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CAPÍTULO III BOCAIS OU TUBOS ADICIONAIS

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Academic year: 2021

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CAPÍTULO III

BOCAIS OU TUBOS ADICIONAIS

3.1 – Generalidades

Bocais, tubos curtos ou tubos adicionais são os tubos de pequeno comprimento adaptados a orifícios em paredes finas, ou os orifícios em paredes espessas, que se comportam como aqueles.

As leis do escoamento são as mesmas dos orifícios, refletindo-se o efeito da forma, disposição e dimensões do bocal nos valores dos respectivos coeficientes e na perda de carga.

Os bocais são utilizados para dirigir o jato.

Bocais: 1,5 D < L < 3,0 D Tubos Curtos: 3,0 < L < 500 D Tubulações Curtas: 500D< L < 4000D Comprimentos Tubulações Longas: L > 4000D Interiores ou reentrates Cilíndricos Exteriores Convergentes Classificação Cônicos Divergentes 3.2 – Bocal Ajustado

É um bocal cuja forma se adapta a do jato que sai de um orifício em parede delgada, sendo praticamente nula a contração que nele ocorre, CC ≅ 1,0.

0,96 ≤ CV = Cd ≤ 0,98

A perda de carga é muito pequena, sendo por isso conveniente utilizar essa forma de bocal nas saídas de reservatórios.

(2)

3.3 – Bocal Cilíndrico Externo

É um tubo cilíndrico que se projeta para fora da parede, ou um orifício numa parede espessa.

Bocal padrão é o bocal cujo comprimento iguala-se a 2,5 vezes o seu diâmetro.

Quando a altura d’água é grande em relação ao comprimento do bocal, o jato é idêntico ao do orifício; no bocal propriamente dito, porém, há contração da veia liquida como nos orifícios, seguindo-se uma expansão do jato que na seção de saída enche completamente o bocal.

O coeficiente de contração do bocal é igual a unidade, mas o coeficiente de velocidade é muito menor que o dos orifícios, devido a perda que ocorre na expansão da veia, onde há um grande turbilhonamento.

No bocal padrão os coeficientes são:

CC = 1,0 ; CV = Cd = 0,82

A descarga do bocal é bastante maior que a do orifício de igual diâmetro, sob a mesma carga.

Sendo o coeficiente de velocidade igual ao de descarga pode ser determinado como este, medindo o volume d’água escoado num determinado tempo e comparando com o valor teórico.

A perda de carga é quase que exclusivamente a causada pela expansão do jato no interior do bocal.

(3)

Bernoulli entre e

O motivo pelo qual a descarga do tubo padrão é maior que a do orifício, apesar das maiores perdas, é que a pressão na seção de entrada é menor que a pressão atmosférica.

(

)

(

)

(

)

g V V g V h g V Vm g V h g V g V Vm g V h g V g V Vm g V h hp g V P z g V P z m 2 ) ( 2 9 10 2 2 9 10 2 9 1 2 2 2 9 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 − + = − + = ∴ + − + = + − + = + + ℘ + = + ℘ + z1 = h; P1 = P2 = PATM

(

)

gh V gh gh V V gh g V V V V h g V V V g V h V V V a a V V a a a C a a a V V V a aV Q mas m m m C m m m m m 2 8201 , 0 ) 2 ( 6726 , 0 2 4868 , 1 1 4868 , 1 2 2 2258 , 3 6015 , 2 1111 , 1 2 2258 , 3 6129 , 1 2 9 10 6129 , 1 62 , 0 62 , 0 62 , 0 : 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 = = = = + − + = + − + = = = ∴ = = ∴ = = = =

(4)

Pa Pressão atmosférica

O coeficiente de descarga dos bocais externos depende da relação entre comprimento e o diâmetro, sendo máximo para 2d < L < 3d. Segundo o Prof. LÜCIO DOS SANTOS, são os seguintes os valores do coeficiente de descarga:

l = <d d 2d 3d 12d 24d 36d 48d 60d 100d c = 0,62 0,62 0,82 0,82 0,76 0,73 0,68 0,63 0,60 0,50

A perda de carga no bocal é:

(

)

      − = − = = ∴ = − = ∴ − = = − = ∴ + = 1 1 2 2 1 . 2 1 . 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 V V V V V V p v C g v hp g v C g v hp C g v h gh C v ou C h hp g gh C h h gh C v mas g v h hp hp g v h h Pa P P Pa h gh V g gh Pm Pa h gh a aV a a av v a Q g Vm Pm Pa h m m m m m m m 7495 , 0 7495 , 0 2 3227 , 1 2 ) 2 ( 7495 , 1 2 8201 , 0 ( 62 , 0 62 , 0 2 0 0 2 − ℘ = ℘ ∴ + ℘ = ℘ + = + ℘ = ℘ + = = = = + ℘ + = + ℘ +

Venturi observou que a pressão em m é menor que a atmosférica em 3/4h

(5)

Quando o bocal não é normal ao plano do orifício, e está dirigido para cima, os valores dos coeficientes de descarga são diferentes e estão tabelados, em função do angulo α . Segundo WEEISBACH:

α 10º 20º 30º 40º 50º 60º Cd= 0,799 0,782 0,764 0,747 0,731 0,719

3.4 – Bocal Cilíndrico Reentrante

É um tubo cilíndrico que se projeta para o interior da parede. Se o comprimento do bocal é de 0,5d a 1,0 d, o jato sofre contração na entrada do bocal, maior que a observada nos orifícios, e não toca nas paredes internas do mesmo. Os coeficientes tem a seguinte ordem de grandeza:

CV = 0,98 ; CC = 0,52 ; Cd = 0,50 a 0,51

Seja um reservatório de grandes dimensões, velocidade de

aproximação desprezível, dotado de um bocal cilíndrico reentrante 0,5d ≤ L ≤ 1,0d . (O coeficiente de velocidade é determinado como nos

orifícios, CV = 0,98).

Aplicando o teorema da quantidade de movimento entre as seções

obtém-se:

(6)

Considerando o tempo de um segundo:

Quando se considera a velocidade real do jato, isto é, sendo CV = 0,98 , temos:

Se o comprimento do bocal é mais que 2d o jato sofre contração e, logo após, expansão enchendo-o totalmente, na seção de saída CC = 1,0

2 2 2 2 1 2 . 2 V C C V C C V C C C gh a C C g ah av C g ah v av C g ah gh C v e av C Q mas Qv g ah = ∴ ℘ = ℘ ℘ = ℘ ∴ ℘ = ℘ = = ℘ = ℘ 707 , 0 2 1 2 1 . 2 mas . movimento de quantidade Aplicando 2 2 2 = ∴ = ∴ = ℘ = ℘ = = ℘ = ℘ = Cv Cv gh Cv g h av g t ah gh C v av Q Qv g t ah mv Ft V v vol g t ah vol g M g vol M m s Kg vol M ah F Pa F a F P h P       ℘ = ℘ ℘ = = ℘ = = ℘ = ∴ = ∴ = ℘ = . mas . / : específica Massa 4 2 * 1 ρ ρ ρ CC = 0,52 Logo: Cv = Cd = 0,707

(7)

3.5 – Bocal Cônico Convergente

Quando a entrada do bocal tem bordas agudas há pequena contração do jato, seguida de expansão; na saída, o jato sofre uma pequena contração, que pode ser reduzida adaptando-se a forma do bocal à jato do jato, para guiar os filetes líquidos.

Os coeficientes variam segundo o ângulo de convergência (θ) e o comprimento do bocal. São bastante próximos da unidade.

COEFICIENTES PARA BOCAIS CONVERGENTES, COM ENTRADA DE BORDOS AGUDOS. θ = 0º 5º 10º 15º 20º 25º 30º 40º 50º Cc= 0,82 Ca = 1,00 C= 0,82 0,911 0,999 0,91 0,947 0,992 0,939 0,965 0,972 0,938 0,971 0,952 0,924 0,972 0,935 0,911 0,976 0,918 0,896 0,981 0,888 0,871 0,984 0,859 0,845 Coef. F (θ ; L )

Denomina-se rendimento do jato (N) a relação entre a sua energia cinética e a energia teórica.

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 mas 2 2 1 . ; 2 1 2 1 Ec V V V V C N C gh gh Cv h g gh C N gh C v h g v Qh v g Q N Qh h peso Ep v g Q mv Ep Ec N = = = = = = ℘ ℘ = ℘ = = ℘ = = =

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Os esguichos das mangueiras de incêndio e os bocais das turbinas Pelton são bocais cônicos convergentes, adaptados as extremidades de mangueiras ou tubulações.

As fórmulas a aplicar são as já indicadas, substituindo a altura h pelo valor de (P/℘℘℘+ V℘ 2 /2g) correspondentes à entrada do bocal; em geral pode-se considerar desprezível o efeito da velocidade V na tubulação ou mangueira, bastando considerar a altura P /℘ da pressão na entrada.

(

)

      + ℘ =       + ℘ = = + ℘       − + + + = + ℘ +       − = − = + + ℘ + = + ℘ + g V P g C V g V P gC V g V C g V P g V C g V g V P C g V C h hp hp g V P z g V P z a V a V V a V a V V 2 2 2 2 2 . 1 2 2 1 1 2 0 0 2 0 1 1 2 1 2 2 2 1 2 1 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 Va2/2g P/α V2/2g Hp Va d a 2 v

(9)

Nota-se que quando (d / D) ≤ ¼ podemos desprezar a velocidade de aproximação da água, por que:

Como nos serviços de bombeiros são muito usadas as unidades inglesas, indica-se a expressão correntemente usada:

Onde: Q galões / minuto

(

)

℘ = → ℘ − = ≅ = − ∴ = =       − = − 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 Q 2 1 1 9974 , 0 1 9974 , 0 0,0039 0,6724 -1 4 / 16 4 / 82 , 0 1 1 P g a C P g A a C a C Q A a C d d A a C d d d d d

π

π

P d Q = 29 ou 30 2 ℘ − = ℘       − = ℘ =       − + ℘ =             + ℘ =       + ℘ = = = = 1 2 2 2 1 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 1 1 2 1 2 2 2 2 2 mas P g A a C Cv V P gCv A a C V P gCv A a C V A a v C P gCv V gA a v Cc P g Cv V gA a v Cc P g C V A a V C V aV C AV Q d d d v V c a C a

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O alcance do jato pode ser calculado pelas fórmulas usuais da mecânica ( resistência do ar e espalhamento do jato ) ou pela fórmula da Escola Politécnica de São Paulo:

2

100

2

P

P

h

=

h → em pés P → lb / pol 2

A seguinte tabela dá o alcance efetivo dos jatos, para ângulo de inclinação de 32º para o alcance horizontal, e 60º para o vertical, aos quais correspondem os máximos alcances em condições normais:

Pressão Alcance horizontal (metros) Alcance vertical (metros) Diâmetro do requinte Diâmetro do requinte Kg/cm 3 Ib/pol3 1” 25mm 29mm 1 1/8” 32mm 1 ¼” 38mm 1 ½” 25mm 1” 1 1/8” 29mm 32mm 1 ¼” 38mm 1 ½” 1,4 2,1 2,8 3,5 4,2 4,9 5,6 6,3 20 30 40 50 60 70 80 90 11 14 17 18 20 22 23 24 12 15 18 20 22 23 25 26 12 16 19 21 23 24 26 27 13 17 20 23 24 26 27 28 11 15 19 22 24 26 27 28 11 16 20 23 25 27 28 29 11 16 20 23 25 27 29 30 11 17 21 24 26 28 29 30

*Pressão medida pelo tubo de Pilot na saída do jato

Para reduzir o efeito da contração do jato, procura-se diminuí-la adaptando-se a forma da agulheta à do jato, ou acrescentando-lhe uma peça de extremidade chamada REQUINTE, para dar forma ao jato.

3.6 – Bocal Cônico Divergente

Se a entrada tem bordas agudas, há uma pequena contração do jato, que logo depois se expande, enchendo completamente o bocal que, na saída, funciona a plena seção.

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Os coeficientes de velocidade e vazão variam com o ângulo e o comprimento do bocal.

Para θ = 5 º 5’ e L = 9d os coeficientes de velocidade e vazão são máximos, e a descarga é cerca de 1,4 vezes a do orifício em parede delgada, com diâmetro igual ao da entrada do bocal. Se este tem bordas arredondadas, o coeficiente pode chegar a 2,0.

A maior descarga do bocal é causada pela sucção que se dá na entrada, em virtude da depressão que aí existe ( Po < Patm), e ocorre quando a pressão Po/℘ atinge o zero absoluto.

Q

=

C

d

a

2

gh

g V a a P P h v a a V V a av Q g V P P h a o a 2 2 0 0 2 e 1 entre Bernoulli 2 2 0 2 0 0 0 0 2 0 0 + ℘ = ℘ + = = = + ℘ + = + ℘ +

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Máxima seção de saída: (vazão máxima ⇒P0/=0)

Uma das mais importantes aplicações dos bocais divergentes se encontra no tubo de sucção ou difusor das turbinas Francis ou Kaplan.

Bernoulli entre 0 e 1 com PR no fundo

(

)

(

)

S P P P S

h

h

g

V

V

P

h

g

V

g

V

hs

y

x

x

y

P

x

P

h

g

V

P

x

y

g

V

P

h

y

+

=

+

+

+

=

=

+

+

+

=

+

+

+

2

2

2

/

2

2

2 0 2 0 2 0 2 0 1 2 1 2 0 0       ℘ + = ℘ + = ∴ = ℘ + =       ℘ + = = ℘ + = = + + = ℘ + a a máx a máx a a a P h g a Q gh x h P a Q gh a Q h P a a h a P h a g gh a a P h gh V gh V g V a a P h 2 2 / 1 2 descarga Máxima / 1 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 2 2 2 0 2 2 2 2 0 2 TURBINA TURBINA HS y Y 0 1 V0 x FUNDO DO CANAL

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3.7 – Bocais Submersos

Existem poucos dados experimentais sobre os tubos submersos, mas parece que a submergência não altera muito os coeficientes.

Os coeficientes da tabela que segue servem para tubos de seção quadrada, mas podem ser aplicados àqueles cuja seção não se afasta muito dessa forma ( L comprimento do tubo; p perímetro da sua seção).

L P Entrada c. bordos agudos Contração suprimida no fundo Contração suprimida no fundo e em um lado Contração suprimida no fundo e nos dois

lados contração completamente suprimida 0,02 0,10 0,20 0,30 0,40 0,60 0,80 1,00 061 066 074 079 080 “ “ “ 0,63 0,67 0,73 0,77 0,79 0,80 0,80 0,81 0,68 0,69 0,74 0,79 0,80 0,81 0,81 0,82 0,77 0,73 0,73 0,83 0,84 0,84 0,85 0,85 0,95 0,93 0,92 0,91 0,90 0,90 0,90 0,90 3.8 – Bueiros

A perda de carga num bueiro é igual à soma das perdas da entrada e saída, mais a perda devida ao seu comprimento.

Podem ser calculados como bocais, e os bueiros submersos como tubos afogados, incluindo o efeito das perdas no coeficiente de descarga Cd.

Para os bueiros de concreto podem ser usados os seguintes coeficientes de descarga: D L 0,30 0,45 0,60 0,90 1,20 1,50 1,80 Entrada com bordos chanfrados 3 6 9 12 15 0,86 0,79 0,73 0,68 0,65 0,89 0,84 0,80 0,76 0,73 0,91 0,87 0,83 0,80 0,77 0,92 0,80 0,87 0,85 0,83 0,93 0,91 0,89 0,88 0,86 0,94 0,92 0,90 0,89 0,88 0,94 0,93 0,91 0,90 0,89 Entrada com bordos 3 6 9 0,80 0,74 0,69 0,81 0,77 0,73 0,80 0,78 0,75 0,79 0,77 0,76 0,77 0,76 0,75 0,76 0,75 0,74 0,75 0,74 0,74

Referências

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