Unifeb
Engenharia Ambiental
Modelagem de Sistemas Ambientais
Definições
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A modelagem ambiental é o processo pelo qual utilizamos métodos
matemáticos para tentar representar um ou mais fenômenos
ambientais.
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Estes métodos podem ser baseados nas leis físicas que governam a
evolução espacial e temporal do fenômeno, ou em técnicas
matemáticas/estatísticas que utilizam o conhecimento de dados
extraídos a partir de medições de um determinado fenômeno,
agregados através de uma série temporal, para poder predizer o seu
futuro.
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Pode-se utilizar modelos matemáticos tanto para se realizar
simulações ou previsões. Nas simulações já se conhece o valor da
variável que se quer prever, diferentemente das previsões.
Definições
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Alguns fenômenos físicos não possuem soluções analíticas para todas
as suas equações primitivas. Nestes casos são utilizados métodos
numéricos, tais como diferenças, volumes e elementos finitos, para
simplificar a sua solução e poder transcrever as equações preditoras
para um código computacional.
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Dentre os modelos que extraem o conhecimento dos dados, as
principais categorias são:
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Modelos baseados em Redes Neurais;
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Modelos puramente Estatísticos;
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Modelos Estocásticos;
Definições
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Alguns processos podem ser modelados através de modelagem física.
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Neste tipo de modelagem são feitos experimentos reduzidos da
sistema ambiental a ser modelado.
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São feitos ajustes de escala matemáticos, por leis de similaridade
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Exemplos: túnel de vento, tanque oceânico, modelo reduzido de
usinas hidrelétricas.
Histórico – Modelagem Atmosférica
Pierre Simon Laplace (1812) – “...conhecendo-se as massas, a posição e a
velocidades de todas as partículas em um intervalo de tempo singular, é possível se calcular com precisão os os seus eventos passados e futuros...”;
Vilhelm Bjerknes (1904) - Desenvolveu os princípios matemáticos básicos
para resolver as equações governantes de fluxo da Atmosfera e do Oceano;
Lewis Fry Richardson (1922) - Utilizando as equações básicas de
movimento na atmosfera desenvolveu o primeiro sistema de previsão do tempo, utilizando uma máquina de calcular;
Carl Gustav Rossby (1930) – Utilizou o caráter ondulatório da circulação
geral da atmosfera para criar uma simplificação das equações do modelo de circulação da atmosfera;
Histórico - Modelagem Atmosférica
Jule Charney (1950) – Liderou um grupo de pesquisadores a realizar
prognósticos de tempo no ENIAC/Universidade de Princeton, utilizando as equações de Rossby;
Norman Phillips (1956) – Adicionou uma “forçante” nos termos da equações de Rossby, observando variações nos padrões da circulação
geral da atmosfera – Início dos modelos de circulação geral da atmosfera;
Modelos Oceânicos de larga escala só tiveram início na década de 60; Criação do Geophysical Fluid Dynamics Laboratory (GFDL) sob a
direção de Joseph Smagorinsky.
Início da modelagem numérica do tempo no Brasil através do CPTEC/INPE
Sistema Climático
Hidrosfera - A hidrosfera é constituída por toda a água, em estado líquido, no globo. Inclui os oceanos, lagos, rios e águas subterrâneas. Cobre aproximadamente dois terços da superfície do globo e, assim, a maior parte da radiação que chega à superfície da Terra é absorvida por eles. Os oceanos são grandes reservatórios de energia.
Criosfera - A criosfera compreende as grandes massas de gelo e neve na superfície do globo. Inclui os extensos campos de gelo na Gronelândia e Antártida, e outros glaciares continentais, campos de neve, gelo do mar e solo gelado. A criosfera representa o maior reservatório de água doce na Terra, mas sua importância para o sistema climático global é o elevado albedo (reflexão da radiação solar) da neve e da sua baixa condutividade térmica.
Litosfera - A litosfera inclui os continentes, que cobrem cerca de 27% da superfície terrestre e cuja topografia influencia o clima. Por exemplo, o clima nas regiões montanhosas pode ser completamente diferente de um clima de uma região de planície.
Biosfera - A biosfera é constituída por todos os seres vivos que existem no mar e terra.
Histórico - Modelagem Hidrológica
Em 1932, Sherman desenvolveu o Hidrograma Unitário.
Em 1933, Horton desenvolveu a teoria da infiltração, cujo modelo, a não ser para microbacias do semiárido com solos rasos e desprovidos de vegetação, não funciona bem para a quantificação do escoamento direto em microbacias de clima úmido.
Em 1939, MacCarthy desenvolveu um modelo de escoamento em rios, baseando-se no modelo Muskingun e Puls para o escoamento em reservatório.
Somente na década de 50, em função da disponibilidade do computador e do aprimoramento de técnicas numéricas e estatísticas, houve um desenvolvimento acelerado de modelos semi-conceituais ou conceituais de transformação precipitação-vazão como os modelos SSARR
Histórico - Modelagem Hidrológica
Os modelos conceituais representam os principais processos do ciclo hidrológico, utilizando funções empíricas e a equação da continuidade para cada uma das partes. Vários modelos foram propostos a seguir, se diferenciando no maior ou menor detalhamento de partes do ciclo hidrológico ou nas propostas de novas equações empíricas.
As décadas de 60 e 70 foram marcadas pela introdução de vários outros modelos que contribuíram com características singulares, dentre outros se destacando o Stanford IV que introduziu a distribuição espacial da avaliação da infiltração
No final da década de 70, surgiram os modelos que utilizavam a modelagem hidrológica somente dos parâmetros dos processos mais importantes. Por meio dessa simplificação foi possível obter resultados equivalentes aos dos modelos que representam quase todos os processos, devido à pequena sensibilidade dos demais parâmetros. Seguindo essa linha surgiram modelos com menor número de funções e parâmetros e mais eficientes para a engenharia , como o IPH II e o SMAP
Histórico – Outras Modelagens
Com a evolução das técnicas matemáticas e estatísticas, em paralelo com o avanço computacional, foram desenvolvidos, para quaisquer ramos da ciência, modelos baseados em Inteligência Artificial (Redes Neurais) e modelagem autorregressiva.
A primeira versão de um neurônio artificial foi proposta por McCulloch (neurofisiologista) e Pitts (matemático), que em 1943, apresentaram um estudo sugerindo a construção de uma máquina baseada no que se conhecia, até então, do funcionamento do cérebro humano.
Somente em 1958, Rosemblatt desenvolveu a primeira aplicação prática deste tipo de estudo, com a criação de uma Rede Neural do tipo Perceptron, capaz de reconhecer padrões após um período de aprendizado;
Entre 1958 e 1982 os estudos sobre RN foram muito desestimulados, devido a suspeita de que uma RN somente poderia reconhecer padrões lineares. Em 1982 o estudo de Hopfield mostrou a capacidade de uma RN aprender padrões não-lineares.
Histórico – Outras Modelagens
Histórico – Outras Modelagens
Desde 1960 os modelos estocásticos do tipo autorregressivos vem sendo utilizados para a previsão do comportamento de séries temporais.
a maioria dos métodos de previsão de séries temporais se baseia na suposição de que observações passadas contém todas as informações sobre o padrão de comportamento da série temporal e esse padrão é recorrente no tempo. O propósito dos métodos de previsão consiste em distinguir o padrão de qualquer ruído que possa estar contido nas observações e então usar esse padrão para prever os valores futuros da série temporal. Assim, pela identificação desse componente, a previsão para períodos de tempo subsequentes ao observado pode ser desenvolvida.
Histórico – Outras Modelagens
> Modelo AR(p)Obtém-se, então a função de auto-covariância e de autocorrelação: