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RELAÇÕES ENTRE COMUNIDADES E TURISMO: OS MUSEUS COMUNITÁRIOS COMO MEDIADORES DA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA. Cláudia Feijó da Silva Argenta, 2014.

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RELAÇÕES ENTRE COMUNIDADES E TURISMO: OS

MUSEUS COMUNITÁRIOS COMO MEDIADORES DA

CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

Cláudia Feijó da Silva

Argenta, 2014.

(2)

O bairro Lomba do Pinheiro

•Constitui uma parcela do município de Porto Alegre, e se destaca pela presença de vasta área verde;

•Bairro da periferia;

• É densamente povoado por mais de 120.000 habitantes, (conforme censo IBGE de 2003= 67.000 habitantes);

• Organizado em mais de 30 vilas, com muitos assentamentos irregulares e saneamento básico precário;

(3)

O Bairro Lomba do Pinheiro

Bairro rural até a década de 1960;

(4)

A diversidade étnica cultural presente no bairro Lomba do

Pinheiro se constitui como grande atrativo para o olhar

externo.

Estão presentes no bairro 5 comunidades indígenas compostas

por 3 etnias: M’Bya Guarani, Kaingangue, Charrua.

Além disso, estão presentes no bairro referências culturais de

origem lusitana e africana, ambas as culturas formam um

mosaico que dá origem ao patrimônio imaterial refletido nas

comunidades.

O Museu Comunitário contempla a diversidade através do

inventariamento participativo dos diversos saberes e festas

indicados pelos diferentes grupos

(5)

Cavalgada dos Centros de Tradições Gaúchas Festa Comunidade Indígena Kaingangue

(6)

Carnaval de Rua

(7)

A administração do Museu: Conselho Gestor e

Conselho Consultivo

Composto por membros da comunidade escolhidos por votação em Seminário Local a cada 3 anos

(8)

Conselho Consultivo – reunião em associação para levantamento de demandas comunitárias

(9)

Formação de Educadores e Professores LombaTur Educação para o patrimônio Exposições temporárias, Museus de Rua Inventário Participativo Rodas de Memória – História Oral

Atividades desenvolvidas

Museu Comunidade

(10)

Inventário Participativo

O que é?

Por que?

Para que?

Desafios

Metodologias possíveis

(11)

O que é?

Operação permanente, dinâmica e sistemática de

levantamento, organização e descrição do acervo

museológico e das manifestações humanas de uma região.

Esse levantamento é participativo por que conta com a

definição prévia da comunidade envolvida sobre as

possibilidades de acervo, qual será o recorte temático, a

metodologia aplicada e os usos dos resultados obtidos.

(12)

“[...] a concepção de Inventário

Participativo tem por trás de si o debate

sobre o direito de decidir o que é e o

que não é possível de preservação [...]”

(ORTIZ, 1999:01).

(13)

Por que?

Pelo direito de decidir o que será preservado, com

quais objetivos e valores, por quais interesses e com

quais resultados.

(14)

Para que?

• Colaborar para uma percepção global do acervo e

das potencialidades culturais da comunidade envolvida

• Elaborar uma primeira listagem de referências

culturais

•Desenvolver

itinerários

culturais

para

o

desenvolvimento do turismo comunitário

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Desafios

•Captar o sentido do que é definido como acervo

museológico. Foco menor nos objetos e maior na sua

significação/ relação com a comunidade

•Tornar esse conjunto de informações úteis para as

necessidades da comunidade.

Necessidade definida pela comunidade Lomba

do Pinheiro: desenvolvimento local a partir do

turismo comunitário

(16)

Estabelecimento de metodologia (definições do

grupo)

• Objeto de investigação

• Valor do conjunto/valor individual

• Forma de coleta das informações

• Instrumentos de levantamento

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Sugestão de conteúdo informativo

• Desenhos

• Mapas

• Plantas

• Documentos

• Registros áudio visuais

• Dados levantados

(18)

Estabelecimento de metodologia (definições do

grupo)

• Objeto de investigação

• Forma de coleta das informações

• Instrumentos de levantamento

(19)

Como aconteceu o inventariamento (metodologia)

Formação da equipe de trabalho;

Divisão geográfica em 4 faces (1,2,3 e 4);

 24 Vilas, 2 Comunidades Indígenas;

32 grupos de trabalho (184 pessoas);

12 Escolas Ensino Fundamental e Médio;

526 questionários respondidos;

Reuniões participativas em Fóruns (Conselho de Saúde, Conselho

Popular, Comissão de Cultura, Fórum de Justiça e Segurança);

Registros dos saberes populares em Rodas de Memórias;

Seminários locais

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Metodologia adotada para Inventário Participativo

Museu Comunitário Lomba do Pinheiro

Primeiros elementos do patrimônio: 1 – Pinheiro (araucária ou pinus) 2 – Figueiras

3 – Bugio Ruivo 4 – Nascentes

5 – Paradas de ônibus 6 - Vilas

(21)

Entrevistas com moradores reunidos em associações

Registros dos saberes populares

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Encontro culinária – comidas típicas – troca e registros de receitas

(24)

Cia do Fuxico – Grupo de artesãs local que desenvolvem trabalho relacionado ao patrimônio local.

Promovem sua sustentabilidade a partir da venda do artesanato.

Foto ao lado: comemoração das artesãs pela exposição Retalhos da Memória

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“A ideia desta forma de inventariar,

buscando a participação direta do

cidadão, e não apenas a opinião

técnica, não está simplesmente na

concepção obvia de que as ações

públicas devem ser participativas para

alcançarem ampla representatividade

social” (ORTIZ, 1999:01).

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Estrutura do mapa com Inventário e locais de visitação turística – material reúne a história do bairro e o patrimônio local transformado em itinerário do LombaTur.

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O inventário participativo desencadeou ações

de Formação de Guias de Turismo local

Jovens (entre 13 e 24 anos) moradores da Comunidade

realizam formação de 120 horas.

A formação é composta pelas seguintes áreas:

Conhecimentos sobre turismo comunitário;

Receptividade aos visitantes;

Geografia e História do bairro Lomba do Pinheiro;

Cidadania e desenvolvimento local;

Saídas de campo para reconhecimento do patrimônio

local;

Rodas de Conversa com moradores mais experientes

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LombaTur

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Ponto Sítio Arqueológico Fazenda do Boqueirão

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LombaTur

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LombaTur

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• Um dos pontos positivos é a apropriação e o uso dos conceitos, que envolvem as práticas museais – Ex.: Patrimônio Material e Imaterial/ Coletivo e Individual;

•O Documento passou a ter um valor histórico, sendo que as pessoas envolvidas perceberam o quanto as atas, imagens e registros deixaram de ser apenas uma prova documental, para auxiliar na (re)construção da memória e história do bairro, são reconhecidos como lugares de memória;

•Valorização dos saberes e fazeres, ampliando a dinâmica e o espaço de atuação de todos os envolvidos no projeto;

• Desenvolvimento da auto-estima, empoderamento e reconhecimento dos potenciais tanto individuais, quanto coletivos dentro da comunidade.

•Envolvimento dos antigos moradores, dos familiares e professores nas práticas sociais comunitárias.

•Envolvimento dos jovens no desenvolvimento sustentável da comunidade.

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[…] el único camino posible para nosotros es el que nos decidamos a construir entre todos a partir de nuestra propia experiencia, de nuestras propias preguntas, de nuestras necesidades y de nuestros sueños. Tenemos que ser tan radicales como nos sea posible, es decir, capaces de desentrañar, sin miedo y sin falsas suposiciones las raíces de nuestros problemas y el modo en que en cada época, con las fuerzas y capacidades de que dispongamos, podamos empeñarnos a remontarlos. Tenemos que aprender a mirarnos con otros ojos, nuestros ojos, para rehacer el amor a

nuestra tierra, a nuestros saberes, al color y al olor de nuestra piel. Las sociedades latinoamericanas deben constantemente reinventarse a sí mismas, toda vez que a cada experiencia de estallido de la libertad siguen golpes de los viejos y nuevos conquistadores. (Sosa Elízaga, 2011)

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RELAÇÕES ENTRE COMUNIDADES E TURISMO: OS

MUSEUS COMUNITÁRIOS COMO MEDIADORES DA

CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

Cláudia Feijó da Silva

Argenta, 2014.

Contatos:

claudyafds@hotmail.com

Referências

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