízos de 35,1 M€ registados em 2011.
213
223,5
218,8 218,9
204,1
Dez‐11 Mar‐12 Jun‐12 Set‐12 Dez‐12
7
3. Televisão
Tabela 4. Indicadores televisão
Dez-12
Dez-11
var %
4ºT 12
4ºT 11
var %
Total Receitas
158.649.596
164.136.256
-3,3% 43.951.613 45.105.270
-2,6%
Publicidade 87.384.979
96.882.975
-9,8% 23.811.605
25.967.648
-8,3%
Subscrições Canais
45.100.995
43.108.776
4,6% 11.296.079 10.427.843
8,3%
Multimédia 19.856.666
16.874.113
17,7% 7.259.593 5.789.043
25,4%
Outras
6.306.957
7.270.392
-13,3% 1.584.336
2.920.735 -45,8%
Custos Operacionais
135.850.989
141.500.556
-4,0% 32.525.303 33.875.658
-4,0%
EBITDA
22.798.607
22.635.700
0,7% 11.426.310 11.229.612
1,8%
EBITDA (%)
14,4%
13,8%
26,0%
24,9%
Result. antes Imp
14.785.698
14.649.081
0,9% 9.509.724
9.348.692
1,7%
Nota: EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações + Perdas de Imparidade. (1) Não considera o efeito das amortizações e perdas de imparidade. Os custos operacionais, de 2012, incluem 296 mil euros de custos com re-estruturação.
Em 2012, perante um cenário económico muito adverso, a SIC reagiu à quebra das receitas
publicitárias, reforçando a diversificação das suas fontes de receitas e efetuando uma
contenção nos custos operacionais.
As receitas totais da SIC desceram 3,3%, para 158,6 M€, mas os resultados antes de impostos
mantiveram-se ao nível dos registados em 2011, situando-se em 14,8 M€.
O mercado publicitário de televisão em sinal aberto apresentou uma descida de 18% em 2012.
Todavia, as receitas publicitárias da SIC desceram menos que o mercado, com uma queda de
9,8% em 2012, e uma retração de 8,3% no último trimestre do ano. No final do ano, as receitas
publicitárias representaram 55,1% do total da faturação da SIC.
A evolução das receitas publicitárias beneficiou de um importante ganho de quota de mercado
nos canais generalistas, que por sua vez se explica com a melhoria verificada na performance
dos “targets” comerciais, principalmente no horário nobre. O canal generalista da SIC obteve
40,7% de quota de mercado publicitário, um valor superior em 4,5 pontos percentuais ao
registado em 2011.
8
O canal SIC terminou o ano de 2012 com uma
audiência média de 21,9%, comparando com
22,7% do ano anterior. A SIC foi, todavia, o canal generalista que menos desceu, face aos
resultados de 2011, ganhando quota no conjunto dos canais generalistas.
A estratégia de programação, em 2012, continuou focada em obter os melhores resultados nos
“targets” comerciais (classes ABC1C2, entre os 15 e 54 anos). Esta estratégia permitiu à SIC
liderar as audiências nos “targets” comerciais, do dia e do horário nobre, com 24,0% e 28,5% de
audiência respetivamente. Estes valores estão cerca de 3 pontos acima dos resultados
atingidos no total do dia. No horário nobre, a SIC foi o único canal generalista a subir face a
2011, atingindo uma média de 25,2%, mais 0,5 pontos percentuais que no ano transato.
Para a recuperação das audiências e o bom comportamento nos “target” comerciais
contribuíram as subidas das audiências das novelas portuguesas e a recuperação registada
pelas novelas brasileiras. Da restante programação da SIC, durante 2012, é de destacar:
• O “Jornal da Noite”, que teve uma audiência média de 24,4% e de 28% no “target”
comercial continuou a registar valores acima da média da estação.
• No início de 2012, a qualidade da ficção produzida pela SIC foi reconhecida com o
“Emmy” para melhor novela em 2011, entregue à novela portuguesa “Laços de Sangue”,
produzida em parceria com a TV Globo. A novela “Laços de Sangue” esteve no ar até
setembro de 2011, durante um período ligeiramente superior a 1 ano, obtendo
excelentes audiências, superiores à média da estação.
• Em setembro de 2011, estreou a novela “Rosa Fogo”, que ajudou
a cimentar as audiências das novelas nacionais na SIC durante a
1ª metade de 2012, atingindo 27,7% no universo e 31,0% no
“target” comercial.
• No 2º trimestre de 2012, estreou-se a novela “Dancin’ Days”, que, desde o seu início, é
presença assídua entre os programas mais vistos, e que veio
substituir a novela “Rosa Fogo”. A novela teve em 2012 uma
audiência média de 30,9% e de 33,8% no “target” comercial,
contribuindo para a SIC voltar a liderar o horário nobre nos
dias úteis. A novela “Dancing Days” foi a novela mais vista em 2012.
26,3%
28,5%
2011 2012
Audiências ‐ Prime Time
(Target comercial)
Audiências ‐ Prime Time
(Target comercial)
24,7%
25,2%
2011 2012
9
• Em setembro de 2012, estreou a nova produção da Globo “Gabriela”, que foi um
sucesso imediato, com uma audiência média de 34,2% e de 38,8% no “target” comercial,
contribuindo para a boa performance no prime time.
• De destacar também a boa performance das novelas brasileiras no período anterior ao
prime-time, nomeadamente, ”Morde & Assopra” e “Fina Estampa”, que lideraram o
horário entre as 18 e as 20 horas. No horário nobre, estreou ainda no 4º trimestre de
2012 a novela “Avenida Brasil”, atingindo logo de início uma audiência média de 32,6% e
37,4% no “target” comercial.
• O futebol foi outra das apostas da SIC. O 2º trimestre de 2012 foi marcado pela
transmissão de grandes eventos, como a final da Liga Europa – cujos direitos de
transmissão a SIC renovou por mais 3 anos até 2015.
• A final da Taça da Liga, a Gala dos Globos de Ouros e o Campeonato Europeu de
Futebol 2012 foram outros grandes eventos da estação. A meia-final do Europeu de
Futebol, entre Portugal e Espanha, foi o evento televisivo mais visto nos últimos 8 anos,
com uma assistência de 3,7 milhões de telespetadores e uma audiência de 74,8%.
As receitas de subscrição, geradas pelos canais da SIC distribuídos por cabo e satélite, em
Portugal e no estrangeiro, cresceram 4,6% em 2012, para 45,1 M€. No 4º trimestre de 2012, o
crescimento atingiu 8,3%. As receitas de subscrição representaram 28,4% da faturação total da
SIC. Esta subida deveu-se ao dinamismo registado no mercado de pay-tv português, com o
aumento da concorrência entre as plataformas, e ao crescimento sustentado da área
internacional.
Face à introdução do novo painel de audiências da Gfk, em março de 2012, não é possível a
comparação com as audiências dos anos anteriores.
No período de março a dezembro de 2012, os canais temáticos da SIC – SIC Notícias, SIC
Mulher, SIC Radical e SIC K – obtiveram, no seu conjunto, uma audiência de 3,2%. Neste
período, a SIC Notícias obteve 1,5%, situando-se na 5ª posição do ranking dos canais
temáticos, e mantém–se como o canal de informação mais visto em Portugal. O canal SIC
Mulher também marcou presença no top 10 dos canais temáticos mais vistos, com audiência de
0,7%, neste período de 10 meses. A SIC Radical obteve uma audiência média de 0,6%,
enquanto o canal SIC K celebrou o seu 3º aniversário e, apesar de apenas estar presente na
plataforma MEO, teve uma audiência média de 0,4%.
Os canais SIC, generalista e temáticos, obtiveram no seu conjunto uma audiência média de
24,9%.
Em 2012, a distribuição internacional dos canais SIC manteve um bom desempenho registando
um crescimento de 9,5% face a 2011. O mercado internacional representa já cerca de 12% da
faturação total da área da distribuição.
Em 2012, a SIC Internacional consolidou a sua presença em todos os mercados onde está
presente (França, Suíça, Luxemburgo, Andorra, EUA, Canadá, Angola, Moçambique, Cabo
Verde, África do Sul e Brasil) chegando a cerca de 5,7 milhões de telespetadores.
10
A SIC Notícias, além da presença nos mercados africano e norte-americano (Angola,
Moçambique, Cabo Verde e EUA) alargou a sua presença ao mercado europeu com o arranque
das emissões na Suíça. No fim de 2012, a SIC Noticias chegou já a um universo de 2,5 milhões
de telespetadores fora de Portugal, um crescimento de 16% face ao ano anterior.
Os canais SIC Mulher e SIC K aumentaram a sua implantação em Angola e Moçambique,
crescendo, em número de telespetadores, 45% e 193% respetivamente, face a 2011.
As receitas da área de multimédia cresceram 17,7% face a 2011, tendo registado uma das
maiores faturações de sempre com 19,8 M€. Esta subida é explicada pelo sucesso verificado
em ações especiais, como foi o caso do “Camião d’Ouro”, que assinalou os 20 anos da SIC, e
pelo bom desempenho dos concursos dos programas de daytime. No 4º trimestre de 2012, as
receitas multimédia cresceram 25,4% face ao trimestre homólogo.
Os sites do Universo SIC tiveram uma performance positiva no ano de 2012, tanto em tráfego
como em receitas, sendo de destacar os sites da SIC Notícias e da SIC Generalista. Os
projetos de grande entretenimento, como Ídolos, Dancin Days e Rosa Fogo, foram os grandes
dinamizadores de tráfego do site SIC. O enfoque constante no vídeo, no site SIC Notícias,
revelou-se uma aposta ganha. Tudo isto contribuiu para um aumento substancial do tráfego dos
sites, tendo o número de visitantes atingido uma média mensal de 3,8 milhões de visitantes,
com significativo
crescimento dos proveitos comerciais.
O ano de 2012 foi também forte na presença multiplaforma das marcas SIC. De realçar os
projetos Ídolos e Toca a Mexer, ambos com presença na plataforma interativa MEO, e o
lançamento da SIC Notícias Interativa. De destacar, também, o acompanhamento da
comemoração dos 20 anos da SIC nas plataformas digitais. Todos estes projectos nascem no
âmbito de uma parceria estratégica com a PT que permite à SIC explorar novas formas de fazer
e comercializar televisão.
As Outras Receitas apresentaram uma descida de 13,3%, em 2012. Esta descida deveu-se à
quebra das receitas dos serviços técnicos e menores receitas não recorrentes, que não foram
compensadas pelas subidas das receitas de merchandising e da venda de conteúdos.
Os custos operacionais da SIC desceram 4,0%, em 2012, sendo de referir que os custos de
grelha baixaram 4,6% e os custos fixos desceram 5,7%. Os custos com multimédia subiram em
consequência do aumento de atividade.
Apesar da descida das receitas, o controlo de custos permitiu atingir um EBITDA de 22,8 M€,
valor que representa um ganho face aos valores de 2011, e uma margem de 14,4%. A margem
EBITDA, no 4º trimestre de 2012, foi de 26,0%.
A SIC obteve resultados antes de impostos de 14,8 M€, em 2012, um ganho de 0,9% face aos
valores de 2011.
11
4. Publishing
Tabela 5. Indicadores Publishing
Dez-12
Dez-11
var %
4ºT 12
4ºT 11
var %
Total Receitas
68.658.737
81.593.808
-15,9% 17.686.827 21.531.279
-17,9%
Publicidade
29.851.255 36.725.458
-18,7% 7.969.606 9.818.809 -18,8%
Publicações
30.434.584
34.545.254
-11,9% 7.136.615
8.257.205
-13,6%
Produtos Associados
3.545.485 4.919.527
-27.9% 881.779 1.439.984
-38,8%
Outras
4.827.413
5.403.568
-10,7% 1.706.566
2.015.280
-15,3%
Custos Operacionais (1)
69.751.834
78.230.537
-10,8% 20.259.164 20.545.096
-1,4%
EBITDA
-1.093.097
3.363.271
n.a
-2.564.597
986.183
n.a.
EBITDA (%)
-1,6% 4,1%
-14,5% 4,6%
Result. antes Imp (2)
-4.519.784
-314.436
n.a.
-3.351.974
63.233
n.a.
Nota: EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações + Perdas de Imparidade. (1) Não considera o efeito das amortizações e perdas de imparidade. (2) Não considera o efeito das perdas de imparidade. Os custos operacionais, de 2012, incorporam 3,9 M€ referentes aos custos com re-estruturação. A IMPRESA Publishing registou, em 2012, uma perda de imparidade de 2,22 M€ relativa à Medipress.
A IMPRESA Publishing continuou a enfrentar condições de mercado muito difíceis, resultantes
da conjuntura económica adversa.
Por este motivo e antecipando a manutenção dessas dificuldades em 2013, a IMPRESA
Publishing reorganizou, em outubro de 2012, o seu portefólio de publicações, na sequência de
uma reflexão estratégica, que teve como base a seleção das áreas editoriais em que a empresa
quer estar presente. Neste sentido, a IMPRESA Publishing decidiu descontinuar as suas
marcas na área da decoração (com exceção do título Caras Decoração, líder deste segmento) e
na área automóvel, o que incluiu as revistas Casa Cláudia, Casa Cláudia Ideias, Arquitectura &
Construção, do segmento de decoração, e os títulos Autosport e Volante, do setor automóvel.
Os sites Relvado e Mygames foram igualmente descontinuados.
Estas medidas, integradas no
processo de reorganização da
IMPRESA, pretendem reforçar a
aposta nos títulos e marcas com
maior potencial multiplataforma e em
que o Grupo é líder.
Em 2012, as receitas totais atingiram
68,6 M€, o que representou uma
descida de 15,9% em relação às
contas de 2011. Esta evolução
negativa das receitas deveu-se à
Publicidade 43,5% Publicações 44,3% Marketing Alternativo 5,2% Others 7,4%IMPRESA Publishing
Estrutura Receitas
2012
12
quebra em todos os tipos de receitas e à descontinuação dos títulos acima mencionados. As
receitas totais, no 4º trimestre de 2012, desceram 17,9% face ao trimestre homólogo.
Apesar desta conjuntura recessiva a Impresa Publishing reforçou, em 2012, a sua quota de
mercado. De facto, o mercado publicitário de imprensa desceu 24,2%, em 2012 enquanto, na
IMPRESA Publishing, as receitas publicitárias apresentaram uma descida de 18,7%, para 29,8
M€. No 4º trimestre de 2012, as receitas publicitárias apresentaram uma descida homóloga de
18,8%, enquanto o segmento desceu 25%, no mesmo período.
Uma das razões para o ganho de quota neste segmento deveu-se à dinamização da área de
“Live Media”, que, com a realização de vários eventos e conferências, permitiu angariar um
volume de patrocínios muito relevante. Em 2012, destacaram-se as seguintes realizações:
• Conferência “Países como Nós”
• Conferência “Portugal em Exame”
• Conferência “Media do Futuro”
• Conferência “Cidades do Futuro”
• Energia
Portugal
• Caminho das Exportações
• Ciclo de Conferências Banco Popular
• 500 Maiores & Melhores, 1000 Maiores PME’s, Melhores Empresas para Trabalhar em
Portugal.
• Globos de Ouros / Caras
• Global Management Challenge
A nível institucional, continuou a aposta na realização de vários eventos, sendo de destacar o
Prémio Pessoa, o Prémio Primus Inter Pares e o Prémio Mulher Activa.
No âmbito da IMPRESA Publishing, em 2012, as receitas de publicidade representaram 43,5%
do total da faturação.
Em 2012, as receitas provenientes da venda de publicações atingiram 30,4 M€, o que
representou uma descida de 11,9%. As receitas de publicações foram prejudicadas pela
descontinuação de várias revistas durante o 4º trimestre de 2012, nomeadamente, Casa
Cláudia, Casa Cláudia Ideias, Arquitectura & Construção, Autosport e Volante.
Num ano de 2012 marcado pela quebra generalizada das circulações, as publicações da
IMPRESA Publishing mantiveram as suas posições de liderança nos vários segmentos de
mercado. O Expresso manteve-se como o semanário mais vendido, com valores de circulação
paga de 98 mil exemplares, aumentando a sua quota de mercado para 75,8%. A Visão viu a
sua circulação paga atingir 91 mil exemplares, representando mais de 50% da quota de
mercado das “newsmagazines”. Uma nota também para a TV Mais, que, ao contrário da maioria
do mercado, conseguiu aumentar a sua circulação para 76 mil exemplares, o que representou
uma subida de 1% em relação a 2011.
13
Por outro lado, os sites da IMPRESA Publishing continuaram a crescer em termos de tráfego.
Em média, em 2012, os sites atingiram 13,1 milhões de visitas e 74,6 milhões de pageviews.
Estes valores significaram um crescimento médio de 31,2% em visitas e 6,7% em pageviews,
face aos valores médios de 2011.
Na sequência da parceria entre o Grupo IMPRESA e o Sapo, estabelecida no final de 2011, os
sites de informação das diversas publicações do Grupo IMPRESA foram integrados na Rede
Sapo. Esta integração veio permitir o desenvolvimento de novos projetos multiplataforma, com
sinergias significativas, em termos tecnológicos e de exploração comercial. Os lançamentos, já
em janeiro de 2013, das Apps gratuitas da Visão e do Expresso, com a informação dos sites
informativos, foram o primeiro exemplo.
Em 2012, após o arranque em 2011, os títulos do Grupo entraram, de forma decisiva, nas
novas plataformas, principalmente no iPad. Atualmente estão disponibilizadas APP’s pagas
para quatro publicações, Expresso, Visão, Caras e Exame, nas versões IOS e Android. A
aceitação por parte dos leitores e anunciantes tem sido muito positiva. No conjunto destas
marcas, de destacar o Expresso, que terminou o ano com vendas e assinaturas superiores aos
6.000 downloads semanais. Estes números permitiram que o jornal Expresso seja a publicação
líder, destacada, nas vendas digitais e nas assinaturas online.
A área de Produtos Associados registou um declínio em 2012, na ordem de 27,9%, atingindo
3,5 M€ de faturação. De destacar, contudo, os sucessos das coleções de DVD’s “Óscares”,
“Downtown Abbey” e “Pilares da Terra”, para além da edição do Guia Boa Cama e Boa Mesa
2012.
As restantes receitas apresentaram uma descida de 10,7%, em 2012, apesar da subida da área
de Customer Publishing.
Os custos operacionais apresentaram uma descida de 10,8%, penalizados pelos custos com
re-estruturação, que atingiram 3,9 M€, em 2012. Ajustando deste efeito, os custos operacionais
desceram 14,9%.
A evolução operacional e os custos com re-estruturação penalizaram o EBITDA gerado em
2012, que foi negativo em 1,1 M€. Sem custos de re-estruturação, o EBITDA de 2012 foi de 2,8
M€, uma descida de 18,8%.
A performance operacional e os custos de re-estruturação afetaram os resultados antes de
impostos, que, excluindo perdas de imparidades, foram de -4,5 M€ em 2012.
Em 2012, os resultados da IMPRESA Publishing foram ainda afetados por perdas de
imparidade, referentes à Medipress, no montante de 2,22 M€. Em 2011, as perdas de
imparidades tinham sido de 5,3 M€.
14
5. Impresa Outras
Tabela 6. IMPRESA Outras
Dez-12
Dez-11
var %
4ºT 12
4ºT 11
var %
Total Receitas
1.749.444
4.061.403
-56,9% 248.008
537.270
-53,8%
InfoPortugal 1.679.441
1.595.713
5,2%
220.235 521.742 -57,8%
Olhares
208.347
272.802
-23,6%
52.669
71.720
-26,6%
Outras -138.344
2.192.888
n.a.
-24.896 -257.274 -90,3%
Custos Operacionais (1)
3.960.211
7.789.420
-49,2% 1.763.077
2.583.788
-31,8%
EBITDA
-2.210.767 -3.728.018
40,7% -1.515.069 -2.046.518
28,4%
EBITDA (%)
-126,4%
-91,8%
-610,9%
-629,8%
Nota: EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações+ Perdas de Imparidade. (1) Não considera o efeito das amortizações e perdas de imparidade.
No âmbito da reorganização efetuada no final do 1º semestre de 2011, foi criado o segmento
IMPRESA Outras que, no seu perímetro de consolidação, integrava as sociedades
IMPRESA.DGSM, InfoPortugal, holdings IMPRESA, Impresa Digital e Solo, Impresa Serviços
(serviços partilhados) e Office Share (imobiliária), para além das correções originadas pelas
transações inter-companhias. Entretanto, a IMPRESA.DGSM foi alienada durante 2012.
No ano de 2012, as receitas totais desceram 56,9%, para 1,75 M€. No 4º trimestre de 2012, a
IMPRESA Outras atingiu uma faturação de 248 mil euros, o que representou uma descida de
53,8% face ao período homólogo. A principal razão das descidas foi a alteração do perímetro de
consolidação deste segmento, com a alienação da IMPRESA.DGSM.
Os custos operacionais desceram 49,2%, em 2012, beneficiando do referido encerramento e
alienação de empresas e atividades. O EBITDA foi negativo, no montante de 2,2 M€, em 2012,
o que representou uma recuperação de 40,7% face ao período homólogo. No 4º trimestre de
2012, o EBITDA foi negativo em 1,5 M€, uma melhoria face aos 2,0 M€ negativos obtido no 4º
trimestre de 2011.
Nas principais atividades operacionais, durante o exercício de 2012, a evolução foi a seguinte:
Durante o 2º trimestre de 2012, chegou-se a acordo para alienação da totalidade
do capital da IMPRESA.DGSM. Em contrapartida, a IMPRESA-SGPS adquiriu
uma participação de 15,03% no capital da NoniusSoft.
A concretização desta operação vai permitir criar um grupo português, do qual a IMPRESA é
um dos principais acionistas, com soluções de IPTV em cerca de 16.000 quartos de hotéis, e
que, no conjunto das soluções para hotelaria, está presente em mais de 400 unidades
hoteleiras, distribuídas além de Portugal, pela Europa, África e Brasil.
15
Num ano de forte contenção do mercado, a atividade comercial da
Infoportugal registou uma faturação total de 1,7 M€ em 2012, um
acréscimo de 5,2%. Em 2012, houve uma ênfase na fotogrametria
digital, que representou cerca de 50% da faturação, a par do
desenvolvimento de soluções Web&Mobile que quadruplicou a sua
faturação, comprovando que a aposta e o investimento nestas áreas de atividade tem efetiva
relevância estratégica para o crescimento sustentado da Infoportugal.
A par do aumento de receitas, foi aplicada uma política de contenção de custos, que permitiu
um crescimento do EBITDA em 30,9%.
A Infoportugal conjugou o mix das suas competências - sistemas de informação geográficos,
produção de conteúdos multimédia e desenvolvimento de soluções web&mobile - obtendo uma
clara diferenciação de mercado e entregando soluções complexas e integradas aos seus
clientes.
Dos principais projetos em 2012, destacaram-se:
• Desenvolvimento de sistema de informação geográfico para a Direção Geral do Tesouro
e Finanças (DGTF).
• Desenvolvimento da aplicação de Business Inteligence para a Europcar.
• Modelo Numérico Altimétrico de Grande Precisão da Linha Costeira de Portugal.
• Fornecimento de materiais turísticos e Aplicação móveis para a Douro Alliance.
• Conceção e desenvolvimento de aplicações mobile da Rota do Românico.
O site Olhares teve uma descida de 24% na faturação total, em 2012,
atingindo 208 mil euros. Esta quebra deveu-se, essencialmente, à descida
nas receitas de publicidade, que não foi compensada pelo acréscimo das
receitas provenientes da Academia Olhares.
O Olhares continua a solidificar a sua presença como o maior site de fotografia em Portugal,
com 1,1 milhões visitantes, e 10,6 milhões de pageviews.
Relativamente à Academia Olhares, que representou 50,4% das receitas totais, o ano de 2012
foi um ano de consolidação da atividade em Portugal, com o alargamento progressivo da sua
ação para 15 cidades.
Ainda durante 2012, a Academia Olhares alargou a sua oferta, com o lançamento, em agosto,
de cursos presenciais no Brasil, na cidade de São Paulo. Em outubro foi também
disponibilizado o primeiro curso de fotografia online, numa plataforma de e-learning
desenvolvida exclusivamente para o efeito. Lançado inicialmente apenas para o mercado
brasileiro, a partir de dezembro passou a estar disponível também para o mercado português.
16
6. IMPRESA na Bolsa
Após a variação negativa que penalizou as bolsas durante 2011, o ano de 2012 foi de
recuperação. Os mercados de capitais, em 2012, registaram, na sua generalidade, variações
positivas, principalmente a
partir dos meses de verão,
resultante do pós crise das
dívidas soberanas. O PSI 20,
que encerrou 2011 com uma
descida de 27,6%, teve um
comportamento positivo em
2012. Com a forte subida
registada após os meses de
verão, o índice PSI 20 subiu
2,9%.
O índice de referência
europeu EuroStoxx teve um
forte desempenho, com uma
subida de 17,4% em 2012.
Por seu lado, o setor dos
media, na Europa teve um comportamento positivo, com o índice DJ EuroStoxx Media a
valorizar-se 8,8%. O subsetor dos títulos das empresas de televisão registou uma valorização
nula durante 2012, com os títulos dos países do sul da Europa a apresentarem fortes
desvalorizações, que foram compensadas pelas subidas dos títulos das televisões do norte da
Europa.
As ações da IMPRESA, durante
2012, registaram uma
desva-lorização de 34%, em sintonia
com a maioria das descidas
registadas pelas ações de
esta-ções de televisão em Espanha e
Itália.
No entanto, a ligeira
recupe-ração, que as cotações
global-mente registaram em 2012, não
foi acompanhada por um
aumen-to de liquidez. A média de
transações dos títulos da
IMPRESA de 18,3 mil ações/dia,
em 2012, representou uma
desci-da em relação à média de 36,3
mil ações/dia de 2011 (-49,5%).
O reduzido free-float das ações da IMPRESA, que rondou 14%, acentuou a queda da liquidez.
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000
Jan‐12 Fev‐12 Mar‐12 Abr‐12 Mai‐12 Jun‐12 Jul‐12 Ago‐12 Set‐12 Out‐12 Nov‐12 Dez‐12
IMPRESA 2012 Volumes
(média diária)
Nº Ações 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 Ja n … Ja n … Ja n … Ja n … Ja n … Fe v… Fe v… Fe v… Fe v… Ma r… Ma r… Ma r… Ma r… Ab r… Ab r… Ab r… Ab r… Ab r… Ma i… Ma i… Ma i… Ma i… Ju n … Ju n … Ju n … Ju n … Ju l-1 2 Ju l-1 2 Ju l-1 2 Ju l-1 2 Ju l-1 2 A g o … A g o … A g o … A g o … Se t… Se t… Se t… Se t… Ou t… Ou t… Ou t… Ou t… Ou t… No v… No v… No v… No v… De z… De z… De z… De z… De z…IMPRESA - Comportamento das ações em
2012
17
7. Perspetivas para o ano 2013
O ambiente macroeconómico em 2012 foi extremamente adverso e as estimativas para 2013
apontam para a continuação desse ambiente. Apesar disso, as medidas tomadas ao longo do
ano, com especial incidência no último trimestre, visam conseguir uma melhoria global dos
indicadores operacionais da IMPRESA em 2013. Os primeiros indicadores disponíveis
referentes a 2013 permitem reforçar esta convicção.
O Grupo IMPRESA vai manter um apertado controlo dos custos operacionais e a aposta na
conquista de quota de mercado, e tem como principais objetivos a melhoria dos resultados
operacionais, a diversificação de receitas, a continuação do esforço de redução do passivo
remunerado e o regresso aos resultados líquidos positivos.
B) CONTAS INDIVIDUAIS
1. Análise das Contas individuais
Conforme referido no Relatório de 2009, o Conselho de Administração da IMPRESA decidiu
adotar, na preparação das suas demonstrações financeiras individuais, os IAS/IFRS tal como
adotados pela União Europeia, desde 1 de janeiro de 2009, considerando o dia 1 de janeiro de
2008 como data de transição para efeitos do cálculo dos ajustamentos de conversão.
Assim, as demonstrações financeiras individuais apresentadas em 31 de dezembro de 2012 e
de 2011 foram preparadas de acordo com aquele referencial contabilístico.
No exercício de 2012, em termos individuais, os custos operacionais registaram um valor de
2.738,8 mil euros, que compara com o montante de 2.630 mil euros, atingido em 2011.
De referir que, de setembro de 2011 até dezembro de 2012, vigorou a redução voluntária de
10% dos vencimentos de todos os membros do Conselho de Administração e dos principais
quadros da IMPRESA.
No que se refere aos resultados financeiros, foram negativos, no montante de 6.618,6 mil euros,
que comparam com valores positivos de 6.074,5 mil euros atingidos em 2011, consequência da
redução de dividendos recebidos e do registo de perdas de imparidades no montante de
10.509,9 mil euros.
Em termos de resultados líquidos, o valor apurado em 2012 foi negativo, no montante de
8.696,1 mil euros, que compara com o valor positivo de 4.146,7 mil euros atingido em 2011.
2. Proposta de aplicação do resultado do exercício
Para o resultado líquido negativo, no montante de 8.696.077 euros propõe-se a sua
transferência para a conta de resultados transitados.
18
C) ATIVIDADE DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
Os administradores não executivos, no cumprimento das atribuições que lhes foram cometidas
por lei, participaram nas reuniões do Conselho de Administração, nomeadamente nas reuniões
onde foram apreciadas e aprovadas as contas trimestrais, semestrais e anuais do exercício de
2012, e da assembleia geral, não tendo deparado com quaisquer constrangimentos no exercício
das suas funções.
Nos termos da lei e do regulamento da Comissão de Auditoria da IMPRESA, a atividade dos
membros não executivos pertencentes à Comissão de Auditoria está descrita em relatório
autónomo, que é parte integrante do Relatório e Contas de 2012 da IMPRESA.
D) AGRADECIMENTOS
O Conselho de Administração agradece aos trabalhadores o esforço e dedicação com que se
empenharam durante o exercício em análise.
O Conselho de Administração agradece ao Revisor Oficial de Contas, Deloitte & Associados,
S.R.O.C., e aos bancos, Banco BPI, Caixa Geral de Depósitos, Caixa Banco de Investimento,
Banco Espírito Santo, Banco Espírito Santo de Investimento, Millennium BCP, Banco Santander
Totta, Banco Popular, Montepio Geral, Banco BIC e Banco Barclays, toda a colaboração
prestada durante o exercício findo.
Lisboa, 25 de março de 2013
O Conselho de Administração
Francisco José Pereira Pinto de Balsemão
Francisco Maria Supico Pinto Balsemão
Pedro Lopo de Carvalho Norton de Matos
Alexandre de Azeredo Vaz Pinto
António Soares Pinto Barbosa
Maria Luísa Coutinho Ferreira Leite de Castro Anacoreta Correia
Miguel Luís Kolback da Veiga
ANEXO AO RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO DE 2012
Todos os membros do Conselho de Administração declaram, nos termos e para os efeitos da alínea c)
do nº 1 do artº 245º do Código dos Valores Mobiliários, que, tanto quanto é do seu conhecimento, a
informação prevista na alínea a), igualmente do nº 1 do mesmo artigo, foi elaborada em conformidade
com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do
passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade e das empresas incluídas no perímetro
da consolidação e que o relatório de gestão, conjuntamente com os anexos que o integram, expõe
fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da sociedade e das empresas
incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas
com que se defrontam.
Lisboa, 25 de março de 2013
Francisco José Pereira Pinto Balsemão
Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva
Francisco Maria Supico Pinto Balsemão
Vice-Presidente do Conselho de Administração e Vogal da Comissão Executiva
Pedro Lopo de Carvalho Norton de Matos
Vogal do Conselho de Administração e Vice-Presidente da Comissão Executiva
Alexandre de Azeredo Vaz Pinto
Vogal do Conselho de Administração e Presidente da Comissão de Auditoria
António Soares Pinto Barbosa
Vogal do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria
Maria Luísa Coutinho Ferreira Leite de Castro Anacoreta Correia
Vogal do Conselho de Administração e da Comissão de AuditoriaMiguel Luís Kolback da Veiga
Vogal do Conselho de AdministraçãoJosé Manuel Archer Galvão Teles
Notas 2012 2011
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Investimentos em empresas do grupo e associadas 10 165.876.120 164.028.280 165.876.120 164.028.280
ACTIVOS CORRENTES:
Estado e outros entes públicos 11 236.371
-Outros activos correntes 12 8.855.612 5.702.633
Caixa e seus equivalentes 13 47.136 135.224
9.139.119 5.837.857 175.015.239 169.866.137
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital 14 84.000.000 84.000.000
Prémio de emissão de acções 15 36.179.271 36.179.271
Reserva legal 16 1.050.761 843.428
Outras reservas 16 5.528.515 1.589.193
Resultado líquido do exercício (8.696.077) 4.146.655
118.062.470 126.758.547
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTES:
Empréstimos obtidos de instituições de crédito 17 9.917.919 10.901.719
Provisões 10 232.740
-10.150.659 10.901.719
PASSIVO CORRENTES:
Empréstimos obtidos de instituições de crédito 17 10.471.366 10.414.806 Empréstimos obtidos de empresas do grupo 18 32.979.650 18.200.000
Fornecedores e contas a pagar 19 81.002 186.762
Estado e outros entes públicos 20 107.097 737.026
Outros passivos correntes 12 3.162.995 2.667.277
46.802.110 32.205.871 56.952.769 43.107.590 175.015.239 169.866.137 Total de activos correntes
TOTAL DO ACTIVO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
Total de passivos não correntes
Total de passivos correntes
IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Montantes expressos em Euros)
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
O anexo faz parte integrante das demonstrações da posição financeira em 31 de Dezembro de 2012 e 2011. ACTIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Total de activos não correntes
Notas 2012 2011
PROVEITOS OPERACIONAIS:
Outros proveitos operacionais 3 1.718 4.731
CUSTOS OPERACIONAIS:
Fornecimentos e serviços externos 4 (517.800) (528.756)
Custos com o pessoal 5 (1.742.103) (1.813.664)
Provisões 10 (232.740)
-Outros custos operacionais 6 (246.141) (287.569)
Total de custos operacionais (2.738.784) (2.629.989) Resultados operacionais (2.737.066) (2.625.258)
RESULTADOS FINANCEIROS:
Custos financeiros, líquidos 7 (1.139.397) (1.120.629) Ganhos/(perdas) em empresas do grupo e associadas 7 (5.479.218) 7.195.142 (6.618.615) 6.074.513 Resultados antes de impostos (9.355.681) 3.449.255
Impostos sobre o rendimento do exercício 8 659.604 697.400
Resultado líquido do exercício (8.696.077) 4.146.655
Rendimento integral do exercício (8.696.077) 4.146.655
Resultado por acção:
Básico 9 (0,0518) 0,0247
Diluído 9 (0,0518) 0,0247
dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011. O anexo faz parte integrante das demonstrações do rendimento integral IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
Notas 2012 2011 ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Pagamentos a fornecedores (622.696) (430.863)
Pagamentos ao pessoal (1.770.105) (1.805.239)
Fluxos gerados pelas operações (2.392.801) (2.236.102) Recebimento do imposto sobre o rendimento 2.504.955 1.821.863 Outros pagamentos relativos à actividade operacional (317.447) (294.087) Fluxos das actividades operacionais (1) (205.293) (708.326)
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de:
Investimentos em empresas do grupo e associadas 10 - 30.000
Dividendos 7 5.213.964 7.775.358
Juros e proveitos similares - 10
5.213.964 7.805.368
Pagamentos respeitantes a:
Aumentos de capital em empresas do grupo 10 (1.600.000) - Aquisições de participações financeiras 10 (1.572.600) (170)
Prestações acessórias 10 (9.376.480) (5.621.270)
Empréstimos concedidos a empresas do grupo 12 (5.341.050) - (17.890.130) (5.621.440) Fluxos das actividades de investimento (2) (12.676.166) 2.183.928
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos de instituições de crédito - 650.000 Empréstimos obtidos de empresas do grupo 18 14.779.650 6.975.000
14.779.650 7.625.000 Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos de instituições de crédito 17 (1.000.000) (5.000.000)
Empréstimos obtidos de empresas do grupo - (2.900.000)
Juros e custos similares (1.042.839) (1.066.953)
(2.042.839) (8.966.953) Fluxos das actividades de financiamento (3) 12.736.811 (1.341.953)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (144.648) 133.649 Caixa e seus equivalentes no início do exercício 13 (1.779.582) (1.913.231) Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 13 (1.924.230) (1.779.582)
findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011.
O anexo faz parte integrante das demonstrações dos fluxos de caixa dos exercícios IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
Prémio de Resultado Total do emissão Reserva Outras Resultados líquido capital Capital de acções legal reservas transitados do exercício próprio
Saldo em 31 de Dezembro de 2010 84.000.000 97.902.257 759.786 - (61.722.986) 1.672.835 122.611.892 Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 (Nota 16) - - 83.642 1.589.193 - (1.672.835)
-Cobertura de prejuízos (Nota 15) - (61.722.986) - - 61.722.986 -
-Resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 - - - - - 4.146.655 4.146.655 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 84.000.000 36.179.271 843.428 1.589.193 - 4.146.655 126.758.547
Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 (Nota 16) - - 207.333 3.939.322 - (4.146.655) -Resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 - - - (8.696.077) (8.696.077) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 84.000.000 36.179.271 1.050.761 5.528.515 - (8.696.077) 118.062.470
O anexo faz parte integrante das demonstrações das alterações no capital próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011. IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (Montantes expressos em Euros)
1 NOTA INTRODUTÓRIA
A Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (”Empresa” ou “Impresa”) tem sede em Lisboa, foi constituída em 18 de Outubro de 1990 e tem como actividade principal a gestão de participações sociais noutras sociedades.
A Impresa é a empresa-mãe de um grupo constituído pela Impresa e empresas subsidiárias (“Grupo”). O Grupo actua na área de media, nomeadamente através da difusão de programas de televisão e da edição de
publicações (jornais e revistas) e de outros meios audiovisuais. Em Junho de 2011, a Empresa procedeu à fusão, por incorporação, do património da Soincom – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
(“Soincom”, empresa detida a 100%), nas demonstrações financeiras da Empresa, reportada contabilisticamente a 1 de Janeiro de 2011.
Estas demonstrações financeiras foram autorizadas para publicação em 25 de Março de 2013 pelo Conselho de Administração da Impresa.
A Empresa preparou igualmente, nos termos legais, demonstrações financeiras consolidadas. 2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1 Bases de apresentação
As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidas de acordo com as disposições dos IAS/IFRS tal como adoptado pela União Europeia, que incluem os International Accounting Standards (“IAS”) emitidos pela International Standards Commitee (“IASC”), os International Financial Reporting
Standards (“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), e respectivas
interpretações “IFRIC” emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Commitee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Commitee (“SIC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e
interpretações será designado genericamente por “IFRS”.
A adopção das IFRS nas contas individuais ocorreu pela primeira vez em 2009, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses (“POC”) para esse normativo para estes efeitos foi fixada em 1 de Janeiro de 2008, de acordo com o disposto na IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro (“IFRS 1”).
Consequentemente, no cumprimento das disposições do IAS 1, a Impresa declara que estas demonstrações financeiras e respectivo anexo cumprem para estes efeitos as disposições dos
IAS/IFRS tal como adoptados pela União Europeia, em vigor para exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2012.
2.2 Adopção de IAS/IFRS novos ou revistos
As políticas contabilísticas adoptadas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 são consistentes com as seguidas na preparação das demonstrações financeiras da Empresa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e referidas no respectivo anexo.
A seguinte emenda adoptada (“endorsed”) pela União Europeia têm aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012:
Norma
Aplicável nos exercícios iniciados em ou
após IFRS 7 – Emenda (Transferência
de activos financeiros)
1-Jul-11 Esta emenda vem exigir um maior número de divulgações relativamente a transferências de activos financeiros.
Não foram produzidos efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, decorrente da emenda acima referida.
IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (Montantes expressos em Euros)
2
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia:
Norma Aplicável nos exercícios iniciados em ou após IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas
1-Jan-14 Esta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras
consolidadas por parte da empresa-mãe,
substituindo, quanto a estes aspectos, a norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de consolidação.
IFRS 11 – Acordos conjuntos 1-Jan-14 Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos.
IFRS 12 – Divulgações sobre participações noutras entidades
1-Jan-14 Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas.
IFRS 13 – Mensuração de justo valor
1-Jan-13 Esta norma vem substituir as orientações existentes nas diversas normas IFRS relativamente à
mensuração de justo valor. Esta norma é aplicável quando outra norma IFRS requer ou permite mensurações ou divulgações de justo valor. IAS 27 – Demonstrações
financeiras separadas (2011)
1-Jan-14 Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas.
IAS 28 – Investimentos em Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (2011)
1-Jan-14 Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 – Acordos Conjuntos.
IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (Montantes expressos em Euros)
3 IAS 12 – Emenda (recuperação
de activos por impostos diferidos)
1-Jan-13 Esta emenda fornece uma presunção de que a recuperação de propriedades de investimento mensuradas ao justo valor de acordo com a IAS 40 será realizada através da venda.
IAS 19 – Emenda (planos pensões de benefícios definidos) (2011)
1-Jan-13 Esta emenda vem introduzir algumas alterações relacionadas com o relato sobre os planos de benefícios definidos, nomeadamente: (i) os
ganhos/perdas actuariais passam a ser reconhecidos na totalidade em reservas (deixa de ser permitido o método do “corredor”); (ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro à responsabilidade e aos activos do plano. A diferença entre o retorno real dos activos do fundo e a taxa de juro única é registada como os ganhos/perdas actuariais; (iii) os gastos registados em resultados correspondem apenas ao custo do serviço corrente e aos gastos líquidos com juros. IFRS 1 – Emenda (Hiperinflação) 1-Jan-13 Esta emenda fornece orientações sobre como as
entidades devem apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com as IFRS após um período em que não as puderam apresentar pelo facto da sua moeda funcional estar sujeita a hiperinflação severa. IAS 1 – Emenda (Outro
Rendimento Integral)
1-Jul-12 Esta emenda refere-se às seguintes alterações: (i) os itens que compõem o Outro Rendimento Integral e que futuramente serão reconhecidos em resultados do exercício passam a ser apresentados
separadamente; (ii) a Demonstração do Resultado Integral passa também a denominar-se
Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral.
IFRS 7 – Emenda (2011) 1-Jan-13 Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível de instrumentos financeiros, nomeadamente informações relativamente àqueles sujeitos a acordos de compensação e similares.
IAS 32 – Emenda (2011) 1-Jan-14 Esta emenda vem clarificar determinados aspectos da norma devido à diversidade na aplicação dos requisitos de compensação.
IFRIC 20 – Registo de certos custos na fase de produção de uma mina a céu aberto (2011)
1-Jan-13 Esta interpretação clarifica o registo de certos custos durante a fase de produção numa mina a céu aberto.
A Empresa não procedeu à aplicação antecipada de qualquer destas normas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da sua adopção.