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Relação de Variáveis Antropométricas com os Perfis Pressórico e Lipídico em Adultos Portadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis

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Faculdade de Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde - Universidade Federal do Pará (UFPA) - Belém, PA - Brasil Correspondência: Wanderson André Alves Mendes

E-mail: wandersonandre19@hotmail.com

Av. Celso Malcher, Pass. São Pedro, 11 - Canudos - 66070-740 - Belém, PA - Brasil Recebido em: 28/02/2012 | Aceito em: 18/05/2012

Relação de Variáveis Antropométricas com os Perfis Pressórico e Lipídico

em Adultos Portadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis

Relationship Between Anthropometric Variables and Pressure/Lipid Profiles in Adults with Chronic Non-Communicable Diseases

Wanderson André Alves Mendes, Sérgio Eduardo Moura Carmin, Priscila Matos de Pinho, Ana Carla Moreira da Silva, Liliane Maria Messias Machado, Marília de Souza Araújo

Resumo

Fundamentos: As doenças crônicas não transmissíveis

(DCNT) constituem grave problema de saúde pública, sendo essencial a identificação de fatores que elevam sua ocorrência.

Objetivo: Verificar relação de variáveis antropométricas

com perfis pressórico e lipídico em adultos com DCNT, atendidos no ambulatório de nutrição de hospital universitário.

Métodos: Estudo clínico-transversal de pacientes (n=50)

com DCNT, de ambos os sexos e idades entre 20-59 anos. Foram aferidos: peso, estatura, circunferências da cintura (CC) e braquial (CB), índice de massa corporal (IMC), índice de conicidade (índice C), percentual de gordura por dois métodos: Deurenberg et al., 1991 (%GCD) e Lean et al., 1991 (%GCL), glicemia, colesterol total, LDL-c, HDL-c, triglicérides e pressão arterial.

Resultados: IMC foi o que mais se correlacionou com

outras variáveis: CC (p<0,0001, r=0,89), CB (p<0,0001, r=0,91), %GCD (p<0,0001, r=0,77); %GCL (p<0,0001, r=0,65); e índice C (p=0,009, r=0,36). A CC também apresentou correlações significativas, apesar de não tão fortes quanto às do IMC, com exceção para o índice C (p<0,0001, r=0,66). Verificou-se que as chances de elevação dos triglicérides foram significativamente maiores em situações de IMC (OR=3,02, p=0,020), CC (OR=3,88, p=0,005) e %GC elevados (p<0,0001, OR=6,24 –%GCD; p<0,005, OR=3,88 –%GCL). Também houve mais chances de diminuição do HDL-c quando CC (OR=3,57, p=0,009), %GCD (p<0,0001, OR=5,76), %GCL (p<0,009, OR=3,57) e índice C (OR=4,82, p=0,002), aumentaram.

Conclusão: IMC e CC foram os que mais se

correlacionaram com outras variáveis antropométricas. As chances de ocorrência de dislipidemias aumentam

Abstract

Background: Chronic non-communicable diseases

(CNCDs) are a serious public health problem, whereby it is essential to identify factors that increase their occurrence.

Objective: To assess the relationship between

anthropometric variables and pressure / lipid profiles in adults with CNCDs, treated at a nutrition out-patient clinic in a university hospital.

Methods: Cross-sectional clinical study of male and

female patients (n=50) with CNCDs, aged 20-59 years. Weight, height, waist (WC) and brachial (BC) circumferences, body mass index (BMI), conicity index (C index) and body fat percentage were measured by two methods: Deurenberg et al., 1991 (BFD%) and Lean et al., 1991 (BFL%), glucose, total cholesterol, LDL-c, HDL-C, triglycerides and blood pressure.

Results: the BMI was the most closely correlated with

other variables: WC (p<0.0001, r=0.89), BC (p<0.0001, r=0.91), BFD% (p<0.0001, r=0.77), BFL% (p<0.0001, r=0.65), and C index (p=0.009, r=0.36). The WC also showed significant correlations, although not as strong as those of the BMI, except for the C index (p<0.0001, r=0.66). The odds of elevated triglyceride levels were found to be significantly higher with increased BMI (OR=3.02, p=0.020), WC (OR=3.88, p=0.005) and BF% (p<0.0001, OR=6.24 – BFD%, p<0.005, OR=3.88 – BFL%). There were also more likely to decrease for HDL-C when WC (OR=3.57, p=0.009), BFD% (p<0.0001, OR=5.76), BFL% (p<0.009, OR=3.57) and C index (OR=4.82, p=0.002) increased.

Conclusion: The BMI and WC were the most closely

correlated with other variables. The chances of dyslipidemia rise with an increase in the anthropometric variables studied.

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com a elevação das variáveis antropométricas estudadas.

Palavras-chave: Antropometria; Hipertensão;

Dislipidemias; Perfil de saúde; Índice de massa corporal

Introdução

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem um grave problema de saúde pública, e são consideradas a principal causa de morte em nível mundial. A doença isquêmica do coração foi responsável por 16% de todas as mortes em 2008, de acordo com a Organização Mundial da Saúde1. No Brasil, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por cerca de 10% das internações e de 31,25% dos óbitos, em 20092.

A partir do estudo de Framingham3, foram identificados os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares: hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol e/ou reduzidos de HDL-c, tabagismo, diabetes mellitus e idade avançada. Essa mesma pesquisa demonstrou que a adição progressiva desses fatores de risco determina um aumento crescente de morbimortalidade cardiovascular de duas até sete vezes para ambos os sexos.

Além disso, destacam-se outros fatores que podem aumentar o risco para esta doença: dieta aterogênica, inatividade física, sobrepeso e obesidade4. De sorte que o excesso de peso associado ao acúmulo de gordura na região mesentérica está relacionado ao maior risco de doença aterosclerótica5.

Nesse sentido, os indicadores antropométricos são frequentemente empregados na avaliação da adiposidade corporal devido à sua praticidade e baixo custo. O índice de massa corporal é a medida mais utilizada, e estudos epidemiológicos mostram sua associação com a elevação da mortalidade6,7.

No entanto, vários estudos têm demonstrado que as medidas que avaliam o acúmulo de gordura em regiões específicas, como a circunferência da cintura e o índice de conicidade, são capazes de estimar indiretamente a gordura intra-abdominal que reflete a massa de tecido adiposo visceral. Esta, por sua vez, está associada a sérios distúrbios metabólicos, como: resistência à insulina, aumento da pressão arterial e alterações desfavoráveis no perfil das lipoproteínas plasmáticas. O conjunto dessas desordens caracteriza o quadro de síndrome metabólica, sendo esta responsável pelo aumento considerável no risco de desfecho cardiovascular6-9.

O objetivo deste estudo foi verificar a relação de variáveis antropométricas com os perfis pressórico e

lipídico em adultos portadores de doenças crônicas não transmissíveis atendidos no ambulatório de nutrição de um hospital universitário.

Metodologia

Estudo de caráter clínico-transversal e analítico, realizado entre maio 2010 e outubro 2011, com pacientes adultos, de ambos os sexos, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, atendidos no ambulatório de nutrição do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB).

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o nº 418/2010. Todos os participantes do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Do total de 70 indivíduos atendidos pelo projeto “Avaliação e conduta nutricional para portadores de doenças crônicas não transmissíveis”, 50 fizeram parte da amostra, pois estavam com os dados antropométricos, bioquímicos e clínicos completos. Os critérios de inclusão dos participantes na pesquisa foram: idade entre 20-59 anos, diagnóstico de diabetes mellitus, obesidade e/ou hipertensão arterial sistêmica e concordância em participar da pesquisa. Foram excluídos os indivíduos que não estavam com os exames bioquímicos atualizados e os que não estavam aptos física e mentalmente para serem avaliados.

Antropometria e composição corporal

Os dados antropométricos (peso, estatura e circunferências corporais) foram coletados no Laboratório de Estudos em Patologia Nutricional (LEPAN). O peso foi obtido com uma balança mecânica tipo plataforma com escala de 100g, modelo 104A (Welmy, Indústria e Comércio Ltda, Santa Bárbara do Oeste, SP). O paciente foi posicionado de pé, no centro da base da balança, descalço e com roupas leves. Já a estatura foi mensurada com estadiômetro acoplado à própria balança mecânica, com precisão de 0,5cm e alcance máximo de 2m. A aferição da estatura foi realizada com o individuo descalço em posição ortostática, corpo erguido em extensão máxima, cabeça ereta, costas e a parte posterior dos joelhos encostados ao antropômetro e calcanhares juntos10.

Keywords: Anthropometry; Hypertension,

(3)

O índice de massa corporal (IMC, em kg/m2) foi calculado pela fórmula: IMC=peso(kg)/estatura2(m2), e categorizado em <25kg/m² (normal) e ≥25kg/m² (elevado), sendo esta variável independente do sexo11. A circunferência da cintura (CC, em cm) foi aferida com o paciente em posição ortostática, utilizando uma fita métrica não extensível (Sanny, American Medical

do Brasil Ltda., São Bernado do Campo, SP). A fita foi

posicionada em torno do ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca, e a leitura feita no momento da expiração. A CC foi categorizada de acordo com a Federação Internacional de Diabetes12.

A circunferência braquial (CB) foi obtida com a fita métrica circundando o ponto médio do braço, que é localizado entre o acrômio e o olecrânio. Os valores obtidos foram comparados aos valores de referência de adequação de Blackburn e Thornton13, sendo adotados os pontos de corte <110% (normal) e ≥110% (elevado).

O percentual de gordura corporal (%GC) foi estimado a partir de duas equações: uma proposta por Deurenberg et al.14, em que a variável sexo é representada por 0 para mulheres e 1 para homens; e a outra proposta por Lean et al.15 também específica para cada sexo.

Deurenberg et al.14:

% GC = (1,2 x IMC) – (10,8 x sexo) + (0,23 x idade) – 5,4 Lean et al.15:

% GC = (0,567 x CC) + (0,101 x idade) – 31,8 (homem) Lean et al.15:

% GC = (0,439 x CC) + (0,221 x idade) – 9,4 (mulher) Considerou-se como risco o %GC ≥25% para homens e ≥32% para mulheres de acordo com Lohman et al.16 O índice de conicidade (índice C) foi determinado a partir das medidas de peso, estatura e circunferência da cintura, utilizando-se a seguinte equação matemática:

O índice C masculino foi considerado normal se <1,25 e elevado ≥1,25; para mulheres até 49 anos de idade, o índice C foi normal quando <1,18 e elevado se ≥1,18. Já para mulheres com idade ≥50 anos, foi considerado normal quando <1,22 e elevado se ≥1,2217.

Avaliação clínica

A pressão arterial foi aferida utilizando o aparelho G.TECH Monitor Digital Pressão Arterial (Onbo

Eletronics Co., China), com o indivíduo em repouso

mínimo de cinco minutos, sentado, com os pés apoiados no chão, braço elevado ao nível do coração e livre de roupas, apoiado com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido18.

Avaliação bioquímica

Para a coleta de sangue os pacientes deveriam estar em jejum por 12 horas. Os parâmetros bioquímicos analisados foram glicemia, colesterol total, LDL-c, HDL-c e triglicérides. As análises bioquímicas foram realizadas no laboratório de patologia clínica do HUJBB.

A glicemia foi classificada normal quando <100mg/dl e elevada se ≥100mg/dl19. Em relação ao colesterol total, LDL-c e triglicerídeos, foram considerados como pontos de corte os valores ≥200mg/dl, ≥160mg/dl e ≥150mg/dl, respectivamente. No que se refere ao HDL-c, considerou-se reduzido <40mg/dl para o sexo masculino e <50mg/dl para o feminino5.

Uso de medicamentos e histórico de doença cardiovascular

Todos os pacientes faziam uso de medicação hipoglicemiante, hipotensora ou hipolipemiante, de acordo com o tratamento de suas respectivas doenças de base. Nenhum dos participantes relatou história de doença cardiovascular pregressa.

Análise estatística

Foi aplicada estatística descritiva nos dados coletados referentes à população total e por sexo, por meio do

software MINITAB, versão 14, sendo os resultados

expressos em frequências, média, desvio-padrão e/ ou mediana. Apesar de haver assimetria nas variáveis, e a mediana representar melhor os resultados, achou-se por bem utilizar outra medida de tendência central, a média, em conjunto com uma de dispersão, o desvio-padrão, pois permitem a visualização da variabilidade dos resultados em torno da média.

Utilizou-se o teste de Mann-Whitney para verificação da existência de diferença estatística significativa entre: a) o sexo e as variáveis antropométricas, clínicas e bioquímicas estudadas; b) as classificações dos pontos de corte utilizados em cada variável e o sexo.

Utilizou-se também o odds ratio (OR), com seus respectivos intervalos de confiança de 95%, com o objetivo de avaliar a influência direta ou inversa de

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uma variável sobre outra. Primeiramente, analisou-se a interferência das variáveis antropométricas entre si. Posteriormente, avaliou-se a contribuição das variáveis antropométricas sobre as possíveis alterações bioquímicas e, em seguida verificou-se apenas a influência das variáveis bioquímicas entre si. Devido à grande quantidade de variáveis analisadas foram apresentados apenas os resultados mais relevantes.

Além disso, realizou-se o teste de correlação de Spearman para verificar o tipo de relação existente entre as variáveis antropométricas, bioquímicas e clínicas estudadas. Esse teste foi empregado por ser não paramétrico.

Os testes de Mann-Whitney, correlação de Spearman e odds ratio foram realizados por meio do programa BIOESTAT versão 5.0, adotando-se como valor de significância p≤0,0520.

Resultados

Foram avaliados 50 indivíduos, sendo 54,0% do sexo feminino. A média de idade foi 46±8 anos (28-58 anos). O maior percentual dos indivíduos apresenta apenas diabetes (24%), seguido de 22% de pacientes com diabetes e hipertensão conjuntamente, e 16% que estão obesos apenas (Tabela 1).

Os valores de glicemia encontrados, em média, se apresentaram acima do ponto de corte adotado neste estudo (Tabela 2). Observou-se que a média de HDL-c masculina estava menor que a feminina.

Em relação à média de triglicerídeo, apenas os homens apresentaram níveis elevados.

Tabela 1

Distribuição dos pacientes estudados por doenças apresentadas

Doenças n %

Apenas diabetes mellitus 12 24

Apenas hipertensão 1 2

Apenas obesidade 8 16

Diabetes e obesidade 6 12

Diabetes e hipertensão 11 22

Hipertensão e obesidade 6 12

Diabetes, hipertensão e obesidade 6 12

Total 50 100

No que se refere ao IMC, CC, adequação de CB, %GC segundo os dois métodos e ao índice C, os indivíduos apresentaram, em média, valores superiores ao ponto de corte limítrofe. A média feminina foi maior que a masculina, exceto em relação ao índice C. Houve diferença estatística significativa entre os sexos, apenas em relação aos valores médios de adequação de CB e %GC, em ambas as metodologias (equações) utilizadas. Quanto à classificação dos parâmetros bioquímicos, antropométricos e clínicos, observou-se que 74,0% da amostra apresentaram valores glicêmicos ≥100mg/dl. Em relação ao HDL-c, as mulheres apresentaram maior percentual de níveis reduzidos, estando, portanto, diferentes estatisticamente dos homens (p=0,039) (Tabela 3).

Tabela 2

Variáveis bioquímicas, antropométricas e clínicas dos pacientes estudados (média, desvio-padrão e mediana), por sexo

Variáveis Feminino (n = 27) Masculino (n = 23) Total (n = 50)

Média DP Mediana Média DP Mediana p valor Média DP Mediana Glicemia (mg/dL) 153,78 79,75 124,00 155,91 82,35 130,00 0,861 154,76 80,13 127,00 Colesterol total (mg/dL) 202,26 47,03 204,00 205,26 46,33 201,00 0,697 203,64 46,25 202,50 HDL-c (mg/dL) 44,67 10,07 44,50 43,52 11,52 42,00 0,448 44,14 10,67 44,50 LDL-c (mg/dL) 129,11 37,32 121,00 126,35 39,15 119,00 0,891 127,84 37,80 119,00 Triglicerídeo (mg/dL) 142,56 60,34 104,00 176,91 79,04 163,00 0,149 158,36 70,97 157,50 PAS (mmHg) 135,56 20,63 135,00 131,30 19,65 133,00 0,592 133,60 20,09 134,00 PAD (mmHg) 84,96 10,56 83,00 81,39 10,40 80,00 0,198 83,32 10,53 80,50 IMC (kg/m²) 32,17 6,53 32,68 28,74 5,88 27,01 0,136 30,59 6,42 30,79 CC (cm) 97,67 13,62 101,25 97,43 11,58 96,00 0,945 97,56 12,59 96,25 Adequação de CB (%) 123,39 16,22 125,44 112,67 15,39 112,63 0,024 118,46 16,59 119,30 % GC método Deurenberg et al.14 43,52 8,03 42,73 29,06 6,58 27,58 <0,001 36,87 10,33 37,23

% GC método Lean et al.15 43,39 6,64 43,36 28,18 6,38 27,99 <0,001 36,39 10,02 35,77

Índice C 1,28 0,09 1,29 1,30 0,05 1,28 0,477 1,29 0,07 1,28

DP=desvio-padrão; PAS=pressão arterial sistólica; PAD=pressão arterial diastólica; IMC=índice de massa corporal; CC=circunferência da cintura; CB=circunferência braquial; %GC=percentual de gordura corporal; Índice C=índice de conicidade

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Tabela 3

Distribuição e percentual das variáveis bioquímicas, antropométricas e clínicas dos pacientes estudados, por sexo

Parâmetros Mulheres Homens p-valor Total

n % n % n % Glicemia < 100mg/dl 5 19 8 35 0,420 13 26 ≥ 100mg/dl 22 81 15 65 0,265 37 74 Colesterol Total < 200mg/dl 13 48 10 43 0,852 23 46 ≥ 200mg/dl 14 52 13 57 0,903 27 54 HDL-c ≥ 50mg/dl*; ≥ 40mg/dl † 9 33 13 57 0,116 22 44 < 50mg/dl*; < 40mg/dl † 18 67 10 43 0,039 28 56 LDL-c < 160mg/dl 20 74 19 83 0,683 39 78 ≥ 160mg/dl 7 26 4 17 0,344 11 22 Triglicerídeo < 150mg/dl 14 52 9 39 0,256 23 46 ≥ 150mg/dl 13 48 14 61 0,423 27 54 PAS < 140mmHg 17 63 14 61 0,183 31 62 ≥ 140mmHg 10 37 9 39 0,967 19 38 PAD < 90mmHg 19 70 18 78 0,274 37 74 ≥ 90mmHg 8 30 5 22 0,420 13 26 IMC < 25,00kg/m² 4 15 7 30 0,570 11 22 ≥ 25,00kg/m² 23 85 16 70 0,475 39 78 CC < 80*; < 90† 2 7 7 30 – 9 18 ≥ 80*; ≥ 90† 25 93 16 70 0,190 41 82 Adequação de CB < 110% 5 19 10 43 0,624 15 30 ≥ 110% 22 81 13 57 0,151 35 70

% GC método Deurenberg et al.14

< 32*; < 25† 0 0 6 26 – 6 12

≥ 32*; ≥ 25† 27 100 17 74 <0,001 44 88

% GC método Lean et al.15

< 32*; < 25† 0 0 9 39 – 9 18

≥ 32*; ≥ 25† 27 100 14 61 < 0,001 41 82

Índice C

< 1,22*; < 1,25**; <1,18† 3 11 4 17 – 7 14

≥ 1,22*; ≥1,25**; ≥ 1,18† 24 89 19 83 0,419 43 86

* Feminino; † Masculino; PAS=pressão arterial sistólica; PAD=pressão arterial diastólica; IMC=índice de massa corporal; CC=circunferência da cintura; CB=circunferência braquial; %GC=percentual de gordura corporal; Índice C=índice de conicidade

Índice C: <1,22* normal para mulheres até 49 anos de idade; Índice C: <1,25** normal para mulheres com idade ≥ 50 anos; Índice C: ≥ 1,22* alterado para mulheres até 49 anos de idade; Índice C: ≥ 1,25** alterado para mulheres com idade ≥ 50 anos. Valores estatisticamente significativos para p≤0,05.

Quanto aos parâmetros antropométricos referentes ao IMC, CC, adequação de CB, %GC proposto por Deurenberg et al.14 e índice C, verificou-se que 78,0%, 82,0%, 70,0%, 88,0% e 86,0% apresentaram valores acima dos recomendados, respectivamente (Tabela 3).

Observou-se ainda que 100% das mulheres estavam com o %GC elevado e que apresentaram maior percentual de %GC de risco em relação aos homens, com diferença estatística significativa e n t re o s s e x o s (p<0,0001, para ambas as metodologias) (Tabela 3).

(6)

Na Tabela 4, pode-se observar a correlação entre as variáveis antropométricas e bioquímicas. O IMC apresentou correlação positiva com a CC (p<0,001), CB (p<0,001), %CG (p<0,001) e com o índice C (p=0,009). Verifica-se o mesmo comportamento da CC com as variáveis citadas. As demais correlações foram fracas.

Na Tabela 5, verifica-se que quase todas as razões de chance tiveram valores de p significativos. Dentre elas, pode-se destacar que houve: 6,24 mais chances (2,25-17,29 IC95%; p=0,0001) de indivíduos com elevado %GC, segundo Deurenberg et al.14, apresentarem níveis elevados de triglicerídeos; 5,76 vezes mais chances (2,07-15,97 IC95%; p=0,0001) de participantes com maior %GC, também segundo Deurenberg et al.14, apresentarem menores níveis

de HDL-c; 4,82 vezes mais chances (1,82-12,79 IC95%; p=0,002) de voluntários que possuem o índice C aumentado estarem com baixos níveis de HDL-c. Pode-se notar que as maiores significâncias ocorreram entre as variáveis antropométricas que estimavam quantidade de gordura corporal e dosagens lipídicas séricas.

Tabela 4

Correlação entre variáveis antropométricas, bioquímicas e clínicas encontradas em portadores de doenças crônicas

IMC CC CB % GC* % GC † Índice C Glicemia CT HDL-c LDL-c TG IMC CC (0,89) p-valor <0,001 CB (0,91) (0,79) p-valor <0,001 <0,001 % GC * (0,77) (0,58) (0,71) p-valor <0,001 <0,001 <0,001 % GC † (0,65) (0,55) (0,60) p-valor <0,001 <0,001 <0,001 Índice C (0,36) (0,66) (0,25) (0,22) (0,34) p-valor 0,009 <0,001 0,07 0,11 0,014 Glicemia (-0,28) (-0,13) (-0,22) (-0,09) (0,02) (0,13) p-valor 0,052 0,38 0,12 0,54 0,90 0,38 CT (-0,15) (0,21) (-0,16) (-0,19) (-0,16) (-0,22) (-0,04) p-valor 0,30 0,15 0,26 0,20 0,28 0,12 0,76 HDL-c (-0,23) (-0,30) (-0,23) (-0,12) (-0,11) (-0,32) (-0,03) p-valor 0,10 0,035 0,09 0,40 0,44 0,025 0,82 LDL-c (-0,11) (-0,16) (-0,10) (-0,13) (-0,07) (-0,18) (-0,07) p-valor 0,47 0,26 0,45 0,36 0,62 0,22 0,59 TG (0,01) (0,01) (0,01) (-0,05) (-0,14) (-0,08) (0,11) (0,30) (-0,23) (0,10) p-valor 0,96 0,97 0,92 0,72 0,35 0,57 0,41 0,03 0,11 0,50 PAS (0,22) (0,19) (0,19) (0,14) (0,17) (0,05) (-0,30) (0,22) (-0,11) (0,27) (0,13) p-valor 0,13 0,20 0,17 0,33 0,23 0,70 0,030 0,12 0,44 0,06 0,37 PAD (0,07) (0,02) (-0,02) (0,12) (0,15) (-0,00) (-0,02) (0,20) (0,29) (0,16) (-0,03) p-valor 0,63 0,89 0,84 0,40 0,29 0,96 0,88 0,16 0,04 0,28 0,81

IMC=índice de Massa Corporal; CC=circunferência da cintura; CB=circunferência braquial; %GC*=percentual de gordura corporal proposto por Deurenberg et al. (1991); %GC†=percentual de gordura corporal proposto por Lean et al. (1991); Índice C=índice de conicidade; CT=colesterol total; TG=triglicerídeos; PAS=pressão arterial sistólica; PAD=pressão arterial diastólica.

Valores em negritos são estatisticamente significativos (p ≤0,05) provenientes do teste de correlação de Spearman. * A única variável que apresentou associação inversa com as demais foi o HDL-c.

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Discussão

A obesidade e mais recentemente o sobrepeso são problemas crescentes em muitos países, incluindo o Brasil, contribuindo para a ocorrência de eventos cardiovasculares e de óbitos4,21.

Neste estudo, verificou-se que, em média, os valores glicêmicos encontrados são superiores aos recomendados pela Sociedade Brasileira de Diabetes19. Teixeira et al.22 confirmaram estes achados ao estudarem pacientes atendidos em ambulatório de nutrição de uma universidade pública de São Paulo: frequência alta de indivíduos com glicemia de jejum ≥100mg/dl. No entanto, Ramos et al.23 ao investigarem o perfil bioquímico de pacientes atendidos no programa “Controle de peso”, obtiveram apenas 21,3% de sua amostra com alteração do perfil glicídico, adotando um ponto de corte de 110mg/dl. A diferença expressiva entre os achados pode ser justificada pelo fato de que no presente estudo utilizou-se menor ponto de corte, em função da atualização das diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, além de adotar como critério de inclusão pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus19. Teixeira et al.22 verificaram ainda que o sexo feminino apresentou média de HDL-c superior à masculina. No entanto, os homens estavam com nível adequado, enquanto as mulheres apresentaram valores aquém do recomendado, resultado semelhante ao encontrado na pesquisa em questão. Já no estudo efetuado por Pitanga e Lessa²4, ambos os sexos apresentaram níveis adequados. A frequência de indivíduos com alteração de níveis séricos de HDL-c foi alto, principalmente no sexo feminino, com menor quantidade sérica dessa

lipoproteína, sugerindo menor proteção contra aterosclerose nesse grupo25.

Em relação à concentração sérica de triglicerídeos, apenas os homens apresentaram média superior ao recomendado, o que demonstra maior risco para eventos cardiovasculares. O nível elevado de triglicerídeo é um dos critérios para o diagnóstico da síndrome metabólica que, por sua vez, está associado à doença cardiovascular, aumentando a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes26.

A maior parte dos indivíduos avaliados está com padrões antropométricos alterados: índice de massa corporal, circunferência da cintura e alteração de composição corporal. O excesso de peso, considerando-se não apenas o IMC, como também a circunferência da cintura e o %GC, destacam-se como fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis27.

Em relação ao IMC, em média, os indivíduos pesquisados apresentaram obesidade grau I, valor superior ao encontrado por Oliveira et al.4 que obtiveram média de IMC de 25,61kg/m² ao analisarem a relação de indicadores antropométricos com fatores de risco para doença cardiovascular. A inserção de pacientes obesos como critério de inclusão na presente pesquisa pode justificar a diferença entre os achados.

No que se refere à frequência de indivíduos com sobrepeso ou obesidade, os resultados são semelhantes aos da pesquisa de Cabral et al.28, na qual 73,1% dos pacientes apresentavam IMC ≥25kg/m².

Tabela 5

Odds ratio das variáveis relacionadas ao risco cardiovascular

Variáveis OR (IC) p-valor

IMC ≥ 25kg/m² vs Triglicerídeo 3,02 (2,26 – 7,20) 0,020

Circunferência da cintura elevada vs HDL-c 3,57 (1,43 - 8,91) 0,009 Circunferência da cintura elevada vs Triglicerídeo 3,88 (1,56 - 9,65) 0,005

% GC Deurenberg et al.14 vs HDL-c 5,76 (2,07- 15,97) <0,001

% GC Deurenberg et al.14 vs Triglicerídeo 6,24 (2,25 - 17,29) <0,001

% GC Lean et al.15 vs HDL-c 3,57 (1,43 - 8,91) 0,009

% GC Lean et al.15 vs Triglicerídeo 3,88 (1,56 - 9,65) 0,005

IMC vs Índice C 0,57 (0,20 - 1,63) 0,434

Circunferência da cintura elevada vs Índice C 0,74 (0,25 - 2,17) 0,785

% GC Deurenberg et al.14 vs Índice C 1,19 (0,37- 3,84) 1,000

% GC Lean et al.15 vs Índice C 0,74 (0,25 - 2,17) 0,785

Índice C vs HDL-c 4,82 (1,82 - 12,79) 0,002

OR=odds ratio; IC=intervalo de confiança; IMC=índice de massa corporal; %GC=percentual de gordura corporal; Índice C=índice de conicidade.

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Em relação à circunferência da cintura, pôde-se observar que os valores médios encontrados para mulheres e homens no presente estudo foram semelhantes aos encontrados por Girotto et al.29, que obtiveram média de 99,5±12,9cm e 98,4±11,3cm para mulheres e homens, respectivamente. Nesta pesquisa a quase totalidade das mulheres e a maioria dos homens estão com risco aumentado para complicações metabólicas pelo indicador circunferência da cintura. Estes achados corroboram com os de Rezende et al.30 que observaram 74,0% e 56,1% entre mulheres e homens, com tal risco, respectivamente.

Ao se avaliar o %GC, segundo Deurenberg et al.14 e Lean et al.15, as mulheres apresentaram valores maiores que os dos homens, resultado semelhante ao encontrado por Oar e Rosado25. Ressalta-se que no estudo de Corrêa et al.31, o %GC foi a variável que mais influenciou a ocorrência de fatores de risco clínicos e laboratoriais para a doença macro e microvascular do diabetes mellitus, como elevados níveis tensionais, triglicerídeos e hemoglobina glicosilada.

Em relação ao índice C, estudo realizado por Pitanga e Lessa32, ao investigar os indicadores antropométricos de obesidade em adultos na cidade de Salvador, encontrou média de índice C de 1,23±0,07 para o sexo masculino e de 1,18±0,09 para o feminino, o que demonstrou baixo risco coronariano. Na presente pesquisa, entretanto, tanto os homens quantos as mulheres apresentaram maior risco de desfecho coronariano.

Está bem estabelecido na literatura que o sobrepeso e as flutuações de ganho de peso na vida adulta estão relacionados ao aumento do risco de mortalidade, uma vez que a obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares. No entanto, a adiposidade abdominal tem sido considerada um dos melhores preditores de risco cardiovascular4,33,34.

Na presente pesquisa, verificou-se que dentre as variáveis antropométricas estudadas, o índice de massa corporal foi o que mais se correlacionou com as outras variáveis antropométricas: circunferências da cintura e braquial, percentuais de gordura (ambas as metodologias) e índice de conicidade. A circunferência da cintura também teve fortes e significativas correlações, mas não tão expressivas quanto às do IMC, com exceção para o índice C. Constatou-se ainda que as chances de elevação dos níveis de triglicérides foram maiores e fortemente significantes em situações de IMC, CC e %GC elevados. Da mesma forma, houve mais chances de

diminuição dos níveis de HDL-c quando CC, %GC e índice C aumentaram. Sabe-se que o excesso de peso, associado ao acúmulo de gordura na região mesentérica (obesidade denominada do tipo central ou androgênica), está associado ao maior risco de doença aterosclerótica7,33.

O excesso de peso corporal, assim como a adiposidade visceral em indivíduos diabéticos do tipo II, tem sido associado a um pior perfil lipídico, a elevados níveis pressóricos e à presença de síndrome metabólica. Em geral, esses indivíduos apresentam dislipidemia, resistência à insulina e hipertensão arterial sistêmica, condições que em conjunto caracterizam a síndrome metabólica5,7,33.

Corrêa et al.31, ao avaliarem a influência da gordura corporal em pacientes com diabetes mellitus tipo II, encontraram correlação positiva entre o aumento do %GC e elevação sérica de triglicerídeos.

Estudos recentes têm utilizado o índice C para avaliação da obesidade, principalmente relacionado com a distribuição da gordura corporal central, pois apresenta melhores valores de sensibilidade e especificidade para discriminar risco coronariano elevado32,35.

No estudo de Rezende et al.30, constatou-se que indivíduos com excesso de peso, principalmente com obesidade abdominal, estão mais expostos a fatores de risco cardiovascular envolvidos na síndrome metabólica, independente da idade e do sexo, e consequentemente, a maior risco de morbidade e mortalidade.

Segundo ainda os autores, níveis reduzidos de HDL-c estiveram correlacionados inversamente com a obesidade abdominal. Vasques et al.7 encontraram associação entre redução de HDL-c e maior concentração de gordura na região abdominal em mulheres. A pesquisa de Almeida et al.8 verificou a associação entre a obesidade abdominal e risco cardiovascular em mulheres, e constatou que o índice C foi o indicador que apresentou melhor desempenho para discriminar o risco coronariano quando comparado com os demais.

Portanto, apesar de existirem limitações com relação ao uso do IMC, pois somente ele não é capaz de fornecer informações a cerca da distribuição da gordura no corpo e da composição corporal, o presente estudo reforça a utilização do IMC em associação com outras medidas antropométricas, como a circunferência da cintura e o índice C. O uso de indicadores antropométricos na avaliação do estado nutricional de populações, em estudos

(9)

epidemiológicos, assim como em portadores de doenças crônicas não transmissíveis, tem a finalidade de potencializar a capacidade preditiva de complicações cardiovasculares e o agravo clínico em várias doenças como diabetes mellitus, dislipidemias e hipertensão arterial27,36-38.

Conclusão

Em conclusão, o IMC e a CC foram as medidas que mais se correlacionaram com outras variáveis antropométricas; as chances de ocorrência de dislipidemias aumentam com a elevação das variáveis antropométricas estudadas.

Além disso, pôde-se constatar que os indicadores antropométricos de obesidade como IMC, %GC, acúmulo de gordura visceral identificado pelo índice C e circunferência da cintura estão extremamente associados a diversas alterações metabólicas, principalmente do perfil lipídico; sendo assim, tais resultados sustentam a hipótese de que a presença de inadequações de indicadores antropométricos eleva a ocorrência de fatores de risco relacionados a eventos cardiovasculares. Portanto, iniciativas que proporcionem intervenção nos hábitos alimentares e de atividade física, visando à manutenção do peso corporal saudável podem previr a ocorrência de complicações e agravos clínicos indesejáveis.

Potencial Conflito de Interesses

Declaro não haver conflitos de interesses pertinentes. Fontes de Financiamento

O presente estudo foi parcialmente financiado pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará – PROEX/UFPA, na forma de bolsa auxílio NAVEGASABERES. Vinculação Acadêmica

Este artigo representa o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Nutrição do acadêmico Wanderson André Alves Mendes, pela Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Pará.

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Referências

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