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Guia conjunto OMD UPU para a liberação alfandegária postal

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Academic year: 2021

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Guia conjunto OMD–UPU para a

liberação alfandegária postal

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Índice Página

I. Preâmbulo 5

II. Papel das alfândegas e dos Correios 5

a) Correios e administrações alfandegárias a nível nacional 5

b) Papel da União Postal Universal 5

1o Organização das questões alfandegárias no âmbito da União Postal Universal 6 e do Conselho de Operações Postais

c) Papel da Organização Mundial das Alfândegas 7

1o Estrutura dos organismos de trabalho da Organização Mundial das Alfândegas 8 d) Colaboração entre a União Postal Universal e a Organização Mundial das Alfândegas 8 1o Protocolo de acordo entre a União Postal Universal e a Organização Mundial 8

das Alfândegas

2o Comitê de Contato «OMD–UPU» 8

III. Quadro e ferramentas regulamentares 10

a) Convenção e regulamentações da União Postal Universal 10

b) Instrumentos e ferramentas da Organização Mundial das Alfândegas 17

1o Quatro dossiês da Organização Mundial das Alfândegas 17

2o Instrumentos e ferramentas particularmente pertinentes para o tráfego postal 18

3o Outros instrumentos e ferramentas 24

4o Glossário dos termos alfandegários internacionais da Organização Mundial das Alfândegas 24

IV. Contexto operacional 25

a) Produtos e serviços postais 25

b) Processo de expedição postal 26

1o Perspectiva postal 26

2o Descrição do artigo 27

3o Perspectiva da companhia aérea 27

c) Aceitação e expedição (exportação) 27

d) Controles à exportação 28

e) Resumo dos formulários da União Postal Universal, das normas e das mensagens EDI 29 (incluindo mensagens de natureza alfandegária)

f) Procedimento de liberação alfandegária postal em um correio permutante 30

g) Princípios fundamentais 30

h) Processos postais/alfandegários tipos 31

i) Liberação alfandegária postal contra liberação alfandegária comercial 31

j) Formulários CN 22, CN 23 e CP 72/fatura comercial 32

1o Declaração para alfândega CN 22 32

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3o Etiquetas para as mercadorias perigosas aceitas excepcionalmente 33

4o Etiqueta de devolução CN 15 33

5o Envelope para documentos 33

6o Dados sobre os formulários 35

7o Fatura comercial e fatura pro forma 36

k) Publicações pertinentes da União Postal Universal 36

1o Guia da exportação postal 36

2o Guia da exportação postal – Objetos proibidos e sujeitos a restrição 36 3o Guia da exportação postal – Guia sobre as questões alfandegárias 37

4o Lista dos objetos proibidos (incluindo as restrições) 37

5o Coletânea das Correspondências, Coletânea das Encomendas postais e Guia operacional

EMS 37

6o Circulares da Secretaria Internacional 38

l) Boas práticas entre os Correios e as alfândegas 38

m) Melhorar a qualidade das informações nos formulários de declaração para alfândega 39

1o Impactos 39

2o Fator – Experiência do cliente 40

3o Recomendações 40

n) Exemplos de cooperação mútua – Quando os Correios e as alfândegas coordenam 41 seus esforços para se apoiarem mutuamente em sua missão

o) Sistemas utilizados pelos Correios/alfândegas 41

1o Sistemas informáticos alfandegários 41

2o Modelo de dados da Organização Mundial das Alfândegas 42

3o Mensagem EDI alfândegas-Correios OMD/UPU 43

4o Normas de mensagens da União Postal Universal 43

5o Sistema de declaração para alfândega da União Postal Universal 44

6o Desmaterialização dos documentos de apoio 45

V. Questões de proteção e de segurança 47

a) Quadro de normas SAFE da Organização Mundial das Alfândegas 48

b) Cadeia logística alfandegária integrada (informações prévias à chegada e à saída) 49

c) Artigo 9 da Convenção da União Postal Universal (Segurança postal) 50

d) Mercadorias perigosas 50

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I. Preâmbulo

O presente Guia conjunto OMD–UPU para a liberação alfandegária postal é uma ferramenta comum à Organização Mundial das Alfândegas (OMD) e à União Postal Universal (UPU), considerado um «documento vivo» que pode facilmente ser atualizado em função da experiência adquirida ou da evolução das condições.

Este guia é uma fonte de informação destinada ao pessoal dos Correios e da administração alfandegária encarregada da liberação alfandegária postal. Para os Correios, o objetivo é que permita ao pessoal se familiarizar com os diversos aspectos do componente alfandegário da cadeia logística postal, bem como com as diferentes normas, instrumentos e ferramentas da OMD. Para as administrações alfandegárias, o guia permitirá ao pessoal responsável pela liberação alfandegária postal (geralmente uma pequena porção do trabalho de uma administração alfandegária) se familiarizar com os processos postais implicados na troca internacional de correio.

Este documento também busca servir de base comum de diálogo e de discussão a nível nacional entre os operadores designados dos Países-membros da UPU e as administrações alfandegárias da OMD.

Dependendo da aprovação do Comitê de Contato «OMD–UPU», o Guia conjunto OMD–UPU para a liberação alfandegária postal deverá ser publicado nos Websites da UPU e da OMD.

II. Papel das alfândegas e dos Correios

a) Correios e administrações alfandegárias a nível nacional

O Correio tem um papel importante em relação à troca de cartas, de documentos impressos e de pacotes (correspondências, encomenda postais, EMS) entre as pessoas do mundo todo e em termos de facilitação das trocas.

As administrações alfandegárias devem ser envolvidas na cadeia logística postal para cumprir os mandatos importantes que lhes são confiados pela lei e alcançar seus objetivos.

Um Correio pode ser, ou não ser, um serviço governamental. Todavia, no âmbito da UPU, é o País-membro que designa o operador postal em relação ao correio internacional. A Convenção e as regulamentações da UPU são, na realidade, tratados multilaterais entre governos.

Em consequência, em cada País-membro da UPU e território postal, o Correio e a administração alfandegária são ligadas ao governo.

É verdadeiramente no interesse do Correio, da administração alfandegária e do governo que, em cada país, o Correio e a administração alfandegária operem de maneira colaborativa e eficaz. Isto se aplica tanto às questões operacionais quanto ao planejamento estratégico e a outras iniciativas.

b) Papel da União Postal Universal

A missão da UPU, tal como descrita na Constituição da UPU e lembrada na Estratégia Postal de Doha (EPD) (2013–2016), é a seguinte: «Estimular o desenvolvimento sustentável de serviços postais universais de qualidade, eficientes e acessíveis para facilitar a comunicação entre os habitantes do planeta:

– garantindo a livre circulação dos objetos postais em um território postal único composto de redes interconectadas;

– incentivando a adoção de normas comuns justas e o uso da tecnologia; – garantindo a cooperação e a interação entre as partes interessadas; – favorecendo uma cooperação técnica eficaz;

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Para bem conduzir esta missão, a EPD determina metas específicas e, para cada uma delas, diferentes programas. As metas 1 e 3 referem-se a programas direta ou indiretamente ligados às alfândegas:

Meta 1 – Melhorar a interoperabilidade das redes postais internacionais

Meta 3 – Promover os produtos e serviços

inovadores (desenvolvendo a rede tridimensional)

Programas Programas

1.1 Melhoria da qualidade de serviço, da fiabilidade e da eficiência das redes postais 1.2 Melhoria da integridade e da segurança

do correio e facilitação dos procedimentos alfandegários

1.3 Elaboração de normas e de regulamentações adequadas

1.4 Uso das tecnologias da informação e da comunicação a fim de melhorar a acessibilidade e o desempenho

1.5 Promoção do endereçamento nos sistemas postais nacionais

3.1 Modernização e diversificação dos produtos e serviços postais

3.2 Estímulo do crescimento do mercado graças ao uso das novas tecnologias

3.3 Facilitação do comércio eletrônico internacional 3.4 Continuação do desenvolvimento das redes

postais nas três dimensões

1o Organização das questões alfandegárias no âmbito da União Postal Universal e do Conselho de Operações Postais

No âmbito da UPU, os organismos mais envolvidos nas questões ligadas às alfândegas são o Conselho de Administração (CA), o Conselho de Operações Postais (COP) e a Secretaria Internacional. O papel geral de cada um destes organismos é descrito no Website da UPU (www.upu.int/fr/lupu/lupu.html). Em geral, o CA é envolvido nas questões alfandegárias a nível do governo e o COP é envolvido a nível operacional. A Secretaria Internacional é o organismo que apoia o CA e o COP.

Tanto o CA quanto o COP, compreendem Países-membros da UPU eleitos e são organizados em comitês, e no âmbito dos comitês, em grupos. Devido à natureza do trabalho do CA por oposição ao COP, nenhum grupo do CA é envolvido especificamente nas questões de natureza alfandegária, enquanto alguns o são no COP.

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O Grupo «Alfândegas» da Comissão 1 (Integração da cadeia logística) do COP trata especificamente das questões de natureza alfandegária. Todavia, outros grupos do COP podem ter uma influência sobre as questões de natureza alfandegária e eles colaboram no âmbito do COP. Os grupos capazes de interagir com frequência sobre as questões de natureza alfandegária estão ressaltados no diagrama.

c) Papel da Organização Mundial das Alfândegas

A OMD, estabelecida em 1952 enquanto Conselho de Cooperação das Alfândegas, é um organismo intergovernamental independente cuja missão consiste em melhorar a eficiência e presteza das administrações alfandegárias.

Hoje, a OMD representa 179 administrações alfandegárias no mundo que tratam coletivamente cerca de 98% do comércio mundial. Enquanto centro mundial de excelência alfandegária, a OMD é a única organização internacional com competências relacionadas com as questões alfandegárias. Isto implica todos os modos de tráfego, incluindo o tráfego postal, que se revelou ser vulnerável às diferentes formas de atividades ilegais.

Enquanto fórum de diálogo e de troca de experiências entre os delegados alfandegários nacionais, a OMD oferece aos seus membros um leque de convenções e outros instrumentos internacionais, bem como uma assistência técnica e serviços de formação fornecidos diretamente pelo Secretariado ou com sua participação. O Secretariado também apoia ativamente seus membros em seus esforços visando modernizar e reforçar as capacidades no âmbito de suas administrações alfandegárias nacionais.

Além do papel essencial desempenhado pela OMD em termos de estímulo do crescimento do comércio internacional lícito, seus esforços para lutar contra as atividades fraudulentas são reconhecidos em âmbito internacional. A abordagem de parceria privilegiada pela OMD é um dos elementos essenciais do estabelecimento de ligações entre as administrações alfandegárias e seus parceiros. Incentivando a emergência de um contexto alfandegário honesto, transparente e previsível, a OMD contribui diretamente ao bem-estar econômico e social de seus membros.

Ultimamente, em um contexto internacional marcado por certa instabilidade e a ameaça persistente da atividade terrorista, a missão da OMD – que é melhorar a proteção da sociedade e do território nacional e proteger e facilitar o comércio internacional – toma todo seu sentido.

O Plano estratégico da OMD é atualizado cada ano para refletir as necessidades e as prioridades da OMD em um contexto alfandegário em evolução constante. Os objetivos estratégicos para 2013/2014 são:

– Promover a segurança e a facilitação do comércio internacional, incluindo a simplificação e a harmonização dos procedimentos alfandegários.

– Promover uma recuperação das receitas justa, eficaz e efetiva. – Proteger a sociedade, a saúde pública e a segurança.

– Apoiar o reforço das capacidades.

– Promover a troca de informações entre as partes envolvidas.

– Aumentar o desempenho e melhorar o perfil das administrações alfandegárias. – Conduzir pesquisas e análises.

– Enunciado de missão da OMD: a OMD fornece uma autoridade, uma orientação e um apoio às administrações alfandegárias a fim de proteger e de facilitar o comércio legítimo, de realizar receitas, de proteger a sociedade e de reforçar as capacidades.

– Declaração de visão da OMD: as fronteiras dividem, as alfândegas conectam. Conduzir a moderni-zação e a conectabilidade de maneira dinâmica em um mundo em evolução rápida.

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1o Estrutura dos organismos de trabalho da Organização Mundial das Alfândegas

O órgão diretor da OMD – o Conselho – se apoia nas competências e nas capacidades de um Secretariado e de uma série de comitês técnicos e consultivos a fim de cumprir sua missão. Os organismos de trabalho responsáveis pelo tratamento específico dos procedimentos alfandegários no âmbito do tráfego postal são o Comitê de Contato «OMD–UPU» e o Comitê técnico permanente, que o supervisiona. No entanto, as questões tratadas no âmbito da maioria dos organismos de trabalho (por ex. o Comitê de luta contra a fraude, o Grupo de especialistas técnicos sobre a segurança das mercadorias aéreas, o subcomitê de gestão das informações, etc.) interessam o setor postal.

d) Colaboração entre a União Postal Universal e a Organização Mundial das Alfândegas 1o Protocolo de acordo entre a União Postal Universal e a Organização Mundial das Alfândegas

A UPU e a OMD tem uma longa história de colaboração e de consulta. O Protocolo de acordo no Website da UPU (www.upu.int/fr/activites/douanes/documents-cles.html) é a prova. Este protocolo identifica as áreas de cooperação e de consulta, bem como as diretrizes específicas.

2o Comitê de Contato «OMD–UPU»

No âmbito do COP, o comitê de contato é supervisionado pelo Grupo «Alfândegas». As questões comuns aos Correios e às alfândegas são geridas essencialmente através deste comitê conjunto. Este comitê garante que a OMD pode se expressar em relação às questões relativas à UPU.

O comitê de contato tem o caráter de um grupo de trabalho. Suas conclusões são submetidas aos organismos competentes da OMD e da UPU para aprovação. No âmbito da OMD, o organismo competente é o Comitê técnico permanente. No âmbito da UPU, trata-se do COP.

Cada uma das duas organizações é representada no âmbito do comitê de contato por seis países membros e por seu próprio Secretariado. O comitê de contato não inclui os representantes do Correio e das alfândegas do mesmo país. Todavia, o Correio de um representante oficial de uma administração alfandegária no comitê de contato pode (e deve) participar do trabalho do mesmo enquanto observador. Esta participação conjunta por um país é muito útil ao trabalho do comitê de contato.

O comitê de contato é geralmente reconstituído a cada quatro anos, seguindo uma decisão dos organismos supremos nas duas organizações, a saber, o Conselho da OMD e o Congresso da UPU.

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O comitê de contato trata de questões de interesse comum ligadas ao tráfego postal. Ele busca particularmente meios e métodos para:

a) acelerar e simplificar as formalidades alfandegárias no serviço postal;

b) facilitar, simplificar e harmonizar as formalidades alfandegárias para os objetos postais; c) garantir um controle alfandegário eficaz dos objetos postais;

d) assegurar que medidas de segurança eficazes são tomadas para o transporte de todos os objetos postais;

e) melhorar o controle alfandegário a nível da exportação.

O comitê de contato é o meio pelo qual a UPU e a OMD coordenam elementos, como propostas regulamentares com impacto tanto sobre os Correios quanto sobre as alfândegas, o desenvolvimento de normas comuns aos Correios e às alfândegas e iniciativas conjuntas afetando ao mesmo tempo os Correios e as alfândegas.

Os membros da UPU e outros usuários inscritos podem consultar os relatórios das reuniões do comitê de contato, publicados no Website da UPU.

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III. Quadro e ferramentas regulamentares

a) Convenções e regulamentações da União Postal Universal

A Convenção da UPU faz várias referências às questões de natureza alfandegária, como o Regulamento das Correspondências (artigos com prefixos «RL») e o das encomendas postais (artigos com prefixos «RC», o C designando o termo «encomenda»). Os artigos da Convenção e as regulamentações detalhadas se encontram nos Manuais relativos às correspondências e às encomenda postais, os quais estão disponíveis no Website público da UPU (www.upu.int/fr/activites/poste-aux-lettres/manuel-de-la-poste-aux-lettres.html e www.upu.int/fr/activites/colis/manuel-des-colis-postaux.html).

O quadro abaixo contém as regulamentações consideradas como as mais importantes, bem como os comentários sobre sua interpretação operacional. Uma elipse («…») reporta ao texto do artigo ou da regulamentação que foi omitido para reduzir o texto no quadro. Com exceção dos artigos da Convenção adotados pelo Congresso de Doha 2012, os leitores podem consultar o texto completo nos Manuais relativos às correspondências e às encomenda postais.

Este quadro é atualizado regularmente pelo Grupo «Alfândegas». É revisto após cada sessão do COP para incorporar as mudanças feitas pelo COP.

Assunto Referência Texto Comentários

Segurança postal

Convenção artigo 9.1

1. Os Países-membros e seus operadores designados

cumprem as exigências em matéria de segurança definidas nas normas de segurança da União Postal Universal, adotam e aplicam uma estratégia de ação em matéria de segurança, em todos os níveis das operações postais, a fim de conservar e aumentar a confiança do público nos serviços postais, no interesse de todos os agentes implicados. Esta estratégia inclui em particular o princípio de conformidade com as exigências legais relativas ao fornecimento de dados eletrônicos prévios para os objetos postais identificados nas disposições de implementação

(nomeadamente o tipo de objetos postais em questão e os critérios de identificação destes últimos) adotados pelo Conselho de Operações Postais e pelo Conselho de Administração, de acordo com as normas técnicas da UPU relativas às mensagens. Esta estratégia implica igualmente a troca das informações relativas à manutenção da segurança e da proteção do transporte e do trânsito das expedições entre os Países-membros e seus operadores designados.

Isto define uma responsabilidade do Correio quanto à inspeção dos objetos postais para apoiar a segurança da aviação. Também é uma estratégia visando fornecer uma notificação eletrônica prévia de informações oriundas de declarações alfandegárias. O texto sublinhado é o que foi adotado pelo Congresso de Doha e que entrou em vigor em 1º de Janeiro de 2014.

As normas de segurança da UPU referenciadas neste artigo são as normas técnicas da UPU S58 (Medidas gerais de segurança) e S59 (Segurança dos correios permutantes e do correio-avião internacional), disponíveis no âmbito do

programa das normas da UPU. Elas também estão disponíveis na seção segurança postal do Website da UPU

(www.upu.int/fr/activites/securite-postale/normes-de-securite.html).

Mais informações sobre a estratégia à qual este artigo faz referência estão disponíveis na seção intitulada «Processos futuros e papel das EDI alfandegárias como informações prévias»

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Assunto Referência Texto Comentários

Tratamento dos dados pessoais

Convenção artigo 12

1. Os dados pessoais dos usuários só podem ser utilizados para os fins para os quais foram recolhidos, de acordo com a

legislação nacional aplicável.

2. Os dados pessoais dos usuários só podem ser comunicados a terceiros autorizados pela legislação nacional aplicável a acessar esses dados.

3. Os Países-membros e seus operadores designados devem assegurar a confidencialidade e a segurança dos dados pessoais dos usuários, no respeito de sua legislação nacional.

4. Os operadores designados informam seus usuários do uso que é feito de seus dados pessoais e da finalidade da sua coleta.

As atividades postais são cada vez mais globalizadas, e a segurança, bem como o tratamento dos dados, são objeto de discussões frequentes durante os fóruns internacionais. Assim, é muito importante que a Convenção preveja não somente a confidencialidade dos dados coletados pelos operadores designados, mas igualmente a proteção e a segurança dos referidos dados

A necessidade de informar os clientes e de obter a autorização deles para o uso de seus dados pessoais é ressaltada. É especificado que o objetivo para o qual os dados pessoais foram coletados deve ser notificado aos clientes

Responsabili- dade dos Correios em relação às informações nas declarações alfandegárias Convenção artigo 24 RL 156.12 (texto similar ao art. RC 151.1)

Não-responsabilidade dos Países-membros e dos operadores designados

3. Os Países-membros e os operadores designados não assumem qualquer responsabilidade relativamente às

declarações para a alfândega, qualquer que seja a forma como foram efetuadas, nem pelas decisões tomadas pelos serviços da alfândega na altura da verificação dos objetos submetidos ao controle alfandegário.

12. Os operadores designados não assumem qualquer

responsabilidade no tocante às declarações para a alfândega. A elaboração das declarações para a alfândega é da

responsabilidade exclusiva do remetente. Entretanto, os operadores designados devem tomar todas as disposições razoáveis a fim de informar os seus clientes sobre as

modalidades de cumprimento das formalidades alfandegárias e, muito particularmente, assegurar-se da elaboração completa das declarações para a alfândega CN 22 e CN 23, de forma a facilitar a rápida liberação alfandegária dos objetos.

Está confirmado que o remetente e não o Correio é responsável pelas informações fornecidas nos formulários CN 22 e CN 23, mas igualmente que o Correio deve implantar processos (pessoal formado, etc.) para aconselhar os

remetentes e ajudá-los a preencher os formulários

O texto abaixo, figurando no dorso das declarações

alfandegárias CN 22 e CN 23, é igualmente pertinente nesta área, visto que talvez o Correio de origem não possa ler as informações figurando na declaração:

«Para acelerar a liberação alfandegária, queira preencher esta declaração em inglês, francês ou em uma língua aceita no país de destino (...)»

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Assunto Referência Texto Comentários

Proibições e restrições, mercadorias perigosas Convenção artigo 18 RL 131/ RC 119 RL 132/ RC 120 RL 133/ RC 121 RL 134/ RC 122 RL 135/ RC 123 RL 148/ RC 138 RL 270, comentário (texto similar ao art. RC 217) RL 271 (texto similar ao art. RC 218)

2. Proibições aplicáveis a todas as categorias de objetos

2.1 A inserção dos objetos mencionados a seguir é proibida em todas as categorias de objetos:

(…)

3. Matérias explosivas, inflamáveis ou radioativas e mercadorias perigosas

(…)

3.3 Excepcionalmente, são admitidas as mercadorias perigosas especificamente mencionadas nos Regulamentos como sendo admissíveis.

(…)

4. Animais vivos (…)

Informações a fornecer pelos operadores designados: – Informações atualizadas, enunciadas de maneira clara, precisa e detalha, sobre as prescrições alfandegárias ou outros, bem como as proibições ou restrições governando a importação e o trânsito dos objetos postais em seus serviços;

Publicações da Secretaria Internacional

2. Publica, ainda, por meio dos elementos fornecidos pelos Países-membros e/ou pelos operadores designados (...): (…)

2.5 uma lista de objetos proibidos (...)

Este artigo da Convenção, assim como os do Regulamento das Correspondências e do Regulamento das Encomendas postais, trata de artigos proibidos (não aceitos no país de destino) ou sujeitos a restrições (aceitos mas sob condições específicas ligadas à embalagem, às licenças, às quantidades, etc.), como para as mercadorias perigosas

Ele define as mercadorias perigosas que não são aceitas por envio postal e identifica as condições (embalagem,

etiquetagem) em que determinadas mercadorias perigosas podem ser enviadas1

Os Correios devem definir, em uma linguagem clara, as proibições e restrições específicas ao seu próprio país, que são, então, publicadas pela Secretaria Internacional

Estes artigos incentivam os Correios e permitindo-lhes envidar esforços para:

– assegurar-se de que os remetentes sabem o que são mercadorias perigosas e que eles não as enviam – assegurar-se de que suas próprias proibições e

restrições são precisas e claramente redigidas

– fazer todo o possível para informar os clientes sobre os artigos que podem ser proibidos ou sujeitos a restrição nos países de destino

1

O Congresso de Doha decidiu retirá-los da Convenção para passá-los para o Regulamento das Correspondências e o das Encomendas postais. Assim, a contar do 1º de Janeiro de 2014, as mercadorias perigosas aceitas excepcionalmente serão definidas nos Regulamentos e não na Convenção.

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Assunto Referência Texto Comentários

Direitos e taxas

Convenção artigo 20

Controle alfandegário. Direitos de alfândega e outros direitos

1. O operador designado do país de origem e o do país de destino estão autorizados a submeter os objetos ao controle alfandegário, segundo a legislação desses países.

2. Os objetos submetidos ao controlo alfandegário podem ser agravados, a título postal, com despesas de apresentação à alfândega, cujo montante indicativo é fixado pelos

Regulamentos. Estas despesas só são cobradas pela apresentação à alfândega e pelo desalfandegamento dos objetos que foram onerados com direitos aduaneiros ou com qualquer outro direito da mesma natureza.

3. Os operadores designados que obtiveram a autorização para realizar o desalfandegamento por conta dos clientes, seja em nome do cliente ou em nome do operador designado do país de destino, estão autorizados a cobrar aos clientes uma taxa baseada nos custos reais da operação. Esta taxa pode ser cobrada por todos os objetos declarados na alfândega, de acordo com a legislação nacional e incluindo aqueles isentos de direitos aduaneiros. Os clientes devem ser prévia e devidamente informados sobre a taxa exigida.

4. Os operadores designados estão autorizados a cobrar aos remetentes ou aos destinatários dos objetos, conforme o caso, os direitos aduaneiros e quaisquer outros eventuais direitos.

Este artigo da Convenção define as características chaves da liberação alfandegária postal (na medida em que diferem da liberação alfandegária comercial)

O § 2 faz referência à situação tipo em que um Correio de destino pode coletar direitos e taxas junto a um destinatário. Ele permite ao Correio taxar o cliente (geralmente o

destinatário) para os processos implicados na responsabilidade da coleta dos direitos e taxas.

Não permite coletar estas despesas de objetos isentos de direitos e de taxas

O § 3 faz referência à situação atípica onde o país é obrigado a declarar todos os objetos, incluindo aqueles isentos de direitos ou de taxas, e sofre, assim, despesas suplementares.1 Neste caso, o artigo da Convenção permite ao Correio cobrar do cliente as despesas para todos os objetos, incluindo aqueles isentos de direitos e de taxas.

Enquanto que, em uma situação tipo, o Correio de destino coleta direitos e taxas junto ao destinatário, o § 4 autoriza outros modelos comerciais, em função da legislação nacional. Os «preços de cais» são um exemplo: o remetente paga os direitos e as taxas ao Correio de origem, que organiza, então, o pagamento às alfândegas de destino

1

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Assunto Referência Texto Comentários

Identificadores de objetos de correspondên cia com código de barras nos pacotes postais1

RL 126.6.4 Os operadores designados podem utilizar nos pacotes postais um identificador único munido de um código de barras conforme à norma técnica S10 da UPU para permitir o fornecimento de pré-avisos alfandegários transfronteiriços por via eletrônica. No entanto, a presença desse identificador não deve implicar o fornecimento de um serviço de confirmação da distribuição (…)

Ao inverso das encomendas, dos objetos EMS e dos pacotes postais registrados, um identificador de objeto com código de barras não é obrigatório nos pacotes postais não registrados, mesmo que sejam sujeitos ao controle da alfândega. Além disso, este tipo de identificador pode ser muito importante para os processos implicando as alfândegas

Este artigo permite aos Correios de origem aplicar o identificador com código de barras de 13 caracteres de formato S10 aos pacotes postais não registrados e não assegurados. Notem que o Grupo «Normalização» do COP mudou a norma S10 para fornecer um prefixo específico («UA-UZ») aos pacotes postais

Colocação de CN 22 no objeto

RL 156.1 Os objetos sujeitos ao controle alfandegário devem ter uma declaração para a alfândega CN 22 ou uma etiqueta volante do mesmo modelo. A declaração para a alfândega CN 22 é colocada no lado reservado ao endereço, tanto quanto possível no ângulo superior esquerdo, se for o caso, sob o nome e endereço do remetente, que devem necessariamente constar no objeto.

Isto garante que a declaração CN 22 é bem visível – o que é importante para o tratamento alfandegário no destino

Transmissão eletrônica dos dados CN 22

RL 156.2 Quando os operadores designados concordam

antecipadamente, os dados alfandegários fornecidos de acordo com as instruções das declarações para alfândega CN 22 ou CN 23, incluindo os nomes e endereços do remetente e do

destinatário, podem ser transmitidos eletronicamente ao operador designado do país de destino. O operador designado de origem pode compartilhar uma parte ou a totalidade dos dados acima mencionados com a administração alfandegária do país de origem para fins de exportação, e o operador designado de destino pode compartilhar uma parte ou a totalidade dos dados acima mencionados com a administração alfandegária do país de destino para fins de importação.

Isto permite aos Correios trocar os dados figurando nos formulários CN 22 e CN 23 por EDI, em uma base bilateral, por exemplo, através da mensagem ITMATT (descrito mais tarde neste guia)

As questões relativas à confidencialidade destes dados são igualmente recordadas

1

As diferenças entre um pacote postal dos objetos de correspondência e uma encomenda, tais como definidas no Regulamento das Encomendas postais, são ressaltadas mais adiante neste documento.

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Assunto Referência Texto Comentários

Uso de CN 23 nos pacotes postais

RL 156.5 Se o valor do conteúdo declarado pelo remetente for superior a 300 DES ou se o remetente o preferir, os objetos serão, além disso, acompanhados de declarações para a alfândega separadas CN 23 e na quantidade prescrita. Uma destas declarações deve obrigatoriamente ser colada sobre o objeto. No caso onde a declaração não for diretamente visível no anverso do objeto, a parte destacável da declaração para a alfândega CN 22 é aposta no anverso. É igualmente possível substituir a parte destacável da declaração para a alfândega CN 22 por uma etiqueta gomada ou autocolante de cor branca ou verde, que traga a seguinte menção:

Inscrição em preto:

(Dimensões 50 x 25 mm, cor branca ou verde)

Este artigo especifica as condições de uso de uma declaração CN 23 ao invés da CN 22 para os objetos de correspondência tais como os pacotes postais e os sacos diretos

Envelope adesivo transparente

RL 156.6 6. As declarações para alfândega CN 23 são atadas

externamente ao objeto de uma maneira sólida e de preferência são inseridas num envelope transparente adesivo. A título excepcional e se o remetente assim o preferir, estas

declarações podem ser inseridas em objetos registrados em um envelope fechado, se estes contiverem os objetos preciosos mencionados no artigo 18.6.1 da Convenção, ou dentro dos objetos com valor declarado.

Este artigo incentiva o uso de envelopes transparentes de forma que a declaração CN 23 seja visível, mas possa ser retirada para verificação pelas alfândegas antes de ser colocada no envelope Pedido de declarações para alfândega para os pacotes postais

RL 156.8 Os pacotes postais devem ser acompanhados de uma

declaração para a alfândega CN 22 ou CN 23, em conformidade com as disposições dos parágrafos 1 a 6.

Este artigo confirma que os pacotes postais por

correspondências devem trazer uma declaração CN 22, ou uma declaração CN 23

CN 23

inclusa Pode ser aberta automaticamente

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Assunto Referência Texto Comentários

Correio prioritário RL 172.4 (texto similar ao art. RC 151.2)

Prioridade de tratamento dos objetos prioritários e dos objetos-avião

4. Os operadores designados tomam todas as medidas úteis para:

(…)

4.3 acelerar as operações relativas ao controle alfandegário dos objetos prioritários e dos objetos-avião com destino ao seu país;

Regulamentações similares se aplicando às encomenda

Este artigo exige que os Correios de destino deem prioridade ao correio aéreo/prioritário no correio marítimo/S.A.L./não prioritário

Esta prioridade é geralmente dada organizando as operações no correio permutante à chegada de forma que o correio aéreo/prioritário seja apresentado às alfândegas antes do correio marítimo/não prioritário/S.A.L.

Objetos devolvidos ou redirecionados

RC 153 1. Os operadores designados comprometem-se a intervir junto às autoridades competentes do seu país para que os direitos (entre os quais os direitos de alfândega) sejam anulados quando se referem a uma encomenda:

1.1 devolvida ao remetente;

1.2 reexpedida para um terceiro país; 1.3 abandonada pelo remetente;

1.4 perdida no seu serviço ou destruída por avaria total do conteúdo;

1.5 espoliada ou avariada em seu serviço.

Este artigo requer que os Correios implantem dispositivos com as alfândegas de forma que os direitos ou as taxas aplicados a um objeto devolvido ou reexpedido possam ser anulados. Ainda que se trate de uma encomenda pós-regulamentação, o mesmo princípio se aplica aos objetos de correspondência que são sob controle alfandegário, tais como os pacotes postais

Triagem de acordo com o formato

Convenção artigo 14

Classificação dos objetos das correspondências de acordo com seu formato

1. Nos sistemas de classificação referidos no artigo 13.3, os objetos de correspondência também podem ser classificados de acordo com o seu formato, nomeadamente as cartas de

pequeno formato (P), as cartas de grande formato (G) e as cartas volumosas (E). Os limites de dimensão e de peso estão especificados no Regulamento das Correspondências.

Este artigo foi introduzido durante o Congresso de Doha e entrou em vigor em 1º de Janeiro de 2014. Faz referência à triagem de acordo com o formato. Permite e incentiva os Correios a triar os objetos de correspondência em recipientes em função do formato do objeto. Por exemplo, os Correios podem combinar de maneira bilateral dispor de recipientes (sacos) contendo unicamente os pacotes postais e colocar as cartas/papéis impressos em recipientes diferentes (ou seja, não misturar os pacotes postais às cartas/papeis impressos). Entre outras potenciais vantagens, esta ação pode conferir maior eficiência aos procedimentos de liberação alfandegária do país de destino. (Referência: CONGRÈS–Doc 20a)

Além destas regulamentações, existem outras regulamentações importantes sob a forma de instruções figurando no dorso dos formulários CN 22 e CN 23. Estas são cobertas em outra parte neste guia. Da mesma forma, as resoluções do Congresso informam geralmente os organismos da UPU (por ex. o CEP, o CA, a Secretaria Internacional) sobre as estratégias e as prioridades. As resoluções abaixo envolvendo as alfândegas oriundas do Congresso mais recente podem ser consultadas no Website da UPU (http://pls.upu.int/document/2012/fr/cng_doc/d040.pdf) pelos usuários inscritos:

– Resolução C 49/2012 (Implementação de um sistema de troca de dados informatizados com as autoridades alfandegárias e aquelas encarregadas da segurança do transporte bem como com outras autoridades)

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b) Instrumentos e ferramentas da Organização Mundial das Alfândegas

A OMD é uma organização de elaboração de normas que, durante os últimos sessenta anos, desenvolveu muitos instrumentos e ferramentas para ajudar as administrações alfandegárias do mundo todo a alcançar suas metas e objetivos. Estes instrumentos e ferramentas são, em grande parte, ligados a todos os modos de tráfego e são pertinentes em termos de formalidades de alfândega no tráfego postal.

Este capítulo fornece mais informações sobre os quatro dossiês da OMD, que representam um quadro onde os instrumentos e as ferramentas, bem como as boas práticas, foram colocados. Além disso, inclui informações sobre os que são mais pertinentes na cadeia logística postal.

1o Quatro dossiês da Organização Mundial das Alfândegas

A OMD desenvolveu quatro dossiês apoiando a adoção e a administração de qualidade das práticas alfandegárias modernas e que favorecerão a sensibilização sobre o papel vital das alfândegas em matéria de comércio internacional. Estes quatro dossiês compreendem as principais ferramentas, competências, assistência técnica e instrumentos alfandegários que apoiam a realização dos objetivos chaves das alfândegas, particularmente a recuperação das receitas, a facilitação do comércio, a segurança das fronteiras e a luta contra o contrabando. Estes quatro dossiês são os seguintes:

– Dossiê sobre as receitas.

– Dossiê sobre a competitividade econômica. – Dossiê sobre o controle e a luta contra a fraude. – Dossiê sobre o desenvolvimento organizacional.

O dossiê sobre as receitas compreende as ferramentas da OMD que apoiam uma recuperação justa e eficaz das receitas, particularmente em ligação com a classificação dos produtos, sua avaliação e as regras de origem. A recuperação das receitas é uma prioridade absoluta para várias administrações alfandegárias, particularmente nas economias onde uma parte importante das receitas do governo vem dos direitos de alfândega. Uma administração alfandegária moderna deve aplicar as ferramentas e os instrumentos pertinentes – desenvolvidos pela OMD e outros organismos internacionais – de maneira coerente para realizar uma recuperação das receitas justa, eficiente e eficaz.

O dossiê sobre a competitividade econômica compreende ferramentas da OMD que apoiam a competitividade econômica através da facilitação e da segurança das trocas, particularmente a Convenção de Quioto revista e o quadro de normas SAFE. A OMD trabalha com seus membros para garantir o crescimento assegurando e incentivando a competitividade econômica. A segurança e a facilitação das trocas constituem um dos fatores chaves do desenvolvimento econômico das nações e estão estreitamente ligadas aos objetivos nacionais em matéria de bem estar social, de redução da pobreza e de desenvolvimento econômico dos países e de seus cidadãos.

Da mesma forma, a OMD fornece um fórum para o desenvolvimento dos instrumentos e das ferramentas visando simplificar e harmonizar os procedimentos alfandegários.

O dossiê sobre o controle e a luta contra a fraude apoia a proteção da sociedade graças a ferramentas ligadas à luta contra a fraude, parcerias com as partes interessadas, uma tecnologia e uma infraestrutura de ponta e a coordenação das operações de luta contra a fraude. Trata-se de garantir a conformidade com as leis e regulamentações das mercadorias, das pessoas e dos meios de transporte, a preservação de comunidades seguras e protegidas, a competitividade econômica das nações, o crescimento do comércio internacional e o desenvolvimento do mercado mundial. A OMD continuará a desenvolver e manter normas e diretrizes conformes ao objetivo de proteção da sociedade. A troca de conhecimentos e de informações alfandegários sobre a luta contra a fraude é essencial à estratégia de luta contra a fraude da OMD. Para este fim, a OMD coordenará e implementará iniciativas de luta contra a fraude e as atividades operacionais alfandegárias com a ajuda de partes interessadas chaves.

O dossiê sobre o desenvolvimento organizacional inclui as ferramentas da OMD para o desenvolvimento holístico dos recursos humanos e instituições fornecendo apoio consultivo estratégico para a oferta e o reforço do compromisso e da integridade das partes interessadas. Os detalhes de cada dossiê podem ser consultados em seus documentos respectivos. Administrações alfandegárias eficazes e eficientes são essenciais ao desenvolvimento econômico, social e securitário dos Estados. A OMD, enquanto centro mundial da excelência das alfândegas, desempenha um papel central no desenvolvimento, na promoção e no apoio da implementação de normas, procedimentos e sistemas alfandegários modernos e se posicionou

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como líder mundial em termos de reforço das capacidades. O desenvolvimento de ferramentas de reforço das capacidades está ligado a três critérios, que foram ressaltados pelo Comitê do reforço das capacidades como essenciais ao desenvolvimento sustentável e à modernização: vontade política, pessoas e parcerias.

Assim, os quatro dossiês formam uma série de ferramentas e de assistência da OMD podendo ajudar uma administração alfandegária a alcançar seus objetivos. Naturalmente, existem sobreposições entre os quatro dossiês na medida em que a mesma ferramenta pode contribuir para alcançar objetivos diferentes. Por exemplo, a Coletânea de gestão dos riscos pode contribuir para a recuperação das receitas, a competitividade econômica e a luta contra a fraude. Assim, os membros da OMD podem estar seguros de que cada dossiê contém as ferramentas necessárias à continuidade de seu objetivo central respectivo.

2o Instrumentos e ferramentas particularmente pertinentes para o tráfego postal

Alguns instrumentos e ferramentas da OMD são específicos aos (ou são muito pertinentes para os) procedimentos alfandegários ligados ao tráfego postal. Eles incluem a Convenção de Quioto revista (capítulo 2 do Anexo específico J), as diretrizes relativas à autorização de saída imediata, as Recomendações sobre a tributação fixa, as Recomendações sobre a admissão de presentes com franquia, a Coletânea de gestão dos riscos (volume 2, Indicadores de riscos e Manual sobre os objetos postais/expressos) e a Convenção SH. Todavia, a maioria dos instrumentos e ferramentas da OMD é ligada a todos os modos de tráfego e devem, assim, serem considerados pelas administrações alfandegárias quando gerem as formalidades do tráfego postal. O quadro de normas SAFE, que será coberto pelo capítulo V, sobre as questões de proteção e de segurança postais e alfandegárias, é particularmente pertinente.

Convenção de Quioto revista, Anexo específico J, capítulo 2

A Convenção internacional sobre a simplificação e a harmonização dos procedimentos alfandegários (Convenção de Quioto) entrou em vigor em 1974 e foi revista e atualizada a fim de garantir que esteja conforme às exigências atuais dos governos e do comércio internacional.

O Conselho da OMD adotou a Convenção de Quioto revista em Junho de 1999 como modelo para procedimentos alfandegários modernos e eficazes no século 21. A Convenção de Quioto revista incentiva a facilitação do comércio e controles eficazes através de suas disposições legais, que detalham a aplicação de procedimentos simples e eficazes. A Convenção de Quioto revista elabora vários princípios diretores chaves, principalmente:

– a transparência e a previsibilidade das ações alfandegárias;

– a normalização e a simplificação da declaração de mercadorias e dos documentos justificativos; – procedimentos simplificados para as pessoas autorizadas;

– o uso apropriado da tecnologia da informação;

– um controle alfandegário mínimo necessário para garantir a conformidade às regulamentações; – o uso da gestão dos riscos e dos controles por auditoria;

– intervenções coordenadas com outras agências fronteiriças; – a parceria com o comércio.

A Convenção de Quioto revista entrou em vigor em 3 de Fevereiro de 2006. Em Setembro de 2013, a Convenção de Quioto tinha 91 partes contratantes.

A Convenção de Quioto revista cobre as atividades alfandegárias em grande escala. O Anexo específico J, capítulo 2, se refere ao tráfego postal e compreende cinco definições, 10 normas e uma prática recomendada. Elas são ressaltadas abaixo e acompanhadas de uma interpretação da UPU para permitir aos Correios compreender melhor a publicação da OMD.

O Anexo específico J, sobre o tráfego postal, fornece procedimentos de liberação alfandegária simplificados para o tráfego postal; o documento deve ser amplamente partilhado com as autoridades alfandegárias a nível nacional. Ele ajuda a garantir a conformidade à obrigação de serviço universal da UPU e ao conceito de território postal único. Ele protege a troca universal de correio e completa as leis e as regulamentações da UPU. Em uma época onde a rapidez da liberação alfandegária se tornou crucial para garantir a qualidade do serviço, é de interesse da UPU fazer com que o máximo possível de membros da OMD adote a Convenção de Quioto revista e o capítulo 2 de seu Anexo específico J. Quanto mais membros da OMD aderirem a estes textos, melhores serão a qualidade e a rapidez da cadeia logística postal mundial.

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Texto Interpretação OMD–UPU1

Definição Formulários CN 22/23: formulários especiais de declaração aplicáveis aos objetos postais e descritos nos Atos da União Postal Universal atualmente em vigor.

Esta definição permite aos agentes das alfândegas utilizarem os formulários postais CN 22 e CN 23 para fins alfandegários. Isto implica, então, que mudanças feitas aos formulários CN 22 ou CN 23 ocasionem a consulta da OMD.

Definição Formalidades de alfândega aplicáveis aos objetos postais: todas as operações a efetuar pela parte interessada e pelas alfândegas em matéria de tráfego postal.

Esta definição ilustra uma distinção entre liberação alfandegária postal e liberação alfandegária comercial.

Definição Objetos postais: objetos de correspondência e encomendas

encaminhados pelos serviços postais ou por conta dos mesmos, tais como descritos nos Atos da União Postal Universal atualmente em vigor.

A OMD aceita esta definição tal como fornecida nos Atos da União Postal Universal.

Definição Serviço postal: organismo público ou privado habilitado pelo governo a fornecer os serviços internacionais regidos pelos Atos da União Postal Universal

atualmente em vigor.

Se antigamente era essencialmente um organismo público, o serviço postal (designado pelo termo de «operador designado») hoje é em um número crescente de países um organismo privado autorizado pelo governo a fornecer serviços internacionais regidos pelos Atos da União Postal Universal.

Definição União Postal Universal: organização intergovernamental fundada em 1874 pelo Tratado de Berna sob o nome de «União Geral dos Correios», que recebeu em 1878 a denominação de «União Postal Universal (UPU)» e que, desde 1948, é uma instituição especializada das Nações Unidas.

Norma 1 As formalidades de alfândega aplicáveis aos objetos postais são regidas pelas disposições do presente capítulo e, na medida em que se aplicam, pelas disposições do Anexo geral.

O capítulo 2 do Anexo específico J trata especificamente dos objetos postais. Todavia, esta norma esclarece o fato de que as

disposições do Anexo geral à Convenção de Quioto revista são aplicáveis a todos os Anexos específicos, incluindo o Anexo específico J e seu capítulo 2. As diretrizes da Convenção de Quioto revista especificam que o capítulo 3 do Anexo geral, relativo à liberação alfandegária e outras formalidades alfandegárias, o capítulo 6, relativo ao controle alfandegário, e o capítulo 7, relativo à tecnologia da informação, são

particularmente importantes e devem ser lidos juntamente com o capítulo 2 do Anexo J, relativo ao tráfego postal.

1

Em alguns casos, o texto oriundo do documento da OMD «Diretrizes relativas ao Anexo específico J Capítulo 2 (tráfego postal)» está incluído. Alguns elementos neste documento da OMD também são colocados em outra parte neste guia.

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Texto Interpretação OMD–UPU1

Norma 2 A legislação nacional especificará as responsabilidades e as obrigações respectivas das alfândegas e do serviço postal em relação ao tratamento

alfandegário dos objetos postais.

Esta norma esclarece o fato de que o serviço postal e as alfândegas têm certas obrigações e responsabilidades que decorrem dos Atos da União Postal Universal, aquelas que cabem às alfândegas foram definidas em consulta com estas últimas. Elas tratam particularmente dos documentos que acompanham os objetos postais, as informações a serem fornecidas e aos métodos utilizados para transmitir os objetos e os documentos. Outras

responsabilidades e obrigações dos serviços postais e das alfândegas podem ser

combinadas por acordo mútuo entre o Correio e as alfândegas.

Norma 3 Os objetos postais devem ser liberados o mais rápido possível.

Na medida em que o tráfego postal é sujeito ao pagamento habitual dos direitos e taxas aplicáveis e à legislação nacional relativa às proibições e restrições, um impacto sobre os prazos de entrega é inevitável. A norma 3 exige que as alfândegas limitem este impacto o máximo possível. No entanto, nenhum elemento da presente disposição deve ser considerado como limitando os controles alfandegários.

As diretrizes da Convenção de Quioto revista reconhecem três níveis possíveis de implicação do serviço postal na liberação alfandegária das mercadorias importadas por correio: a) o serviço postal apresenta objetos que precisam de uma liberação alfandegária;

b) o serviço postal realiza algumas operações, sob controle da alfândega, que normalmente são da responsabilidade das alfândegas; c) o serviço postal age enquanto agente de alfândega, particularmente na gestão dos objetos EMS.

Norma 4 A exportação de mercadorias em objetos postais é autorizada, sejam mercadorias em livre circulação ou sujeitas a um regime alfandegário.

Estas normas permitem precisar que a exportação e a importação devem ser autorizadas, qualquer que seja o regime alfandegário sob o qual as mercadorias foram ou serão colocadas. Este princípio se aplica igualmente a todos os objetos postais, sob reserva do cumprimento de todas as

formalidades normais previstas para referido regime.

Norma 5 A importação de mercadorias em objetos postais é autorizada, sejam mercadorias destinadas à liberação para o consumo ou para outro regime alfandegário.

Norma 6 As alfândegas designam ao serviço postal os objetos postais que lhe devem ser produzidos para fins de controle, bem como as modalidades desta produção.

Esta norma especifica que é a administração alfandegária que determina o correio que o Correio deve apresentar às alfândegas. O «método de produção» (ou seja, a apresentação) designa as cópias de

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Texto Interpretação OMD–UPU1

Norma 7 A alfândega não exigirá que os objetos postais lhe sejam apresentados à exportação para fins de controle alfandegário, exceto se eles contém: – mercadorias cuja exportação deve ser

certificada;

– mercadorias sujeitas a proibições ou restrições à exportação ou passíveis de direitos e taxas à exportação; – mercadorias de valor superior a um

montante fixado pela legislação nacional;

– mercadorias escolhidas para um controle alfandegário de maneira seletiva ou aleatória.

Esta norma confirma que os controles da alfândega à exportação devem ser limitados. Todavia, a gestão dos riscos e a seletividade devem manter controles suficientes dos objetos de saída.

Prática recomendada 8

As alfândegas não devem, regra geral, exigir a apresentação dos objetos postais importados que pertencem às seguintes categorias:

a) Cartões postais e cartas contendo unicamente mensagens pessoais. b) Obras para cegos.

c) Impressos não sujeitos aos direitos e taxas à importação.

Notem que é uma prática recomendada e não uma norma. Isto ilustra o fato de que a determinação dos objetos que devem ser apresentados às alfândegas é uma questão nacional. Além do mais, a expressão «regra geral» oferece flexibilidade, no sentido que as alfândegas podem exigir que todo o correio proveniente de um país específico lhe seja apresentado de maneira contínua ou ocasionalmente.

Norma 9 Quando todas as informações exigidas pelas alfândegas figuram no formulário CN 22 ou CN 23 e nos documentos justificativos, o formulário CN 22 ou CN 23 constitui a declaração de

mercadorias, exceto nos seguintes casos: – Mercadorias de valor superior a um

montante fixado pela legislação nacional.

– Mercadorias sujeitas a proibições ou restrições ou sujeita a direitos e taxas à exportação.

– Mercadorias cuja exportação deve ser certificada.

– Mercadorias importadas destinadas a serem colocadas sob um regime alfandegário outro que para o consumo

Esta norma esclarece o fato de que o formulário CN 22 ou CN 23, bem como os documentos justificativos, como a fatura comercial, são os únicos elementos necessários para a liberação alfandegária, salvo nas circunstâncias ressaltadas, quando uma declaração de mercadorias distinta é necessária. As diretrizes especificam que uma declaração de mercadorias pode ser um documento nacional que é igual ao prescrito para outros meios de transporte ou que pode ser especialmente concebido para a liberação alfandegária postal. Por outro lado, algumas administrações alfandegárias podem igualmente aceitar um documento

internacional, tal como o carnê ATA para uma admissão temporária.

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Texto Interpretação OMD–UPU1

Norma 10 As formalidades alfandegárias não são aplicáveis aos objetos postais em trânsito.

Isto esclarece o fato de que o correio em recipientes manipulados em trânsito fechado, bem como os objetos manipulados em trânsito aberto não estão sujeitos às formalidades de alfândega pela administração alfandegária do país de trânsito.

De acordo com o voto oficial da OMD e da UPU sobre os objetos em trânsito encaminhados em expedições fechadas ou a descoberto (trânsito aberto) que se supõe conter entorpecentes ou substâncias psicotrópicas, a alfândega do país de trânsito pode tomar as medidas apropriadas para informar suas suspeitas à alfândega do país de destino.

Norma 11 As alfândegas devem prever dispositivos o mais simples possível para a

recuperação dos direitos e taxas aplicáveis às mercadorias contidas em objetos postais.

Esta norma esclarece que a simplicidade é um objetivo em se tratando da liberação

alfandegária postal. Ela reconhece que os usuários do procedimento de liberação

alfandegária postal geralmente não utilizam os despachantes alfandegários salvo nas

circunstâncias onde a legislação nacional exige uma entrada oficial das alfândegas. As

diretrizes recomendam igualmente o uso de uma avaliação fixa para as mercadorias não comerciais importadas para consumo a um valor especificado na legislação nacional, bem como o uso da admissão livre de direitos e taxas à importação para os presentes.

Convenção SH

O Sistema harmonizado de designação e de codificação das mercadorias (geralmente chamado «Sistema harmonizado» ou simplesmente «SH») é uma nomenclatura de produto internacional com objetivos múltiplos, elaborada pela OMD. É regido pela Convenção Internacional sobre o SH de designação e de codificação das mercadorias, adotada em Junho de 1983 e que entrou em vigor em Janeiro de 1988. O sistema compreende quase 5000 grupos de mercadorias, cada um identificado por um código de seis dígitos organizado de acordo com uma estrutura legal e logica e apoiado por regras bem definidas para obter uma classificação uniforme.

O sistema é utilizado por mais de 200 países e economias como base para suas tarifas alfandegárias e para a coleta de estatísticas comerciais internacionais (em Julho de 2013, 148 deles eram partes contratantes à Convenção SH). Mais de 98% das mercadorias trocadas em escala internacional são classificadas de acordo com o SH.

O SH contribui para a harmonização dos procedimentos alfandegários e comerciais e para troca de dados comerciais sem papel em ligação com estes procedimentos, reduzindo, assim, os custos ligados ao comércio internacional. Também é bastante utilizado pelos governos, as organizações internacionais e o setor privado para vários outros fins, tais como as taxas internas, as políticas comerciais, a vigilância das mercadorias controladas, as regras de origem, as tarifas de frete, as estatísticas de transporte, a vigilância dos preços, os controles de quota, a compilação de contas nacionais, bem como a pesquisa e a análise econômicas. Assim, o SH é um código e uma linguagem econômicos universais para as mercadorias, bem como uma ferramenta indispensável para o comércio internacional.

A manutenção do SH é uma prioridade da OMD. Esta atividade inclui medidas visando proteger a inter-pretação uniforme do SH, bem como sua atualização periódica à luz dos desenvolvimentos da tecnologia e das mudanças dos modelos comerciais. A OMD gere este processo através do Comitê do SH (representando as partes contratantes à Convenção SH), que examina as questões de ordem política, toma decisões sobre as questões de classificação, resolve os litígios e prepara as modificações feitas às notas explicativas. O comitê prepara igualmente modificações atualizando o SH a cada cinco anos. As decisões relativas à interpretação e à aplicação do SH, tais como as decisões de classificação e as modificações feitas às notas explicativas ou a coletânea dos avisos de classificação, entram em vigor dois meses depois de sua aprovação pelo Comitê do SH.

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Recomendação sobre a tributação de montante fixo

A recomendação do Conselho de Cooperação Alfandegária sobre a aplicação de um sistema de tributação de montante fixo para as mercadorias enviadas em pequenos objetos endereçados a particulares ou contidas nas bagagens dos passageiros (tributação de montante fixo) foi adotada em 1968, tendo em conta a necessidade de manipular rapidamente a grande quantidade de mercadorias enviadas através de pequenos objetos. Uma tributação de montante fixo é recomendada enquanto sistema que pode simplificar e acelerar a liberação alfandegária deste tipo de mercadorias.

Recomendação sobre a admissão de presentes com franquia

A recomendação do Conselho de Cooperação Alfandegária em relação à admissão com franquia dos objetos constituindo presentes foi elaborada para recomendar que os membros autorizem a admissão livre de direitos e taxas à importação dos objetos contendo apenas presentes, e cujo valor não ultrapassa 30 DES. Ela também determina o que pode ser considerado um presente.

Diretrizes relativas à autorização de saída imediata

Depois de reconhecer que uma parte das trocas comerciais de um país precisa de uma liberação alfandegária imediata, a OMD elaborou uma série de procedimentos relativos à autorização de saída/ao desembaraço alfandegário no início dos anos 90 para ajudar as alfândegas e a sociedade a agilizar a liberação alfandegária das mercadorias que precisam de uma autorização de saída imediata, particularmente os documentos e as mercadorias de pequeno valor. Após a revisão da Convenção de Quioto e outras iniciativas, incluindo o desenvolvimento do Modelo de dados da OMD, e à luz de algumas preocupações das alfândegas e o setor privado, a diretrizes foram revistas e atualizadas. As diretrizes revistas, hoje conhecidas como «Diretrizes sobre a autorização de saída imediata», foram adotadas em Março de 2003 pelo Comitê técnico permanente. As diretrizes preveem essencialmente que as alfândegas devem geralmente realizar a autorização de saída/a liberação alfandegária de todos os objetos imediatamente, sob reserva da observação das condições estabelecidas pelas alfândegas e da comunicação das informações necessárias exigidas pela legislação nacional na data prevista, antes da chegada das mercadorias. Esta notificação prévia é possível particularmente graças às oportunidades oferecidas pela troca eletrônica de dados entre os operadores designados e as alfândegas. Nas diretrizes atuais, as mercadorias continuam a ser classificadas em uma das quatro categorias a seguir: 1: correspondência e documentos; 2: objetos de baixo valor para os quais nenhum direito e taxa é coletado; 3: objetos tributáveis de baixo valor; 4: objetos de grande valor.

Coletânea sobre a gestão dos riscos

As mudanças na paisagem estratégica do contexto operacional das alfândegas, associadas ao crescimento a longo prazo em termos de volumes de comércio e de viagem, afetaram a maneira como as administrações alfandegárias são geridas e a forma como elas concebem suas tarefas. Estes desenvolvimentos, associados à incerteza crescente, levaram várias administrações a buscar uma maneira mais estruturada e sistemática de gerir os riscos.

A gestão dos riscos foi um dos principais veículos das administrações alfandegárias em seus esforços visando responder melhor às exigências do contexto operacional do século 21, que vê as administrações alfandegárias se esforçarem em tratar os riscos onde estiverem e o mais breve possível na cadeia logística.

O desenvolvimento e a implementação de um quadro de gestão dos riscos baseado nas informações, associado ao desenvolvimento de uma cultura de gestão dos riscos no âmbito de uma organização alfandegária, permitiu uma melhor tomada de decisões em todos os níveis da organização e em ligação com todas as áreas de risco. Hoje, a gestão dos riscos é vista como um dos princípios diretores associados às administrações alfandegárias modernas.

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A Coletânea sobre a gestão dos riscos das alfândegas da OMD1 compreende dois volumes distintos, mas ligados. O volume 1, à disposição do público, apresenta o quadro organizacional da gestão dos riscos, dá detalhes sobre o processo de gestão dos riscos, descreve os diferentes elementos constitutivos de um quadro de gestão organizacional dos riscos e trata da integração da gestão dos riscos enquanto cultura organizacional e capacidade de gestão dos riscos.

O volume 2 trata da gestão dos riscos operacional e compreende documentos de «aplicação» redigidos para fins puramente alfandegários, incluindo vários guias e modelos práticos para a avaliação dos riscos em relação com o deslocamento das mercadorias, das pessoas, dos comboios, dos operadores econômicos e de outras partes interessadas do comércio internacional.

O documento intitulado «Indicadores de riscos e Manual sobre os objetos postais/expressos» foi finalizado recentemente e será incorporado ao volume 2 da Coletânea de gestão dos riscos alfandegários da OMD.

3o Outros instrumentos e ferramentas

Como mencionado anteriormente, a OMD desenvolveu vários outros instrumentos e ferramentas. Alguns deles são o quadro de normas SAFE, o Modelo de dados da OMD, a Coletânea de guichê único, as diretrizes sobre a TIC, recomendações, as Convenções de Istambul e da ATA, a Convenção de Nairóbi, as diretrizes sobre o controle a posteriori, a Coletânea da avaliação sobre alfândega e ainda muitos outros. Alguns deles serão mencionados em outros capítulos. A grande maioria destes instrumentos e ferramentas está disponível publicamente e se encontram no Website da OMD, no âmbito dos quatro dossiês da OMD.

4o Glossário dos termos alfandegários internacionais da Organização Mundial das Alfândegas

A meta do glossário dos termos alfandegários internacionais é incluir, em um documento único, as definições de alguns termos alfandegários para estabelecer uma terminologia alfandegária comum, com o objetivo não somente de facilitar o trabalho da OMD, mas igualmente de assistir os membros e os não-membros, as organizações internacionais e o setor privado no desenvolvimento de uma abordagem uniforme do uso da terminologia das alfândegas. O glossário também fornece definições atualizadas para facilitar a interpretação de alguns instrumentos e de diretrizes chaves da OMD.

Além disso, o glossário é uma ferramenta importante para o público em geral e a comunidade comercial no sentido mais amplo, pois permite assegurar uma compreensão ampla e uniforme das questões alfandegárias. O uso coerente de uma terminologia alfandegária não deve ser subestimado, em particular quando regras e regulamentações são desenvolvidas.

O glossário dos termos alfandegários internacionais é constantemente atualizado. Isto é a consequência do crescimento do papel das alfândegas e do comércio internacional nos últimos anos, que ocasionou a adoção de vários instrumentos, como a Convenção de Quioto revista, o quadro de normas SAFE, o documento estratégico «As alfândegas no século 21», a Coletânea de guichê único e a versão 3 do Modelo de dados da OMD. Assim, com base nos inúmeros desenvolvimentos ocorridos nos contextos das alfândegas e do comércio internacional, revelou-se necessário atualizar o glossário dos termos alfandegários internacionais para incluir novos termos cujo uso se expandiu em consequência do desenvolvimento de vários instrumentos alfandegários e comerciais.

O glossário se encontra no Website da OMD em inglês (www.wcoomd.org/en/topics/facilitation/instrument-and-tools/~/media/F25FDCF615AB45F9B0200AB247318893.ashx) e em francês (www.wcoomd.org/fr/topics/ facilitation/instrument-and-tools/~/media/BDD2B8240DCE475AB46E725A6B8D8145.ashx).

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Referências

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A partir da junção da proposta teórica de Frank Esser (ESSER apud ZIPSER, 2002) e Christiane Nord (1991), passamos, então, a considerar o texto jornalístico como