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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Educação Física

Trabalho de Conclusão de Curso

RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL REAL E EXPECTATIVA DE

FLEXIBILIDADE DE QUADRIL DE ALUNAS DE GINÁSTICA

RÍTMICA DE BRASÍLIA COM ATÉ UM ANO DE TREINAMENTO.

Autor: Larissa Portela Evangelista

Orientador: Prof. Dr. Roberto Nóbrega

Brasília - DF

2010

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RESUMO

O presente estudo teve como objetivo avaliar o nível real e expectativa de flexibilidade de quadril de alunas de Ginástica Rítmica de Brasília com até um ano de treinamento.

A avaliação da flexibilidade foi realizada com alunas na faixa etária de 7 a 10 anos com menos de um ano de prática do esporte, através de um teste onde foram mostradas 5 figuras que eram classificadas como: regular, boa, muito boa, ótima e excelente, do menor grau de abertura até o mais flexível.

Pelos Resultados dos testes pode-se verificar que as professoras que dedicam mais tempo de treinamento para suas alunas, possuem maior expectativa quanto ao nível de flexibilidade e essas adquirem maior flexibilidade devido ao trabalho praticado em aulas.

Sendo a flexibilidade muito importante para a execução dos movimentos técnicos da Ginástica Rítmica, pode-se sugerir que o treinamento de flexibilidade receba mais atenção, tornando-se a fase mais importante das aulas, auxiliando na performance e na manutenção das linhas necessárias para a execução dos exercícios da Ginástica Rítmica.

Por meio desta análise nota-se que as alunas não se encontram no nível de flexibilidade desejado pelas professoras, devendo haver uma atenção especial quanto a este trabalho.

Palavras – Chaves: quadril, flexibilidade, ginástica rítmica.

INTRODUÇÃO

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade cuja essência reside na coordenação de movimentos corporais com manejo de aparelhos portáteis. É uma modalidade especificamente feminina, que encanta pelo fato de aliar a arte potencial do movimento expressivo do corpo com a técnica da utilização ou não de aparelhos a ela característicos, somados a interpretação de uma música. A leveza, o ritmo, a fluência e a dinâmica trouxeram amplas possibilidades de se desenvolver a agilidade, a flexibilidade, a graça e a beleza dos movimentos (MOLINARI, 1999).

Delsarte(1811-1871) foi o primeiro a lançar o lado artístico da Ginástica Rítmica, trabalhava pela busca da expressão dos sentimentos através dos gestos corporais. Dalcroze (1865-1950) iniciou a prática de exercícios rítmicos como meio de desenvolvimento da sensibilidade musical através dos movimentos do corpo. Posteriormente Bode (1881-1971) estabeleceu um sistema cujo objetivo era demonstrar, através dos movimentos, os diversos estados emocionais do indivíduo. A isto uniu-se a música, o caráter feminino da atividade, e a utilização de aparelhos, com a finalidade de ornamentar a apresentação. (LAFFRANCHI, 2001).

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A Ginástica passou a ser praticada desde o final da Primeira Guerra Mundial, com ausência de regras específicas nem nome determinado. Com sua evolução, a Ginástica Rítmica obteve várias denominações, logo em 1965 foi reconhecida pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). No Brasil teve início em 1953 com o trabalho da professora Margareth Fronhlich em São Paulo, logo, em 1984 o Brasil teve sua primeira participação Olímpica em Los Angeles (LAFFRANCHI, 2001).

Figueiredo (2000) acredita que a Ginástica coreografada ou não, pode proporcionar: boa forma física, prolongamento da juventude e do bem estar, auto-disciplina, elasticidade, flexibilidade, coragem, agilidade, esbeltez, graciosidade, predomínio de movimentos harmoniosos e elegantes e até um maior controle sobre sistemas orgânicos e psíquicos.

Leguet (2000) diz que a Ginástica contribui de várias formas para o desenvolvimento motor do indivíduo, uma vez que possibilita diversos movimentos e combinações desses movimentos entre si ou com aparelhos. Na GR são utilizados movimentos que vão além da flexibilidade normal de uma pessoas e uma das posições mais utilizadas é a abertura chamada de espacate, ela é base para muitos exercícios da modalidade, por isso ela é tão exigida.

De acordo com Alter e Achour (1999 apud Bertola e Baroni) a palavra flexibilidade é derivada do latim flectere ou flexibilis, "curvar-se". Uma das definições mais simples seja a amplitude de movimento disponível em uma articulação ou grupo de articulações, sendo limitada por ossos, músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares.

A flexibilidade é definida como a amplitude fisiológica máxima em um dado movimento articular, sendo específica para a articulação e para o movimento (ARAÚJO, 2002).

Segundo Farinatti (2000) ao revisar na literatura sobre a importância da flexibilidade em vários esportes de alto rendimento constatou que nem todos os esportes há uma exigência de uma classificação da flexibilidade em nível de excelência.

Segundo Araújo (2002) quanto maior a heterogeneidade das medidas, mais provável é a existência de limitações importantes de mobilidade articular a serem especificamente estudadas e trabalhadas ou perfis de excepcionalidade a serem explorados em gestos ou modalidades desportivas ou de dança.

Segundo Sandoval (2002 apud Bertola e Baroni) com o aumento da flexibilidade muscular, os movimentos podem ser executados com maior amplitude de movimento, maior força, mais rapidamente, mais facilmente, com maior fluência e de modo mais eficaz e que a falta de flexibilidade é um fator limitante ao desempenho esportivo, sendo um fator facilitador de lesões musculares.

A realização de movimentos repetitivos com a sobrecarga de treinamento provoca um processo de adaptação orgânica que resulta em efeitos deletérios para a postura, com alto potencial de desequilíbrio muscular. (Neto Júnior, Pastre e Monteiro 2004).

Tendo em vista que a flexibilidade do quadril é uma das flexibilidades que mais é desenvolvida e estimulada na GR, o objetivo desse estudo foi verificar se há coerência entre o que as professoras classificam como flexibilidade adequada para praticar a modalidade e o que elas realmente possuem.

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MATERIAIS E MÉTODOS

A amostra deste estudo foi composta por 6 escolinhas de Ginástica Rítmica (AGINOC, CARMEM SALLES, CIEF, CLUBE DO EXERCITO, COMPANHIA ATHLETICA e LA SALLE) as quais as professoras estipularam a flexibilidade necessária para a prática do esporte. Foram avaliadas 8 alunas de cada escolinha, com faixa etária de 7 a 10 anos com menos de 1 ano de prática do esporte.

A avaliação foi realizada em cada clube, onde eram mostradas 5 figuras que foram classificadas como: regular, boa, muito boa, ótima e excelente, do menor grau de abertura até o mais flexível, as professoras escolheram a que mais se encaixava no perfil proposto. O mesmo foi feito observando as alunas juntamente com as professoras e colocando-as em cada grupo especifico.

RESULTADOS E DISCUSSÂO

O ideal de flexibilidade das professoras apresentado na Tabela 01 está além do que as alunas possuem apresentado na Tabela 02.

Tabela 1- Nível de flexibilidade desejado pelas professoras:

Professora s Médias Desvio Padrão Clube 01 2,66 0,5774 Clube 02 3,66 0,5774 Clube 03 4 0 Clube 04 4 0 Clube 05 4 0 Clube 06 4 0 Total 3,72 0,6025

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Alunas Médias Desvio Padrão Clube 01 2,5 0,7559 Clube 02 1,75 0,4629 Clube 03 2,5 0,5345 Clube 04 2,5 0,5345 Clube 05 2,625 0,5168 Clube 06 3,25 0,7319 Total 2,5208 0,7114

De acordo com Blum e Beaudoin (2000), a flexibilidade é necessária para o sucesso na modalidade e para uma perfeita realização dos gestos acrobáticos. Bott (1986) acrescenta que as articulações dos ombros, dos quadris e a coluna precisam ser especialmente flexíveis, indicando que a prática desta modalidade exige valores acima do padrão nesta capacidade física.

Para utilização da escala devem ser considerados os hábitos de vida, tipo de treinamento, além de fatores como a temperatura ambiente e aquecimento prévio da musculatura que por conseqüência afetam as medidas de flexibilidade (Gallahue DL, Ozmun JC. 2005 e Eckert HM. 1993). Na tabela 2 pode se observar que os resultados variaram devido aos objetivos e freqüência de treinamento de cada clube com suas alunas, pois entre os clubes pesquisados temos os que possuem somente escolinhas, não visam competições e os que realmente possuem um trabalho mais específico, trabalham para competições de alto nível, compeonatos estaduais e nacionais, o que amplia e qualifica a especificidade do trabalho.

A freqüência de treinamento de alguns desses clubes não ultrapassam 2 vezes na semana, onde a duração do treino está entre 45 a 50 minutos, outros possuem um treinamento mais estendido variando de 3 a 4 vezes por semana e duração do treino entre uma hora e uma hora e meia, chegando a ser mais longo em período competitivo nos clubes que têm esses objetivos.

Esses resultados confirmam que as professoras devem contemplar sobremodo a flexibilidade da articulação do quadril, além dos exercícios de alongamento que vão permitir maior mobilidade articular integrada à extensibilidade muscular acompanhados de extensão dos músculos antagônicos correspondentes (Barros & Nedialkova, 1999 p. 84).

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados apresentados, verificou-se que as professoras que dedicam mais tempo de treinamento para suas alunas, possuem maior expectativa quanto ao nível de flexibilidade e essas adquirem maior flexibilidade devido ao trabalho praticado nas aulas.

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E a prevalência de baixa flexibilidade real pode ser devido a vários fatores entre eles: o trabalho de flexibilidade menor que o necessário para maior desenvolvimento de tal valência, genética das meninas avaliadas - não ser favorável à flexibilidade de quadril, ou o pouco tempo que foi proposto no trabalho apresentado pelas professoras.

Portanto a real flexibilidade adquirida pelas alunas vai depender da genética, mas muito mais do trabalho realizado pelas professoras independente dos objetivos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve a finalidade de apresentar o grau de flexibilidade desejado e o apresentado pelas alunas, sendo de extrema importância esta relação, pois mesmo sem as entidades terem objetivos de participar de competições oficiais, as alunas podem possuir, buscando então melhorar cada vez mais o seu grau de flexibilidade e no futuro passando a treinar em locais que desenvolvem treinamento especializado para competições oficiais.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, C. G. S. Flexiteste: proposição de cinco índices de variabilidade da mobilidade articular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte – Vol 8, nº 1 – Jan/ Fev, 2002.

BARROS, Daisy e NEDIALKOVA, Giurga. ABC da Ginástica. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

BLUM, J. W.; BEAUDOIN, C. M. Does flexibility affect sport injury and performance? Parks & Recreation, v. 35, n. 10, p. 40-45, 2000.

Eckert HM. Desenvolvimento motor. São Paulo: Manole; 1993. Esporte vol.13 no.4 Niterói July/Aug. 2007.

FARINATTI, P. T. V. Flexibilidade e Esporte: uma revisão de literatura, Revista Paulista Educação Física, São Paulo, 14(1): 85-96 janeiro/junho 2000.

Gallahue DL, Ozmun JC. Compreendendo o desenvolvimento motor – bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Editora; 2005. J. LEGUET. As ações motoras em Ginástica Esportiva. p.XI, 2000.

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LAFRANCHI, B. Treinamento Desportivo Aplicado à Ginástica Rítmica. Londrina – PR: Unopar , 2001.

LEBRE, E. ARAÚJO C. Manual de Ginástica Rítmica. Porto – Portugal: Porto, 2006.

LLOBET, Anna C. Gimnasia Rítmica Desportiva: Teoría e Práctica. Barcelona – Espanha: Paidotribo.

MOLINARI, A. M. da P. Ginástica Rítmica: esporte, história e

desenvolvimento. Blumenau – SC. 1999. www.afconsultoria.com.br, acessado em 14/04/2010.

NETO JÚNIOR, J.; PASTRE, C. M.; MONTEIRO, H. L. Alterações posturais em atletas brasileiros do sexo masculino que participaram de provas de potência muscular em competições internacionais. Rev Bras Med Esporte, v. 10, n. 3, p. 195-198, 2004.

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Educação Física

Trabalho de Conclusão de Curso

RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL REAL E EXPECTATIVA DE

FLEXIBILIDADE DE QUADRIL DE ALUNAS DE GINÁSTICA

RÍTMICA DE BRASÍLIA COM ATÉ UM ANO DE TREINAMENTO.

Autor: Larissa Portela Evangelista

Orientador: Prof. Dr. Roberto Nóbrega

Brasília - DF

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