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Capítulo Produto interno

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(1)

Cap´ıtulo 1.3 - Produto interno

1.3.1 - Produto interno

1.3.2 - Norma

Al´em da soma e do produto por um escalar, existe ainda uma outra opera¸c˜ao entre dois elementos do Rn

de muita importˆancia em aplica¸c˜oes em economia e administra¸c˜ao: o produto interno ou produto escalar (que n˜ao deve ser confundido com o produto por um escalar, visto nos cap´ıtulos passados).

1.3.1 - Produto interno

Para explicar o produto interno, comecemos considerando somente o espa¸co R2

. O produto interno entre dois elementos A = (a1, a2) e B = (b1, b2) de R2, tamb´em chamado de produto escalar, ´e dado por

hA, Bi = h(a1, a2), (b1, b2)i = a1b1+ a2b2 .

Observa¸c˜ao: al´em do s´ımbolo hA, Bi, o s´ımbolo A · B tamb´em ´e usado para designar o produto interno. Exemplo 1: calcule o produto interno entre (2, 1) e (3, 4).

Solu¸c˜ao: h(2, −1), (3, 4)i = 2 · 3 + 1 · 4 = 6 + 4 = 10.

Exemplo 2: calcule o produto interno entre (−1, 0) e (2, −6).

Solu¸c˜ao: h(−1, 0), (2, −6)i = −1 · 2 + 0 · (−6) = −2.

Note que o resultado do produto interno ´e sempre um escalar (um n´umero real). Este, inclusive, ´e o motivo do produto interno tamb´em ser chamado produto escalar. O nome produto interno ´e porque ele ´e o resultado do produto entre dois elementos do R2

(ou, no caso geral, do Rn).

Tamb´em podemos definir um produto interno para o R3

:

hA, Bi = h(a1, a2, a3), (b1, b2, b3)i = a1b1+ a2b2+ a3b3 .

A generaliza¸c˜ao para o Rn´e dada pela defini¸c˜ao a seguir.

Defini¸c˜ao 1 - O produto interno entre dois elementos A = (a1, a2, · · · , an) e B = (b1, b2, · · · , bn) do

Rn´e definido como hA, Bi = h(a1, a2, · · · , an), (b1, b2, · · · , bn)i = a1b1+ a2b2+ · · · anbn.

Exemplo 3: calcule o produto interno entre (2, 1, −1) e (2, 4, −2).

Solu¸c˜ao: h(2, 1, −1), (2, 4, −2)i = 2 · 2 + 1 · 4 + (−1) · (−2) = 4 + 4 + 2 = 10.

a) Um exemplo em administra¸c˜ao

Um significado econˆomico para o produto interno pode ser dado pelo seguinte exemplo: considere uma loja de roupas que vende cinco tipos diferentes de cal¸cas jeans. O estoque da loja desses produtos pode ser dado

(2)

por E = (21, 14, 10, 9, 8), um elemento do R , o que significa que h´a 21 cal¸cas do primeiro tipo, 14 do segundo tipo, 10 do terceiro, 9 do quarto e 8 do quinto tipo.

Um outro elemento do R5

, que podemos chamar de vetor, indica o pre¸co de cada tipo de cal¸ca que est´a em estoque na loja. Utilizando a mesma ordem do vetor estoque, podemos definir o vetor pre¸co dado por P = (110, 130, 145, 180, 230), onde o pre¸co de cada tipo de cal¸ca ´e expresso em reais. Caso a gerente da loja queira determinar o valor total do estoque em termos de reais, ela pode fazˆe-lo executando a opera¸c˜ao

E · P = (21, 14, 10, 9, 8) · (110, 130, 145, 180, 230) = 21 · 110 + 14 · 130 + 10 · 145 + 9 · 180 + 8 · 230 = 9040 , o que ´e exatamente o produto interno dos dois vetores. Esses c´alculos costumam ser feitos em planilhas de c´alculo, em geral utilizando fun¸c˜oes como “somarproduto”.

b) Propriedades

Dados os elementos A, B e C de um espa¸co Rne escalares α ∈ R, ent˜ao:

P1) hA, Bi = hB, Ai (comutativa);

P2) hA, B + Ci = hA, Bi + hA, Ci (distributiva com rela¸c˜ao `a adi¸c˜ao); P3) hαA, Bi = α hA, Bi, α ∈ R (fatora¸c˜ao dos escalares);

Essas propriedades s˜ao provadas na Leitura Complementar 1.3.1.

1.3.2 - Norma

A norma de um elemento V do Rn est´a ligada `a representa¸c˜ao vetorial desse elemento e ´e definida a seguir.

Defini¸c˜ao 2 - A norma de um elemento elemento V = (v1, v2, · · · , vn) ∈ Rn ´e a raiz quadrada do

produto interno dele com ele mesmo, isto ´e, ||V || =phV, V i.

Para um elemento V = (v1, v2) do R2, por exemplo, a norma fica ||V || =ph(v1, v2), (v1, v2)i =pv12+ v 2 2.

Exemplo 1: calcule a norma do vetor V = (−1, 3).

Solu¸c˜ao: ||V || =p(−1)2+ 32=1 + 9 =10.

Exemplo 2: calcule a norma do vetor V = (1, −4, 2).

Solu¸c˜ao: ||V || =p12

+ (−4)2+ 22=1 + 16 + 4 =21.

a) Aplica¸c˜ao em Estat´ıstica

Quando tomamos medidas relativas a uma determinada popula¸c˜ao, podemos calcular medidas estat´ısticas como a m´edia e o desvio padr˜ao. A m´edia mede o valor m´edio da totalidade dos dados e o desvio padr˜ao ´e uma medida do quanto esses dados est˜ao afastados da m´edia.

Por exemplo, foram coletadas as idades de 5 pessoas em uma entrevista para um emprego e os resultados foram 28, 25, 23, 21 e 32 anos de idade. Essas idades podem ser organizadas em um elemento do R5

dado por X = (28, 25, 23, 21, 32). A m´edia das idades desses cinco entrevistados ´e dada por

¯

X = 28 + 25 + 23 + 21 + 32

5 =

129

5 = 25, 8 . Em geral, a m´edia de n dados organizados em um vetor (elemento do Rn) X = (x

1, x2, · · · , xn) ´e dada por

¯ X = x1+ x2+ · · · + xn n = 1 n n X i=1 xi .

(3)

O desvio padr˜ao desses dados ´e a raiz quadrada da soma dos quadrados das diferen¸cas entre os dados coletados e a sua m´edia dividida pelo n´umero de dados obtidos, como no c´alculo feito a seguir:

σ = r (28 − 25, 8)2 + (25 − 25, 8)2 + (23 − 25, 8)2 + (21 − 25, 8)2 + (32 − 25, 8)2 5 = = r 2, 52 + (−0, 8)2 + (−2, 8)2 + (−4, 8)2+ 6, 22 5 = r 6, 25 + 0, 64 + 7, 84 + 23, 04 + 38, 44 5 = = r 76, 21 5 =p15, 242 ≈ 3, 90 .

Se construirmos o vetor diferen¸ca D = X − ¯X = (28 − 25, 8, 25 − 25, 8, 23 − 25, 8, 21 − 25, 8, 32 − 25, 8) = = (2, 5, −0, 8, −2, 8, −4, 8, 6, 2), ent˜ao o desvio padr˜ao pode ser escrito σ = ||D||√

5 . De modo geral, o desvio padr˜ao ´e definido como

σ = v u u t 1 n n X i=1 (xi− ¯x)2 ,

onde xi s˜ao os n dados e ¯x ´e a m´edia deles. Definido o vetor D = (x1− ¯x, x2− ¯x, · · · , xn− ¯x), podemos escrever

o desvio padr˜ao como

σ = ||D||√ n ,

ou seja, o desvio padr˜ao ´e proporcional `a norma do vetor diferen¸ca entre os dados obtidos e a sua m´edia. Uma outra aplica¸c˜ao da norma ´e no chamado m´etodo dos m´ınimos quadrados para o ajuste de curvas. Essa aplica¸c˜ao pode ser vista na Leitura Complementar 1.3.2.

b) Significado geom´etrico

Qual ´e o significado da norma? Para descobri-lo, consideremos a representa¸c˜ao vetorial de um elemento V = (vx, vy) do R

2

(primeira figura a seguir). O m´odulo |V | desse vetor, que ´e o comprimento do segmento de reta que vai da origem at´e (vx, vy), pode ser calculado utilizando o teorema de Pit´agoras no triˆangulo retˆangulo

ao lado da primeira figura.

x y vx vy b vx vy |V | ·

Pelo teorema de Pit´agoras,

|V |2 = v2 x+ v 2 y ⇔ |V | = ± q v2 x+ vy2 .

Como o m´odulo de um vetor ´e sempre um n´umero positivo ou nulo, ent˜ao |V | =qv2

x+ v 2 y .

Note que a f´ormula calculada ´e exatamente a defini¸c˜ao da norma do elemento V = (vx, vy) do R2.

Veremos agora o que acontece se calcularmos o m´odulo de um vetor V = (vx, vy, vz), que ´e representado no

(4)

x y vx vy vz V r b · · r vz |V | · vx vy r ·

Podemos identificar dois triˆangulos retˆangulos na primeira figura, representados acima e ao lado. O primeiro triˆangulo retˆangulo ´e formado pelo vetor V e pelos lados vz e r. O segundo triˆangulo retˆangulo ´e formado no

plano xy e tem lados vx, vy e r.

De acordo com o Teorema de Pit´agoras,

|V |2 = r2+ v2z.

Agora, temos que determinar r. De acordo com o teorema de Pit´agoras, aplicado ao triˆangulo retˆangulo que se encontra no plano xy,

r2

= v2 x+ v

2 y.

Juntando as duas f´ormulas, temos, ent˜ao, que |V |2 = v2 x+ v 2 y+ v 2 z ⇔ |V | = ± q v2 x+ vy2+ v2z.

Como somente um valor positivo ´e admiss´ıvel para um m´odulo, temos, ent˜ao, |V | = q v2 x+ v 2 y+ v 2 z = q (vx, vy, vz) · (vx, vy, vz) =phV, V i ,

que ´e novamente a defini¸c˜ao da norma de V .

Dada essa analogia entre a norma de um elemento do R2

e o m´odulo de um vetor no plano e entre a norma de um elemento do R3

e o m´odulo de um vetor no espa¸co, podemos definir o m´odulo de um vetor associado ao elemento V = (v1, v2, · · · , vn) do Rn como sendo a norma desse vetor.

c) Propriedades da norma

As propriedades ser˜ao enunciadas agora para elementos do Rn, que designaremos X = (x

1, x2, · · · , xn) e

Y = (y1, y2, · · · , yn) e s˜ao provadas na Leitura Complementar 1.3.1.

N1) ||X|| ≥ 0 (a norma ´e sempre positiva).

N2) ||X|| = 0 ⇔ X = (0, 0, · · · , 0) (a norma s´o ´e nula quando o pr´oprio vetor for nulo). N3) ||αX|| = |α| ||X|| (norma do produto de um vetor por um escalar).

N4) se X 6= (0, 0, · · · , 0), o vetor uX =

X

||X|| tem norma 1 (uX ´e chamado vetor unit´ario). N5) ||X + Y ||2

= ||X||2

+ 2 hX, Y i + ||Y ||2

(quadrado da norma da soma de dois vetores). N6) ||X − Y ||2

= ||X||2

− 2 hX, Y i + ||Y ||2

(quadrado da norma da subtra¸c˜ao entre dois vetores).

O pr´oximo cap´ıtulo trata de mais algumas rela¸c˜oes entre o produto interno e conceitos como ortogonalidade entre vetores, a proje¸c˜ao de um vetor sobre outro vetor e o ˆangulo entre vetores. A Leitura Complementar 1.3.3 trata de uma outra opera¸c˜ao entre vetores: o produto vetorial.

(5)

Resumo

• Produto interno. O produto interno (ou produto escalar) entre dois elementos A = (a1, a2, · · · , an)

e B = (b1, b2, · · · , bn) do Rn´e definido como

hA, Bi = h(a1, a2, · · · , an), (b1, b2, · · · , bn)i = a1b1+ a2b2+ · · · anbn .

• Norma. A norma de um elemento V = (v1, v2, · · · , vn) ∈ Rn´e a raiz quadrada do produto interno

(6)

Leitura Complementar 1.3.1 - Teoremas e

demonstra¸c˜

oes

Esta leitura complementar ser´a usada para demonstrar as propriedades do produto interno e da norma. Come¸camos pelas propriedades do produto interno.

a) Propriedades do produto escalar

Vamos, agora, provar as propriedades do produto interno mencionadas no texto principal deste cap´ıtulo. Dados os elementos X = (x1, x2, · · · , xn), Y = (y1, y2, · · · , yn) e Z = (z1, z2, · · · , zn) do Rn, temos as seguintes

propriedades.

P1)hX, Y i = hY, Xi .

Demonstra¸c˜ao: hX, Y i = x1y1+ x2y2+ · · · + xnyn = y1x1+ y2x2+ · · · + ynxn = hY, Xi.

P2)hX, Y + Zi = hX, Y i + hX, Zi.

Demonstra¸c˜ao: temos

hX, Y + Zi = h(x1, x2, · · · , xn), (y1, y2, · · · , yn) + (z1, z2, · · · , zn)i =

= h(x1, x2, · · · , xn), (y1+ z1, y2+ z2, · · · , yn+ zn)i = x1(y1+ z1) + x2(y2+ z2) + · · · + xn(yn+ zn) =

= x1y1+ x1z1+ x2y2+ x2z2+ · · · + xnyn+ xnzn = x1y1+ x2y2+ · · · + xnyn+ x1z1+ x2z2+ · · · + xnzn =

= hX, Y i + hX, Zi .

P3)hαX, Y i = α hX, Y i , α ∈ R.

Demonstra¸c˜ao: temos

hαX, Y i = h(αx1, αx2, · · · , αxn), (y1, y2, · · · , yn)i = αx1y1+ αx2y2+ · · · + αxnyn =

= α(x1y1+ x2y2+ · · · + xnyn) = α hX, Y i .

b) Propriedades da norma

Vamos, agora, provar as propriedades da norma mencionadas no texto principal deste cap´ıtulo. Dados os elementos X = (x1, x2, · · · , xn) e Y = (y1, y2, · · · , yn) do Rn, temos as seguintes propriedades.

N1)||X|| ≥ 0. Demonstra¸c˜ao: ||X|| =phX, Xi =√x1x1+ x2x2+ · · · + xnxn=px21+ x 2 2+ · · · + x 2 n ≥ 0 . N2)||X|| = 0 ⇔ X = (0, 0, · · · , 0). Demonstra¸c˜ao: ||X|| = 0 ⇔ phX, Xi = 0 ⇔ px2 1+ x 2 2+ · · · + x 2 n = 0 ⇔ x 2 1+ x 2 2+ · · · + x 2 n = 0, o que

s´o ´e poss´ıvel se x1 = x2 = · · · = xn = 0, o que significa que X = (0, 0, · · · , 0). Se X = (0, 0, · · · , 0), ent˜ao

x2 1+ x 2 2+ · · · + x 2 n= 0 ⇔ hX, Xi = 0 ⇔ ||X|| = 0. N3)||αX|| = |α| ||X|| , α ∈ R.

(7)

Demonstra¸c˜ao: temos ||αX|| =ph(αx1, αx2, · · · , αxn), (αx1, αx2, · · · , αxn)i = q α2x2 1+ α 2x2 2+ · · · + α 2x2 n = = q α2(x2 1+ x 2 2+ · · · + x 2 n) = √ α2 q x2 1+ x 2 2+ · · · + x 2 n = |α| ||X|| . N4)se X 6= (0, 0, · · · , 0), o vetor uX = X ||X|| tem norma 1.

Demonstra¸c˜ao: ||uX|| =

X ||X|| = 1 ||X||X = 1 ||X|| ||X|| = 1 ||X||||X|| = 1 . N5)||X + Y ||2 = ||X||2 + 2 hX, Y i + ||Y ||2 .

Demonstra¸c˜ao: expandindo a primeira express˜ao, temos ||X + Y ||2 = hX + Y, X + Y i = hX, Xi + hX, Y i + hY, Xi + hY, Y i = ||X||2 + 2 hX, Y i + ||Y ||2 . N6)||X − Y ||2 = ||X||2 − 2 hX, Y i + ||Y ||2 .

Demonstra¸c˜ao: expandindo a primeira express˜ao, temos

||X − Y ||2 = hX − Y, X − Y i = hX, Xi + hX, −Y i + h−Y, Xi + h−Y, −Y i = = hX, Xi − hX, Y i − hY, Xi + hY, Y i = ||X||2

− 2 hX, Y i + ||Y ||2

.

c) Desigualdade de Cauchy-Schwarz

Veremos aqui como provar a desigualdade de Cauchy-Schwarz, que ´e um importante teorema envolvendo a norma de um vetor. Esse teorema ´e enunciado e provado a seguir.

Teorema 1 - desigualdade de Cauchy-Schwarz - dados X, Y ∈ Rn, |hX, Y i| ≤ ||X|| ||Y ||.

Demonstra¸c˜ao: para todo α ∈ R, ||X + αY || ≥ 0 (propriedade N1). Portanto,

phX + αY, X + αY i ≥ 0 ⇔ hX + αY, X + αY i ≥ 0 ⇔ hX, Xi + hX, αY i + hαY, Xi + hαY, αY i ≥ 0 ⇔ ⇔ hX, Xi + α hX, Y i + α hY, Xi + α2

hY, Y i ≥ 0 ⇔ ||X||2

+ 2α hX, Y i + α2

||Y ||2

≥ 0 . Esta ´e uma inequa¸c˜ao para α e significa que a par´abola p(α) = ||X||2

+ 2α hX, Y i + α2

||Y ||2

tem que estar toda acima, ou toda abaixo, ou sobre o eixo horizontal (em que p = 0). Isto significa que n˜ao h´a ra´ızes reais para a equa¸c˜ao ||X||2

+ 2α hX, Y i + α2

||Y ||2

= 0 ou que essa raiz ´e ´unica, o que s´o ´e poss´ıvel se ∆ = (2 hX, Y i)2− 4||Y ||2 ||X||2 ≤ 0 ⇔ (2 hX, Y i)2≤ 4||Y ||2 ||X||2 ⇔ 4 (hX, Y i)2≤ 4||X||2 ||Y ||2 = (hX, Y i)2≤ (||X|| ||Y ||)2 .

Como ambos os lados desta inequa¸c˜ao s˜ao positivos, isto significa que |hX, Y i| ≤ ||X|| ||Y ||, o que prova o teorema.

Augustin-Louis Cauchy (1789-1857): matem´atico francˆes respons´avel pela formula¸c˜ao mais precisa do conceito de limites e por v´arias contribui¸c˜oes de fundamental importˆancia na teoria de fun¸c˜oes de vari´aveis complexas e em equa¸c˜oes diferenciais. Cauchy teve uma infˆancia atribulada, tendo vivido na ´epoca da Revolu¸c˜ao Francesa. Trabalhou como engenheiro para a marinha de Napole˜ao e teve v´arias tentativas de obter posi¸c˜oes em universidades recusadas, muitas vezes por motivos pol´ıticos. Cat´olico devoto, teve atritos com seus colegas partid´arios do ate´ısmo. Quando o rei da Fran¸ca voltou ao poder, recusou-se a jurar lealdade e perdeu seu emprego, retornando ao seu trabalho ap´os o rei ter sido novamente deposto.

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Karl Hermann Amandus Schwarz (1864-1951): inicialmente interessado em Qu´ımica, Schwarz ingressou na universidade para estudar esse campo da ciˆencia. No entanto, alguns de seus professores, percebendo a sua voca¸c˜ao em matem´atica, o convenceram a mudar o assunto de seus estudos. Schwarz trabalhou em G¨ottingen e em Berlim (Alemanha) no campo da An´alise Complexa e foi membro da Academia Real. Al´em de matem´atico, ele tamb´em desenvolveu alguns trabalhos volunt´arios: foi capit˜ao da Brigada Volunt´aria de Bombeiros local e tamb´em auxiliava no fechamento das portas dos trens na esta¸c˜ao ferrovi´aria local.

d) Desigualdade triangular

Veremos agora como provar um outro teorema que apresenta uma propriedade importante da norma de um vetor: a chamada desigualdade triangular (tamb´em conhecida como teorema de Minkowski). Esse teorema ´e enunciado e provado a seguir.

Teorema 2 - desigualdade triangular - dados dois vetores X e Y , ||X + Y || ≤ ||X|| + ||Y ||.

Demonstra¸c˜ao: da propriedade N5 da norma, temos que ||X +Y ||2

= ||X||2

+ 2 hX, Y i+||Y ||2

. Pela desigualdade de Cauchy-Schwarz, |hX, Y i| ≤ ||X|| ||Y ||, de modo que

||X + Y ||2 = ||X||2 + 2 hX, Y i + ||Y ||2 ≤ ||X||2 + 2||X|| ||Y || + ||Y ||2 = (||X|| + ||V ||)2 . Portanto, ||X +Y ||2

≤ (||X|| + ||V ||)2. Como ambos os lados s˜ao positivos, isto significa que ||X +Y || ≤ ||X||+||V ||, o que prova o teorema.

Exemplo 1: verifique a desigualdade triangular para os vetores X = (2, 4) e Y = (3, 2).

Solu¸c˜ao: primeiro, calculamos X + Y = (5, 6). Agora, calculamos as diversas normas: ||X|| =√4 + 16 =√20 , ||Y || =√9 + 4 =√13 ,

||X + Y || =√25 + 36 =√61 . Substituindo na desigualdade triangular, obtemos

||X + Y || ≤ ||X|| + ||Y || ⇔√61 ≤√20 +√13 .

Como √61 ≈ 7, 81 e √20 +√13 ≈ 4, 47 + 3, 60 = 8, 07, a desigualdade ´e verificada.

A desigualdade triangular fica mais evidente se desenharmos os vetores X, Y e a soma deles, como no gr´afico ao lado. Claramente, a soma dos comprimentos dos dois vetores ´e maior que o comprimento da soma deles.

X

Y

X + Y

Observa¸c˜ao: observando a figura do exemplo 1, podemos ver que a desigualdade triangular estabelece uma rela¸c˜ao entre os trˆes lados de um triˆangulo, de onde se entende a origem do seu nome.

Hermann Minkowski (1864-1909): nasceu na Lituˆania, naquela ´epoca parte do Imp´erio da R´ussia, de descendˆen-cia polonesa e judia. Estudou na Alemanha e foi professor em Bonn, G¨otttingen, K¨onigsberg, na Alemenha, e em Z¨urich, na Su´ı¸ca, onde foi professor do f´ısico Albert Einstein. Trabalhou principalmente em geometria e desenvolveu a geometria quadridimensional do espa¸co-tempo da Teoria da Relatividade de Einstein.

(9)

Leitura Complementar 1.3.2 - M´

etodo dos m´ınimos

quadrados

Em ciˆencias como a estat´ıstica, a f´ısica, a biologia, a economia e muitas outras, ´e comum a coleta de dados relacionados a algum fenˆomeno, como o desenvolvimento de uma determinada popula¸c˜ao com rela¸c˜ao ao tempo. Em diversas ocasi˜oes, ´e necess´ario ajustar uma curva te´orica a dados experimentais quando se deseja testar uma teoria ou explicar um certo fenˆomeno. Veremos aqui um m´etodo para fazer isto, chamado m´etodo dos m´ınimos quadrados.

Consideremos, por exemplo, o primeiro gr´afico a seguir. Trata-se de um conjunto de pontos que se assemelha a diversos pontos de uma reta. No entanto, ´e imposs´ıvel tra¸car uma reta que passe por todos os pontos do gr´afico. Como podemos determinar qual a reta mais adequada a esse conjunto de pontos? Existem diversas formas de fazˆe-lo, por´em uma ´e mais comumente utilizada: a dos m´ınimos quadrados.

x y 0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 b b b b b b x y 0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 b b b b b b

Para entender esse crit´erio, note que existem distˆancias entre a reta te´orica e os pontos dados, sendo que algumas vezes a reta est´a abaixo do ponto dado e outras vezes, est´a acima deste. Se forem somadas essas diferen¸cas, pode haver o cancelamento de algumas. Portanto, tal soma n˜ao pode ser usada como uma medida do qu˜ao inadequada a reta ´e com rela¸c˜ao ao conjunto de pontos. Por exemplo, as diferen¸cas entre os pontos, (xi, yi), i = 1, . . . , 6, e as coordenadas dos pontos equivalentes na reta usada, (xi, y(xi)), s˜ao dados na tabela a

seguir para a reta cuja equa¸c˜ao ´e y = 0, 65x + 1, 3. xi yi y(xi) yi− y(xi) 0, 3 1, 1 1, 495 −0, 395 0, 5 1, 9 1, 625 0, 275 1, 6 2, 1 2, 34 −0, 24 2 3, 4 2, 6 0, 8 4, 2 3, 7 4, 03 −0, 33 5, 4 5, 5 4, 81 0, 69

A soma desses erros ´e dada por

s = −0, 395 + 0, 275 − 0, 24 + 0, 8 − 0, 33 + 0, 69 = 0, 8 . Vˆe-se que, embora haja uma discordˆancia grande entre a reta e os pontos, ela n˜ao aparece na medida da soma dos erros.

No entanto, se tomarmos o quadrado de cada diferen¸ca e somarmos esses quadrados, teremos uma medida confi´avel, pois um n´umero real ao quadrado ´e sempre positivo. No exemplo em quest˜ao, teremos

(10)

A letra E (de erro) ´e comumente utilizada para designar essa soma.

Observa¸c˜ao: tamb´em poder´ıamos ter escolhido como fator de medida do erro a soma dos m´odulos das diferen¸cas entre a reta e os pontos. Isto determinaria um outro m´etodo, que n˜ao ´e t˜ao utilizado devido a dificuldades em derivar a fun¸c˜ao m´odulo.

O m´etodo dos m´ınimos quadrados consiste em escolher a reta que minimiza a soma dos quadrados desses erros. Para utiliz´a-lo, vamos come¸car pela seguinte f´ormula para o erro:

E = n X i=1 [y(xi) − yi] 2 ,

onde y(xi) ´e o valor te´orico, dado pela reta calculada no ponto xi, e yi´e o valor experimental. Como a equa¸c˜ao

de uma reta ´e dada por y(xi) = axi+ b, onde a e b s˜ao constantes, essa f´ormula de erro fica

E = n X i=1 (axi+ b − yi) 2 .

Para minimizarmos o erro, devemos escolher os valores de a e b que minimizam a fun¸c˜ao dada, mas isto ser´a feito mais tarde neste curso, quando for aprendido o conceito de derivadas parciais.

O que ´e do nosso interesse no momento ´e que podemos escrever E = n X i=1 [y(xi) − yi] 2 = hD, Di = ||D||2 ,

onde D ´e o vetor diferen¸ca dado por D = (y(x1) − y1, y(x2) − y2, · · · , y(xn) − yn)), o que mostra que a fun¸c˜ao

(11)

Leitura Complementar 1.3.3 - Produto vetorial

O produto vetorial ´e o segundo tipo de produto entre vetores e resulta em um outro vetor. Embora ele seja de muita importˆancia para a F´ısica e a Engenharia, pois ele ajuda na dinˆamica de rota¸c˜oes, o produto vetorial praticamente n˜ao ´e utilizado nas ´areas de Economia e de Administra¸c˜ao. Por isso, ele est´a sendo visto em uma leitura complementar. No entanto, o produto vetorial pode ser utilizado na melhor compreens˜ao de aspectos da Dinˆamica Econˆomica, que estuda a evolu¸c˜ao no tempo de sistemas econˆomicos.

O produto vetorial ´e uma opera¸c˜ao X × Y entre dois vetores X e Y que resulta em um vetor. Esta opera¸c˜ao ´e definida pela seguinte f´ormula:

X × Y = ||X|| ||Y || sen θ ˆn ,

onde θ ´e o ˆangulo entre os dois vetores e ˆn ´e um versor (um vetor de norma 1) que ´e normal aos dois vetores X e Y e cujo sentido ´e

dado pela regra explicada a seguir. X

Y X × Y

·· θ Imaginemos um arco de circunferˆencia orientado definido no

plano formado pelos dois vetores, X e Y , sendo que o sentido desse arco vai de X at´e Y . Se o sentido for anti-hor´ario, o versor ˆ

n ter´a o sentido “para cima”, indicado na figura a lado. Se o sentido for hor´ario, o sentido de ˆn ser´a “para baixo”. Esta regra tamb´em ´e chamada regra da m˜ao direita, pois podemos imaginar uma m˜ao direita posicionada de forma que os dedos se fechem de modo a ir da posi¸c˜ao do vetor X `a posi¸c˜ao do vetor Y . O polegar indica, ent˜ao, o sentido do vetor X × Y . Esta regra ´e ilustrada nos exemplos a seguir. ˆ n ~u Y ˆ n ·· θ

Exemplo 1: calcule o produto vetorial X × Y entre os vetores dados abaixo (||X|| = 3 e ||Y || = 2).

X Y

300

Solu¸c˜ao: X × Y = ||X|| ||Y || sen θ ˆn = 3 · 2 · sen 30oˆ

n = 6 ·12n = 2ˆˆ n .

O semi-arco que vai do vetor X para o vetor Y tem o sentido anti-hor´ario, o que indica que o versor normal tem o sentido para cima. O vetor X × Y est´a representado na figura abaixo.

ˆ n

X Y X × Y

(12)

Exemplo 2: calcule o produto vetorial X × Y entre os vetores dados abaixo (||X|| = 3 e ||Y || = 2).

X Y

300

Solu¸c˜ao: Y × X = ||Y || ||X|| sen θ ˆn = 2 · 3 · sen 30oˆ

n = 6 ·12n = 2ˆˆ n .

O semi-arco que vai do vetor Y para o vetor X tem o sentido hor´ario, o que indica que o versor normal tem o sentido para baixo. O vetor Y × X est´a representado na figura abaixo.

ˆ n

X Y

X × Y

Observe que os dois produtos vetoriais calculados acima tˆem o mesmo m´odulo e dire¸c˜ao, mas sentidos opostos. De um modo geral, temos X × Y = −Y × X sempre.

Exemplo 3: calcule o produto vetorial X × Y entre os vetores dados abaixo (||X|| = 2 e ||Y || = 1).

X Y

600

Solu¸c˜ao: X × Y = ||X|| ||Y || sen θ ˆn = 2 · 1 · sen 60on = 2 ·ˆ √ 3 2 ˆn = √ 3ˆn . ˆ n X Y X × Y

Exemplo 4: calcule o produto vetorial X × Y entre os vetores dados abaixo (||X|| = 2 e ||Y || = 2).

X

Y

450

Solu¸c˜ao: X × Y = ||X|| ||Y || sen θ ˆn = 2 · 2 · sen 45on = 4 ·ˆ √1 2ˆn = 4 √ 2 2 ˆn = 2 √ 2ˆn . ˆ n X Y X × Y

Nos exemplos dados at´e agora, estamos trabalhando com proje¸c˜oes de figuras no espa¸co e os vetores re-sultantes dos produtos vetoriais devem ser vistos como perpendiculares aos pares de vetores que os formam. Algumas vezes, temos que representar vetores entrando ou saindo do plano. Para isto, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao: usamos o s´ımbolo J para representar um vetor saindo do plano e N para representar um vetor

(13)

entrando no plano. A nota¸c˜ao lembra a ponta de uma flecha saindo do plano ou a parte de tr´as de uma flecha entrando no plano. A seguir, mostramos exemplos utilizando esta nota¸c˜ao.

Exemplo 5: calcule o produto vetorial X × Y entre os vetores dados abaixo (||X|| = 3 e ||Y || = 2).

X Y

·90 0

Solu¸c˜ao: X × Y = ||X|| ||Y || sen θ ˆn = 3 · 2 · sen 90oˆ

n = 6 · 1ˆn = 6ˆn . J ˆ n X Y J X × Y

Exemplo 6: calcule o produto vetorial X × Y entre os vetores dados abaixo (||X|| = 3 e ||Y || = 1). X

Y

600

Solu¸c˜ao: X × Y = ||X|| ||Y || sen θ ˆn = 3 · 1 · sen 60oˆ

n = 3 · √ 3 2 ˆn = 3√3 2 ˆn . N ˆ n X Y N X × Y

Exemplo 7: calcule o produto vetorial X × Y entre os vetores dados abaixo (||X|| = 4 e ||Y || = 3).

b

X Y

1800

Solu¸c˜ao: X × Y = ||X|| ||Y || sen θ ˆn = 4 · 3 · sen 180on = 12 · 0ˆn = ~0.ˆ

b

X X × Y = ~0 Y

O fato do produto vetorial entre dois vetores que formam um ˆangulo de 90o entre si ser o vetor nulo resolve

o aparente paradoxo resultante do uso da regra aprendida para definir o sentido do vetor normal ˆn. Utilizando a regra aprendida, ter´ıamos um vetor que poderia estar entrando no plano ou saindo dele. No entanto, como o vetor nulo n˜ao tem dire¸c˜ao nem sentido, n˜ao h´a contradi¸c˜ao no uso da regra.

(14)

Propriedade 1: X × Y = −Y × X (anticomutativa).

Propriedade 2: X × (Y + Z) = X × Y + X × Z (distributiva com rela¸c˜ao `a adi¸c˜ao).

Propriedade 3: (αX) × Y = α(X × Y ), α ∈ R (fatora¸c˜ao dos escalares).

(15)

Exerc´ıcios - Cap´ıtulo 1.3

N´ıvel 1

Produto interno

Exemplo 1: calcule o produto interno entre os elementos X = (−4, 5, 1) e Y = (−1, 2, −4).

Solu¸c˜ao: hX, Y i = h(−4, 5, 1), (−1, 2, −4)i = −4 · (−1) + 5 · 2 + 1 · (−4) = 4 + 10 − 4 = 10 .

E1) Calcule os produtos internos entre os seguintes elementos: a) X = (3, −1) e Y = (2, 3). b) A = (2, −1, 3) e B = (4, 1, −2). c) X = (−1, 3, −4, 1) e Y = (1, 2, −1, −3).

Norma

Exemplo 2: calcule a norma de X = (3, −2, 4).

Solu¸c˜ao: ||X|| =p32

+ (−2)2+ 42=9 + 4 + 16 =29. E2) Calcule as normas dos seguintes elementos:

a) A = (2, 3, 1). b) B = (3, −4). c) C = (−2, 0, 3).

N´ıvel 2

E1) Determine α de modo que o vetor X = (2, 1, 2) seja normalizado, isto ´e, de modo que ele tenha norma igual a 1.

E2) Calcule ||||A − B||C||, onde A = (2, −1, 5), B = (1, 1, −3) e C = (−2, 1, −2). E3) Prove a identidade polar hX, Y i = 14 ||X + Y ||2

− ||X − Y ||2

. E4) Prove a lei do paralelogramo, ||X + Y ||2

+ ||X − Y ||2

= 2 ||X||2

+ ||Y ||2

.

E5) (Leitura Complementar 2.3.3) Calcule os produtos vetoriais entre os vetores abaixo (dados: ||A|| = 2, ||B|| = 1, ||C|| = 2, ||D|| = 2, ||E|| = 2, ||F || = 1, ||G|| = 2, ||H|| = 2): a) A B · 90o . b) D C 60o . c) F b E 180o . d) G H 135o .

(16)

N´ıvel 3

E1) Qual ´e a superf´ıcie associada `as solu¸c˜oes da equa¸c˜ao ||(1, 1, 1)||2

= 3?

E2) Escreva um vetor Y que seja paralelo ao vetor X = (3, −4), com o mesmo sentido de X e que tenha norma igual a 1.

E3) (Leitura Complementar 1.3.3) Mostre que ||U × V || ≤ ||U|| ||V ||.

E4) Prove o teorema de Pit´agoras, formulado da seguinte forma: ||X + Y ||2

= ||X||2

+ ||Y ||2

quando X e Y s˜ao ortogonais.

E5) (Leitura Complementar 1.3.1) Utilize a desigualdade de Cauchy-Schwarz para mostrar que a m´edia geom´etrica entre duas medidas n˜ao nulas ´e sempre menor ou igual `a sua m´edia geom´etrica, isto ´e, que pa, b ≤ a + b 2 , a, b ≥ 0.

Respostas

N´ıvel 1 E1) a) 3. b) 1. c) 6. E2) a)√14. b) 5. c)√13. N´ıvel 2 E1) α = ±1/3. E2) 9√23. E3) ||X + Y ||2 − ||X − Y ||2 = ||X||2 + 2 hX, Y i + ||Y ||2  − ||X||2 − 2 hX, Y i + ||Y ||2  = = ||X||2 + 2 hX, Y i + ||Y ||2 − ||X||2 + 2 hX, Y i − ||Y ||2 = 4 hX, Y i, de modo que hX, Y i = 14 ||X + Y ||2 − ||X − Y ||2 . E4) ||X + Y ||2 + ||X − Y ||2 == ||X||2 + 2 hX, Y i + ||Y ||2 + ||X||2 − 2 hX, Y i + ||Y ||2 = 2||X||2 + ||Y ||2 , de modo que ||X + Y ||2 + ||X − Y ||2 = 2 ||X||2 + ||Y ||2 . E5) a) 2ˆn J . b) 2√3ˆn N . c) ~0 . d) 2√2ˆn J . N´ıvel 3

E1) ´E uma esfera de raio 3 centrada em (0, 0, 0). E2) Y = 3 5, − 4 5  ou Y = 3 25+ 8 75 √ 54, −254 + 2 25 √ 54  .

E3) ||U × V || = |||U|| ||V || | sen θˆn| = ||U|| ||V || | sen θ| ||ˆn|| = ||U|| ||V || | sen θ| ≤ ||U|| ||V ||, pois | sen θ| < 1, sempre. E4) Da propriedade N 5 da norma, ||X + Y ||2

= ||X||2

+ hX, Y i + ||Y ||2

. Se X e Y s˜ao ortogonais, ent˜ao hX, Y i = 0 e ||X + Y ||2

= ||X||2

+ ||Y ||2

.

E5) Escolhendo X =√a,√be Y =√b,√ana desigualdade de Cauchy-Schwarz, obtemos

|hX, Y i| ≤ ||X|| ||Y || ⇔ √ a√b +√b√a ≤ √ a + b√a + b ⇔ 2√a√b ≤√a + b 2 ⇔√ab = a + b 2 .

Referências

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